Empresário francês compra Tupperware France e quer relançar a marca em vários países europeus

  • Lusa
  • 25 Março 2025

Novo dono afirmou estar em vias de "renegociar" com a empresa-mãe as licenças de exploração e de distribuição dos produtos da marca Tupperware em França, Itália, Espanha, Bélgica e Polónia.

O empresário francês Cédric Meston, cofundador do substituto de carne à base de plantas HappyVore, anunciou esta terça-feira a compra da Tupperware France e a intenção de relançar a marca em vários países europeus.

Após anos de dificuldades financeiras, o grupo norte-americano, fabricante das lendárias caixas de plástico para alimentos e emblema das compras no domicílio, declarou falência em setembro de 2024, enfraquecido pela concorrência de baixo custo e pelo boom da entrega de refeições, e também vítima do desejo dos consumidores de limitar o consumo de plástico.

Mas um mês depois, a Tupperware anunciou um acordo com os seus credores, com o compromisso de lhes vender a propriedade intelectual “necessária para criar e comercializar a marca Tupperware”, bem como a venda de certos ativos nos Estados Unidos e noutras filiais estrangeiras, sem mais pormenores.

Simultaneamente, a Tupperware France, detida a 99% pela Tupperware Belgium, foi colocada sob um procedimento de salvaguarda.

Numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira em Paris, o empresário Cédric Meston anunciou que tinha “comprado 100% da Tupperware France, que pertencia a uma empresa belga”.

“Somos proprietários de uma empresa que está sob proteção e, nas próximas semanas, apresentaremos um plano de continuação da atividade” ao Tribunal de Comércio de Nanterre, disse.

“O objetivo é sair do procedimento de salvaguarda em junho”, acrescentou.

Simultaneamente, Meston afirmou estar em vias de “renegociar” com a empresa-mãe norte-americana as licenças de exploração e de distribuição dos produtos da marca Tupperware em França, Itália, Espanha, Bélgica e Polónia, que tinham sido “cortadas” em janeiro devido às dificuldades do grupo.

É uma questão de horas ou de dias até obtermos a autorização.

Empresário francês

Cédric Meston

“É uma questão de horas ou de dias” até obtermos a autorização, declarou, sem indicar os montantes envolvidos nestas licenças ou na compra da Tupperware France.

A Tupperware conta com 20.000 “conselheiros culinários” nestes cinco países europeus, que constituem a sua famosa rede de vendedores independentes que, por exemplo, fazem apresentações ao domicílio dos produtos da marca.

O objetivo de Meston, que recorda que a atual direção da Tupperware França terá “uma participação de 50%”, é atingir “vendas de 100 milhões de euros até ao final do ano” nos cinco mercados.

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Bruxelas lança balcão único online para ajudar PME a cumprir sanções da UE

  • Lusa
  • 25 Março 2025

A plataforma "prestará apoio personalizado às PME da UE que efetuem verificações de diligência devida em matéria de sanções - sem qualquer custo para as empresas".

A Comissão Europeia lançou esta terça-feira um balcão único online para prestar apoio às pequenas e médias empresas (PME) da União Europeia (UE) sobre o cumprimento das sanções comunitárias, como as aplicadas à Rússia pela invasão da Ucrânia.

“O Serviço de Assistência às Sanções da UE oferecerá uma gama completa de serviços destinados a ajudar as PME a cumprir as sanções da UE em todo o mundo, reduzindo o risco de incumprimento e os custos associados“, anuncia a instituição em comunicado.

Numa altura em que a UE tem em vigor mais de 40 regimes de sanções a nível mundial, o executivo comunitário aponta que esta plataforma “prestará apoio personalizado às PME da UE que efetuem verificações de diligência devida em matéria de sanções – sem qualquer custo para as empresas”.

A ideia é “ajudar os operadores europeus a evitar a perda de oportunidades de negócio legítimas devido a incertezas sobre a sua legalidade”, acrescenta.

Este portal centra-se nas PME por estas empresas disporem normalmente de menos recursos em matéria de conformidade do que as grandes empresas, é ainda justificado.

Citada pela nota, a comissária europeia dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos, Maria Luís Albuquerque, assinala que “a utilização crescente de sanções pode tornar mais complexas as atividades das PME”, razão pela qual foi criado este balcão de assistência na internet.

A utilização crescente de sanções pode tornar mais complexas as atividades das PME, razão pela qual foi criado este balcão de assistência na internet.

Maria Luís Albuquerque

Comissária europeia dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos

As medidas restritivas da UE (normalmente conhecidas por sanções) são um instrumento essencial da política externa e de segurança comum da UE, abrangendo desde questões individuais específicas (por exemplo, congelamento de bens) como abordagens setoriais mais abrangentes (que visam as finanças, o comércio, a energia, entre outros).

Entre os mais conhecidos estão, por exemplo, os 16 pacotes de sanções adotados contra a Rússia desde fevereiro de 2022, aquando da invasão russa da Ucrânia.

Com o aumento das tensões a nível mundial, as medidas restritivas da UE estão a expandir-se a um ritmo mais rápido.

O balcão único está disponível em eu-sanctions-compliance-helpdesk.europa.eu.

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Crescimento económico deverá abrandar para 2,2% a 2,4% no primeiro trimestre

Comércio a retalho e turismo terão compensado a tendência negativa no setor automóvel e a incerteza na construção e investimento, segundo o barómetro CIP/ISEG para o primeiro trimestre.

O crescimento económico deverá abrandar para 2,2% a 2,4% do PIB, no primeiro trimestre do ano, segundo as projeções do barómetro CIP/ISEG, divulgadas esta terça-feira. O comércio a retalho e os serviços, designadamente os proveitos do turismo, terão compensado a tendência negativa nos indicadores da produção industrial e as incertezas na construção e investimento, de acordo com o mesmo estudo.

Os resultados mostram um arrefecimento da atividade, depois de a economia ter surpreendido “pela positiva” com o PIB a avançar 2,8% em termos homólogos e 1,5% em cadeia, no último trimestre de 2024, sinaliza o barómetro.

“Em termos homólogos, os indicadores de atividade setorial disponíveis são compatíveis com a expectativa de crescimento no presente trimestre, embora a um ritmo mais moderado do que no trimestre anterior“, de acordo com as projeções da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão.

Assim, “para o primeiro trimestre do ano, e em resultado do efeito de arrastamento que transita da reta final de 2024, perspetiva-se uma evolução real positiva da economia em termos homólogos entre 2,2% e 2,4%, o que corresponde a um crescimento em cadeia compreendido entre 0% e 0,2%”, aponta o barómetro. Esta projeção representa “uma ligeira desaceleração do crescimento homólogo e uma desaceleração significativa no crescimento em cadeia”, alerta o mesmo estudo.

Entre os fatores que contribuíram para estancar uma performance mais pessimista da economia, estão: “o crescimento real expressivo no comércio a retalho”, com “destaque para o crescimento do valor de novos créditos, transações em terminais de pagamento ou vendas de gasolina”; e “o crescimento, mais moderado, nos serviços, “com destaque para a evolução dos proveitos no setor do turismo”.

Deste modo, o desempenho do comércio a retalho e dos serviços compensou “a tendência negativa percetível nos indicadores de produção industrial, com destaque para a produção automóvel ou o registo mais incerto nos indicadores de construção e investimento”, conclui.

O barómetro indica que “os dados que ficarão disponíveis durante o próximo mês possibilitarão uma reavaliação destas previsões antes da publicação da estimativa rápida do INE, que deverá ter lugar no final do mês”.

“Ainda assim, em linha com o que já foi visível no quarto trimestre de 2024, perspetiva-se uma recuperação do contributo da procura externa líquida que deverá ser acompanhada por um menor contributo da procura interna, num processo que se prolongará durante 2025″, de acordo com as projeções do barómetro CIP/ISEG.

O Banco de Portugal também já tinha sinalizado para uma diminuição do peso do consumo interno no crescimento da economia. No boletim económico de março, divulgado na semana passada, o regulador prevê um aumento do contributo do investimento, em especial da componente pública, e uma redução do contributo do consumo privado.

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Do lítio ao cobre, há quatro projetos portugueses na lista de Bruxelas para assegurar matérias-primas “críticas” na Europa

Explorações da Savannah, Lusorecursos, Lifthium e Somincor incluídas nos 47 projetos estratégicos escolhidos pela Comissão Europeia para “assegurar e diversificar” acesso às matérias-primas críticas.

De Trás-os-Montes ao Alentejo, há quatro explorações portuguesas na lista dos 47 projetos estratégicos selecionados pela Comissão Europeia para “assegurar e diversificar” o acesso às chamadas matérias-primas críticas, que Bruxelas espera que contribuam “significativamente” para as transições verde e digital, assim como para apoiar as indústrias da defesa e aeroespaciais no Velho Continente.

De acordo com a informação divulgada esta terça-feira pelo Executivo comunitário, neste mapa de projetos — instalados num total de 13 Estados-membros e com um um investimento global estimado de 22,5 mil milhões de euros para se tornarem operacionais — há quatro localizados em Portugal e que têm como promotores a Savannah Resources, a Lusorecursos, a Lifthium Energy e a Somincor.

A Savannah Resources detém a concessão da exploração do lítio na mina do Barroso (Boticas); a Lusorecursos para explorar o lítio da mina do Romano, em Montalegre (espera iniciar a extração em 2027 e começar a entregar o produto da refinação em 2028); a Lifthium Energy da Bondalti prevê a instalação de uma refinaria de lítio em Estarreja, como confirmou ao ECO o presidente João de Mello; e a Somincor é a concessionária da mina de Neves-Corvo (cobre), a maior do país, situada em Castro verde.

Estes projetos selecionados por Bruxelas cobrem um ou mais segmentos da cadeia de valor da matéria-prima, com 25 a envolverem atividades de extração, 24 de processamento, dez de reciclagem e dois de substituição de matérias-primas. E abrangem 14 das 17 matérias-primas estratégicas listadas no Critical Raw Materials Act (CRMA), com destaque para o lítio (22 projetos), níquel (12), cobalto (dez projetos), manganês (7) e grafite (11) que “vão beneficiar particularmente a cadeia de valor da matéria-prima para baterias da UE”.

O CRMA entrou em vigor a 23 de maio de 2024 e prevê que o processo de concessão de licenças não exceda os 27 meses para os projetos de extração e 15 meses para os outros, quando atualmente os processos de licenciamento na UE podem durar entre cinco e dez anos. O regulamento fixa ainda metas para aumentar a contribuição da UE no que respeita ao aprovisionamento até 2030: extração de 10%, transformação de 40% e reciclagem de 25% do consumo anual destas matérias-primas na UE.

“Estes projetos foram selecionados por contribuírem para a segurança do aprovisionamento da UE em matérias-primas estratégicas, por respeitarem critérios ambientais, sociais e de governação e por serem tecnicamente viáveis. Além disso, os projetos selecionados demonstraram também claros benefícios transfronteiriços para a UE”, lê-se num comunicado divulgado pela Comissão Europeia.

Estatuto prioritário e apoio financeiro em Portugal

Em dezembro, o Governo português apresentou um plano para as matérias-primas críticas em Portugal, que prevê o lançamento de concursos para a prospeção destas matérias-primas, assim como a atribuição de um estatuto prioritário aos projetos que sejam considerados estratégicos, assim como apoios ao financiamento.

O plano de ação nacional inclui 18 medidas, entre as quais se destaca a “atribuição de um estatuto prioritário aos projetos estratégicos de matérias-primas críticas”, a “resolução célere e eficaz de litígios” e o “lançamento de concursos de atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de recursos minerais”. Está ainda prevista a “adoção de instrumentos e programas de apoio ao financiamento” destes projetos estratégicos.

Contestação a impactos ambientais e sociais

Destinados a reforçar a independência da Europa em termos de matérias-primas para a defesa e a transição energética, muitos destes projetos agora considerados estratégicos estão há vários anos a ser contestados por ambientalistas e residentes, incluindo em Portugal. É o caso da prospeção de lítio em Boticas e em Montalegre, mas também da mina de lítio de Doade (Espanha) ou o projeto de ouro e cobre Rovina, na Roménia.

Em reação à decisão de Bruxelas conhecida esta manhã, várias organizações não-governamentais (ONG) e associações comunitárias da Sérvia, Roménia, Alemanha, Espanha e Portugal anunciaram que vão avançar com uma contestação a este mapa por serem “projetos que apresentam riscos sociais e ambientais significativos”, como argumentam numa nota de imprensa enviada ao ECO.

Nelson Gomes, da iniciativa Unidos em Defesa de Covas do Barroso, que se opõe aos planos da investidora britânica Savannah Resources, critica que “a exploração de matérias-primas baratas para a indústria automóvel na Alemanha e noutros países só traria desvantagens” para esta população transmontana.

“Vivemos da pecuária sustentável e dependemos da preservação dos rios limpos e das pastagens verdes. Isto não é uma transição justa. Minas em Portugal não cumprem as regras. E as autoridades estão de braços cruzados. As quatro minas a céu aberto e as escombreiras projetadas não seriam aceitáveis nem do ponto de vista ambiental nem social. Por isso, vamos pedir formalmente à Comissão que reveja a sua decisão”, garante.

Citado no mesmo comunicado, Michael Reckordt, cofundador da rede europeia EU Raw Materials Coalition, concorda que “os projetos estratégicos visam garantir o abastecimento da indústria europeia sem iniciar um repensar ecológico e social”. Em vez de reduzir o consumo através de medidas como veículos mais pequenos ou a proibição de cigarros eletrónicos descartáveis, exemplifica, “o objetivo é simplesmente extrair mais matérias-primas”, secundarizando a “proteção do ambiente, a participação democrática e a transparência”.

(Notícia atualizada às 16h30 com reações)

 

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Euribor a três meses cai pela 7.ª sessão consecutiva para mínimo desde janeiro de 2023

  • Lusa
  • 25 Março 2025

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que baixou para 2,365%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,386%) e acima da taxa a 12 meses (2,354%).

A Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira e no prazo mais curto, pela sétima sessão consecutiva, para um novo mínimo desde janeiro de 2023.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,365%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,386%) e acima da taxa a 12 meses (2,354%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,386%, menos 0,013 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,354%, menos 0,012 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,365%, menos 0,002 pontos e um novo mínimo desde 18 de janeiro de 2023.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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PSD e CDS avançam com acordo para Governo de maioria na Madeira

Albuquerque recebe do CDS o deputado que lhe faltava para atingir a maioria. Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dado, na noite eleitoral, o tiro de partido para o acordo.

 

Miguel Albuquerque, cabeça de lista e presidente do PSD Madeira, festeja após o PSD ter vencido as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira. O partido arrecadou 43,43% dos votos e 23 mandatos, aos quais se juntará o deputado único do CDS. GREGÓRIO CUNHA/LUSAGREGÓRIO CUNHA/LUSA

O PSD e o CDS já têm um acordo para formação de um Governo de maioria absoluta na Região Autónoma da Madeira, o qual vai ser anunciado na tarde desta terça-feira. Miguel Albuquerque afirmou, aos jornalistas, que “vamos fechar, em princípio, o acordo esta tarde com o CDS”. O acordo “será sempre formal, no quadro governativo e no quadro parlamentar, aliás, como sempre fizemos. Temos um histórico de boa relação com o CDS, mas sempre assente num acordo escrito para mantermos os princípios, isso está tudo claro”.

Nas eleições deste domingo, os social-democratas obtiveram 43,4% dos votos, garantindo 23 mandatos, menos um que o mínimo necessário para terem mais de metade dos 47 lugares do Parlamento. Com os resultados de domingo, os centristas perderam um lugar, mas conquistaram o poder de assegurar a desejada estabilidade governativa a Miguel Albuquerque. Em contrapartida, José Manuel Rodrigues, líder regional do CDS-PP, poderá assumir a pasta da Economia, segundo refere a RTP.

Rodrigues, que assumiu funções de jornalista no Jornal da Madeira no ano em que Alberto João Jardim chegou ao poder, em 1978, entrou na Assembleia Legislativa da Madeira como deputado no ano 2000, sendo desde então sucessivamente eleito, o que se repetiu neste domingo. Nestes 25 anos já foi eleito igualmente para a Assembleia da República, nas legislativas de 2009 e 2011.

A confirmarem-se as palavras de Albuquerque, a decisão dos dois partidos confirmará a expectativa gerada logo na noite eleitoral pelos dois líderes partidários e secundada pelo Presidente da República, que aproveitou a zona de entrevistas rápidas no final do jogo de futebol Portugal-Dinamarca para dizer que “houve maioria absoluta” na votação, algo que, na realidade, não ocorreu, tendo o PSD ficado a um mandato de obter essa autonomia de governação.

No domingo, Albuquerque não se comprometeu com coligações, mas deixou claro que todos sabem a quem o PSD se tem unido para formar Governo.

Do lado do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues considerou que “os madeirenses quiseram dizer que querem estabilidade política, governabilidade, querem um Governo para os próximos quatro anos”. Questionado sobre o caso judicial que envolve Albuquerque, o presidente centrista disse: “À política o que é da política, à Justiça o que é da Justiça”, repetindo o mantra de António Costa. O presidente do partido, único eleito na noite de domingo, referiu que “os madeirenses tiveram oportunidade de se pronunciar sobre essa matéria, já o tinham feito em maio. Sempre disse e continuo a dizer que não faço campanhas eleitorais, não provoco eleições nem disputo eleições na base de processos eleitorais”.

Cinco anos e o quarto Governo de parceria

A união de esforços entre os dois partidos não é estranha, tanto na República, onde desde há 45 anos têm assumido a Aliança Democrática, como na própria Madeira. Na região, o primeiro encontro de posições deu-se em 2019, uma necessidade decorrente da perda da maioria absoluta que marcava a governação do PSD-Madeira desde 1976.

A ligação entre os dois partidos nem sempre foi pacífica, com especial relevo para o consulado de quase quatro décadas de Alberto João Jardim, político que dirigiu ao longo dos anos críticas contundentes ao CDS, desde logo em 1978, quando os centristas, a nível nacional, estavam no Governo da República em coligação com o PS de Mário Soares.

Em 2019, PSD e CDS somavam, tal como agora, 24 deputados, mas os centristas surgiam com maior força, não só por terem o triplo dos mandatos, mas também porque o PS e o JPP somavam 22 lugares no parlamento regional, enquanto o PSD estava reduzido a 21. Em 2023, Albuquerque e José Manuel Rodrigues assumiram à partida o casamento, mas da união só saíram 23 mandatos. Acabaria por ser o PAN — que na eleição deste domingo perdeu o seu lugar — a repor os 24 com que o sucessor de Alberto João Jardim tem governado desde 2015, sozinho, ou com acordos de governação ou apoio parlamentar.

Em 2024, o PSD Madeira obteve o seu pior resultado de sempre, 19 mandatos, e mesmo com os dois do CDS ficava aquém da maioria, surgindo então o Chega em SOS, ao mesmo tempo que no Governo da República imperava, havia menos de dois meses, o “não é não” do primeiro-ministro e líder nacional social-democrata Luís Montenegro.

Agora, antes de efetivar a relação anunciada nesta segunda-feira, o representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, irá ouvir os partidos com representação parlamentar na próxima sexta-feira.

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+M

PCP “aciona meios legais” contra RTP após entrevista a Paulo Raimundo

  • Lusa
  • 25 Março 2025

Paulo Raimundo foi entrevistado no Telejornal, no âmbito das eleições legislativas antecipadas, tendo sido questionado repetidamente sobre a posição do PCP quanto à invasão da Rússia à Ucrânia.

O PCP adiantou que vai acionar “todos os meios legais” contra a RTP, denunciando que foi alvo de provocação durante uma entrevista da estação pública ao secretário-geral do partido, Paulo Raimundo.

A informação foi avançada pelo PCP numa publicação na rede social X, juntamente com um vídeo com excertos da entrevista conduzida pelo jornalista José Rodrigues dos Santos a Paulo Raimundo.

Perante a provocação que aconteceu hoje na RTP, o PCP acionará todos os meios legais. O fascismo e a guerra sabem que têm na firmeza do PCP o seu inimigo“, pode ler-se.

O PCP vai então apresentar queixas junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), concretiza o partido à Lusa.

O secretário-geral do PCP foi entrevistado na segunda-feira à noite no Telejornal, no âmbito das eleições legislativas antecipadas, que vão decorrer em maio. Durante a entrevista, Paulo Raimundo foi questionado várias vezes sobre a posição do PCP sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, tendo sido este o tema ao longo dos cerca de dez minutos da entrevista.

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que as eleições legislativas antecipadas vão realizar-se a 18 de maio, na sequência da crise política que levou à demissão do Governo AD, que viu a sua moção de confiança chumbada no parlamento.

 

 

Notícia atualizada às 15h10

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SRS Legal assessora Automaise numa ronda de investimento de cinco milhões de euros liderada pela Oxy Capital

A equipa da SRS Legal foi liderada por Gustavo Ordonhas Oliveira, sócio de Private Equity & Venture Capital da SRS Legal, tendo contado com a participação de Solange Fernandes (Associada).

A SRS Legal assessorou a Automaise numa ronda de investimento de cinco milhões de euros liderada pela Oxy Capital e com a participação da Bright Pixel, Armilar e HCapital, investidores que já integravam a estrutura acionista da empresa e reforçaram os respetivos investimentos.

A equipa da SRS Legal foi liderada por Gustavo Ordonhas Oliveira, sócio de Private Equity & Venture Capital da SRS Legal, tendo contado com a participação de Solange Fernandes (Associada).

A Automaise é especializada em soluções de Inteligência Artificial (IA) para empresas que desenvolvem uma plataforma que permite implementar agentes de IA de última geração sem complexidade técnica. Esta abordagem tem como objetivo tornar a automação acessível e eficiente para organizações de diversos setores.

Desde a sua fundação em 2017 por Ernesto Pedrosa e Carlos Oliveira, tem conquistado clientes nos setores de retalho, banca, seguros e telecomunicações, tendo as soluções da empresa permitido aumentar a produtividade dos clientes até 60%.

Este financiamento visa acelerar a expansão internacional da Automaise em novos mercados na Europa e nos EUA, bem como o desenvolvimento da sua plataforma de IA.

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ECO Local: “Se perdermos o jornalismo, perdemos a democracia”

  • Local Online
  • 25 Março 2025

O 1º ECO Local decorreu no Porto e teve como tema o futuro da comunicação social. A discussão, que abordou o papel dos media e os seus desafios, lotou o átrio da Câmara Municipal do Porto.

O Futuro da Comunicação Social foi o mote da primeira conferência ECO Local, uma iniciativa do ECO e do Local Online, que irá promover vários encontros em diferentes localidades do país para debater temas de interesse nacional. O primeiro aconteceu na Câmara Municipal do Porto e contou com dois painéis de debate dedicados ao papel dos Media na sociedade portuguesa e aos desafios da comunicação social na visão das empresas.

“Há um grande desequilíbrio entre quem distribui informação e quem faz notícias e isso é difícil de reequilibrar”, começou por dizer António Costa, diretor do ECO, na abertura da sessão, referindo-se ao impacto das redes sociais. “Este desequilíbrio permitiu o paradoxo de chegar a mais pessoas, mas haver menos receita“, continuou, alertando para a necessidade de os meios de comunicação social serem “financeiramente independentes”.

António Costa, diretor do ECO

Neste ponto, felicitou a iniciativa de o governo “olhar para o tema e fazer um plano”, mas considera que este “falhou no essencial”: “É importante apoiar a literacia social, mas não é isso que vai mudar a realidade económica e financeira dos grupos de media. Por isso, o plano falhou num ponto essencial, que é a necessidade de criar instrumentos de capital que incentivassem a capitalização das empresas”.

A mesma opinião foi partilhada por Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, que também considera que a intervenção do Estado “tem ficado muito aquém das necessidades reais”: “O Estado deve ter uma intervenção assertiva nos media portugueses, não para os controlar, mas para garantir o seu exercício“.

Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto

Sabemos que a concorrência das plataformas digitais está a tirar a publicidade aos media, com a agravante das redes sociais estarem a vampirizar os seus conteúdos. E não há ainda um modelo de negócio alternativo para a comunicação social que seja capaz de garantir a sua viabilidade económica e financeira. Contudo, sem uma comunicação social forte e independente não é possível promover uma cidadania ativa, esclarecida e vigilante. O jornalismo independente é, assim, fundamental para regular o funcionamento das instituições democráticas. Sem isso, a democracia nunca será completa ou, pelo menos, será disfuncional”, afirmou.

Qual o papel dos media?

Esta disfuncionalidade, citada por Rui Moreira, advém de um mundo em constante transformação, onde a informação circula a uma velocidade sem precedentes e se difunde por cada vez mais meios, alguns deles sem critério. E é neste ponto que, de acordo com Ana Pinho, economista, “os órgãos de comunicação social assumem um papel ainda mais relevante na formação das pessoas, a fim de torná-las mais abertas, inclusivas, e mais capazes de se adaptarem à mudança”.

No entanto, apesar de reconhecer a importância dos media para a obtenção de “informações oportunas e confiáveis” e de enaltecer o jornalismo de investigação como fundamental para o conhecimento de casos de corrupção e abuso do poder, alertou para a consequência que a procura de audiência pode trazer ao meio: “Cada vez acontece mais de se ficar com a dúvida se o que se está a noticiar são verdades ou uma necessidade de audiência. O que se está a fazer é promover a verdade ou é um julgamento em praça pública de coisas que ainda não se sabe se são verdade?”.

Esta tendência foi corroborada por Carlos Magno, jornalista, que afirmou a influência do jornalismo na introdução de duas doenças mentais na sociedade – “a síndrome do mundo mau” e a “psicopatia do quotidiano”. “Quanto à síndrome do mundo mau, ele faz com que as pessoas não queiram ouvir notícias e recusem a realidade porque a perspetiva que os jornalistas dão do mundo é ainda mais negra do que aquilo que efetivamente está a acontecer. Por outro lado, tem a doença da psicopatia do quotidiano, uma doença que Freud classifica como alguém que diz tudo o que lhe vem a cabeça sem confirmar“, explicou.

Ainda assim, o jornalista acredita que esta tendência pode ser a alavanca para um melhor jornalismo do futuro, já que “quanto pior for o jornalismo contemporâneo, mais as pessoas se vão cansar e vão querer pagar para ter acesso a jornalismo de qualidade”. Mas, para isso acontecer, referiu a urgência de se colocar os estatutos editoriais na lei, de modo a “fazer cumprir as regras”.

O ponto de vista das empresas

Apesar das críticas, “fazer cumprir as regras” continua a ser uma premissa que dá aos órgãos de comunicação social mais credibilidade do que a outras fontes de informação. “Desde o tempo da Covid-19, o consumo de televisão tem aumentado e os portugueses acreditam mais nas notícias que aparecem na televisão do que as que proliferam na internet. Isso significa que os jornalistas estão a fazer um bom trabalho”, referiu, por sua vez, Mário Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Grupo Media Capital.

Ainda sobre a credibilidade dos media, Marcelo Nico, diretor-geral da Tabaqueira, afirmou: “É fundamental que o cidadão tenha acesso a informação. O problema no jornalismo é um problema transversal, mas é fundamental que a informação seja verídica e completa. Nós apoiamos o jornalismo que tenha este critério e, por isso, quando temos de partilhar informação com base científica para que o consumidor possa fazer uma escolha, nós só o fazemos através dos meios tradicionais“.

Contudo, Mário Ferreira admitiu a dificuldade de crescimento que estes meios têm e a necessidade de se fazer mais jornalismo de investigação, no qual considera que se deveria “investir mais”. Mas este investimento, alertou, não deve ser feito pelos portugueses, já que considera que estes “já pagam o suficiente”, tanto com as contribuições que fazem ao Estado (que subsidia a RTP), como com o que pagam às operadoras de distribuição de comunicação para acederem aos canais, em casa.

Este investimento nos media deve, segundo Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, contar com a intervenção dos poderes públicos para contrariar a “apatia generalizada” que se sentia relativamente ao tema. O plano do governo com as 30 medidas para a comunicação social tinha esse objetivo, mas o ministro admitiu ser insuficiente para resolver a raiz do problema: “Não é com uma ação pontual que vamos resolver o problema. Os poderes públicos têm de perder o preconceito de intervir”.

Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares

No encerramento da sessão, Pedro Duarte destacou também o potencial da revolução tecnológica para o setor dos media, mas alertou para os dois lados da moeda: “Esta revolução pode trazer benefícios, mas também há perigos. Nós podemos ser manipulados sem darmos conta disso. Mas isto só traz mais relevância ao papel do jornalismo, isto porque o jornalista tem de ser o elemento que filtra esta realidade. É o nosso aliado enquanto democratas. É fundamental que o jornalismo não queira competir com isto. Se perdermos o jornalismo, perdemos a democracia. Não tenhamos dúvidas disso”, concluiu.

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A um ano do fim do PRR, foram entregues 7,7% das casas prometidas

  • ECO
  • 25 Março 2025

A larga maioria do dinheiro do 1.º Direito está por chegar aos destinatários, apesar de as candidaturas estarem aprovadas e mais de 90% das verbas contratualizadas.

Com os prazos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a pouco mais de um ano de chegarem ao fim, as candidaturas ao 1.º Direito, maior programa de habitação a nível nacional, estão aprovadas e 91% das verbas estão contratualizadas, num total de dois mil milhões de euros e 22.100 desses fogos. Mas menos de um quarto desse valor foi já pago às entidades promotoras dos projetos habitacionais e a execução das obras é menor ainda.

Segundo avança o Público (acesso condicionado), das 26 mil casas que o Governo anterior prometeu disponibilizar até 2026, cerca de duas mil (7,7%) foram entregues às famílias, e das restantes 33 mil prometidas pelo atual Governo até 2030 (que estão fora do PRR), não há sequer contratos fechados.

Dos cerca de dois mil milhões de euros já contratualizados, só cerca de 465 milhões (pouco mais de 23% do total contratualizado) foram pagos às entidades promotoras dos projetos habitacionais, de acordo com dados do Portal Mais Transparência. Além disso, a larga maioria das candidaturas (que correspondem a mais de 20 mil das casas financiadas) só recebeu até 40% das verbas a que terá direito e só 1.518 fogos já estão financiados entre 80% a 100%.

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2.ª edição da Conferência Anual do Trabalho marcada para 30 de abril

  • Trabalho
  • 25 Março 2025

Salários, Lei do Trabalho, Segurança Social e formação são alguns dos temas que vão ser discutidos ao longo do dia no auditório da PLMJ. Ministra Maria do Rosário Palma Ramalho estará na abertura.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Maria do Rosário Palma Ramalho já confirmou a sua presença na abertura da 2.ª Conferência Anual do Trabalho, marcada para o dia 30 de abril, no Auditório da PLMJ (Avenida Fontes Pereira de Melo, 43, Lisboa). A conferência é aberta ao público, mas limitada à lotação da sala. Inscreva-se aqui.

Nesta 2.ª edição da Conferência Anual do Trabalho vão ser abordados temas como o aumento dos salários além do mínimo, as mudanças na Lei do Trabalho, a sustentabilidade e o futuro da Segurança Social, as estratégias de retenção de talentos, e a formação nas empresas. Vieira da Silva, Ex-Ministro do Trabalho, Vítor Junqueira, Ex-Diretor do Centro Nacional de Pensões, Tiago Oliveira, Secretário-Geral da CGTP, Pedro Martins, Professor da Nova SBE, Filipe Santos, Dean da Católica Lisbon School of Business and Economics, e Luís Pais Antunes, Presidente do Conselho Económico e Social, são alguns dos nomes já confirmados.

PROGRAMA

10:00 Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Maria do Rosário Palma Ramalho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

10:15 Puxar pelos salários, para além do mínimo
Pedro Martins, Professor da Nova SBE
André Ribeiro Pires, COO do Clan
Rita Távora, Country Talent Development Manager Ikea
Gonçalo Lobo Xavier, Diretor-Geral da APED
Moderação: Isabel Patrício, Editora do Trabalho by ECO

11:05 Lei do trabalho a caminho de novas mudanças?
Nuno Ferreira Morgado, Sócio PLMJ
João Vieira Lopes, Presidente da CCP
Armindo Monteiro, Presidente da CIP
Tiago Oliveira, Secretário-Geral da CGTP
Moderação: Isabel Patrício, Editora do Trabalho by ECO

11:50 Segurança Social: da sustentabilidade ao futuro
José António Vieira da Silva, Ex-Ministro do Trabalho
Vítor Junqueira, Ex-Diretor do Centro Nacional de Pensões
Valdemar Duarte, Diretor-Geral da Ageas Pensões
Moderação: Luís Leitão, Editor do ECO

13:45 Talento que sai, talento que entra
Gonçalo Saraiva Matias, Presidente da FFMS
Pedro Portugal Gaspar, Presidente da AIMA
César Araújo, Presidente da ANIVEC
Inês Vaz Pereira, Partner EY, People Consulting
Rita Soares, Responsável de Seleção, Formação e Desenvolvimento do El Corte Inglés
Moderação: André Veríssimo, Subdiretor do ECO

14:30 Formação e empresas de mãos dadas
Óscar Afonso, Diretor da FEP
Filipe Santos, Dean da Católica Lisbon School of Business and Economics
Pedro Ribeiro, Diretor-Geral de Talento do Super Bock Group
Ana Jacinto, Secretária-Geral da AHRESP
Moderação: Ana Marcela, Diretora Executiva da ECO Magazine

15:15 Encerramento
Luís Pais Antunes, Presidente do Conselho Económico e Social

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Registos de automóveis na UE caem 3,4% em fevereiro. Em Portugal quebra foi de 1%

Nos primeiros dois meses do ano, em Portugal o maior número de carros novos registados foi a gasóleo (28%), seguido dos modelos híbridos (24,4%) e os veículos elétricos a bateria (BEV) com 21%.

Os registos de novos automóveis de passageiros na União Europeia caíram em fevereiro 3,4%, em termos homólogos, para 853.670 unidades, após uma descida de 2,6% no mês anterior. Em Portugal a queda foi mais suave — de 1,04%, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

A Alemanha liderou a queda, com uma redução de 6,4%, seguida pela Itália (-6,2%). No segmento dos veículos elétricos a bateria (BEV), os registos automóveis aumentaram 23,7%, para 131.275 unidades, com a quota de mercado a situar-se nos 15,4%, impulsionada por aumentos significativos dos registos na Bélgica (38,9%), Alemanha (30,8%) e Países Baixos (22,4%).

Nos primeiros dois meses do ano, os registos automóveis caíram 3% em relação ao mesmo período de 2024, com quebras em Itália (-6%), Alemanha (-4,6%) e França (-3,3%).

Durante este período, as vendas de automóveis elétricos novos cresceram 28,4%, atingindo 255.489 unidades e captando 15,2% da quota total do mercado da UE. Três dos quatro maiores mercados da UE, responsáveis por 64% de todos os registos de automóveis elétricos a bateria, registaram um crescimento de dois dígitos, com a Alemanha (41%), a Bélgica (38%) e a Holanda (25%).

Em Portugal o maior número de carros novos registados foi a gasóleo (28%), seguido dos modelos híbridos (24,4%) e os veículos elétricos a bateria (BEV) surgem em terceiro lugar com 21%.

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