Horta Osório e Francisco Lacerda apontados à EDP

Depois da anunciada a saída de João Talone da presidência do Conselho Geral e Supervisão da EDP, os principais acionistas avaliam alternativas e querem um perfil técnico e de gestão.

Após o anúncio de João Talone de que não está disponível para um segundo mandato como presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, surpreendente e que resulta de divergências com os principais acionistas relativamente a regras de governação na companhia elétrica, abriu a discussão sobre a escolha do chairman para os próximos três anos e, segundo apurou o ECO junto de duas fontes, ressaltam dois nomes entre os principais acionistas: António Horta Osório e Francisco Lacerda, gestores com perfil técnico e que não têm quaisquer funções executivas.

António Horta Osório é chairman da Bial, não executivo em grupos como a Impresa e os Mello, consultor de instituições com o Mediobanca, e foi recentemente noticiado o seu envolvimento numa operação para comprar a Altice Portugal. Já Francisco Lacerda é administrador não executivo na Endesa, além de consultoria na área financeira. São dois gestores referenciados por alguns dos principais acionistas e têm o perfil técnico e profissional, e alinhados com o perfil da própria comissão executiva, liderada por Miguel Stilwell. A decisão sobre o novo presidente do Conselho é da responsabilidade dos acionistas, terá de ser tomada ao mais tardar até ao final de fevereiro e nenhum nome terá sido ainda contactado.

Quando João Talone foi escolhido, em março de 2021, para suceder a Luís Amado como presidente do CGS da EDP, uma das justificações apontadas pelos acionistas foi a necessidade de ter um perfil diferente na liderança daquele órgão fiscalizador da atividade da comissão executiva. Os acio­nistas como a China Three Gorges (CTG) e a Masaveu pretendiam mudar o perfil do presidente do CGS para competências mais técnicas e profissionais. Talone foi mesmo presidente executivo da EDP e responsável pela entrada da EDP em Espanha entre 2003 e 2006, quando o Estado ainda era acionista da companhia.

O nome de Rui Moreira foi noticiado nos últimos dias, primeiro pelo Expresso, como possível candidato à liderança do Conselho, decorrente de um alegado acordo com o primeiro-ministro António Costa. Oficialmente, ninguém faz comentários a este cenário, mas uma fonte próxima do presidente da Câmara Municipal do Porto garantiu ao ECO que não existia qualquer acordo, tanto mais que há dois ou três meses, período apontado para esse entendimento, não se antecipava a saída de João Talone. Além disso, outra fonte próxima da EDP estranha o envolvimento do primeiro-ministro numa empresa totalmente privada, embora admitindo que o principal acionista, chinês, seja sensível à posição do Estado.

De facto, de acordo com duas fontes que conhecem as discussões na EDP, a China Three Gorges, que tem 20% da EDP, defendia a continuidade de Talone num segundo mandato e terá mesmo feito saber ao gestor esta decisão. Mas não foi sensível, pelo menos até ao momento, aos argumentos de Talone sobre a necessidade de reforçar o número de independentes no conselho que tem como função fiscalizar a atividade da comissão executiva da companhia, liderada por Miguel Stilwell. O Conselho Geral e de Supervisão é composto por 16 membros, cinco dos quais são representantes do acionista chinês e dois do acionista espanhol, além de nove membros independentes, incluindo o próprio João Talone.

Nas últimas semanas, o presidente do conselho e antigo presidente executivo da companhia tinha manifestado a visão de que a EDP deveria reduzir o número de membros do CGS, passando a CTG a ter três ou, no máximo, quatro membros, enquanto a família Masaveu teria um representante. Talone apresentou uma proposta aos acionistas e terá dado o prazo do final do ano para ter uma resposta dos acionistas, que não chegou. Mais tarde, a EDP comunicou oficialmente ao mercado a decisão de Talone.

Assim, os nomes de António Horta Osório e de Francisco Lacerda preenchem os requisitos de perfil técnico e profissional defendido pelos principais acionistas, requisitos que também são defendidos pela Comissão Executiva da EDP, liderada por Miguel Stilwell. Outra fonte contactada pelo ECO recorda que a EDP foi, durante anos, uma empresa por onde passaram ex-ministros e políticos próximos do chamado bloco central, o PS e o PSD.

Com a entrada de Talone e a redução do número de membros da comissão executiva, e para salvaguardar a empresa de qualquer contaminação política, os acionistas optaram por criar uma espécie de ‘veto’ a membros não executivos de perfil político, como seria o caso de Rui Moreira, apesar da sua experiência empresarial prévia à presidência da Câmara do Porto. Moreira era acionista da empresa de transportes Transinsular e posteriormente presidente da Associação Comercial do Porto, de onde saiu quando se candidatou ao município.

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Costa critica “angústias e hesitação” na exploração de lítio em Portugal

Primeiro-ministro avisa sucessor que não deve ter “hesitações e medo de avançar” na mineração, refinação e fabrico de bateria de lítio, contabilizando novo recorde no investimento empresarial em 2023.

António Costa alertou esta terça-feira que “o país não pode ter angústias, dúvidas nem qualquer hesitação” em aproveitar as reservas de lítio, que “existe para ser explorado e valorizado”, aproveitando o facto de Portugal ter, “pela primeira vez”, um recurso natural que considera ser “chave” para a transição energética.

“Temos mesmo de conseguir aproveitar o lítio que temos em Portugal e aproveitá-lo de forma inteligente: não é simplesmente fazer a mineração para vender a outros que façam a refinação e tenham o valor acrescentado. Temos todo o potencial em Portugal, se ninguém tiver hesitações e medo de avançar, de podermos ter a mineração, a refinação e termos fabricas de bateria de lítio”, apontou.

Entre as intenções de investimento na área do lítio já apresentadas ao Governo, num total de 9.000 milhões de euros e 8.000 empregos diretos, destacam-se os projetos mineiros e de refinação em Boticas e Montalegre, a fábrica de baterias elétricas projetada pela chinesa CALB para terrenos em Sines, ou a refinaria de lítio da Galp em parceria com a sueca Northvolt prevista para Setúbal.

Desafiado pelo presidente da Toyota Caetano Portugal, José Ramos, o ainda primeiro-ministro aludiu igualmente às células de combustível a hidrogénio (fuel cells) que têm disputado o protagonismo com as baterias de lítio na área da mobilidade — e em que o grupo português tem apostado nos últimos anos com a produção de autocarros a hidrogénio.

De visita à fábrica da Toyota Caetano em Ovar, onde esta manhã foi apresentado o veículo elétrico que vai ser usado nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024, António Costa salientou que Portugal tem “a extraordinária oportunidade de poder apoiar e desenvolver as duas tecnologias, e o mercado e o futuro dirão qual vai triunfar ou se ambas vão conviver”.

“Graças ao investimento em energias renováveis, conseguimos ter um preço de produção de energia verde muito competitivo à escala global. Vai permitir ter um baixo custo na produção do hidrogénio verde. Temos água abundante no oceano e felizmente um menor custo de produção de energia solar face a outros países. Dá-nos uma grande competitividade para alimentar a nossa própria indústria e também para potenciar a exportação de hidrogénio verde”, acrescentou.

Ainda na área energética, António Costa salientou os “seis dias inteirinhos” em novembro, um novo recorde, em que toda a eletricidade consumida em Portugal teve origem em fontes renováveis, além de um excedente para 95 horas consecutivas a exportar eletricidade para Espanha. “E quando as interconexões com Espanha e França estiverem reforçadas na eletricidade e concretizadas no gás, o nosso potencial exportador vai ser ainda maior”, completou.

Recorde no investimento empresarial e exportações acima de 50% do PIB

De saída do Governo ao fim de oito anos em que, contabilizou, o stock de investimento direto estrangeiro (IDE) aumentou 40%, depois do registo máximo de investimento empresarial no país em 2022, o governante socialista antecipou: no ano passado, “provavelmente, teremos fixado um novo máximo de investimento empresarial na nossa economia”.

Por outro lado, destacou que é o “investimento nas competências, na produtividade e na capacidade de produzir mais e melhor que explica que, pela primeira vez na história, as exportações tenham representado mais de 50% do PIB”. Algo que justificou com a procura de novos mercados externos por parte das empresas, mas também porque “o que o país produz hoje tem maior valor do que o que produzia tradicionalmente”.

“Cada veículo destes [da Toyota Caetano] são umas centenas de pares de sapatos. Sendo muito importante continuar a acarinhar as indústrias tradicionais, como o têxtil, o calçado ou os produtos agroalimentares, temos de apostar cada vez mais em produtos mais sofisticados, que por cada unidade acrescentam muito mais valor à nossa economia”, reforçou António Costa, notando que 38% das exportações nacionais de bens já são atualmente de alta e média-alta tecnologia.

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Delta lidera ranking de 22 marcas com reputação de excelência em Portugal

  • + M
  • 9 Janeiro 2024

Este ano há mais 10 marcas com a "reputação de excelência", em relação ao ano passado. No total são 22 as marcas que em Portugal obtiveram uma classificação superior a 80 pontos.

A Delta é líder entre as marcas com maior relevância e reputação no país em 2023, segundo os dados do RepScore, estudo elaborado pela consultora OnStrategy que analisa a relevância e de reputação emocional das marcas com os portugueses. Há mais 10 marcas este ano com a “reputação de excelência” (mais de 80 pontos), em relação ao ano passado.

De acordo com o ranking divulgado, a Delta registou 83,2 pontos – menos 0,6 pontos do que no ano passado, em que a marca também foi líder do ranking -, sendo que entre as cinco marcas melhor classificadas se segue a Nestlé (82,6), Luso (82,4), Nestum (82,4) e Olá (82,1).

Compal (81,8), Água das Pedras (81,6), Nívea (81,2), Gillette (80,8), Multibanco (80,8), Terra Nostra (80,7), Google (80,6), Vitalis (80,5), Colgate (80,5), Microsoft (80,5), Oliveira da Serra (80,4), Delta Q (80,3), Gallo (80,2), Sumol Compal (80,2), Cerelac (80,1), Danone (80,1) e Farmácias Portuguesas (80), completam a lista de 22 marcas que se destacam como excelentes, ao terem uma avaliação acima de 80 pontos.

O estudo é elaborado tendo por base um trabalho de campo que decorre durante todo o ano junto de uma amostra de cerca de 50 mil pessoas e em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), analisando os atributos associados à relevância, consideração, confiança, admiração, intenção de compra, preferência, recomendação e defesa.

Para a escala de 100 pontos foram auditadas mais de duas mil marcas (associadas a mais de 70 setores de atividade).

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Nova líder da Anacom defende na Madeira mais concorrência nas telecomunicações

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

De visita oficial à Madeira, Sandra Maximiano considera fundamental melhorar a conectividade e estimular a concorrência entre operadores para fomentar o desenvolvimento da região.

A nova presidente da Anacom considera fundamental melhorar a conectividade e estimular a concorrência entre operadores para fomentar o desenvolvimento da Madeira, disse esta terça-feira Sandra Maximiano.

“Nós não podemos controlar preços diretamente, há um mercado livre, mas podemos ter um papel muito importante, a par com a Autoridade da Concorrência, em promover maior concorrência”, disse, sublinhando que “o anseio [da Anacom] é que haja maior concorrência” na Madeira.

Sandra Maximiano, que assumiu a presidência do regulador em dezembro para um mandato de seis anos, falava após uma audiência com o presidente do Parlamento regional, José Manuel Rodrigues, no Funchal, no âmbito de uma visita oficial à região.

“Os principais anseios são que haja uma melhor conectividade, uma melhor qualidade de serviço e melhores preços, e que isso permita o melhor desenvolvimento da região”, afirmou.

Sandra Maximiano alertou também para a importância de a região autónoma “não ficar para trás” na adoção de novas tecnologias de conectividade, nomeadamente ao nível do novo hospital central e universitário, atualmente em construção.

“Temos de pensar que estamos a construir um hospital para as pessoas, mas nunca podemos perder também essa grande ambição que é como o podemos fazer olhando para o futuro, para daqui a 100 anos e não só para as necessidades presentes”, avisou, reforçando que “é preciso que não se perca a visão de curto, médio e longo prazo”.

A responsável sublinhou, por outro lado, que Anacom “sempre teve uma visão de futuro para a Madeira” e, por isso, vai manter a delegação no arquipélago.

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Segurança Social pronta para acionar fundo de garantia salarial para Global Media

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

O secretário de Estado do Trabalho disse também que o despedimento coletivo na Global Media foi uma declaração sem consequências formais porque a DGERT ainda não foi notificada.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, garantiu esta terça-feira, no parlamento, que a Segurança Social está preparada para acionar o fundo de garantia salarial para os trabalhadores do grupo Global Media, caso as empresas recorram ao mecanismo.

“A Segurança Social estará preparada para acionar o fundo de garantia salarial, caso as empresas recorram ao mecanismo, como sabemos, para isso, é preciso que as empresas acionem os mecanismos necessários para o efeito“, garantiu a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Ana Mendes Godinho foi ouvida no parlamento, por requerimento do PCP e do BE, sobre a situação no grupo Global Media, que abrange títulos como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF, entre outros, e que manifestou a intenção de despedir até 200 trabalhadores.

A ministra, que fala na véspera da greve de trabalhadores do Global Media Group (GMG), explicou que a Autoridade para as Condições De Trabalho (ACT) foi acionada assim que o ministério soube pela comunicação da situação do grupo de comunicação social, para levar a cabo ações inspetivas em cinco empresas, no Porto e em Lisboa.

“O não pagamento pontual dos salários, além de inaceitável, é uma contraordenação muito grave, pelo que a ACT está a desencadear os procedimentos legais previstos para estas situações“, realçou Ana Mendes Godinho.

Os trabalhadores do grupo não receberam o salário de dezembro e, segundo a administração do grupo, vão receber o subsídio de Natal em duodécimos durante este ano, o que não é legal.

De acordo com o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, “não houve nenhum contacto por parte do GMG”, com o ministério, “para nenhuma reunião”, ao contrário do habitual, apontou, “quando se avizinham dificuldades”, para procurar “uma resposta que ajude”.

Segundo a ministra, a ACT está também a analisar as situações dos prestadores de serviços, os chamados “recibos verdes”, que além de pagamentos em atraso, viram os seus serviços cessados a partir de janeiro, num anúncio feito com pouco tempo de antecedência.

O secretário de Estado do Trabalho garantiu que o “Governo não hesitará em desencadear todos os mecanismos que no quadro legal existam para fazer cumprir a lei“.

O código do trabalho é suficientemente robusto nesta matéria, para podermos atuar“, acrescentou.

Em 28 de dezembro, a Global Media informou os trabalhadores de que não tinha condições para pagar os salários referentes a dezembro, sublinhando que a situação financeira é “extremamente grave“.

A Comissão Executiva não se comprometeu com qualquer data para pagar os salários de dezembro, mas sublinhou que estava a fazer “todos os esforços” para que o atraso seja o menor possível.

O programa de rescisões na Global Media termina em 10 de janeiro, dia para o qual também foi convocada uma greve dos trabalhadores do grupo.

Global Media não notificou DGERT sobre intenção de despedimento coletivo

O secretário de Estado do Trabalho disse na mesma audição que o despedimento coletivo no Global Media Group foi uma declaração sem consequências formais até ao momento, porque a DGERT ainda não foi notificada, conforme obriga a lei.

“Se essa situação se colocar [despedimento coletivo], como habitualmente, o que é feito é verificar se estão reunidos os pressupostos que a lei define para que esse processo possa acontecer. Até ao momento, não passou de uma declaração que não teve consequências formais”, afirmou o governante.

O secretário de Estado lembrou que, em caso de despedimento coletivo, a lei obriga a uma formalização junto da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), que, até ao momento, não foi feita.

“Este é o tempo para fazermos crer a todos que a lei existe, Portugal é um Estado de direito, a lei é para cumprir, e que é absolutamente inaceitável que uma estratégia de quem quer seja, pudesse gerar uma situação de incumprimento”, apontou o secretário de Estado, acrescentando que a situação “gera perplexidade e é a todos os títulos inaceitável”.

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Douro Cidade Europeia do Vinho 2023 termina com gala e homenagens

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

Serão homenageados os mais de 23 mil vitivinicultores que "trabalham a vinha e o vinho no Douro e são promotores económicos indispensáveis para o sucesso da região".

O Douro Cidade Europeia do Vinho 2023 realiza a gala de encerramento este sábado, em Sernancelhe, depois de um ano com 600 atividades que promoveram a região, valorizaram os produtores e os viticultores que preservam a paisagem. “O evento marca o ponto final do Douro Cidade Europeia do Vinho, distinção que permitiu ao Douro capacitar, promover e refletir o vinho enquanto produto endógeno e atrativo turístico de um território com 19 municípios”, afirmou, citado em comunicado, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro, Carlos Silva Santiago.

Para o também presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, distrito de Viseu, esta “foi igualmente uma oportunidade para se valorizar os produtores e trabalhadores da vinha, que contribuem na sua atividade laboral para a preservação da paisagem”.

A gala será um momento de homenagem aos viticultores, escritores e individualidades do panorama nacional que, nas suas áreas, contribuíram diretamente para o desenvolvimento da região e foram parceiros da Cidade Europeia do Vinho. Serão homenageados os “obreiros do Douro”, ou seja, os mais de 23 mil vitivinicultores que “trabalham a vinha e o vinho no Douro e são promotores económicos indispensáveis para o sucesso da região“. E será também destacado o papel que os escritores do Douro têm na afirmação do território, pelo que serão homenageados, entre outros, Miguel Torga, Aquilino Ribeiro e Guerra Junqueiro.

“A gala de encerramento será um momento em que reviveremos um ano de intensa promoção do Douro, de afirmação da região no panorama nacional e internacional, através de mais de 600 atividades que englobaram conferências, workshops, espetáculos e provas de vinho nos 19 municípios do nosso território”, salientou Carlos Silva Santiago.

Um dos momentos altos do Douro Cidade Europeia do Vinho 2023 foi a celebração, por escolha do Presidente da Republica, Marcelo rebelo de Sousa, do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na cidade do Peso da Régua, distrito de Vila Real.

A gala de encerramento será um momento em que reviveremos um ano de intensa promoção do Douro, de afirmação da região no panorama nacional e internacional.

Carlos Silva Santiago

Presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro

O objetivo do evento programado para sábado é lembrar “todos aqueles que, com a sua ação, conseguiram elevar o nome do Douro, fazendo jus ao lema da candidatura duriense “All Around Wine, All Around Douro” (tudo à volta do vinho, tudo à volta do Douro). “Uma marca que afirmámos em Portugal e na Europa, e que contribuiu diretamente para o desenvolvimento do nosso território“, sublinhou o presidente.

A distinção da Cidade Europeia do Vinho 2023 foi atribuída pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN) e tem como objetivo promover o vinho e respetivos produtores nos países associados, assim como território europeu e internacional.

Nesta gala, segundo a organização, pretende-se assinalar também a passagem de testemunho do Douro para vários municípios da região de Piemonte, Itália, que em 2024 ostentará o título de Cidade Europeia do Vinho.

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“A IA vai contribuir para garantir novas soluções de defesa”

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  • 9 Janeiro 2024

Graça Canto Moniz, professora de direito e especialista em proteção de dados, é a sexta convidada do podcast Vale da Inquietação.

Graça Canto Moniz, professora de direito e especialista em proteção de dados, é a convidada do sexto episódio do podcast Vale da Inquietação, que teve como mote “A Inteligência Artificial e os nossos direitos”. Nesta conversa, moderada por Pedro Duarte, vice-presidente da CIP, foram abordadas as questões éticas, sociais, políticas e económicas que se colocam com o desenvolvimento e a aplicação da Inteligência Artificial.

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Doutorada em Direito e com especialidade na proteção de dados, Graça Canto Moniz encara as inovações tecnológicas com entusiasmo, apesar de ressalvar a importância de saber perceber a diferença entre “aquilo que é a tendência do momento e aquilo que veio para ficar”. “Às vezes, essa separação nem sempre é muito fácil de fazer. Por exemplo, nos últimos cinco anos, nós passamos de uma grande excitação com a blockchain e as bitcoins, depois veio o Metaverso, e depois o ChatGPT, que apareceu aí de repente e é a última novidade, embora eu ache que, de facto, no caso da IA generativa, a mudança veio para ficar e não é só o tema do momento“, disse.

Por considerar que a IA generativa não é apenas uma tendência de momento, a professora de direito explicou que está a tentar perceber as suas funcionalidades e a usá-la ao máximo no seu dia-a-dia, até para as suas aulas: “Usei e estou a usar bastante, tentei aprender um bocadinho mais sobre isso, tanto para a minha vida académica, na parte da educação, e, por outro lado, para incentivar o seu uso às pessoas com quem trabalho. Tenho procurado sensibilizá-los muito para utilizarem o ChatGPT, para lhe fazerem perguntas e para refletirem como aquilo vai afetar aquilo que fazem no seu dia-a-dia”.

“Há uma ideia generalizada, tanto na academia, no direito e fora, de que a UE está a assumir uma liderança na regulação da economia digital, em geral. O RGPD é um exemplo disso, e agora temos aí um diploma para regular a Inteligência Artificial. E, olhando para a solução jurídica, eu acho que é interessante porque a UE está a regular o risco da regulação de determinadas tecnologias e isto pode ser feito de várias formas“, afirmou.

De acordo com Graça Canto Moniz, o RGPD e o diploma que está agora a ser pensado para a IA têm abordagens diferentes: “No RGPD há uma mensagem muito simples, que é a atribuição de uma autogestão dos riscos às organizações que tratam e utilizam dados pessoais. Isto é uma metodologia que tem vantagens e desvantagens. A esta solução do RGPD deve estar associada uma forte fiscalização por parte das autoridades nacionais. Já na regulação da IA, temos uma abordagem ligeiramente diferente e que vem um bocadinho mais de cima para baixo relativamente ao risco, isto porque, neste caso, a UE está a tornar proibidas, através da lei, determinadas utilizações tecnológicas. Portanto são duas abordagens que têm risco no seu centro, no seu core, mas que são muito diferentes“.

Apesar de não conseguir dizer qual das abordagens é a melhor, a professora de direito garante que o caminho de experimentalismo que tem vindo a ser feito pela UE é muito importante. “É verdade que a UE tem a ambição de influenciar a regulação fora do espaço europeu, e isso é chamado de efeito Bruxelas, mas depois há aqui outros fatores que é importante ter em conta. Um tem a ver com a matriz da UE estar muito apegada aos direitos fundamentais, até por questões históricas. E depois há um outro ponto muito interessante, que tem a ver com a construção do mercado interno da UE, isto porque a UE tem diferentes culturas jurídicas, o que faz com que haja países, como a Alemanha ou a Holanda, que decidem adotar diplomas internamente, trazendo o risco de a UE ter estados-membros com diplomas muito diferentes e criar dificuldades na atualização do direito. Por isso é que a União Europeia tem sempre esta preocupação de procurar garantir que as regras dentro da UE são todas iguais”.

Relativamente à forma como a proteção de dados é encarada, Graça Canto Moniz ainda destacou a incapacidade de se perceber o risco associado à transmissão de dados pessoais a um terceiro. “Quando falamos do digital, por ser uma realidade muito abstrata, é muito distante, intangível e impercetível, e isso tem implicações no nosso processo cognitivo e na tomada de decisões que nós temos no momento de darmos ou não os nossos dados, isto porque não vemos os riscos no momento de consentirmos. E depois há, ainda, algumas plataformas que estão desenhadas de maneira a que as pessoas deem o máximo de informação para o prestador e há, até, algumas armadilhas, os chamados ´padrões obscuros´, e isso também tem influência na quantidade de informação que nós damos online e na maneira como somos manipulados a dar a informação”, alertou.

No entanto, apesar do risco existente, a professora de direito garante que a Inteligência Artificial trará muitas vantagens, mesmo no campo da defesa e da própria cibersegurança: “Eu acho que há a ideia de que a IA pode beneficiar o atacante, pode abrir espaço para novos ataques, para a circulação de informação falsa e para estimular problemas humanos, mas, por outro lado, na perspetiva da defesa, sem dúvida que a IA vai contribuir para garantir novas soluções de defesa das empresas e dos seus ativos. Aliás, eu acho que a IA pode-nos ajudar muito na cibersegurança e em muitas outras áreas. Por isso, considero que olhar só para os problemas e para os riscos da IA não é positivo e, sobretudo, não é positivo enquanto sociedade e enquanto país, como Portugal, que quer evoluir e quer construir uma sociedade melhor”.

Os dilemas éticos, as oportunidades de transformação e as implicações sociais da revolução tecnológica, mais concretamente da Inteligência Artificial, serão os temas abordados ao longo da primeira temporada do podcast “Vale da Inquietação”, uma iniciativa da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e da Microsoft.

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ACT avança este mês com ação inspetiva para combater falsos recibos verdes

Fiscalização era para ter arrancado até ao final do ano passado, mas a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, anunciou que o processo irá decorrer durante este mês.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, anunciou esta terça-feira, no Parlamento, que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) vai avançar, durante este mês, com uma ação inspetiva para combater os falsos recibos verdes, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno. A fiscalização era para ter arrancado até ao final do ano passado, segundo uma entrevista que a governante deu ao Público e à Renascença em outubro, mas o processo atrasou-se e só agora vai começar.

“Ainda este mês a ACT está a preparar uma ação no sentido de notificação das entidades contratantes relativamente aos trabalhadores independentes economicamente dependentes para que sejam regularizadas as situações relativamente aos trabalhadores em que esta dependência seja evidente, em que 100% da atividade é prestada a uma única entidade”, afirmou Ana Mendes Godinho, durante uma audição parlamentar no âmbito da situação de falta de pagamento dos salários aos jornalistas do grupo Global Media (GMG), que detém o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF, Dinheiro Vivo e O Jogo. Por isso, a governante destacou que esta ação inspetiva irá, “naturalmente, abranger também os trabalhadores da comunicação social”.

A governante assinalou que “a Agenda do Trabalho Digno identifica o combate à precariedade nas suas várias dimensões como uma prioridade que tem assumido de forma transversal”. Nesse sentido, “a ACT tem desenvolvido várias ações específicas em várias áreas e também na comunicação social, que é uma área em que o combate à precariedade tem de ser assumido como uma missão e um compromisso de sociedade”, sublinhou.

Ana Mendes Godinho recordou que, “na sequência da Agenda para o Trabalho Digno, a ACT passou a ter a capacidade de cruzamento de dados com a Segurança Social para ter acesso às comunicações e às remunerações“. Já no ano passado, a ACT avançou com “uma ação massiva para identificação dos contratos a termo que já tinham terminado o prazo legalmente previsto e notificação das empresas para regularizar a situação”, acrescentou a governante.

Essa primeira ação de cruzamento de dados entre a ACT e a Segurança Social permitiu identificar 80 mil empresas com 350 mil trabalhadores cujos contratos ultrapassaram os prazos legais. Destes, a ministra Ana Mendes Godinho revelou que, em outubro do ano passado, 70 mil ainda não tinham sido regularizados. As coimas podem chegar aos 61.200 euros.

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Redução no tráfego de media proveniente de redes sociais preocupa 63% dos responsáveis

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

A maioria dos líderes de meios de comunicação indica que em 2024 irá criar mais vídeos (+64 pontos líquidos), mais newsletters (+52) e mais podcasts (+47), mas o mesmo número de artigos de notícias.

Quase dois terços dos líderes dos meios de comunicação a nível mundial estão preocupados com uma redução acentuada no tráfego proveniente de redes sociais, de acordo com um relatório do Reuters Institute.

O relatório sobre as perspetivas para 2024 revela, com base em dados do Chartbeat, que o tráfego dos sites de notícias oriundo do Facebook caiu 48% em 2023, com o tráfego do X (anteriormente conhecido como Twitter) a diminuir 27%, indicando que 62% dos responsáveis de meios de comunicação estão apreensivos com este cenário.

“Em resposta a estes desenvolvimentos, as prioridades dos editores de notícias estão a mudar“, refere o relatório.

Até 77% dos inquiridos afirma que se irá concentrar mais nos próprios canais diretos de comunicação em 2024, com 22% a recorrer à redução de custos e uma proporção semelhante (20%) a experimentar plataformas alternativas de terceiros.

Em termos de formatos de notícias, a maioria dos entrevistados indica que irá criar mais vídeos (+64 pontos líquidos), mais newsletters (+52) e mais podcasts (+47), mas o mesmo número de artigos de notícias.

Ao considerar plataformas de terceiros, os responsáveis dos meios de comunicação afirmam que se concentrarão muito menos no Facebook e no X e colocarão mais recursos no WhatsApp (+61 pontuação líquida) e no Instagram (+39), após a decisão da Meta de abrir canais de transmissão para editores.

“O interesse em redes de vídeo como TikTok (+55) e YouTube (+44) continua forte, enquanto o Google Discover está a tornar-se uma fonte de referência mais importante, mas volátil”, refere.

O relatório revela ainda que os publishers estão mais pessimistas sobre a partilha equitativa de benefícios de acordos com plataformas de Inteligência Artificial.

Por outro lado, apenas 47% da amostra de editores, CEOs e executivos digitais dizem estar confiantes sobre as perspetivas do jornalismo em 2024, com 12% a expressar baixa confiança.

“As preocupações prendem-se com o aumento dos custos, a diminuição das receitas publicitárias, o abrandamento do crescimento das subscrições e o aumento do assédio jurídico e físico”, pode ler-se.

Por outro lado, entre as razões para algum otimismo incluem-se “a esperança de que eleições disputadas nos EUA e noutros lugares possam aumentar o tráfego, apesar dos riscos de que esse aumento seja temporário e prejudique ainda mais a confiança”.

Segundo o relatório, os editores continuam a investir em modelos de assinatura, com a grande maioria dos entrevistados (80%) a considerar que este será um importante fluxo de receita, à frente da publicidade gráfica.

Os editores indicam ainda que irão apostar numa melhor explicação de histórias complexas (67%), abordagens mais orientadas para soluções ou construtivas para contar histórias (44%) e histórias humanas mais inspiradoras (43%).

O relatório prevê ainda que as ferramentas de Inteligência Artificial “que mudam a linguagem das notícias para melhorar a relevância e a compreensão para públicos específicos serão uma característica crescente do cenário noticioso em 2024”.

O relatório tem por base um inquérito, que decorreu entre o final de novembro e início de dezembro de 2023, com uma amostra de 314 participantes oriundos de 56 países.

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Após 27 anos de ligação, parceria entre Tiger Woods e Nike chega ao fim

A parceria do atleta que foi 15 vezes campeão de golfe com a Nike remonta a 1996, altura em que Tiger Woods tinha 20 anos e acabado de se tornar golfista profissional.

Mais de um quarto de século depois, o golfista norte-americano Tiger Woods e a Nike terminaram a ligação que os unia. Segundo o Financial Times, especula-se a avaliação do contrato da Nike com Woods, ao longo dos 27 anos que a parceria durou, seja de 500 mil milhões de dólares (cerca de 457,45 mil milhões de euros).

Após 27 anos de ligação, o melhor golfista da história partilhou no X (ex-Twitter) o fim da parceria, agradecendo a Philip H. Knigh, ex-CEO e co-fundador da marca desportiva cuja “paixão e visão” tornaram possível a parceria com a Nike e a Nike Golf, e a todos os trabalhadores e atletas da marca com quem se cruzou.

“As pessoas vão perguntar se há outro capítulo. Sim, irá certamente haver outro capítulo. Vemo-nos em Los Angeles”, escreveu ainda, referindo-se ao torneio de golfe Genesis Invitational, que começa no dia 15 de fevereiro.

“Ao longo de 27 anos, tivemos a honra de realizarmos uma parceria com o Tiger Woods, um dos melhores atletas que o mundo já viu”, referiu por sua vez a Nike na segunda-feira, citada pelo Financial Times, acrescentando que o viram “estabelecer recordes, desafiar o pensamento convencional e inspirar gerações de pessoas em todo o mundo. Estamos gratos por termos feito parte disso. Desejamos-lhe o melhor no futuro”.

A parceria do atleta que foi 15 vezes campeão de golfe com a Nike remonta a 1996, altura em que Tiger Woods tinha 20 anos e acabado de se tornar golfista profissional. Em 1997 sagrou-se o jogador de golfe mais jovem de sempre a vencer um Masters Tournament, um dos principais torneios profissionais de golfe.

Em agosto passado, Tiger Woods anunciou a sua entrada para o conselho de administração da PGA Tour, principal associação de golfistas profissionais, pela primeira vez liderada por jogadores.

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“A situação não pode estar assim tão má. Só eu recebi quatro propostas” para compra da Global Media, diz Marco Galinha

Marco Galinha garante que não voltou a entrar na GM desde que vendeu a sua participação, diz que não conhece ninguém do WOF e mostra-se disposto a voltar ao grupo.

A situação financeira do Global Media Group (GMG) “não pode ser assim tão má”, pois “havia grandes propostas de compra e só eu já recebi quatro propostas”, afirmou na manhã desta terça-feira Marco Galinha, na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no Parlamento, afirmando acreditar numa “solução positiva” para a empresa.

O ex-CEO do grupo, que tem como sócio na empresa Páginas Civilizadas o fundo World Opportunity (WOF), que controla o grupo, diz-se disposto a “voltar e entrar com uma equipa“, se a ERC inibir os direitos patrimoniais do fundo, e que está a ser “acionado um mecanismo” para proteger o grupo do “incumprimento”. Por incumprimento, leia-se, “não transferir o dinheiro”, concretiza.

Os restantes acionistas já terão apresentado “um plano urgente” para resolver a situação, mas ainda não obtiveram resposta, afirmou o empresário, sem entrar em detalhes. “Precisamos de resposta”, diz.

Ouvido durante cerca de duas horas, Marco Galinha repetiu que não conhece ninguém do fundo, não sabe quem é beneficiário último e ficou surpreendido quando a administração executiva foi entregue a José Paulo Fafe, atual CEO. O representante nas negociações foi José Leitão, da MdME, em Macau, revelou. “Foram trocados 600, 700 ou 800 emails” durante o processo que levou à compra, diz.

O fundo estaria comprometido com a reestruturação e investimentos, “mas não em pagar salários“, admitiu já no final na audição, adiantando também que o processo para a venda da participação da Lusa ao Estado estava fechado. “Estava tudo combinado e fechado e de repente caiu. Estou a habituado a acordos empresariais, não políticos”, lamentou, afirmando-se, por diversas vezes, alvo de perseguição. “O importante era mandar o empresário abaixo”, transmitiu em diversas intervenções.

Começando por ler uma declaração, Marco Galinha repetiu também que investiu “cerca de 16 milhões de euros”. “Permitam-me que sublinhe alguns resultados: 16 milhões de investimento, redução da dívida e um EBITDA de dois milhões de euros positivo no início de 2023“, resumiu.

No final do primeiro semestre de 2023, “a empresa estava com boas perspetivas de futuro“, garantiu o empresário, que também repetiu por diversas vezes que não voltou a entrar na empresa desde que cedeu o controlo ao World Opportunity Fund.

“A gestão executiva da empresa passou a ser executada por uma maioria indicada pelo novo investidor” e é “com perplexidade e profunda preocupação que, nas últimas semanas, tenho assistido à falta de paz social na empresa e à desvalorização pública do jornalismo”, referiu.

Marco Galinha aproveitou grande parte das intervenções para criticar a falta de apoio e investimento ao jornalismo e em particular à venda de jornais. “Na Vasp já não levamos os jornais a todos os pontos do país“, disse, referindo não existir capacidade para o fazer e criticando também o facto de alguns quiosques estarem a deixar de vender jornais.

O espólio do grupo foi outro dos temas diversas vezes abordado. “O espólio estava numa garagem nas Torres [de Lisboa]. Estava a levar com fumo dos automóveis e nunca vi ninguém preocupado. O Grupo BEL providenciou um armazém seguro para guardar o espólio, mas foi tudo noticiado ao contrário pela comunicação social“, acusou, repetindo o convite aos deputados para visitarem o espólio.

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Bruxelas aprova criação de fabricante de carros elétricos pela Volvo e Renault

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

A Comissão Europeia aprovou a criação de uma empresa comum pelas fabricantes de veículos sueca Volvo e francesa Renault para o desenvolvimento de viaturas utilitárias elétricas.

A Comissão Europeia aprovou esta terça-feira a criação de uma empresa comum pelas fabricantes de veículos sueca Volvo e francesa Renault para o desenvolvimento de viaturas utilitárias elétricas.

Em comunicado, o executivo comunitário refere ter concluído que “a concentração proposta não suscitava preocupações em matéria de concorrência, dada a limitada posição de mercado resultante da transação proposta”.

A operação notificada foi examinada por Bruxelas no âmbito do procedimento simplificado de controlo das concentrações.

A nova empresa criada pela sueca Volvo Business Services International AB e a francesa Renault SAS vai também prestar serviços de logística.

Em 04 de janeiro, o Banco Europeu de Investimento aprovou um financiamento de 420 milhões de euros à Volvo para o desenvolvimento de uma nova plataforma para veículos totalmente elétricos.

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