Há seis portuguesas entre as startups de maior crescimento no Sul da Europa. Veja a lista completa

Entre as 50 startups de maior crescimento do Sul da Europa, seis têm sede em Portugal. Depois de Itália e Espanha, Portugal é o país que acolhe o maior número de startups. Veja a lista completa.

Há seis startups nacionais entre as 50 de maior crescimento no Sul da Europa em 2024, segundo o “Sifted 50: Southern Europe – The fastest-growing startups in 2024” do Financial Times. Portugal tem 12% das startups que constam neste ranking que analisa as startups de maior crescimento de Andorra, Chipre, Grécia, Itália, Malta, San Marino, Espanha e Portugal.

Três das startups nacionais — Coverflex, Equalfood e Bridge In — ocupam o top 15 do ranking liderado pela espanhola Olistic, sedeada em Barcelona. Da lista das 50 empresas, feita com base na análise do crescimento de receitas nos últimos três anos fiscais, constam ainda a Knokcare, a Casafari e a HiJiffy.

Entre as nacionais, a startup de benefícios flexíveis Coverflex é a que ocupa a melhor posição na listagem, o 4.º lugar, com um total de 17,5 milhões de euros lá levantados no mercado, com operação já em Espanha e Itália, e um crescimento de receitas e 312,89%, segundos os dados da Sifted.

Também no top 15 encontra-se a Equalfood, com a startup de foodtech a ocupar a 9.ª posição face ao crescimento de mais de 232% registado; a fechar as quinze mais está ainda a portuguesa Bridge In, outra HR tech, assinalando um crescimento de mais de 174%. Esta startup, que apoia empresas internacionais a expandirem-se para Portugal, está agora a expandir para Espanha, o primeiro mercado de internacionalização e, até 2028, quer estar presente em 31 países.

 

Mas há mais startups nacionais a registar níveis de crescimento que lhes garantiram um lugar no ranking. Na 33.ª posição está a health tech knokcare, com a startup de Matosinhos a assinalar um crescimento de 99,53%. A subida de mais de 83% da proptech Casafari também lhe garantiu o 40.º lugar no pódio; surgindo em 42.º lugar também a HiJiffy, com a startup da Vidigueira que atua na área de hospitalidade a assinalar um crescimento de mais de 68%.

Lisboa entre as cidades com mais startups

“Portugal não está satisfeito em ser o irmão mais novo — tem trabalhado afincadamente para se reinventar como um tech hub líder. E isso tem tido sucesso: tal como Espanha, o país tornou-se uma base preferencial para os jovens nómadas digitais”, destaca o relatório da Sifted.

Embora, Itália seja a sede do maior número de startups incluídas no ranking, com 24 das 50 a ter a sua casa neste país; seguida de Espanha (16), Portugal surge na terceira posição com seis startups. Segue-se Grécia com 3 e Chipre com 1.

Itália, Espanha e Portugal representam 80% das startups no ranking, com Portugal a ter uma fatia de 12%. Na análise por cidades, Lisboa também pontua bem. Milão lidera entre as cidades (12), seguida de Barcelona (10), Madrid (4), seguido de Lisboa, Atenas, Roma e Turin com três startups cada.

O relatório da Sifted detalha e destaca igualmente as 10 maiores rondas de capital ocorridas no mercado português, com a Powerdot a liderar a larga distância com uma ronda de 100 milhões de euros, seguida da Tonic App (11 milhões), Eneida (10,5 milhões) e Azuro (10,1 milhões).

 

Globalmente, o setor de B2B SaaS é o vertical dominante (19), seguido de consumo (13), fintech (9), deeptech (4) healthtech (3) e climate tech (2).

As 50 startups levantaram no último ano fiscal uma média de 20,7 milhões de euros e geraram 12 milhões de receita, apontam os dados da Sifted.

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Sogrape desafia estudantes para “reinventar a indústria” do vinho

Na competição Sogrape Impact Hack, os participantes terão 12 horas para transformar ideias em soluções concretas, "alavancando abordagens inovadoras" nas áreas de direct to consumer e de enoturismo.

Sogrape Impact Hack desafia estudantes e entusiastas do vinho a criar soluções inovadoras31 julho, 2024

Desafiar entusiastas do vinho a desenvolverem soluções inovadoras para reinventar a indústria vitivinícola e que “contribuam para construir um mundo mais impactante e sustentável, focado em atrair novos consumidores, criar produtos inovadores e implementar práticas sustentáveis“. É este o desafio lançado pela competição Sogrape Impact Hack, agendada para 19 de setembro, nas Caves Ferreirinha, em Vila Nova de Gaia.

As inscrições estão abertas até 11 de setembro numa iniciativa da maior empresa portuguesa de vinhos, que vai premiar os três melhores projetos com 1.500, 1.000 e 500 euros, respetivamente. Os vencedores terão ainda a oportunidade de implementar os seus conceitos no grupo.

“Os participantes terão 12 horas para transformar ideias em soluções concretas, alavancando abordagens inovadoras em duas áreas-chave”: direct to consumer e enoturismo, detalha a empresa portuguesa de vinhos, dona de marcas como Mateus Rosé, Barca Velha, Esteva, Sandeman ou Porto Ferreira.

O Sogrape Impact Hack vem reforçar o compromisso da empresa — fundada em 1942 por Fernando Van Zeller Guedes — com a inovação e a “sua aceleração no setor do vinho”, sublinha, em comunicado. A edição de 2023 contou com mais de 100 participantes.

Sob a liderança de Fernando da Cunha Guedes, atual presidente e representante da terceira geração da família fundadora, a Sogrape está presente em mais de 120 mercados. Detém mais de 1.600 hectares de vinha distribuídos por Portugal, Espanha, Chile, Argentina e Nova Zelândia.

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Turismo português abranda ritmo de crescimento no início do verão

  • Joana Abrantes Gomes
  • 31 Julho 2024

Em junho, o setor do alojamento turístico registou aumentos de 6,7% nos hóspedes e de 4,8% nas dormidas, abaixo dos ritmos de crescimento observados no mês anterior (9,5% e 7,6%, respetivamente).

A atividade turística continuou a crescer em junho, com um total de 3 milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, mais 6,7% e 4,8%, respetivamente, face ao mesmo mês do ano passado. No entanto, este crescimento aconteceu a um ritmo menor do que em maio, quando se registaram aumentos, na mesma ordem, de 9,5% e 7,6%, segundo a estimativa rápida divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O serviço estatístico detalha que, no sexto mês do ano, as dormidas de residentes aumentaram 3,2% em relação a junho de 2023, correspondendo a 2,2 milhões, enquanto as de não residentes cresceram 5,5%, totalizando 5,6 milhões.

Em junho, o número total de dormidas cresceu em todas as regiões do país, com os maiores aumentos a ocorrerem na Península de Setúbal (+9,1%) e na região autónoma dos Açores (+7,2%) e os mais modestos na Madeira (+3,3%) e no Algarve (+3,7%).

O cenário foi idêntico nas dormidas de não residentes, de forma mais expressiva no Alentejo (+14,6%) e nos Açores (+11,8%), aponta o INE. Contudo, ao nível do mercado interno, a Madeira e os Açores escaparam à tendência de crescimento das dormidas, apresentando descidas de 6,9% e 2,0%, na mesma ordem.

Entre os 10 principais mercados emissores em junho, que representaram mais de três quartos (77,7%) do total de dormidas de não residentes, destaca-se o Reino Unido, com um peso de 20,8%, seguido pelos EUA e a Alemanha (cada um com uma quota de 10,6%). O mercado espanhol (8,0%) surge como o quinto maior emissor de turistas para Portugal.

Ainda que tenham sido o segundo principal mercado, os Estados Unidos registaram o maior crescimento (+13,7%) na atividade turística em junho, evidenciando-se também os acréscimos significativos de turistas provenientes dos Países Baixos (+11,9%) Canadá (+11,7%).

Na globalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, a estada média foi de 2,56 noites, o que equivale a um decréscimo de 1,8% face a junho de 2023 (-3,1% nos residentes e -1,3% nos não residentes). As quedas mais expressivas observaram-se no Algarve (-2,9%) e na região Centro (-2,8%), enquanto os Açores e a Madeira foram as únicas regiões do país que registaram crescimentos neste indicador — de 1,4% e 4,2%, respetivamente.

Quanto à taxa líquida de ocupação-cama, verificou-se um aumento de 0,8 pontos percentuais, para 54,2%, em junho, uma subida igual à registada na taxa líquida de ocupação-quarto (64,4%).

A estimativa rápida do INE apresenta ainda dados relativos ao segundo trimestre: no período entre abril e junho, as dormidas registaram uma subida homóloga de 2,8%, impulsionadas pelo crescimento de 4,2% entre os não residentes, ao passo que nos residentes diminuíram 0,8%. Em comparação com o primeiro trimestre, o gabinete estatístico dá conta de uma desaceleração de 4,6 pontos percentuais no número total de dormidas.

Variação homóloga do número de hóspedes, dormidas e estada média em junho

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

(Notícia atualizada pela última vez às 12h57)

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Taxa de juro dos novos créditos à habitação está a cair há nove meses. Em junho fixou-se em 3,68%

A taxa de juro dos novos empréstimos para a compra de casa voltou a cair em junho, alcançando no mês passado o valor mais baixo desde fevereiro de 2023.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação em Portugal continua a apresentar uma tendência de descida, à boleia da correção das taxas Euribor — o indexante mais utilizado nos contratos de crédito à habitação.

Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal divulgados esta quarta-feira, a taxa de juro dos novos empréstimos da casa diminuiu pelo nono mês consecutivo, situando-se em 3,68% em junho. Em maio, a taxa de juro média era de 3,71%, o que significa uma redução de 3 pontos base em apenas um mês.

Esta tendência, que coloca já a taxa de juro para a compra de casa no valor mais baixo desde fevereiro do ano passado, é consistente com a evolução observada na área do euro, onde a taxa média se fixou em 3,73%. O Banco de Portugal nota que “Portugal apresentou a sétima taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da área do euro.”

Os dados do Banco de Portugal notam também que a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 2 pontos base, fixando-se em 3,59%. Nos contratos renegociados, a taxa de juro média decresceu 4 pontos base para 4,03%.

Este é um desenvolvimento significativo, especialmente considerando que a maioria dos novos empréstimos à habitação foi contratada a taxa mista, representando 78,1% do total em junho, destaca o Banco de Portugal em comunicado. “O aumento do peso das novas operações a taxa mista tem-se refletido na recomposição do stock de crédito à habitação, em que os contratos a taxa mista já representavam 25,7% do stock de crédito à habitação, em junho de 2024 (em dezembro de 2022 era 6,4%)”, refere o Banco de Portugal.

O Banco de Portugal nota ainda que as novas operações de empréstimos aos particulares, que incluem os contratos totalmente novos e os contratos renegociados, totalizaram 2.317 milhões de euros em junho, menos 235 milhões do que em maio, e que “o montante dos novos contratos de empréstimos a particulares reduziu 178 milhões de euros, fixando-se em 1934 milhões de euros. Este decréscimo foi transversal às três finalidades.”

No plano das renegociações de crédito, o regulador nota que “reduziram-se 57 milhões de euros, para 383 milhões de euros”, sublinhando que “esta evolução deveu-se, em grande parte, às renegociações de crédito à habitação, que diminuíram pelo quinto mês consecutivo (-50 milhões de euros, para 351 milhões de euros).”

Além do crédito à habitação, as taxas de juro dos outros créditos a particulares também registaram alterações. Nos empréstimos ao consumo, a taxa média das novas operações desceu ligeiramente de 9,55% em maio para 9,52% em junho, marcando a segunda redução deste ano. Este pequeno decréscimo pode ser interpretado como um alívio marginal para os consumidores que recorrem a este tipo de crédito.

Nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média também registou uma descida, passando de 5,03% para 4,94% em junho, uma redução de 0,09 pontos percentuais. Esta evolução pode ser vista como um reflexo das condições económicas e das políticas monetárias que visam facilitar o acesso ao crédito.

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‘Cartel da banca’? “BPI teve atuação correta”, mantém CEO após decisão desfavorável do tribunal da UE

Tribunal de Justiça da UE admite que bancos falsearam concorrência ao trocarem informações. CEO Oliveira e Costa mantém que o BPI teve "uma atuação correta" e continua confiante num desfecho positivo.

O BPI mantém “total convicção” de que teve “uma atuação correta” no caso conhecido como o ‘cartel da banca’ e no qual enfrenta uma coima de 30 milhões de euros.

Esta semana, o Tribunal da Justiça da União Europeia (TJUE) admitiu que a troca de informação entre os bancos “só poderá ter tido por objetivo falsear a concorrência”, abrindo caminho para o tribunal da Concorrência português decidir no mesmo sentido.

O banco não realizou provisões para este risco legal por considerar que “as probabilidades de o processo vir a terminar sem o banco ter de pagar esta coima são mais elevadas do que as de suceder o inverso”, segundo adiantou no relatório e contas do ano passado.

Confrontado se mantém esta convicção depois de conhecida a decisão do TJUE, o CEO João Pedro Oliveira e Costa é taxativo: “Temos total convicção de que o BPI teve uma atuação correta durante todo o período. Este esclarecimento não altera a nossa convicção. (…) Neste momento não altera nada aquilo que já tínhamos previsto no final de 2023”.

Também os “especialistas jurídicos” do banco suportam essa convicção, segundo adiantou João Pedro Oliveira e Costa na apresentação dos resultados do primeiro semestre. O lucro do BPI subiu 28% para 327 milhões.

Em todo o caso, o gestor assegurou que o banco irá aceitar aquilo que “a justiça venha a decidir” neste processo da Autoridade da Concorrência.

“Não há nenhuma decisão ainda. Penso que temos de respeitar com serenidade e aguardar os tempos e formalismos da justiça”, disse.

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Taxa de juro dos depósitos cai pelo sexto mês consecutivo

A remuneração dos depósitos a prazo em Portugal mantém a tendência de descida iniciada no início do ano, com a taxa de juro média dos novos depósitos a fixar-se nos 2,66% em junho.

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares em Portugal continua a sua trajetória descendente, registando uma redução pelo sexto mês consecutivo.

Segundo os dados mais recentes divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média fixou-se em 2,66% em junho de 2024, uma descida de 6 pontos base relativamente aos 2,72% verificados em maio.

Este cenário de queda nas taxas de remuneração dos depósitos não é exclusivo de Portugal. A média da taxa de juro dos novos depósitos a prazo na Zona Euro também diminuiu, situando-se em 3,03% em junho. No entanto, Portugal mantém-se abaixo desta média, ocupando agora a sexta posição mais baixa entre os países da Zona Euro, apenas superado pela Espanha, Croácia, Chipre, Eslovénia e Grécia.

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O Banco de Portugal destaca que “a remuneração média dos novos depósitos a prazo de particulares continua a ser uma das mais baixas da Zona Euro, refletindo a política monetária atual e as condições de mercado”. Esta tendência de queda nas taxas de juro pode continuar, especialmente se o Banco Central Europeu mantiver ou reduzir ainda mais as suas taxas de referência.

A análise detalhada dos dados revela que a maioria dos novos depósitos a prazo de particulares em Portugal continua a ser de curto prazo. Especificamente, os depósitos com prazo até um ano representaram 96% do total de novos depósitos em junho, com uma taxa de juro média de 2,68%, uma diminuição de 7 pontos base relativamente ao mês anterior. Por outro lado, os depósitos a prazo superiores a dois anos registaram uma descida mais acentuada na taxa de juro média, de 1,97% para 1,59%.

Apesar da redução contínua das taxas de juro, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares manteve-se elevado, totalizando 10.061 milhões de euros em junho. Esta cifra representa uma redução de 545 milhões de euros relativamente ao mês anterior, mas ainda reflete uma tendência de reaplicação de montantes em novos depósitos a prazo, à medida que os depósitos existentes atingem a maturidade sem renovação automática.

A contínua redução das taxas de juro dos depósitos a prazo em Portugal coloca desafios para os aforradores, que veem os bancos a remunerar cada vez pior as suas poupanças. No entanto, a elevada procura por depósitos a prazo indica que, apesar das baixas remunerações, este tipo de produto financeiro continua a ser uma opção preferida para muitos portugueses que procuram segurança para as suas poupanças.

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Taxa de desemprego sobe para 6,7% em junho

Taxa de desemprego aumentou em junho, após se ter situado em 6,5% em maio e em 6,3% em junho de 2023. No mês passado havia um total de 360,8 mil pessoas desempregadas em Portugal.

A taxa de desemprego subiu para 6,7% em junho face ao mês anterior e em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em junho, a taxa de desemprego aumentou em dois pontos percentuais (pp.) face aos 6,5% registados em maio e em quatro pp. face a 6,3% em junho de 2023.

No total, em junho deste ano, 360,8 mil pessoas estavam desempregadas, um aumento de 3,8% face ao mês anterior e 8,2% face a junho do ano passado.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Já a taxa de emprego caiu de 64,3% em maio para 63,9% em junho, fixando-se também abaixo dos 64,5% registados em igual mês do ano passado.

Os dados do organismo de estatística indicam que em junho, face ao mês anterior, a população ativa diminuiu em 14,8 mil pessoas (0,3%) e a população inativa aumentou 21,9 mil (0,9%). No caso da população ativa, tal resultou do decréscimo de 27,8 mil (0,6%) da população empregada que superou o acréscimo de 13,1 mil da população desempregada (3,8%), detalha o INE.

A taxa de inatividade fixou-se em 31,5% em junho, o valor mais elevado desde janeiro de 2023 (31,6%), enquanto a taxa de subutilização do trabalho se situou em 11,3%, um acréscimo de 0,2 pp. relativamente a maio e um decréscimo de 0,3 pp. em relação a junho.

(Notícia atualizada às 11h28)

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Lucro do BPI sobe 28% para 327 milhões de euros até junho

O BPI registou lucros de 327 milhões de euros no primeiro semestre, uma subida de quase 30% em termos homólogos. CEO admite que primeira metade do ano superou estimativas, mas vê margem a contrair.

O BPI registou lucros de 327 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma subida de 28% em comparação com o mesmo período do ano passado. Juros continuaram a suportar os resultados do banco detido pelos espanhóis do CaixaBank. “Tivemos um primeiro semestre bastante forte”, assumiu o CEO, João Pedro Oliveira e Costa.

Em Portugal, o banco teve um resultado de 268 milhões, mais 35% em termos homólogos, desempenho que permite atingir uma rentabilidade de 19% (RotE). Nas outras geografias os resultados também cresceram, mas menos: o angolano BFA lucrou mais 1% para 41 milhões e o moçambicano BCI lucrou mais 7% para 18 milhões.

Em conferência de imprensa, o CEO do banco sublinhou que “a evolução do primeiro semestre ficou acima das expectativas, por dois fatores”: “um comportamento a nível comercial melhor” do que esperava; e uma evolução da curva das taxas de juro mais lenta do que se antecipava.

“Os resultados vão ficar mais perto do ano anterior, e não abaixo como esperávamos”, adiantou, considerando que seria muito estranho se o nível de lucro baixasse no total do ano.

Margem regressa “à normalidade”

A margem financeira — a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — voltou a suportar a subida dos resultados, crescendo 13% para 491 milhões de euros. Mas o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa nota que o pico foi atingido no final do ano passado.

“Já se nota um retorno a uma certa normalidade da margem financeira, antecipamos que tendência irá manter-se no resto do ano e em 2025”, referiu o líder do banco.

As comissões tiveram uma subida de 14% para 168 milhões, um disparo que se “deve à liquidação antecipada da participação em resultados de apólices de seguros comercializadas em anos anteriores”, justifica a instituição.

Com isto, o produto bancário atingiu os 669 milhões de euros em seis meses, mais 18% face ao primeiro semestre do ano passado.

Aumentar negócio para travar impacto da descida dos juros

O crédito total aumentou 1% para, com a carteira a superar os 30 mil milhões de euros. O stock de empréstimos à habitação cresceu 1% para 14,7 mil milhões e às empresas 2% para 11,7 mil milhões, de acordo com o banco.

Nos depósitos, o banco diz que já recuperou do impacto da fuga para os Certificados de Aforro há um ano. A base de depósitos também superou a fasquia dos 30 mil milhões de euros no final de junho, aumentando 4% em relação ao ano passado.

João Pedro Oliveira e Costa explicou que o banco quer apostar no aumento do negócio para “combater o impacto da diminuição da margem” que se perspetiva para os próximos trimestres.

“Temos de aumentar o crédito, onde? Nas PME. E temos de manter uma grande resiliência no credito à habitação, que permite uma grande relação com os clientes no médio e longo prazo”, assumiu o gestor.

Até porque “a envolvente competitiva dos novos entrantes e dos estabelecidos irá criar pressão para que serviços sejam mais em conta, não há margem para mexer nas comissões”, observou ainda.

Por outro lado, sublinhou a importância da digitalização e ganhos de eficiência neste contexto. “Vai nos tornar mais competitivos”, assumiu.

Com os custos a estabilizarem nos 250 milhões de euros, o BPI registou ganhos de eficiência na primeira metade do ano, com o rácio cost to income a baixar para 37%, menos 3 pontos percentuais face a dezembro.

(Notícia atualizada às 12h49)

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Após criar hub no Brasil, agência lisboeta Float Health aponta mira à Europa

Agência especializada na área médica trabalha com os principais players da indústria farmacêutica, como a Lilly, Merck, Sanofi, Bial ou Astrazeneca. Fatura 3,5 milhões de euros e emprega 40 pessoas.

Depois de terminar o curso em Gestão de Empresas na Universidade Moderna de Lisboa, Pedro Joel fundou a agência de publicidade Float Health em 2003, especializada na área da saúde. Duas décadas depois, a agência lisboeta fatura 3,5 milhões de euros, emprega 40 pessoas e conta com um escritório no Brasil que serve com um hub para todo o mercado da América Latina. No primeiro trimestre deste ano, a faturação do mercado internacional já representou cerca de 50% do volume de negócios total.

O grupo liderado por Pedro Joel desenvolve conteúdos médicos e soluções tecnológicas para os principais players da indústria farmacêutica como a Lilly, Merck, Sanofi, Amgen, Bial, Astrazeneca, entre outros. O gestor explica ao ECO/Local Online que “aliam a consultoria na área médica, com desenvolvimento de conteúdo, soluções tecnológicas e digitais, com a comunicação em diferentes canais”.

Pedro Joel, CEO do Grupo FloatGrupo Float

O grupo Float está a reforçar a presença internacional com novos projetos para países como Alemanha, França, Espanha e Reino Unido. Pedro Joel detalha que o grupo “desenvolve ferramentas tecnológicas diferenciadoras pelo seu conteúdo científico, desenvolvido totalmente pelo Grupo Float a partir Portugal, e adaptado para as várias línguas, tanto para profissionais de saúde como para doentes”.

O gestor explica que “estas ferramentas permitem, por um lado, um suporte aos médicos na prática clínica diária e em constante atualização, potenciando a educação médica continuada”. Por outro lado, possibilitam também o apoio aos doentes na gestão da doença e aumento da literacia em saúde.

“A Float começou como uma agência de publicidade há 20 anos para suprir uma lacuna que existia no mercado nessa altura. A maior parte das agências estavam dedicadas ao consumo e percebi que havia um nicho de mercado na parte health e viemos supri-o”, conta ao ECO/Local Online, Pedro Joel, CEO do Grupo Float.

Além da Float Health, o grupo Float criou em 2014 a Float Play, direcionada para o marketing. Dois anos depois surgiu a Float PR, com foco em public relations e public affairs.

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Inflação na Zona Euro sobe para 2,6% em julho

O índice de preços ao consumidor subiu no conjunto dos 20 países da moeda única europeia, indica a estimativa rápida do Eurostat. Aceleração não deverá travar descida de juros pelo BCE.

A taxa de variação homóloga da inflação na Zona Euro terá acelerado em julho para os 2,6%, mais uma décima do que em junho, indica a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta quarta-feira. Ficou também acima dos 2,5% esperados pela média dos economistas.

Os serviços terão sido, novamente, a componente com a taxa de inflação mais elevada, de 4%, ainda assim abaixo dos 4,1% registados em junho. Seguem-se os bens alimentares, álcool e tabaco, com uma taxa de 2,3%, menos uma décima do que no mês anterior.

A maior diferença está na aceleração na componente da energia, onde a inflação aumentou de 0,2% em junho para 1,3% em julho. Nos bens industriais foi de 0,8%, mais uma décima que no mês anterior.

A inflação subjacente — que exclui energia, bens alimentares, álcool e tabaco — manteve-se inalterada nos 2,9% pelo terceiro mês consecutivo.

A ligeira queda da inflação nos serviços provavelmente é suficiente para que um corte [da taxa pelo BCE] em setembro se mantenha como o cenário base.

Franziska Palmas

Economista sénior da Capital Economics

“A ligeira queda da inflação nos serviços provavelmente é suficiente para que um corte [da taxa pelo BCE] em setembro se mantenha como o cenário base. Mas com as pressões subjacentes nos preços ainda elevadas, a decisão será por um triz e estará dependente dos dados económicos que serão divulgados nas próximas semanas, incluindo a inflação em agosto”, afirma Franziska Palmas, economista sénior da Capital Economics, numa nota de reação.

Em Portugal, a taxa de variação homóloga terá abrandado para 2,5% em julho, segundo a informação avançada hoje pelo INE. O Eurostat usa, no entanto, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, que resulta numa leitura diferente. De acordo com este indicador, a inflação situou-se nos 2,7% em julho, acima dos 2,6% para o conjunto dos 20 países da moeda única.

A taxa mais elevada terá sido registada na Bélgica (5,5%), seguida da Holanda (3,5%). No extremo oposto estão a Finlândia (0,6%) e a Letónia (0,8%), demonstrando a disparidade do cenário da inflação na Zona Euro.

(notícia atualizada às 10h45)

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Líder nacional da certificação fecha novos contratos em Angola e Chipre

A marcação CE para os produtos de construção permitiu à Certif, liderada por Francisco Barroca, aceder na primeira metade do ano a novos clientes estrangeiros, que valem 40% da faturação.

A Certif – Associação para a Certificação, que reclama a liderança de mercado em Portugal na certificação de produtos e serviços, registou no primeiro semestre um crescimento de 12% na faturação, em termos homólogos, com a percentagem de vendas no estrangeiro a superar os 40% neste período.

Com clientes em 25 países, o organismo liderado por Francisco Barroca diz ter conquistado um novo cliente em Angola na certificação de produtos, que é a atividade core – vale cerca de 70% do negócio total – e em que se destacam os setores elétrico e da construção.

“A marcação CE para os produtos de construção e o vasto âmbito de normas em que a Certif está qualificada tem permitido, além da resposta às necessidades das empresas nacionais, o acesso a novos clientes no estrangeiro, o que aconteceu, neste semestre, com empresas cipriotas”, acrescenta, em informação enviada ao ECO.

No setor elétrico, além de ter mantido o apoio a empresas exportadoras através da emissão de certificados para o acesso às marcas europeias ENEC e HAR, destaca a procura pelos certificados CB-Scheme que permitem o reconhecimento dos ensaios a nível internacional, em vários países com quem assinou acordos de reconhecimento, como no Reino Unido.

Na área da reciclagem, outras das prioridades assumidas atualmente pela Certif, na primeira metade deste ano foi criada uma comissão técnica com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e com a Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP) para definir um esquema de certificação da percentagem de plásticos reciclados a disponibilizar ao mercado.

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Inflação em Portugal terá abrandado para 2,5% em julho

A estimativa rápida do INE revela que o índice de preços no consumidor terá registado um abrandamento de 0,3 pontos percentuais face à taxa de inflação de junho.

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá abrandado para 2,5% em julho de 2024, face a 2,8% registados em junho, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quarta-feira.

A inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, manteve-se estável em 2,4%, o mesmo valor registado no mês anterior.

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Bem diferente foi o comportamento dos bens energéticos que, segundo dados do INE, registou um abrandamento significativo, registando um aumento homólogo de 4,2% em julho, que compara com uma subida homóloga de 9,4% em junho. Este abrandamento deve-se, “essencialmente, devido ao menor aumento mensal registado nos preços da eletricidade (0,3%) quando comparado com o que se tinha verificado em julho de 2023 (15,4%)”, refere a estimativa rápida do INE.

Em contraste, o INE refere que a variação do índice dos produtos alimentares não transformados terá registado uma subida homóloga de 2,8% em julho, que compara com uma subida de 1,8% registados em junho.

Na comparação em cadeia, os dados do INE apontam para uma contração de 0,6% dos preços face ao mês anterior, que compara com a variação nula observada em junho e a queda de 0,4% em julho de 2023. Este declínio mensal sugere uma desaceleração nos aumentos de preços em termos gerais.

A variação média da inflação nos últimos 12 meses terá mantido-se estável nos 2,5%, indicando uma estabilidade na tendência de longo prazo da inflação, enquanto o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado como indicador comparável em termos europeus, terá registado uma variação homóloga de 2,7% (face aos 3,1% no mês anterior).

Os dados definitivos referentes ao IPC de julho de 2024 serão publicados a 12 de agosto, atendendo que estimativa rápida do INE serve como uma indicação preliminar, fornecendo uma visão antecipada do comportamento da inflação.

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