CIP e CGTP consideram insuficiente aumento intercalar das pensões

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

O novo presidente da CIP considerou que os problemas atuais do país não se resolvem "com uma ou outra medida avulsa" nem com "paliativos". Isabel Camarinha diz que a medida "já vem tarde".

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a CGTP intersindical consideraram esta terça-feira que o aumento intercalar das pensões em 3,57% anunciado pelo Governo não é suficiente, numa altura em que o custo de vida continua a aumentar. As posições da confederação patronal e da central sindical foram avançadas aos jornalistas à entrada de uma reunião da Concertação Social, em Lisboa, a primeira para Armindo Monteiro enquanto presidente da CIP.

Questionado sobre as medidas anunciadas na segunda-feira pelo Governo, nomeadamente sobre o aumento intercalar das pensões em 3,57% que será pago a partir de julho, o novo presidente da CIP considerou que os problemas atuais do país não se resolvem “com uma ou outra medida avulsa” nem com “paliativos”. “Creio que Portugal neste momento precisa de um compromisso em relação a vários assuntos, seria fácil se se resolvesse com uma ou outra medida avulsa”, afirmou Armindo Monteiro, que considerou “um erro” o fim da indexação do salário mínimo nacional às pensões.

Numa altura em que “a dificuldade é grande, quer para as famílias quer para as empresas”, o líder da CIP defendeu ser necessário “um momento de reflexão, de serenidade para se encontrarem soluções”. “Se, em vez de termos essa visão de conjunto, quisermos apenas com paliativos resolver este ou outro problema, não vamos resolver problema nenhum”, acrescentou o presidente da CIP, que tomou posse na quarta-feira.

Também a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, que à entrada da reunião trocou cumprimentos com o presidente da CIP, considerou que o aumento intercalar das pensões “não é suficiente porque a inflação, entretanto, continua” a aumentar.

Isabel Camarinha considerou que a medida “já vem tarde”, referindo que a CGTP “desde a primeira hora denunciou a mentira que estava a ser tentada passar aos reformados quando, no ano passado, houve a decisão de pagar meia pensão”.

“Agora repôs-se a fórmula que está na lei, mas não melhorou o poder de compra dos reformados e pensionistas, temos que ir mais longe”, defendeu a líder sindical. O Governo aprovou na segunda-feira, em Conselho de Ministros extraordinário, um aumento intercalar das pensões em 3,57%, que abrange as pensões até 12 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS) “por referência ao valor de dezembro de 2022, com efeitos a partir de 1 de julho de 2023”.

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PSD defende eleições europeias em dois dias para evitar “abstenção histórica”

Luís Montenegro avisa que eventual marcação das eleições europeias para 9 de de junho é uma "via verde" para "abstenção histórica".

O líder do PSD recusa que as eleições europeias sejam marcadas para o dia 9 de junho. Luís Montenegro entende que se as eleições forem nesse dia, tal possa significar uma “via verde” para uma “abstenção histórica” naquele que já costuma ser o ato eleitoral menos participado no país. O presidente dos sociais-democratas defende como uma das hipóteses que as eleições possam ser divididas em dois dias.

“Se as eleições forem nesse dia, vamos apresentar uma via verde para uma abstenção histórica em Portugal” afirmou Luís Montenegro no Palácio de Belém, após ter pedido para ser recebido pelo Presidente da República. Além de ser na véspera do feriado de 10 de junho, o dia 9 de junho fica próximo de feriados municipais como o 13 de junho.

Em vez de 9 de junho, Luís Montenegro defende dois cenários: que as eleições sejam a 26 de maio ou 16 de junho; ou então que fiquem divididas por dois dias.

Depois da audiência, o político defendeu também que o Governo “não está a compreender a real situação em que os portugueses vivem”. O líder do PSD considerou ainda que há dois países: “O das festas e anúncios do Governo; e o país da vida real, da rotina de muitos milhares de portugueses, que enfrentam dificuldades em lidar com as despesas mais básicas”.

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8.ª edição da Cuatrecasas Acelera arranca esta terça-feira

A aceleradora de startups da Cuatrecasas pretende manter a "aposta firme" na internacionalização, estendendo a convocatória a Portugal, Espanha e América Latina. Inscrições até dia 28 de maio.

Estão abertas até dia 28 de maio as inscrições para a 8.ª edição do Cuatrecasas Acelera, um programa de aceleração de startups focadas em desafios jurídicos promovido pela Cuatrecasas desde 2016. No dia 3 de maio, pelas 16h00, todas as startups que queiram candidatar-se ao programa poderão tirar dúvidas no “Information Day”, em formato virtual.

“Depois do sucesso da participação internacional de algumas startups, alcançado no ano anterior e que consolidou o processo de internacionalização da Cuatrecasas Acelera, este programa volta a estar centrado no ecossistema empreendedor de Portugal, Espanha e América Latina, em linha com a estratégia da Cuatrecasas”, sublinha o escritório em comunicado.

A Cuatrecasas explicou que, no final da convocatória, um comité de avaliação composto por profissionais do escritório, colaboradores externos e clientes das áreas nas quais as startups operam, analisarão todas as propostas recebidas para escolher as que passam a integrar as shortlist de cada programa. As seis participantes finais serão anunciadas em julho.

O escritório sublinhou ainda que as startups interessadas em participar no programa de aceleração devem estar ligadas ao setor legaltech ou fintech, healthtech, energy, insurtech e deeptech, “sempre e quando respondam a um desafio jurídico relevante derivado do próprio modelo de negócio ou da aplicação de tecnologias disruptivas relacionadas, por exemplo, com a inteligência artificial, o metaverso, data ou blockchain”.

Uma vez selecionadas, as startups serão apoiadas juridicamente pela Cuatrecasas em todas as áreas de prática e da Gellify na parte de negócio, durante um período de quatro meses, e terão acesso a clientes e financiamento para o desenvolvimento de projetos.

“Lançar a oitava edição é motivo de orgulho para a Cuatrecasas e reforça a aposta que a sociedade fez no setor empreendedor há oito anos. O ecossistema continua a valorizar o nosso programa como um dos mais interessantes”, considerou Francesc Muñoz, CIO da Cuatrecasas.

Já Alba Molina, innovation project manager da Cuatrecasas, acredita que a resposta das startups após cada convocatória “demonstra as necessidades existentes do ecossistema”. “Aquelas que operam com tecnologias disruptivas precisam que as suas atividades sejam 100% compliance para garantir as vendas e ter um crescimento exponencial. No nosso programa ajudamos não só a atingi-lo, mas também a perceber os benefícios de uma boa estratégia fiscal ou laboral, por exemplo”, disse.

O Cuatrecasas Fast Track abre pela segunda vez uma convocatória permanente para permitir a incorporação de novos projetos durante todo o ano. O objetivo deste programa é testar a tecnologia de scaleups internacionais para que, em colaboração com a Cuatrecasas, possam planear, cocriar e desenvolver projetos-piloto que estejam relacionados com os desafios de negócio que as sociedades de advogados enfrentam hoje em dia.

“O Cuatrecasas Fast Track coloca, nesta edição, o foco na inteligência artificial generativa e considerará todas as candidaturas que respondam a alguns dos seguintes quatro desafios: maximizar o conhecimento coletivo dentro da Cuatrecasas; fomentar a produtividade e eficiência no setor jurídico através de sistemas de automatização; desenvolver soluções que permitam a digitalização da relação; e melhoria da colaboração com o cliente para fomentar o customer engagement“, explicam.

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Santri, Watr, DoseIT e legalAID. Estes são vencedores do TecStorm

A 7.ª edição do hackaton universitário reuniu mais de 600 inscrições, avaliou 28 projetos e elegeu oito finalistas nas quatro categorias a concurso: conectividade, energia, saúde e fintech.

Já são conhecidos os projetos vencedores da edição 2023 do TecStorm, que reuniu mais de 600 inscrições, avaliou 28 projetos e elegeu oito finalistas nas quatro categorias a concurso: conectividade, energia, saúde e fintech. Os jovens universitários disputaram um prémio global de 10 mil euros. Santri, Watr, DoseIT e legalAID foram os vencedores das respetivas categorias.

“Mais uma vez, o espírito empreendedor marcou presença no TecStorm. Durante três dias acompanhámos de perto o trabalho dos concorrentes e, especialmente este ano, fomos surpreendidos pela criatividade e inovação que imprimiram nos seus projetos”, afirma Ana Matos, presidente da JUNITEC – Junior Empresas do Instituto Superior
Técnico).

“Estamos muito satisfeitos por assistir ao crescente interesse pelo evento e não podíamos estar mais orgulhosos de poder proporcionar aos jovens empreendedores universitários de todo o país a oportunidade de mostrar o seu talento e a sua coragem”, acrescenta, citada em comunicado.

Os oito projetos finalistas foram apresentados ao júri e avaliados durante a cerimónia de encerramento do TecStorm 2023. Conheça cada um deles:

Categoria Conectividade

  • Vencedor: Santri (wearablessmart band — que monitoriza o estado de saúde do idoso, sem exigir qualquer tipo de competência técnica por parte do mesmo e comunica o seu estado aos entes queridos através da rede de telecomunicações móveis 5G);
  • Finalista: Gestus (equipamento de reconhecimento de linguagem gestual — luvas de utilização diária — e conversão em sinais textuais ou auditivos);

Categoria Energia

  • Vencedor: Watr (solução ecológica para conservação e reaproveitamento da água fria do chuveiro, redirecionando-a para o autoclismo sem esforço);
  • Finalista: SunSentry (sistema de sensores que rastreia o desempenho dos painéis fotovoltaicos e notifica o proprietário se o dispositivo estiver enfraquecido ou danificado);

Categoria Saúde

  • Vencedor: DoseIT (dispensador de medicamentos inteligente, associado a aplicação móvel, que facilita a gestão e toma diária de inúmeros fármacos);
  • Finalista: Triclinic (app que permite otimizar a marcação de consultas e exames médicos, facilitando o processo de escolha e agendamento para o utente e gestão para as clínicas);

Categoria Fintech

  • Vencedor: LegalAID (plataforma que facilita o acesso à justiça para todas as empresas. Através da análise da jurisprudência calcula a probabilidade de uma empresa ganhar um litígio e o valor provável a receber/pagar)
  • Finalista: Drink & Go (vending machine tecnológica permite ao utilizador fazer o seu próprio cocktail)

Na sua 7.ª edição, o TecStorm abriu pela primeira vez as suas portas ao ecossistema do empreendedorismo e reuniu mais de 300 pessoas, na semana passada, numa sessão de talks e roundtables de introdução ao universo TecStorm.

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Escola Agrária de Coimbra investe 1,3 milhões em eficiência energética e hídrica

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

Politécnico de Coimbra investe 1,3 milhões de euros na implementação de medidas de eficiência energética e hídrica. Assim como para melhorar conforto térmico e qualidade do ar interior.

Com o objetivo de otimizar a sustentabilidade, a eficiência energética, o conforto térmico e a qualidade do ar interior, a Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) vai investir 1,3 milhões de euros na implementação na implementação de um conjunto de medidas em quatro edifícios do campus.

A obra tem como objetivo “melhorar substancialmente” os níveis de eficiência energética e hídrica, o conforto térmico e a qualidade do ar interior, frisa a ESAC, numa nota de imprensa. Simultaneamente, a ideia é reduzir o consumo e a despesa anual com energia, “proporcionando melhores condições para as atividades letivas, de investigação e de serviços que a instituição presta”.

Com este projeto, a ESAC dá continuidade à sua política de melhoria de eficiência energética, uma prioridade da gestão desde há alguns anos, com resultados efetivos na redução de 30% do consumo de eletricidade entre os anos de 2016 e 2022.

Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra

O projeto tem financiamento público, através do Programa de Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que visa melhorar a sustentabilidade e a eficiência energética.

As intervenções vão incidir em quatro imóveis – edifício central, loja e laboratório de máquinas agrícolas, no laboratório de reprodução animal, e no bloco Z – Associação de Estudantes. Entre as medidas a adotar, nos quatro edifícios, está prevista a instalação de isolamento térmico em coberturas e paredes, de caixilharia de janelas com corte térmico e de vidro duplo, de iluminação LED (sigla em inglês de diodo emissor de luz) inteligente e de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) com elevado desempenho energético.

A instalação de painéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias assim como de painéis fotovoltaicos para produção e autoconsumo de eletricidade, de torneiras e fluxómetros de elevado desempenho hídrico são outras das medidas projetadas.

Com estas intervenções, a ESAC espera poupar anualmente “402 [Megawatt-hora] (MWh) por ano, evitando o consumo de cerca de 65 toneladas” de petróleo, equivalentes à “emissão para a atmosfera de 155 toneladas de CO2”.

“Com este projeto, a ESAC dá continuidade à sua política de melhoria de eficiência energética, uma prioridade da gestão desde há alguns anos, com resultados efetivos na redução de 30% do consumo de eletricidade entre os anos de 2016 e 2022″, refere a mesma nota.

Esta ação pretende também “aumentar a sensibilização de toda a sua comunidade académica para práticas comportamentais mais eficientes” no uso de energia e da água. Por isso, vai contar com o envolvimento direto dos docentes e estudantes da licenciatura em Tecnologia e Gestão Ambiental e dos mestrados em Desenvolvimento Sustentável e em Gestão Ambiental; cursos que incluem a eficiência energética nos seus planos curriculares.

A ESAC-IPC ministra, atualmente, cursos de nível superior nas áreas de agricultura, pecuária, biotecnologia, agroalimentar, agroflorestal, ecoturismo e ambiente.

Além do ensino, a Escola Agrária de Coimbra desenvolve outro tipo de atividades, designadamente, investigação, apoio à comunidade, produção agrícola, pecuária e florestal, assim como transformação agroalimentar com produção de diversos produtos inovadores.

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Agroalimentar e casa portuguesa entram em promoção nos mercados asiáticos

Primor, Vinhos Norte, Cutipol e Arch Valadares deslocam-se ao Japão e à Coreia do Sul para promover os produtos portugueses e reforçar a internacionalização das PME.

Quatro empresas portuguesas vão viajar até ao continente asiático nos próximos dias para promover os produtos nacionais, no âmbito do projeto Next Challenge Asia, promovido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP).

Tóquio e Seul são as próximas paragens da comitiva portuguesa, composta pelas empresas Primor, Vinhos Norte, Cutipol e Arch Valadares. Vão representar as fileiras do agroalimentar, da casa e dos materiais de construção, respetivamente.

Artur Rocha (Primor), Vera Lima (Vinhos Norte), João Pedro Ribeiro (Cuttipol) e David Iguaz (Arch Valares) “assumirão o desafio de promover cada uma das fileiras representadas e, simultaneamente, a diversidade, qualidade e inovação dos produtos portugueses no mercado alvo”, destaca um comunicado da AEP.

Com esta iniciativa, a AEP pretende “reforçar a internacionalização das PME das fileiras agroalimentar, casa, infraestruturas (água e energia) e materiais de construção, identificar os principais players para o tecido empresarial português e, consequentemente, reforçar a imagem da marca no mercado asiático e aumentar o número de exportações”.

Em Tóquio (Japão), o evento realiza-se no dia 21 de abril e terá lugar no The Ritz – Carlton, enquanto em Seul (Coreia do Sul) a agenda está prevista para 26 de abril no The Four Seasons Hotel.

Os representantes da Primor e da Vinhos Norte vão liderar a sessão de perguntas e respostas da fileira agroalimentar e bebidas. Por sua vez, João Pedro Ribeiro e David Iguaz serão os oradores das fileiras de casa e dos materiais de construção.

O projeto Next Challenge Asia, promovido pela AEP, e cofinanciado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia, visa apoiar as PME portuguesas a diversificarem os seus mercados de exportação. As viagens a Tóquio e a Seul representam, respetivamente, a segunda e terceira ações de promoção dos produtos portugueses realizadas no âmbito do Portugal Premium Experience, depois da passagem por Portugal, em 2022, de vários empresários do Japão, Coreia do Sul e China.

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Indústria do alumínio adverte que falta de mão de obra é um problema grave

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

“Estou a falar da falta de pessoas qualificadas, desde as linhas de produção à parte administrativa e de gestão”, diz Rui Abreu, presidente da Associação Portuguesa do Alumínio (APAL).

A Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) adverte que a falta de mão de obra qualificada é um “grave problema e um desafio” para a indústria de alumínio em Portugal, realçando que o universo dos associados emprega aproximadamente 4.000 trabalhadores.

“As empresas associadas da APAL [53] empregam entre 3.600 a 4.000 pessoas”, mas há que ter em conta todo o “universo de centenas de pessoas” empregadas em micro e pequenas e médias empresas que têm “um peso muito importante” na área da construção, serralharias e dos pequenos armazéns e que “estão pulverizadas” por todo o país, disse o presidente da APAL, Rui Abreu, à agência Lusa, lembrando que o setor enfrenta um “grave problema” de falta de mão de obra qualificada.

A falta de mão-de-obra especializada “é algo com que todas as empresas lutam”, pois é “difícil encontrar pessoas”, realçou ainda o líder empresarial, especificando: “Estou a falar da falta de pessoas qualificadas, desde as linhas de produção à parte administrativa e de gestão”. “A falta de pessoas especializadas nas linhas de produção impacta diretamente na produção – e apesar de a sua escassez ser transversal a toda a Europa –, o que dantes era uma facilidade, é agora muito difícil”, acrescentou.

As empresas associadas da APAL, fundada em 1982, são representativas do universo da indústria do alumínio, pois além de terem produtores de alumínio integram também “todas ou a grande maioria” das empresas que dão apoio à produção de alumínio, desde os produtos químicos de tratamento de superfícies de alumínio até às tintas que servem para pintar os perfis deste material, pelo que a representatividade é “muito abrangente”.

A APAL abrange 90% das empresas de extrusão em Portugal, sendo que as exportações deste setor têm um peso de 40% e deste 99% têm como mercados de destino a Europa. “A proximidade ao transporte, num setor em que o custo de transporte tem muita influência, leva a que, ao nível da extrusão, os mercados europeus sejam importantes. Assim, a Espanha, França, Alemanha e o Benelux são os principais destinos das exportações portuguesas”, salientou o líder empresarial.

Quanto ao volume de negócios face ao peso no Produto Interno Bruto (PIB), tem vindo a aumentar rondando 1% do PIB, e com a faturação a atingir 1.000 milhões de euros no conjunto das empresas associadas da APAL (53) e de outras tantas empresas não associadas (50) que têm alguma dimensão. O líder associativo refere que este é um indicador que não é fácil de obter, pois há um número muito grande de micro e pequenas empresas que têm um tecido empresarial muito atomizado.

Para Rui Abreu, a indústria portuguesa de alumínio tem “evoluído e é mais versátil”, estando a “mover-se cada vez mais”, da construção para a indústria. “A diversificação do setor em relação à aplicação do alumínio tem sido muito grande e transversal a toda a indústria. Sem a construção e armazenistas representa 52%. Todo o resto é indústria, nomeadamente, engenharia eletrónica e equipamentos de escritório, o que é muito”, frisou à Lusa o responsável.

Estes últimos anos foram um desafio para esta indústria. A perspetiva a nível internacional aponta para um forte aumento do consumo de alumínio nos próximos anos. O estudo “Mission 2050” elaborado pela Associação Europeia de Alumínio aponta para que o consumo de alumínio aumente em vários setores até 2050, sendo que o crescimento na indústria automóvel é de 55%, na construção (8%) e na embalagem (25%).

Um aspeto que a APAL valoriza é a reciclagem, um “ponto-chave” que contribui igualmente para o aumento da procura, já que o volume de alumínio passou de nove milhões de toneladas para 13 milhões, segundo os últimos dados disponíveis, além de ser imperioso atingir a neutralidade carbónica. Já há setores como o automóvel, em que a reciclagem e recuperação é 90% e nas embalagens é de 75%, salienta o líder associativo.

Para Rui Abreu, as empresas portuguesas “têm de acompanhar essa procura, pelo que as exportações vão aumentar nos próximos anos para os mercados maduros e com poder de compra na Europa”. A grande vantagem do alumínio é a sua “capacidade para ser reciclado”, mantendo as suas “características infinitamente”, esclareceu.

As necessidades que vão existir num futuro próximo e a mais longo prazo, diz, são “muito grandes. Daí que o responsável considere ser necessário saber aproveitar “esta onda”. No caso da APAL, “queremos estar presentes, ter uma voz e afirmar-nos como ‘intermediário’ no setor indústria”, conclui.

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Tribunal de Moscovo mantém detido jornalista americano

"As acusações contra o Evan não têm fundamento, e pedimos à federação russa que o liberte imediatamente", disse, à saída do tribunal, a embaixadora norte-americana na Rússia, citada pela CNN.

O Tribunal de Moscovo recusou esta terça-feira o pedido de Evan Gershkovich para mudar a sua detenção para prisão domiciliária. O repórter do The Wall Street Journal foi detido no dia 30 de março pelos serviços de segurança russos, acusado de espionagem.

O norte-americano encontra-se detido na prisão de Lefortovo à espera do julgamento e assim deverá permanecer até 29 de maio, altura em que o período de detenção deverá ser alargado, avança o The New York Times.

Naquela que foi a sua primeira aparição em público desde a detenção, Gershkovich marcou presença no tribunal dentro de uma cela de vidro, revela a CNN. Lynne Tracy, embaixadora norte-americana na Rússia, foi fotografada ao lado da cela, junto dos advogados.

As acusações contra o Evan não têm fundamento, e pedimos à federação russa que o liberte imediatamente“, disse a embaixadora à saída do tribunal esta terça-feira, citada pela CNN. Tracy referiu também ter falado com o jornalista na segunda-feira e que o mesmo “permanece forte e de boa saúde”.

Segundo o The New York Times, Maria Morchagina, uma das advogadas, disse que o jornalista detido fez uma declaração na sessão do tribunal onde se disse “preparado para se defender”. A advogada afirmou ainda que Gershkovich estava pronto para firmar o seu direito a um jornalismo livre e que agradecia o apoio de todos.

Na altura da detenção, o FSB, entidade de segurança russa sucessora do KGB, justificou a ação afirmando que Gershkovich “estava a agir sob ordens dos Estados Unidos para recolher informação sobre as atividades de uma das empresas do complexo industrial militar russo que constitui um segredo de Estado“ e que este tinha sido apanhado em flagrante, revelou a Associated Press.

Tanto o governo norte-americano como o The Wall Street Journal têm negado as acusações, mostrando-se solidários com o jornalista.

Evan Gershkovich, jornalista norte-americano nascido em 1991, encontrava-se a fazer a cobertura da Rússia e da Ucrânia. Antes trabalhou na Agence France-Presse e no The Moscow Times. Perante as acusações, arrisca-se a cumprir até 20 anos de prisão.

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Gama Glória debate o grande desafio climático da água. “Um problema de escassez ou de gestão?”

  • ADVOCATUS
  • 18 Abril 2023

Adolfo Mesquita Nunes e Débora Melo Fernandes, sócios da Gama Glória, Vera Eiró, presidente da ERSAR, José de Melo Bandeira, CEO da Veolia, e Nuno Brôco, presidente da AdP Valor, estiveram em debate.

Num painel relativo ao grande desafio climático da água – “um problema de escassez ou de gestão?”, Adolfo Mesquita Nunes, sócio da Gama Glória, Vera Eiró, presidente da ERSAR, José de Melo Bandeira, CEO da Veolia, Nuno Brôco, presidente da AdP Valor, e Débora Melo Fernandes, sócia da Gama Glória, analisaram o panorama atual e deixaram algumas notas para o futuro.

Até dia 27 de abril, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, dois novos painéis. Ao todo serão 15 painéis que contam com participação, e patrocínio, das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de Abreu Advogados, AFMA, AVM Advogados, CMS Portugal, Cruz Vilaça Advogados, Cuatrecasas, Gama Glória, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, PRAGMA, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Painel 1 – “O futuro da DAC6: o dever de colaboração dos contribuintes, a reserva da vida privada e o sigilo profissional dos advogados”

  • Com Pedro Vidal Matos, sócio coordenador da área de fiscal da Cuatrecasas, António Gaspar Schwalbach, sócio da área de fiscal da Cuatrecasas, e Vasco Branco Guimarães, doutor em Direito Fiscal Europeu e professor de Direito Fiscal e Internacional Fiscal na Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa. Veja aqui o vídeo.

Painel 2 – Por mares nunca dantes navegados: a produção de energia eólica offshore

  • Com Sara Castelo Branco, of counsel da Miranda & Associados, Filipe Matias Santos, diretor de serviços jurídicos na ERSE, e João Oliveira, legal counsel na BP Legal. Veja aqui o vídeo.

Painel 3 – “Proprietários e Entidade Exploradora – um desafio sustentável?”

  • Com Margarida Osório Amorim, sócia da área de Turismo da PLMJ, Cristina Siza Vieira, CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, e Daniel Correia, diretor-geral de real estate do grupo UIP. Veja aqui o vídeo.

Painel 4 – “O grande desafio climático da água: um problema de escassez ou de gestão?”

  • Com Adolfo Mesquita Nunes, sócio da Gama Glória, Vera Eiró, presidente da ERSAR, José de Melo Bandeira, CEO da Veolia, Nuno Brôco, presidente da AdP Valor, e moderado por Débora Melo Fernandes, sócia da Gama Glória.

Painel 5 – “O crédito não produtivo (NPL) e os desafios ao setor financeiro”

19 de abril

  • Com Manuel Raposo, partner & executive managing director da Finsolutia, João Machado, diretor legal da Whitestar, Bruno Carneiro, co-founder and chief executive officer da Servdebt, moderado por Rodrigo Formigal, sócio, e João Soares Carvalho, associado da Abreu Advogados.

Painel 6 – “Portugal: o novo destino para investimentos em I&D, realidade ou ficção?”

19 de abril

  • Com Ana Ferreira Neves, of counsel da TELLES, João Pinho de Almeida, consultor da TELLES, e Miguel Bento Ribeiro, associado da TELLES.

Painel 7 – “Sociedades multidisciplinares: um caminho sem retorno?”

20 de abril

  • Com Francisco Goes Pinheiro, sócio da AVM Advogados, Rui Pedro Almeida, CEO da Moneris, e moderado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus.

Painel 8 – “Financiamento das empresas portuguesas: qual o Estado da Arte?”

20 de abril

  • Com Francisco Cabral Matos, sócio da VdA, Joana Lobato Heitor, associada coordenadora da VdA, Maria Carrilho, associada sénior da VdA, e Sebastião Nogueira, associado coordenador da VdA.

Painel 9 – “Licenciamento de renováveis: o que esperar da nova simplificação”

21 de abril

  • Com Manuel Cassiano Neves, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS, Maria José Espírito Santo, subdiretora geral para a área da Energia na Direção Geral de Energia e Geologia, Afonso Coelho, senior business development manager da Lightsource BP Portugal, e moderado por Bernardo Cunha Ferreira, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS.

Painel 10 – “Human Centric Legaltech: a tecnologia como acelerador da democratização da justiça e da capacitação dos profissionais do setor”

21 de abril

  • Com Anabela Pedroso, ex-secretária de Estado da Justiça, Marisa Monteiro Borsboom, vice-presidente da ELTA (European Legal Tech Association), Raul do Vale Martins, coordenador da Estrutura de Missão Portugal Digital, e moderado por Nuno Martins Cavaco, partner da Moneris Innovation Lab.

Painel 11 – “Laboral: O trabalho digno, da teoria à prática”

24 de abril

  • Com Fernanda Campos, inspetora-geral da ACT, Cristina Martins da Cruz, juíza de Direito e docente no Centro de Estudos Judiciários, Mariana Caldeira de Sarávia, sócia da SRS Legal, e César Sá Esteves, sócio responsável pelo departamento de direito do trabalho da SRS Legal.

Painel 12 – “Fundos: o que esperar da abertura dos concursos do PRR?”

24 de abril

  • Com Francisco Barona, sócio da Sérvulo, João Arantes de Oliveira, presidente do Conselho de Administração da H Capital Partner, e Marco Lebre, fundador e CEO da Crest Capital Partners.

Painel 13 – “ESG: green ou greenwashing?”

26 de abril

  • Com Rui Oliveira Neves, sócio da Morais Leitão, Manuela Moreira da Silva, professora adjunta na Universidade do Algarve, e Ana Cláudia Coelho, PwC | Sustainability and Climate Change Partner.

Painel 14 – “Imobiliário: como vai reagir o mercado em 2023?”

26 de abril

  • Com Clélia Brás, sócia da PRA – Raposo, Sá Miranda e Associados, e Paulo Caiado, presidente da direção executiva da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Painel 15 – “Corporate Governance, mito europeu ou realidade nacional?”

27 de abril

  • Com Pedro Ávila, sócio da PRAGMA, Rita Leandro Vasconcelos, advogada da Cruz Vilaça Associados, e Sofia Belard, sócia da AFMA, moderado por Rita Proença Varão, founder da Law Momentum.

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Costa poupa Lula sobre guerra na Ucrânia. “Entre Estados amigos e irmãos também há divergências”

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

"Sobre a Ucrânia não há qualquer dúvida. A nossa posição é conhecida e não coincide com a posição do Presidente Lula", refere o primeiro-ministro, que desdramatiza as posições do líder brasileiro.

O primeiro-ministro desdramatizou esta terça-feira as posições do Presidente brasileiro sobre a guerra na Ucrânia, contrapondo que as relações entre Portugal e Brasil sempre estiveram acima de diferenças na política externa e que entre irmãos também há divergências.

António Costa falava aos jornalistas, em Lisboa, depois de questionado sobre as críticas feitas pelo Presidente do Brasil, Lula da Silva, aos Estados Unidos e à União Europeia pelo apoio militar que dão à Ucrânia na guerra contra a invasão russa.

Interrogado se esta polémica em torno da questão da Ucrânia pode perturbar a visita de Estado de quatro dias que Lula da Silva irá fazer em Portugal a partir de sábado, o primeiro-ministro começou por assinalar que “o Brasil é independente há 200 anos” e que, por outro lado, “há 200 anos que Portugal desenvolve com o Brasil uma relação de fraterna amizade”.

“Essa relação de fraterna amizade com o Brasil fundamenta-se numa história comum, numa língua comum, em milhares de brasileiros que vivem em Portugal, milhares de portugueses que vivem no Brasil, na intensa relação comercial e política que existe entre uns e outros e no facto de fazermos parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Essa é uma realidade que tem existido ao longo de 200 anos, mesmo quando numa ocasião ou noutra tivemos posições radicalmente diversas seja em matéria de política externa, seja mesmo em política interna”, considerou o líder do executivo português.

Esta referência de António Costa à política interna destinou-se a realçar períodos históricos de em que Portugal e Brasil, por vezes em simultâneo, possuíram regimes autoritários.

“Felizmente, estamos numa fase em que somos democracia em ambos os lados do Atlântico. Em todos esses momentos Portugal e Brasil souberam sempre compreender que o nível das suas relações, a intensidade das suas relações, estão acima de qualquer divergência que possa existir — e elas são normais. Entre amigos também divergimos, entre irmãos também divergimos e entre Estados amigos e irmãos também há divergências. É normal”, sustentou.

Perante os jornalistas, o primeiro-ministro considerou que a posição portuguesa sobre a intervenção militar russa na Ucrânia “é inequívoca” desde as primeiras horas da invasão pelas tropas de Moscovo.

“Temos mantido e manteremos um suporte à Ucrânia do ponto de vista humanitário, financeiro, político e militar. A Ucrânia é vítima de uma violação brutal do direito internacional. Esta é a nossa posição e nós não a alteramos em função de posições distintas que outros países nossos amigos, com quem temos relações fraternas possam ter”, sustentou.

António Costa salientou depois o ponto referente à soberania de cada país, observando: “Tal como Portugal, Estado soberano, determina a sua política externa, outros países, Estados soberanos, determinam a sua política externa”.

“Portanto, sobre a Ucrânia não há qualquer dúvida, a nossa posição é conhecida e não coincide com a posição do Presidente Lula”, acrescentou.

PMF // JPS

Lusa/Fim

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Portuguesa Miles in the Sky fecha ronda de investimento de 1,5 milhões

Capital levantado pela EdTech tem como objetivo escalar a plataforma que combina as mais-valias do modelo de ensino presencial com o online.

A EdTech portuguesa Miles in the Sky fechou uma ronda de investimento seed de 1,5 milhões de euros, liderada pela Armilar. O capital levantado permitirá acelerar o desenvolvimento da plataforma, que pretende construir uma experiência de aprendizagem que conjuga a interação e colaboração do ensino presencial com a interatividade e escalabilidade do modelo digital, de modo a que esta “nova metodologia possa ser utilizada em larga escala”.

“Este investimento serve de catalisador para levarmos às organizações tecnologia avançada e experiências envolventes que mudarão o futuro da educação e formação”, diz Paulo Silva, CEO da Miles in the Sky. “Estamos felizes por contar com o apoio e mentoria da Armilar e de outros três investidores para alavancar o nosso crescimento”, diz citado em comunicado.

A EdTech visa responder à necessidade de acompanhar a evolução das organizações e as necessidades de formação de talento que isso origina, combinando as mais-valias do modelo presencial (colaboração e interação) e online (escalabilidade) do ensino. De acordo com um estudo da McKinsey, 87% das organizações em todo o mundo enfrentam escassez de competências-chave no seio da sua força de trabalho, aponta a startup.

Fundadores da EdTech Miles in the Sky

“Formar pessoas eficazmente e de forma escalável é uma necessidade crescente a nível mundial. No entanto, por um lado, os cursos online não têm sido, até hoje, verdadeiramente capazes de motivar e capacitar alunos; por outro, o modelo de sala de aula é difícil de escalar. Acreditamos que a plataforma e abordagem desenvolvidas pela Miles in the Sky criam o equilíbrio ideal entre estas duas realidades. Estamos entusiasmados em apoiar o Paulo, Francisco, Pedro, Ricardo e Luís na sua missão de permitir que empresas e instituições de ensino forneçam uma formação eficaz a todos os seus colaboradores, clientes e estudantes”, afirma Joaquim Sérvulo Rodrigues, partner na Armilar, citado em comunicado.

Fundada no final de 2021, a Miles in the Sky já está a desenvolver projetos com organizações em Portugal para melhorar a literacia digital e fornecer fundamentos de programação para análise de dados. Em parceria com a unicórnio OutSystems lançou um programa para empresas para formar programadores de low code.

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75% dos CMO responde a instabilidade com investimento, diz a Deloitte

"Os diretores de marketing devem usar o poder de contadores de histórias para manter a questão crítica da sustentabilidade no topo das agendas e usar o poder criativo para estimular crescimento."

As marcas respondem à instabilidade económica com investimentos de marketing e os líderes do setor impulsionam o crescimento através de esforços internos de sustentabilidade. A criatividade é uma força de crescimento e as tecnologias em ascensão estão a ser observadas pelos marketeers. Estas são as quatro principais conclusões do Global Marketing Trends 2023 da Deloitte.

A maioria dos empresários inquiridos vê o clima de instabilidade económica e o aumento da inflação como as grandes preocupações do ano. No entanto, em vez de responderem com uma política de contenção de custos, a tendência é reagir com uma mentalidade de investimento, aponta o estudo.

Um total de 75% dos inquiridos indicam estar a responder ao clima de instabilidade com uma mentalidade de investimento, aumentando a capacidade das suas empresas de suportar os efeitos que uma recessão económica possa trazer. Em concreto, 38% dos inquiridos afirma estar a acelerar a mudança para novas tecnologias ou plataformas digitais; 36% consideram importante a expansão para novos mercados, segmentos ou geografias; e 36% estão a dar prioridade à implementação de sistemas ou algoritmos para melhorar a personalização do cliente (36%)”, concretiza a consultora.

Os marketeers estão a acelerar a adoção de tecnologias de inteligência artificial (IA) para ajudar a compreender melhor as expectativas e necessidades do cliente, mas o estudo deixa a recomendação de que “a ciência dos dados seja combinada com um toque humano”. “Combinar dados com metodologias centradas no ser humano pode ajudar as marcas a criar uma imagem mais completa do consumidor, evitar erros que um algoritmo nem sempre consegue detetar, e cultivar ligações significativas com o cliente”, afirma.

A sustentabilidade é outro tema prioritário. De acordo com o estudo, 86% dos profissionais de marketing inquiridos estão a implementar iniciativas de sustentabilidade a nível interno. “Mais de metade dos inquiridos (51%) dizem estar focados em melhorar a sustentabilidade das práticas de marketing interno. 47% afirmam estar a priorizar a promoção de ofertas de produtos e serviços mais sustentáveis e 45% dizem planear estabelecer compromissos de sustentabilidade a longo prazo em 2023“, prossegue o estudo.

89% das marcas de alto crescimento e rentabilidade defendem que o seu sucesso a longo prazo depende da capacidade de fomentar a criatividade. “Promover e apoiar o raciocínio criativo, a tomada de riscos e a colaboração multifuncional” são assim os objetivos mais importantes para a maioria dos inquiridos.

A responsabilidade a nível ambiental das empresas é vista como cada vez mais importante para satisfazer as exigências do mercado e também para criar uma relação de confiança com os consumidores, para quem este tema é cada vez mais central. Assim, “relativamente poucas marcas estão a transferir a responsabilidade para os consumidores, com apenas 25% a afirmarem que estão a tentar incentivar novos hábitos de consumo“, acrescenta a Deloitte.

Por outro lado, “89% das marcas de alto crescimento e rentabilidade” defendem que o seu sucesso a longo prazo depende da capacidade de fomentar a criatividade. “Promover e apoiar o raciocínio criativo, a tomada de riscos e a colaboração multifuncional” são assim os objetivos mais importantes para a maioria dos inquiridos.

Um dos elementos-chave de uma boa estratégia criativa é encontrar uma combinação de fontes de criatividade não só nos colaboradores da empresa, mas também em parceiros externos, fornecedores e clientes, prossegue a Deloitte. Os CMOs são, assim, os profissionais em situação privilegiada para identificação e ativação destas oportunidades, identifica.

O metaverso e a blockchain são ainda, de acordo com o relatório, “particularmente promissores”, tendo 84% das marcas inquiridas afirmado que irá criar experiências no metaverso nos próximos dois anos, fazendo assim a ligação entre o mundo físico e o virtual.

Embora sejam as indústrias business-to-consumer aquelas que têm vindo a privilegiar o desenvolvimento de uma estratégia para o metaverso, de acordo com o inquérito mesmo indústrias como a ‘energia, recursos e indústrias’ e ‘ciências da vida e cuidados de saúde’ estão a gravitar em direção ao metaverso – com 42% e 38%, respetivamente, das empresas inquiridas a afirmar pretender implementar estratégias nesta área.

“Os diretores de marketing devem usar o seu poder de contadores de histórias para manter a questão crítica da sustentabilidade no topo das suas agendas e usar o poder criativo para estimular crescimento, especialmente numa altura em que o clima de incerteza financeira se agrava devido a múltiplas condicionantes como o impacto pandémico, conflitos geopolíticos que ameaçam a paz mundial ou a crise climática”, aponta o estudo.

O último ano tem sido marcado sobretudo pela incerteza. O conflito entre a Ucrânia e a Rússia, desencadeou uma subida da inflação e várias perturbações financeiras com graves consequências tanto para empresas como particulares, num período que se esperava ser de recuperação das restrições impostas pela pandemia. Mas destacamos que mesmo assim as empresas e os profissionais de topo no setor do marketing estão a responder a este clima de incerteza com investimento sustentado, o que lhes permite atingir bons resultados”, resume Cristina Gamito, partner da Deloitte, citada em comunicado.

Os dados são de julho de 2022, altura em que o inquérito Global Marketing Trends Executive Survey de 2023 inquiriu 1.015 executivos de C-suite de empresas globais nos Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Japão, Médio Oriente e Austrália. A amostra é constituída por executivos de marketing com funções como diretor de marketing, diretor de clientes, diretor de receitas, diretor digital ou diretor de crescimento.

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