Unicórnio Sword Health levanta 35 milhões de euros e avança com solução IA para saúde mental

A unicórnio nacional está ainda a "explorar ativamente oportunidades de M&A". Nova injeção de capital chuta para cerca de 3,5 mil milhões a avaliação da health tech liderada por Virgílio Bento.

Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health

A Sword Health levantou 40 milhões de dólares (cerca de 35 milhões de euros), elevando para 4 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) a sua avaliação. Depois de usar a inteligência artificial para cuidados de fisioterapia e saúde pélvica, a ‘unicórnio’ nacional avança agora para cuidados na área de saúde mental e está a “explorar ativamente oportunidades de M&A”.

“Tratar mais de meio milhão de pessoas e poupar aos nossos clientes perto de mil milhões de dólares em custos de saúde desnecessários provou que o modelo pioneiro de AI Care da Sword é o futuro dos cuidados de saúde”, diz Virgílio Bento.

“Este investimento é um marco que nos permite aprofundar a investigação em IA de base e acelerar a nossa expansão para novas áreas, como a saúde mental — um setor ainda dominado por modelos ineficazes e pouco escaláveis —, assegurando cuidados verdadeiramente transformadores aos milhões de pessoas em todo o mundo que enfrentam desafios de saúde mental, tal como já fizemos com milhões de pacientes que sofriam de dor física”, diz o fundador e CEO da Sword Health, citado em comunicado.

Liderada pela General Catalyst, esta nova ronda contou com a participação da Khosla Ventures, Comcast Ventures e dos fundos de investimento nacionais Lince Capital, Oxy Capital, Armilar, Indico Capital e Shilling, elevando para 4 mil milhões de dólares a avaliação da unicórnio nacional.

Este investimento é um marco que nos permite aprofundar a investigação em IA de base e acelerar a nossa expansão para novas áreas, como a saúde mental — um setor ainda dominado por modelos ineficazes e pouco escaláveis.

Virgílio Bento

CEO da Sword Health

A injeção de capital tem como objetivo “acelerar a estratégia de fusões e aquisições da Sword, apoiar a expansão global e reforçar o desenvolvimento contínuo de modelos de IA em todas as principais áreas dos cuidados de saúde”.

Entrada na saúde mental

Com esta ronda, a health tech anuncia a entrada noutra área de cuidados de saúde: a saúde mental, através da “Mind”, solução que combina inteligência artificial (IA) e especialistas clínicos.

“Neste momento, estamos focados em, tal como já fizemos com o tratamento da dor física, reinventar os cuidados de saúde mental. De momento, o Mind está disponível nos EUA, o nosso principal mercado. Tal como acontece nas outras soluções disponíveis, queremos explorar novos mercados brevemente“, adianta fonte oficial da Sword Health ao ECO, quando questionado sobre os objetivos de negócio para este novo serviço que pretende dar uma resposta a um mercado potencial de milhões de pessoas.

Só nos EUA, país onde o serviço arranca, mais de 60 milhões de adultos sofreram com algum tipo de doença mental no último ano, mas a maioria não recebeu acompanhamento, segundo dados partilhados pela empresa. Globalmente, cerca de mil milhões de pessoas vivem com uma condição de saúde mental.

A solução, assente em IA, “tal como acontece com as restantes soluções da plataforma de AI Care da Sword, o Mind funciona com o mesmo modelo B2B2C“, precisa a mesma fonte oficial. Ou seja, é um serviço ‘comprado’ por empresas, que depois o disponibiliza aos colaboradores.

O serviço junta-se aos cuidados de saúde de fisioterapia e de saúde pélvica, através da Bloom, já prestados pela empresa que tem como objetivo reforçar com novos serviços. Quais, não adianta. “Continuamos a reforçar o investimento em R&D e em novas soluções de saúde, que anunciaremos em breve”, diz apenas.

Nem adianta se será por via de M&A, um dos focos da companhia. “Estamos a explorar ativamente oportunidades de M&A. A mais recente ocorreu no Reino Unido, com a aquisição da Surgery Hero”, afirma fonte oficial da empresa, sem detalhar se a unicórnio já tem empresas-alvo identificadas.

Com a compra em janeiro da britânica Surgery Hero, uma espécie de clínica digital para a preparação para intervenções cirúrgicas, a Sword Health passou a colaborar com 18 entidades do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), que dão assistência a cerca de 10 milhões de pessoas, adiantou a empresa nessa altura.

Neste mercado, a Sword anunciou mais recentemente uma parceria com o Guy’s and St Thomas’ NHS Foundation Trust (unidade organizacional hospitalar dentro do NHS), cobrindo mais de 1,3 milhões pessoas, no projeto PATH, em colaboração com a General Catalyst (que liderou a mais recente ronda), a NVIDIA e a Hippocratic AI.

“Como parte do plano de crescimento da Sword, [globalmente] estamos à procura de mais de 130 novos profissionais, entre os quais mais de 100 em Portugal. A Sword Health conta atualmente com mais de 1.000 colaboradores a nível global, dos quais cerca de metade estão localizados em Portugal”, diz ainda fonte oficial quando questionada sobre eventuais reforços de equipa.

A Sword Health conta com mais de 500.000 pacientes em três continentes e 6,5 milhões de sessões de IA realizadas desde 2020, segundo os dados partilhados pela health tech. Com 40 estudos clínicos e mais de 40 patentes, já recebeu mais de 300 milhões de dólares de investidores.

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PRR com execução aquém do esperado, desperta alerta do Conselho de Finanças Públicas

A execução do PRR, em 2024 totalizou, 2.501 milhões de euros, o que "corresponde a uma taxa de execução de 45% face ao previsto no OE/2024", alerta o Conselho de Finanças Públicas.

O comportamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) merece uma avaliação negativa dos técnicos do Conselho das Finanças Públicas (CFP), porque continua a dececionar na sua execução. Num relatório publicado esta terça-feira de análise à evolução orçamental das Administrações Públicas em 2024, o CFP constata que “decorrido mais de metade do prazo previsto para a implementação do PRR, três quartos do plano não tem execução orçamental”. Até ao fim de 2024, foram executados apenas 5.457 milhões de euros (24,6% do total do plano de 22,2 mil milhões).

A execução em 2024 totalizou 2.501 milhões de euros, o que “corresponde a uma taxa de execução de 45% face ao previsto no Orçamento de Estado para 2024 [se considerada apenas a despesa com impacto na conta das Administrações Públicas], determinada pelos desvios significativos na FBCF [Formação Bruta de Capital Fixo] e despesa corrente primária”, refere o CFP.

“Não obstante, em 2024, a utilização de empréstimos que não afetos a ativos financeiros totalizou 480 milhões de euros, um resultado que penalizou o saldo orçamental em mais 167 milhões de euros do que o previsto no Orçamento de Estado para 2024”, lê-se ainda no documento.

A análise à evolução orçamental das Administrações Públicas no ano passado aponta também para o facto de o rácio da dívida pública ter mantido a tendência de redução, fixando-se em 94,9% do PIB no final de 2024, menos 2,8 pontos percentuais face a 2023.

Esta diminuição deveu-se principalmente ao “efeito dinâmico” favorável (-3,9 pontos percentuais), “impulsionado sobretudo pelo crescimento nominal do PIB”, explicam os técnicos do CFP, notando ainda que o saldo primário contribuiu com -2,8 pontos percentuais para a redução, enquanto o ajustamento défice-dívida teve um efeito adverso de 3,8 pontos percentuais. Desta forma, Portugal mantém a sexta posição entre os países da União Europeia com maior dívida relativa ao PIB.

Os alertas do CFP sobre a redução da margem orçamental e a perspetiva de regresso aos défices já em 2025-2026 evidenciam que Portugal está a consumir hoje a margem de manobra que necessitará amanhã.

O CFP refere também que as contas de 2024 apresentam “um aumento da exposição da dívida pública portuguesa ao setor não residente”, com a percentagem detida por investidores não residentes a subir de 42% para 45% do total. Esta evolução reflete “uma melhoria na atratividade da dívida portuguesa junto dos mercados internacionais e uma maior diversificação da base de investidores”, sublinham.

Os números revelam também que o custo médio da dívida manteve-se também controlado, com as novas emissões a registarem um custo de 3,4%, ligeiramente inferior aos 3,5% de 2023. Além disso, os encargos com juros cresceram 6,3% em termos nominais “mas estabilizaram nos 2,1% do PIB.”

Para os técnicos do CFP, o verdadeiro teste à sustentabilidade das finanças públicas portuguesas não reside nos números positivos de hoje, mas na capacidade de manter este equilíbrio no médio prazo. A persistente baixa taxa de execução do PRR, com apenas 24,6% dos fundos utilizados até ao final de 2024, não só desperdiça uma oportunidade de modernização do país como expõe a fragilidade da capacidade de absorção de investimento público.

Simultaneamente, os alertas do CFP sobre a redução da margem orçamental e a perspetiva de regresso aos défices já em 2025-2026 evidenciam que Portugal está a consumir hoje a margem de manobra que necessitará amanhã. Este paradoxo entre contas saudáveis no presente e sustentabilidade questionável no futuro coloca o país numa encruzilhada: ou se implementa uma correção estrutural da despesa pública, ou corre-se o risco de desperdiçar os ganhos conquistados nos últimos anos de consolidação orçamental.

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Governo está a gastar o que vai precisar no futuro, alerta Conselho de Finanças Públicas

O Conselho de Finanças Públicas refere que Portugal exibe contas no verde, mas alerta que está a gastar hoje a folga que vai faltar amanhã, enquanto o PRR continua a ser uma promessa adiada.

Portugal manteve pelo segundo ano consecutivo as contas públicas no verde, mas o Conselho de Finanças Públicas (CFP) alerta para os custos da orientação da política orçamental expansionista e para os números do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que continuam a ficar aquém do esperado.

Apesar do resultado positivo das contas públicas, espelhado por um excedente orçamental das Administrações Públicas de 0,7% do PIB em 2024, equivalente a 1994 milhões de euros e superando os 0,2% previstos no Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024), o organismo independente liderado por Nazaré Costa Cabral alerta que “a política orçamental em 2024 foi expansionista e contracíclica”, numa altura em que a conjuntura económica se deteriorou, e revelando uma “alteração face à postura restritiva verificada em 2023.”

Num documento publicado esta terça-feira de análise à evolução orçamental das Administrações Públicas em 2024, o CFP sublinha que o excedente orçamental do Estado e das restantes entidades públicas (como regiões autónomas, autarquias e outros organismos públicos)alcançado no ano passado superou o antecipado pelo Ministério das Finanças nos documentos de programação orçamental — em outubro de 2023, no OE 2024, previa um saldo positivo de 0,2% do PIB, enquanto em outubro de 2024 na Proposta de Orçamento do Estado para 2025 (POE/2025) apontava para um excedente de 0,4% do PIB”.

O CFP confirma que “a política orçamental em 2024 foi expansionista e contracíclica”, contrastando com a postura restritiva verificada no ano anterior, ancorando com isso custos duradouros nas contas públicas.

Porém, lembra que a redução do excedente em 0,5 pontos percentuais face a 2023 deveu-se principalmente à deterioração do saldo da Administração Central, que registou um défice de 1,5% do PIB. Este foi parcialmente compensado pelo regresso da Administração Regional e Local a uma posição excedentária (0,1% do PIB) e pelo excedente dos Fundos da Segurança Social de 2% do PIB.

O saldo primário, que exclui os encargos com juros, manteve-se positivo em 2,8% do PIB (7869 milhões de euros), embora inferior aos 3,3% registados em 2023. Como sublinha o relatório, “com este desempenho, Portugal foi um dos seis Estados-membros da União Europeia a registar um excedente em 2024 e um dos quatro a assegurar um saldo positivo nos dois últimos anos”.

Política orçamental expansionista em contexto de deterioração económica

A análise do CFP revela também que “excluindo o efeito de operações one-off, a redução do excedente foi o dobro (um ponto percentual do PIB) do observado em termos totais (0,5 pontos percentuais do PIB) em consequência de uma política orçamental expansionista”. Os técnicos do CFP estimam que “os desenvolvimentos cíclicos da economia tenham contribuído em um terço para a redução anual do saldo orçamental, devendo-se o maior contributo (dois terços) à ação discricionária da política orçamental do Governo”.

Esta orientação expansionista refletiu principalmente medidas como a redução do IRS, a valorização remuneratória da Função Pública e o aumento de prestações sociais, particularmente pensões. O CFP confirma que “a política orçamental em 2024 foi expansionista e contracíclica”, contrastando com a postura restritiva verificada no ano anterior, ancorando com isso custos duradouros nas contas públicas.

A análise da despesa líquida — um novo indicador de supervisão orçamental europeia — mostra que Portugal registou um crescimento de 12%, superior aos 11,8% aprovados pelo Conselho da União Europeia. Este desvio “significa que se verificou um desvio desfavorável equivalente a 0,1% do PIB a ter presente na avaliação da trajetória da despesa líquida em 2025”, refere ainda o CFP no documento.

O relatório do organismo independente destaca também que a receita pública superou ligeiramente o previsto no OE 2024, fixando-se em 43,5% do PIB. O crescimento de 6,3% foi “impulsionado pela robustez da receita fiscal e contributiva”, que explicou mais de 90% do aumento total da receita, sublinham os técnicos do CFP. Além disso, a carga fiscal retomou a trajetória ascendente, situando-se em 35,6% do PIB.

As despesas com pessoal alcançaram o valor mais elevado “de sempre em termos nominais da série estatística do INE”, e em termos relativos aumentaram 0,2 pontos percentuais do PIB, “o primeiro aumento medido em percentagem do PIB desde 2014 (com exceção do ano 2021, devido ao efeito da pandemia no denominador).”

O desempenho fiscal foi particularmente forte nos impostos indiretos, destacam os técnicos do CFP, enumerando o crescimento de 9,1% do IVA e ainda o aumento de 19,4% do IRC. Em sentido contrário, a receita de IRS diminuiu 4,6%, refletindo as medidas de redução fiscal implementadas.

A análise do CFP destaca ainda o comportamento da receita não fiscal, que registou um crescimento mais moderado (2,9%), “influenciado pela quebra da receita de capital” devido principalmente à “menor transferência de subvenções do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) face ao inicialmente previsto pelo Ministério das Finanças”, lê-se ainda no documento.

No plano da despesa pública, os números mostram que aumentou 7,6% para 42,8% do PIB, impulsionada principalmente pela despesa corrente primária (mais 9,2%). As prestações sociais e as despesas com pessoal foram responsáveis por mais de 80% deste aumento, elevando “o seu grau de rigidez”.

Já as prestações sociais cresceram 10,4%, mais do dobro do verificado em 2023, totalizando um aumento de 4,9 mil milhões de euros. O CFP nota que as despesas com pessoal alcançaram o valor mais elevado “de sempre em termos nominais da série estatística do INE”, com um incremento de 2,4 mil milhões de euros, e em termos relativos teve um incremento de 0,2 pontos percentuais do PIB, “o primeiro aumento medido em percentagem do PIB desde 2014 (com exceção do ano 2021, devido ao efeito da pandemia no denominador).”

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Consumo mundial de petróleo deve cair “ligeiramente” em 2030

  • Lusa
  • 17 Junho 2025

Nos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo, esta queda deverá ocorrer já em 2026, e em 2028 na China, o segundo maior consumidor.

O consumo mundial de petróleo deverá cair “ligeiramente” em 2030, a primeira queda deste combustível fóssil responsável pelas alterações climáticas desde 2020, ano exceção devido à Covid-19, disse esta terça-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

Num relatório divulgado esta terça-feira, a agência de energia da OCDE estima que a procura global de ouro negro atingirá o pico no final da década, de acordo com as novas previsões, confirmando as projeções anteriores publicadas em 2023.

O consumo de petróleo deverá cair ligeiramente em 2030, depois de ter atingido o pico no ano anterior, com cerca de 105,5 milhões de barris por dia.

Apesar do ceticismo climático prevalecente e do apelo do Presidente dos EUA para “perfurar a todo o custo”, “um pico na procura global de petróleo ainda está no horizonte”, disse a AIE.

Nos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo, esta queda deverá ocorrer já em 2026, e em 2028 na China, o segundo maior consumidor.

Embora, de momento, “o conflito entre Israel e o Irão concentre as atenções nos riscos imediatos para a segurança energética, as novas perspetivas a médio prazo da AIE preveem que a oferta mundial de petróleo cresça muito mais rapidamente do que a procura nos próximos anos”, refere o relatório.

A procura mundial de petróleo aumentará 2,5 milhões de barris por dia entre 2024 e 2030, atingindo um patamar “em torno de 105,5 milhões de barris por dia no final da década”.

Mas “o crescimento anual abranda”, passando de cerca de 700.000 barris por dia em 2025 e 2026 “para um crescimento marginal nos anos seguintes, com um ligeiro declínio esperado em 2030”, diz a AIE, com base nas atuais políticas e tendências do mercado.

Segundo a agência, o fim da era do petróleo aproxima-se, impulsionado pelo “crescimento económico abaixo da tendência, travado pelas tensões comerciais globais e pelos desequilíbrios fiscais”, mas também pela “aceleração da substituição do petróleo no setor dos transportes”, com o aumento dos automóveis elétricos, e na produção de energia.

Sem surpresas, as previsões da AIE continuam a estar desfasadas das da OPEP, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que, em setembro de 2024, considerou a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis uma “fantasia”.

“A procura de petróleo atinge novos recordes todos os anos”, insistiu o secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, na segunda-feira, durante a conferência Energy Asia, em Kuala Lumpur, na Malásia, afirmando que a “teoria” do pico petrolífero “foi provada errada vezes sem conta”.

Na segunda-feira, a OPEP estimou que a procura mundial de petróleo aumentaria 1,3 milhões de barris por dia em 2025 e 2026.

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Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 17 Junho 2025

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,023%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,071%) e a 12 meses (2,111%).

A Euribor subiu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses e permaneceu acima de 2% nos três prazos. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,023%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,071%) e a 12 meses (2,111%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta terça-feira, ao ser fixada em 2,071%, mais 0,017 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, ao ser fixada em 2,111%, mais 0,027 pontos que na segunda-feira.
  • A Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, subiu esta terça-feira para 2,023%, mais 0,022 pontos.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo aprova “nas próximas duas semanas” descida de 500 milhões de euros no IRS

As taxas até ao 8.º e penúltimo escalão vão baixar com enfoque nos rendimentos mais baixos e na classe média. A medida terá efeitos a janeiro através da redução das tabelas de retenção na fonte.

O Governo vai aprovar, “nas próximas duas semanas”, em Conselho de Ministros, uma nova redução do IRS em 500 milhões de euros, que terá efeitos retroativos a janeiro através da redução das tabelas de retenção na fonte, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante a apresentação e debate do programa do Governo, no Parlamento. A proposta será depois enviada à Assembleia da República.

“Nas próximas semanas, vamos decidir a redução de mais de 500 milhões de euros de IRS já este ano, em 2025, até ao 8º escalão, beneficiando os rendimentos mais baixos, mas sobretudo a classe média“, afirmou.

A medida já constava do programa eleitoral com que a Aliança Democrática (AD) – coligação PSD/CDS ganhou as legislativas de 18 de maio. E agora é vertida no caderno de encargos do Executivo para os próximos quatro anos.

O programa do Governo consagra assim uma nova descida do IRS até ao 8.º escalão em dois mil milhões de euros até 2029, com uma redução de 500 milhões já em 2025, sendo este um adicional ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). O 8.º penúltimo nível de tributação abrange matéria coletável até 83.696 euros anuais, o que corresponde a um salário bruto mensal de cerca de 7.000 euros. E as taxas variam entre 13% e 45% para o mesmo intervalo de rendimentos.

O documento não detalha a forma como trabalhadores e pensionistas vão sentir o alívio na carteira já este ano, mas, em entrevista ao ECO, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, explicou que será através de uma redução das taxas dos escalões que serão logo repercutidas nas tabelas de retenção na fonte, isto é, no imposto que todos os meses os portugueses adiantam ao Estado.O objetivo é descer as taxas até ao 8.º escalão de rendimentos e refletir isso imediatamente na retenção na fonte”, com retroativos a janeiro, adiantou na altura o governante.

Adaptar à realidade da economia

Para além disso, a equipa de Montenegro quer “rever os escalões de IRS de forma a garantir que os mesmos se encontram adaptados à realidade da economia portuguesa” e “introduzir uma noção sintética e abrangente de rendimento sujeito a IRS, que corrija as injustiças e subtributações resultantes da atual definição limitativa de rendimentos sujeitos a IRS, que permita um maior desagravamento das taxas marginais”. De salientar, contudo, que, por via de uma proposta do PSD aprovada no ano passado, o Código do IRS não só atualizou o mínimo de existência para cerca de 1.000 euros, isto é, a parte do salário que está isenta de imposto, como também passou a prever a atualização anual dos escalões com base na inflação e produtividade.

Para além disso, e tal como previsto no programa eleitoral, o Governo quer avançar com a criação de contas-poupança isentas de impostos, “adotando um regime em que certo nível de contribuições dos trabalhadores e das suas entidades empregadoras sejam livres de IRS, salvo se e quando forem distribuídas, pagas ou, de qualquer forma, apropriadas pelos respetivos titulares”. A medida já constava do caderno de encargos do primeiro Executivo de Luís Montenegro mas nunca saiu do papel.

Desta vez, a referência ao IRS Jovem é residual, pelo que se espera a manutenção da medida tal como existe atualmente, que concede uma isenção entre 100% e 25% durante os primeiros 10 anos de trabalho para contribuintes até aos 35 anos e independentemente do grau académico. Eventualmente, é expectável um alívio nas taxas tendo em conta a forma como a medida é descrita no programa: “Continuar a aposta no IRS Jovem de forma duradoura e estrutural, reduzindo a carga fiscal sobre o trabalho, destinada a jovens até aos 35 anos, independentemente da sua escolaridade”.

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UE investiu 76 mil milhões de euros em proteção ambiental em 2024

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Junho 2025

A maioria dos investimentos em proteção ambiental destinou-se a serviços de gestão de águas residuais (38,2%) e de resíduos (24,8%).

Os países da União Europeia (UE) investiram cerca de 76 mil milhões de euros em ativos essenciais para a prestação de serviços de proteção ambiental em 2024, segundo estima o Eurostat. No entanto, o investimento nesta área representou apenas 2% do total de investimentos no último ano.

Os serviços em causa incluem estações de tratamento de águas residuais, veículos para o transporte de resíduos, aquisições de terrenos para criar reservas naturais e equipamento mais limpo para a produção.

Desse valor, quase 47 mil milhões de euros (61,4% do total dos investimentos em proteção ambiental) foram gastos pelas empresas na aquisição de tecnologias e equipamento para reduzir as pressões ambientais dos seus processos de produção — por exemplo, equipamento para reduzir as emissões atmosféricas.

As administrações públicas e o setor não lucrativo, por sua vez, foram responsáveis pelos restantes 38,6% dos investimentos, cerca de 29 mil milhões de euros.

O serviço estatístico da UE detalha ainda que a maioria dos investimentos em proteção ambiental destinou-se a serviços de gestão de águas residuais e de resíduos — 38,2% e 24,8% do total, respetivamente.

A proteção contra radiações, I&D e outras atividades de proteção ambiental representaram 14,0% e a proteção do ar e do clima 11,2%. Por sua vez, a proteção dos solos e das águas subterrâneas representou 5,6%, a proteção da biodiversidade e da paisagem 5,2% e a redução do ruído representou os restantes 1%.

Fonte: Eurostat

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Costa oferece camisola da Seleção Nacional assinada por Cristiano Ronaldo a Donald Trump

  • ECO
  • 17 Junho 2025

O ex-primeiro português encontrou-se com o líder da Casa Branca à margem da cimeira do G7, que decorre desde domingo no Canadá. Cristiano Ronaldo escreveu mensagem na camisola oferecida a Trump.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, ofereceu uma camisola da Seleção Nacional autografada por Cristiano Ronaldo ao Presidente norte-americano, Donald Trump.

Num vídeo publicado na rede social Instagram, o ex-primeiro-ministro português mostra o momento em que presenteia Trump com uma camisola da seleção portuguesa, com o número 7 e o nome de Cristiano Ronaldo nas costas.

A t-shirt é assinada pelo jogador português, que também deixou uma mensagem ao líder da Casa Branca. “Para o Presidente Donald J. Trump. A jogar pela paz“, escreveu.

O encontro entre os dois líderes ocorreu à margem da cimeira do G7, que se realiza no Canadá desde domingo.

Trump abandonou abruptamente a Cimeira do G7 em Kananaskis (Montanhas Rochosas canadianas) por causa do conflito armado entre Israel e o Irão e deu ordens ordens aos membros do Conselho de Segurança Nacional (NSC) para que se reunissem na sala de crise da Casa Branca.

O líder norte-americano recusou-se a falar aos jornalistas sobre a reunião. “Tenho de regressar cedo”, disse Trump, que evitou uma pergunta sobre a reunião do NSC.

O porta-voz da Casa Branca, Alex Pfeiffer, escreveu na rede social X que as forças norte-americanas “estão numa posição defensiva” no Médio Oriente “e isso não mudou”. “Defenderemos os interesses americanos” na região, acrescentou, quando o conflito entre Israel e o Irão entra na quinta noite consecutiva.

Na declaração conjunta, os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a “defender-se”, acusaram o Irão de ser a “principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região” e apelaram à “proteção dos civis”. No mesmo texto, assinado esta segunda-feira, afirmaram que têm “sido consistentemente claros quanto ao facto de o Irão nunca poder ter uma arma nuclear”.

“Exortamos a que a resolução da crise no Irão conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza”, escreveram ainda os líderes do G7.

De acordo com uma declaração conjunta, os sete países apelaram ainda que “a resolução da crise iraniana conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza”.

O grupo reitera o “compromisso com a paz e a estabilidade no Médio Oriente” e é nesse contexto que sublinha, não só que “Israel tem o direito de se defender”, como “reitera o apoio à segurança de Israel”.

Finalmente, o G7 afirmou que se “mantém vigilante quanto às implicações para os mercados internacionais da energia”.

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Portugal consegue mais uma shortlist no Cannes Lions com trabalho da Dentsu Creative para o Canal História

Até agora, com oito trabalhos, Portugal já soma 18 entradas em shortlist, pela mão das agências Dentsu Creative (12), Uzina (quatro), Stream and Tough Guy (um) e Judas (um), e conquistou três bronzes.

O projeto “History Outnumbered“, da Dentsu Creative para o Canal História — que já ganhou um bronze em Outdoor e outro em Print –, deu entrada esta terça-feira na shortlist da categoria Film (na subcategoria Corporate Purpose & Social Responsibility) do Festival de Criatividade de Cannes.

No arranque do festival, esta segunda-feira, o projeto “History Outnumbered” já tinha também entrado em shortlist nas categorias Creative Data (na subcategoria Corporate Purpose & Social Responsibility), Print & Publishing (Corporate Purpose & Social Responsibility e Media/Entertainment), Outdoor (Media/Entertainment Posters e Media/Entertainment Billboards).

Até agora, Portugal já conseguiu, com oito trabalhos, 18 entradas em shortlist, pela mão das agências Dentsu Creative (12), Uzina (quatro), Stream and Tough Guy (um) e Judas (um).

Além dos dois bronzes conquistados com o projeto “History Outnumbered”, também a Stream and Tough Guy, com “Save Us From The USA“, para a Change the Ref, conquistou a mesma distinção na categoria de Outdoor.

Este ano são 137 os trabalhos que estão a representar Portugal na 72ª edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions. No total, o festival, que decorre até sexta-feira, recebeu 26.900 inscrições a nível mundial.

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Telles assessora Ageas na venda da Domus Vida

A equipa multidisciplinar da Telles envolvida nesta transação foi liderada pela sócia Mariana Ferreira Martins e coordenada pelo associado sénior José Maria Braga da Cruz.

A Telles assessorou a Ageas na venda de 30% do capital social da Sociedade Portuguesa de Serviços de Apoio e Assistência a Idosos (SPSI) à CUF, bem como na venda de 30% do capital social da Sociedade Portuguesa de Serviços Residenciais (SPSR) à José de Mello – Residências e Serviços.

A equipa multidisciplinar da Telles envolvida nesta transação foi liderada pela sócia Mariana Ferreira Martins e coordenada pelo associado sénior José Maria Braga da Cruz, ambos da área de Corporate, Transacional e Private Equity. A equipa integrou ainda José Pedroso de Melo, counsel da área de Fiscal, e Frederico Ferreira da Silva, associado da área de Corporate, Transacional e Private Equity.

A SPSI é uma sociedade que presta serviços de alojamento a idosos na Área Metropolitana de Lisboa, através da marca “Domus Vida”, enquanto a SPSR detém os imóveis onde se localizam estas unidades residenciais.

“A conclusão desta transação seguiu-se a uma decisão de não oposição por parte da Autoridade da Concorrência”, refere a firma em comunicado.

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Andersen reforça a prática de Corporate e M&A em Portugal com Luís Moreira Cortez e José Carlos Vasconcelos

A Andersen reforça o departamento de Comercial / M&A em Portugal com Luis Moreira Cortez como novo partner no escritório de Lisboa e José Carlos Vasconcelos como novo Local Partner do Porto.

A Andersen reforça o seu departamento de Comercial / M&A em Portugal com a incorporação de Luis Moreira Cortez como novo Partner no escritório de Lisboa e José Carlos Vasconcelos como novo Local Partner no escritório do Porto.

Luís Moreira Cortez tem mais de 25 anos de experiência. Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, tem uma pós-graduação, pela mesma universidade, em Prática Forense e Assessoria Jurídica da Empresa, e frequência na pós-graduação de Direito do Desporto pela Universidade de Coimbra. Ao longo da sua carreira, assessorou inúmeros clientes privados e grandes empresas nacionais e internacionais em setores como o direito mineiro e recursos naturais, financeiro e desportivo, entre outros.

José Carlos Vasconcelos é licenciado em Direito pela Universidade Católica do Porto, e tem um MBA em gestão para juristas pela mesma Universidade. Conta com mais de 25 anos de experiência em assessoria societária e transacional a clientes nacionais e internacionais, em especial nos setores da saúde, retalho e indústria, prestando também apoio em diversos contratos comerciais, incluindo franquia, distribuição e agência. Tem assessorado empresas multinacionais em processos de duediligence, negociação e M&A.

José Vicente Morote, managing partner da Andersen Ibéria, afirma que “a integração de Luís Moreira Cortez e José Carlos Vasconcelos reforça decisivamente a nossa prática de Corporate / M&A em Portugal. Ambos trazem consigo uma vasta experiência e um profundo conhecimento do sector, o que aumentará a nossa capacidade de resposta aos desafios cada vez mais complexos que os nossos clientes enfrentam e fará avançar o nosso posicionamento estratégico em Portugal”.

José Mota Soares, sócio da Andersen e responsável pela firma em Portugal, assinala ainda: “Estamos muito orgulhosos por termos dois profissionais com a qualidade e experiência do Luís e do José Carlos a juntarem-se ao projeto da Andersen em Portugal. Com a sua entrada na Firma, expandimos e reforçamos a nossa equipa de Corporate / M&A e continuamos a explorar as sinergias entre os nossos escritórios de Lisboa e Porto, e a nível ibérico, entre Portugal e Espanha”.

 

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Gasolineira espanhola low-cost investe 17 milhões em Portugal para abrir 15 postos até ao final do ano

Até ao final do ano a Plenergy vai chegar aos 15 postos de combustível low-cost em Portugal. Próximas aberturas na Trofa, Matosinhos, Abrantes, Loures e Póvoa de Varzim. 

A espanhola Plenergy está a apostar em Portugal e vai abrir cinco novos postos de combustível até setembro. A meta é chegar às 15 estações até ao final do ano. Com este plano de expansão, a marca low-cost vai investir 17 milhões em Portugal e criar 61 postos de trabalho. No próximo ano quer abrir mais 25 postos para chegar às 40 unidades.

A empresa prepara-se para abrir um novo posto na Trofa em julho, a sétima em território nacional, e já tem obras a iniciar em Matosinhos, Abrantes, Loures e Póvoa de Varzim.

“Chegar a Portugal deveu-se à proximidade geográfica e porque Portugal necessitava de um concorrente diferente com um preço mais baixo”, disse esta terça-feira, Tiago Preguiça, diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy.

Portugal necessitava de um concorrente diferente com um preço mais baixo.

Tiago Preguiça

Diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy

O gestor detalha que já o grupo já investiu dez milhões de euros nos sete postos de combustível, mas que o objetivo é chegar ao final do ano com 17 milhões de euros investidos.

Até ao momento, a espanhola já contratou 34 pessoas, sendo que o objetivo é chegar às 61 até ao final do ano. Tiago Preguiça nota que “sempre que abrem uma estação contratam três pessoas”.

No prazo de dois/três anos, o grupo espanhol ambiciona ter “pelo menos uma estação em cada um dos distritos de Portugal Continental”.

Gasolineiras automáticas oferecem o mesmo combustível a um preço mais reduzido

Abastecida pelos principais operadores petrolíferos ibéricos, o grupo espanhol garante um preço 10 a 15% do preço abaixo da média, isto significa que vende o litro de combustível entre 15 a 20 cêntimos mais barato em comparação com as gasolineiras mais conhecidas.

Tiago Preguiça explica que o preço reduzido deve-se ao facto de os “terrenos serem mais pequenos”, “não terem lojas de conveniência, nem turnos noturnos” e “controlarem toda a operação (atendimento ao cliente, sistemas informáticos”. O diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy destaca ainda que a velocidade de abastecimento também é uma vantagem — com uma permanência de três minutos.

Tiago Preguiça, diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy.

No final do ano passado, a Plenergy inaugurou na cidade da Guarda o primeiro posto de abastecimento. Neste momento, soma seis postos de combustível em território nacional (Viana do Castelo, Cartaxo, Paços de Ferreira e Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira).

Fundada em 2015 a Plenergy, antiga Plenoil, assume-se como “líder ibérico no setor das estações de serviço de baixo preço”. Soma 310 estações em Espanha e Portugal e prevê chegar às 500 estações até 2027.

Com uma média mensal de 3,5 milhões de clientes, o ano passado, o grupo faturou 1,550 milhões de euros e vendeu 1,385 milhões de litros de combustível.

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