Vendas da Tesla na União Europeia caíram 45% até março

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

Vendas da Tesla na União Europeia caíram 45% no primeiro trimestre do ano, numa altura em que os registos de carros elétricos a bateria aumentaram 12% no mesmo período.

As vendas da Tesla na União Europeia caíram 45% no primeiro trimestre do ano em termos homólogos, enquanto o total de matrículas de carros elétricos aumentou em média 12%, informou esta quinta-feira a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

De janeiro a março, a empresa liderada por Elon Musk vendeu 36.167 veículos, contra 65.774 unidades no mesmo período do ano passado.

No mês de março, a Tesla vendeu 13.860 carros na União Europeia, contra 15.055 no mesmo mês de 2024, o que representa um decréscimo de 7,9% e contrasta com o aumento médio de 23,9% dos carros elétricos no mesmo período.

Os países com os maiores aumentos nas vendas de carros elétricos em março foram a Letónia (+344%), Chipre (140%) e Espanha (68,9%), enquanto a Estónia (-29,3%) teve o pior registo, seguida da França (-6,6%).

No primeiro trimestre, face ao mesmo período de 2024, as matrículas de automóveis de todos os tipos de motores no mercado único caíram 1,9%.

Vendas de automóveis na UE caem 1,9% no primeiro trimestre

As vendas de automóveis na União Europeia caíram 1,9% no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2024, mas os registos de carros elétricos a bateria aumentaram 12% no mesmo período, informou esta quinta-feira a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.

“Isto reflete um contexto económico global particularmente desafiante e imprevisível para os fabricantes de automóveis”, refere a associação em comunicado, acrescentando que na comparação entre março de 2024 e março de 2025, as vendas caíram 0,2%.

O registo de 412.997 carros elétricos no primeiro trimestre do ano levou os veículos movidos a bateria para 15,2% da quota de mercado da UE, superior à de 12% de há um ano, embora esse nível esteja “ainda longe das expectativas”, disse a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

Em março, as matrículas de automóveis elétricos aumentaram 17,1% e, entre os principais mercados da UE, registaram-se fortes aumentos em Espanha (93%), Alemanha (+35,5%) e Itália (74,8%), enquanto em França diminuíram 13,9%.

Em termos homólogos, no primeiro trimestre, as vendas de veículos elétricos registaram um aumento global de 23,9%, com subidas significativas em Espanha (68,9%), Alemanha (38,9%), Itália (72,5%), Bélgica (+29,9%) e Países Baixos (+7,9%), mas uma descida de 6,6% em França.

Os híbridos plug-in viram as suas vendas aumentar 12,4% e os híbridos não plug-in 23,9% em março, enquanto no conjunto do primeiro trimestre foram registados mais 1,1% de híbridos plug-in e mais 20,7% de híbridos não plug-in.

Entre janeiro e março, o crescimento homólogo dos híbridos plug-in foi liderado pela França (+47,5%), Espanha (+36,6%), Itália (+15,3%) e Alemanha (+10,5%).

A quota de mercado dos híbridos na UE situou-se em 35,5% e a soma dos veículos elétricos e híbridos atingiu uma quota de mercado de 59,2% dos novos registos na UE em março de 2025, contra 49,1% no ano anterior, afirmou a ACEA.

Os automóveis com motor de combustão (diesel e gasolina) viram a quota cair num ano de 48,3% para 38,3%.

Entre janeiro e março, o número de matrículas de automóveis a gasolina diminuiu 20,6%, com quebras em todos os principais mercados: França (-34,1%), Alemanha (-26,6%), Itália (-15,8%) e Espanha (-9,5%), deixando a quota de mercado em 28,7%, contra 35,5% um ano antes.

Os registos de automóveis a gasóleo diminuíram 27,1%, representando agora apenas 9,5% do mercado da UE.

Além disso, em março de 2025, a variação homóloga mostrou uma queda de 20,7% nos registos de automóveis a gasolina e uma queda de 25,5% nos registos de automóveis a gasóleo, disse a ACEA.

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O tempo na palma da mão (a jornada de Nikita Choraria na relojoaria de luxo)<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 24 Abril 2025

Da infância entre raros Rolex e Patek Philippe ao comando da Pro Hunter, Nikita Choraria desafia convenções e redefine a personalização no segmento de luxo.

Este artigo integra a 14ª edição do ECO magazine. Pode comprar AQUI. Nikita Choraria é colecionadora de relógios e Diretora Criativa da Pro Hunter. Com uma paixão que nasceu na infância e foi cultivada pelo seu pai, Kamal Choraria – um respeitado estudioso e colecionador de relógios vintage–, Nikita cresceu rodeada de peças raras da Rolex e da Patek Philippe. Desde cedo, maravilhava-se ao observar o meticuloso trabalho do pai na sua boutiquede personalização de relógios, a Pro Hunter, reconhecida por transformar modelos clássicos em versões exclusivas e ousadas. Determinada a traçar o seu próprio caminho, antes de ingressar na Pro Hunter, Nikita explorou outras áreas profissionais, passando pelos setores de luxo e financeiro, especializando-se em linguística, comunicação e gestão de

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“Celebrar o 25 de Abril não é desrespeitar o Papa Francisco”, diz líder do PS

O secretário-geral do PS condena a decisão do Governo em adiar as festividades do 25 de Abril, considerando que "celebrar a data não é desrespeitar o papa Francisco".

O líder do PS não concorda com a decisão do Governo de adiar a agenda festiva do 25 de Abril devido ao luto nacional pelo Papa. Celebrar o 25 de Abril não é desrespeitar o Papa Francisco”, afirma Pedro Nuno Santos.

“Quem conhece o exemplo do Papa Francisco sabe que era um amante da liberdade e da igualdade, são dois dos valores que celebramos no 25 de Abril”, afirma o socialista. Pedro Nuno Santos considera que o “Governo optou por desvalorizar a celebração do 25 de Abril e cometeu um erro a não saber avaliar o sentimento dos portugueses no que diz respeito a esta data”.

O Governo optou por desvalorizar a celebração do 25 de abril e cometeu um erro a não saber avaliar o sentimento dos portugueses no que diz respeito a esta data.

Pedro Nuno Santos

Secretário-geral do PS

As comemorações do 25 de Abril foram adiadas para o dia 1 de maio. O líder do PS considera que a “melhor resposta que os portugueses podem dar a um Governo que decidiu cancelar as celebrações do 25 de abril é participarem em força nas celebrações em todo o país, principalmente com uma presença massiva na Avenida da Liberdade no dia 25 de abril à tarde em Lisboa”.

“Celebrar o 25 de Abril não é desrespeitar a memória de alguém que ao longo da sua vida o que fez foi defender a liberdade e igualdade, conclui o líder socialista.

Apesar do cancelamento da agenda festiva, o Governo marcará presença na sessão solene do 25 de Abril no Parlamento.

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Direção-geral propõe suspensão de diretor, chefe e sete guardas de Vale de Judeus

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais propôs a suspensão do diretor, um chefe e sete guardas em funções na prisão de Vale de Judeus aquando da fuga em setembro.

A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) propôs a suspensão do diretor, um chefe e sete guardas em funções na prisão de Vale de Judeus aquando da fuga em setembro, revelou esta quinta-feira fonte do Ministério da Justiça.

Os visados estão ainda a ser notificados da acusação e têm agora oportunidade de se defenderem, antes de a DGRSP tomar a decisão final no âmbito dos procedimentos disciplinares abertos em outubro, acrescentou a fonte, citando informações prestadas por aquele organismo.

Segundo a tutela, foram “apurados indícios fortes de violação de deveres disciplinares”, que justificam a aplicação da sanção, considerada grave.

Em 7 de setembro de 2024, fugiram de Vale de Judeus, em Alcoentre (Azambuja), o argentino Rodolfo Lohrmann, o britânico Mark Roscaleer, o georgiano Shergili Farjiani, e os portugueses Fábio Loureiro e Fernando Ribeiro Ferreira.

Os reclusos, todos já recapturados pelas autoridades, cumpriam penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento, entre outros crimes.

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Pequenos em Portugal? “Não competimos por tamanho”, diz Bankinter

Cerca de 10% do novo crédito dado pelo Bankinter em Portugal tem sido ao abrigo da linha de garantia pública para os jovens.

Portugal já representa 10% do volume de negócios do Bankinter. Questionada sobre se ambiciona ter uma operação igual à dos rivais Santander e CaixaBank (dono do BPI) no mercado português, a CEO do banco espanhol, Gloria Ortiz, é taxativa: “Não competimos por tamanho. (…) Não é um tema que nos interessa. Competimos muito bem com as capacidades que temos”.

Com a venda do Novobanco a entrar na fase decisiva, o Bankinter parece definitivamente de fora da operação. “Não planeamos nenhuma aquisição, pois temos a capacidade para fazermos nós próprios”, acrescentou a gestora espanhola.

De resto, durante a conferência de imprensa, Gloria Ortiz destacou a eficiência da operação portuguesa que é liderada localmente por Alberto Ramos, que atingiu um rácio de 33,1% entre janeiro e março. “Está em níveis de excelência, melhor do que temos em Espanha”, frisou.

Mais tarde lembrou o que tinha dito para reforçar o ponto de que o Bankinter não precisa de comprar outro banco para ser bem-sucedido. “[O tamanho] tão pouco é um problema para a eficiência. Às vezes dizem que o tamanho e as economias de escala… bem, não”, argumentou.

O Bankinter atingiu no primeiro trimestre do ano uma carteira de crédito de 10 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2024.

Já os recursos de clientes tiveram um crescimento de 19% para 9 mil milhões de euros, o mesmo montante que tem em ativos sob gestão.

Este desempenho, que Gloria Ortiz associou ao “investimento histórico” que os espanhóis estão a realizar na sua operação portuguesa, elevou o peso de Portugal para 10% no total do volume de negócios do banco espanhol.

Para este crescimento contribuiu a linha de garantia pública para os jovens e no âmbito da qual o Bankinter ficou com uma quota de 6%. O administrador financeiro, Jacobo Diaz, revelou que está a ter uma “boa procura” e que 10% da nova produção de crédito da casa está a ser feita ao abrigo da medida.

Mil milhões de lucro continua a ser objetivo

Portugal contribui com 56 milhões de euros de resultado antes de imposto para os lucros do grupo, que ascenderam na sua globalidade a 270,1 milhões de euros, mais 34,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Gloria Ortiz explicou que a incerteza com a guerra comercial coloca desafios a todos, incluindo ao Bankinter, mas assegurou que mantém o objetivo de atingir a marca dos mil milhões de euros de lucro num só ano.

“Iniciámos com força o primeiro trimestre. Estamos numa boa posição para esta incerteza e volatilidade que temos pela frente com este vendaval tarifário”, disse a CEO aos jornalistas.

“Mil milhões continua a ser a nossa meta para 2025. (…) Creio que estamos bem apetrechados para conseguir este objetivo”, disse.

Considera que ainda é cedo para ver impactos da guerra de tarifas, mas espera que as economias de Espanha e Portugal, que não têm uma grande exposição ao mercado americano, sejam mais afetadas por efeitos de segunda ordem do que diretamente da política comercial de Trump.

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Fórum para a Competitividade prevê abrandamento da economia já a partir do primeiro trimestre

Perda de dinamismo do consumo privado e impacto negativo do menor crescimento dos parceiros comerciais nas exportações deverão travar a economia portuguesa este ano e no próximo.

O Fórum para a Competitividade prevê um abrandamento da economia já a partir do primeiro trimestre devido à degradação profunda do cenário internacional. Depois de crescer 1,9% em 2024, a evolução do PIB deverá afrouxar para 1,5% a 2% este ano e 1,4% a 2% em 2026.

Se o quarto trimestre do ano passado foi “muito forte”, com um crescimento em cadeia de 1,5%, nos três primeiros meses “a economia terá desacelerado”, afirma a nota de conjuntura divulgada esta quinta-feira pelo Fórum para a Competitividade.

No primeiro trimestre, o consumo privado parece ter mantido um dinamismo significativo, mas não tão dinâmico como no final do ano, enquanto o setor da construção terá mantido um bom desempenho. Já as exportações começaram o ano de forma favorável, mas com uma volatilidade significativa”, refere o relatório de perspetivas empresariais referente ao primeiro trimestre.

O relatório assinala que “o cenário internacional degradou-se profundamente desde Janeiro, sobretudo devido às medidas do novo presidente dos EUA“, com os “avanços, recuos e suspensões” a lançarem uma “elevada incerteza”.

O consumo deverá abrandar com a economia, enquanto o investimento terá dificuldade em beneficiar da diminuição das taxas de juro, devido à elevada incerteza.

Fórum para a Competitividade

O gabinete de estudos, dirigido pelo economista Pedro Braz Teixeira, salienta que “a revisão em baixa das previsões de crescimento para os nossos parceiros comerciais deverá afetar as nossas exportações, para além dos desafios colocados pelas tarifas, que incluem a tentativa da China de substituir os EUA pelo mercado europeu”. “O consumo deverá abrandar com a economia, enquanto o investimento terá dificuldade em beneficiar da diminuição das taxas de juro, devido à elevada incerteza”, acrescenta.

No plano nacional, o relatório refere ainda a “incerteza política”, que poderá ser dissipada após as eleições legislativas de 18 de maio. No entanto, sublinha que face à provável inexistência de um governo com maioria parlamentar, a capacidade reformista estará limitada.

Considerando estes fatores, o Fórum para a Competitividade estima um abrandamento do crescimento, de 1,9% em 2024 para entre 1,5% e 2,0% em 2025, estabilizando entre 1,4% e 2,0% em 2026.

Uma previsão em linha com as que têm sido avançadas pelas entidades internacionais. O FMI reviu esta semana em baixa o crescimento do PIB português para 2% este ano e 1,7% no próximo, menos três décimas que em outubro.

Depois da forte queda da inflação homóloga no primeiro trimestre, de 3% em dezembro para 1,9% em março, o Fórum para a Competitividade estima um alívio da taxa média este ano e no próximo. De 2,4% em 2024, a inflação deverá abrandar para entre 2% e 2,3% em 2025 e entre 1,9% e 2,2% em 2026.

Precisaríamos das tão faladas reformas estruturais para fazer crescer o PIB potencial. A aparente boa ou razoável conjuntura económica tem mascarado na economia portuguesa os sérios problemas estruturais que persistem.

Numa perspetiva mais de médio e longo prazo, o relatório refere que “a economia portuguesa estacionou num crescimento à volta dos 2%”, condicionada pelo fraco crescimento do PIB potencial. “Precisaríamos das tão faladas reformas estruturais para fazer crescer o PIB potencial. A aparente boa ou razoável conjuntura económica tem mascarado na economia portuguesa os sérios problemas estruturais que persistem”, acrescenta.

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Bruxelas aprova apoio de 612 milhões de Portugal às eletrointensivas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Abril 2025

A Comissão Europeia deu aval a uma medida de Portugal para apoiar com até 612 milhões de euros as indústrias com consumos intensivos de eletricidade. Haverá 319 empresas elegíveis.

A Comissão Europeia anunciou esta quinta-feira a aprovação de um regime de auxílio estatal de Portugal destinado a reduzir os custos da eletricidade às empresas com utilização intensiva de energia, com um orçamento de 612 milhões de euros até abril de 2035, confirmando uma notícia avançada em março pelo ECO/Capital Verde.

“O regime destina-se a reduzir o risco de estas empresas de elevada intensidade energética deslocalizarem as suas atividades para países fora da UE com políticas climáticas menos ambiciosas”, justifica o Executivo comunitário num comunicado divulgado esta quarta-feira.

Ao abrigo deste programa, segundo a Comissão Europeia, as empresas beneficiárias terão acesso a uma redução de 75% a 85% no custo da eletricidade, consoante a exposição ao risco. No entanto, o desconto não poderá conduzir a um preço da eletricidade abaixo dos 0,5 euros por MWh (megawatt-hora).

No âmbito do regime, os beneficiários terão de aplicar certas recomendações de auditoria energética, cobrir pelo menos 30% do consumo de eletricidade com fontes de energia renováveis — através de contratos de longo prazo, investimentos em autoconsumo ou outras iniciativas de sustentabilidade energética –, ou investir pelo menos 50% do auxílio em projetos que conduzam a reduções substanciais das emissões de gases com efeito de estufa das suas instalações.

Portugal implementou várias taxas para financiar políticas ambientais, como a produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis, o apoio à eficiência energética e as tarifas sociais e a promoção da produção de eletricidade em regiões isoladas. Com este regime de auxílios estatais, as taxas de imposição serão reduzidas para as empresas com utilização intensiva de energia.

Para aprovar este regime, Bruxelas verificou que:

  • “facilita o desenvolvimento de certas atividades económicas que dependem fortemente da eletricidade e que estão particularmente expostas à concorrência internacional”;
  • é uma medida “necessária e adequada para contribuir para a realização dos objetivos do Clean Industrial Deal” e “proporcional, uma vez que os montantes individuais de auxílio não excedem o montante máximo de auxílio permitido”;
  • e “os efeitos positivos do regime compensam os eventuais efeitos negativos sobre a concorrência e o comércio na UE”.

“Este regime permite a Portugal apoiar empresas particularmente expostas ao comércio internacional e que dependem fortemente da eletricidade para as suas atividades. O regime mantém os incentivos para uma descarbonização efetiva da economia portuguesa, reduzindo ao mínimo as distorções da concorrência. Reforça igualmente a competitividade das empresas apoiadas, em conformidade com os objetivos do Clean Industrial Deal”, afirmou a vice-presidente executiva da Comissão para a Transição Limpa, Justa e Competitiva, Teresa Ribera, citada no comunicado.

Também em comunicado, o Governo revela que o número estimado de consumidores elegíveis é de 319 empresas, com um apoio anual previsto de, pelo menos, 60 milhões de euros através da isenção parcial dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG). O estatuto em causa aplica-se a setores como as cerâmicas, o vidro, a metalomecânica e os têxteis.

A tutela detalha que “as reduções podem atingir um limite máximo de 75% ou, em determinados casos, 85%, caso as instalações demonstrem que pelo menos 50% do seu consumo de eletricidade provém de fontes renováveis e que pelo menos 10% desse consumo seja assegurado por um contrato de longo prazo ou 5% seja proveniente de autoconsumo renovável”.

Para serem elegíveis, as empresas devem cumprir determinados critérios, tais como o consumo mínimo anual de energia elétrica de 1 GW; o consumo anual nos períodos horários de vazio normal e supervazio igual ou superior a 40% e ter um grau de eletrointensidade anual igual ou superior a 1 kWh/euro de valor acrescentado bruto.

“Este é um compromisso da maior importância para que possamos ter um equilíbrio entre competitividade industrial e responsabilidade ambiental, em linha com o PNEC 2030 – Plano Nacional de Energia e Clima 2030”, realça a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, citada na nota do Executivo.

Já o ministro da Economia, Pedro Reis, destaca o reconhecimento do estatuto do cliente eletrointensivo por parte da Comissão Europeia como “um forte impulsionador do crescimento da economia portuguesa”. “A aposta na redução dos custos da energia para setores estratégicos, em particular na indústria, representa um reforço na competitividade
nacional e mais um passo no caminho da necessária transição energética”, acrescentou.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h05)

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PJ deteve três administradores de insolvência e um advogado no Grande Porto

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

"Os detidos estão fortemente indiciados pela prática de vários crimes, nomeadamente corrupção, insolvência dolosa, falsificação de documentos e branqueamento de capitais", avança a PJ.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na zona do Grande Porto três administradores de insolvência e um advogado suspeitos de vários crimes económicos, incluindo corrupção e branqueamento de capitais, informou esta quinta-feira aquele órgão de polícia criminal.

Em comunicado, a PJ esclareceu que realizou na zona do Grande Porto uma operação policial, na qual foram detidos três administradores de insolvência e um advogado, com idades entre 51 e 77 anos, no âmbito de um inquérito titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto.

“Os detidos estão fortemente indiciados pela prática de vários crimes, nomeadamente corrupção, insolvência dolosa, falsificação de documentos e branqueamento de capitais, delitos que terão sido praticados, pelo menos, desde 2016 até à atualidade”, referiu a mesma nota.

Segundo a Judiciária, a investigação incide sobre a atuação concertada dos suspeitos, intervenientes em processos de insolvência e/ou de recuperação de empresas, no âmbito das suas funções profissionais.

De acordo com a investigação, os arguidos desenvolveram um esquema criminoso que permitiu beneficiar os insolventes e viabilizar a apropriação de património pelos próprios ou a favor de terceiros, em prejuízo dos credores.

“No esquema eram envolvidas pessoas singulares e/ou coletivas da sua confiança, que se apresentavam com créditos fictícios e documentação forjada, nomeadamente contratos que têm por objeto os respetivos bens imóveis ou alvarás de estabelecimento, créditos esses imediatamente reconhecidos sem estarem devidamente demonstrados”, acrescentou a PJ.

Para além de permitirem a apropriação imediata de bens móveis ou imóveis, estes créditos fictícios asseguravam a aprovação dos planos de recuperação, para que os devedores pudessem tirar proveito dos seus efeitos, suspendendo a ação dos reais credores e dissipando o património existente.

Os detidos vão ser presentes ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

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Empresários alemães recusam-se a ceder ao pessimismo

A confiança empresarial na Alemanha em abril superou as previsões dos analistas, embora as expectativas permaneçam sombrias, revelando um ambiente de retoma tímida num clima de instabilidade.

O nível de confiança dos empresários alemães na maior economia europeia registou uma melhoria ténue em abril, com o índice a subir para 86,9 pontos, ficando assim acima dos 86,7 registados em março e superando as previsões dos analistas, que apontavam para 85,2 pontos.

Este resultado representa um aumento de cerca de 2% face às estimativas do mercado, sinalizando uma resiliência inesperada na economia alemã, apesar do contexto de incerteza crescente e com “a economia alemã a preparar-se para a turbulência”, refere Clement Fuest, presidente do Instituto Ifo, em comunicado.

Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Ifo, a avaliação das empresas sobre a situação atual melhorou, com o subíndice das condições atuais a fixar-se em 86,4 pontos (face aos 85,7 do mês anterior e acima dos 85,4 previstos). Mas o subíndice das expectativas para os próximos seis meses recuou ligeiramente para 87,4 pontos, ainda assim superando largamente a previsão dos analistas (85 pontos), embora abaixo dos 87,7 registados em março.

O sentimento entre as empresas na Alemanha melhorou ligeiramente. As empresas estavam mais positivas quanto à situação atual, mas as expectativas tornaram-se mais sombrias”, sublinha Clemens Fuest.

Os dados revelam ainda desempenhos díspares por setores, com a indústria transformadora e o comércio a mostrarem uma queda da confiança por parte dos empresários, enquanto os serviços e a construção destacaram-se pela positiva.

No setor da construção, o clima empresarial atingiu mesmo o seu nível mais elevado desde maio de 2023, graças a uma melhoria significativa das expectativas dos empresários. Contudo, a situação atual ainda é vista como negativa, com a falta de encomendas a persistir como principal entrave.

Apesar da ligeira subida do índice global, o ambiente de negócios permanece desafiante na Alemanha. “A incerteza entre as empresas aumentou”, refere Clemens Fuest, destacando a dificuldade das empresas em antecipar o futuro próximo, num contexto de abrandamento económico global e desafios geopolíticos. Além disso, tanto a avaliação da situação atual como as expectativas dos empresários alemães continuam abaixo da média de longo prazo, mantendo a economia alemã numa fase de “crise”, referem os dados do Ifo.

O desempenho da economia alemã é particularmente relevante para Portugal e para o resto da União Europeia, dado o peso da Alemanha nas cadeias de valor industriais e nas exportações intraeuropeias. Uma estabilização, ainda que modesta, do sentimento empresarial pode ser um sinal de esperança para a retoma económica no espaço europeu, mas o elevado grau de incerteza pode gerar novas dificuldades.

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De olho numa Switch 2? Consola deverá estar esgotada durante meses

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Abril 2025

Só no Japão a loja da Nintendo recebeu 2,2 milhões de inscrições no sorteio de pré-encomendas, um número muito acima das consolas que estarão disponíveis para entrega a 5 de junho, avisou a marca.

A consola Nintendo Switch 2 foi apresentada no dia 2 de abrilNintendo

A Nintendo recebeu 2,2 milhões de inscrições no sorteio de pré-encomendas da nova consola Switch 2 no Japão, mas não irá conseguir satisfazer toda essa procura.

Só no mercado japonês o número de pedidos da nova versão da consola na My Nintendo Store excedeu largamente as expectativas iniciais da marca, sendo bastante superior à quantidade de consolas disponíveis para serem entregues no dia 5 de junho, anunciou a marca.

“O número está muito além das expectativas”, o que “não só indica que a Switch 2 estará esgotada no lançamento como também que o dispositivo, provavelmente, será difícil de obter nos meses seguintes”, disse Serkan Toto, fundador da empresa de consultoria Kantan Games, citado pela Reuters.

O lançamento da sucessora da Switch vai, assim, testar a capacidade da empresa japonesa de gerir a sua cadeia de abastecimento, num momento de grande incerteza comercial, devido à guerra comercial iniciada pelos EUA.

A empresa anunciou a Switch 2 pouco antes de Donald Trump ter anunciado as “tarifas recíprocas”, e chegou a interromper o arranque das pré-encomendas nos EUA por esse motivo. Entretanto, a marca japonesa já confirmou que manterá o preço da consola nos 449,99 dólares no mercado norte-americano.

Segundo a Reuters, a Nintendo Switch vendeu 2,7 milhões de unidades a nível global no seu mês de lançamento em 2017 e, desde então, já foram vendidas mais de 150 milhões de unidades.

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China nega estar a negociar acordo comercial com os EUA

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês desmente Casa Branca: "Não foram iniciadas quaisquer negociações ou consultas" com os EUA para pôr fim à guerra comercial.

A China assegurou esta quinta-feira que “não foram iniciadas quaisquer negociações ou consultas” com os EUA para pôr fim à guerra comercial, desmentindo assim as informações divulgadas nos últimos dias pela imprensa e fontes oficiais norte-americanas.

“São notícias falsas”, reagiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Guo sublinhou que esta guerra comercial “foi iniciada pelos EUA” e reiterou que a posição de Pequim “sempre foi consistente e clara”.

“Se se trata de lutar, lutaremos até ao fim; se se trata de dialogar, a porta está aberta”, acrescentou o porta-voz, sublinhando que “qualquer diálogo ou negociação deve basear-se na igualdade, no respeito mútuo e na reciprocidade”.

As declarações surgem depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter manifestado na quarta-feira otimismo quanto à possibilidade de chegar a um acordo com a China, tendo mesmo avançado que as tarifas sobre as importações chinesas – atualmente em 145% – “serão substancialmente reduzidas”.

Questionado sobre o assunto, Guo insistiu que, se Washington quer resolver o conflito, “deve abandonar a sua abordagem de pressão máxima, parar de fazer ameaças e envolver-se num diálogo com a China em termos iguais”.

O porta-voz acusou os EUA de “abusar das tarifas” e de “minar seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio”, em detrimento dos “interesses comuns dos povos de todo o mundo”.

O conflito comercial entre as duas potências, que se intensificou no início de abril, suscitou preocupações em organismos como a OMC, que alertou esta semana para o facto de a criação de blocos comerciais antagónicos entre os EUA e a China poder provocar perdas até 7% do PIB mundial.

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Grupo Mais lança empreendimento “Bela Vista” no mercado

  • ECO
  • 24 Abril 2025

O Grupo Mais lança empreendimento "Bela Vista" no mercado, com 79 apartamentos de tipologias T2 e T3, construídos em Fátima.

Empreendimento “Bela Vista – Fátima”

Criado em 2015, em Fátima, e inicialmente com atividade na mediação imobiliária, o Grupo Mais dedica-se agora principalmente à área da construção e promoção. Um dos empreendimentos mais recentes é o “Bela Vista”, localizado numa das zonas “mais privilegiadas” desta cidade, constituído por 79 apartamentos modernos, de tipologias T2 e T3.

Proximidade e localização estratégica deste empreendimento aos principais pontos de Fátima, como escolas e comércio, são algumas das mais-valias apontadas pela empresa de construção civil.

Cada apartamento foi projetado com atenção aos detalhes para garantir o máximo de conforto e funcionalidade, com acabamentos de qualidade e ambientes amplos e luminosos“, descreve o Grupo Mais.

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