Costa deixa recado a Trump: Tarifas contra a UE “não são bom caminho”

Presidente do Conselho Europeu rejeita que exista um défice comercial entre a UE e os EUA e garante que o executivo comunitário está disponível para negociar. "Temos de encontrar um ponto de acordo".

O Presidente do Conselho Europeu garantiu que a União Europeia (UE) está disponível para dialogar com os Estados Unidos e “encontrar bases de cooperação económica” entre os dois blocos de forma a evitar um escalar de uma guerra comercial, nos próximos meses.

Vamos ver como é que é possível procurar encontrar bases de cooperação económica que ultrapassem esse défice“, respondeu António Costa numa entrevista à RTP, esta quarta-feira, aludindo às declarações de Donald Trump que disse existir um défice comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia de 350 mil milhões de dólares. A Comissão Europeia corrigiu esses valores, salientando haver entre os dois blocos um excedente no comércio de bens e serviços.

Quanto a uma possível imposição de tarifas aduaneiras contra as exportações europeias, António Costa considera que estas são “uma questão de negociar”. No entanto, frisa que a solução proposta por Trump, e já concretizada contra o Canadá, México e China, “não são um bom caminho”.

“As tarifas são uma questão de negociar. Para a prosperidade da União Europeia e dos Estados Unidos, as tarifas não são um bom caminho“, disse, frisando que as políticas por esta via “não fomentam a exportação” e, em sentido contrário, “limitam a liberdade de escolha do consumidor americano” aumentando os preços.

Temos de encontrar um ponto de acordo. Da parte da União Europeia há total franqueza e abertura“, garantiu o presidente dos 27 Estados-membros dois dias depois de Donald Trump ter tomado posse como 47º presidente dos Estados Unidos.

Relativamente à NATO e aos orçamentos de despesa dos aliados, António Costa rejeitou a ameaça do presidente norte-americano de se retirar da organização, garantindo que os países europeus pertencentes à NATO já cumprem com a meta de 2% e estão preparados para ir mais longe.

“Os Estados Unidos dizem que a Europa tem de investir mais na defesa, mas desde de que Trump saiu, até hoje, houve uma enorme evolução”, garantiu o presidente do Conselho Europeu. “Os 23 Estados-membros da União Europeia, que também são aliados da NATO, no seu conjunto, já cumprem os 2%. Creio que estão preparados para que na próxima cimeira seja definida uma meta mais ambiciosa para aumentar investimentos“, acrescentou. Certo é que o tema estará em cima da mesa na próxima reunião informal do Conselho Europeu.

Tal como o ECO avançou, esta reunião está a agendada para o próximo dia 3 de fevereiro e será discutida a necessidade de os 27 aumentarem o seu orçamento com a defesa. Embora ainda não tenha sido definido um novo valor mínimo, os responsáveis da NATO e vários líderes europeus têm defendido a necessidade de esse valor subir para os 3% do PIB. Já Donald Trump quer que a percentagem seja de 5%.

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Trabalhadores da Decathlon podem tirar até 30 dias de férias por ano

Além dos 22 dias previstos na lei, Decathlon premeia assiduidade com três dias extra de férias, a que se soma o dia de aniversário do trabalhador. Empregados podem ainda "comprar" mais quatro dias.

Os trabalhadores da Decathlon Portugal vão passar a poder tirar até 30 dias de férias por ano. Além dos 22 dias previstos na lei do trabalho, a empresa já oferecia três dias para premiar a assiduidade. Passa agora a dar folga também no dia de aniversário do trabalhador e a permitir que os empregados “comprem” quatro outros dias de férias, sem impactar nos restantes benefícios.

“No ano em que celebra 25 anos, a Decathlon Portugal marca o seu forte compromisso em colocar as suas equipas no centro da organização, introduzindo novos benefícios que promovem maior flexibilidade e bem-estar nas vidas dos seus colaboradores. Em acréscimo aos 22 dias de férias e três dias de majoração que a empresa já oferecia, os colaboradores passaram a dispor da possibilidade de usufruir de ainda mais dias de descanso adicional“, informou a empresa, numa nota enviada esta tarde às redações.

No que diz respeito ao descanso no aniversário, fica estipulado que, caso a data coincida com o dia de descanso habitual, o trabalhador poderá usufruir desta folga extra no dia útil anterior ou seguinte. “Em alternativa, este dia pode ser utilizado no aniversário de um familiar“, esclarece a Decathlon.

Por outro lado, passa a ser possível “comprar” até quatro dias de descanso extra por ano civil. Questionada sobre esta medida em concreto, fonte oficial explicou ao ECO que o trabalhador adquire estes dias “mediante a correspondente dedução no salário”, mas “sem qualquer perda de direitos laborais ou impacto nos benefícios associados à assiduidade”.

Ou seja, o trabalhador perde o salário corresponde a esses dias, mas não arrisca perder, por exemplo, os dias extra atribuídos como prémio pela assiduidade.

“Esta medida permite uma maior flexibilidade na gestão do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, mantendo intactos todos os demais benefícios oferecidos pela empresa”, defende a empresa, em resposta enviada ao ECO.

Estas medidas produzem efeitos a 1 de janeiro de 2025 e são anunciadas poucas semanas depois da Decathlon ter subido o seu salário mínimo bruto para 950 euros, conforme escreveu o ECO. A nível nacional, a retribuição mínima garantida está hoje fixada em 870 euros brutos por mês.

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EDP vai rever plano de negócios até 2030, diz Stilwell de Andrade

Stilwell disse que a EDP está a rever o plano de negócios para analisar resultados das decisões de Trump, mas confia que maioria do investimento até 2026 irá avançar. Ações continuam a afundar.

A EDP EDP 0,08% acredita que os seus projetos onshore nos Estados Unidos não serão afetados pelas decisões de Donald Trump sobre energia eólica, afirmou esta quarta-feira o CEO da elétrica à Reuters, mas a empresa vai nos próximos meses rever o plano de negócios até ao final da década e as expectativas de crescimento.

“Nos próximos meses, vamos voltar ao mercado e apresentar números revistos para o próximo período até 2030. Isto não significa que daremos orientações até 2030, mas estamos obviamente a analisar as nossas expectativas de crescimento para os próximos anos”, afirmou Miguel Stilwell de Andrade, à margem do Fórum Económico Mundial em Davos, na Suiça.

Stilwell disse que a EDP está a rever o plano de negócios, em termos investimento, para analisar os resultados das decisões da administração Trump, ordens executivas e outros fatores.

“Estamos provavelmente a falar de 2 a 3 mil milhões de dólares nos próximos dois anos até 2026… mas eu diria que na maior parte disso vamos avançar de qualquer forma, porque parece estar em áreas que não são afetadas por estas ordens executivas”, acrescentou.

Stilwell disse que a EDP está a rever o seu plano de negócios, em termos do seu programa de despesas de capital, para analisar os resultados das decisões da administração Trump, ordens executivas e outros fatores.

A maioria dos investimentos da EDP nos EUA está focada na energia solar e no armazenamento de baterias, nos quais existem muitas oportunidades de crescimento, disse Stilwell.

As ações do grupo têm estado a cair esta semana, com as da ‘casa mãe’ EDP a recuarem 3,55% esta quarta-feira para 3,146 euros cada, acumulando perdas de 5,71% em três sessões. As da EDP Renováveis tombaram 4,81% para 8,82 euros na sessão, acumulando uma descida de 7,83% esta semana.

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Grupo madeirense investe dez milhões em edifício residencial no Porto

O Edifício Trawler Residence 01 é o segundo investimento do grupo madeirense na cidade do Porto. No total, a promotora já investiu 35 milhões na Invicta.

A promotora madeirense Socicorreia vai investir 10 milhões de euros num novo projeto habitacional composto por 11 frações na Avenida da Boavista, no Porto, com preços a partir dos 700 mil euros. Depois do Edifício Molhe da Montevideu, o Trawler Residence 01 é o segundo investimento o grupo madeirense na cidade do Porto, o que representa um investimento global na Invicta de 35 milhões de euros.

Situado na maior área verde urbana do país, o Trawler Residence 01 será composto por três pisos e as tipologias variam de T1 a T3. A Socicorreia destaca que o projeto “distingue-se ainda pelo conceito inovador ‘chave na mão’, que assegura aos clientes a entrega de apartamentos prontos a habitar, eliminando a necessidade de quaisquer ajustes ou intervenções adicionais”.

“Com um design contemporâneo que se integra harmoniosamente na paisagem da Avenida da Boavista, o Trawler Residence 01 privilegia a entrada de luz natural através de amplas janelas, criando espaços luminosos e vistas únicas sobre o oceano Atlântico”, nota a imobiliária em comunicado.

Trawler Residence 01Socicorreia

O ano passado, o grupo madeirense anunciou o primeiro investimento na cidade do Porto, o Edifício Molhe da Montevideu – projeto habitacional composto por 19 apartamentos na Foz do Douro representou um investimento de 25 milhões de euros. A promotora adianta que este projeto, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2026, “encontra-se já 50% comercializado”.

“A empresa reforça ainda o compromisso com a cidade e não descarta a possibilidade de novos projetos, dependendo de oportunidades que se alinhem com a sua estratégia de crescimento”, concluí.

A Socicorreia, que emprega 100 trabalhadores diretos e 200 indiretos, tem projetos na Madeira, Açores, Lisboa, Braga e Porto. O Grupo ultrapassou, em quase duas décadas, os 250 milhões de investimento.

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Há agora um consenso que precisamos da União dos Mercados de Capitais, diz Lagarde

A presidente do BCE defende que a União Europeia deve eliminar barreiras e acelerar a transição para um mercado único, posicionando-se para os desafios que a região enfrenta com Trump nos EUA.

A Europa enfrenta uma crise existencial e precisa preparar-se para a nova era Trump nos EUA, reconhece a presidente do Banco Central Europeu (BCE). Para Christine Lagarde, a região tem que jogar em equipa, ser mais ágil e acelerar a União dos Mercados de Capitais. A responsável apela à Comissão Europeia para acelerar este processo e pressionar a comissária para os Serviços Financeiros e União de Capitais, Maria Luís Albuquerque, a entregar resultados.

Temos de ser realistas sobre o momento que enfrentamos“, admitiu Christine Lagarde, em resposta à questão sobre se a Europa enfrenta uma crise existencial, num debate dedicado a analisar o potencial da região em Davos.

A presidente do BCE, que já tinha adiantado esta quarta-feira em entrevista à CNBC que a Europa tem que estar preparada para as tarifas de Trump e antecipar os seus efeitos, argumentou que a região tem “o talento, o dinheiro e as ideias”. Falta a ação.

A presidente da autoridade monetária defendeu que a Europa tem que se unir e eliminar “barreiras” criadas pelos próprios países, voltando a pôr o foco na importância de acelerar a União dos Mercados de Capitais e nas vantagens que esta união trará para os países da região.

Há agora um consenso – há exceção de dois ou três países [nos 27] – em concordar que precisamos da União dos Mercados de Capitais“, garantiu a responsável, acrescentando que “vai ter que se lidar com esses países [que não querem avançar com a União de Capitais]”, mas “vamos fazer esta transição”.

A presidente do BCE mostrou-se ainda agradada com o facto da presidente da Comissão Europeia ter falado da criação deste mercado único na sua intervenção em Davos. O que espero que a Ursula [van der Leyen] consiga fazer [agora] é voltar para a Comissão Europeia, que vá ter com [a comissária] Maria Luís Albuquerque e outros e dizer-lhes que têm uma lista de coisas para fazer e um deadline” para acelerar esta união e que quer “resultados até ao final de 2025”, acrescentou.

Para a responsável, a região precisa “focar-se em rapidez e resultados”.

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Deputado do Chega confessou furtos e é arguido. Ventura reúne com Miguel Arruda

O líder do Chega agendou para esta quarta-feira uma reunião de emergência com a direção nacional do partido e o deputado Miguel Arruda, que foi alvo de buscas por suspeitas de furto de malas.

O deputado do Chega, Miguel Arruda, confessou os crimes de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada. A PSP foi esperar o deputado do Chega ao aeroporto. Segundo avança o Público, Miguel Arruda confessou os crimes quando acompanhou as buscas à casa que ocupa em Lisboa.

O líder do Chega agendou para esta quarta-feira uma reunião de emergência com a direção nacional do partido e o deputado Miguel Arruda, que foi alvo de buscas por suspeitas de furto de malas em aeroportos, para perceber o que está em causa.

O deputado foi alvo de buscas na sua residência nos Açores, bem como na casa que ocupa em Lisboa. Em causa estão suspeitas de um crime de furto qualificado, por o deputado alegadamente ter furtado, durante vários meses, malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada quando viajava no início e no final da semana de trabalhos parlamentares. O crime de furto qualificado é punido com pena de prisão até cinco anos ou 600 dias de multa.

Diversas malas dessas foram apreendidas nas buscas, na terça-feira à tarde, na casa onde reside em Lisboa e também parte do conteúdo, como roupa, jóias, relógios e produtos de higiene como cremes e perfumes. Miguel Arruda foi esperado no aeroporto por elementos da investigação criminal, tendo depois seguido para a sua casa em Lisboa.

Segundo a Polícia de Segurança Pública, as buscas decorreram desde as 12h00 e estão a ser realizadas pela investigação criminal do Comando Metropolitano de Lisboa no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. A PSP refere que a investigação não está relacionada com as funções que Miguel Arruda exerce enquanto deputado na Assembleia da República.

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Associação de agências de viagens considera “inaceitável” proposta da ANA de subir taxas

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

Miguel Quintas, presidente da Associação Nacional de Agências de Viagens, considera que o aumento das taxas aeroportuárias irá retirar competitividade ao turismo português.

A Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) considerou hoje “inaceitável” o aumento progressivo das taxas aeroportuárias proposto pela ANA Aeroportos e alerta que pode levar à perda de competitividade do país como destino turístico.

Esta proposta da ANA é inaceitável. O Turismo em Portugal merece ter um novo aeroporto há demasiado tempo, mas soluções que, por vezes, procuram atalhos podem levar a injustiças num setor que já tem sido suficientemente castigado com este atraso na construção do novo aeroporto”, defende Miguel Quintas, presidente da ANAV, citado num comunicado hoje divulgado.

Para financiar o novo aeroporto de Lisboa, um investimento total estimado de 8,5 mil milhões de euros, a ANA propôs aumentar as taxas aeroportuárias progressivamente de 2026 até 2030 e alargar o prazo da atual concessão por mais 30 anos, ou seja, até 2092.

Para a associação, esta proposta, a concretizar-se, significaria perda de parte da competitividade de Portugal como destino turístico.

“Apesar dos bons resultados do turismo nacional, a carga fiscal e os custos de contexto deixam Portugal cada vez menos competitivo face aos mercados internacionais“, sustenta.

Além disso, segundo os números destacados pela ANAV, que diz ter 90 associados, as taxas aeroportuárias de Lisboa já são mais caras, em média 30%, do que as de Madrid.

“Sendo Portugal um país periférico, este desnível é ainda mais acentuado. Aumentar estes custos reduz, consequentemente, ainda mais a competitividade de Lisboa como destino turístico”, alerta a entidade liderada por Miguel Quintas.

Para a associação que representa as agências de viagens, “o financiamento de um novo aeroporto não deverá ser realizado com o prejuízo das gerações presentes com o sacrifício de um ecossistema que pode não ser beneficiado com a construção dessa mesma infraestrutura“.

Com os atuais moldes propostos pela concessionária dos aeroportos, o financiamento seria suportado “por apenas algumas entidades externas, privadas ou não, gerando desequilíbrios em todo setor de turismo no que diz respeito à sua contribuição para a construção de um novo aeroporto”, defende.

Considerando esta proposta “inaceitável”, a ANAV recomenda “fortemente a avaliação de outras possíveis soluções para o investimento em causa e que já se praticam noutros países e cidades do mundo”, dando como exemplo a realização de concursos públicos abertos a entidades internacionais que permitissem a participação de operadores externos.

O relatório inicial entregue pela ANA ao Governo em 17 de dezembro prevê que o aeroporto Luís de Camões custe 8,5 mil milhões de euros, dos quais 7 mil milhões financiados através da emissão de dívida.

A proposta da empresa liderada por Thierry Ligonnière prevê que o arranque da infraestrutura, com capacidade para 45 milhões de passageiros, mais dez milhões do que o Humberto Delgado, ocorra em 2037. No melhor dos cenários, poderá ser antecipada para 2036.

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Antigos alunos do ISEG criam Conselho Estratégico de Liderança

Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, participa no primeiro encontro deste novo Conselho Estratégico de Liderança dos antigos alunos do ISEG.

A ISEG Alumni Económicas vai criar um Conselho Estratégico de Liderança que permita capacitar líderes com know-how suficiente para enfrentarem os desafios do futuro, anuncia Pedro Janeiro, presidente desta associação de antigos alunos do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Destinado à promoção de práticas inovadoras e reflexões estratégicas no âmbito da liderança, o órgão tem já um evento agendado para 31 de janeiro, o Leader’s Agenda 2025, com presença de Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças.

Para Pedro Janeiro, “este novo organismo será uma referência no panorama da gestão de redes Alumni em Portugal e no mundo”. Aliás, assinala, “a criação deste Conselho é um passo decisivo no posicionamento da ISEG Alumni como a rede de antigos alunos de maior sucesso em Portugal”.

O novo Conselho conta com Carolina Afonso na liderança, e Sandra Oliveira e Winnie Picoto na vice-presidência.

Este novo organismo será uma referência no panorama da gestão de redes Alumni em Portugal e no mundo.

Pedro Janeiro

Presidente da ISEG Alumni Económicas

A iniciativa serve de ponto de partida para a análise dos principais tópicos que devem constar na agenda de um líder durante este ano, detalha o antigo aluno do Instituto Superior de Economia e Gestão.

“O Leader’s Agenda 2025 será uma oportunidade única para profissionais e líderes discutirem tendências, desafios e estratégias, numa manhã repleta de insights e networking“, conclui.

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Siderúrgica espanhola compra empresa de Pombal

A subsidiária espanhola do grupo brasileiro Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) notificou a Autoridade da Concorrência sobre a aquisição da GramPerfil, que fabrica perfis metálicos para construção.

A subsidiária espanhola do grupo brasileiro Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) notificou esta terça-feira a Autoridade da Concorrência (AdC) da aquisição do controlo exclusivo da empresa de Pombal CSN Steel, que se dedica à fabricação de perfis metálicos para construção civil.

O comprador tem sede em Espanha, apesar de pertencer ao gigante da siderurgia, cimentos e mineração CSN, que fabrica e comercializa aço e derivados tanto por atividade própria como através destas subsidiárias. Em Portugal, o grupo CSN está presente também na siderurgia através das empresas Lusosider – Aços Planos, Lusosider, Projetos Siderúrgicos e Lusosider Ibérica.

O grupo brasileiro tem tido uma estratégica de aquisições internas e além-fronteiras. Já no mês passado apresentou uma proposta de 742,5 milhões de reais (cerca de 118,8 milhões de euros) para comprar uma posição maioritária (70%) na conterrânea Estrela, um dos maiores operadores logísticos locais e dona da Tora Transportes.

O interesse na GramPerfil, fundada em 2005, deve-se à sua atividade de “produção, comercialização e transformação de perfis metálicos e acessórios, bem como na importação e exportação de perfis e acessórios para construção metálica e civil e residualmente na produção e comercialização de energia elétrica”.

A GramPerfil refere que, desde que foi criada, está focada não apenas em Portugal, mas também no mercado internacional, com maior incidência no mercado francês, do norte de África e países dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), de acordo com a síntese publicada online. De facto, os registos consultados pelo ECO mostram que exporta a maior parte (70%) da produção.

A fábrica de perfis metálicos para placa de gesso cartonado da GramPerfil, de onde partem esses materiais, tem uma área total de 31.000 m2 e aproximadamente 12.500 m2 de área coberta. O volume de negócios foi de cerca de 22,1 milhões de euros em 2023.

A AdC solicita o envio de observações sobre esta transação no prazo de 10 dias úteis, segundo a comunicação publicada esta tarde no site oficial da autoridade liderada por Nuno Cunha Rodrigues.

Neste negócio, a CSN Steel foi assessorada pela sociedade de advogados PLMJ. A operação foi liderada por Diogo Perestrelo, sócio cocoordenador de Corporate M&A, e contou também com a associada sénior Ânia Cruz e o associado Guilherme Martins Pereira.

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Tribunal avalia providência cautelar para impugnar eleições na Ordem dos Advogados

A medida cautelar foi entregue pelo advogado Vítor Marques Moreira e mais seis advogados que chegaram a ser pré-candidatos ao Conselho Superior da OA, mas que acabaram por desistir.

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa recebeu, na semana passada, um pedido de providência cautelar para impugnar as eleições antecipadas marcadas pela bastonária para todos os órgãos da Ordem dos Advogados (OA). A medida cautelar foi entregue pelo advogado Vítor Marques Moreira e mais seis advogados que chegaram a ser pré-candidatos ao Conselho Superior da OA, mas que acabaram por desistir. Os requerentes alegam que a convocação das eleições antecipadas é “ilegal e inconstitucional”.

As providências cautelares são ações judiciais mais expeditas para acautelar ou suspender atos de forma urgente e que não podem, por isso, aguardar pelo normal desfecho de uma ação principal. Esta medida não dispensa o requerente de intentar uma ação principal para fazer valer o seu direito em termos definitivos. Uma vez decidida, a providência cautelar tem elevada força jurídica, e a sua infração constitui um crime de desobediência qualificada, ou seja, agravada.

O advogado -e mais colegas – já tinha feito um requerimento ao Conselho Superior da Ordem dos Advogados. Mas este órgão não deu seguimento ao pedido de impugnação de Pedro Carrilho Rocha e Vítor Marques Moreira, que pediam que fosse declarada a ilegalidade da convocatória de eleições marcadas para março, “por vício de competência e violação do Estatuto da Ordem dos Advogados”. Mas o Conselho Superior não considerou que o pedido tinha fundamento por ser considerado extemporâneo, garantindo que não é ao Conselho Superior da OA que cabe avaliar os atos da bastonária.

Os dois advogados queriam ainda que fosse reconhecida a inconstitucionalidade dos atos que determinaram o fim antecipado dos mandatos iniciados em janeiro de 2023 e que fossem adotadas medidas para anular a convocatória e garantir que as eleições fossem realizadas no período eleitoral previsto no estatuto. Ou seja, de 15 a 30 de novembro.

A convocatória para as eleições para os órgãos da Ordem dos Advogados, feita pela bastonária da OA, Fernanda de Almeida Pinheiro, no final de novembro 2024, foi efetuada fora do período eleitoral ordinário, estabelecido no artigo 13.º, n.º 1 do Estatuto da Ordem dos Advogados, que prevê que as eleições devem ocorrer entre os dias 15 e 30 de novembro de cada triénio.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida PinheiroHugo Amaral/ECO

Esta convocatória “viola o princípio da legalidade, bem como normas e princípios constitucionais, configurando uma situação de grave irregularidade e atentando contra a autonomia democrática da Ordem dos Advogados e os direitos dos seus membros”, diziam os dois advogados, que defendem ainda que esta função é competência do Conselho Superior e não da bastonária.

A 27 de novembro, um comunicado da bastonária deixou a classe surpreendida, numa manobra política que poucos anteciparam. Num vídeo publicado nas redes sociais, Fernanda de Almeida Pinheiro convocava eleições um ano antes do suposto. As razões? O novo Estatuto dos advogados, em vigor desde abril deste ano, e que obriga a criação de dois novos órgãos na estrutura da Ordem dos Advogados. Ou a convocação de eleições antecipadas.

À data, Fernanda de Almeida Pinheiro decidiu dar posse ao dito Conselho de Supervisão, um desses órgãos previstos no Estatuto.“Porém, tal decisão gerou alguma divisão na nossa classe, com críticas públicas àquela designação (incluindo de titulares de órgãos da Ordem), apresentação de recursos daquela deliberação e ameaças públicas de ações judiciais. A Ordem dos Advogados não pode viver refém de controvérsias internas, litígios judiciais ou debates infindáveis sobre a regularidade de atos administrativos. O cenário atual não só cria desconfiança e insegurança quanto aos atos praticados pelo Conselho de Supervisão, como compromete a capacidade da Ordem de se focar nos verdadeiros desafios da advocacia”, disse, anunciando de seguida que iria convocar eleições antes do previsto, alterando toda uma tradição relativamente aos atos eleitorais, previsivelmente marcados em novembro e com tomada de posse em janeiro seguinte.

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Porto de Leixões recebeu maior número de sempre de cruzeiros em 2024

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor de passageiros com 34% do total, seguido pelos EUA (24%) e pela Alemanha (23%).

O porto de Leixões, em Matosinhos, recebeu 152 cruzeiros e 196 mil passageiros em 2024, os maiores números de sempre e aumentos superiores a 30% face a 2023, divulgou esta quarta-feira a administração portuária.

“O Terminal de Cruzeiros recebeu, ao longo de 2024, 152 escalas de navios de cruzeiro, o que representou a chegada de aproximadamente 196.000 visitantes ao Porto e Norte de Portugal”, pode ler-se num comunicado enviado às redações pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

Em 2023, o porto de Leixões tinha recebido 116 cruzeiros e quase 150 mil pessoas, pelo que no ano passado “verificou-se um crescimento de 32% no número de passageiros e de 31% no número de escalas de cruzeiros”, refere a APDL.

“O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor de passageiros com 34% do total, seguido pelos Estados Unidos da América (24%) e pela Alemanha (23%)”, de acordo com a administração portuária liderada por João Pedro Neves.

Também a dimensão média dos navios aumentou, “atingindo um valor recorde de 8,9 milhões de GT (arqueação bruta), o que representa um crescimento de 28% face ao ano anterior”.

Na atividade de 2024, a APDL destaca “15 escalas inaugurais e a estreia da companhia Princess Cruises, que iniciou operações em Leixões com o navio Island Princess”, bem como “seis operações de ‘turnaround‘ (início e fim de viagem no Porto Cruise Terminal), duas das quais protagonizadas pelo navio português World Explorer, construído nos Estaleiros Navais do Porto de Viana do Castelo”.

Apesar da “sazonalidade da atividade de cruzeiros na Costa Atlântica” continuar a ser “um desafio”, “em 2024, de abril a novembro, o movimento de cruzeiros foi constante, com exceção de junho”, e “setembro foi o mês mais movimentado, com 30.409 passageiros, enquanto maio registou o maior número de escalas (28 escalas)”.

Citado no comunicado, o presidente da APDL, João Pedro Neves, refere que os números “refletem a crescente procura pelo Porto e Norte de Portugal por um número cada vez maior de passageiros de cruzeiros e das principais companhias de cruzeiro a nível mundial”.

O responsável destaca ainda que “a região é um dos destinos mais procurados da Europa, como comprovam também os números recordes registados na Via Navegável do Douro, que cresceu 11% no número de passageiros face a 2023”.

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Emmanuel Macron discursa na Assembleia da República a 27 de fevereiro

  • ECO
  • 22 Janeiro 2025

Sessão solene, que surge na sequência de uma visita de Estado, vai contar com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Emmanuel Macron vai discursar na Assembleia da República numa sessão solene, no próximo dia 27 de fevereiro no âmbito de uma visita de Estado a Portugal para reforçar as relações bilaterais entre os dois países e assinar um Tratado de Amizade entre Portugal e França, detalha o Observador.

O presidente francês será recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro mas não irão discursar.

Além do discurso de Macron, está também prevista uma intervenção do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. Esta sessão solene foi comunicada aos jornalistas, esta quarta-feira, pelo porta-voz da conferência de líderes, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira.

Jorge Paulo Oliveira referiu que, na história recente das relações franco-portuguesas, sempre que se realizou uma visita de Estado de um Presidente de França a Portugal houve também uma sessão solene na Assembleia da República. Tal aconteceu, apontou, com as visitas de Estado de François Mitterrand, Jacques Chirac, e Giscard d’Estaing.

Notícia atualizada pela última vez às 16h43

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