Ministro da Agricultura contra cortes na PAC que é uma questão de “segurança alimentar e defesa”

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

O ministro da Agricultura insistiu que não se pode “destruir o que funciona bem" e que a Política Agrícola Comum "é segurança alimentar, mas também é defesa”.

O ministro da Agricultura insurgiu-se esta segunda-feira contra cortes na Política Agrícola Comum, considerando que é, não só uma questão de “segurança alimentar” para os países da União Europeia (UE), mas é “também defesa”.

“A Política Agrícola Comum [PAC] é segurança alimentar, mas também é defesa”, disse José Manuel Fernandes, no âmbito de uma reunião ministerial, em Bruxelas, capital da Bélgica e sede das principais instituições da UE.

“Nesse sentido, consideramos que não são aceitáveis cortes na PAC”, completou o governante, insistindo que são necessários apoios “para os agricultores” e para fomentar o investimento.

O ministro da Agricultura insistiu que não se pode “destruir o que funciona bem” e que a pandemia demonstrou que a PAC resulta. Sobre a adesão da Ucrânia à UE e eventuais alterações que seja necessário fazer para incorporar o país, José Manuel Fernandes disse que a inclusão vai “reforçar a autonomia estratégica” da UE.

“Tornar-nos-á mais fortes”, completou, no dia do terceiro aniversário desde o princípio da invasão russa.

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Vendas de bens penhorados na plataforma e-Leilões atingem 629 milhões em 2024

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

O segmento imobiliário "manteve-se como o mais dinâmico", com um volume de vendas de 593,5 milhões de euros, indica a Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução.

O volume de vendas de bens penhorados na plataforma online da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (OSAE), apelidada de e-Leilões, atingiu os 629,3 milhões de euros em 2024, foi anunciado esta segunda-feira.

A plataforma criada pela OSAE para agilizar a venda de bens que foram alvos de penhora, através de leilões eletrónicos, registou, no ano passado, 10.170 sessões de leilão, com 169.150 licitações, segundo adiantou a ordem em comunicado.

O segmento imobiliário “manteve-se como o mais dinâmico”, indicou a OSAE, com um volume de vendas de 593,5 milhões de euros, o que reflete “a elevada procura e a confiança dos investidores”.

Já os bens de direito alcançaram 24,8 milhões de euros em vendas, com 4.559 licitações, enquanto o setor automóvel totalizou vendas no valor de 8,08 milhões de euros, impulsionado por 36.340 licitações.

No segmento dos equipamentos e maquinaria, a comercialização de equipamentos atingiu 1,6 milhões de euros, enquanto as máquinas registaram 449 mil euros em vendas. Finalmente, o mobiliário “alcançou 769 mil euros em volume de vendas, confirmando a diversidade da oferta na plataforma”.

Anabela Veloso, bastonária da OSAE, defende que, com “os bens vendidos a valores justos, à luz do mercado atual, a entrada em funcionamento do e-Leilões trouxe o reforço da proteção dos direitos e interesses de exequentes e executados”, em declarações citadas em comunicado.

A responsável destaca também o apoio do Ministério da Justiça e a cooperação que mantida com a área governativa e as mais diversas entidades envolvidas nesta plataforma.

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Trabalhadores das Lajes rejeitam indisponibilidade dos EUA para rever tabelas salariais

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

O sindicato pede uma "postura de maior exigência ao Estado português em relação aos Estados Unidos da América", acusando os sucessivos governos da República de "subserviência sistemática".

Os trabalhadores portugueses na base das Lajes, nos Açores, recusam-se a aceitar que Portugal não reivindique junto dos Estados Unidos uma revisão das tabelas salariais, com vencimentos base abaixo do mínimo praticado no país, informou um dos sindicatos.

Quer o sindicato, quer os trabalhadores não aceitam como resposta a indisponibilidade da parte americana. É sempre possível tentar um diálogo e, neste caso, da parte portuguesa é possível fazer perceber aos norte-americanos que não é uma questão de disponibilidade, é uma questão de justiça, de direito internacional e de mínimos”, afirmou o dirigente sindical Vítor Silva.

O coordenador do Sindicato das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comércio e Escritórios, Hotelaria, Turismo e Transportes dos Açores (SITACEHTT), falava, em conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Desde 2021 que o sindicato alerta para o facto de alguns níveis da tabela salarial das Feusaçores (forças norte-americanas destacadas na base das Lajes) apresentarem valores abaixo do salário mínimo nacional e do salário mínimo regional nos Açores, que tem um acréscimo de 5%.

Para evitar que os trabalhadores portugueses aufiram menos do que o salário mínimo regional, foi criado um suplemento, para atingir esse valor, mas, segundo o sindicato, isso significa que trabalhadores com 10 e 15 anos de serviço perdem direito às diuturnidades.

Em janeiro, o deputado do PSD eleito pelos Açores Francisco Pimentel questionou o ministro da Defesa Nacional, numa pergunta, por escrito, na Assembleia da República, sobre esta situação.

“Está o Ministério da Defesa ao corrente desta situação e disponível para diligenciar no sentido de avançar com a revisão imediata da estrutura salarial destes trabalhadores, sem dependência de recurso a complementos que se fundem e confundem com diuturnidades?”, questionou.

Na resposta, o Governo disse que as remunerações dos trabalhadores portugueses na base das Lajes dependiam do acordo de cooperação e defesa entre Portugal e os Estados Unidos, “não tendo qualquer mecanismo de atualização automática ou indexação perante as alterações remuneratórias nacionais”, e que não existia “disponibilidade da parte dos EUA para avançar com a mesma, atenta a complexidade desta revisão”.

Segundo Vítor Silva, se foi possível criar um suplemento sem rever o acordo, também é possível “criar uma norma que diga que nenhum trabalhador português na base das Lajes pode ter um salário base inferior à retribuição mínima mensal garantida nos Açores”.

O SITACEHTT/Açores pede uma “postura de maior exigência ao Estado português em relação aos Estados Unidos da América”, acusando os sucessivos governos da República de “subserviência sistemática”.

“É fundamental que, ao contrário do que aconteceu até aqui, o Estado português assuma uma atitude de maior firmeza e exigência na defesa dos interesses do país, dos Açores e dos direitos laborais dos trabalhadores portugueses”, vincou.

O dirigente sindical vai reunir-se, na terça e quarta-feira, com as forças políticas com representação na Assembleia da República, para pedir “total empenhamento” na defesa dos assuntos laborais na base das Lajes.

Os trabalhadores reivindicam a “revisão da tabela salarial e a consagração do primeiro nível de todas as tabelas salariais igual ou superior à retribuição mínima mensal garantida praticada nos Açores”.

“Este ano, faz 30 anos do acordo de cooperação e defesa e consequentemente do acordo laboral. Isso significa que há 30 anos que não é revista a tabela salarial. É mesmo urgente fazer-se alguma coisa”, alertou Vítor Silva.

Segundo o sindicalista, atualmente, existem nove funcionários com vencimentos base abaixo do salário mínimo regional, mas o número poderá aumentar, tendo em conta que o salário mínimo em Portugal tem vindo a aumentar todos os anos.

“Os valores que estão a ser pagos na base das Lajes aos trabalhadores portugueses são extremamente baixos. Em média, são 25% inferiores àqueles que são praticados noutras bases dos Estados Unidos na Europa”, salientou.

O sindicato exige também a consagração de prazos de resposta pelos diferentes níveis de resolução de conflitos, “garantindo que os trabalhadores possam recorrer, em tempo útil, às instâncias judiciais”.

Em setembro de 2022, os trabalhadores com salários base abaixo do salário mínimo regional apresentaram queixas, mas depois de passarem pelos comandos português e norte-americano e pela comissão laboral, foram encaminhadas para a comissão bilateral, que ainda não deu resposta.

O SITACEHTT/Açores reivindica ainda o estabelecimento de um contingente mínimo de trabalhadores portugueses na base das Lajes, numa proporção de três por cada militar norte-americano, que nunca desça abaixo dos atuais 450 funcionários.

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Ministério da Justiça abre 181 vagas para formação de magistrados

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

O Ministério da Justiça abriu 181 vagas para formação de magistrados, 46 das quais no novo polo de Vila do Conde do Centro de Estudos Judiciários, que vai ainda funcionar em instalações provisórias.

O Ministério da Justiça abriu 181 vagas para formação de magistrados, 46 das quais no novo polo de Vila do Conde do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), que vai ainda funcionar em instalações provisórias.

A portaria da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, que está para publicação em Diário da República, determina a abertura de 75 vagas para a magistratura judicial, 52 das quais na sede do CEJ, em Lisboa e 23 no novo polo de Vila do Conde.

Para a magistratura dos tribunais administrativos e fiscais são abertas 31 vagas, todas em Lisboa, e para a magistratura do Ministério Público abrem 75 lugares, 52 em Lisboa e 23 em Vila do Conde.

As 181 vagas abertas para o curso de formação de magistrados que se deve iniciar no último quadrimestre de 2025 representam um aumento em relação às 104 abertas no curso de 2024.

Em Vila do Conde, o centro de formação provisório do CEJ será instalado no Centro de Atividades do Parque João Paulo II, instalações cedidas pela autarquia enquanto não estão concluídas as obras no Convento do Carmo, onde o novo polo passará a funcionar em permanência, com capacidade para 60 candidatos.

O parlamento aprovou a 24 de janeiro o diploma que altera as regras de ingresso no CEJ. Uma das principais alterações previstas no diploma passa por dar a possibilidade de ingresso no CEJ aos licenciados em Direito pós-processo de Bolonha, mediante a aprovação na parte curricular de um mestrado ou doutoramento da área jurídica. Até agora, era necessária a conclusão, na íntegra, de um dos ciclos de estudos avançados – doutoramento ou mestrado.

A proposta do Governo aprovada contempla ainda a constituição de reservas de recrutamento para ingressar na formação inicial de magistrados, a atribuição do regime de segurança social do Estatuto do Bolseiro de Investigação a auditores de justiça (formandos) não abrangidos por qualquer regime de proteção e mudanças na estrutura diretiva do CEJ.

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EDP tem até 1,5 milhões para apoiar inovação na transição energética

Cada um dos finalistas do Hope Fund poderá ser financiado com até 500 mil euros. Projetos deverão ser implementados em Portugal, Espanha e América Latina.

A EDP abriu até 30 de março as candidaturas ao Hope Fund. Através deste programa, dirigido a entidades com soluções inovadoras que abordem questões sociais no contexto da transição energética a implementar em Portugal, Espanha e América Latina, a elétrica tem um bolo de 1,5 milhões de euros de financiamento.

“Na EDP, estamos comprometidos com uma transição energética justa e com o apoio a projetos que gerem um impacto positivo nas comunidades. A 2.ª edição do Hope Fund reflete esse compromisso, ao promover soluções inovadoras alinhadas com a nossa missão. O sucesso da primeira edição, onde estamos a apoiar iniciativas como a distribuição de fogões elétricos para reduzir o uso de biomassa e a criação de oportunidades profissionais no setor das energias renováveis para jovens em risco de exclusão social, reforça a importância de programas como este no avanço da transição energética”, diz Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado.

Cada um dos finalistas poderá ser financiado com até 500 mil euros. A elétrica procura soluções na área de “eficiência energética e acesso a energia limpa, fiável, segura e acessível a comunidades carenciadas e/ou pessoas desfavorecidas”; que promova “a formação e requalificação para as indústrias de transição energética com modelos de propinas acessíveis”; e fomente “a preservação e restauração de florestas e biodiversidade, gerando um impacto social positivo, especialmente em áreas carenciadas”, lê-se no site da iniciativa.

Lançada em junho do ano passado, a 1.ª edição do Hope Fund recebeu mais de 150 candidaturas, tendo selecionado mais de 10 projetos para mentoria e dois para financiamento: a Clean Cooking Technologies, que combate as alterações climáticas através de tecnologias como um fogão de indução inteligente; e a Generamés, uma associação sem fins lucrativos que emprega jovens em risco de exclusão no setor das energias renováveis.

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Pilotos acusam gestão da TAP de “fechar a porta ao diálogo” antes da privatização

"Está à vista de todos que há uma intervenção política na TAP", afirma a nova direção do sindicato dos pilotos, que acusa a gestão de estar a "empurrar" os profissionais para "quebrar a paz social".

Apresentação da nova direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).Hugo Amaral/ECO

A nova direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) acusa a comissão executiva da TAP de ter mudado de atitude em relação ao diálogo sobre as condições dos trabalhadores, depois da chegada do novo Governo e com o aproximar do processo de privatização. Seja qual for a percentagem da companhia a ser vendida, a gestão deve ser independente e livre de pressões políticas, defende.

Hélder Santinhos preside ao SPAC desde julho de 2024, depois da lista que encabeçava ter vencido as eleições realizadas no mês anterior, na sequência da demissão antecipada da direção liderada por Tiago Farias Lopes. Sete meses depois, a nova liderança, que inclui ainda Frederico Saraiva de Almeida (vice-presidente), Nuno Esteves de Matos, João Lira Abreu e Bruno Batista, decidiu divulgar publicamente as preocupações e prioridades do sindicato.

“Notamos uma diferença na postura desta comissão executiva depois de haver eleições. Antes havia uma grande preocupação com a paz social e neste momento encontramos uma porta fechada. Deixou de haver abertura para o diálogo“, afirmou Hélder Santinhos num encontro com jornalistas, esta segunda-feira, na sede do SPAC. “A decisões são apresentadas como já tomadas pela gestão”, lamentou.

Foi dado o exemplo da alteração no valor das ajudas de custo — já criticada também pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) — sem qualquer diálogo prévio com os pilotos, ou o facto de a gestão da TAP apontar a via judicial para questões laborais particulares, quando anteriormente havia disponibilidade para soluções com base no diálogo. O SPAC tem, neste momento, vários processos a correr em tribunal contra a TAP.

Uma mudança de atitude que a direção do sindicato diz estar “abraçada à janela da privatização e ser fruto de um twist político”. Ainda assim, como em qualquer processo de privatização, à medida que o processo se aproxima diminui a margem para novos compromissos laborais.

A insatisfação com a gestão levou o SNPVAC a declarar o fim da paz social na companhia aérea, no dia 13 de fevereiro. Uma hipótese que os pilotos não afastam. “Nós sentimos que estamos a ser empurrados para quebrar a paz social. O SPAC não quer quebrar a paz social, mas representamos na TAP 1.200 pilotos e a nossa obrigação é representar a vontade dos associados. Se o caminho continuara a ser esse, podemos ter de quebrar a paz social. Se calhar não seria a altura ideal, tendo em conta a privatização, mas se for necessário…”, diz Hélder Santinhos. O presidente do sindicato disse ainda que foi pedida uma reunião ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, mas que não foi ainda marcada por falta de agenda.

Para o SPAC, o pré-aviso de greve a tempo parcial para os dias 12 a 27 de março emitido pelo Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas (SIPLA), que representa a maioria dos pilotos da Portugália, também resulta da indisponibilidade para o diálogo da gestão da TAP.

“Era importante a comissão executiva da TAP deixasse estas questões de lado. Quem tem de se entender sobre a privatização é o PS e o PSD. São os partidos que face ao atual cenário vão decidir e a comissão executiva devia deixar o processo decorrer normalmente”, considera Hélder Santinhos.

Privatização tem de assegurar gestão independente

A liderança do SPAC diz-se neutral em relação à venda da TAP a privados. “Em relação à privatização estamos neutrais, não temos ideologia a favor ou conta”, garante Hélder Santinhos. Mas o sindicato estará vigilante em relação ao processo e quer que o comprador cumpra três condições: ter idoneidade financeira, idoneidade técnica e um histórico de idoneidade na relação com os trabalhadores, enumera o vice-presidente do SPAC. “Se considerarmos que existe algum perigo ou alguma coisa que não esteja adequada nas condições de trabalho iremos denunciar”, diz o presidente.

Para Hélder Santinhos se é vendida a maioria ou minoria do capital “não é tema”, o importante é que a gestão tenha autonomia. “Da experiência que temos, está mais do que evidenciado que comissões executivas nomeadas por políticos não são boas para nós. Um dos melhores períodos para a companhia e pilotos foi durante gestão privada”, afirmou. “O Governo tem de assegurar que, independentemente da posição do Estado que for vendida, a gestão é independente”, defendeu.

A direção do SPAC não se quis pronunciar sobre os interessados na TAP já conhecidos — Grupo IAG, Lufthansa e Air France- KLM — mas disse que está já em contacto com os sindicatos destas companhias para recolher informação.

O SPAC está também a acompanhar a privatização da SATA, deixando elogios à gestão. “A administração da SATA está a fazer tudo o possível para melhorar a empresa. Vemos um grande esforço e legítimo para melhorar as condições da empresa”, afirmou o presidente do sindicato. Questionado sobre a possibilidade da TAP vir a ter um papel no processo, caso a companhia não seja vendida até ao final deste ano como prevê o acordo de reestruturação, Helder Santinhos considerou que “o poder político devia fazer reflexão sobre se faz sentido para um país desta dimensão ter uma TAP, uma Portugália e uma SATA. A tendência é para uma consolidação no setor”.

Pagamento antecipado de 60 milhões merece críticas

O presidente do SPAC disse que o sindicato quer “garantir a defesa de todos os pilotos independentemente das companhias ou cargos”. E. quis deixar claro que os salários adiantados que os pilotos receberam em contrapartida pela revisão do Regulamento do Recurso à Contratação Externa (RRCE), no valor de 60 milhões, foram um mau negócio para estes profissionais.

Obrigada a pagar aos pilotos sempre sempre que a contratação de companhias externas excedesse 8% das horas totais de voo, entre elas a Portugália, a TAP pediu que a cláusula fosse alterada para um limite de 20% (no ano passado estes serviços pesaram 17,6%). Em contrapartida foram pagos seis salários base, que segundo o SPAC não abrangeram todos os pilotos.

“Esses salários foram um adiantamento pela perda de rendimento futuro. Alguns pilotos consideraram que essa perda é superior aos seis salários”, refere o presidente do SPAC. “Para um piloto que ainda vá voar 20 ou 30 anos há uma perda de dinheiro”, acrescenta João Lira Abreu.

Segundo a nova direção, foram as divergências sobre este acordo celebrado com a TAP em março de 2024 que levaram à queda da anterior.

Sobre a negociação de um novo Acordo de Empresa, o que poderá acontecer a partir de 2026, o SPAC diz que não irá denunciar o atual. Só se a TAP o fizer é que existirão negociações.

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Portugal perdeu mais de um terço dos genéricos essenciais numa década

Mais regulação e pressão sobre as tabelas de preços levou a que, nos últimos dez anos, 33% destes medicamentos foram retirados do mercado, de acordo com uma análise da farmacêutica israelita Teva.

Mais de um terço (33%) dos medicamentos genéricos essenciais foram retirados do mercado português nos últimos dez anos, de acordo com uma análise da farmacêutica israelita Teva divulgada esta segunda-feira. O desinvestimento do setor deve-se à pressão sobre os preços e ao aumento das exigências regulamentares e ambientais.

Entre 2014 e 2024, quase metade (46%) dos genéricos da lista de medicamentos essenciais da União Europeia (UE) foram disponibilizados por apenas um fornecedor, um número que quase duplica quando se analisam as empresas com a maioria (60%) da quota de mercado. É a própria Teva, uma das maiores empresas de genéricos do mundo, que encabeça esse fornecimento, enquanto a Sandoz lidera na produção europeia.

O estudo “Generic Health Check Europe 3.0” conclui que existem dois grandes problemas na indústria: a rapidez da concentração dos medicamentos genéricos essenciais, três vezes mais célere do que a dos outros genéricos, o que constitui um “risco real efetivo” para a segurança do abastecimento na Europa, e a falta de fornecimento diversificado (de diferentes fabricantes) dos genéricos essenciais em áreas como a cardiologia, a oncologia, a saúde mental ou os antibióticos.

Segundo a empresa IQVIA, de investigação clínica, relatórios comerciais e tecnologia para saúde, 83% dos produtos genéricos vêm do mesmo fornecedor.

“Uma incerteza que aumenta ainda mais devido ao nível preocupante de consolidação de fornecedores e à saída do mercado de alguns genéricos essenciais, tendência que se tem verificado nos últimos anos, nomeadamente devido a tensões geopolíticas, desafios económicos e novas exigências políticas, o que coloca os cuidados de saúde dos doentes em risco”, assinalam os autores.

Embora o preço dos bens de consumo tenha aumentado 30% nessa década, os valores médios dos medicamentos genéricos sujeitos a receita médica caíram quase 8%.

“Os doentes dependem de um acesso fiável a tratamentos de elevada qualidade e a preços acessíveis, mas a consolidação, em curso, dos fornecedores e a saída do mercado de medicamentos essenciais ameaçam esse acesso”, alerta a diretora geral da Teva Portugal, num comentário publicado com o relatório científico.

“A redução das pressões sobre os fabricantes de medicamentos genéricos é essencial para proteger os cuidados prestados aos doentes e garantir a sustentabilidade a longo prazo dos sistemas de saúde europeus. Para os medicamentos genéricos essenciais, é ainda mais importante que exista uma rede de abastecimento fiável e diversificada”, apela Marta González, criticando a ausência de flexibilidade dos preços.

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Tiago Lourenço é o novo diretor comercial e marketing da Asisa Portugal

  • ECO Seguros
  • 24 Fevereiro 2025

Tiago Lourenço vai liderar equipas com o objetivo de criar novas oportunidades de negócio, fortalecer o relacionamento com parceiros e consolidar a presença da marca ASISA no mercado português.

A Asisa Portugal anunciou em comunicado a nomeação de Tiago Lourenço como novo Diretor Comercial e Marketing. Com uma carreira extensa no setor segurador, Lourenço acumula experiência nas áreas comercial e de marketing, estando agora responsável por impulsionar o crescimento estratégico da empresa.

Tiago Lourenço é o novo diretor comercial e marketing da ASISA Portugal, tem 25 anos de experiência em seguros.Asisa

Na sua nova função, será responsável pela liderança da rede de parceiros e pela gestão da área de marketing, com o objetivo de criar novas oportunidades de negócio, fortalecer o relacionamento com parceiros e consolidar a presença da marca ASISA no mercado português.

Licenciado em Economia pela Universidade Lusíada Portuguesa e com uma pós-graduação em Gestão de Retalho pelo ISCTE, Tiago Lourenço soma mais de 25 anos de experiência no setor segurador. Durante a sua trajetória profissional, ocupou diversas funções na Companhia de Seguros Tranquilidade (atual Generali Tranquilidade) e na Ageas Seguros, onde, nos últimos três anos e meio, exerceu o cargo de Diretor Comercial da Região Sul e Ilhas.

Com esta nomeação, a ASISA Portugal afirma reforçar “o seu compromisso com o crescimento e a inovação, com o objetivo de fortalecer a sua posição no setor da saúde e seguros em Portugal”

A ex-diretora de marketing e comercial nacional da ASISA Portugal, Paula Serra, assumiu o cargo de Diretora Comercial da Universalis – Acrisure em Portugal no final do ano passado.

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Nova FCT investe 450 mil euros em bolsas para alunos de mestrado

Estudantes que ingressem em mestrados da Nova FCT com média de, pelo menos, 15 valores podem pedir bolsa "Impulso Mestre". Lista de beneficiários será divulgada em outubro.

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (Nova FCT) anunciou esta segunda-feira o lançamento de um novo programa de bolsas para os alunos de mestrado, num investimento de cerca de 450 mil euros.

“A NOVA FCT anuncia o lançamento da Bolsa de Mestrado ‘Impulso Mestre‘. Destina-se a apoiar o acesso aos estudantes que ingressem, pela primeira vez, no primeiro ano de um mestrado na NOVA FCT, desde que tenham concluído a licenciatura com uma média final igual ou superior a 15 valores”, informou a faculdade, numa nota enviada às redações.

As candidaturas decorrerão entre 1 e 30 de setembro deste ano, sendo que só devem ser submetidas após a matrícula num mestrado desta faculdade. “Para a formalização do pedido, os candidatos deverão apresentar o certificado de conclusão da licenciatura com a média final discriminada, o documento de inscrição no mestrado e um documento de identificação válido”, detalha a Nova FCT.

Depois, as candidaturas serão validadas por uma comissão designada pela faculdade e a bolsa será atribuída “a todos os candidatos que cumpram os requisitos de elegibilidade“. A lista de estudantes contemplados será divulgada até 15 de outubro de 2025 no site oficial da faculdade.

“A Bolsa de Mestrado ‘Impulso Mestre’ da NOVA FCT reforça o nosso compromisso em proporcionar melhores condições para o desenvolvimento académico dos estudantes, no quadro dos valores que a faculdade promove, entre eles, a inclusão e equidade, determinantes para garantir um ambiente académico mais justo, diversificado e representativo“, sublinha o dean José Júlio Alferes,

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Hub Media e Besides the Obvious comunicam os 60 Anos da Xerox em Portugal

  • + M
  • 24 Fevereiro 2025

A parceria é uma "oportunidade de unir experiência e criatividade para criar campanhas memoráveis e de impacto, com uma comunicação autêntica e alinhada com os valores e visão da Xerox", apontam.

A Xerox escolheu as agências Hub Media e Besides the Obvious (BTO) para comunicar o seu 60º aniversário em Portugal.

Ao comemorar este ano seis décadas de presença no mercado português, a Xerox Portugal selecionou as duas agências para “coordenar a comunicação e garantir que a celebração deste marco seja um sucesso junto de todos os públicos estratégicos da marca“.

A Hub Media é assim responsável pela comunicação estratégica, assessoria mediática e desenvolvimento de conteúdos direcionados aos diversos stakeholders, “garantindo visibilidade e amplificação da mensagem quer através dos meios mais tradicionais de comunicação, quer no apoio à realização de eventos”, refere-se em nota de imprensa.

Já a BTO assume a responsabilidade do desenvolvimento de todos os materiais de marketing e comunicação, “garantindo a consistência da imagem da marca e suportando a operacionalização das diferentes ações de comunicação interna e externa”.

A parceria com as duas agências surge como uma “oportunidade de unir experiência e criatividade para criar campanhas memoráveis e de impacto, com uma comunicação autêntica e alinhada com os valores e visão da Xerox“, lê-se na mesma nota.

“Estamos muito entusiasmados por colaborar com a Hub Media e a Besides the Obvious neste projeto tão significativo para a Xerox. Neste momento de celebração ambas as empresas responderam de forma muito assertiva aos nossos desafios, e estou certa de que em conjunto estamos preparados para trabalhar com o foco numa visão de futuro, alicerçados numa história que é a nossa, e recheada de enorme sucesso“, diz Sandra Andrade, marketing & communication manager da Xerox em Portugal, citada em comunicado.

Por parte da Hub Media, Vanda Rosário, managing director, acrescenta que é “com enorme orgulho e entusiasmo” que a agência celebra “um marco tão importante” como os 60 anos da Xerox no país. “Nesta nossa relação de colaboração contínua com a marca estamos a implementar uma estratégia a médio-longo prazo que visa reforçar a sua notoriedade e awareness. Celebrar o passado, mas também lançar as premissas que farão parte do futuro“, acrescenta.

Já Fernando Appleton, head of Besides the Obvious, refere que desde a fundação da agência que tem sido construída com a Xerox Portugal uma “parceria sólida e duradoura, baseada na confiança, inovação e no compromisso de sempre superar expectativas”. “Ao celebrar seis décadas deste que é uma marca icónica, renovamos o compromisso de criar estratégias criativas e soluções personalizadas que traduzam os valores e objetivos da Xerox Portugal, e estamos ansiosos por continuar a inovar e a crescer lado a lado nos próximos anos”.

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Ricardo Torres Assunção integra júri final dos Effie Awards USA 2025

  • + M
  • 24 Fevereiro 2025

Ricardo Assunção Torres, em representação da APAN, junta-se assim a João Ribeiro, em representação da APAP, para a votação dos casos que chegaram a shortlist.

Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), vai integrar a ronda final dos Effie Awards USA 2025.

Os Effie Awards são a referência máxima da eficácia em marketing a nível internacional, reconhecendo as campanhas que realmente geram impacto. É uma honra integrar o júri da ronda final dos Effie Awards USA 2025 nos EUA e ter a oportunidade de avaliar trabalhos que combinam estratégia, criatividade e resultados mensuráveis. Esta experiência reforça o compromisso de Portugal com a excelência na comunicação e evidencia o nosso lugar no cenário global da publicidade eficaz”, afirma citado em comunicado o profissional.

Ricardo Assunção Torres, em representação da APAN, junta-se assim nos dias 4 a 6 de março, em Nova Iorque, a João Ribeiro, cofundador e diretor-geral da Stream and Tough Guy (SaTG) em representação da Associação Portuguesa de Agências de Publicidade (APAP).

Os Effie Awards distinguem as pessoas, marcas e agências por trás das campanhas mais impactantes do mundo. Este ano, numa iniciativa conjunta com a APAP, os Prémios à Eficácia, organizados pela Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) passam pela primeira vez a Effie Awards Portugal, com o país Portugal a juntar-se à rede global Effie Worldwide, que abrange 125 mercados.

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Plano Nacional de Literacia Mediática recebe 16 propostas em consulta pública

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

Entre as 16 propostas apresentadas estão o reforço da formação inicial e contínua de professores e educadores em literacia mediática, referindo sendo fundamental envolver os jornalistas no plano.

O reforço da formação dos professores e a participação de jornalistas no Plano Nacional de Literacia Mediática (PNLM) são algumas das propostas da consulta pública, segundo informação disponível no site participa.gov.

Entre as 16 propostas apresentadas estão o reforço da formação inicial e contínua de professores e educadores em literacia mediática, referindo sendo fundamental envolver os jornalistas no plano com foco na tarefa de preparação da comunidade para lidar com a desinformação.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) apresenta “sugestões relacionadas com a diversidade de agentes presentes no terreno […], propondo que na listagem de parceiros apresentada na proposta se incluam todos os movimentos associativos/ organizações não governamentais que tenham ação na promoção de medidas e iniciativas de literacia mediática“.

Na consulta pública foram também submetidas “propostas específicas de melhoria”, como a criação de mecanismos que não apenas apoiem mas que incentivem parceiras e trabalho conjunto, para reduzir trabalho duplicado. Outra das ideias propostas defende uma “abordagem intergeracional, considerando a intenção de descentralizar as iniciativas”.

A associação DNS PT sugere medidas e atividades que possam integrar os Planos de Ação anuais, bem como acompanhar e avaliar periodicamente os progressos do plano, sugerindo eventuais ajustes.

Além disso, a associação Literacia para os Media e Jornalismo salienta ser “fundamental garantir os princípios de equidade e abrangência, vertida na prioridade dada à descentralização geográfica das ações a implementar”.

“Apoiar, valorizar e incrementar projetos já existentes nas escolas e possibilitar que escolas possam ter verbas para produzir ‘podcasts’, jornais ou boletins escolares”, é outras das propostas. O levantamento de fatores psicológicos e sociais que impactam a literacia mediática, bem como a criação de conteúdos de educação e sensibilização para a população geral sobre estes fatores, também são propostas.

A comissão para a cidadania e a igualdade de género (CIG) propõe o uso de linguagem inclusiva, através da neutralização ou minimização da especificação do género, bem como acrescentar o combate a discursos de ódio.

A Fundação Calouste Gulbenkian diz estar disponível para partilhar, numa fase posterior, os materiais que tem vindo a desenvolver no âmbito do projeto ‘European Media and Information Fund’ (EMIF) [Fundo Europeu para os Media e Informação].

O PNLM é uma iniciativa do #PortugalMediaLab e estabelece quatro objetivos centrais: “promover a literacia mediática junto de todos os públicos, combater a desinformação e as ‘fake news’, promover um consumo responsável e informado de conteúdos e promover uma cidadania mais informativa e participativa”.

O principal objetivo da iniciativa é consolidar uma estratégia nacional robusta para a LM e o combate à desinformação, como definido no Plano de Ação para Comunicação Social de 2024.

Todas as propostas podem ser consultadas em: https://participa.gov.pt/base/initiatives/nnJXPsWmTI/proposals

Projeto Literacia Mediática nas Escolas arranca no norte do país

Entretanto, o projeto Literacia Mediática nas Escolas arranca esta segunda-feira e pretende capacitar os jovens para um consumo e criação de informação mais crítico, ético e responsável, disse a coordenadora do projeto, Anabela Vasconcelos, em declarações à agência Lusa.

A primeira edição do projeto Literacia Mediática nas Escolas — Formação para jovens sobre Jornalismo e Direitos de Autor é promovida pelo jornal A Verdade, com o apoio do Fundo Cultural VisaPress, e decorre entre fevereiro e maio deste ano. O projeto inclui workshops presenciais em dez escolas secundárias e escolas dos 2.º e 3.º ciclo da região do Tâmega e Sousa, no norte do país.

À agência Lusa, a coordenadora do projeto refere ser necessário “que os alunos adquiram competências para interpretar, questionar e validar a informação com base em factos, bem como compreender a importância do jornalismo e dos diretos de autor“.

Neste sentido, o projeto tem como missão “distinguir notícias verdadeiras de ‘fake news’, verificar fontes e evitar desinformação, produzir conteúdos digitais de forma responsável e compreender e respeitar os direitos de autor no ambiente digital”, disse Anabela Vasconcelos.

Para a responsável, “a ideia do projeto nasceu da crescente preocupação com a desinformação e o impacto das fake news na sociedade, especialmente entre os mais jovens, grandes consumidores de conteúdos digitais“.

Cada sessão do projeto tem uma componente teórica e prática, onde os alunos participam em exercícios interativos sobre verificação de fontes, análise de notícias falsas e produção responsável de conteúdos.

Anabela Vasconcelos conclui dizendo que “o projeto inclui ainda a criação de um microsite, onde serão publicados os registos das sessões realizadas ao longo da iniciativa“.

O projeto Literacia Mediática nas Escolas pretende também reforçar o papel do jornalismo regional como pilar da democracia e da coesão social, promovendo o diálogo entre a imprensa e as comunidades escolares.

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