Grupo Openbook ‘projeta’ nova sede da CGD e dois hospitais para a Luz Saúde

Fundada por três arquitetos e um financeiro em 2007, o Grupo Openbook emprega 100 pessoas, fatura cerca de dez milhões de euros e tem escritório em Lisboa e São Paulo.

O Grupo Openbook, referência em arquitetura, design e consultoria imobiliária, está a projetar a nova sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa e dois hospitais para o grupo Luz Saúde localizados no Porto e Setúbal.

“Vai arrancar este mês a obra do projeto de arquitetura de interiores da Caixa Geral de Depósitos que tem uma área de 30 mil metros quadrados“, adianta ao ECO Paulo Jervell, partner do Openbook. A obra estará concluída em dentro de um ano.

O Hospital da Luz localizado na Invicta ainda está a aguardar a aprovação da autarquia portuense, já a obra de construção do Hospital de Setúbal vai arrancar no próximo ano. “Os hospitais são um projeto de arquitetura dos edifícios, já na CGD é um projeto de arquitetura de interiores”, detalha o arquiteto Paulo Jervell.

Na área corporativa, somos, sem dúvida, a entidade de referência no mercado”, diz o partner do grupo, destacando que “todos os projetos mais emblemáticos dos últimos anos têm vindo a ser feitos pela Openbook“.

O Grupo Openbook, que acaba de ser eleito vencedor global do Popular Choice Award na categoria de Best Commercial Firm na 13.ª edição dos prestigiados Architizer A+Awards, um dos maiores e mais respeitados programas internacionais de celebração da arquitetura contemporânea, foi o responsável pelo projeto de arquitetura da nova sede da Galp (2024) em Lisboa, do novo hub do BNP Paribas (2024) do campus do Novo Banco (2024) na capital e do premiado Ritz Pool Bar no Hotel Ritz Four Seasons Lisboa (2021), que arrecadou em 2024 o o prémio Architizer A+Awards na categoria de Bares e Adegas.

A Openbook foi criada em 2007 por três arquitetos (Paulo Jervell, Rodrigo Sampaio, João Cortes) e um financeiro (Pedro Pires) que se juntaram para criar uma empresa de arquitetura, a Openbook. 15 anos depois, criaram o Grupo Openbook, que junta outras valências como o design e a consultoria imobiliária.

“A ideia foi criar uma oferta de serviços multidisciplinares e transversais ao mercado imobiliário que agregam cinco novas empresas (OpenbookArchitecture, Openbook Design, OpenbookStudio, Openbook Real Estate e OpenbookEngineering) — e que partilham sinergias entre elas e oferecem ao cliente final e ao mercado, uma oferta mais completa e com um valor acrescentado”, explica Paulo Jervell, partner do Openbook.

O segmento comercial (arquitetura relacionada com escritórios e retalho) representa cerca de 40% da faturação do grupo, sendo que os restantes 60% dividem-se entre a área residencial e o segmento hospitalar. Paulo Jervell contabiliza que 50% dos clientes são estrangeiros, lamentando que em “Portugal a arquitetura não seja valorizada em termos de honorários”.

Paulo Jervell, partner do OpenbookHugo Amaral/ECO

O Grupo Openbook abriu uma nova delegação no Dubai em dezembro do ano passado, com o objetivo de “responder a oportunidades no Médio Oriente”.

Com uma equipa de 100 colaboradores e uma faturação de cerca de 10 milhões de euros, o Grupo Openbook, com escritório em Lisboa e no Brasil, em São Paulo, quer continuar a consolidar a sua presença em mercados estratégicos, incluindo Portugal, França, Espanha, Angola, Vietname, Indonésia e agora, o Dubai. Até ao final do ano está nos planos do Grupo Openbook contratar mais 15 pessoas.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 17 de junho

  • ECO
  • 17 Junho 2025

Ao longo desta terça-feira, 17 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Concentração da banca portuguesa diminui pelo terceiro ano para valor mais baixo em dez anos

Venda do Novobanco a franceses eliminou risco de aumento de concentração do mercado português. Cinco maiores bancos em Portugal estão a perder quota para os mais pequenos há três anos consecutivos.

A venda do Novobanco a franceses eliminou o risco de aumento de concentração do mercado bancário português. Mas nos últimos anos a tendência até tem sido inversa. Os cinco maiores bancos em Portugal estão a perder sistematicamente quota para os mais pequenos desde 2021, depois de duas décadas de concentração. No final do ano passado, o peso de Caixa, BCP, Santander, Novobanco e BPI no mercado era o mais baixo dos últimos dez anos.

O processo de venda do Novobanco reacendeu os receios quanto aos efeitos negativos na concorrência que poderiam surgir caso o banco liderado por Mark Bourke fosse vendido pela Lone Star a um concorrente direto.

E esse risco – para o qual Governo e Banco de Portugal alertaram — foi real na medida em que o dono do BPI – o Caixabank – esteve na corrida até ao final e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP admitiram interesse, apesar de terem ficado de fora do concurso por considerarem que seria complexo separar os negócios do banco rival.

O desfecho acabou por ser outro: o fundo norte-americano decidiu vender o Novobanco aos franceses do Groupe BPCE por 6,4 mil milhões de euros, transação que deverá ficar concluída no próximo ano.

Ou seja, o Novobanco muda de mãos americanas para mãos francesas, mas a estrutura do mercado bancário português permanecerá tal como está e como esteve nas últimas duas décadas: com cinco grandes bancos a operarem num mercado altamente bancarizado, maduro e já apresentando um elevado grau de concentração.

Mercado inverte após duas décadas de concentração

Os dados mais recentes do Banco Central Europeu (BCE) mostram que o mercado bancário português tem vindo a ‘desconcentrar’ nos últimos três anos, depois de duas décadas de concentração dos ativos nas cinco principais instituições financeiras.

Em 2021, ano em que se atingiu o valor mais elevado da história, os big 5 controlavam quase três quartos (73,9%) do mercado, quando duas décadas antes tinham menos de metade – Portugal foi o segundo país da União Europeia onde o grau de concentração mais aumentou entre 1999 e 2021, apenas atrás da Grécia.

Banca menos concentrada

Fonte: BCE

O processo de concentração no mercado português deu-se praticamente na primeira década do milénio, através de um processo de várias fusões e aquisições que tiveram lugar naquele período.

Esta dinâmica abrandou após a crise de 2008 e ganhou nova expressão em 2015, ano da queda do Banif, absorvido pelo Santander. E, após um período de alguma estabilização entre 2015 e 2021, o mercado tem vindo a descentralizar desde então.

No final do ano passado, a percentagem de ativos detidos pelo cinco principais bancos reduziu-se para 70,6%, tratando-se do valor mais baixo desde 2014 (69,2%), de acordo com os dados que o BCE atualizou na semana passada.

Os grandes bancos estão a perder quota para os mais pequenos ou, visto de outra forma, os pequenos estão a tirar negócio aos grandes.

Apesar de o grau de concentração ter recuado, Portugal mantém-se no lugar 14 dos mercados mais concentrados da UE, onde a Grécia apresenta o mercado mais concentrado (96%) e o Luxemburgo o menos concentrado (34%).

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Órgãos sociais da TAP SGPS renunciaram em bloco. Azul diz que está a ser preparado “incumprimento contratual”

Depois de ter ficado sem ativos, a sociedade a que a Azul reclama uma dívida de 177 milhões de euros, está sem administração e órgãos de fiscalização.

Os órgãos sociais da TAP SGPS, entretanto redenominada SIAVILO SGPS, renunciaram em bloco às suas funções entre o final de março e o início de junho, incluindo o conselho fiscal e o revisor oficial de contas. Depois de ter sido esvaziada de ativos, a sociedade a quem a Azul reclama uma dívida de 177 milhões de euros, ficou sem gestão e não há nota de terem sido nomeados substitutos.

Este é mais um sinal de que a SIAVILO, que é 100% detida pelo Estado, poderá deixar de existir e não pagar o valor pretendido pela companhia aérea brasileira.

Gonçalo Pires (administrador financeiro da TAP), Patrício Castro, Ana Lehmann e João Pedro Duarte foram os primeiros administradores a renunciar aos cargos, a 31 de março, de acordo com os atos societários consultados pelo ECO. Na mesma data cessaram funções Maria de Fátima Geada e a Baker Tilly, membros do conselho fiscal. Seguiram-se Mário Chaves, Mário Cruz e Sofia Lufinha (administradores executivos da TAP) a 30 de abril e, por fim, a 6 de junho, dá-se a renúncia do revisor oficial de contas, a PwC – PricewaterhouseCoopers & Associados.

Não foi publicada qualquer informação sobre a nomeação de substitutos para estes cargos. O ECO questionou o Ministério das Finanças, mas não obteve resposta até à publicação do artigo.

A renúncia dos órgãos sociais segue-se ao esvaziamento de ativos da antiga TAP SGPS. Na sequência dos 3,2 mil milhões de auxílios do Estado injetados durante e após a pandemia, a holding deixou de ter qualquer participação na TAP SA, dona da companhia aérea, em dezembro de 2021. Em janeiro deste ano, foi anunciada a venda à TAP SA de 100% da Portugália por 4,4 milhões de euros, da participação de 51% detida na Cateringpor e de 100% da UCS. Também extinta foi a participação na antiga Groundforce, agora Menzies Aviation, no âmbito do processo de insolvência. A participada sobrante, a M&E Brasil, foi colocada em processo de liquidação após vários anos de prejuízos crónicos.

Fonte da Azul afirma ao ECO que está a ser “preparado o incumprimento contratual já que a TAP SGPS, depois de ceder os ativos, nomeadamente à TAP S.A., se tornou uma empty shell [sociedade vazia]“.

A TAP está a ser dividida em ‘TAP má’ (TAP SGPS, agora denominada SIAVILO SGPS) sem património para fazer face às dívidas que assumiu perante credores privados (nomeadamente perante investidores estrangeiros) que, de boa-fé, lhe emprestaram dinheiro e ‘TAP boa’ (TAP S.A.) que será objeto de privatização.

Fonte oficial da Azul

A TAP está a ser dividida em ‘TAP má’ (TAP SGPS, agora denominada SIAVILO SGPS) sem património para fazer face às dívidas que assumiu perante credores privados (nomeadamente perante investidores estrangeiros) que, de boa-fé, lhe emprestaram dinheiro e ‘TAP boa’ (TAP S.A.) que será objeto de privatização”, acrescenta a mesma fonte, que acusa o Estado português de “pactuar com tentativas ilícitas de discriminar credores privados e de se subtrair às obrigações que livremente assumiu”.

Incumprimento obriga a reembolsar dívida

O diferendo entre as duas companhias aéreas remonta ao verão passado, quando a Azul, em dificuldades financeiras, sugeriu o reembolso antecipado do empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros subscrito em 2016, quando David Neeleman era acionista das duas empresas e CEO da transportadora brasileira. A Parpública também participou na operação, avançando com um financiamento de 30 milhões de euros.

A Azul pediu ainda a confirmação da constituição das garantias do empréstimo, que incluem o programa de milhas da TAP (antigo Victoria, agora Miles & GO). A transportadora portuguesa e a holding recusaram e avançaram para tribunal, pedindo a nulidade das garantias por se tratar de um contrato de suprimentos entre sócios.

A companhia brasileira contesta esta interpretação e assinala que, em 2016, “a Azul não era acionista da TAP SGPS ou da TAP S.A. e não há razão para desqualificar a personalidade das pessoas coletivas mesmo quando tiveram, por um curto período de tempo, um sócio comum”. Considera mesmo a ação das empresas portuguesas “um exemplo de escola de má-fé”.

O caso conheceu um novo desenvolvimento a 15 de abril, quando foi deliberada a existência de um incumprimento no pagamento da dívida (default) pela TAP SGPS, numa assembleia extraordinária de obrigacionistas convocada pela Azul, como avançou o ECO.

O caso conheceu um novo desenvolvimento a 15 de abril, quando foi deliberada a existência de um incumprimento no pagamento da dívida (default) pela TAP SGPS, numa assembleia extraordinária de obrigacionistas convocada pela Azul, como avançou o ECO.

Foi também deliberado, com os votos a favor da companhia brasileira (75%) e contra da Parpública (25%), o reembolso imediato das obrigações, ficando o representante comum – a sociedade Bondholders, com sede em Valência – responsável pelo cálculo do valor devido e a sua cobrança.

O Banco Montepio enviou a 27 de maio uma nota de pagamento às partes envolvidas, com um prazo de 30 dias úteis, segundo avançou o Jornal de Negócios. Tendo em conta que as obrigações têm um juro composto de 7,5%, a reembolsar com o capital na maturidade, a Azul tem a receber 177 milhões de euros e a Parpública 58,4 milhões. Caso os montantes não sejam pagos, o representante comum poderá avançar com um processo de execução nos tribunais portugueses.

A polémica em torno do pagamento da dívida à Azul surge numa altura em que o Governo se prepara para avançar com a privatização da TAP, processo que foi interrompido com a queda do Executivo, em março. A companhia brasileira diz já ter alertado os interessados na operação — Grupo IAG, Lufthansa e Air France KLM — para a existência desde diferendo.

 

Já a Azul continua a atravessar dificuldades financeiras, tendo avançado este mês com um pedido de proteção de credores nos EUA. Neste âmbito, celebrou um acordo de financiamento de 1,6 mil milhões de dólares com a United Airlines e a American Airlines. A primeira tem há vários anos uma parceria com a Lufhtansa nos voos transatlânticos, sendo ambas membros da Star Alliance, há qual a TAP também pertence.

A passagem de David Neeleman pela TAP também esteve envolta em polémica. Além do empréstimo obrigacionista da Azul, o mais caro celebrado pela transportadora portuguesa, a companhia portuguesa alugou aeronaves à companhia brasileira para serem usadas pela Portugália. O empresário saiu do capital da TAP em 2020, recebendo 55 milhões pela sua participação de 22,5%.

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“Equilibrar” direito à greve, “comprar” férias e simplificar lay-off. O plano do Governo para o mercado de trabalho

Programa do Governo tem dezenas de propostas para mudar mercado de trabalho, como a revisão da lei laboral, a subida dos salários e a reestruturação da formação. Discussão arranca esta terça-feira.

A intenção de mudar a lei da greve não constava no programa eleitoral da AD, mas está clara no programa do Governo, que começa a ser discutido esta terça-feira.

No âmbito de uma revisão mais ampla do Código do Trabalho, o Executivo de Luís Montenegro quer melhorar o equilíbrio entre o direito à greve e a “satisfação de necessidades sociais impreteríveis”, apesar de os sindicatos já terem deixado claro que se opõem a qualquer mudança nessas regras.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.MIGUEL A. LOPES/LUSA

Voltemos por momentos a maio. Em protesto contra a imposição de aumentos salariais que “não repunham o poder de compra” e pela negociação coletiva de reforços remuneratórios “dignos”, vários sindicatos que representam trabalhadores da Comboios de Portugal convocaram greves de vários dias, que coincidiram com o período de campanha eleitoral.

Um dia vamos ter de pôr cobro a isto“, não tardou a reagir Luís Montenegro, garantindo que não estava a pôr em causa o direito à greve, mas explicando que era preciso encontrar um mecanismo de modo a evitar que a greve comprima os direitos dos demais cidadãos.

A campanha eleitoral, entretanto, terminou, as greves na Comboios de Portugal também, mas o assunto não desapareceu da mente do primeiro-ministro. Tanto que, no programa do Governo que começa a ser discutida esta manhã, está a intenção de “equilibrar de forma mais adequada o exercício do direito à greve com a satisfação de necessidades impreteríveis“.

Por enquanto, o Executivo não detalha o que pretende fazer, mas os advogados ouvidos pelo ECO em maio já avisavam que a lei já prevê esse mecanismo de equilíbrio entre o impacto da greve e os direitos dos demais cidadãos: são os serviços mínimos. Mais, os especialistas alertaram que será difícil mudar as regras das greves, uma vez que este é um tema sensível e um direito previsto na própria Constituição.

Equilibrar de forma mais adequada o exercício do direito à greve com a satisfação de necessidades sociais impreteríveis.

Programa do Governo

Da parte dos sindicatos, tanto a CGTP como a UGT já foram claros, dizendo-se contra qualquer mudança na lei da greve. Uma greve é para causar transtorno“, atirou Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UTG, que explicou ao ECO que os serviços mínimos já fazem o equilíbrio entre os protestos e os direitos dos demais cidadãos.

Além das regras da greve, o Governo quer mudar a lei do trabalho, “desejavelmente no contexto da Concertação Social”, para “melhorar a adequação do regime legal aos desafios do trabalho na era digital“.

Abre, assim, a porta, por exemplo, a “regulamentação diferenciada” do teletrabalho e do trabalho em nomadismo digital, mas também à possibilidade de o trabalhador “comprar” dias de férias, “com um limite a definir contratualmente entre as partes”.

Maior flexibilidade no gozo de férias por iniciativa do trabalhador, com a possibilidade de aquisição de dias de férias, com um limite a definir contratualmente entre as partes.

Programa do Governo

Hoje, os trabalhadores do setor privado têm direito a 22 dias de férias, sendo possível engordar esse período, por exemplo, por negociação coletiva. O que o Governo sugere agora — em linha com o que já tinha previsto no programa eleitoral — é reforçar a flexibilidade no gozo de férias por iniciativa do trabalhador.

Por outro lado, o Executivo pretende “clarificar, desburocratizar e simplificar em matéria de parentalidade, teletrabalho, organização de trabalho, transmissão de estabelecimento, processo do trabalho e lay-off“.

Sobre este último mecanismo — que permite às empresas em crise suspenderem os contratos de trabalho ou reduzirem os horários de trabalho –, é de recordar que, durante a pandemia, houve uma versão simplificada, mas o lay-off hoje disponível já regressou ao seu modelo clássico e mais moroso. Vários especialistas já tinham apelado à atualização desse regime, como prevê agora o programa do Governo.

Já quanto à negociação coletiva, a intenção é, no âmbito de uma revisão da lei do trabalho, redinamizar esse diálogo, “nomeadamente em matéria de vigência e conteúdo das convenções coletivas“.

“Avaliar a definição de critérios de representatividade mínima para a emissão de portarias de extensão das convenções coletivas de trabalho, de forma a desincentivar a fragmentação sindical e reforçar o diálogo social nas empresas”, propõe, num outro ponto, o Governo.

No seu primeiro Governo, Luís Montenegro tinha deixado no programa a vontade de revisitar a Agenda do Trabalho Digno, isto é, o pacote de alterações à lei do trabalho levado a cabo pelo último Executivo de António Costa. Desta vez, não refere diretamente essa vontade, mas, antes, identificam-se uma série de normas (como as já referidas) que serão alvo de revisão.

Acumular salário com prestações sociais

Ainda no capítulo dedicado ao trabalho e emprego, o Governo aponta a criação de um subsídio ao trabalho, “com a possibilidade de acumulação de rendimentos do trabalho com apoios sociais“, de modo a incentivar a participação ativa no mercado de trabalho;

Substituiria um conjunto alargado de apoios sociais, sem perdas para ninguém, por um suplemento remunerativo, acumulável com rendimentos do trabalho, RSI, pensão social, ou outros apoios sociais dirigidos a situações sociais limite, que atenue o empobrecimento dos trabalhadores empregados e incentive a sua participação ativa no mercado de trabalho, e que tenha em conta a dimensão e composição do agregado familiar”, detalha o Executivo.

Em junho do ano passado, a ministra do Trabalho tinha admitido vir a permitir que os beneficiários de prestação de desemprego acumulassem esse valor com um novo salário, para evitar os casos em que é mais vantajoso continuar sem emprego (e a receber prestações da Segurança Social) do que abraçar uma nova oportunidade. A medida acabou por não avançar na legislatura anterior, mas poderá agora fazer o seu caminho

Leque salarial é para eliminar, insiste Governo

Armindo Monteiro, presidente da CIP, em entrevista ao ECO - 28FEV24
Armindo Monteiro, presidente da CIP. Empregadores têm pedido retirada do critério do leque salarial do benefício fiscal por aumento de salários.Hugo Amaral/ECO

No programa que começa a ser debatido esta terça-feira, o Governo insiste também em eliminar o critério do leque salarial do benefício salarial para os empregadores que aumentem os salários.

“Aprovar benefícios fiscais associados ao aumento dos salários e ao regime de isenção de IRS e TSU nos prémios de produtividade por desempenho até 6% da remuneração base anual, através da eliminação da norma que condiciona os ditos benefícios ao leque salarial nas empresas, voltando a apresentar ao Parlamento a proposta de leque, permite concretizar este objetivo”, lê-se no documento.

Desde 2022, com o acordo de rendimentos assinado ainda pelo Governo de António Costa com os parceiros sociais, que está previsto um benefício em sede de IRC para as empresas que aumentem os salários em linha com o referencial definido em Concertação Social.

Aprovar benefícios fiscais associados ao aumento dos salários e ao regime de isenção de IRS e TSU nos prémios de produtividade por desempenho até 6% da remuneração base anual, através da eliminação da norma que condiciona os ditos benefícios ao leque salarial nas empresas.

Programa do Governo

Tem estado definido, no entanto, que esse benefício só pode ser aplicado às empresas que não registem aumentos do leque salarial dos trabalhadores face ao anterior, isto é, não agravem as diferenças entre os salários mais elevados e mais baixos.

O acordo assinado em 2024 na Concertação Social pelo Governo já liderado por Luís Montenegro deixou cair, porém, essa condição. E a proposta de Orçamento do Estado para 2025 previa mesmo a sua revogação. Mas uma coligação negativa travou-o. O Governo promete agora insistir. O teste começa esta terça-feira, no Parlamento.

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Portugal cai um lugar na competitividade, mas mantém-se à frente de Espanha em ranking internacional

A área das Infraestruturas é aquela em que Portugal obtém a melhor classificação no ranking global da competitividade. Por outro lado, a política fiscal é o fator menos atrativo do país.

Portugal caiu uma posição, para o 37º lugar, no ranking mundial de competitividade elaborado anualmente pela escola de negócios IMD, em que a Suíça regressou à liderança. Ainda assim, continua a superar países como Espanha (39.º) ou Itália (43.º). Apesar dos desafios empresariais e económicos que persistem, o país destaca-se pelas infraestruturas e eficiência governativa.

“Esta descida acaba por mostrar que, apesar de continuarmos à frente de Espanha e de Itália, há cada vez mais outros países que concorrem connosco e que acabam por estar a fazer uma melhor performance, sublinha Filipe Grilo, economista da Porto Business School, em declarações ao ECO.

A pontuação de Portugal tropeça em dois dos quatro indicadores-chave deste estudo. Na eficiência empresarial e no desempenho económico cai três posições para o 42.ª lugar (39.ª em 2024). Por outro lado, na eficiência governativa sobe seis posições para o 35º lugar (41º posição no ano passado) e nas infraestruturas sobe um lugar para a 25.ª posição.

“Quando olhamos para as diferentes variáveis ​​que compõem todo este ranking, continuamos a identificar fragilidades que são recorrentes, nomeadamente a elevada a carga fiscal, o sistema de justiça ineficiente e, dentro das empresas, sabemos que há formação insuficiente dos trabalhadores e, com isto, a fuga de talento“, enumera Filipe Grilo. Apesar de estes “problemas já serem conhecidos”, Portugal “continua a ter muita dificuldade” em resolvê-los.

Continuamos a identificar fragilidades que são recorrentes, nomeadamente a elevada a carga fiscal e o sistema de justiça ineficiente.

Filipe Grilo

Economista da Porto Business School

O estudo, que avalia 69 economias, destaca a subida de Portugal para a 25.ª posição em termos de infraestruturas – o melhor desempenho entre os quatro fatores analisados. Para tal, contribuiu a manutenção dos bons resultados na educação (21.º), beneficiando da otimização nas infraestruturas básicas (16.º vs 33.º em 2024) e científicas (26.º). Neste campo, Portugal destaca-se, ainda, pelo crescimento populacional e pela taxa de escolarização no ensino secundário (ambos 2.º lugar). Entre as fraquezas surgem o desperdício alimentar (61.º) e o rácio de dependência (56.º)

“Portugal tem boas infraestruturas não apenas básicas, mas também redes de transporte, internet e a evolução ao nível da taxa de escolarização — a qualificação talvez seja a principal conquista dos últimos anos”, destaca o especialista da Porto Business School. No entanto, Filipe Grilo nota que apesar do país “produzir muito talento e muita mão-de-obra qualificada, não consegue absorver” o talento.

Na eficiência governativa, Portugal sobe seis posições (35.º), assinalando-se os progressos nas finanças públicas (36.º vs 37.º), política fiscal (56.º vs 58.º), quadro institucional (30.º vs 42.º) e legislação empresarial (24.º vs 25.º), enquanto o quadro social mantém-se estável no 25.º lugar. O país destaca-se pela confiança dos investidores estrangeiros e por ter um governo livremente eleito (ambos 1.º lugar do ranking). Como fragilidades, persistem a carga elevada de impostos reais sobre as pessoas (66.º) e o sistema de justiça (59.º).

No que se refere à eficiência empresarial, Portugal desceu da 39.ª para a 42.ª posição, com um desempenho misto. A produtividade e eficiência caíram ligeiramente (47.º vs 45.º lugar em 2024), as finanças recuaram um lugar (45.º) e o mercado de trabalho melhorou duas posições (43.º). As práticas de gestão mantiveram-se estáveis (46.º) e as atitudes e valores desceram ligeiramente (28.º). Destacam-se positivamente a cultura nacional (3.º), a participação feminina na força de trabalho (8.º), além da flexibilidade e adaptabilidade (11.º). Entre as fragilidades estão o fraco desempenho dos mercados bolsistas (62.º), a insuficiente formação de trabalhadores nas empresas (61.º) e a elevada fuga de talentos (61.º).

Relativamente ao desempenho económico, Portugal regista uma queda para a 42.ª posição (39.º em 2024), refletindo desafios internos. A economia doméstica desceu do 44.º para o 54.º lugar, enquanto o comércio internacional subiu do 25.º para o 22.º lugar, demonstrando maior dinamismo externo. O investimento internacional recuou ligeiramente (33.º vs 29.º em 2024), o emprego manteve-se estável (39.º) e os preços desvalorizaram dois lugares na tabela (36.º). Destacam-se positivamente a concentração das exportações (3.º) e as receitas do turismo (7.º), enquanto persistem fragilidades no PIB real per capita (62.º) e no desemprego jovem (58.º).

Filipe Grilo considera ainda que o “que penaliza mais o país é o desempenho económico“. Apesar de Portugal ter “resistido” com um “bom dinamismo económico, há outros países com um desempenho económico bastante mais favorável”, completa o responsável da escola de negócios portuense.

Disponibilidade de mão-de-obra qualificada (80%), a fiabilidade das infraestruturas (70,7%), os custos competitivos (64%) e o elevado nível educacional da população (49,3%) são os principais fatores que tornam Portugal atrativo para o investimento e atividade económica, de acordo com os resultados da sondagem feita junto de mais de 70 CEO de grandes empresas portuguesas e dez economistas nacionais. Por outro lado, a política fiscal é o fator menos atrativo (2,7%).

“A necessidade de diversificar a economia, reduzindo a dependência do turismo e a exposição a choques externos; bem como o reforço da educação e da qualificação em áreas críticas como gestão, tecnologias digitais e transição verde”, estão entre os alertas que o estudo aponta para o país na edição deste ano.

Mas não só. O estudo do IMD em parceira com a Porto Business School realça a necessidade de “reformar os serviços públicos – particularmente na saúde, justiça e educação -, o que poderia contribuir para melhorar a eficácia e sustentabilidade”.

A análise menciona ainda que “seria fundamental inverter a tendência demográfica através de políticas de natalidade e de uma imigração integradora”, sem esquecer “a revisão das leis de falência e reestruturação empresarial, o que fortaleceria a competitividade do tecido empresarial português”.

A Suíça lidera o ranking, seguida por Singapura e Hong Kong, que se destacam pela estabilidade institucional, capacidade de inovação e dinamismo económico. No top 10 estão ainda a Dinamarca (4º), Emirados Árabes Unidos (5º), Taiwan (6º), Irlanda (7º), Suécia (8º), Catar (9º) e Países Baixos (10º).

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BCP emite 500 milhões em dívida sénior com prazo de seis anos e cupão de 3,125%

  • ECO
  • 16 Junho 2025

Colocação da emissão foi feita no mercado internacional e numa "base muito diversificada de investidores institucionais", sobretudo em fundos de investimento, bancos e fundos de pensões.

O BCP confirmou esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a realização de uma emissão de dívida sénior preferencial no valor de 500 milhões de euros.

“A emissão, no montante de 500 milhões de euros, terá um prazo de 6 anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do 5º ano, um preço de emissão de 99,631% e uma taxa de juro fixa de 3,125% ao ano, durante os primeiros 5 anos (correspondente a um spread de 0,95% sobre a taxa mid-swap de 5 anos). No 6º ano, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a 3 meses com um spread de 0,95%”, lê-se no comunicado.

O banco informou ainda que a colocação da emissão foi feita no mercado internacional e numa “base muito diversificada de investidores institucionais”, sobretudo, em fundos de investimento, bancos e fundos de pensões.

Os bancos de investimento que atuaram como joint lead managers foram o BCP, o Goldman Sachs Bank Europe SE, o IMI – Intesa Sanpaolo, o J.P. Morgan SE e o Morgan Stanley, segundo noticiou a agência Bloomberg.

Em março, o Banco Comercial Português já tinha feito uma emissão de 500 milhões de euros, mas em dívida subordinada Tier 2, que teve uma “rápida e bem-sucedida execução” junto de investidores institucionais.

O BCP liderou os ganhos na bolsa de Lisboa esta segunda-feira. Durante a sessão, o banco chegou a cotar acima dos 70 cêntimos cada título (70,5 cêntimos), nível que, contudo, não conseguiu manter até ao fecho. Ainda assim, as ações da empresa encerraram o dia de negociações com uma valorização sólida de 3,5%, para 69,80 cêntimos.

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Estado da Nação, segurança interna, apagão e horário dos shoppings. O que os deputados ainda vão discutir até às férias

  • Lusa
  • 16 Junho 2025

Haverá ainda vários dossiês em debate antes da interrupção dos trabalhos parlamentares para as férias do verão, com o último plenário agendado para 18 de julho. Confira o calendário político.

O debate sobre o “Estado da Nação”, o último em que o primeiro-ministro participa antes da interrupção dos trabalhos parlamentares para as férias do verão, foi marcado em conferência de líderes para o dia 17 de julho.

Pelo mesmo calendário, o último plenário antes do início das férias do verão vai realizar-se no dia 18 de julho, decorrendo os trabalhos em sede de comissão até 25 desse mês.

Na reunião da conferência de líderes desta segunda-feira foi agendado para quarta-feira à tarde um debate preparatório da reunião do Conselho Europeu – um debate que terá a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

De acordo com o porta-voz da conferência de líderes, o deputado social-democrata Francisco Figueira, este debate preparatório realiza-se já esta semana por Luís Montenegro ter uma agenda externa preenchida na próxima semana, designadamente uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da NATO, nos dias 24 e 25 de junho, em Haia.

Antes do debate preparatório do Conselho Europeu, na parte da manhã de quarta-feira, o plenário terá a sessão de encerramento do debate do Programa do Governo e a votação da moção de rejeição ao programa apresentada pelo PCP.

Para dia 25 de junho, foi agendado um debate sobre o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI). A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, apontou que o RASI 2024 não chegou a ser debatido no parlamento na anterior legislatura e recordou que em abril o partido já tinha questionado o Governo sobre a eliminação de um capítulo dedicado a organizações extremistas na versão final deste relatório.

“Desde que o RASI foi apresentado e que este capítulo foi eliminado da versão final, temos assistido a uma sucessão de ataques, de atos organizados que estão a ser preparados por grupos terroristas, por grupos neofascistas, por grupos de extrema-direita. É provavelmente uma das maiores ameaças à segurança interna hoje”, argumentou.

No dia seguinte, a 26 deste mês, é discutida uma proposta do Livre para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre o apagão que atingiu Portugal. Em declarações aos jornalistas, a líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, considerou essencial “perceber o que aconteceu no dia do apagão, o que não correu bem, qual foi a resposta das várias entidades públicas e como foi a articulação”.

“Temos de garantir que em futuros eventos extremos, seja apagões, seja outros eventos até de origem natural, o país estará preparado, não haja dúvidas e não haja falta de apoio a quem mais precisa. Este é um debate que devia ter sido feito logo após o apagão, logo no início de maio, mas não foi, porque o Governo alegou estar em gestão”, assinalou Isabel Mendes Lopes.

Ainda em relação à agenda do parlamento de junho, também no dia 26, haverá um debate proposto por uma iniciativa cidadã que pretende que a Assembleia da República debata os horários dos centros comerciais.

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Trump Mobile. Empresa familiar do presidente lança telemóvel de 500 dólares fabricado nos EUA

  • ECO
  • 16 Junho 2025

The Trump Organization diz que smartphone "elegante e dourado" será fabricado em solo americano e serviço de telecomunicações terá centros de atendimento por todo o país. Chega ao mercado em setembro.

Há um novo telemóvel a nascer nos Estados Unidos: o Trump Mobile, criado pela empresa familiar de Donald Trump, a The Trump Organization. O smartphone será acompanhado por um serviço associado que vai contar com redes sem fios e “hardware” dos Estados Unidos. No anúncio feito esta segunda-feira pelos filhos de Trump, a empresa avançou que ficará disponível no mercado a partir de setembro, mas já é possível fazer a encomenda.

Apresentado como “elegante e dourado”, o preço do smartphone, que funcionará com o sistema operativo Android 15, rondará os 500 dólares, cerca de 430 euros, segundo a CNBC. Terá uma câmara principal de 50 megapíxeis e 256 gigabytes de armazenamento interno. A The Trump Organization garantiu que os equipamentos serão fabricados em solo americano e que o serviço e telecomunicações terá centros de atendimentos por todo o país.

Na apresentação, o filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr., avançou ainda que iria ser apresentado um “pacote completo” de produtos. Entre as promessas da empresa está um serviço de chamadas, mensagens de texto e dados móveis ilimitados, assistência rodoviária, GPS e consultas médicas online. Estes serviços poderão ser adquiridos através de subscrição por um preço de 47,45 dólares, cerca de 41 euros, por mês.

Com esta nova oferta, a The Trump Organization espera rivalizar com outras empresas de telecomunicações norte-americanas, como a AT&T, a Verizon e a T-Mobile.

Donald Trump já argumentou que colocou os seus interesses comerciais num fundo gerido pelos filhos para evitar conflitos de interesses, mas a verdade é que os rendimentos obtidos a partir dessas empresas vão acabar por enriquecer ainda mais o líder da Casa Branca.

Na declaração financeira de Trump, divulgada na sexta-feira passada, o presidente dos EUA reportou mais de 600 milhões de dólares em receitas provenientes de acordos de licenciamento, projetos de criptomoedas, clubes de golfe e outros empreendimentos do ramo imobiliário.

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Consultora PwC apoiou franceses do BPCE na compra do Novobanco

Consultora esteve a cargo da 'due diligence' e apoiou a equipa jurídica liderada pela Darrois Villey Maillot Brochier através de um grupo de advogados de M&A, imobiliário, laboral e Direito Público.

A PwC fez parte da equipa de assessores do negócio de 6,4 mil milhões de euros que envolveu o Novobanco, a norte-americana Lone Star e os franceses do BPCE. A consultora, através de equipas multidisciplinares, assessorou o grupo que detém a Natixis na assinatura do Memorando de Entendimento para aquisição do de uma participação de 75% no capital do banco português liderado por Mark Bourke.

A PwC Portugal fez due diligence (diligência prévia) legal e laboral, financeira, fiscal, de recursos humanos, comercial, prudencial, compliance e regulatória, de sustentabilidade (ESG) e tecnologia e operações. Apoiou ainda a equipa jurídica que esteve na transação do lado do comprador, liderada pela Darrois Villey Maillot Brochier, que também incluiu a sociedade de advogados portuguesa CS’Associados.

A equipa jurídica portuguesa da PwC foi liderada por Isabel Coelho dos Santos (sócia de Corporate M&A) e integrou advogados de várias áreas de prática, incluindo a managing partner, Cristina Cabral Ribeiro, Miguel Paiva Antunes (senior manager de Corporate M&A), Ana Pinto Nunes (manager de Corporate M&A), Fernando Costal Carinhas (responsável de Imobiliário), Tiago Silva Abade (responsável de Direito Público e Privacidade), Bernardo Xavier Cid (manager de Direito Público e Privacidade) e Levi França Machado (responsável de Laboral).

Quanto ao vendedor, o fundo Lone Star, foi apoiado neste processo pela sociedade de advogados DLA Piper em Lisboa, que trabalhou em conjunto com o escritório norte-americano Weil, Gotshal & Manges.

A operação prevê uma contrapartida em numerário a ser paga no momento do fecho, que avalia 100% do capital social do banco em aproximadamente 6,4 mil milhões de euros até ao final de 2025.

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Sabseg lança campanha para cativar os clientes ao digital

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2025

Até 30 de junho, os clientes que se registarem na área de cliente “Sabseg Mais” fica habilitado a ganhar uma bicicleta elétrica. O objetivo da corretora é promover a sustentabilidade dos processos.

A Sabseg lança campanha para atrair clientes para a área de cliente digital “Sabseg Mais”. Sob o mote “Pedalar para o Futuro”, a campanha decorre até 30 junho, data até à qual os clientes se podem registar, tornando-se automaticamente habilitados a ganhar uma bicicleta elétrica.

A área de cliente digital está disponível em desktop e em aplicações para o sistema operativo da Apple (iOS) e Android. Neste espaço, o cliente pode aceder a “funcionalidades que facilitam a gestão dos seus seguros, de forma simples, segura e amiga do ambiente”.

Entre as principais funcionalidades do Sabseg Mais está cultura de apólices e carteira de seguros, participação de sinistros, pagamento de recibos, contacto direto com o gestor dedicado, subscrição de novos produtos.

Quer o âmbito quer o prémio alinham-se com a estratégia da corretora para a sustentabilidade.

Por um lado, defende que uma maior adesão dos clientes à plataforma digital traduz-se numa “redução da dependência de processos físicos” alinhada com práticas mais sustentáveis. Já a bicicleta elétrica representa uma “mobilidade mais limpa, uma escolha mais sustentável, um futuro mais verde”.

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Zurich lança seguro que cria um “pé-de-meia” ou paga mensalidade a jovens

O produto pode ser subscrito ao nascimento e até aos 17 anos. Os prémios mínimos são de 25 euros por mês ou 250 euros anuais, com possibilidade de entregas de 250 euros ou mais.

A Zurich Portugal lançou um seguro de vida ligado a fundos de investimento (unit link) que agrega a criação de um pé-de-meia para os jovens ao entrarem na vida adulta e o pagamento de uma mensalidade aos jovens em caso de morte da pessoa segura, seu tutor.

Fábio Estevam Sequeira, head of life product development da Zurich Portugal: “Cada vez mais, a responsabilidade de proteger e poupar para o futuro reside em cada um de nós. Com apenas 25 euros por mês, conseguimos disponibilizar um “pé-de-meia” aos jovens e assim construir e proporcionar-lhes um futuro mais protegido”.

Segundo a seguradora avançou em comunicado, o Zurich Júnior Mais é um seguro direcionado a adultos com filhos menores, adultos responsáveis por crianças e a avós de crianças.

Trata-se de um seguro que cria uma poupança a médio e longo prazo que fica disponível para os jovens quando completam 23 anos. No entanto, em caso de morte do adulto que contratualizou o seguro, invés deste fundo, será atribuído ao jovem uma renda mensal que vai de 100 a 1.000 euros até o final do prazo do contrato, quando o beneficiário do seguro completar 23 anos.

O produto pode ser subscrito ao nascimento e até aos 17 anos. Os prémios mínimos são de 25 euros por mês ou 250 euros anuais, com possibilidade de entregas de 250 euros ou mais. A idade máxima do tomador do seguro e da pessoa segura, ou seja, do tutor, no final do contrato é de 85 anos.

“Cada vez mais, a responsabilidade de proteger e poupar para o futuro reside em cada um de nós. Com apenas 25 euros por mês, conseguimos disponibilizar um “pé-de-meia” aos jovens e assim construir e proporcionar-lhes um futuro mais protegido”, refere Fábio Estevam Sequeira, head of life product development da Zurich Portugal.

No que diz respeito às características técnicas do produto, importa referir que os clientes são considerados “investidores não profissionais”, com um perfil de risco de investidor maior ou igual a 3, o que significa uma moderada aversão ao risco. Pressupõe-se que os clientes têm capacidade financeira de suportar a perda parcial ou total deste investimento – facto que é possível que se verifique.

Os retornos deste produto estão dependentes da carteira de ativos da Zurich associados ao Fundo Júnior Moderado que investe em ações, obrigações, fundos monetários, imobiliários, entre outros.

Além disso, os clientes podem gerir o Zurich Júnior mais de forma totalmente digital. O teste de apreciação sobre o caráter apropriado do produto ao cliente e a subscrição são realizados através do MyZurich. Além disso, podem consultar o saldo financeira na aplicação Zurich4You e o valor diário das Unidades de Participação Adquiridas (UPs) e boletim mensal está disponível no website da Zurich.

O lançamento deste e outros produtos de investimento pela seguradora está a ser acompanhado pela campanha digital “Consciência Financeira” a decorrer nos canais de comunicação da Zurich e amplificados através de influenciar no Instagram e Facebook.

“Com esta campanha, partilhamos ferramentas para melhorar a poupança, o orçamento e a gestão de dívidas, lançando o convite a todos para que se comprometam em aumentar e dominar a sua consciência financeira”, remata Ana Paulo, Head of Life da Zurich Portugal.

A Zurich é a quinta maior seguradora a operar em Portugal com 393 milhões de euros em prémios emitidos em 2024 com uma quota de mercado de 8,9%.

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