Eleições/Açores: Afluência às urnas nos 34,84% até às 15:00

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

O número de eleitores inscritos nas eleições de hoje é de 229.830, de acordo com a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

A afluência às urnas nas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores foi de 34,84% até às 15:00 (hora local, menos uma do que em Lisboa), segundo os dados oficiais.

Em 2020, foram divulgados os dados da afluência às urnas até às 16:00, e não até às 15:00, como este ano. Nesse ano, até às 16:00, a afluência tinha-se ficado pelos 32,54%, sendo que, quatro anos antes, à mesma hora, tinha sido ainda mais baixa, situando-se nos 29,29%.

As eleições antecipadas para o parlamento dos Açores — as primeiras na história da autonomia do arquipélago — foram convocadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que dissolveu a assembleia após o chumbo, no final de 2023, do Plano e Orçamento deste ano.

O documento mereceu os votos contra do PS, do BE e da IL, e as abstenções do Chega e do PAN. O deputado independente votou a favor.

O número de eleitores inscritos nas eleições de hoje é de 229.830, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

A abstenção acabou por ficar nos 54,59% em 2020 e nos 59,15% em 2016, batendo-se nesse ano o recorde nas legislativas regionais.

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PS faz queixa à CNE do presidente do Governo Regional dos Açores

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

A queixa, enviada à CNE pelo diretor da campanha do PS/Açores, Berto Messias, aponta a "violação da proibição de propaganda no dia da eleição e no perímetro de 500 metros da assembleia de voto".

O PS/Açores fez hoje queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, candidato ao cargo pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, alegando violação da proibição de propaganda no dia das eleições regionais.

A queixa, enviada à CNE pelo diretor da campanha do PS/Açores, Berto Messias, aponta a “violação da proibição de propaganda no dia da eleição e no perímetro de 500 metros da assembleia de voto”, e tem por base o teor das “declarações proferidas em direto para diversos canais televisivos” por parte de José Manuel Bolieiro, cabeça de lista pelo círculo de São Miguel, após ter exercido o direito de voto.

O documento, enviado à agência Lusa, transcreve as declarações do candidato, segundo as quais ao ser questionado sobre se se conseguiu uma campanha esclarecedora, disse que tentou sempre afastar-se “do ataque a quem quer que seja”.

No entanto, aqui ou acolá, tive de dar resposta para clarificar com desmentido algumas situações que insinuadas foram durante este exercício, mas creio que, apesar disso, genericamente, houve civismo, houve uma boa preparação da campanha no porta a porta, nos debates, enfim, no esclarecimento cívico“, considerou José Manuel Bolieiro, citado na queixa, assinalando ter apresentado “uma agenda de governação clarificadora”.

À pergunta sobre a existência de uma certa desmobilização e desinteresse da população pelo sufrágio de hoje, José Manuel Bolieiro respondeu: “Às vezes, durante o período do dia, não é fácil encontrar as pessoas, estão a trabalhar, e uma parte do esclarecimento cívico, naturalmente, faz-se ao tempo de um ano inteiro”.

Eu estou presidente do Governo, nunca escondi o meu orgulho do trabalho realizado e não meramente a palavra relativamente ao futuro, mas, sim, também a demonstração de um (…) curriculum de trabalho e de ações que, creio, beneficiaram pessoas, profissões, economia, social e, também, um sentido estratégico para o desenvolvimento dos Açores“, referiu o candidato a líder do executivo regional.

Ainda segundo a queixa à CNE, José Manuel Bolieiro, entre outras declarações, informou que, durante a tarde, iria estar com a família e com os amigos, mas ainda teria tempo para tomar um café com o líder nacional do PSD, Luís Montenegro, que se encontra nos Açores.

“(…) Não deixarei de, eventualmente, até dar um circuito aqui na ilha de São Miguel por algumas freguesias e verificar o andamento da afluência às mesas”, disse José Manuel Bolieiro.

Sobre ter estado, ao longo das últimas semanas, sempre confiante na vitória e se hoje está mais nervoso, o presidente do Governo Regional dos Açores declarou ter a expectativa de que as pessoas reconheçam o seu “trabalho enquanto governante, num período tão intenso como foram três anos“.

Cerca de 230 mil eleitores são hoje chamados a votar para escolher os 57 deputados na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, naquelas que são as primeiras eleições regionais antecipadas na história da autonomia do arquipélago.

De acordo com os resultados das legislativas regionais, o representante da República nomeia depois o presidente do Governo Regional, que, por sua vez, propõe os membros do executivo.

As urnas abriram às 08:00 e fecham às 19:00 locais (mais uma hora em Lisboa).

Nos Açores, há 10 círculos eleitorais, nove coincidentes com cada uma das ilhas (Flores, Corvo, São Jorge, Faial, Pico, Graciosa, Terceira, São Miguel e Santa Maria) e outro de compensação (que junta os votos que não permitiram eleger deputados nos círculos de ilha).

Onze candidaturas concorrem às legislativas açorianas: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para hoje após o chumbo do Orçamento para este ano.

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Feirense-Académico de Viseu também foi cancelado por falta de policiamento

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

Este é o segundo jogo da II Liga adiado domingo, já depois de o duelo entre o Leixões e o Nacional ter sido adiado por falta de policiamento.

A SAD do Feirense anunciou o adiamento do jogo com o Académico de Viseu, da 20ª jornada da II Liga de futebol, que estava agendado para domingo, em Santa Maria da Feira, devido à falta de policiamento.

“O encontro de hoje frente ao Académico Viseu FC, da 20ª jornada da I Liga, foi adiado por não existirem condições de segurança para a realização do mesmo”, refere a SAD do Feirense, na rede social X.

O jogo, que teria lugar no Estádio Marcolino Castro, em Santa Maria da Feira, a partir das 15:30, foi adiado e será remarcado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para uma data posterior ainda a confirmar.

Tal como tinha feito horas antes, aquando do adiamento do Leixões-Nacional, a LPFP justificou, em comunicado, esta alteração com o facto de “ter recebido informações por parte do responsável pela força policial presente no Estádio Marcolino Castro de que não existem condições de segurança para a realização do mesmo, nem hoje, nem amanhã [segunda-feira]”.

“A Liga Portugal, embora seja alheia aos motivos que levaram ao adiamento, lamenta o transtorno causado às equipas e adeptos, mas será sempre intransigente na defesa das garantias de segurança nas partidas das competições por si organizadas, de forma a assegurar a proteção de adeptos e intervenientes”, refere a nota do organismo.

Este é o segundo jogo da II Liga adiado hoje, já depois de o duelo entre o Leixões e o Nacional, marcado para o Estádio do Mar, em Matosinhos, também não se ter disputado pelos mesmos motivos.

No sábado, a falta de policiamento já tinha obrigado igualmente ao adiamento do Famalicão-Sporting, da 20.ª jornada da I Liga.

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Ranking Merco ESG: Sabseg e 5 seguradoras no top 100

  • ECO Seguros
  • 4 Fevereiro 2024

A corretora Sabseg foi a novidade seguradora no estudo merco ESG de 2023, juntando-se à Fidelidade, Ageas, Liberty, Mapfre e Generali como representante do setor num ranking de sustentabilidade.

A corretora de seguros Sabseg foi a única corretora a integrar o top 100 das marcas mais responsáveis em termos de ESG (Ambiental, Social e Governança) no mercado português, de acordo com o estudo anual Merco para 2023.

Fidelidade em 27º lugar, Ageas em 43º, Liberty em 49º, Mapfre em 50º, Generali em 80º foram as seguradoras que integraram esta lista mercoRESPONSABILIDADE ESG em 2023, num ranking liderado a nível nacional pela Delta, EDP e IKEA.

O Merco é, segundo os seus promotores, o primeiro monitor auditado no mundo, em que o acompanhamento e a verificação do seu processo de produção e resultados passam por uma revisão independente da auditora KPMG. Todos os critérios de ponderação são públicos ec os resultados de cada edição podem ser consultados no seu site.

O Merco – Monitor Empresarial de Reputação Corporativa – é um monitor corporativo de referência na América Latina avaliando a reputação das empresas desde 2000. É baseado numa metodologia multistakeholder composta por seis avaliações e mais de vinte fontes de informação, contando com a votação de diferentes stakeholders totalizando 1.153 inquéritos.

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Plataforma acusa MAI de precipitação e leviandade ao falar em insubordinação de polícias

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

O dirigente acusou o ministro José Luís Carneiro de "laivo persecutório" contra os polícias, que o Governo não demonstrou quando os médicos "se recusaram a fazer urgências para lá do razoável".

A plataforma sindical de polícias considerou domingo que houve “precipitação e alguma leviandade” do Governo em qualificar como insubordinados os agentes que entregaram baixas médicas e falharam o policiamento de um jogo de futebol.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da plataforma sindical e presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias, Bruno Pereira, considerou “um paradoxo as declarações do ministro [da Administração Interna]” de hoje, em conferência de imprensa.

O dirigente sindical afirmou que houve precipitação e desrespeito pelas regras do estado de direito ao afirmar que vai abrir inquéritos para averiguação de factos “ao mesmo tempo que assume preliminarmente que há responsabilidade e que há culpa por parte dos polícias, nomeadamente relativamente às baixas médicas“.

Bruno Pereira acusou o ministro José Luís Carneiro de “laivo persecutório” contra os polícias, que o Governo não demonstrou quando os médicos “se recusaram a fazer urgências para lá do razoável”.

Apelo pelo menos a alguma cautela na moderação das palavras para que não acicatemos ainda mais os ânimos, tendo em conta que eles já estão bastante acicatados e os polícias já estão num nível de intolerância máximo. (…) Não nos precipitemos também com alguma leviandade em qualificá-los como insubordinados. Não cai bem, não fica bem, e não é de modo algum respeitoso”, disse à Lusa o responsável sindical.

O ministro da Administração Interna este domingo que vai participar ao Ministério Público todos os novos indícios de incitamento à insubordinação, a sua prática e eventual ligação a movimentos extremistas, praticados pelas forças policiais.

José Luís Carneiro falava aos jornalistas à saída de uma reunião, que durou mais de quatro horas, com o comandante-geral da GNR e com o diretor nacional da PSP, na sequência do adiamento no sábado do jogo Famalicão-Sporting, devido à falta de condições de segurança, causadas pela falta de policiamento.

Para José Luís Carneiro, o direito à manifestação é legitimo e tem sido legitimamente exercido, mas não pode ser confundido com indisciplina e atos de insubordinação que coloquem em risco o estado de direito.

Bruno Pereira sublinhou que não viu nos incidentes de sábado em Famalicão qualquer extremismo por parte dos polícias, mas admite que o Governo possa ter razões para averiguar a existência desses movimentos dentro dos protestos dos polícias, mas afirma que é o executivo, com a recusa em ceder às reivindicações das forças de segurança, nomeadamente o subsídio de missão equiparado à Polícia Judiciaria, que está a “regar com gasolina” o crescimento de movimentos inorgânicos.

Há uma questão de urgência que impera e impõe uma correção de um problema que foi criado por este Governo, por muito que venham alegar que é uma impossibilidade político-legislativa. Não é verdade, a questão de urgência pode perfeitamente ser preenchida aqui sob pena de efetivamente andarmos a regar com gasolina a possibilidade de os movimentos inorgânicos poderem alastrar, poderem viralizar e poderem contaminar aquilo que tem sido um protesto extremamente sóbrio e feito com enorme elevação”, disse.

Sobre as declarações de sábado do presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL), Armando Pereira, que em entrevista à SIC Notícias admitiu eventuais impactos na realização das próximas eleições legislativas, Bruno Pereira disse não lhe caber “fazer a defesa da honra” do sindicalista, afirmando não ter visto qualquer ameaça nas declarações, mas sim um alerta, já reiterado em carta enviada ao primeiro-ministro, António Costa, com conhecimento de José Luís Carneiro, e que chama a atenção para o crescente descontentamento que pode vir a afetar várias atribuições das polícias, como a entrega de exames nacionais nas escolas, o controlo de fronteiras ou o policiamento de grandes eventos.

“Ainda que possam não ter alguém a controlar a caixa de correio 24 horas, o que é certo é que temos vindo a apelar a alguma descontenção, porque os polícias estão há quatro semanas em protesto permanente feito com maior elevação e sobriedade e a resposta do Governo é não assume o problema que criou, não quer procurar uma solução e não quer assumir uma posição que junto de um futuro Governo possa assegurar que esta situação é corrigida“, disse.

Na conferência de imprensa de domingo, o ministro da Administração Interna adiantou que as declarações do presidente do SINAPOL seriam participadas à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), e reiterou que o Governo de gestão não tem condições de assumir encargos financeiros permanentes.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança escreveu ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representam, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

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MAI anuncia participação ao Ministério Público de atos de insubordinação das forças policiais

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

O ministro disse que não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos, tendo já mandado instaurar processos de inquérito disciplinar.

O ministro da Administração Interna anunciou domingo que vai participar ao Ministério Público todos os novos indícios de incitamento à insubordinação, a sua prática e eventual ligação a movimentos extremistas, praticados pelas forças policiais.

José Luis Carneiro falava aos jornalistas à saída de uma reunião, que durou mais de quatro horas, com o comandante-geral da GNR e com o diretor nacional da PSP, na sequência do adiamento no sábado do jogo Famalicão-Sporting, devido à falta de condições de segurança, causadas pela falta de policiamento.

Para José Luis Carneiro, o direito à manifestação é legitimo e tem sido legitimamente exercido, mas não pode ser confundido com indisciplina e atos de insubordinação que coloquem em risco o estado de direito.

Nesse sentido, o ministro disse que não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos, tendo já mandado instaurar processos de inquérito disciplinar.

José Luis Carneiro garantiu que, “por intermédio” do comandante-geral da GNR e do diretor nacional da PSP, não permitirá “atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos”.

Além dos inquéritos em curso, o governante determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a instauração urgente de inquéritos relativos ao policiamento dos jogos Famalicão-Sporting e Leixões-Nacional da Madeira e às suas consequências e revelou que a PSP está a concluir a identificação dos autores dos desacatos e agressões em Famalicão, que irá participará ao Ministério Público.

O ministro avisou que todos os novos indícios que “possam estabelecer uma relação entre o incitamento à insubordinação, a sua prática e eventual ligação a movimentos extremistas” serão agora participados ao Ministério Público.

Da mesma forma, avisou que foram participadas à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) as declarações do presidente do SINAPOL “que ameaçaram colocar em causa a atividade da PSP durante os próximos atos eleitorais”.

Relativamente ao não atendimento das reivindicações das forças policiais, José Luis Carneiro voltou a recordar que o Governo está em gestão e não tem condições para assumir encargos financeiros permanentes em relação ao futuro.

Respondendo à comparação que tem sido feita pelas forças policiais com a situação dos agricultores, que viram as suas reivindicações atendidas, José Luis Carneiro explicou que neste caso se tratou de responder à seca e que está em causa um apoio excecional, que não se pode confundir com um direito remuneratório, responsabilidade que competirá ao próximo Governo.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança escreveu ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representam, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo.

Em ofício datado de sábado e enviado na sexta-feira, a Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) transmite a António Costa que “os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país”.

Manifestando “preocupação (…) quanto ao que poderá provir daqui em diante”, a plataforma, que, até aqui, “conseguiu manter a ação reivindicativa dentro dos limites da lei”, realça agora que “não tem condições de enquadrar” todas as formas de protesto, antecipando que estas “atingirão proporções indesejáveis”.

Recordando que todos os responsáveis “foram informados e devidamente alertados”, a plataforma considera que “nada do que possa acontecer poderá ser visto com surpresa pelo poder político”.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

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Governo em gestão não tem “legitimidade para assumir encargos financeiros, justifica José Luís Carneiro

  • ECO
  • 4 Fevereiro 2024

O ministro da Administração Interna justifica a não resposta aos pedidos da PSP e GNR com a falta de "legitimidade política para assumir esses encargos"

Um “Governo em gestão não tem legitimidade para assumir encargos financeiros permanentes e duradouros”. “Não tem legitimidade política para assumir esses encargos”. É assim que José Luís Carneiro justifica a falta de resposta às forças policiais, que pedem um suplemento de missão equiparado ao da PJ. Questionado sobre a dualidade de critérios que faz com que os pedidos dos agricultores tenham tido resposta, o ministro da Administração Interna falou em situações “excecionais” e num apoio que “não é permanente e duradouro”.

Não se pode confundir o direito de manifestação, a que legitimamente se tem vindo a assistir, com a prática de actos indisciplina e insubordinação”. O Governo, por intermédio dos responsáveis máximos da GNR e da PSD, “não permitirá actos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos”, garantiu o ministro da Administração Interna, à saída da reunião com os responsáveis das duas forças policiais este domingo.

Para além dos dois processos já em curso, o ministro determinou a instauração de inquéritos urgentes relativos ao Famalicão-Sporting e Leixões- Nacional da Madeira, os dois jogos cancelados nesta jornada por falta de policiamento.

“As forças de segurança, quer no quadro de sistema segurança interna quer na cooperação com a GNR, têm meios que, em quaisquer circunstâncias, serão mobilizados para garantir o estado de direito democrático, as garantias constitucionais e a segurança, nomeadamente de atos eleitorais”, garantiu sobre o risco de as eleições legislativas de 10 de março poderem estar em causa devido à falta de polícias para transporte de boletins e urnas de voto, como foi avançado pelo sindicato SINAPOL.

(em atualização)

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Profissionais da GNR lamentam que protestos só tenham tido atenção por causa do futebol

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

"Fomos milhares nas ruas, em capitais de distrito, a protestar, e o silêncio foi total. Entristece-nos que foi preciso um jogo de futebol para [o Governo] olhar para nós", desabafou dirigente.

Os profissionais da guarda lamentam que os protestos dos agentes só tenham tido atenção por causa de um jogo de futebol e esperam que a reunião dos responsáveis da PSP e GNR com a tutela resolva esta “luta justa”.

No sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, mandou abrir um inquérito urgente aos acontecimentos relacionados com o jogo de futebol Famalicão-Sporting, e convocou para hoje uma reunião com os responsáveis máximos da PSP e GNR.

Cerca de três centenas de polícias marcaram entretanto presença em frente ao Ministério da Administração Interna, durante a reunião, para prestar solidariedade e mostrarem que estão unidos “de forma coerente e determinada” nesta “luta justa”, como disse à Lusa José Miguel, vice-presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG-GNR).

Viemos mostrar que somos profissionais dignos e em luta quanto ao que nos propusemos. Esperamos que [o comandante-geral da GNR e o diretor nacional da PSP] saiam com a mesma atitude de profissionais determinados, com o fim desta luta justa“, afirmou.

José Miguel não entende por que razão os protestos dos agricultores foram tão prontamente atendidos, enquanto os das forças policiais, nomeadamente as tabelas remuneratórias que não são atualizadas desde 2009, não merecem a atenção do Governo.

Mandámos uma carta a avisar que estávamos a atingir um ponto de saturação. Fomos milhares nas ruas, em capitais de distrito, a protestar, e o silêncio foi total. Entristece-nos que foi preciso um jogo de futebol para [o Governo] olhar para nós“, desabafou.

No sábado, o jogo de futebol Famalicão-Sporting foi adiado por falta de condições de segurança, na sequência de generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias.

Este domingo, um novo jogo, Leixões-Nacional, também foi adiado por não reunir as necessárias condições de segurança, devido à falta de policiamento.

Questionado sobre a possibilidade de situações destas se repetirem, o responsável da APG respondeu: “Ninguém nos deu atenção, agora tudo pode acontecer daqui para frente, mas sempre de forma ordeira”.

Reportando-se a possíveis suspeições de que haja baixas fraudulentas, salientou que uma baixa nunca pode ser posta em causa, lembrando que os profissionais estão a passar por uma situação de “muito stress” que os pode fazer sentir não ter condições para cumprir o seu serviço”.

Além disso, acrescentou que as baixas não são prescritas pelos polícias, mas sim por médicos, cuja idoneidade não deve ser posta em causa.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

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Em ofício datado de sábado e enviado na sexta-feira, a Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) transmite a António Costa que “os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país”.

Manifestando “preocupação (…) quanto ao que poderá provir daqui em diante”, a plataforma, que, até aqui, “conseguiu manter a ação reivindicativa dentro dos limites da lei”, realça agora que “não tem condições de enquadrar” todas as formas de protesto, antecipando que estas “atingirão proporções indesejáveis”.

Recordando que todos os responsáveis “foram informados e devidamente alertados”, a plataforma considera que “nada do que possa acontecer poderá ser visto com surpresa pelo poder político”.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

Num esclarecimento sobe as ações de protesto por parte dos polícias, a direção nacional da PSP dá conta que em determinadas subunidades de diferentes Comandos Territoriais de Polícia existiram “algumas situações em que polícias, ao entrar de serviço, solicitaram para entregar a sua arma de serviço“, mas “tais ações não foram concretizadas”.

“Atendendo ao plasmado no Estatuto Disciplinar da PSP, os polícias têm que observar as normas legais e regulamentares e as instruções de serviço emanadas pelos superiores hierárquicos, bem como tomar conta de quaisquer ocorrências integradas na esfera da sua competência e utilizar com prudência todos os bens e equipamentos que lhes forem distribuídos ou confiados no exercício das suas funções ou por causa delas, pelo que tais ações não foram concretizadas”, precisa a PSP.

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Filme “Pobres Criaturas” e sardinha portuguesa unem-se em “parceria improvável”

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

Depois de Lisboa, dos pastéis de nata e do fado de Carminho, também a sardinha portuguesa passou a integrar o universo de "Pobres Criaturas"

“O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa” disponibilizará até ao final do mês, na loja de Nova Iorque, uma conserva de edição limitada fruto de umacolaboração improvável, mas muito feliz” com o filme “Pobres Criaturas”, anunciou a marca.

Depois de Lisboa, dos pastéis de nata e do fado de Carminho, também a sardinha portuguesa passou a integrar o universo de “Pobres Criaturas“, o novo filme de cineasta Yorgos Lanthimos, que conta com Emma Stone, Mark Ruffalo e Willem Dafoe no elenco principal e que já está em exibição nas salas de cinema portuguesas.

Em causa está uma colaboração da Searchlight Pictures, propriedade da 20th Century Studios, uma divisão da Walt Disney Studios, com a loja d’”O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa”, um conceito desenvolvido pel’O Valor do Tempo, grupo empresarial que detém a histórica conserveira Comur, fundada em 1942 na Murtosa.

Para celebrar em conjunto a “fantasia” que envolve os dois universos, “O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa” lançou uma lata de edição limitada disponível na loja de Nova Iorque, com Bella Baxter, a personagem principal do filme, em destaque na caixa da conserva.

No coração da Times Square, um dos mais visitados pontos turísticos norte-americanos e onde está localizada a loja, a conserva de edição limitada não tem passado despercebida a clientes e curiosos, que têm procurado saber mais sobre a parceria, conforme a Lusa conseguiu testemunhar no local.

De acordo com a marca portuguesa, será possível comprar esta conserva de edição limitada até ao dia 28 de fevereiro, poucos dias antes da cerimónia dos Óscares, na qual “Pobres Criaturas” disputará 11 categorias, incluindo a de “Melhor Filme” e “Melhor Atriz”, depois de já ter vencido o Leão de Ouro no festival de Veneza.

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Adiado jogo Leixões-Nacional por falta de policiamento

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

Terá sido a própria PSP a considerar não estarem reunidas as condições para que o jogo se realizasse.

O jogo Leixões-Nacional, da 20.ª jornada da II Liga portuguesa, marcado para domingo, às 11:00, foi adiado por falta de policiamento, disse à agência Lusa uma fonte da SAD da entidade leixonense.

A decisão foi tomada na reunião preparatória do encontro, uma hora antes do jogo, sensivelmente, no Estádio do Mar, em Matosinhos, perante a constatação de que havia policiamento insuficiente, adiantou a mesma fonte, explicando que os agentes presentes eram em número inferior ao necessário.

Terá sido a própria PSP a considerar, face àquela situação, não estarem reunidas as condições para que o jogo se realizasse, o que terá levado os responsáveis da Liga Portuguesa de Futebol Profissional presentes e os clubes envolvidos a acordar o adiamento do jogo.

Entretanto, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) confirmou o adiamento para “data a definir” do jogo Leixões-Nacional, da 20.ª jornada II Liga, que estava agendado para as 11:00, por falta de policiamento.

Em comunicado, a LPFP refere que o adiamento, acordado com os clubes, se deve ao facto de o organismo “ter recebido informações por parte do responsável pela força policial presente no Estádio do Mar de que não existem condições de segurança para a realização do mesmo, nem hoje, nem amanhã [segunda-feira]”.

Apesar de se considerar “alheia aos motivos que levaram ao adiamento”, a LPFP diz lamentar o transtorno causado às equipas e adeptos, e assegurou que “será sempre intransigente na defesa das garantias de segurança nas partidas das competições por si organizadas, de forma a assegurar a proteção de adeptos e intervenientes”.

O Leixões ocupa 17.º e penúltimo posto da classificação geral II Liga portuguesa de futebol, com 17 pontos, e o Nacional encontra-se no 3.º lugar, com 37 pontos.

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Diretor da PSP abre “célere averiguação” e pede aos polícias “sentido de missão à causa pública”

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

O diretor da PSP pede aos polícias para que continuem, "com todo o profissionalismo, dedicação e entrega à causa pública, a merecer a confiança dos cidadãos" que servem.

O diretor nacional da PSP anunciou domingo que determinou “uma célere averiguação” ao que aconteceu no policiamento do jogo de futebol Famalicão-Sporting e apelou aos polícias para manterem “o sentido de missão à causa pública”.

Face ao ocorrido no dia de ontem [sábado] relativamente ao policiamento do jogo Famalicão/Sporting Clube de Portugal, e ainda que tenha já sido determinada a abertura de um inquérito aos referidos acontecimentos (…) pelo ministro da Administração Interna, determinei também que se proceda a uma célere averiguação do sucedido, na medida em que a confiança dos cidadãos na sua Polícia de Segurança Pública nunca poderá ficar comprometida”, escreve José Barros Correia, num email enviado hoje de manhã a todo o efetivo da PSP.

Na missiva, a que a Lusa teve acesso, o diretor da PSP sublinha que acompanha “as preocupações” dos polícias, posição que já tinha manifestado anteriormente, mas apelou “ao profissionalismo, dedicação e sentido de missão à causa pública” que caracterizam e distinguem a Polícia desde 1867.

“Apesar das nossas próprias e legítimas preocupações como profissionais e como pessoas, temos de ter sempre presente que a nossa legitimidade e autoridade como profissionais de polícia, só serão reconhecidas e reforçadas, se soubermos, em todas as nossas atitudes e comportamentos, transmitir uma imagem que granjeie respeito, credibilidade, empatia e, mais do que nunca, compromisso e confiança aos cidadãos que servimos“, precisa José Barros Correia.

Nesse sentido, o diretor da PSP exorta os polícias para que continuem, “com todo o profissionalismo, dedicação e entrega à causa pública, a merecer a confiança dos cidadãos” que servem.

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Cerca de 300 polícias concentram-se em Lisboa e esperam “alguma luz” do encontro com Governo

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

"Acabam por vir só com ameaças, em vez de palavras de apoio. Já deixámos bem claro que não vamos parar enquanto não virmos a situação resolvida. As manifestações estão a aumentar", diz sindicalista.

Cerca de 300 polícias reuniram-se este domingo em frente ao Ministério da Administração Interna, em Lisboa, em apoio aos responsáveis da PSP e GNR que estão reunidos com o ministro esperando que deste encontro “saia alguma luz“.

Maioritariamente vestidos de negro e sem quaisquer cartazes, as cerca de três centenas de polícias concentraram-se, tranquilamente, no Terreiro do Paço, naquele que Humberto Alvão, do Sindicato Unificado da Polícia, classificou como um “movimento espontâneo”.

Estamos aqui em apoio ao comandante da GNR e ao diretor nacional da PSP. Espero que se faça luz e que saia daqui alguma coisa positiva. Não perspetivo nada de negativo porque não fizemos nada ilegal”, afirmou Humberto Alvão aos jornalistas.

De acordo com o sindicalista, a situação que os profissionais mais contestam em relação à atuação do Governo é a ausência de palavras por parte do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da administração Interna, José Luís Carneiro.

Acabam por vir só com ameaças, em vez de palavras de apoio. Já deixámos bem claro que não vamos parar enquanto não virmos a situação resolvida. As manifestações estão a aumentar, isso é claro. Torna-se difícil e incompreensível o silêncio do primeiro-ministro e do ministro da administração interna”, apontou.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança escreveu ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representam, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo.

Em ofício datado de sábado e enviado na sexta-feira, a Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) transmite a António Costa que “os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país”.

Manifestando “preocupação (…) quanto ao que poderá provir daqui em diante”, a plataforma, que, até aqui, “conseguiu manter a ação reivindicativa dentro dos limites da lei”, realça agora que “não tem condições de enquadrar” todas as formas de protesto, antecipando que estas “atingirão proporções indesejáveis”.

Recordando que todos os responsáveis “foram informados e devidamente alertados”, a plataforma considera que “nada do que possa acontecer poderá ser visto com surpresa pelo poder político”.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

Num esclarecimento sobe as ações de protesto por parte dos polícias, a direção nacional da PSP dá conta que em determinadas subunidades de diferentes Comandos Territoriais de Polícia existiram “algumas situações em que polícias, ao entrar de serviço, solicitaram para entregar a sua arma de serviço“, mas “tais ações não foram concretizadas”.

“Atendendo ao plasmado no Estatuto Disciplinar da PSP, os polícias têm que observar as normas legais e regulamentares e as instruções de serviço emanadas pelos superiores hierárquicos, bem como tomar conta de quaisquer ocorrências integradas na esfera da sua competência e utilizar com prudência todos os bens e equipamentos que lhes forem distribuídos ou confiados no exercício das suas funções ou por causa delas, pelo que tais ações não foram concretizadas”, precisa a PSP.

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