Espanhola FOSSA Systems abre centro em Portugal para desenvolver nanossatélites

A empresa espanhola FOSSA Systems, especializada na produção de nanossatélites, abriu esta semana um centro de investigação em Portugal, num investimento inicial de dois milhões de euros.

A empresa espanhola FOSSA Systems, especializada na produção de nanossatélites e outra tecnologia e serviços de recolha de dados em zonas remotas, abriu esta semana um centro de investigação em Portugal, num investimento inicial de dois milhões de euros.

A FOSSA Systems foi criada em 2020 e passou de contar com os dois sócios fundadores a ter hoje 32 colaboradores, tendo entretanto desenvolvido e colocado em órbita cerca de 20 satélites de teste, para recolha de dados, através de uma ligação direta a sensores colocados em infraestruturas ou unidades móveis na Terra.

Já este ano, conseguiu um financiamento de 6,3 milhões de euros de um consórcio de fundos de investimento em que está incluído o Indico Capital Partners. Este financiamento foi um dos motivos que levou a empresa a instalar-se agora em Portugal, com um centro de investigação e desenvolvimento (I+D), em Oeiras, no distrito de Lisboa, mas não o único, disse à Lusa Julián Fernández, que é um dos fundadores da FOSSA Systems.

Para além da proximidade a Espanha, Portugal oferece “disponibilidade de talento” de que a empresa precisa neste momento, disse Julián Fernández.

A empresa arrancou com o centro de I+D em Portugal com a contratação de seis engenheiros saídos do Instituto Superior Técnico (Lisboa) e da Universidade do Minho e espera nos próximos três anos aumentar o pessoal para 15 a 20 pessoas, disse o fundador da FOSSA Systems. “E estamos em processo de procura de mais financiamento também para o centro“, acrescentou.

A atividade do centro instalado em Oeiras será a mesma da realizada na sede em Madrid: desenvolvimento e produção de tecnologia no âmbito da designada Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).

Neste caso, a IoT funciona à margem das redes de Internet de alta velocidade e tem como objetivo a recolha de dados numa ligação direta entre dispositivos colocados na Terra (sensores) e outros que estão em órbita (satélites), sem passar pelas operadoras de telecomunicações ou outras redes.

É especialmente relevante para recolha de informação e monitorização de infraestrutura ou transportes em zonas remotas e tem crescido a sua aplicação em áreas como a agricultura ou o transporte marítimo, por exemplo.

É também procurada e desenvolvida por entidades governamentais, por funcionar num circuito fechado, sem envolvimento de terceiros ou operadores externos, oferecendo assim garantias de segurança que a Internet de alta velocidade não dá.

A FOSSA Systems desenvolve uma “tecnologia de satélite própria” e completa e “miniaturizou satélites”, produzindo atualmente dispositivos destes com menos de 10 quilogramas, segundo Julián Fernández.

Trata-se de dispositivos que “democratizam o acesso ao espaço”, porque são “muito mais baratos” do que aqueles que produziam as grandes empresas no passado recente, explicou. Segundo Julián Fernández, há neste momento outras empresas a desenvolver e a produzir o mesmo tipo de tecnologia, incluindo a portuguesa Connected, mas a FOSSA Systems é pioneira no desenvolvimento de um “serviço completo”, que inclui a criação e fabricação dos satélites, sensores e outros dispositivos, mas também do próprio “serviço de conectividade”.

A empresa tem agora objetivos de prosseguir a internacionalização, mas a nível comercial, não com a abertura de centros de investigação em outros países para além de Portugal. “O nosso foco e objetivo é ter uma rede de 80 satélites em órbita baixa que possam comunicar via satélite todo o tipo de sensores colocados em ativos em zonas remotas”, disse Julian Fernández, que referiu áreas como a logística, a agricultura, a energia ou a defesa.

O objetivo é ter os 80 satélites a operar “nos próximos anos” e a empresa espera começar a prestar serviço comercial em 2025. Segundo Julián Fernández, entre os primeiros clientes da FOSSA Systems estão empresas como a Microsoft e entidades governamentais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro visita Brasil com G20 no centro da agenda

  • Lusa
  • 17 Novembro 2024

Luís Montenegro realiza entre segunda e quarta-feira a sua primeira visita ao Brasil primeiro, com a agenda centrada na cimeira de chefes de Estado e do Governo do G20, enquanto país convidado.

Luís Montenegro realiza entre segunda e quarta-feira a sua primeira visita ao Brasil enquanto primeiro-ministro, com a agenda centrada na participação na cimeira de chefes de Estado e do Governo do G20, enquanto país convidado do anfitrião.

Desde que tomou posse em abril, o chefe do Governo português já foi por duas vezes aos Estados Unidos, onde participou na cimeira da NATO e na Assembleia Geral das Nações Unidas, fez visitas oficiais a Cabo Verde e a Angola, acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nas comemorações oficiais do 10 de junho na Suíça e fez curtas deslocações a Espanha (a primeira viagem do seu mandato), à Alemanha e a França para se encontrar com os líderes destes países, além de participar nos Conselhos Europeus formais e informais.

Marcelo Rebelo de Sousa foi, desde o início do seu primeiro mandato em 2016, oito vezes ao Brasil, a última das quais em janeiro de 2023 para assistir à posse de Lula da Silva como Presidente, e já anunciou que tenciona voltar a este país no próximo ano, previsivelmente em fevereiro.

Também o Presidente da República Federativa do Brasil, Lula da Silva, deslocou-se várias vezes a Portugal nos últimos anos, a última das quais em abril de 2023, numa visita de Estado que incluiu uma cimeira luso-brasileira.

Do programa de três dias de Luís Montenegro no Brasil, quase dia e meio será dedicado à cimeira de chefes de Estado e do G20, que decorre segunda e terça-feira no Rio de Janeiro. “Tem sido uma honra para Portugal participar neste importante fórum multilateral que é o G20, como país observador, a convite da Presidência brasileira“, referiu o primeiro-ministro português, numa entrevista à Folha de São Paulo, divulgada no sábado.

Nesta entrevista, Montenegro manifesta apoio às três prioridades definidas pelo Brasil para a cimeira – o combate à fome e à pobreza, a transição energética e a promoção do desenvolvimento sustentável, e a reforma da governação global –, “que convergem com as prioridades da participação portuguesa”. “Tal é evidente no apoio que demos, desde a primeira hora, à criação da Aliança contra a Fome e a Pobreza, da qual somos membros fundadores e para a qual decidimos contribuir financeiramente“, acrescenta, dizendo esperar que o G20 no Rio se consagre como “um momento crucial” na “construção de um mundo mais justo e sustentável”.

Acompanhado do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o primeiro-ministro participará na segunda-feira de manhã precisamente no lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e intervirá na primeira sessão de trabalho da cimeira, dedicada à inclusão social. Durante a tarde, Luís Montenegro participará na segunda sessão de trabalho, centrada na reforma das instituições de governação global, um tema que esteve muito presente na recente participação do primeiro-ministro português na Assembleia Geral da ONU, em setembro.

Acompanhado do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o primeiro-ministro participará na segunda-feira de manhã precisamente no lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e intervirá na primeira sessão de trabalho da cimeira, dedicada à inclusão social. Durante a tarde, Luís Montenegro participará na segunda sessão de trabalho, centrada na reforma das instituições de governação global, um tema que esteve muito presente na recente participação do primeiro-ministro português na Assembleia Geral da ONU, em setembro.

No seu discurso perante as Nações Unidas, o primeiro-ministro defendeu então uma reforma institucional, com mudanças no Conselho de Segurança, “que o torne mais representativo, ágil e funcional”, com mudanças na sua composição e “a limitação e o maior escrutínio do direito de veto”.

Nessa ocasião, declarou apoio às pretensões do Brasil e da Índia de se tornarem membros permanentes e aproveitou para destacar a candidatura de Portugal a um lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança, para o biénio 2027-2028.

A terceira e última sessão de trabalho da reunião de chefes de Estado e de Governo do G20, já na terça-feira, vai centrar-se no desenvolvimento sustentável e transição energética, antes da apresentação das conclusões da cimeira e da passagem da presidência brasileira do G20 à África do Sul.

As últimas horas do programa do primeiro-ministro no Rio de Janeiro serão passadas com a comunidade portuguesa e numa visita ao Real Gabinete Português de Leitura, ponto habitual dos programas de chefes de Governo e de Estado portugueses nesta cidade, e ao qual Montenegro entregará a obra completa do ensaísta Eduardo Lourenço, uma edição da Fundação Calouste Gulbenkian.

Em São Paulo, na quarta-feira, o programa voltará a ser centrado na comunidade e na língua portuguesas, com um almoço com emigrantes na Casa de Portugal, e uma visita ao Museu da Língua Portuguesa, ao qual Montenegro entregará os três volumes da obra completa de Luís de Camões, uma edição preparada por Maria Vitalina Leal de Matos, no ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento do poeta português.

A defesa do português como língua oficial das Nações Unidas foi outra ambição defendida pelo primeiro-ministro na recente Assembleia Geral desta organização, referindo-se tratar-se de um objetivo comum da CPLP e do Presidente do Brasil, Lula da Silva, com quem esteve num evento comum em Nova Iorque nessa ocasião.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é um dos três campeões do euro na redução da dívida pública

Previsões da Comissão Europeia colocam Portugal entre os três países que mais reduzem o rácio da dívida pública entre 2024 e 2026. É também um dos poucos com melhor saldo do que em 2019.

O rácio da dívida pública portuguesa deverá reduzir-se de 95,7% este ano para 90,5% em 2026, de acordo com as previsões da Comissão Europeia, divulgadas esta sexta-feira. A concretizar-se será uma redução de 5,2 pontos percentuais (pp.), colocando o país como um dos três campeões da Zona Euro na diminuição do rácio em dois anos.

As previsões de outono da Comissão Europeia apontam para que a média da dívida do euro se situe em 89,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e aumente ligeiramente para 90% em 2026, enquanto a da União Europeia suba de 82,4% este ano para 83,4% em 2026. Portugal não é, contudo, um dos países que contribuem para os aumentos de 0,9 pontos e de um ponto, respetivamente.

A liderar o ranking dos países com a maior redução em dois anos prevista para o rácio está a Grécia (-10,4 pontos), seguida pelo Chipre (-9,7 pontos) e por Portugal (-5,2 pontos). Em sentido contrário, a Lituânia deverá registar a maior subida (+6,3 pontos), seguida pela Irlanda (+4,8 pontos) e França (+4,4 pontos).

Ainda assim, Bruxelas destaca que até o final de 2026, a maioria dos países da União Europeia deverá ter rácios abaixo dos registados em 2020. Como exemplo, aponta o caso da Grécia, Chipre e Portugal com reduções de 67 pontos, 57 pontos e 44 pontos, respetivamente. Por outro lado, Bélgica, Grécia, Espanha, França e Itália deverão ter uma dívida acima de 100% do PIB em 2026.

Crescimento das receitas ajuda a reduzir défices

A Comissão Europeia destaca ainda que o crescimento das receitas em percentagem do PIB (0,5 pontos) deverá superar o da despesa (0,2 pontos), impulsionando a redução do défice da União Europeia em 2024. Em 2025, o rácio receitas/PIB deverá continuar a crescer, também devido a transferências mais elevadas do orçamento da UE e a medidas discricionárias.

Bruxelas estima que dez Estados-Membros da UE tenham um défice superior a 3% do PIB em 2024, um número que deverá permanecer estável em 2025, com alguma variação na composição dos países.

Em 2026, a maioria dos Estados-Membros, com exceção de Chipre, Irlanda, Portugal e Espanha, deverão registar situações orçamentais ainda inferiores às de 2019, pouco antes da pandemia, com nove ainda apresentando um défice superior a 3%, com base num cenário de políticas inalteradas“, sublinha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Portugal está bem, num mundo que não está bem”, diz Marcelo no Equador

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

"Portugal está politicamente estável, Portugal está com as contas do Estado certas, Portugal está a crescer este ano, e vai crescer 2%", disse perante portugueses e lusodescendentes em Quito.

O Presidente da República descreveu hoje Portugal como um país que se destaca no contexto mundial por estar bem, politicamente estável, com contas certas e que vai crescer 2%, num discurso em Quito, no Equador.

Marcelo Rebelo de Sousa falava perante uma centena de portugueses e lusodescendentes, num hotel em Quito, último ponto do seu programa no Equador, depois de ter participado na 29.ª Cimeira Ibero-Americana, em Cuenca, entre quinta e sexta-feira.

Quero dizer-vos Portugal está bem, num mundo que não está bem, numa Europa com complicações, numa América Latina com complicações”, declarou.

O chefe de Estado acrescentou que “Portugal está politicamente estável, Portugal está com as contas do Estado certas, Portugal está a crescer este ano, e vai crescer 2%”.

“Portugal está a continuar a crescer no turismo, acaba de bater o recorde de receitas do turismo. Portugal continua a crescer em investimento. Mas queremos mais, queremos mais. E convosco vamos mais longe”, concluiu, dirigindo-se aos emigrantes portugueses e lusodescendentes.

Depois deste encontro, em que também esteve o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o Presidente da República seguiu para o aeroporto, para viajar de regresso a Portugal, onde chegará no domingo.

No cenário macroeconómico incluído na proposta de Orçamento para 2025, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 e que a taxa de inflação diminua para 2,6% neste ano e 2,3% no próximo.

Quanto ao saldo entre receitas e despesas, o executivo pretende alcançar excedentes orçamentais de 0,4% neste ano e de 0,3% no próximo ano. Relativamente ao rácio da dívida pública, o Governo estima a sua redução para 95,9% do PIB em 2024 e para 93,3% em 2025.

Neste momento, prossegue a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025. O encerramento e a votação final global estão marcados para 29 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹 Portugueses compram dois pares de sapatos por ano

Quanto pagam pelo calçado e o que influencia a decisão de compra? Quantos pares têm no armário os homens e as mulheres? Por quanto tempo o utilizam e quantos e como os descartam? Veja no vídeo.

Em média, os portugueses compram dois pares de sapatos por ano com um preço médio entre 41 e 60 euros. O que influencia a decisão de compra e quantos têm em uso no armário os homens e as mulheres? Por quanto tempo os utilizam, quantos descartam por ano e o que fazem com eles?

A Lipor realizou um estudo sobre os hábitos dos consumidores de calçado em Portugal, no âmbito do projeto BioShoes4All, com o objetivo de compreender o ciclo de vida dos produtos e promover práticas sustentáveis no setor. Veja no vídeo as principais conclusões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dono de alojamentos locais abre primeiro hotel “japonês” no Porto

Empresa que explora 50 apartamentos de alojamento local em Lisboa e no Porto investe agora numa primeira unidade hoteleira no centro do Porto e tem um plano de expansão ambicioso até 2027.

A portuguesa Imani Assets, proprietária e/ou gestora de mais de 50 apartamentos em Lisboa e no Porto, através da marca Upperground, prepara-se no arranque do próximo ano para abrir uma primeira unidade hoteleira na Invicta com a insígnia Kodawari. O plano da empresa liderada por Gonçalo Araújo Fernandes é chegar aos 20 hotéis em Portugal até ao final de 2027.

“O Kodawari Flores, na Rua das Flores, será a primeira unidade a abrir, durante o primeiro trimestre de 2025 e estamos a estudar mais dois ativos no Porto em localizações absolutamente prime“, conta o empresário. Gonçalo Araújo Fernandes indica ainda ao ECO que tem “planos de expandir para Lisboa” e está neste momento a “estudar um ativo, em particular, e outros ativos numa fase mais inicial nas principais localizações da capital, de modo a anunciar em breve mais unidades a serem exploradas pela marca”.

Prevemos cerca de 15 a 20 unidades consolidadas em Portugal antes de começarmos o nosso plano de internacionalização.

Gonçalo Araújo Fernandes

CEO da Kodawari Residences

O líder da Imani Assets prevê chegar a “cerca de 15 a 20 unidades consolidadas em Portugal antes de começar o plano de internacionalização”. E de onde vem o nome Kodawari? “Nasce de uma expressão japonesa, que pretende explicar a busca constante pela perfeição num determinado produto, serviço ou conceito – e persegui-lo com paixão, insistência e resiliência”, responde.

Localizada em pleno centro histórico da cidade Invicta, esta nova unidade conta com 15 suítes e promete “oferecer a melhor noite de sono de sempre” através das Hästens, que apresenta como “as melhores camas do mundo”, fabricadas à mão, e dos cobertores Blanky. A plataforma já está a aceitar reservas e uma noite custa entre 150 e 170 euros.

 

Gonçalo Araújo Fernandes, CEO da Kodawari e acionista maioritário da Imani AssetsKodawari

Com mais de 20 anos de experiência em finanças e gestão, Gonçalo Araújo Fernandes, licenciado em Gestão de Empresas e com um um MBA em Estratégia e Marketing pelo ISEG, detalha ao ECO que “esta primeira unidade vai ser explorada por um período de 20 anos, sendo que o investimento da Kodawari no arrendamento é de cerca de 3,6 milhões de euros para a maturidade (TCV, Total Contract Value)”.

“O modelo de negócios da Kodawari passa por fazermos o procurement dos ativos que pretendem arrendar, passar os mesmos aos nossos investidores que adquirem o ativo, investem na conversão (obras) e nós arrendamos e exploramos os ativos ‘chave na mão’ por períodos de 20 a 40 anos, dando, claro, rentabilidades bastante acima do mercadoyields anuais de 6% a 9%)”, pormenoriza.

Fundada em dezembro de 2014 por Gonçalo Araújo Fernandes, a Imani Assets tem sede em Lisboa e no ano passado registou uma faturação de 1,1 milhões de euros, de acordo com os dados consultados na plataforma da consultora Informa D&B.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Queijo de ovelha português considerado o melhor do Mundo

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Queijo de ovelha amanteigado produzido na freguesia de Soalheira, no Fundão, venceu os 'World Cheese Awards 2024', em que competiram 4.800 queijos.

O Queijo de ovelha amanteigado da Queijaria Quinta do Pomar, da freguesia de Soalheira, concelho do Fundão, foi considerado o melhor do mundo no ‘World Cheese Awards 2024’, entre cerca de 4.800 queijos.

Na sua página, a organização do concurso — Guild of Fine Food — anuncia que “um queijo de leite de ovelha macio e de colher, feito por um queijeiro espanhol em Portugal, foi eleito o melhor queijo do planeta nos ‘World Cheese Awards’ 2024”.

Depois de terem sido apreciados 4.786 queijos de 47 países, o Queijo de ovelha amanteigado da Quinta do Pomar reuniu a maior pontuação de 240 jurados de 40 países, com especialistas na área dos queijos, como tecnólogos e avaliadores de queijos, bem como retalhistas e compradores, ‘chefs’ e jornalistas.

“Feito com leite de ovelha cru e coalho de cardo vegetariano (conhecido como cardo), o queijo vencedor é consumido habitualmente cortando a parte superior e retirando com uma colher a sua pasta quase líquida”, refere a organização.

A final dos ‘World Cheese Awards’, que se realiza pelo 36.º ano, decorreu pela primeira vez em Portugal, na cidade de Viseu.

O diretor do Guild of Fine Food, John Farrand, afirmou que “os queijeiros portugueses deixaram o seu país orgulhoso”. Citado na sua página, o responsável acrescentou que o “queijo campeão do Mundo é típico da região centro de Portugal, extraordinário por ser feito com cardo em vez de coalho convencional”.

O Município do Fundão, no distrito de Castelo Branco, felicitou publicamente a Queijaria Quinta do Pomar, “pela conquista extraordinária no ‘World Cheese Awards 2024′”.

“Esta distinção é o reconhecimento da excelência dos produtos endógenos do concelho do Fundão”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundação Amélia de Mello e Cotec lançam bolsa para promover inovação na indústria

  • ECO
  • 16 Novembro 2024

Bolsa Jorge de Mello – Indústria e Inovação visa "estimular o desenvolvimento de projetos de investigação com elevado mérito científico em contexto empresarial" e com potencial económico.

A Fundação Amélia de Mello (FAM) e a COTEC Portugal juntaram-se para lançar uma bolsa de 150 mil euros para apoiar “projetos de investigação com elevado potencial de transformação do setor industrial português”. As candidaturas estarão abertas até 31 de março de 2025.

É um marco no compromisso da Fundação Amélia de Mello com a inovação sustentável e com o futuro do setor industrial português. Esta bolsa não só apoia o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas, com impacto direto na competitividade das empresas, mas também presta uma homenagem profunda ao espírito visionário de Jorge de Mello, cuja dedicação à inovação moldou a indústria em Portugal”, salienta Manuel Alfredo de Mello, vice-presidente da FAM, citado em comunicado.

“A prosperidade de Portugal enquanto economia competitiva depende, em larga medida, da nossa capacidade de conjugar a geração de conhecimento científico com as necessidades concretas do tecido empresarial. A Bolsa Jorge de Mello – Indústria e Inovação assume um papel central neste esforço, ao promover uma colaboração direta entre investigadores e empresas, impulsionando o desenvolvimento de soluções tecnológicas com aplicabilidade prática e dirigidas ao mercado global,” refere Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal.

A FAM salienta que os projetos concorrentes à Bolsa Jorge de Mello “devem demonstrar uma clara orientação para o mercado, com propostas inovadoras e potencial de impacto em várias áreas”, como a descarbonização ou redução da utilização de recursos naturais e o aumento da competitividade através do conhecimento científico e tecnológico aplicado à inovação em produtos ou processos. “A colaboração ativa com uma empresa parceira é um requisito essencial, sendo esta responsável por integrar a tecnologia desenvolvida nas suas atividades comerciais nos três anos seguintes ao término do projeto”, acrescenta.

As candidaturas estarão abertas até 31 de março de 2025 e podem ser submetidas através do formulário disponível no site da COTEC Portugal. A avaliação decorre até 30 de maio e a bolsa será formalmente entregue em cerimónia pública no dia 30 de junho.

A Bolsa Jorge de Mello é uma das três novas promovidas pela FAM, a par da Bolsa José Manuel de Mello – Empreendedorismo (2024) e da Bolsa Amélia de Mello – Inovação Social (2026).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gouveia e Melo diz que trânsito de navios russos na costa de Portugal é “cada vez mais intenso”

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Segundo o chefe do Estado-Maior da Armada, num período muito curto passaram em águas portuguesas três navios de guerra, três de pesquisa, dois reabastecedores e um navio espião.

O chefe do Estado-Maior da Armada disse hoje que há um “trânsito cada vez mais intenso” de navios russos na costa de Portugal e que recentemente cruzou águas portuguesas uma embarcação dedicada à espionagem.

Há um trânsito nas nossas águas de navios da federação russa, um trânsito cada vez mais intenso, de Norte para Sul e de Sul para Norte”, afirmou o almirante Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas hoje no Alfeite, em declarações transmitidas pelo canal de televisão CNN.

Segundo o almirante, num período muito curto passaram em águas portuguesas três navios de guerra (duas fragatas e uma corveta), dois navios reabastecedores, três navios de pesquisa científica e ainda “um navio que faz espionagem, normalmente espionagem eletrónica”.

Gouveia e Melo explicou que a Marinha acompanha este fluxo de navios russos com apertada vigilância. “A nossa resposta a isso é segui-los, controlá-los, mantê-los sob pressão constante com a nossa presença também constante”, afirmou aos jornalistas.

O almirante Gouveia e Melo esteve hoje presente, na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, na chegada do navio D. Francisco de Almeida.

A fragata, com uma guarnição de 167 militares, participou numa missão da NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹 Como a vitória de Trump mexeu com os mercados

  • ECO
  • 16 Novembro 2024

Da Bitcoin, que chegou a máximos históricos, à Tesla, que atingiu um valor de mercado acima de um bilião de dólares, são vários os ativos que reagiram às eleições americanas.

A vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas abriu o apetite dos investidores por classes de ativos com maior risco. Desde a Bitcoin, que chegou a máximos históricos, passando pela Tesla, que atingiu um valor de mercado acima de um bilião de dólares, foram várias as mexidas nos mercados.

Veja aqui o vídeo.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Von der Leyen diz que UE tem gás para inverno e que enfrentará “chantagem” de Putin

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Áustria, que até agora comprava à Rússia mais de 80% do gás que consome, foi obrigada a prescindir dos fornecimentos do consórcio estatal russo Gazprom a partir de sábado.

A presidente da Comissão Europeia acusou hoje a Rússia de usar novamente a energia “como arma” cortando o gás à Áustria, mas disse que a UE tem os depósitos cheios e enfrentará a chantagem do Presidente Vladimir Putin.

Mais uma vez, Putin está a usar a energia como arma. Está a tentar chantagear a Áustria e a Europa cortando o fornecimento de gás”, disse Ursula von der Leyen numa mensagem nas redes sociais.

A presidente da Comissão Europeia disse que os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) estão “preparados” para enfrentar a “chantagem” de Vladimir Putin e “prontos para o inverno” pois “os depósitos de gás em toda a UE estão cheios”.

A Áustria, que até agora comprava à Rússia mais de 80% do gás que consome, é obrigada a prescindir a partir de hoje dos fornecimentos do consórcio estatal russo Gazprom ao grupo austríaco OMV.

Em conferência de imprensa, na sexta-feira, o chanceler austríaco, Karl Nehammer, denunciou que a Gazprom tentou pressionar a Áustria ao falhar repetidamente no fornecimento de gás, sendo o objetivo que Viena se retirasse da política de sanções que a UE impõe ao Kremlin pela guerra na Ucrânia.

Não permitiremos que ninguém nos chantageie. Nem mesmo o Presidente russo. Não permitiremos que o Governo de Putin, ou o próprio Putin, nos coloque de joelhos”, disse o chanceler, garantindo ao mesmo tempo que o fornecimento de gás aos austríacos está garantido durante todos os meses frios.

Segundo Nehammer, o armazenamento de gás nos depósitos está a 93%, pelo que, juntamente com a reserva estratégica estatal, existem 94,5 TWh (terawatts/hora) de gás armazenados.

“Isso é mais do que a necessidade anual de toda a Áustria. Em 2023, eram 75,6 Twh”, disse.

O gás alternativo provém da Noruega, de produção própria da OMV ou em forma de gás natural liquefeito, que chega por navio à Alemanha ou à Itália, disse o presidente da OMV, Alfred Stern, à agência de notícias austríaca APA.

Segundo dados oficiais, em fevereiro de 2022, um mês antes do início da invasão russa da Ucrânia, a Áustria comprou 79% do seu gás à Gazprom, uma percentagem que vem aumentando. Este verão, a Áustria importou 90% do seu gás da Rússia, parte dele através da Ucrânia.

A OMV, a maior empresa de hidrocarbonetos da Áustria, com uma participação estatal de 31,5%, afirmou repetidamente estar comprometida em continuar a comprar gás à Gazprom até 2040, cumprindo o acordo assinado em 2018.

A Áustria foi, em 1968, o primeiro país ocidental a assinar um acordo de importação de gás com a então União Soviética.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“A questão do Orçamento está resolvida”, garante Pedro Nuno Santos. Espera apoio maioritário a aumento extra das pensões

"Não vamos fazer chantagem com nenhum partido político e com o Governo. O que esperamos é que o Governo e o PSD apoiem o aumento das pensões", disse este sábado o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos. RODRIGO ANTUNES/LUSARODRIGO ANTUNES/LUSA

O secretário-geral do PS garantiu este sábado que a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 “está resolvida”, mas apelou a que o PSD e o Governo cedam e aprovem a proposta socialista para um aumento extra permanente das pensões. Se isso acontecer, espera um apoio maioritário do Parlamento.

“A questão do Orçamento está resolvida”, afirmou Pedro Nuno Santos à margem de uma iniciativa sindical do partido. Mesmo que o PSD e o CDS continuem a recusar aprovar o aumento extra nas pensões. “Não vamos fazer chantagem com nenhum partido político e com o Governo. O que esperamos é que o Governo e o PSD apoiem o aumento das pensões”, afirmou.

A proposta orçamental do Governo avança com o aumento regular em janeiro, previsto na lei das pensões, o que significa que as pensões até cerca de mil euros terão um acréscimo de 3,10% no arranque de 2025, de acordo com cálculos do ECO.

Já o PS avançou com uma proposta para uma atualização extraordinária de forma estrutural e permanente para as pensões até aos 1.566 euros, o que corresponde a três Indexantes dos Apoios Sociais (IAS) em 1,25 pontos percentuais, acima da atualização regular de janeiro.

Uma possibilidade rejeitada novamente pela ministra da Segurança Social e pelo ministro das Finanças, durante as audições de sexta-feira no Parlamento. Joaquim Miranda Sarmento reiterou que a AD não irá aprovar a proposta “por uma questão de cautela” e no sentido de “não criar mais despesa” permanente e estrutural. “Entendemos que não é o momento de um aumento [das pensões]”, afirmou.

Nós não pedimos apoio. Estamos à espera que a maioria do Parlamento viabilize [aumento extra das pensões].

“Se estavam disponíveis para reduzir em dois pontos o IRC, e o portanto em perder 600 milhões de euros em receita fiscal, espero que tenham menos de 300 milhões para aumentar reformados”, contrapôs hoje Pedro Nuno Santos, em declarações transmitidas pelas televisões.

Questionado sobre se contava com o Chega para viabilizar a proposta, o secretário-geral do PS respondeu que não pediu apoio a outros partidos. “Estamos à espera que a maioria do Parlamento viabilize“, afirmou. “O eu espero é que o PSD e o Governo não falte ao país”, disse.

O aumento extraordinário das pensões poderá ser mesmo aprovado contra a vontade do Governo. Basta que o Chega se abstenha na votação e a esquerda se junte ao PS.

Sobre o anúncio na noite de sexta-feira de que o PS viabilizaria uma descida de um ponto percentual na taxa de IRC prevista na proposta de Orçamento do Estado, depois do PSD ameaçar avançar com um corte de dois pontos caso os socialistas não permitissem que redução inicial fosse aprovada, Pedro Nuno Santos disparou contra o Governo.

Nós temos irresponsáveis além de incompetentes a governar o país. E que em vez de resolvem os problemas que os portugueses sentem todos os dias, estão concentrados no jogo político, na pequena política”, afirmou, acrescentando depois que o PS “nunca” viabilizará um Orçamento com redução de dois pontos percentuais no IRC.

“A única questão verdadeiramente importante que ainda não teve resposta é se o Governo e o PSD vão aprovar a nossa proposta para aumentar as pensões dos nossos reformados”, insistiu.

Pedro Nuno Santos voltou a deixar críticas ao Governo por causa da situação no INEM, reafirmando que cabe à ministra da Saúde e ao primeiro-ministro avaliar se Ana Paula Martins tem condições para governar. Criticou também a possibilidade de o serviço do INEM vir a ser entregue a privados.

(Artigo atualizado às 16h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.