Ordem dos Advogados abre averiguação de procuradoria ilícita à empresa familiar de Montenegro

Está ser investigado se a Spinumviva executou atos que eram exclusivos de advogados até abril de 2024, já que esta é uma sociedade comercial e não de advogados.

O Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados (OA) abriu uma averiguação de suspeitas de procuradoria ilícita à Spinumviva, empresa familiar de Luís Montenegro. A confirmação foi dada ao ECO/Advocatus pelo presidente do CRP, o advogado Jorge Barros Mendes. “No decurso das averiguações logo se verá que atos foram praticados e por quem”, disse.

A criação da empresa familiar do primeiro-ministro – a Spinumviva – ganhou contornos políticos este mês, levantando questões sobre o papel que o primeiro-ministro ainda terá nesta sociedade e levando o líder do Executivo a desafiar a oposição a apresentar uma moção de censura, o que acabou por acontecer, por iniciativa do PCP. E que foi chumbada.

Colocando de lado as dúvidas de potencial conflito de interesses entre o primeiro-ministro e a Solverde, em causa dúvidas relativamente aos atos praticados pela própria empresa. Se configuram, ou não, atos jurídicos que – até abril de 2024 – eram exclusivos de advogados e só poderiam ser exercidos em contexto de uma sociedade de advogados e não de uma sociedade comercial.

Desde abril de 2004 que o “Regime Jurídico dos Atos de Advogados e Solicitadores” foi alterado, definindo o alcance dos atos próprios dos advogados e dos solicitadores e tipificando ainda o crime de procuradoria ilícita. Uma alteração que surge na sequência de obrigações europeias, com a alteração da Lei das Associações Públicas Profissionais.

Os mais relevantes atos reservados aos advogados e solicitadores são no exercício de um mandato que é, no fundo, a representação legal de uma pessoa em tribunal. Mas não só.

São também os atos de consulta jurídica como a elaboração de contratos e a prática dos atos preparatórios à constituição, alteração ou extinção de negócios jurídicos, designadamente os praticados junto de conservatórias e cartórios notariais, a negociação para cobrança de créditos ou o exercício do mandato no para reclamação ou impugnação de atos do Estado ou do Fisco.

E que são exclusivos de advogados e solicitadores e não podem ser realizados por consultoras ou empresas comerciais, como é o caso da de Montenegro. Caso aconteça, estamos perante o caso de procuradoria ilícita, punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias.

Em 2021, Luís Montenegro – ainda só um quadro social-democrata e que já levava consigo uma derrota na corrida à liderança do partido, que ficou nas mãos de Rui Rio – cria a Spinumviva e, em julho do mesmo ano, o grupo Solverde começa a pagar uma avença à empresa, que subiu para 4.500 euros mensais em maio de 2022. Nesse mesmo mês, Montenegro passa a líder do PSD mas só um ano depois decide vender a quota que detinha na sociedade comercial à mulher. Contrato esse que, perante o Código Civil, é nulo e não tem efeitos práticos, visto que o casal está casado em comunhão de adquiridos.

A empresa em questão enviou há uma semana uma explicação de três páginas em que começa por expor “as empresas que mantêm um vínculo permanente com a consultora Spinumviva na área da implementação e desenvolvimento de planos de ação no âmbito da aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados”. Mas, lendo o comunicado na íntegra, depressa se percebe que os atos praticados pela empresa familiar não se limitam a assessorar empresas para aplicação do RGPD e que há indícios de prática de atos de consultoria jurídica.

E é aqui que surgem uma questão que continua sem explicação. Em que termos foram prestados serviços jurídicos de consultoria que, pela lei dos atos próprios dos advogados vigente à data, só podiam ser prestados por sociedade de advogados? Coisa que a Spinumviva não é mas cujos colaboradores são uma advogada e um jurista. Tendo sido tornado público que a empresa da família do primeiro-ministro prestou serviços jurídicos a entidades terceiras e tendo Luís Montenegro exercido os mesmos a título individual e não através de uma sociedade de advogados, podemos equacionar essa hipótese.

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Governo vai gastar 43 milhões para abrir mais 200 salas no pré-escolar

Executivo vai assinar contratos de associação com o setor social para alargar o acesso gratuito a mais cinco mil crianças. Investimento será realizado durante três anos.

O Governo vai gastar 43 milhões de euros nos próximos três anos, para abrir 200 salas no pré-escolar, de forma a alargar o acesso gratuito a mais cinco mil crianças, anunciou esta segunda-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante o briefing do Conselho de Ministros.

Para tal, vão ser celebrados “contratos de associação com o setor social e pré-escolar, que viabilizarão 200 salas novas”, indicou o governante. Leitão Amaro argumentou que “o programa existente”, implementado pelo Governo anterior do PS, “não chegava a todas as famílias”. Um levantamento realizado pelo Executivo concluiu que “mais de 10 mil famílias, mais de 10 mil crianças não tinham acesso a vagas”.

Nos próximo três anos serão então investidos “43 milhões de euros, que terão duas componentes: “um incentivo inicial de 15 mil euros para abrir uma nova sala e um reforço adicional” de 34 milhões de euros”, a pagar ao setor social e particular.

Leitão Amaro destacou “o esforço muito significativo” do Governo “para que os contratos possam ser celebrados e para as famílias possam tomar todas as diligências para inscrever as crianças a tempo do próximo ano letivo”.

(Notícia em atualização)

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Governo aprova plano ferroviário nacional

Fazem parte deste plano o relançamento do concurso para construção da Linha Violeta do Metro de Lisboa e a aprovação de 31 obras rodoviárias.

O ministro da Presidência disse esta segunda-feira que o Governo aprovou o plano ferroviário nacional na “sequência de amplo debate nacional”. O Executivo vai relançar o concurso para a construção da Linha Violeta no Metropolitano de Lisboa e deu orientações à Infraestruturas de Portugal para avançar com 31 obras rodoviárias.

“É um plano ferroviário com várias infraestruturas que é aprovado na sequência de um longíssimo debate e de um consenso nacional generalizado”, disse António Leitão Amaro depois da reunião de Conselho de Ministros.

O Governo vai relançar o concurso para a construção da Linha Violeta no Metropolitano de Lisboa. Leitão Amaro disse que era “necessário assegurar a viabilização e a construção da Linha Violeta no Metropolitano de Lisboa”, que prevê a construção de 17 estações entre Odivelas e Loures.

Este Governo quer assegurar que vai ser construída a Linha Violeta“, refere o ministro da Presidência destacando que é “necessário relançar o concurso revendo os valores em alta e alterar as condições de financiamento”, tendo em conta que o projeto foi colocado de fora do PRR.

O ministro da Presidência Amaro anunciou ainda que foi aprovada ainda uma resolução que aprova o Plano Ferroviário Nacional (PFN). Este plano “inclui ligações em alta velocidade que na recente cimeira com Espanha combinámos explorar, seja a ligação pelo Norte, seja a ligação pelo Algarve em alta velocidade, e outras ligações ferroviárias que o país deve planear e desenvolver no longo prazo”, detalha Leitão Amaro.

Governo aprova 31 obras rodoviárias

Leitão Amaro detalha ainda que foi aprovada uma resolução em Conselho de Ministros que dá orientações à Infraestruturas de Portugal (IP) para avançar com 31 obras rodoviárias de norte a sul do país, “todas elas apresentadas e discutidas durante muito tempo, mas deixadas na gaveta”.

“Encontram-se várias infraestruturas importantes, com destaque para a ligação em perfil duplicado entre Viseu e Coimbra, mas há várias outras identificadas”, assegura o ministro da Presidência.

(Notícia atualizada às 18h03 com mais informação)

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Rede social X com problemas de funcionamento esta segunda-feira

  • + M
  • 10 Março 2025

Depois de uma primeira falha na manhã desta segunda-feira, a rede social de Elon Musk tem sofrido outras interrupções ao longo do dia, deixando de funcionar.

A rede social X (ex-Twitter) tem tido interrupções de funcionamento esta segunda-feira. O +M também testou e, embora consiga aceder à rede social, nenhuma publicação é carregada. As falhas são a nível global.

Depois de uma primeira quebra de manhã, o funcionamento da rede social de Elon Musk tem sofrido outras interrupções ao longo do dia.

Em Portugal, o Downdetector registou por volta das 10h00 um pico de 774 problemas de funcionamento reportados. Pouco depois, o funcionamento da rede social estabilizou, com os problemas a regressarem à hora de almoço, com 85 queixas transmitidas à plataforma por volta das 13h00 e 660 por volta das 14h00. A partir das 15h15 começou uma nova vaga de queixas, que se tem mantido constante ao longo da tarde.

Nos EUA, quase 40 mil utilizadores relataram também problemas com a plataforma por volta das 14h00, e cerca de 28 mil às 15h30.

A causa desta interrupção ainda não é clara.

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Bruxelas é incapaz de garantir que fundos do PRR cumprem regras da contratação pública

Tribunal de Contas Europeu deixa um alerta: as verbas para recuperação da pandemia podem ter financiado medidas que não passaram por controlos rigorosos dos contratos públicos e auxílios de Estado.

O Tribunal de Contas Europeu aponta o dedo à Comissão Europeia por não saber se os países da União Europeia (UE) conseguem garantir que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (RRF, na sigla em inglês), que financia a bazuca europeia de 650 mil milhões de euros, cumpre as regras da contratação pública e dos auxílios de Estado.

Num relatório especial divulgado esta segunda-feira, a instituição liderada por Tony Murphy reitera uma conclusão já feita anteriormente: em alguns países da UE, os sistemas de controlo têm muitas fragilidades e as verificações da Comissão não abrangem tudo o que deviam.

Na fase inicial da implementação do RRF, a Comissão não garantiu que os Estados-membros implementassem verificações e auditorias eficazes de conformidade com as regras de contratação pública e de auxílios estatais. Houve falta de orientação quanto aos sistemas de controlo e auditoria dos Estados-membros em termos de cobertura, qualidade, calendário e documentação”, escreve o Tribunal de Contas Europeu.

“Verificámos que alguns Estados-membros amostrados” – Portugal fez parte da amostra para a elaboração deste relatório embora não haja referências específicas – “forneceram um nível insuficiente de garantia, com algumas fragilidades significativas nos seus sistemas de controlo e auditoria”.

“Desde meados de 2023, a Comissão intensificou o seu trabalho de auditoria e começou a verificar a eficácia dos sistemas dos Estados-membros. No entanto, em muitos casos, estas auditorias apresentavam lacunas no seu âmbito e não é claro como é que o trabalho de auditoria preliminar impactou a garantia da Comissão em 2023”, lamenta o tribunal.

Assim, a instituição deixa um alerta: as verbas para recuperação da pandemia podem ter financiado medidas que não tenham passado por controlos rigorosos no que toca a contratos públicos e auxílios do Estado.

Num momento em que a Comissão Europeia discute a aplicação de financiamento do PRR a outros programas futuros, como o pacote de defesa proposto no valor de 800 mil milhões de euros, o “ReArm”, ou a futura Política de Coesão, estes alertas revestem-se de particular importância.

Assim, o Tribunal de Contas Europeu sugere que se forem concebidos apoios cujo financiamento não está ligado a custos a implementar pelos Estados-membros, então a Comissão deve definir requisitos para os sistemas de controlo e auditoria dos Estados-membros e verificar se os países fornecem garantias suficientes no início de qualquer instrumento proposto e ao longo da sua implementação. Além disso, deve definir uma data prevista de implementação.

Mas, como a implementação dos vários PRR ainda está a decorrer, a instituição sugere à Comissão que, até maio, defina medidas corretivas a aplicar de forma consistente entre os Estados-membros em caso de violações das regras de contratação pública.

Na prática, os países nem sempre recuperam o dinheiro devido pelos destinatários finais, em caso de uso incorreto dos fundos. E quando as verbas são realmente recuperadas, não são devolvidas ao orçamento da União nem subtraídas dos pagamentos seguintes do RRF, critica o tribunal.

O TCE admite que isto resulta da forma como os fundos de recuperação da UE foram pensados (com o cumprimento satisfatório de marcos e metas a ser a principal condição para o pagamento). Assim, isto torna possível fazer pagamentos na totalidade, mesmo que as regras dos contratos públicos ou dos auxílios do Estado tenham sido violadas.

Por outro lado, o TCE considera que a Comissão deve pedir às autoridades de gestão dos vários Estados-membros que forneçam provas de controlos que abranjam todos os principais riscos de contratação pública e de auxílios estatais, pelo menos até ao momento em que o Estado-membro apresente o pedido de pagamento à Comissão. Uma medida que no entender do tribunal deveria ser implementada até setembro deste ano.

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Telfast lança campanha em colaboração com o novo filme da Branca de Neve

  • + M
  • 10 Março 2025

A campanha pretende mostrar como Telfast "pode transformar a temporada de alergias num verdadeiro conto de fadas". A criatividade é da agência norte-americana Concept One Communications.

A Telfast lançou uma nova campanha em colaboração com o novo filme da Branca de Neve, que estreia nos cinemas a 20 de março. Os anões da história da Disney estão no centro da narrativa, com a marca a dizer que, com o seu produto, o consumidor “não precisa de se sentir ‘Atchim’ ou com vontade de fazer uma ‘Soneca'”.

A campanha ganha vida num spot personalizado e co-branded, que aproveita a icónica canção “Eu vou” e alguns momentos do novo filme. A criatividade inclui ilustrações exclusivas das personagens, criadas em parceria com a Disney, “com pólen a flutuar numa cena icónica da cabana com a Branca de Neve, Atchim e Soneca”, refere-se em nota de imprensa.

Esta colaboração única permite-nos estar mais próximos dos consumidores de uma forma autêntica e envolvente. Ao integrar Telfast num momento cultural tão significativo como a estreia de Branca de Neve da Disney, reforçamos o nosso compromisso com a inovação e o foco no consumidor. Esta é a nossa fórmula para construir marcas que as pessoas querem, confiam e adoram – porque com Telfast, é sempre um final feliz”, diz citado em comunicado Alberto Hernandez, chief growth officer da Opella, grupo dono da marca.

Já Nicole Stanziale, vice-presidente de studio partnerships da Disney, refere que “a escala global da campanha e a criatividade perfeitamente alinhadas são a forma ideal de celebrar a estreia e atrair o público para os cinemas para desfrutar desta maravilhosa reinterpretação musical live-action no grande ecrã“.

Lançada em 15 mercados a nível mundial, onde se inclui Portugal, a campanha dirigida ao público adulto tem como objetivo mostrar como Telfast “pode transformar a temporada de alergias num verdadeiro conto de fadas”. A criatividade é da agência norte-americana Concept One Communications.

A mesma “utiliza o poder da narrativa e da cultura pop para estabelecer uma ligação forte e memorável com os consumidores, permitindo que a marca se destaque dos modelos tradicionais de comunicação em saúde”, acrescenta-se em nota de imprensa.

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Governo altera programa 1.º Direito

  • Lusa
  • 10 Março 2025

A alteração agora aprovada, “concretiza o regime especial de financiamento relativo às quase 33.000 habitações inicialmente não financiadas", indica o Governo.

Uma alteração ao programa 1.º Direito, de apoio ao acesso à habitação, concretiza o financiamento de quase 33 mil habitações não financiadas, em resposta às mais de 120 mil famílias “em situação habitacional indigna”, revelou esta segunda-feira o Governo.

Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e Habitação informou que o Conselho de Ministros aprovou, na sexta-feira, “a criação do regime especial de financiamento no âmbito do 1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, o que vai permitir reforçar a oferta pública de habitação em mais cerca de 33.000 casas”.

As candidaturas submetidas no âmbito do aviso ao Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, do Plano de Recuperação e Resiliência, até 1 de abril de 2024, totalizaram “cerca de 59.000 habitações”, ficando fora do programa de fundos europeus quase 33.000 candidatos, face à meta de 26.000 habitações definidas no âmbito do PRR.

A alteração agora aprovada, “concretiza o regime especial de financiamento relativo às quase 33.000 habitações inicialmente não financiadas, reforçando significativamente a resposta às mais de 120.000 famílias identificadas em situação habitacional indigna, no âmbito das Estratégias Locais de Habitação (ELH) elaboradas pelos municípios”, refere a nota.

Segundo o ministério, as habitações com candidatura submetida “que reúnam os requisitos técnicos e que cumpram o prazo de entrega de casas às famílias até junho de 2026, serão financiadas a 100% até ao limite da dotação orçamental prevista na Resolução do Conselho de Ministros 129/2024”.

“Uma vez esgotada a dotação orçamental referida para o financiamento a 100% via Orçamento de Estado, o novo mecanismo prevê a comparticipação de 60% com limite para conclusão até dezembro de 2030”, acrescentou.

De acordo com a resolução 129/2024, as candidaturas apresentadas até 1 de abril, “no seu conjunto, representam 58.993 habitações, verificando-se terem ficado, assim, fora do âmbito do PRR, cerca de 32.990 habitações, as quais constituem uma necessidade efetiva e premente, cuja concretização cumpre assegurar”.

O ministério salientou que a promoção da habitação pública, com vista à concretização da entrega de 59.000 casas até 2030, totaliza 4,2 mil milhões de euros, com fontes de financiamento do PRR (1,4 mil milhões de euros) e do Orçamento do Estado (2,8 mil milhões de euros).

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Unidade de biocombustíveis da Figueira da Foz investigada por eventual crime de poluição

  • Lusa
  • 10 Março 2025

Além do crime ambiental, a BioAdvance é acusada de operar sem título de Exploração e Licença Ambiental.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que o inquérito à empresa de combustíveis BioAdvance, da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, investiga a eventual prática de um crime de poluição com perigo comum.

Já a 5 de março, em resposta a um pedido de informações formulado pela agência Lusa, a PGR tinha confirmado a abertura de um inquérito àquela empresa, que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Coimbra, sujeito a segredo de justiça.

Esta segunda-feira, em declarações escritas à agência Lusa, adiantou que o inquérito investiga “a eventual prática de crime de poluição com perigo comum”.

“O inquérito encontra-se em segredo de justiça, pelo que a presente informação é prestada ao abrigo do disposto no artigo 86.º, n.º 13, alínea b), do Código de Processo Penal”, lê-se na comunicação da PGR.

Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a BioAdvance tem funcionado sem Título de Exploração e Licença Ambiental, o que motivou um auto de notícia para a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT).

A instalação da empresa resultou de um contrato de concessão assinado em agosto de 2022 com a administração do porto, que emitiu em dezembro do mesmo ano o alvará de licença.

A BioAdvance, sediada no concelho de Pombal (distrito de Leiria), onde possui uma unidade mais pequena, instalou-se no porto da Figueira da Foz depois de uma candidatura aprovada ao Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial — Verde e do projeto ter sido reconhecido como de Potencial Interesse Nacional (PIN).

A empresa investiu cerca de 27 milhões de euros na unidade e pretende produzir anualmente 20 mil toneladas de biodiesel a partir de óleos alimentares usados, bem como quatro mil toneladas de glicerina.

No dia 26 de fevereiro, a CCDRC confirmou a suspensão do estatuto de projeto PIN por falta de Título Digital de Instalação, “que habilitaria a execução do projeto do estabelecimento industrial do tipo 1”.

Não possuindo aquele título, não poderia ter executado o projeto e, consequentemente, não pode exercer qualquer atividade no local“, adiantou, num esclarecimento à agência Lusa.

No mesmo dia, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) também invocou a falta de licenças da unidade para suspender o estatuto de projeto PIN e referiu que a empresa se encontra em laboração sem “a obtenção de todas as licenças necessárias, nomeadamente o Título de Exploração e a Licença Ambiental”.

Nos esclarecimentos prestados, a AICEP sublinhou que o regime PIN não dá acesso a apoios financeiros, nem a qualquer preferência na sua concessão. Dados consultados pela agência Lusa mostram que a empresa já recebeu cerca de quatro milhões de euros de fundos comunitários, apesar de não ter licenciamento aprovado.

 

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Millennium bcp leva um banco ao TikTok em post de estreia

  • + M
  • 10 Março 2025

Presente no Instagram, no LinkedIn e no Facebook, o Millennium bcp aposta agora no TikTok como o novo canal de comunicação.

O Millennium bcp alargou a sua presença nas redes sociais ao TikTok. A chegada do banco à rede foi levada à letra, com a instituição a fazer de um banco, de madeira, o protagonista do primeiro vídeo.

No primeiro filme da página, é perguntado a vários colaboradores do Millennium o que acham de trazer o banco para o TikTok. No final são surpreendidos por um banco de madeira literal da cor do Millennium, o Rubin Red, reagindo depois ao sentido literal da pergunta que lhes tinha sido feita”, descreve a instituição.

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A página, prossegue o banco, vai contar com conteúdos exclusivos, criados especificamente para esta rede, com “uma abordagem diferenciada e inovadora”.

O TikTok junta-se assim ao Instagram, LinkedIn e Facebook, redes nas quais o Millennium bcp já marca presença.

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Salário de entrada dos licenciados das Finanças sobe mais de 105 euros

Técnicos superiores de orçamento, estatística e políticas públicas, na primeira posição, a ganhar 1.495,20 euros, vão passar a receber 1.600,46 euros. Mas mantém-se a perda de pontos de avaliação.

O salário de entrada dos funcionários públicos das carreiras de técnico superior especialista em orçamento e de estatística e da que vai ser criada na área de políticas públicas, vai subir 105,26 euros, passando de 1.495,20 euros para 1.600,46 euros brutos por mês, segundo o diploma final que o Governo vai aprovar esta segunda-feira em Conselho de Ministros e a que o ECO teve acesso, em plena véspera do Executivo cair com o chumbo da moção de confiança. O aumento é pago em julho com efeitos retroativos a abril.

Mas mantém-se a perda dos pontos de avaliação para quem transitar para as novas carreiras, o que tem sido amplamente contestado pelas estruturas sindicais. Isto é sobretudo penalizador para os técnicos superiores da carreira geral da primeira posição que estejam na iminência de progredir com oitos pontos.

Neste momento, a estrutura salarial começa nos 1.495,20 euros, o que corresponde ao nível 17 da Tabela Remuneratória Única (TRU). Inicialmente, o Governo tinha apontado para um salto de um nível (para o 18), isto é, um incremento de 52,63 euros, o que iria elevar o ordenado de entrada para os 1.547,83 euros.

Respondendo às reivindicações dos sindicatos, o Executivo decidiu avançar para o nível 19, que se traduz num ordenado de 1.600,46 euros. Significa que os técnicos superiores especialistas das entidades Orçamental, do Tesouro e das Finanças e do Centro de Pessoas e Administração Pública que estão na primeira posição vão ter um aumento salarial de 105,26 euros, segundo as contas do ECO com base no diploma.

Desta forma, o Governo tenta compensar a perda de pontos acumulados pelos trabalhadores. A proposta inicial, muito criticada pelos sindicatos, ditava que um técnico superior, na primeira posição que estivesse na iminência de progredir, poderia ficar a ganhar menos 158 euros, se transitasse para a nova carreira. Em vez de poderem receber 1.705,73 euros (nível 21) na carreira geral, após a avaliação, ficariam com um salário de apenas 1.547,83 euros (nível 18), nas novas funções. Ou seja, menos 157,9 euros por mês.

Ao subir mais um nível, para o 19, a diferença de ordenado reduz-se. Mas, ainda assim, fica com menos 105,27 euros no bolso todos os meses, caso decida integrar a nova carreira. Se se mantivesse como técnico superior e usasse os pontos para avançar para a segunda posição da carreira, iria ter direito a um vencimento 1.705,73 euros (nível 21). Como técnico superior especialista das Finanças dá imediatamente um salto para os 1.600,46 euros, ou seja, menos 105,27 euros.

Os trabalhadores que já integrem a carreira de técnico superior especialista em orçamento e de estatística e que beneficiem uma valorização salarial também perdem os pontos. Em causa estão os licenciados que estão na segunda posição, que sobe um nível, do 22, com um ordenado de 1 758,36 euros, para o 23, com um vencimento de 1.810,99 euros, o que se traduz num aumento de 52,63 euros. Quem está no topo da carreira, também vai ganhar mais de 56,53 euros, passando dos 3.972,72 euros (nível 62 da TRU) para os 4.029,25 euros (nível 63).

Para além disso, são extintas as posições virtuais 8ª-A, com um salário de 3.181,95 euros, e 11ª-A, com um ordenado de 3.859,77 euros. Os trabalhadores que estejam nesses níveis passam para a posição seguinte, para a 9.º, a ganhar 3.351,42, e para a 12.º, o topo da carreira, que vai subir para 4.029,25 euros, de acordo com o mesmo diploma.

Novo prémio sofre penalização se serviços falharem metas

O prémio de produtividade que será pago aos funcionários públicos nas carreiras de técnico superior especialista em orçamento e de estatística ou na que será criada na área de administração e políticas públicas vai ser reduzido de 25% para 10% do ordenado base, caso os serviços não atinjam 75% dos objetivos. Mas mantém-se a obrigação de isenção de horário não sujeito aos limites máximos dos períodos normais, de acordo com o diploma.

“A atribuição do suplemento, num determinado ano civil, depende do cumprimento, no ano civil anterior, de, pelo menos, 75 % dos indicadores fixados, sem prejuízo de se assegurar, a cada trabalhador, o valor mínimo do suplemento correspondente a 10 % da sua remuneração base mensal“, lê-se no decreto-lei.

De lembrar que, este ano, e de forma excecional todos os funcionários vão receber o prémio com efeitos retroativos a abril, independentemente da avaliação. A partir de 2025, este suplemento será pago durante 12 meses, consoante o cumprimento de objetivos.

A redução do suplemento remuneratório e a sua ligação à avaliação dos serviços também tem sido contestada pelos sindicatos, mas o Governo não cedeu. Para além disso, as estruturas sindicais exigiram que o prémio fosse pago a todos os trabalhadores das novas três autoridades das finanças e não apenas aos técnicos superiores especialistas. Neste ponto, o Executivo apenas concordou em atribuir o bónus aos especialistas em informática.

Assim e tal como o ECO noticiou, confirma-se que este bónus vai ser alargado aos especialistas de sistemas e tecnologias de informação que trabalhem nas três autoridades criadas na esfera das Finanças: Entidade Orçamental, Entidade das Finanças e do Tesouro e Centro de Pessoas e Administração Pública.

O diploma determina ainda que os técnicos superiores das carreiras gerais da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, responsável pelos fundos europeus, devem integrar a nova carreira de técnico superior especialista de administração e políticas públicas. Embora os trabalhadores possam opor-se no prazo de 30 dias a contar data de notificação.

As novas carreiras de técnico superior especialista em orçamento, de estatística e de administração e políticas públicas surgem no âmbito da reforma da orgânica do Ministério das Finanças com a fusão de serviços e a criação de três autoridades: Entidade Orçamental, Entidade do Tesouro e das Finanças e o Centro de Pessoas e Administração Pública.

(Notícia atualizada às 16h43)

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Mimosa passa a “parceira de nutrição” da Federação Portuguesa de Rugby

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  • 10 Março 2025

A Mimosa assume assim o compromisso de fornecer todas as seleções com a sua gama Mimosa proteína nas quantidades diárias necessárias, como "contributo para a energia e recuperação muscular".

A marca Mimosa, através da sua gama de proteína, tornou-se parceira de nutrição da Federação Portuguesa de Rugby, passando a integrar a dieta diária de todas as seleções, como “contributo para a energia e recuperação muscular”.

Estamos comprometidos em fortalecer a nossa relação com os desportistas, na certeza de que cuidar da nutrição é tão estratégico quanto treinar táticas e habilidades no jogo. Ser parceiro de nutrição da Federação Portuguesa de rugby é mais um passo no reconhecimento da gama Mimosa proteína como aliada na recuperação dos atletas, amadores ou profissionais, que pelas exigências físicas beneficiam de um alimento que responde à fadiga e contribui para a recuperação muscular”, diz Beatriz Andrade Ferreira, gestora da marca Mimosa, citada em comunicado.

Já Carlos Amado da Silva, presidente da Federação Portuguesa de Rugby, refere que este acordo “reforça e motiva ainda mais” a Federação e as seleções. “O rugby exige força e resistência e a alimentação desempenha um papel fundamental no desempenho dos atletas, nomeadamente os alimentos ricos em proteína de alta qualidade. Juntos vamos superar desafios e escrever novas páginas na história do desporto português”, acrescenta.

A Mimosa assume assim o compromisso de fornecer todas as seleções com a sua gama Mimosa proteína nas quantidades diárias necessárias.

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Sabseg reforça aposta nos seguros de crédito e de caução

  • ECO Seguros
  • 10 Março 2025

A corretora lançou um portal para ligar aos clientes aos seguros para gestão do risco financeiro e proteção contra incumprimentos de pagamentos.

“Num contexto económico em que a gestão do risco financeiro e a proteção contra incumprimentos assumem uma importância crescente”, a Sabseg acaba de lançar uma plataforma digital dedicada a seguros de Crédito e de Cauções para reforço da “sua aposta estratégica na especialização, disponibilizando informação detalhada e soluções ajustadas a cada setor de atividade”, explica a corretora.

Para Sérgio Martins, coordenador da área de Crédito e Caução, muitas empresas desconhecem as soluções de créditos e de cauções disponíveis, ou não compreendem a sua importância até enfrentarem dificuldades financeiras.

Para a Sabseg esta plataforma surge num momento em que as empresas enfrentam desafios crescentes relacionados com a mora comercial e o incumprimento contratual. Aponta “os mais recentes estudos sobre crédito empresarial” que demonstram que em Portugal, a média de prazos de pagamento ultrapassa os 60 dias, muito acima do recomendado para uma gestão financeira sustentável, e adianta a estimativa de 20% das insolvências empresariais estarem diretamente relacionadas com a falta de proteção contra créditos incobráveis.

Sérgio Martins, coordenador desta área na Sabseg, refere que são muitas empresas as que desconhecem as soluções de créditos e de cauções disponíveis, ou não compreendem a sua importância até enfrentarem dificuldades financeiras. Segundo o gestor, a plataforma “foi desenvolvida precisamente para facilitar o acesso à informação e oferecer soluções práticas e seguras, permitindo que os gestores tomem decisões informadas e protegidas contra imprevistos”, explica.

A Sabseg indica dispor de 200 mil clientes particulares e cerca de 16.200 clientes empresariais só em Portugal.

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