CMVM promove webinar sobre atividade de auditoria

O regulador realiza um webinar sobre a atividade de auditoria a 6 de novembro. Em foco estará o futuro desta área e o papel que as auditoras podem desempenhar em tempos de incerteza.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), liderada por Luís Laginha de Sousa, vai realizar a 6 de novembro um webinar dedicado à atividade de auditoria, procurando abordar temas relevantes para este setor.

Sob o mote “Trust in Audit: Time to Invest, Time to Adapt”, esta formação online vai abordar vários temas, como a governance das empresas de auditoria numa intervenção a cargo de Kara Stein, à frente do grupo de trabalho de qualidade de auditoria global do International Forum of Independent Audit Regulators.

O futuro da auditoria também estará no centro da discussão, num painel que conta com a presença de Cristina Casalinho, ex-presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública (IGCP) e atual administradora executiva da Fundação Calouste Gulbenkian, e Ana Isabel Morais, professora do ISEG.

Já Panos Prodromides, presidente do Committee of European Auditing Oversight Bodies, falará sobre o papel das auditoras em tempos de incerteza.

A sessão arrancará com declarações do presidente da CMVM, Luís Laginha de Sousa, e será encerrada por José Miguel Almeida, administrador do regulador.

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Despedimentos coletivos sobem 17,7% até maio

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Na região de Lisboa e Vale do Tejo trata-se de um valor mais de cinco vezes superior ao registado no período homólogo, quando tinham sido despedidos 44 trabalhadores.

O número de despedimentos coletivos comunicados aumentou 17,7% até maio, face ao período homólogo, totalizando os 246, segundo cálculos da Lusa com base nos dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

Dos 246 despedimentos coletivos comunicados pelas empresas nos primeiros cinco meses deste ano, 90 foram de microempresas, 97 de pequenas empresas, 34 de médias empresas e 25 de grandes empresas. Também o número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos subiu 8,3% até maio para 3.096. Deste total, 3.018 foram efetivamente despedidos, segundo os dados disponíveis, que ainda podem ser sujeitos a revisão.

No que toca ao mês de maio, foram efetivamente despedidos 568 trabalhadores, um valor inferior aos 631 registados no período homólogo, bem como aos 857 registados em abril. Dos 568 trabalhadores efetivamente despedidos em maio, o Norte liderava com 274, seguido por Lisboa e Vale do Tejo, com 250.

No caso da região de Lisboa e Vale do Tejo trata-se de um valor mais de cinco vezes superior ao registado no período homólogo, quando tinham sido despedidos 44 trabalhadores. Já na região Norte trata-se de uma subida de 144%, isto é, mais do dobro dos 112 registado em igual período de 2024, segundo os cálculos da Lusa.

De sublinhar que em maio do ano passado, a região Centro liderava neste campo com 466 trabalhadores despedidos. As grandes empresas despediram menos em maio, com 134 trabalhadores, face a igual período de 2024, em que atingiram 218. O maior número de trabalhadores despedidos observou-se nas pequenas e médias empresas com 203 e 175 trabalhadores despedidos, respetivamente.

As indústrias transformadoras são a atividade com maior número de trabalhadores despedidos em maio, sendo que a principal razão apontada, globalmente, é o encerramento definitivo.

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Bruxelas vai voltar a contactar equipa americana. “Não queremos uma guerra comercial com os EUA”

Comissário europeu acredita que ainda existe "potencial para continuar as negociações". No entanto, a União Europeia avançará com contramedidas caso um acordo falhe.

O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, reforçou esta segunda-feira que a União Europeia quer evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos e irá entrar em contacto novamente com a equipa americana esta segunda-feira. Contudo, caso um acordo falhe, os ministros dos Estados-membros consideram que estão necessárias medidas de reequilíbrio.

Maros Sefcovic falava esta segunda-feira à tarde aos jornalistas após a reunião dos ministros do Comércio da UE, em Bruxelas, na qual sublinhou que a União Europeia “nunca desiste sem um esforço genuíno, especialmente considerando o trabalho árduo investido, o quão próximos estivemos de fechar um acordo e os claros benefícios da solução negociada”.

Ainda há potencial para continuar as negociações”, disse. No entanto, sublinhou que “é preciso duas mãos” para fechar um acordo. “Não queremos uma guerra comercial com os EUA. Queremos evitá-la“, disse.

As declarações ocorrem depois de, no sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a imposição de tarifas de 30% sobre todos os produtos da União Europeia, independentemente de todas as tarifas setoriais. A presidente da Comissão Europeia informou depois a suspensão das medidas de retaliação contra as tarifas norte-americanas, previstas para esta segunda-feira, com o objetivo de continuar negociações com os Estados Unidos até 1 de agosto.

O comissário europeu realçou que os ministros reunidos esta segunda-feira sinalizaram que seria necessário adotar medidas de reequilíbrio caso as negociações com os EUA fracassem e irão consultar a equipa norte-americana para um ponto de situação.
O plano é consultar os colegas americanos ainda na segunda-feira sobre o estado da situação. Sefcovic acredita que “ainda há potencial para continuar as negociações” com os EUA.

À entrada para a reunião desta segunda-feira, Maros Sefcovic descreveu os direitos aduaneiros adicionais de 30% como “efetivamente proibitivos para o comércio mútuo” entre UE e Estados Unidos.

“Se estivermos a falar de 30% ou 30% mais [de tarifas], haverá um enorme impacto no comércio. Será quase impossível continuar o comércio como estamos habituados numa relação transatlântica […] e as cadeias de abastecimento transatlânticas serão fortemente afetadas em ambos os lados do Atlântico”, elencou.

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Sem medo da privatização da TAP, pilotos querem ser ouvidos na elaboração do caderno de encargos

Sindicato dos pilotos é favorável à entrada de um parceiro da indústria na TAP e sublinha a importância de a companhia ter uma gestão sem interferência política.

Os pilotos querem que as suas preocupações sejam tidas em consideração na elaboração do caderno de encargos da privatização da TAP, que o Governo irá aprovar dentro de suas semanas.

Aproveitando a disponibilidade do Governo para ouvir as partes interessadas na venda da companhia, deixada esta sexta-feira de manhã no Parlamento pelo ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) quer ser um dos auscultados.

“Se está aberto a essa discussão, que esteja também connosco. O nosso contributo é crucial”, afirmou João Lira, membro da direção do SPAC, em declarações ao ECO. “Temos muita esperança que os colaboradores sejam também ouvidos”, acrescentou. Entre as prioridades do sindicato está a manutenção das condições de trabalho ou a manutenção do hub da TAP em Lisboa.

O responsável mostrou-se favorável à entrada de um parceiro da indústria na TAP e sublinhou a importância de a companhia ter uma gestão que não esteja condicionada por critérios políticos.

“Se o destino nos disser que a TAP é 20% do Estado, 50,1% do Estado ou 100% do Estado, a posição do SPAC é, acima de tudo, que a companhia tenha uma gestão moderna, profissional, sustentável e virada para o futuro“, afirmou João Lira. “Não temos receio de nenhum perfil de privatização com este pressuposto”, acrescentou.

“Esperamos que seja um modelo onde se possa limitar um perfil de decisões políticas que nos últimos anos não têm sido positivas para a TAP, nomeadamente no âmbito operacional e em momentos cruciais para a empresa”, reiterou.

Sobre o facto de o Estado manter 50,1% da companhia aérea, disse também esperar que essa maioria não seja usada “para uma decisão que protege o cariz político, para parecer bem, e não para o futuro da empresa“.

A última privatização mostrou que a TAP precisa de um parceiro. E que esse parceiro consiga ultrapassar com inteligência os contrangimentos operacionais do Aeroporto Humberto Delgado.

João Lira

Membro da direção do SPAC

João Lira defende a entrada de um parceiro privado tem vantagens e que isso ficou demonstrado na anterior privatização, realizada no final de 2015 e que levou à entrada da Atlantic Gateway no capital. O responsável considera que a prioridade do novo investidor deve ser o crescimento da empresa, esperando que “consiga ultrapassar com inteligência os constrangimentos operacionais do Aeroporto Humberto Delgado”.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a privatização de 49,9% da TAP, incluindo 5% para os trabalhadores.

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Montenegro defende que há menos problemas na saúde do que há um ano

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Luís Montenegro considerou que os problemas na Saúde "são infelizmente clássicos, vêm de há muitos anos", mas quis também "reconhecer aquilo que é feito".

O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que a “qualidade de resposta” do SNS é assinalada diariamente, considerando que hoje há “menos problemas” do que quando iniciou funções, e referiu que por cada urgência fechada há várias abertas.

“Todos os dias em que somos confrontados com alguns episódios, e muitas vezes os episódios até têm relatos que não coincidem exatamente com os termos objetivos e concretos em que eles aconteceram, mas quando nós somos confrontados com alguns episódios todos os dias à volta do funcionamento do Serviço Nacional de Saúde [SNS], nós esquecemos que nesses mesmos dias há centenas ou até milhares de outros episódios onde as pessoas envolvidas e as suas famílias terminaram as suas ocorrências e os seus eventos, muitas vezes com desfechos trágicos, a cumprimentar os profissionais de saúde, a cumprimentar a eficiência do SNS, a dizer ‘eu não tenho nada a apontar, eu estou aqui para agradecer o cuidado deste profissional, deste assistente, deste enfermeiro ou deste médico'”, afirmou Luís Montenegro.

Discursando na cerimónia de inauguração do novo Hospital de Sintra, que contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o primeiro-ministro afirmou que “todos os dias há milhares de confidências de portuguesas e portugueses a assinalar a qualidade da resposta do Serviço Nacional de Saúde”, mas “todos os dias” parece o país está confrontado “com uma total incapacidade” e defendeu que “a capacidade de resposta não está a diminuir”.

“O SNS todos os dias atende milhares e milhares de cidadãos, fá-lo com qualidade, fá-lo com eficiência, fá-lo com humanismo, com humanidade, fá-lo com o reconhecimento dos próprios e das suas famílias. E muitas vezes nós dirigimos palavras de grande reconhecimento aos profissionais de saúde e esquecemos que quando algumas notícias ganham determinada dimensão elas também são ofensivas para os profissionais que estão por trás delas”, defendeu.

Luís Montenegro considerou que os problemas na Saúde “são infelizmente clássicos, vêm de há muitos anos”, mas quis também “reconhecer aquilo que é feito”.

“Nós temos problemas hoje nas urgências, temos sim senhor, mas hoje temos menos problemas do que tínhamos há um ano. E se calhar há um ano já tínhamos menos problemas do que tínhamos dois anos antes. E quando nós temos problemas hoje em cinco ou seis serviços de urgência, às vezes esquecemos que temos 160 ou 170 serviços de urgência a funcionar ao mesmo tempo em que aqueles quatro ou cinco têm problemas”, afirmou.

O primeiro-ministro disse que não se pode “perder de vista que todos os outros estão a funcionar”, recusando “confundir uma coisa com a outra”. Montenegro defendeu que “é muito difícil recuperar atrasos que vêm de há muitos anos” e afirmou que o atual Governo está a “fazer isso de forma sustentada, contando com todos, e contando com as novas unidades também que vão sendo abertas”.

“Nós sabemos muito bem que em algumas ocasiões não conseguimos ainda dar as respostas que as pessoas pretendem e merecem. Nós sabemos que algumas incapacidades não atingem apenas as pessoas concretas que naquele momento precisam daquele cuidado, também preocupam aquelas pessoas que não precisando daquele cuidado naquele momento antecipam que podem vir a precisar dele e portanto são suscetíveis de gerar intranquilidade, de gerar inquietação. Nós sentimos esses problemas também e estamos aqui para tentar e vamos conseguir, um a um, ir resolvendo esses problemas, mas para isso precisamos de muita, muita, muita capacidade de resistência e de, como agora se diz muito, resiliência e é isso que nós vamos continuar a ter”, indicou.

O primeiro-ministro recusou que as suas palavras sejam encaradas como “uma desvalorização” dos problemas do SNS, e afirmou que “qualquer caso é importante”, referindo que basta um caso em que haja “problema na resposta ou atraso na resposta, ou incapacidade de promover a resposta” para merecer a preocupação e a “atenção total” do Governo.

Montenegro considerou também que o problema “mais estrutural, mais profundo” do SNS é a “atração, retenção, fixação no território dos recursos humanos”, assinalando que não se deve apenas a uma questão remuneratória, mas também com as “condições para o trabalho, de motivação para o trabalho, de ambiente para o trabalho, de realização pessoal”.

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Bruxelas adapta orçamento da UE às novas prioridades e Portugal quer proteção das antigas

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Portugal propõe um aumento das contribuições nacionais (além de 1% do rendimento nacional bruto), mecanismos assentes em emissão de dívida conjunta e a redução dos encargos administrativos.

A Comissão Europeia vai propor na quarta-feira um orçamento da União Europeia (UE) 2028-2035 adaptado às novas prioridades de defesa e crescimento económico, com Portugal a pedir a salvaguarda das antigas políticas de coesão e agrícola.

Na quarta-feira, a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, vai apresentar à imprensa em Bruxelas o primeiro pacote de proposta sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2028-2035 e, tal como a instituição já argumentou numa comunicação divulgada em fevereiro passado, “os novos desafios e expectativas em relação à ação da UE exigem que se reconsidere a forma como o orçamento da UE funciona a fim de o adaptar ao futuro”.

“O objetivo de uma Europa livre, democrática, forte, segura, próspera e competitiva exige um orçamento da UE reformado e reforçado – mais simples, mais flexível, mais orientado e com maior impacto”, indicou a instituição na posição assumida na altura.

Em concreto, a Comissão Europeia quer “um orçamento moderno da UE com um plano para cada país com reformas e investimentos fundamentais, concebido e executado em parceria com as autoridades nacionais, regionais e locais”, que inclua um Fundo Europeu para a Competitividade, financiamento renovado da ação externa, salvaguardas sobre o Estado de direito e receitas modernizadas para suportar prioridades comuns.

A apresentação da proposta surge numa altura de tensões geopolíticas como a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa e de fortes pressões comerciais com o principal parceiro económico da UE, os Estados Unidos, contexto que já levou respetivamente o bloco comunitário a querer reforçar a sua defesa e a diversificar as suas parcerias.

Numa tomada de posição a que a Lusa teve acesso, o Governo português vinca que “o próximo QFP deve ser suficientemente ambicioso, garantindo a estabilidade das políticas atuais e a resposta a novos desafios”.

“O aumento dos novos domínios de despesa nos próximos anos não pode ser feito à custa das políticas existentes e dos princípios fundamentais da União”, salienta Portugal no documento datado de início de julho, numa alusão aos fundos da política de coesão e da política agrícola comum (PAC), que a seu ver “devem permanecer autónomos”.

Para o país, “é fundamental adotar uma abordagem global, tendo em conta todos os elementos do lado das despesas e das receitas”, com o Governo a propor um aumento das contribuições nacionais (além de 1% do rendimento nacional bruto), mecanismos assentes em emissão de dívida conjunta e a redução dos encargos administrativos.

“A coesão não é uma alternativa à competitividade e ao crescimento económico“, defende Portugal.

O país considera ainda a PAC como um “instrumento essencial”.

Em termos de competitividade económica estima-se que a UE tenha de investir 800 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), para colmatar falhas no investimento e atrasos em termos industriais, tecnológicos e de defesa relativamente aos principais concorrentes, Estados Unidos e China.

Quanto à defesa, em 2024, os Estados-membros da UE gastaram cerca de 326 mil milhões de euros em defesa, o que corresponde a aproximadamente 1,9% do PIB da UE.

Estima-se que estes gastos aumentem em mais de 100 mil milhões de euros em termos reais até 2027, o que implica gastos totais da ordem de cerca de 426 mil milhões de euros até esse ano.

A Comissão Europeia calcula que a UE tenha de investir 500 mil milhões de euros ao longo da próxima década para apoiar a Ucrânia face à Rússia e para reforçar as suas capacidades militares após décadas de subinvestimento.

Após a apresentação da proposta, iniciam-se negociações com os colegisladores — eurodeputados (Parlamento) e Estados-membros (Conselho) –, ambicionando-se que o processo negocial esteja concluído em 2026.

O atual orçamento da UE a longo prazo dispõe de 1,21 biliões de euros em autorizações (a preços de 2018).

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Belgas constroem 2.000 quartos para estudantes em Portugal e Espanha

Belgas avançam com construção da primeira residência para estudantes em setembro de 2026, construindo as restantes de forma faseada até 2028 de modo a responder à crescente procura de alojamento.

Os promotores belgas Promiris e Besix Red Portugal vão até 2028 construir um total de 2.000 quartos para estudantes nalgumas das principais cidades universitárias portuguesas e espanholas. A obra da primeira residência arranca em setembro de 2026, devendo as restantes empreitadas decorrer de forma faseada com o objetivo de todo o processo estar concluído dentro de três anos.

As empreitadas resultam de uma parceira entre os dois promotores imobiliários que não avançam com o valor do investimento total, nem as cidades onde serão construídas as residências para estudantes.

Num comunicado, os dois promotores imobiliários anunciam apenas que “esta parceria estratégica prevê o desenvolvimento de um portefólio de projetos PBSA (Purpose-Built Student Accommodation), representando cerca de 2.000 quartos distribuídos por várias cidades universitárias da Península Ibérica”.

A Promiris entrou no mercado português em 2018 e rapidamente detetou uma insuficiente oferta de infraestruturas de alojamento para estudantes no país.

Christian Terlinden

Administrador da Promiris

Esta parceria visa responder à crescente procura pelos estudantes de alojamentos em Portugal e em Espanha. “A Promiris entrou no mercado português em 2018 e rapidamente detetou uma insuficiente oferta de infraestruturas de alojamento para estudantes no país“, explana o administrador desta empresa, Christian Terlinden. Para fazer face a esse problema, prossegue, “a Promiris convidou a Besix Red a associar-se ao desenvolvimento destes projetos, tendo em conta a presença das suas equipas já operacionais em Portugal noutros segmentos”.

Para Gabriel Uzgen, CEO da Besix Red, “o segmento PBSA é particularmente promissor: beneficia do apoio crescente das autoridades públicas, de compromissos de longo prazo por parte dos operadores e das universidades, bem como de um interesse certo por parte dos investidores institucionais”.

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Tribunal condena ex-motorista de Cabrita a 14 meses de prisão com pena suspensa

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

"Ambos os intervenientes contribuíram para o sinistro", considerou a juíza, atribuindo metade da culpa ao ex-motorista e a outra metade ao trabalhador falecido.

O ex-motorista do antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita foi esta segunda-feira condenado pelo Tribunal de Évora a 14 meses de prisão com pena suspensa pelo atropelamento de um trabalhador na Autoestrada 6 (A6).

Na leitura da sentença, a juíza Vanda Simões, que julgou o caso, referiu que o tribunal considerou que “ambos os intervenientes contribuíram para o sinistro”, atribuindo metade da culpa ao ex-motorista e a outra metade ao trabalhador.

A magistrada considerou que o arguido teve uma conduta negligente, devido à velocidade a que conduzia o veículo, referindo que o falecido também não devia estar naquele local da A6 e que a sinalização dos trabalhos era deficiente.

O ex-motorista do antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita foi esta segunda-feira condenado pelo Tribunal de Évora a 14 meses de prisão com pena suspensaLusa

O atropelamento remonta a 18 de junho de 2021, quando a viatura oficial em que seguia Eduardo Cabrita, conduzida por Marco Pontes, atropelou mortalmente Nuno Santos, de 43 anos, trabalhador de uma empresa que fazia a manutenção da A6, ao quilómetro 77,6 da via, no sentido Estremoz-Évora.

O Ministério Público acusou, no dia 3 de dezembro de 2021, Marco Pontes de homicídio por negligência, tendo, nesse mesmo dia, o então ministro da Administração Interna apresentado a sua demissão do cargo.

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UE quer solução para crise na habitação até à primavera de 2026

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

A Comissão Europeia quer apresentar na primavera de 2026 o primeiro plano para a habitação acessível, para ajudar as cidades com maior pressão imobiliária a debelarem o problema.

A Comissão Europeia quer apresentar na primavera de 2026 o primeiro plano para a habitação acessível, para ajudar as cidades com maior pressão imobiliária a debelarem um problema que é cada vez maior.

Em comunicado, o executivo comunitário disse que está a decorrer uma consulta pública, desde 11 de julho e até 17 de outubro, sobre o problema da falta de habitação a preços acessíveis nos países da União Europeia (UE) e que a ideia é apresentar uma estratégia para debelar o problema na primeira metade do próximo ano.

O anúncio não veio acompanhado de ideias específicas, apenas da intenção de cobrir todas as áreas da habitação, da acessível à social, apoios estatais, construção e renovação, reafetação de imóveis, simplificação de burocracias, e olhar para o arrendamento. No entanto, não há quaisquer dados sobre a habitação na informação divulgada pela Comissão Europeia.

O executivo de Ursula von der Leyen pede a participação dos cidadãos, de investidores e de autoridades nacionais na consulta pública, uma vez que o problema é transversal a praticamente toda a UE.

“Resolver a crise da habitação que tem consequências para milhões de [cidadãos] europeus requer uma ação inclusiva […]. Se queremos assegurar que todos os europeus têm uma casa acessível, sustentável e decente, precisamos de trabalhar em conjunto a todos os níveis”, disse o comissário para a Habitação, Dan Jørgensen, citado no comunicado.

No início de junho, a Comissão Europeia recomendou pela primeira vez a Portugal uma resposta concreta para resolver a crise habitacional no país. Bruxelas apontou falta de eficácia do Governo na resolução deste problema e recomendou o controlo de rendas ou a imposição de limites ao alojamento local.

Já dos objetivos traçados que utilizariam o Plano de Recuperação e Resiliência, o executivo comunitário apontou que, das 26.000 casas prometidas até 2026 por António Costa (PS) na chefia do Governo — um número entretanto aumentado por Luís Montenegro (PSD) para 33.000 até 2030 -, só foram entregues 1.950.

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+M

Mota-Engil Renewing passa a Remo após rebranding

  • + M
  • 14 Julho 2025

A mudança representa uma "evolução no propósito e identidade", com a circularidade do “E” a simbolizar "continuidade, renovação e o compromisso contínuo da empresa com soluções sustentáveis".

É no seguimento da sua estratégia de internacionalização que a Mota-Engil Renewing apresenta uma nova identidade e posicionamento.

A empresa do Grupo Mota-Engil dedicada à mobilidade elétrica passa também a designar-se Remo — Powered by Mota-Engil, denominação que pretende refletir o “compromisso renovado com a “REnovação” da “MObilidade”. “A simplicidade e modernidade do nome estão também alinhadas com a abordagem ousada, ágil e escalável da Remo face aos desafios da mobilidade urbana e comercial nos diferentes mercados, integrando-os todos sob uma mesma identidade”, refere-se em nota de imprensa.

Esta mudança representa uma “evolução no propósito e identidade“, com a nova marca a refletir o alargamento do foco da empresa de facilitadora da transição energética para construtora de uma mobilidade “verdadeiramente sustentável, com uma abordagem holística, alinhando os interesses das pessoas com as necessidades do negócio e assegurando que a transição para a mobilidade limpa gera retorno económico e benefícios reais para os utilizadores no dia a dia”.

Na nova identidade visual, a circularidade do “E” simboliza “continuidade, renovação e o compromisso contínuo da empresa com soluções sustentáveis”, enquanto os elementos gráficos presentes nos carregadores para veículos elétricos da Remo “narram visualmente a jornada de mudança, inovação e conectividade”.

Não se tratam apenas de elementos de design, mas sim de representações físicas e simbólicas das rotas rumo a um futuro mais limpo e eletrificado“, refere a marca.

A Remo — Powered by Mota-Engil será a nossa marca de referência à medida que expandimos para além de Portugal e reforçamos a nossa presença em mercados europeus estratégicos, como Espanha e Polónia, onde já estamos operacionais. A nossa ambição é tornar-nos uma referência na mobilidade elétrica em toda a Europa”, explica ainda Luís Miguel Castanheira, CEO da Remo, citado em comunicado.

Com esta transformação, assinada pela agência espanhola Knom, a marca adota também a nova assinatura “Building Mobility Together”.

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Movimento de passageiros nos aeroportos nacionais cresce 5,7% em maio

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Em maio, registou-se o desembarque médio diário de 112,9 mil passageiros, um crescimento de 6,1% face ao mesmo mês do ano passado.

O número de passageiros nos aeroportos nacionais aumentou 5,7% em maio, em termos homólogos, para 6,9 milhões, um ligeiro abrandamento face à subida de 8,1% registada no mês anterior, avançou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já o movimento de carga e correio aumentou 8,1%, para 22,8 mil toneladas, um crescimento expressivo face à subida homóloga de 1,7% observada em abril, segundo as estatísticas rápidas do transporte aéreo.

Em maio, registou-se o desembarque médio diário de 112,9 mil passageiros, valor superior ao registado em maio de 2024 (106,4 mil), correspondendo a um crescimento de 6,1%.

O Reino Unido manteve-se o principal país de origem e de destino dos voos, considerando os primeiros cinco meses de 2025, com um crescimento no número de passageiros desembarcados e embarcados face ao mesmo período de 2024 (+2,8% e +2,2%, respetivamente), seguindo-se França, que se manteve na segunda posição, e Espanha na terceiro posição, como principais países de origem e de destino.

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SkillUp fecha ronda de 6 milhões para reforçar ‘hub’ em Portugal

A 'edutech' quer reforçar o 'hub' em Portugal com a contratação de 50 pessoas até 2028 "para impulsionar a sua expansão global, apoiada pela inteligência artificial".

A eduTech SkillUp fechou ronda de investimento de 6 milhões de euros para acelerar a aprendizagem online e expandir o hub de I&D em Portugal, onde planeia contratar 50 colaboradores até 2028.

“A SkillUp está a redefinir a aprendizagem digital com uma abordagem learner centric (centrada no utilizador), focada em deep learning (aquisição profunda de competências) e na entrega de soluções de aprendizagem end-to-end. Este investimento vai acelerar a nossa missão de criar experiências de aprendizagem transformadoras, onde a inteligência artificial automatiza e personaliza o processo educativo, mas onde a mentoria humana, a gestão programática e a inovação em conteúdos continuam a ser pilares fundamentais”, diz JPS Kohli, fundador da SkillUp, citado em comunicado.

Presente em Portugal desde 2021, onde tem um hub, com esta ronda — liderada pela Explorer Investments, com a participação do fundo Innovation, Research & Creativity (IRC) gerido pela FundBox — a edutech quer reforçar o centro com a contratação de 50 pessoas até 2028 “para impulsionar a sua expansão global, apoiada pela inteligência artificial”.

“O investimento na SkillUp reflete a nossa confiança no poder transformador da inteligência artificial, neste caso, numa área tão crítica como a educação. A SkillUp tem vindo a posicionar-se na vanguarda dessa revolução, demonstrando capacidade para integrar tecnologia de ponta em soluções de aprendizagem e apresentando um sólido track record. Estamos entusiasmados por apoiar a SkillUp e convictos que esta ronda de investimento vai permitir acelerar ainda mais o crescimento, consolidando a sua posição como líder em soluções inovadoras na área da educação, impulsionadas por inteligência artificial”, diz António Rocha e Silva, partner da Explorer Investments, citado em comunicado.

A tecnologia da edutech, potenciada por IA, permite adaptar as formações em tempo real, com uma taxa média de conclusão de cursos de 67%, superior à média do setor (entre 4% e 8%), segundo dados partilhados pela empresa em comunicado. IBM, Microsoft e Google são algumas das empresas que usam a sua plataforma.

Com cerca de 300 colaboradores, a startup está presente nos Estados Unidos, Índia e Portugal. No ano passado, registou receitas de 15,5 milhões de dólares (14,8 milhões de euros).

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