Elas dão o tom: liderança, autenticidade e resiliência

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 11 Abril 2025

Neste Mulheres com ECO, três mulheres fora de série refletem sobre o que significa liderar com autenticidade, coragem e sem concessões, inspirando outras mulheres a seguirem o mesmo caminho.

Na linha da frente das suas indústrias, Aira de Mello (Customer Experience Director da Volvo Cars Portugal), Helena Amaral Neto (consultora de luxo na Luxulting) e Rossana Gama (Country Manager do Grupo Boticário) são o rosto — e agora também a voz — de uma nova geração de líderes que não teme desafiar convenções.

Ao longo desta conversa, as convidadas revelam o que significa ser mulher numa posição de liderança, enfrentando desafios específicos que surgem quando se busca destaque em indústrias que, muitas vezes, não estão preparadas para a presença feminina. Aira de Mello, por exemplo, fala sobre as exigências adicionais que uma mulher enfrenta na indústria automotiva, explicando como a preparação e o conhecimento profundo são essenciais para ser levada a sério. “Para nos impormos entre pares, temos que ter uma atitude de conhecimento ainda mais vincada do que os homens. Tem de se saber ainda mais sobre o que estamos a falar para sermos respeitadas.”

Já Rossana Gama faz uma reflexão sobre a desigualdade no trato de comportamentos assertivos entre homens e mulheres: “Um homem com uma comunicação assertiva é visto como um líder nato. Uma mulher, se comunicar da mesma maneira, é acusada de ser arrogante ou ter problemas pessoais.” Uma crítica, que, apesar de dura, faz parte da realidade no mundo corporativo.

Maternidade, carreira e a importância do exemplo
A maternidade é outro tema importante que surge durante a conversa. Aira de Mello optou por não ser mãe, pois acreditava que essa decisão poderia comprometer as suas ambições profissionais. Rossana Gama, mãe de dois filhos, fala sobre como consegue equilibrar a vida profissional e pessoal, sem sentir culpa, mas sim orgulho da sua capacidade de conciliar ambos os papéis. “Sou uma mãe orgulhosa dos meus filhos, porque consigo estar presente, mas com flexibilidade para adaptar a minha agenda profissional”, afirma.

Pode ouvir este episódio de Mulheres com ECO aqui:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

 

Helena Amaral Neto, por sua vez, valoriza a importância de dar o exemplo às futuras gerações. Como mãe de três filhas, ela deseja que as suas filhas cresçam encarando as mulheres como exemplos de profissionais exigentes, mas também capazes de equilibrar as diversas responsabilidades da vida. “O equilíbrio vem da inteligência na gestão do tempo e das energias”, afirma.

O episódio não ficaria completo sem as dicas inspiradoras de cada uma das participantes para as mulheres que desejam destacar-se nas suas áreas de atuação. Helena Amaral Neto incentiva a ambição e a coragem de errar: “Não tenham medo de errar. Não se encolham. Dêem o passo, façam-se ouvir e chegarão lá, com certeza.” Rossana Gama reforça a importância de ser autêntica e aprender a adaptar-se: “Acreditem na vossa voz. Ser autêntica e ter inteligência emocional é fundamental.” Aira de Mello, por sua vez, destaca a importância da preparação constante para enfrentar os desafios profissionais com confiança.

Assista aqui a este episódio de Mulheres com ECO, uma verdadeira aula de liderança onde três mulheres com histórias diferentes se juntam para mostrar como é possível ser bem-sucedida mantendo a integridade e a autenticidade.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comunicação em seis meses de Procurador-Geral da República “melhorou imagem do MP”

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

O PGR visitou em seis meses 25 comarcas, tribunais e serviços do MP de todo o país, para ouvir os procuradores ali colocados, segundo a agenda oficial divulgada pela Procuradoria-Geral da República.

Representantes de procuradores e advogados defendem que os primeiros seis meses de Amadeu Guerra como procurador-geral da República (PGR) ficaram marcados por uma comunicação distinta da da antecessora, o que contribuiu para melhorar a imagem do Ministério Público.

Amadeu Guerra, de 70 anos, sucedeu a Lucília Gago, atualmente jubilada, em 12 de outubro de 2024, assinalando-se no sábado o primeiro meio ano do seu mandato enquanto líder máximo do MP.

À Lusa, o presidente do Sindicato dos Magistrados do MP, Paulo Lona, considera que “para já” o mandato do PGR “tem sido francamente positivo“, em particular quanto à comunicação interna e externa. Para o magistrado, a comunicação pública da Procuradoria-Geral da República “melhorou substancialmente e tem havido maior comunicação com a sociedade quando há necessidade de comunicar algo“.

“Há hoje em dia uma imagem muito mais positiva [do Ministério Público], fruto também […] dessa alteração na comunicação da Procuradoria-Geral da República”, afirma Paulo Lona.

O bastonário eleito da Ordem dos Advogados, João Massano, dá o exemplo da operação de 3 de abril em organismos públicos por suspeitas na aquisição de serviços informáticos, tornada pública num comunicado conjunto da Polícia Judiciária e da Procuradoria-Geral da República, para ilustrar a diferença na postura de Amadeu Guerra face à de Lucília Gago.

“Nós assistimos ao cuidado que houve na comunicação até das mais recentes buscas, dizendo que não havia, por exemplo, pessoas ligadas à política a serem buscadas. Já revelou alguma diferença em relação à questão daquele parágrafo que fez cair o Governo [de António Costa, em novembro de 2023]”, sustenta.

João Massano acrescenta que existe a “necessidade do Ministério Público de conseguir credibilizar-se e melhorar a sua imagem“, estando “no bom caminho pela forma como [Amadeu Guerra] tem vindo a conduzir a comunicação da Procuradoria-Geral da República”.

A nível interno, o PGR visitou em seis meses 25 comarcas, tribunais e serviços do MP de todo o país, para ouvir os procuradores ali colocados, segundo a agenda oficial divulgada pela Procuradoria-Geral da República.

“Sem dúvida que isso veio trazer uma maior proximidade. Os próprios magistrados [do MP] sentem essa presença do procurador-geral no terreno e sentem que também são apoiados e que há uma preocupação em saber o que é que se passa no seu trabalho”, conclui Paulo Lona.

Amadeu Guerra completa no sábado meio ano como procurador-geral da República (PGR), depois de, em 12 de outubro de 2024, ter sucedido no cargo a Lucília Gago. E há cinco pontos essenciais destes primeiros meses do mandato de Amadeu Guerra:

Combate à corrupção

Amadeu Guerra tem insistido na importância de apostar na perda de bens pelos arguidos para combater a corrupção, tendo anunciado, ao tomar posse, a criação de “uma estrutura ágil, à qual será dada a formação necessária”, para apoiar os procuradores “na inventariação dos ativos e na apresentação dos requerimentos necessários à decisão de arresto preventivo”.
Oficiais de justiça — Na abertura do ano judicial, em 13 de janeiro, o PGR considerou a carência de oficiais de justiça e a desmotivação destes profissionais “o maior constrangimento com que se depara a administração da justiça”, uma posição que expressou também à margem de visitas às comarcas de Leiria e de Viana do Castelo, durante as quais defendeu melhores salários para aqueles funcionários.

Reuniões com procuradores

Menos de um mês depois de ter assumido funções, Amadeu Guerra iniciou em 31 de outubro, em Aveiro, um périplo por comarcas, tribunais e serviços do MP de todo o país, tendo-se já reunido com procuradores colocados em 25 espaços distintos, para ouvir as suas preocupações.

Comunicação sobre processos

O PGR tem prestado com regularidade, através de declarações à Comunicação Social, esclarecimentos públicos sobre processos mediáticos, entre os quais a operação Influencer, que envolve o ex-primeiro-ministro António Costa (PS), e o caso, em fase de averiguação preventiva, da empresa da esfera familiar do atual chefe de Governo, Luís Montenegro (PSD).

Definição de estratégias

Nos últimos seis meses, a Procuradoria-Geral da República definiu e divulgou estratégias até 2026/2027 para as áreas da recuperação de ativos, da violência doméstica, do tráfico de pessoas, dos crimes ambientais e urbanísticos e do cibercrime, tendo Amadeu Guerra anunciado em 01 de abril que está a ser preparada uma outra sobre o uso de Inteligência Artificial no MP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicato pede uma investigação criminal à gestão do INEM

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) pediu ao Ministério Público (MP) que investigue os factos apurados pela inspeção-geral da saúde quanto ao INEM.

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) pediu ao Ministério Público (MP) que investigue os factos apurados pela inspeção-geral da saúde quanto ao INEM, considerando que é matéria para uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

“É bastante mais gravoso [do que as conclusões preliminares divulgadas em dezembro]. Diria que há necessidade óbvia de o Ministério Público investigar estes factos e até de a Assembleia da República, assim que assumir funções, avançar com uma Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do INEM”, disse à Lusa o presidente do STEPH, Rui Lázaro.

A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) sugere a abertura de um inquérito para investigar os pagamentos adicionais aos formadores internos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), para perceber se podem implicar responsabilidade disciplinar e financeira, num relatório de quase 500 páginas a que a Lusa teve acesso.

Contactado pela Lusa, Rui Lázaro lembra que o atual Conselho Diretivo do INEM está funções há quase um ano, insistindo: “Estes dirigentes responsáveis por estas ilegalidades todas continuam em funções e a dirigir departamentos do INEM”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP conclui recompra de ações de 100 milhões

O programa foi totalmente executado a um preço médio de 3,09 euros por ação.

A EDP concluiu o programa de recompra de ações de 100 milhões de euros que lançou em fevereiro, a um preço médio de mais de 3 euros por ação.

O programa, que teve o pontapé de partida a 28 de fevereiro de 2025 e que previa a aquisição de até 100 milhões de euros, foi totalmente executado até 8 de abril, indica a empresa, em comunicado. O preço médio por ação foi de 3,09 euros.

Em fevereiro, no dia em que as empresas do grupo EDP — a casa-mãe e a subsidiária de renováveis — apresentaram os resultados financeiros relativos a 2024, a administração executiva aprovou também um programa de recompra de ações próprias no montante de 100 milhões de euros, que se destinava a vigorar durante um período máximo de três meses.

O Programa de Recompra insere-se num contexto de abrandamento do investimento expectável no período de 2025-2026, e em linha com o compromisso da EDP de otimizar a sua alocação de capital e remuneração dos seus acionistas”, lia-se no comunicado, divulgado na altura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caso EDP. Relação mantém 10 anos de prisão para Pinho e seis anos para Salgado

O Tribunal da Relação decidiu manter a condenação de primeira instância do processo EDP. Pinho pode ainda recorrer para o Supremo mas Salgado não, uma vez que foi condenado a pena inferior a 8 anos.

O Tribunal da Relação decidiu manter a condenação de Manuel Pinho, antigo ministro da Economia, condenado a 10 anos de prisão por crimes como corrupção e de Ricardo Salgado, condenado a 6 anos e três meses de prisão no mesmo processo. A pena suspensa aplicada a Alexandra Pinho de quatro anos e oito meses por branqueamento e fraude fiscal mantém-se.

Manuel Pinho, que se encontra em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, vai continuar com essa medida de coação privativa da liberdade até dezembro de 2026.

Manuel Pinho mantém, assim, os 10 anos de prisão efetiva por corrupção, fraude fiscal e branqueamento. E Ricardo Salgado a pena de seis anos e três meses por corrupção e branqueamento.

O acórdão, com 1048 páginas e a que o ECO teve acesso, confirma a pena decidida em Junho de 2024. O Tribunal da Relação de Lisboa concorda com o coletivo da primeira instância que deu como provado o pacto corruptivo entre Manuel Pinho e Ricardo Salgado. Ou seja, que o antigo ministro da Economia recebia mesadas de cerca de 15 mil euros enquanto era governante para beneficiar o Grupo Espírito Santo no Governo de Sócrates. O antigo governante vai ainda poder recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça, um cenário inviável para Ricardo Salgado, uma vez que foi condenado a uma pena inferior a oito anos de prisão.

A condenação do Tribunal Central Criminal de Lisboa foi confirmada “na íntegra” e remonta a junho de 2024 e, a 25 de março de 2025, nas alegações finais do recurso interposto para o Tribunal da Relação de Lisboa, a defesa do ex-ministro tinha reiterado que este “é inocente do crime de corrupção”.

Embora as decisões executivas sob suspeita neste processo não envolvam a EDP, o caso resultou da investigação às chamadas rendas excessivas da elétrica, cuja acusação foi deduzida em outubro de 2024 pelo Ministério Público, incluindo contra o ex-governante.

Nas alegações finais do julgamento, o Ministério Público (MP) pediu uma pena não inferior a nove anos de prisão para o ex-ministro da Economia Manuel Pinho. Para o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, o MP pediu seis a sete anos de pena de prisão efetiva, enquanto para a mulher do ex-governante, Alexandra Pinho, foi defendida a aplicação de uma pena de quatro anos, suspensa na execução. Já as defesas dos três arguidos pediram a absolvição dos seus clientes.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depressão Martinho. Prejuízo das seguradoras quase atinge 50 milhões de euros

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

Prejuízos sofridos pelas seguradoras na sequência da depressão Martinho, no final de março, foram revistos em alta para 50 milhões de euros, quase o dobro da estimativa inicial.

Os danos registados pelas seguradoras na sequência da depressão Martinho, no final de março, foram revistos em alta para 50 milhões de euros, quase o dobro da estimativa inicial, segundo uma atualização feita hoje pela associação setorial.

Segundo um inquérito realizado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS) junto das suas associadas foram participados 22.319 sinistros cobertos por apólices de seguros, a que corresponde um valor agregado de danos de cerca de 50 milhões de euros.

Deste valor total, cerca de 5,9 milhões de euros correspondem a indemnizações que já foram pagas, estando os restantes 44,2 milhões de euros provisionados.

Dos sinistros participados, 97,9% são relativos a seguros de habitações e a seguros de atividades comerciais e industriais.

O primeiro balanço, divulgado em 31 de março e que a APS previa já que iria ser revisto em alta, apontava para danos de 28 milhões de euros e 14.681 sinistros cobertos por apólices de seguros.

A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, entre os dias 19 e 23 do passado mês de março, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxas Euribor sobem após mínimos de mais de dois anos na quinta-feira

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

Esta sexta-feira, as taxas Euribor subiram em todos os prazos: a três meses para 2,279%, a seis meses para 2,244% e a 12 meses para 2,167%.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses depois de na quinta-feira ter atingido mínimos desde janeiro de 2023 e novembro e setembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,279%, ficou acima da taxa a seis meses (2,244%) e da taxa a 12 meses (2,167%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,244%, mais 0,054 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, para 2,167%, mais 0,068 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, avançou, ao ser fixada em 2,279%, mais 0,014 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores. A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meo lança nova campanha de posicionamento. “Liga-te melhor”, diz a marca

  • + M
  • 11 Abril 2025

Com música original de Carolina Deslandes, o novo posicionamento reforça a assinatura "Meo. Humaniza-te". A campanha é assinada pela Dentsu Creative, com produção da Garage e planeamento da OMD.

“Liga-te Melhor”, começa esta sexta-feira a dizer a Meo na sua nova campanha de posicionamento, reforçando o compromisso da marca em humanizar a tecnologia, para amplificar o lado humano. “Esta nova linha de comunicação visa consolidar a visão da marca como líder num mercado em constante transformação, destacando o papel essencial da tecnologia na promoção das ligações humanas“, explica a marca. O novo posicionamento reforça assim a assinatura, “Meo. Humaniza-te”.

“Com este novo posicionamento, reafirmamos o nosso compromisso em colocar a tecnologia ao serviço das relações humanas. Queremos inspirar os portugueses a refletirem sobre a qualidade das suas interações diárias, reforçando que, por mais inovadora que seja a nossa tecnologia, o nosso foco sempre foi, e continuará a ser, colocá-la ao serviço das pessoas”, diz Luiza Galindo, diretora de marca e comunicação, citada em comunicado.

O arranque da campanha multimeios é marcado por um filme institucional que destaca “a simplicidade e a profundidade das ligações humanas” A atriz Kelly Bailey junta à voz à sua imagem no final, “enriquecendo a identidade do Meo”, e Carolina Deslandes lança uma música original — “O teu toque” —, apresentada em primeira mão na campanha que assinala o início do novo posicionamento.

“O tema da música reflete de forma única e especial a relação da artista com a marca. Enquanto sua embaixadora há mais de cinco anos, esta relação permite à artista ter um conhecimento muito próximo da atuação do Meo no território ‘Humaniza-te’, resultando nesta oportunidade incrível para a marca”, destaca a operadora.

Assinada pelo Dentsu Creative, com direção criativa executiva de Ivo Purvis, com redação de Cristina Amorim e direção de arte de Orlando Gonçalves, a produção do filme é da da Garage Films, com produção executiva de Miguel Varela e realização de João Nuno Pinto. O planeamento de meios é da OMD.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AD mantém promessa de excedente orçamental de 0,3% este ano e 0,1% em 2026. Economia cresce ligeiramente menos

Programa eleitoral da AD - Coligação PSD/AD mantém previsão de excedentes orçamentais nos próximos quatro anos. Rácio da dívida pública reduz-se mais rapidamente do que previa há um ano.

A AD – Coligação PSD/CDS-PP prevê um excedente orçamental de 0,1% no próximo ano, tal como inscrito no Orçamento do Estado para 2026 (OE2025) e no programa eleitoral apresentado no ano passado, apesar das perspetivas de défice do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e do Banco de Portugal (BdP), sabe o ECO.

No Programa Eleitoral que será apresentado esta sexta-feira às 17 horas, Luís Montenegro mantém também a previsão de um saldo positivo de 0,3% para este ano, embora aponte para um crescimento da economia ligeiramente abaixo do que na campanha de janeiro do ano passado.

O primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, e o seu ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, voltam a comprometer-se com o mantra de ligeiros excedentes orçamentais e como vincou na quinta-feira o ministro da Economia, Pedro Reis, preveem quenão haverá défice” ao longo do horizonte da legislatura, caso sejam reeleitos.

O ECO sabe que, no cenário macroeconómico, a AD prevê um excedente de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, caindo para 0,1% em 2026, sobretudo devido ao impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Para 2027 espera um saldo positivo de 0,3%, para 2028 de 0,2% e para 2029 de 0,3%.

No programa eleitoral para as legislativas de 2024, a coligação liderada por Luís Montenegro apontava para um saldo orçamental positivo de 0,2% do PIB este ano, de 0,1% em 2026, e de 0,2% nos dois anos seguintes. As previsões para 2027 e 2028 foram, contudo, revistas em alta pelo Ministério das Finanças no plano orçamental estrutural de médio prazo, entregue em Bruxelas em outubro. Nesse documento, apontava para um excedente de 1,1% e de 1,3%, respetivamente.

AD prevê excedente de 0,3% este ano e de 0,1% em 2026, sobretudo devido ao impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Previsão mais otimista do que a dos socialistas.

O Governo mostra-se assim mais confiante do que o Conselho das Finanças Públicas e o Banco de Portugal, que veem o país a regressar aos défices. Depois de excedentes em 2023 (1,2%) e 2024 (0,7%), a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral prevê um saldo equilibrado este ano um défice de 1% do PIB em 2026. No próximo ano, o resultado é influenciado em mais de metade pelo impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), explica. Descontando este efeito, seria ainda negativo em 0,4% devido às medidas de política, como o IRS Jovem.

Em dezembro, o Banco de Portugal (BdP) mostrou-se mais pessimista já para este ano e apontou para um défice de 0,1%, subindo para 1% em 2026 e 0,9% em 2027.

O tema das finanças públicas tem servido de arma de arremesso entre o Governo e o PS. No cenário orçamental do seu programa eleitoral, os socialistas apontam para um excedente de 0,1% este ano e um défice de 0,4% no próximo, justificado sobretudo com o impacto do PRR.

Redução mais rápida do rácio da dívida pública

No que toca ao rácio da dívida pública, a AD prevê agora que se reduza de 94,9% em 2024 para 91% em 2025, caindo para 87,2% em 2026. Para 2027 prevê 83,4% do PIB, para 2028 79,5% e para 2029 75,1%.

A previsão significa uma diminuição da dívida pública mais ambiciosa do que a inscrita no OE2025. O Terreira do Paço esperava, em outubro, chegar a 2026 com a dívida em 90,4% do PIB, caindo para 83,2% em 2028. No programa eleitoral para as legislativas de 2024, a equipa de Luís Montenegro prometia manter uma diminuição sistemática do rácio para 96% este ano, 92,2% em 2025, 88,5% em 2026, 84,4% em 2027 e para 80,2% em 2028.

Economia a crescer 3% no final da legislatura

De acordo com informações recolhidas pelo ECO, a AD prevê um crescimento da economia ligeiramente inferior ao inscrito no programa eleitoral de 2024. No final da legislatura, em 2029, a taxa de crescimento projetada fica ligeiramente acima dos 3%, abaixo dos 3,4% em 2028, inscritos no programa para as legislativas do ano passado.

Joaquim Miranda Sarmento, em ocasiões públicas, tem sinalizado que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá avançar 2,5% este ano, acima dos 2,1% inscritos no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). No documento orçamental, as Finanças apontam para um crescimento de 2,2% em 2026, de 1,7% em 2027 e de 1,8% em 2028.

A taxa de crescimento em 2029 é mais ambiciosa do que a prevista pelo PS no seu programa eleitoral. Os socialistas preveem chegar a 2029 com uma expansão do PIB mais contida: 2%.

As projeções dos partidos para a evolução da atividade económica são desenhadas numa altura de elevada incerteza e volatilidade internacional, sobretudo devido aos avanços e recuos da guerra de tarifas. Nos EUA, crescem os receios de uma recessão económica devido à política comercial da Administração Trump, enquanto na Europa instituições como o Banco Central Europeu (BCE) começam a admitir um menor crescimento dos países do euro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas já deu luz verde à reprogramação do PRR português

"Hoje a Comissão deu uma avaliação positiva do plano revisto de Portugal", avançou ao ECO fonte oficial da Comissão Europeia, remetendo para as próximas horas a publicação dos "documentos relevantes".

A Comissão Europeia já deu luz verde à proposta de reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que o Governo tinha submetido a 1 de fevereiro. Está agora aberto o caminho para a análise do sexto pedido de pagamento, submetido a 14 de novembro.

“Hoje a Comissão deu uma avaliação positiva do plano revisto de Portugal”, avançou ao ECO fonte oficial da Comissão Europeia, remetendo para as próximas horas a publicação “dos documentos relevantes”.

O ECO já tinha avançado que a Comissão Europeia ia decidir esta sexta-feira sobre a reprogramação.

Portugal, na sua proposta de revisão manteve como objetivo continua a executar os 22,2 mil milhões de euros do PRR até junho de 2026. Mas, em vez de 463 metas e marcos, Portugal propôs à Comissão Europeia cumprir 450, concentrando um maior número no último pedido de pagamento. Além disso, retirou 1.483 milhões de euros (cerca de 6,7% do montante global da bazuca) em investimentos, cujo cumprimento não podia ser assegurado até junho de 2026 e integrou outro tanto em novas apostas ou reforço das já existentes.

Em traços gerais, a Saúde e as empresas foram as principais beneficiárias deste exercício, em detrimento das casas, das barragens e dos metros.

O ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, reconheceu que a Comissão Europeia suscitou algumas questões na reprogramação. “Mas são pouco relevantes”, disse no ECO dos Fundos. Manuel Castro Almeida explicou que espera luz verde ainda em abril ou maio, dependendo de se a reprogramação fosse aprovada no Ecofin ou no Conselho de Assuntos Gerais. Há que aguardar pela documentação para se perceber o que Bruxelas aceitou de facto.

A proposta do Governo era de que a Saúde tenha um reforço de 336 milhões de euros para a compra de equipamentos para as Unidades Locais de Saúde (ULS), “modernizando as infraestruturas e garantindo um melhor acesso aos cuidados de saúde”. A Ciência e Ensino Superior receba um investimento adicional de 110 milhões para “equipamentos e modernização tecnológica das universidades, reforçando a capacidade científica e de investigação do país”. E para fomentar a inovação empresarial, a competitividade e o crescimento das empresas é sugerida a criação um novo instrumento financeiro com uma dotação de cerca de 230 milhões de euros.

Como o prazo de execução limite é de junho de 2026, a opção do Governo foi retirar à componente da habitação 391 milhões de euros. Das 6.800 casas do parque habitacional a custos acessíveis apenas 3.500 serão financiadas pelo PRR, o financiamento das restantes 3.300 será assegurado através de um empréstimo do BEI. “O problema é não ter havido a procura que se pretendia para estas habitações”, explicou Hélder Reis no Parlamento, a semana passada. “Em causa estão empréstimos aos municípios e a procura foi inferior àquela que se pretendia”, acrescentou.

Já ao nível da gestão hídrica serão retirados 224,4 milhões de euros. A Barragem do Pisão já não vai ser financiada pelo PRR, a dessalinizadora do Algarve e a barragem do Pomarão também vão ter de encontrar fontes de financiamento alternativas.

Um dos cortes mais significativos é ao nível da mobilidade sustentável (-416 milhões de euros) fruta da “redução de financiamento PRR nos investimentos relacionados com a Linha Violeta (Odivelas-Loures) e parte da expansão da Linha Vermelha (São Sebastião-Alcântara) do Metro de Lisboa”. “Estes projetos, considerados estruturantes para o país, seguem o seu percurso normal de execução embora com recurso a fontes de financiamento alternativas, nomeadamente através de fontes de Fundos Europeus ou Orçamento de Estado”, lê-se na reprogramação entregue em Bruxelas.

O metro de superfície que liga Odivelas a Loures vai sair integramente do PRR, um projeto que ascende a 390 milhões de euros, porque no final do ano, no concurso público, “surgiram duas candidaturas pelo dobro do preço de referência”. Mas, por outro lado, entram 66,4 milhões para a “digitalização do transporte ferroviário”, onde se encaixam projetos de sinalética e outras infraestruturas tecnológicas.

No exercício de reprogramação há ainda dois investimentos que entram. São destinados 137 milhões da componente REPowerEU para a compra de 390 autocarros elétricos para o país, “o que elevará para 835 os autocarros elétricos financiados pelo PRR” e são 78 milhões de euros para reforçar o programa E-lar para “ajudar as pessoas mais vulneráveis a trocar equipamentos que, do ponto de vista climáticos não são os ideais”.

A ditadura dos prazos levou ainda a que a construção de dois barcos elétricos para a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores também vai saltar fora do financiamento do PRR, porque o concurso foi lançado por três vezes e acabou por não ser escolhido nenhum candidato, até porque as especificidades técnicas eram excessivas, segundo o responsável já tinha explicado.

Mas o navio de investigação multifuncional, na região Autónoma da Madeira, cujo concurso também teve problemas mantém-se porque o Executivo está “confiante que ainda se vai concretizar”. Estes dois investimentos faziam parte do sexto pedido de pagamento já entregue em Bruxelas e eram dois dos quatro marcos que ficaram por cumprir.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espanhola Castellana Properties paga 63 milhões para comprar Forum Madeira

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Abril 2025

É a quinta aquisição da empresa espanhola em Portugal, desde que, em outubro passado, comprou três centros comerciais e, dois meses depois, se tornou proprietário do Alegro Sintra.

Forum Madeira

A Castellana Properties, sociedade de investimento imobiliário cotada em Espanha, anunciou esta sexta-feira a aquisição do Forum Madeira por 63,3 milhões de euros à DWS. O negócio deverá ficar concluído até ao fim deste mês.

A transação apresenta uma rentabilidade de entrada sobre o rendimento líquido operacional (NOI) de 9,5%, estando o fecho efetivo da mesma previsto para 30 de abril”, assinala a socimi (sociedade de investimento imobiliário cotada) espanhola, em comunicado.

Com um total de 21 ativos, incluindo já o centro comercial localizado no Funchal, o valor da carteira da Castellana Properties situa-se em torno dos 1.700 milhões de euros.

Esta é a quinta aquisição da empresa em Portugal desde a sua entrada em outubro do ano passado, quando adquiriu três centros comerciais – RioSul Shopping, LoureShopping e 8ª Avenida – por 176,5 milhões de euros. Em dezembro, comprou o Alegro Sintra.

O Forum Madeira tem uma Área Bruta Locável (SBA) de 21.472 metros quadrados, distribuída por três pisos, e contabiliza cerca de 5,4 milhões de visitas por ano, das quais mais de 33% são de turistas internacionais. Conta ainda com 800 lugares de estacionamento.

Quando foi construído, este centro comercial custou cerca de 70 milhões de euros e foi inaugurado a 5 de Abril de 2005, segundo o Diário de Notícias da Madeira.

Citado no comunicado, o CEO da Castellana Properties, Alfonso Brunet, explica que este ativo “reforça a estratégia de diversificação geográfica e expansão internacional” e “reflete a visão a longo prazo e o compromisso com um crescimento sólido e sustentável” da empresa. “Continuamos a apostar em mercados dinâmicos e promissores como o português, onde queremos continuar a gerar valor e construir o futuro”, garante.

A socimi espanhola é dona de 20 centros e parques comerciais em Espanha e Portugal, que no seu conjunto têm uma área bruta de aluguer de 540.191 m². Nesta transação, foi assessorada pela sociedade de advogados PLMJ.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ouro e franco suíço disparam à velocidade a que o dólar afunda

As políticas de Trump estão a potenciar a incerteza, levando o ouro e o franco suíço para máximos históricos, enquanto o dólar perde força e afunda para mínimos de três anos contra o euro.

Os mercados enfrentam uma nova onda de turbulência, com os investidores a procurarem refúgio no ouro e no franco suíço. A imposição de tarifas comerciais agressivas por Donald Trump está a gerar incerteza económica e geopolítica, levando a uma valorização expressiva destes ativos que têm sido vistos como um refúgio e, ao mesmo tempo, a atirar o dólar para mínimos históricos.

O ouro voltou a atingir novos máximos históricos nos últimos dias. Na última semana, os contratos futuros do metal precioso chegaram aos 3.241,50 dólares por onça, superando o recorde anterior de 3.201,60 dólares registado no início do mês. Só esta sexta-feira está a subir 1,35% até aos 3.216,79 dólares, depois de no dia anterior ter valorizado quase 3%.

Desde o início do ano, o ouro já valorizou mais de 22,6%, refletindo a crescente procura por parte de investidores que procuram proteção contra os riscos económicos e cambiais associados à guerra comercial entre os EUA e a China.

O franco suíço também tem registado ganhos notáveis, consolidando-se como uma das moedas mais procuradas em tempos de incerteza. Em apenas dois meses, o franco suíço apreciou-se cerca de 12,4% face à moeda norte-americana, passando de 1,09 para 1,22 dólares americanos, estando atualmente em máximos de setembro de 2011.

Só esta quinta-feira registou uma valorização de 4,2%, a maior subida diária desde 15 de janeiro de 2015. e esta sexta-feira sobe novamente 1,4%. Esta valorização reflete a fuga dos investidores para ativos considerados estáveis perante o aumento das tensões comerciais globais.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Relativamente ao euro, a moeda suíça mantém-se estável, negociando nos 1,08 euros por cada unidade de franco suíço, que se traduz numa valorização de 1% face à moeda única desde o arranque o ano, reforçando a posição do franco suíço como uma das moedas mais fortes no cenário internacional.

A origem desta corrida aos ativos de refúgio está na política comercial agressiva da administração Trump, marcada por uma subida generalizada e cega das tarifas sobre importações – que, entretanto, teve uma pausa de 90 dias para avaliação –, e que gerou retaliações por parte da China e da União Europeia, aumentando os receios de uma recessão global.

Além disso, as tarifas estão a pressionar o dólar e as ações norte-americanas. O índice S&P 500 acumula perdas superiores a 10% este ano, enquanto o dólar acumula uma perda superior a 8,3% face a um cabaz de seis moedas em apenas dois meses.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Só contra a moeda única, o dólar acumula uma desvalorização de 10% desde 10 de fevereiro, sendo que na quinta-feira perdeu 2,21% e esta sexta-feira está a perder 2,37%, contabilizando assim a maior queda diária desde 18 de março de 2015. Esta perda de valor da moeda verde nos mercados internacionais nos últimos dias está a atirar o dólar para em mínimos de três anos contra a moeda única, com uma unidade de dólar a ser atualmente trocada por 0,8777 euros.

Os analistas preveem que tanto o ouro quanto o franco suíço continuem a beneficiar deste clima de incerteza. O ouro poderá atingir novos máximos até ao final do ano caso as tensões comerciais persistam ou se agravem, vaticinam os especialistas. Já o franco suíço deverá manter-se forte enquanto os mercados globais permanecerem voláteis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.