Fed corta taxas de juro em 25 pontos base

Segundo corte seguido pelo banco central dos EUA leva taxas de juro para o intervalo de 4,50%-4,75%. Investidores estão atentos às palavra de Jerome Powell sobre o regresso de Donald Trump.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) cortou esta quinta-feira as taxas de juro em 25 pontos base (pb), indo ao encontro das expectativas da grande maioria dos economistas e investidores.

A descida é a segunda seguida. A 18 de setembro o banco central liderado por Jerome Powell interrompeu uma pausa de um ano nas taxas de juro com um corte ‘jumbo’ de 50 pontos base.

“Para apoiar os seus objetivos, o FOMC (Comité de Política Monetária) decidiu reduzir o intervalo do objetivo para a taxa dos fundos federais em um quarto de ponto percentual para 4,50% a 4,75%”, informou a Fed, em comunicado.

O banco central liderado por Jerome Powell sublinhou que os indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido.

“Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm, de um modo geral, abrandado, e a taxa de desemprego subiu, mas permanece baixa”, referiu, adiantando que “a inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comité, mas permanece ligeiramente elevada“.

O Comité reiterou que procura atingir o máximo de emprego e uma taxa de inflação de 2% a longo prazo. “O Comité considera que os riscos para a consecução dos seus objetivos em matéria de emprego e de inflação são aproximadamente equilibrados“, disse, sublinhando que as perspetivas económicas são incertas, e que está atento aos riscos para ambos os lados do seu duplo mandato.

(Notícia atualizada às 19h26 com mais informação)

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Saídas na bolsa? Negócio da Euronext em Portugal é para manter

A gestora da bolsa portuguesa mantém o "compromisso" com o mercado português, reiterando a importância estratégica do centro tecnológico no Porto, onde quer continuar a crescer.

A bolsa portuguesa despede-se de quatro empresas este ano, com o índice de referência PSI reduzido a 15 cotadas após a exclusão da Greenvolt na sequência da aquisição pelos americanos da KKR. Apesar de mais esta onda de saídas, a gestora da bolsa portuguesa garante que a praça portuguesa é para manter. E o centro tecnológico do Porto continua a ser estratégico para o crescimento da Euronext.

Portugal tornou-se parte da Euronext em 2002 e vai manter-se no negócio“, garantiu Stéphane Boujnah, CEO do grupo responsável pela gestão da bolsa de Lisboa. O responsável adiantou ainda que, na Europa, “não há pequenos países e países grandes, há mercados mais pequenos e outros maiores”.

Boujnah, que assume que a Euronext quer ser o “campeão” da negociação em 2027, adiantou que há, neste momento, duas empresas brasileiras que estão a avaliar a dispersão de capital na Europa, ponderando fazer esta entrada através de Lisboa, ou de Paris. “O facto de empresas do Brasil decidirem que querem listar na Europa e que o facto de para eles o melhor mercado para o fazer seja Portugal diz muita coisa, porque isto é o que a Europa é, interações com o resto do mundo com base no legado da história”, apontou.

Mas a maior contribuição de Portugal para o grupo continua a ser o centro tecnológico no Porto, que arrancou com cerca de 60 pessoas e tem hoje mais de 300 e que vai ser transferido, juntamente com a ex-Interbolsa, para um novo edifício no centro da cidade, para acomodar a expansão prevista para os próximos anos. Segundo avançou ao ECO, a empresa vai contratar cerca de duas centenas de pessoas para o Porto, nos próximos três anos.

O nosso negócio e o número de colaboradores em Portugal está a crescer massivamente e é o local onde estamos a criar mais postos de trabalho nos últimos anos”, destacou o CEO da Euronext, adiantando que o grupo mantém “o compromisso com Portugal, pela capacidade de Portugal para comunicar com o resto do planeta e também pelo tamanho, relevância e sucesso da plataforma tecnológica“.

Apesar do número de empresas da bolsa continuar a reduzir-se – este ano saíram Inapa, Reditus e Greenvolt, com a Lisgráfica a dizer adeus ao mercado na próxima semana –, o negócio do grupo no país assume particular relevância. Além do centro tecnológico, a antiga Interbolsa, que integra agora um dos quatro mercados de liquidação e custódia de títulos, a Euronext Securities, é uma das apostas do grupo para crescer nos próximos anos.

A Euronext prevê, no seu plano estratégico para 2027, apresentado esta quinta-feira, continuar a reforçar na diversificação e na inovação, alargando a liderança da gestora de bolsas a novas atividades e classes de ativos na Europa. Boujnah garante que a empresa, hoje muito diferente do que era em 2020, quer assumir-se como um “campeão mundial” de negociação, procurando atrair para a Europa “empresas mais internacionais, especialmente empresas tecnológicas”.

“Até 2027, a Euronext será maior, mais forte e mais diversificada. A nossa liderança será alargada a novas atividades e classes de ativos na Europa. O Grupo posicionar-se-á como a porta de entrada única e mais eficiente para os mercados de capitais europeus para cotar em bolsa, negociação, compensação, liquidação e custódia“, adiantou Stéphane Boujnah, CEO do grupo que gere a bolsa de Lisboa e que detém a Euronext Securities (liquidação e custódia de títulos) e a Euronext Technologies (centro tecnológico), onde quer contratar mais 200 pessoas nos próximos três anos.

“A Euronext cobre agora toda a cadeia de valor dos mercados de capitais na Europa, com um alcance global. Estamos totalmente equipados para aproveitar os ventos favoráveis ​​e capturar oportunidades em negócios de volume e não volume”, acrescenta Boujnah.

O CEO adiantou que a estratégia de crescimento do grupo para os próximos três anos é assente em três prioridades:

  • acelerar o crescimento em negócios sem volume, posicionando a Euronext Securities como a principal escolha nos mercados europeus;
  • expandir os serviços de negociação e compensação de títulos de dívida, moedas e matérias-primas;
  • e desenvolver liderança em negociação, aproveitando a sua posição para criar novos serviços de negociação e construindo um mercado de ETF na Europa.

Buyback de 300 milhões de euros

Além da nova estratégia, a Euronext apresentou ainda os resultados do terceiro trimestre. Os lucros baixaram 4,2% para 159,5 milhões de euros, “refletindo uma comparação negativa de base relacionada com ganhos de capital de 41,6 milhões de euros recebidos no terceiro trimestre de 2023 pela venda da participação de 11,1% da LCH pela Euronext”, justifica a empresa em comunicado.

Já as receitas subiram 10% para 396,3 milhões de euros, impulsionadas pelas receitas não relacionadas com volume, receitas de negociação e pela expansão do segmento de liquidação.

No plano estratégico para 2027, o grupo prevê manter um crescimento anual das receitas e do EBITDA ajustado superior a 5%, uma estratégia focada no controlo de custos e no investimento para o crescimento futuro.

A companhia compromete-se ainda a manter a sua política de distribuição de dividendos e adiantou que vai avançar com um plano de recompra de ações até 300 milhões de euros, que vai arrancar no dia 11 de novembro.

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A não perder: três casacos de Carolyn Bessette–Kennedy vão a leilão na Sotheby’s Nova Iorque

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Novembro 2024

De 27 de Novembro a 17 de Dezembro vai poder licitar entre três peças históricas da coleção de moda do casal Bessette-Kennedy, que a Sotheby’s New York leva a leilão.

Se faz parte da geração que, nos anos 90, acompanhava atentamente os passos do casal mais fashionable da “realeza americana” – Carolyn Bessette-Kennedy e John F. Kennedy Jr. – vai gostar de saber que, a partir de dia 27 de Novembro e até 17 de Dezembro, pode licitar uma das peças históricas da coleção de moda do casal, que a Sotheby’s New York leva a leilão. Neste, que é o segundo leilão anual “Fashion Icons” que a leiloeira promove, contam-se três casacos icónicos usados pela it-girl novaiorquina que era conhecida pela sua estética minimalista, com recurso a peças de variados designers caracterizadas por um luxo discreto – um casaco vintage trespassado em pêlo de leopardo datado de cerca de 1969 (estimativa: 20.000 a 30.000 dólares); um casaco de lã dupla face preto da Prada, do ano 1997; e um blusão preto de lã Yohji Yamamoto, também de 1997.

Estas três valiosas peças de vestuário foram usadas – e amplamente fotografadas pelos paparazzi – por Carolyn antes de as oferecer a Rose Marie Terenzio, amiga e assistente pessoal de Bessette-Kennedy. Terenzio, que disse que Carolyn era a sua “fada-madrinha da moda”, divulgou algumas das histórias que estão por detrás destes casacos, um storytelling que contribui para valorizar ainda mais esta venda. Por exemplo, o casaco vintage de pêlo de leopardo tem sido usado por Terenzio nos últimos 25 anos e foi-lhe oferecido para usar numa ocasião especial. “Fica-te perfeito, fica com ele!”, terá dito Carolyn à amiga. “Já fui fotografada com ele tantas vezes que os media vão começar a gozar comigo”, justificou Terenzio à revista Tatler.

Já o casaco de lã preta da Prada com um design que evoca as silhuetas dos anos 60 (com preço base de licitação base estimado entre os 15.000 e os 20.000 dólares) foi usado por Carolyn Bessette-Kennedy na tomada de posse de Bill Clinton em 1997, que combinou com uns óculos de sol ovais e uma carteira Prada Spazzoloto. Foi, durante uma época, um favorito de Carolyn para passear os cães no bairro novaiorquino de Tribeca, onde morava o casal.

Por último, o casaco de lã preta Yohji Yamamoto (15.000 a 20.000 dólares) foi, por sua vez, usado em 1997 num evento formal da Medalha Jacqueline Kennedy Onassis em Nova Iorque. Com as ancas acolchoadas e a cintura justa, o casaco foi combinado com uma saia assinada por Junya Watanabe para a Comme des Garçons.

Lucy Bishop, especialista em moda da Sotheby’s, refere que “não existe maior expressão da vida de alguém do que a sua roupa. Foram escritos incontáveis ​​artigos sobre a vida de Carolyn e o estilo minimalista que definiu uma era, mas pouco existe no registo público da sua voz. Estas roupas falam muito sobre a sua vida tragicamente curta, mas notável. Revelam uma mulher que fez escolhas ponderadas, navegou no escrutínio público com inteligência e graciosidade, demonstrando uma generosidade e bondade que tocou aqueles que a rodeavam. Carolyn Bessette-Kennedy compreendeu o poder de se vestir bem, e essa crença está para sempre refletida nestas roupas.”

São peças particularmente raras de chegar a leilão, tendo em conta o perfil reservado da mulher de John Kennedy Jr. Conhecida pelo seu cabelo loiro, olhos azuis e corpo de modelo, Carolyn era detentora de um gosto excecional, muito seletiva nas roupas que usava. Era discreta, em grande parte por se sentir incomodada com a atenção que os media lhe dispensavam. Desde a licenciatura ao casamento com o advogado da família mais famosa da América, Carolyn Bessette-Kennedy trabalhou para a Calvin Klein, uma marca que também marcou a estética dos anos 90. Foi uma figura influente na moda, tendo ajudado a lançar a carreira do designer Narciso Rodriguez, que foi o seu escolhido para desenhar o vestido de casamento. A discrição do seu guarda-roupa é, precisamente, aquilo que o tornou tão desejável. Ainda hoje, 25 anos após o acidente de avião que matou o casal na costa de Martha’s Vineyard, em 1999, que o público mantém o fascínio pelo seu estilo simples mas sofisticado.

O leilão Fashion Icons estará aberto para licitação online de 27 de novembro a 17 de dezembro, com as peças em exposição na Sotheby’s de Nova Iorque de 5 a 10 de dezembro.

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Now renova com Rui Rio até final de dezembro

O contrato com o ex-presidente do PSD foi renovado até final de dezembro, altura na qual "será feito um balanço".

Rui Rio vai manter-se como comentador do Now até ao final de dezembro. O acordo do canal de informação da Medialivre com o ex-presidente do PSD terminou em outubro e foi agora renovado até ao final de dezembro, avançou o Now ao +M.

O Informação Privilegiada tem sido uma marca importante da informação diferenciadora que transmitimos em horário nobre, com a análise de protagonistas de referência como Rui Rio“, comenta Paulo oliveira Lima, diretor executivo Now. “É um dos programas que contribui para o sucesso” do canal e, nesse sentido, “entendemos que se impunha uma extensão desta nossa colaboração até ao final do ano, altura em que faremos um balanço“, conclui.

A segunda série do formato com Rui Rio começa na próxima quarta-feira, com um programa especial, a partir do Porto, sobre regionalização.

Dos “protagonistas” com os quais o Now arrancou em julho, mantém-se Santana Lopes à segunda-feira, Judite de Sousa, sem Luís Paixão Martins, à terça, seguindo a semana com Rui Rio, Fernando Medina e o padre Américo Aguiar.

Graça Freitas e Luís Paixão Martins vão a antena duas vezes por mês, em função da atualidade, e António Costa, futuro presidente do Conselho Europeu, já terminou a colaboração com o canal.

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Moçambique. Mondlane garante protestos de rua até reposição da “verdade eleitoral”

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

"O povo está disponível para tomar o poder e vai tomar o poder. A hora já chegou e o povo já tomou o poder", disse Venâncio Mondlane.

O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique, anunciou esta quinta-feira que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral.

Mondlane, que fez o anúncio num live na rede social Facebook, acusou a polícia de estar a saquear estabelecimentos comerciais e, no bairro de Maxaquene, de ter matado duas pessoas. “O povo está disponível para tomar o poder e vai tomar o poder. A hora já chegou e o povo já tomou o poder”, frisou, referindo-se aos populares que estão nas ruas da capital moçambicana.

O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, em 24 de outubro, dos resultados das eleições de 09 de outubro, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Após protestos nas ruas que paralisaram o país, Mondlane convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo convocada para hoje.

Hoje cumpre-se o oitavo dia de paralisação e manifestações em todo o país, com a generalidade a levar à intervenção da polícia, que dispersa com tiros e gás lacrimogéneo, enquanto os manifestantes cortam avenidas, atiram pedras e incendeiam equipamentos públicos e privados.

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Campanha de Natal da Coca-Cola quer inspirar gestos de bondade

  • + M
  • 7 Novembro 2024

A marca incentiva à criação de globos de neve digitais personalizados através de inteligência artificial, que visam ser "um presente virtual para partilhar com alguém como um gesto de bondade".

A Coca-Cola quer inspirar gestos de bondade em todo o mundo, aliando as relações humanas à inovação tecnológica. Dando seguimento, pelo segundo ano, à campanha “O mundo precisa de mais Pais Natais”, a marca pretende celebrar o espírito do Pai Natal que existe dentro de cada um.

Este ano, a marca de refrigerantes revela uma nova experiência digital que recorre a inteligência artificial (IA) para permitir que as pessoas interajam em conversas calorosas com o Pai Natal, criando uma animação personalizada em forma de globo de neve, baseada numa memória pessoal de Natal, e que pode depois ser partilhada.

Este globo de neve digital funciona como “um presente virtual para partilhar com alguém como um gesto de bondade“, explica-se em nota de imprensa. Acessível através da leitura do QR code disponível na edição de Natal das garrafas ou latas de Coca-Cola, a experiência “utiliza IA multimodal, incluindo geração de avatares 3D, conversação em tempo real habilitada por IA generativa e geração de imagens para criar uma experiência completamente única e personalizada para cada utilizador”.

Este ano, damos especial atenção às experiências numa campanha que incentiva e inspira gestos de bondade, ao mesmo tempo que reconhecemos a importância das relações humanas entre os nossos parceiros e consumidores. Estamos entusiasmados por trazer novos canais e ferramentas para esta campanha para ajudar nesta viagem movida por gestos de bondade, ao mesmo tempo que continuamos a promover a união quer digitalmente como na vida real”, diz Leonor Falcão, brand manager da Coca-Cola em Portugal, citada em comunicado.

A Coca-Cola dá também continuidade ao conceito iniciado no ano passado, através do anúncio televisivo “O Mundo precisa de Mais Pais Natais”. O spot “funciona como um reminder de que até um gesto de bondade natalícia pode despertar o ‘Pai Natal’ em cada um de nós, demonstrando como a verdadeira magia da época se multiplica quando é abraçada”.

Além da já referida edição especial de Natal da Coca-Cola (que remete para a experiência de IA), a campanha natalícia da Coca-Cola marca também presença em anúncios out-of-home (OOH), através de “imagens da ‘sombra’ do Pai Natal em poses quotidianas que o público pode facilmente reconhecer nas suas próprias rotinas e que vão estar presentes em localizações estratégicas a nível nacional”.

Ao longo da campanha, a marca de origem norte-americana vai dispor ainda de espaços interativos onde, utilizando tecnologia avançada de câmaras, vai permitir que a sombra do Pai Natal simule as ações e movimentos em tempo real dos consumidores no local.

A campanha é assinada pela WPP Open X, e as marcas VMLY&R, Ogilvy e Essence Mediacom, juntamente com a Accenture e a JKR.

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Já estão abertas as candidaturas à linha Turismo+Sustentável de 50 milhões

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

A linha destina-se a apoiar empresas do setor do turismo na realização de investimentos que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com as metas de neutralidade carbónica".

As candidaturas à nova Linha de Apoio Turismo + Sustentável, no valor de 50 milhões de euros, já estão abertas, anunciaram esta quinta-feira o Banco Português de Fomento (BPF) e o Turismo de Portugal.

“Com uma dotação de até 50 milhões de euros, cobertura de garantia mútua até 80% do valor do financiamento e com possibilidade de conversão em subvenção não reembolsável de até 30%, esta linha destina-se a apoiar empresas do setor do turismo na realização de investimentos que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com as metas de neutralidade carbónica”, lê-se no comunicado conjunto.

A Linha de Apoio Turismo + Sustentável, financiada pelo Turismo de Portugal e gerida pelo BPF, está disponível para Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), Small Mid Cap, Mid Cap e Grandes Empresas que estejam localizadas em território nacional, desenvolvam atividade principal enquadrada nos CAE elegíveis e sejam empresas aderentes ao Programa Empresas Turismo 360º, que incentiva as empresas do setor a implementar uma agenda ESG (Environmental, Social, Governance).

O financiamento é de até 750 mil euros por empresa, com um prazo máximo de 15 anos, até 48 meses de período de carência de capital e uma garantia das Sociedades de Garantia Mútua de até 80%.

Existe ainda a possibilidade de conversão parcial do empréstimo em subvenção não reembolsável, até 20% do valor do financiamento contratado, na generalidade das localizações, sendo que “para operações enquadradas exclusivamente no plano de prevenção, monitorização e contingência para situações de seca na região do Algarve, a conversão em subvenção não reembolsável poderá alcançar os 30%”.

Sobre este processo, as entidades adiantam que o acesso à conversão (que representa a passagem a subvenção não reembolsável de parte do financiamento contratado) “estará condicionado à demonstração, por parte das empresas, diretamente junto do Turismo de Portugal, da realização do investimento previsto no pedido de financiamento e do cumprimento dos indicadores de desempenho estabelecidos”.

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Governo promete aumentos salariais e técnicos do INEM suspendem greve

Ministério da Saúde e sindicato assinaram um protocolo negocial no qual a tutela compromete-se a valorizar os salários destes trabalhadores em mais de 150 euros. Próxima reunião marcada para dia 21.

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar desconvocou a greve às horas extraordinárias em vigor desde 30 de outubro, depois de ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde com vista à valorização da carreira, anunciou esta quinta-feira o presidente da estrutura sindical, Rui Lázaro, à saída de uma reunião com a ministra Ana Paula Martins.

“Acabámos de assinar um protocolo negocial que se irá iniciar este mês e, sendo assim, estão reunidas as condições para levantar a greve às horas extraordinárias desde o dia 30 outubro”, afirmou o dirigente sindical. “A próxima reunião está marcada para dia 21 deste mês”, acrescentou.

O princípio para as negociações estabelece que não será com dois ou três níveis remuneratórios que haverá a um acordo”, indicou o sindicalista. Isto significa que os aumentos salariais deverão ser superiores a 150 euros, de acordo com os cálculos do ECO a partir da tabela remuneratória desta carreira.

Neste momento, o salário de entrada começa nos 922,47 euros brutos mensais. Se o ordenado mínimo nesta carreira avançar quatro posições irá saltar para 1.070,19 euros, ou seja, são mais cerca de 148 euros no bolso.

“Esta é uma profissão muito desvalorizada. Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm uma abnegação extrema à missão por 922 euro por mês. Esta greve foi um grito de revolta“, salientou o dirigente.

Questionado se, com o fim da greve, vão também terminar os constrangimentos no socorro do INEM, Rui Lázaro disse que “infelizmente não vai ser possível eliminar todos os constrangimentos”, porque “os quadros do INEM deviam comportar 1.480 técnicos e tem pouco mais de 700”.

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“Muitas burlas financeiras resultam das pessoas se exporem online”

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

Especialistas debateram os desafios do setor dos pagamentos na conferência New Money, com o tema da segurança à cabeça. Inteligência artificial está a subir a parada da sofisticação.

Segurança e pagamentos andam sempre de mãos dadas. Principalmente com o aumento das burlas, que estão cada vez mais sofisticadas, com o crescimento do uso de inteligência artificial. Por isso, o futuro dos meios de pagamento passa, entre outras coisas, por um equilíbrio difícil entre rapidez e confiança, defenderam alguns especialistas na 4.ª edição da conferência New Money, promovida pelo ECO e pela sociedade de advogados Morais Leitão.

“Assim como o digital tem uma penetração enorme nos meios de pagamento e na desmaterialização dos modelos de negócio dos bancos, a verdade também é que tem uma penetração enorme na fraude e as fraudes são francamente inovadoras. Há uma parte de mitigação em que nós temos de estar sempre em cima e a acompanhar, de preferência à frente daquilo que possa vir a acontecer”, reconheceu Francisca Guedes de Oliveira, administradora do Banco de Portugal.

Uma inovação introduzida pelo supervisor, a confirmação do beneficiário nas transferências bancárias, já está a conduzir a uma redução no número de burlas neste meio de pagamento, disse a responsável. O passo seguinte é fazer o mesmo noutros métodos usados para pagar, como os pagamentos por entidade e referência e os débitos direitos. O Banco de Portugal já aprovou um aviso que obriga os bancos a seguirem esse caminho.

Pedro Xavier Mendonça, consultor do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e responsável pelo Observatório de Cibersegurança, exemplificou o que pode acontecer se a segurança não for tida em conta nos pagamentos: “Alguém se faz passar por um fornecedor de uma organização ou até por um CEO dessa organização ou colaborador. Através do comprometimento do email dessa pessoa, pede para que o próximo pagamento, de um salário, de um fornecimento, seja feito para um novo IBAN.”

Este tipo de fraudes, se for bem-sucedida, pode levar a “problemas financeiros gravíssimos” para as empresas vitimadas. “Com a identificação do destinatário no momento do pagamento, este tipo de ataques também se começam a reduzir. Mas em Portugal eles têm tido alguma incidência. Nós não sabemos exatamente se é uma tendência internacional e os atacantes começam a utilizar inteligência artificial por exemplo para escrever emails mais fidedignos relativamente ao alvo, ou se são pessoas mesmo de língua portuguesa ou até a agirem em Portugal”, disse o especialista.

A baixa literacia dos consumidores portugueses pode ser outra vulnerabilidade: “Temos casos ligados às plataformas de pagamento como o MB Way, em que o número de telefone é um fator de comprometimento e conduz as pessoas a, por exemplo, fazerem pagamentos em vez de receberem pagamentos. Às vezes, é uma falta de conhecimento das pessoas de como é que funciona a plataforma e, muitas vezes, estas burlas resultam do facto de as pessoas se exporem online, afirmou Pedro Xavier Mendonça. E a recolha de dados para burlas pode “aumentar com inteligência artificial”, alertou.

Da esquerda para a direita: Francisca Guedes de Oliveira, Miguel Trindade Rocha, Olivia Arantes, Pedro Xavier Mendonça e Vera Esteves CardosoHugo Amaral/ECO

No mesmo painel, dedicado ao futuro dos meios de pagamento digitais, Olivia Arantes, Chief Information Security Officer (CISO) da Imprensa Nacional Casa da Moeda, colocou a questão de outra forma: “Se eu quiser aprender a conduzir, primeiro tenho de aprender o código. Existem fases, etapas que já estão instituídas. No ciberespaço isso não acontece. O que acontece muitas das vezes é que dão-nos uma ferramenta para as mãos, mas nós não sabemos se aquilo é de facto uma ferramenta ou se é uma arma contra nós. Vai depender muito da utilização que eu lhe for dar. Passa muito aqui pela educação das pessoas no meio da cibersegurança.”

É igualmente essencial “garantir que as soluções são desenvolvidas em segurança”, sendo necessária uma “monitorização ativa”. A inteligência artificial pode dar uma ajuda, disse a responsável, apesar de muitas soluções ainda exigirem “muita ação manual”. “Ainda não estamos a 100% com ferramentas de inteligência artificial, mas o caminho passa por aqui. Os atacantes utilizam essa tecnologia para criar cada vez mais ataques sofisticados, que muitas das vezes nem sabemos bem se falam a língua portuguesa ou não, porque aquilo é tão perfeito que leva muitas das vezes nós profissionais a duvidarmos”, admitiu.

Por seu turno, Miguel Trindade Rocha, presidente executivo do Observatório Português de Compliance e Regulatório, aludiu ao facto de a nova regulamentação poder impor custos pesados a algumas empresas. “Não se pode facilitar, as empresas têm de responder. E têm mais um desafio, que é: como é que eu vou assegurar um responsável de compliance, que são custos que determinadas empresas podem suportar facilmente, enquanto empresas mais pequenas, algumas startups, que querem entrar no mercado e que têm credibilidade e qualidade para entrar nesse mercado, não têm capacidade para adquirir um responsável pela área de segurança de informação, pela área de compliance”, denunciou.

“Estes custos todos somados, e eles todos são essenciais, são custos muito significativos. E num mercado pequeno como o português, não há diretores de compliance certificados e com qualidade para ser recrutados em qualquer esquina. E aqueles que existem têm um valor muito significativo. Esse é um investimento que tem de ser feito”, apontou, no painel moderado Vera Esteves Cardoso, pela consultora da Morais Leitão.

E-commerce com taxas de abandono elevadas

No segundo painel, dedicado à experiência do consumidor, o tema da confiança nos pagamentos também não passou ao lado da discussão. Shamil Indrakumar, diretor de Merchant & Acceptance da Visa em Portugal e Espanha, alertou que, em alguns aspetos do comércio eletrónico, estes dois mercados continuam a ficar aquém: “Notamos por exemplo em pagamentos online taxas de abandono ainda elevadas em Portugal e em Espanha também, quando comparadas com a média europeia e com o Reino Unido.” A “boa notícia” é que “há caminho e soluções tecnológicas” para mitigar isso, disse.

De seguida, o responsável da Visa deu como exemplo de boa experiência de utilizador nos pagamentos um projeto em que esteve envolvido com o Metropolitano de Lisboa: “Poder pagar com cartão bancário contactless, seja eu de que país for, e poder encostar o meu cartão bancário e entrar, é uma experiência de consumidor super conveniente, para quem nos visita, para quem hoje em dia utiliza os transportes públicos de uma forma ocasional.” Há mais iniciativas como esta no horizonte, noutras cidades e com outros players, anteviu.

Da esquerda para a direita: João Freire de Andrade, Shamil Indrakumar, Luís Ribeiro e Shrikesh LaxmidasHugo Amaral/ECO

Já Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, queixou-se das diferenças na regulamentação que é imposta à banca em comparação com outros setores económicos importantes, que, muitas vezes, representam barreiras à inovação no setor financeiro. “Falamos muito em regulação, e falamos muito em level playing field. Ele devia ser para todo o lado. Há open banking, mas não há open telco, não há open outras coisas”, atirou.

“Eu tenho que ter uma parceria e partilhar as minhas comissões dos meus cartões de crédito com a Apple para poder estar no Apple Pay. Mas o iPhone não tem de partilhar o botão para eu pôr lá o meu cartão. O level playing field não é verdade. Não é por acaso que a maior parte das fintechs, ou muitas delas, estão na área dos pagamentos. Precisamente porque o tipo de requisitos de regulação é diferente. Não veem muitas fintechs na área dos depósitos”, notou.

Falando em fintechs e experiência do consumidor, João Freire de Andrade, diretor executivo da Start Ventures e presidente da Portugal Fintech, comentou que recentemente leu outros CEO de bancos a dizerem “exatamente a mesma frase”, mas lembrou que também já houve muita desconfiança em relação a fintechs como a Revolut: “Há seis anos diziam que a Revolut não dava dinheiro, mas hoje em dia tem resultados positivos.”

Dito isso, o responsável destacou a inovação que esse tipo de empresas tem trazido ao setor financeiro recorrendo à tecnologia: “É muito interessante ver também como os incumbentes, a pouco e pouco, vão aproveitando algumas dessas jornadas, mudando o paradigma nesse aspeto.” O painel foi moderado por Shrikesh Laxmidas, diretor adjunto do ECO.

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5ª Conferência Ecoseguros: Como ir além dos seguros obrigatórios

  • ECO Seguros
  • 7 Novembro 2024

Na 5ª Conferência ECOseguros foram propostos meios para as empresas ir além dos seguros obrigatórios. Simplificar comunicação e sensibilizar consumidores foram soluções apontadas.

O painel “Como se poderá ir para além dos seguros obrigatórios” contou com João Miguel Gomes, Insurance Senior Manager da NTT DATA Portugal, Luis Malcato, Executive Board Member da Azuaga Seguros, Pablo Alonso, Diretor-Geral na Alvarez & Marsal e também foi moderado por Francisco Botelho.

No painel que explorou como o setor pode ir além dos seguros obrigatórios avaliou-se o panorama atual do mercado e lançaram-se propostas para as empresas aumentarem as suas vendas de outros produtos. Literacia foi apontada como principal responsável por atrair clientes, ao invés do preço. João Miguel Gomes, Insurance Senior Manager da NTT DATA Portugal, Luis Malcato, Executive Board Member da Azuaga Seguros, Pablo Alonso, Diretor-Geral na Alvarez & Marsal partilharam a sua análise.

Veja, ou seja, o painel:

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar na passada semana em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5.ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5.ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

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Mudanças nas Secretas. Na PJ é reconduzido Luís Neves

A 21 de outubro, Luís Montenegro já tinha avisado que a decisão estava tomada. Montenegro muda também lideranças nas "Secretas", com a entrada de Vítor Sereno e Patrícia Barão.

Luís Montenegro já escolheu quem vai liderar a Polícia Judiciária nos próximos três anos. Luís Neves consegue assim o seu terceiro mandato consecutivo. “Considerando o desempenho do Coordenador Superior de Investigação Criminal Luís António Trindade Nunes das Neves como Diretor Nacional da Polícia Judiciária, este foi nomeado para nova comissão de serviço, nos termos do Decreto-Lei n.º 137/2019, de 13 de setembro, por um período de três anos”, segundo comunicado do gabinete do líder do Executivo.

A 21 de outubro, Luís Montenegro já tinha avisado que a decisão estava tomada. O Primeiro-Ministro falou à entrada da sessão comemorativa do 79.º Aniversário da Polícia Judiciária e na inauguração do Laboratório Digital Forense. Mas não adiantou quando é que esse nome iria ser revelado.

Dias antes, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, já tinha avisado que a decisão sobre a renovação de mandato ou nomeação de um novo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) seria tomada em breve, logo após a tomada de posse do Procurador-Geral da República (PGR), que decorreu no dia 12 de outubro. “Em breve vai ser tomada uma decisão sobre o novo diretor da PJ. Estamos a fechar o processo e muito em breve terei novidades para dar”, disse a ministra da Justiça esta quarta-feira, à margem do 13.º Encontro Nacional da Sociedade de Advogados de Portugal (ASAP), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O atual diretor Luís Neves tomou posse a 18 de junho de 2018 pela mão da então ministra Francisca Van Dunem e foi reconduzido pela primeira vez em maio de 2021 pela mesma ministra do Governo socialista. Agora, estava em gestão desde junho, estando limitado para tomar decisões de fundo no órgão de polícia criminal que lidera.

Em junho de 2018, o líder da PJ, até então coordenador da Unidade Nacional de Luta contra o Terrorismo, tomava posse para o seu primeiro mandato, sucedendo a um dos históricos que ocupou o cargo durante uma década, Almeida Rodrigues. A verdade é que essa sucessão foi pacífica, aplaudida no interior da polícia. Porque era então a segunda vez, nos últimos anos, que um homem “do terreno”, da própria instituição (não magistrado), que conhecia e conhece a PJ a fundo, liderava este órgão de polícia criminal.

Luís Neves, de 58 anos é licenciado em Direito, entrou para a PJ em 1995, integrando-se na área do combate ao crime violento e ao terrorismo. Nos últimos anos foi responsável por casos relacionados com a ETA, com os skinheads ou com assaltos a caixas multibanco (ATM) com recurso a material explosivo. Começou na Direção Central de Combate ao Banditismo como inspetor onde esteve 13 anos, passou a coordenador em 2006, subiu a diretor-adjunto um ano mais tarde e, posteriormente, tornou-se diretor desta estrutura, que, com a redesignação orgânica na PJ, foi renomeada Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo, da qual foi o primeiro líder. Atualmente, já vai no segundo mandato como diretor nacional (reconduzido em maio deste ano).

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, conversa com o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra (D), durante a cerimónia de inauguração do Laboratório Digital Forense da Polícia Judiciária e 79.º aniversário da PJ, em Lisboa, 21 de outubro de 2024. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

Luís Neves ingressou na força policial assim que terminou a licenciatura em Direito e já depois de um estágio em advocacia. Esteve sempre ligado ao combate ao crime violento e ao terrorismo.

No seio da polícia e mesmo “para fora” é considerado um dos maiores especialistas de Portugal em questões de terrorismo e crimes transnacionais, sobretudo os de natureza mais organizada e violentos. Internamente, ficou também associado às investigações à extrema-direita, à vaga de explosões em caixas multibanco ou às máfias de leste. Pelos seus pares, é considerado um profissional com uma postura de homem pragmático, do terreno, de acompanhar as investigações, focado no trabalho e imune a pressões.

Muito focado na área da cibercriminalidade e da corrupção — assumindo as áreas como duas das prioridades atuais da PJ — Luís Neves deu provas a nível da corrupção nas autarquias, do Estado, em casos de fraude na obtenção dos subsídios europeus, de financiamento de partidos, investigação a dezenas de crimes de ódio e suspeitos skinheads arguidos.

Mais recentemente, numa fase inicial, viu a PJ ser afastada da investigação da Operação Influencer, tendo o Ministério Público (MP) optado pela coadjuvação da PSP num processo que envolveu várias figuras do Governo, incluindo o então primeiro-ministro António Costa, contra o qual correu uma investigação autónoma junto do MP no Supremo Tribunal de Justiça – atualmente em curso no DCIAP, após ter cessado funções governativas – e que acabaria por levar à queda do Governo, num dos momentos mais polémicos da Justiça em Portugal nos últimos anos.

Sob a liderança de Luís Neves a PJ desencadeou também uma das suas maiores operações, deslocando para o arquipélago da Madeira mais de uma centena de inspetores, num processo em que estão em causa suspeitas de corrupção, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influência, entre outros e que visava também o Governo Regional, fazendo várias detenções, incluindo o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e constituindo arguido o presidente do executivo local, Miguel Albuquerque.

É também responsável pela detenção do antigo banqueiro João Rendeiro, na África do Sul, depois de meses de investigação ao seu paradeiro, tendo o banqueiro estado mais de um ano fugido às autoridades portuguesas, após condenação a pena de prisão efetiva de três anos e meio por burla qualificada. João Rendeiro acabaria por morrer na prisão, na África do Sul, evitando a extradição e o cumprimento da pena em Portugal.

A direção de Luís Neves ficou ainda marcada no último mandato pela modernização da PJ e reforço de quadros, incluindo especialistas e técnicos periciais, pela absorção de parte dos quadros provenientes do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e por um elevado aumento salarial dos inspetores, via subsídio de risco, que acabaria por motivar a contestação de outras forças policiais e de segurança, que exigiram ao Governo negociações para um tratamento igualitário.

Patrícia Barão é a nova Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna…

O Primeiro-Ministro indigitou ainda, mediante proposta conjunta da Ministra da Administração Interna e da Ministra da Justiça, a Procuradora da República Patrícia Ferreira Barão para o cargo de Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna. Patrícia Ferreira Barão é natural de Lisboa e tem 50 anos. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1997.

Magistrada do Ministério Público desde 2000, exerce funções no Gabinete do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional. Ao longo da sua carreira esteve colocada no Tribunal Judicial da Comarca de Ourique (2001), no Tribunal Judicial da Comarca de Ourém (2002-2003), no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (2003 – 2020), incluindo a Equipa de Missão do DIAP para a Cooperação Judiciária Internacional (2009 a 2014) e a Equipa de Missão do DIAP responsável pela Articulação com os Órgãos de Polícia Criminal (2009 a 2014), e no Tribunal de Família e Menores de Lisboa (2020-2022). Como tem sido prática para este cargo, o Primeiro-Ministro informou sobre esta indigitação o líder do principal partido da oposição.

…e Vítor Sereno assume Secretaria-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa

Luís Montenegro indigitou ainda, para o exercício de funções como Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, o Embaixador Vítor Sereno.

Natural de Coimbra, 53 anos, é diplomata de carreira desde 1997 e, desde 2013, Chefe de Missão. É Embaixador de Portugal no Japão desde março de 2022. Foi Embaixador de Portugal no Senegal e não residente na Costa do Marfim, Guiné-Conacri, Gâmbia, Burquina Faso, Libéria e Serra Leoa (2018-2022). Foi Cônsul-Geral de Portugal em Macau, Estugarda e Roterdão. Serviu ainda nas Embaixadas de Portugal na Guiné-Bissau e na Argentina.

Foi Chefe de Gabinete do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e do Secretário-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Na academia, foi professor convidado do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM) e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Foi condecorado com a Grande Cruz da Ordem do Mérito, a Comenda da Ordem do Leão do Senegal, o Título Honorífico de Prestígio da Região Administrativa Especial de Macau e a Comenda da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha. Recebeu, entre outras distinções, o Prémio “Francisco de Melo Torres” da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) como diplomata económico do ano em 2019.

Licenciado em Direito (área jurídico-económica) pela Universidade de Coimbra e Mestre em “Business Communication” pelo ISCEM, iniciou a carreira como advogado e consultor fiscal.

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Portuguesa Ana Quelhas assume co-liderança da coligação europeia de hidrogénio verde

A Renewable Hydrogen Coalition é uma associação que junta start-ups, investidores e empresas que estão a encetar esforços na área do hidrogénio verde, com o objetivo de tornar a Europa líder.

Ana Quelhas, responsável da EDP pela área do hidrogénio, assumirá a presidência da Renewable Hydrogen Coalition a partir de janeiro, um cargo partilhado com Kim Hedegaard, CEO da fabricante de equipamentos Topsoe.

Os novos líderes desta coligação substituem os antecessores, que eram representantes da empresa de energias renováveis Orsted e do fabricante de eletrolisadores (equipamentos necessários à produção de hidrogénio) Nel Hydrogen. A informação foi divulgada através de um comunicado enviado por esta coligação às redações, marcando o início da conferência Renewable Hydrogen Summit.

A Renewable Hydrogen Coalition é uma associação que junta startups, investidores e empresas que estão a encetar esforços na área do hidrogénio verde, com o objetivo de tornar a Europa líder no desenvolvimento desta tecnologia.

Em apenas 12 meses, a Europa assistiu à tomada de decisões finais de investimento sobre projetos de hidrogénio verde que somam 2 gigawatts [de capacidade]“, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no discurso de abertura do evento. A mesma responsável estima que o investimento nesta tecnologia cresça 140% em 2024.

“A prioridade da Europa deveria ser melhorar a competitividade do hidrogénio renovável de forma a impulsionar a procura”, defende Ana Quelhas, citada no mesmo comunicado. Já na visão do co-líder Kim Hedegaard, “assegurar uma concorrência justa dentro de um mercado único mais forte deveria ser agora o foco”.

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