“Temos uma cultura muito desfavorável ao negócio”, diz Vítor Bento

  • ECO
  • 1 Outubro 2024

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos considera que um dos entraves ao desenvolvimento da economia portuguesa é a cultura hostil às grandes empresas e ao lucro.

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento, defendeu esta terça-feira, numa iniciativa da Associação Business Roundtable Portugal, que a cultura “hostil à dimensão das empresas, ao lucro e ao capital” contribui para o baixo crescimento da economia portuguesa.

“Temos uma cultura muito desfavorável ao negócio e ao desenvolvimento da economia”, afirmou Vítor Bento. “Todos os países evoluem da mesma maneira, água mole em pedra dura. Há países em que a água é dura e a pedra é mole. Em Portugal, a água é muito leve e pedra muito dura. A resistência é muito grande”, acrescentou, durante o debate que se seguiu à apresentação de novos dados da iniciativa “Comparar para crescer”, que teve lugar no auditório da KPMG, em Lisboa.

A cultura é fundamental para o sucesso da economia. A nossa cultura não está alinhada com uma estratégia de desenvolvimento“, disse, considerando que ela ainda é hostil “à dimensão das empresas, ao lucro e ao capital”, referiu ainda o presidente da APB, defendendo ser necessário “remover as barreiras ao crescimento das grandes empresas“.

Pedro Siza Vieira, advogado e antigo ministro da Economia, que também participou no debate, afirmou: “A capacidade de termos empresas que escalam depressa é muito crítica“, mas considerou que o país está a atravessar um período positivo.

Portugal está a viver um momento bom que resiste às tricas do Orçamento e às mudanças de Governo, considera o antigo governante, apontando como vantagens a maior resiliência das finanças públicas e da poupança das famílias.Estamos num processo de mudança, que está ainda a meio caminho, que nos permite colocar num patamar de ambição que nunca tivemos antes”, disse.

Produtividade e investimento abaixo da média da UE

Durante o evento, a Associação Business Roundtable (BRP), que representa 42 grandes empresas, apresentou dados comparativos de Portugal com a União Europeia e um grupo de países concorrentes (Itália, Espanha, Eslovénia, República Checa, Hungria, Estónia, Polónia e Grécia).

Um dos indicadores onde o país fica mal na fotografia é na produtividade. “O valor da produtividade por hora no nosso país não ultrapassou os 71% da média da UE, próximo do nível que registava em 2000”, destaca a BRP. Percentagem que fica longe dos 98% de Itália, 96% da Espanha ou dos 84% da Eslovénia.

Para a BRP, uma das razões que explica esta baixa produtividade é o peso muito reduzido das grandes empresas no tecido empresarial: 0,25%. Em Portugal, são responsáveis por 21,5% do emprego, enquanto na UE a chega a 36,4%.

A associação assinalou ainda que “Portugal tem uma das mais baixas taxas de investimento da UE, 19,4% do PIB em 2023, que compara com uma média europeia de 22,3%”. Face ao grupo de países concorrentes, só Espanha, Polónia e Grécia tem um investimento total mais baixo. No investimento público, tem mesmo o pior registo, com apenas 2,5% do PIB em 2023.

Outro fator apontado foi o tax wedge (a diferença entre o custo para as empresas com impostos e contribuições e o rendimento líquido recebido pelos trabalhadores), que em Portugal é de 42,3%, muito acima da média de 34,8% nos países da OCDE.

Segundo a BRP, se o tax wedge em Portugal fosse igual à média da OCDE, os trabalhadores em Portugal receberiam, em média, mais 2.200 euros por ano (157 euros por mês).

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Reunião do Conselho de Estado começou pelas 17h10 sem Eanes

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

Reunião acontece num contexto de negociações orçamentais, nove dias antes da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

A reunião desta terça-feira do Conselho de Estado, que tem como tema “a situação económica e financeira internacional e nacional”, começou pelas 17h10, no Palácio de Belém, com uma ausência, do antigo Presidente da República Ramalho Eanes.

Esta reunião, anunciada pela Presidência da República no início de setembro, acontece num contexto de negociações orçamentais, nove dias antes da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025 pelo Governo PSD/CDS-PP.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu estar a exercer pressão para a aprovação do Orçamento do Estado, mas negou, contudo, que a reunião de hoje do órgão político de consulta presidencial seja para condicionar as negociações orçamentais.

De acordo com o chefe de Estado, “a ideia é falar-se à vontade, olhando para a evolução no mundo, na Europa e em Portugal, sem haver ainda aquela pressão que tem a ver com o desfecho de uma votação que, em princípio, será no final de novembro“, presumindo que a proposta passa na generalidade.

Esta é a 36.ª reunião do Conselho de Estado convocada durante os mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa e a segunda no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP, chefiado por Luís Montenegro, que tomou posse em 02 de abril, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou, também no início de setembro, que tenciona convocar outra reunião do Conselho de Estado expressamente “sobre o Orçamento do Estado”, ainda sem data, a seguir à apresentação da proposta do Governo, que está prevista para 10 de outubro.

O Orçamento do Estado será debatido e votado na generalidade na Assembleia da República entre 30 e 31 de outubro e, se a proposta passar, a votação final global está agendada para 28 de novembro. O chefe de Estado, que tem apelado a um entendimento, não revelou até agora o que fará em caso de chumbo do Orçamento, tendo já admitido, mas também desaconselhado, governação por duodécimos.

O chefe de Estado, que tem apelado a um entendimento, não revelou até agora o que fará em caso de chumbo do Orçamento, tendo já admitido, mas também desaconselhado, governação por duodécimos.

São membros do Conselho de Estado, por inerência, os titulares dos cargos de presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, provedor de Justiça, presidentes dos governos regionais e antigos presidentes da República.

Nos termos da Constituição, integra ainda cinco cidadãos designados pelo chefe de Estado e cinco eleitos pela Assembleia da República. Os atuais cinco membros nomeados pelo Presidente da República são Leonor Beleza, Lídia Jorge, Joana Carneiro, António Lobo Xavier e Luís Marques Mendes.

Os conselheiros eleitos pelo parlamento para a atual legislatura são Francisco Pinto Balsemão e Carlos Moedas, por indicação do PSD, Pedro Nuno Santos e Carlos César, pelo PS, e André Ventura, pelo Chega.

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Greve dos advogados oficiosos “sem impacto no normal funcionamento dos Tribunais”, diz MJ

Grupo de Trabalho nomeado para estudar a revisão a tabela dos honorários entregou Relatório à Secretária de Estado Adjunta e da Justiça. Reunião com a bastonária marcada para dia 9 de outubro.

O balanço da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) relativo ao boicote às inscrições nas escalas de advogados oficiosos revelam que, em setembro, foram adiados dez atos por motivos diretamente relacionados com a falta de defensor oficioso.

A DGAJ reporta estes dados com base da informação recolhida diariamente junto das Comarcas de Lisboa, Lisboa Norte, Lisboa Oeste e Porto – únicas que dispõem de escala presencial.

“O boicote às escalas, decretado pela Ordem dos Advogados (OA) para o mês de setembro, não causou perturbações anormais no funcionamento dos Tribunais. Estes adiamentos só assumem significado por ocorrerem em simultâneo com um protesto da Ordem dos Advogados. Fora do período de protesto adiamentos nesta dimensão são vistos como situações recorrentes”, segundo o comunicado.

Entretanto, a Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, recebeu na segunda-feira, como previsto, do Grupo de Trabalho nomeado para o efeito, o relatório com uma proposta de revisão da tabela de honorários dos atos dos defensores oficiosos. O relatório vai agora ser alvo de análise, estando agendada uma reunião do Grupo de Trabalho com a Ordem dos Advogados para o próximo dia 9.

Em causa a ação de protesto da OA, que apelou à não inscrição de advogados nas escalas do Sistema de Acesso ao Direito e Tribunais (SADT). O SADT é o sistema que permite que os cidadãos com menor poder económico tenham acesso aos tribunais para defender os seus direitos, uma vez que a justiça não pode ser negada a ninguém. Desta forma, foi criado um sistema sustentado pelo Estado que paga a advogados, os chamados advogados oficiosos, para defender estes tipos de casos.

Em agosto, a OA abriu as candidaturas “extraordinárias” para a inscrição nas escalas do SADT em forma de protesto, abrindo assim a possibilidade aos advogados de não se manterem inscritos nas mesmas. Esta ação insere-se num protesto da OA, que considera que as negociações com o Governo sobre a alteração das tabelas de honorários do SADT para o Orçamento de Estado de 2025 “não estão a decorrer com a prioridade que o assunto impõe”. A tabela remuneratória dos advogados oficiosos não é atualizada há quase 20 anos.

A OA garante que o protesto tem causado vários constrangimentos em diversas diligências em todo o País. “Ao contrário do que erradamente tem sido difundido pelo Ministério da Justiça, muitas diligências foram adiadas ou dadas sem efeito, precisamente em virtude da falta de advogados disponíveis, como aliás já foi noticiado em alguns desses casos”, sublinha a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro.

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KPMG reforça equipa com 160 novos colaboradores

A KPMG Portugal integrou na sua equipa 160 novos colaboradores e promoveu 14 profissionais a partner e associate partner.

A KPMG Portugal reforçou a equipa com mais 160 novos colaboradores para as áreas de Advisory, Audit & Assurance e Tax. Em comunicado, a consultora explica que estas integrações inserem-se no âmbito do seu programa de recrutamento de recém-graduados, o Gradutes Program.

“Os 160 profissionais começam a integrar hoje [terça-feira] a KPMG, juntando-se a 63 que reforçaram as equipas desde o início do ano, no âmbito do Graduates Program”, lê-se no comunicado. Desde o início do ano, são 223 novos colaboradores.

A consultora anuncia também a promoção de 14 profissionais aos cargos de partner e associate partner, “inserida na estratégia interna de reconhecimento das suas pessoas e de crescimento orgânico”.

Para o senior partner/CEO Vítor Ribeirinho, estas novas contratações e promoções refletem a aposta contínua da KPMG nas suas áreas de crescimento e desenvolvimento, tais como a Tecnologia, a Inovação, a Fiscalidade ou o ESG. “São um claro sinal da aposta que fazemos diariamente nas nossas pessoas. Sabemos que são elas que fazem a diferença e que só através do seu reconhecimento e do investimento contínuo é que podemos continuar a criar valor para os nossos clientes e para as nossas comunidades”, acrescenta.

Os novos partners são Carlos Santos, Inês Pereira, Pedro Dias e Ricardo Rosa, e os associate partners promovidos são César Santos, David Félix, Isabel Faustino, Joana Mota, João Patrone, João Pestana, João Torres, Paulo Almeida, Ronil Givane e Tiago Peralta.

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CDS-PP pede audição urgente de ex-ministro João Leão sobre nacionalização da Efacec

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

À época do processo de nacionalização, o ministro das Finanças era João Leão e, defende o CDS-PP, torna-se "da maior importância esclarecer junto de quem decidiu, ao mais alto nível".

O CDS-PP entregou esta terça-feira um requerimento para a audição parlamentar urgente do ex-ministro das Finanças João Leão sobre o processo de nacionalização da Efacec. Este pedido surge no seguimento do relatório da auditoria do Tribunal de Contas ao processo de nacionalização e reprivatização da Efacec que, recordam os centristas, refere que a “nacionalização foi realizada sem fundamentação, técnica e independente, do interesse público”.

À época do processo de nacionalização, o ministro das Finanças era João Leão e, defende o CDS-PP, torna-se “da maior importância esclarecer junto de quem decidiu, ao mais alto nível, o processo de nacionalização, quais os motivos do avanço com esta decisão”. “Como diz o Tribunal de Contas, foi tomada sem fundamentação técnica e independente, e que levou a um impacto negativo no Estado de 484 milhões de euros, com risco de atingir os 564 milhões de euros”, acrescenta o partido.

Os centristas sublinham ainda, referindo-se ao relatório, que “nenhum dos objetivos (da nacionalização) foi alcançado, por o capital injetado não regularizou a situação financeira da empresa com a banca tendo um quarto dos trabalhadores deixado a empresa até 2022”.

“O relatório refere ainda que há risco de o financiamento público subir até aos 564 milhões de euros, a partir dos 484 milhões de euros já aplicados. Adicionalmente, o relatório menciona que o Estado privilegiou o Grupo Efacec criando uma linha de apoio Covid-19 específica e exclusiva para as suas empresas”, frisa ainda o CDS-PP.

Esta manhã, a Iniciativa Liberal anunciou já que irá avançar com uma proposta para a formação de uma comissão parlamentar de inquérito aos processos de nacionalização e reprivatização da Efacec. De acordo com o relatório do Tribunal de Contas, a decisão do Estado em nacionalizar e depois reprivatizar a Efacec pode atingir um custo, em financiamento público, de 564 milhões de euros, sendo que os objetivos não foram alcançados.

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CEO da Garval indigitado para vogal da Anacom

O Parlamento ouve esta quarta-feira Marco Fernandes, CEO da sociedade de garantia mútua Garval, que está em vias de ser extinta, enquanto personalidade indigitada pelo Governo para vogal da Anacom.

O Governo escolheu Marco Fernandes para o cargo de vogal da Anacom, ocupando assim um dos dois lugares que estão livres no Conselho de Administração do regulador das comunicações. Marco Fernandes é o CEO da sociedade de garantia mútua Garval.

A informação consta na agenda de trabalhos da comissão de economia da Assembleia da República, que tem a audição ao gestor marcada para as 9h desta quarta-feira, o que indicia que o nome já terá recebido o necessário parecer positivo da CReSAP, a comissão que avalia o perfil dos candidatos a altos cargos públicos.

Contactado, o CEO da Garval confirmou a indigitação, mas não quis fazer comentários nesta fase do processo de nomeação.

A escolha da tutela, que é da responsabilidade do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, dá-se numa altura em que está em curso a reorganização societária das sociedades de garantia mútua, que conduzirá à concentração das quatro existentes (Agrogarante, Garval, Lisgarante e Norgarante) numa só, por proposta do Banco de Fomento.

Atualmente, além de CEO da Garval, Marco Fernandes é membro da administração da sociedade de garantia mútua Lisgarante e professor assistente adjunto da Nova SBE. No currículo destaca-se ainda o cargo de CEO da PME Investimentos entre 2015 e 2020 e CEO da Portugal Ventures entre 2015 e 2016.

A ida de Marco Fernandes para a Anacom depende ainda do parecer positivo da Assembleia da República que, apesar de não ser vinculativo, tende a ser acompanhado pelos governos em funções. A formalização tem de ocorrer por decisão do Conselho de Ministros, após aprovação do parecer do Parlamento.

O conselho de administração da Anacom é presidido por Sandra Maximiano desde 15 de dezembro de 2023 e composto, no presente, por dois vogais: Manuel Cabugueira, com mandato até outubro de 2027, e Patrícia Silva Gonçalves, com mandato até maio de 2029.

Os estatutos da Anacom preveem que o regulador pode ter “dois ou quatro vogais”, embora já tenha funcionado com apenas cinco. Nesse caso, o presidente tem o voto de desempate.

O ECO questionou a tutela sobre se está em curso a nomeação do quarto vogal, mas não recebeu resposta até à publicação desta notícia. No caso de ter quatro vogais, um tem de ser designado vice-presidente, segundo a lei.

A presidente da Anacom, Sandra Maximiano, já apelou várias vezes ao preenchimento dos cargos vagos no regulador. Foi, aliás, um apelo que fez antes mesmo de a sua nomeação ter sido oficializada pelo Conselho de Ministros: “Era muito importante colmatar a área jurídica que está em falha no conselho de administração”, disse poucos dias antes de se tornar líder da entidade reguladora.

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Nova reunião entre Montenegro e Pedro Nuno marcada para quinta-feira ao final do dia

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

Primeiro-ministro já garantiu que vai “apresentar uma proposta que, à luz da primazia do interesse nacional, será irrecusável". PS rejeita totalmente a descida do IRS Jovem e do IRC do Executivo.

O primeiro-ministro e o secretário-geral do PS voltam a reunir-se na quinta-feira, ao final do dia, no âmbito das negociações do Orçamento do Estado para 2025, disse à Lusa por fonte do gabinete de Luís Montenegro.

A reunião vai realizar-se na residência oficial do primeiro-ministro ao final do dia, já depois do debate quinzenal na Assembleia da República, com arranque às 15h.

Na sexta-feira passada, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se pela primeira vez para negociar o Orçamento do Estado para 2025, num encontro que terminou com posições aparentemente distantes mas sem rutura do processo negocial.

Depois do final da reunião, o secretário-geral do PS afirmou que recusa um Orçamento do Estado com as alterações ao IRS Jovem e IRC propostas pelo Governo ou qualquer “modelação” dessas medidas.

Em alternativa, Pedro Nuno Santos defende que a margem orçamental destinada ao IRS Jovem seja aplicada em investimento público para habitação da classe média, num aumento extraordinário de pensões e num regime de exclusividade para médicos no SNS.

Pouco depois, Luís Montenegro classificava de “radical e inflexível” a proposta de Pedro Nuno Santos, mas prometia que, esta semana, iria apresentar uma contraproposta aos socialistas numa “tentativa de aproximar posições”.

No encerramento das jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP desta terça-feira, o primeiro-ministro afirmou que irá apresentar uma proposta que classificou de irrecusável, à luz de princípios como o interesse nacional, a boa-fé ou a responsabilidade.

“Comprometi-me, e vou cumprir: nós vamos apresentar aos partidos, mas em particular ao PS, uma proposta que, à luz de princípios elementares de boa-fé, de lealdade, de responsabilidade, de primazia do interesse nacional, será uma proposta irrecusável. E a partir dela, cada um assume as suas responsabilidades”, disse.

O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro e tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.

Na prática, só a abstenção do PS ou o voto a favor do Chega garantem a aprovação do OE2025.

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Corticeira Amorim compra empresa italiana por dez milhões

O grupo SACI, detido pela empresa portuguesa e a família Getto, anunciou a compra da Intercap, que produz cápsulas de surbouchage, por dez milhões de euros.

A Corticeira Amorim, através do grupo italiano SACI, anunciou esta terça-feira a compra da totalidade do capital da Intercap Srl por dez milhões de euros. Em comunicado ao mercado, a empresa portuguesa explica que a aquisição à sociedade Paradigma, pertencente a Graziano Bocchino, será feita em duas fases: uma ainda este ano e outra em 2025.

Esta aquisição vem reforçar as competências do grupo SACI nesta área, permitindo ao grupo uma oferta mais abrangente para o segmento de espumantes, com serviços e uma gama de produtos capazes de responder às exigências deste segmento de mercado”, revelam em comunicado.

Assim, a primeira fase da aquisição será realizada em outubro de 2024, de 55% da participação, e as restantes em março de 2025. A empresa sublinha que a Paradigma continuará a prestar o seu “apoio” e a “contribuir com o seu know-how e visão empreendedora”.

Constituída em 1986, a Intercap é especializada na produção de cápsulas de surbouchage para espumantes e vinhos tranquilos, com vendas em mais de 40 países, representando o mercado italiano cerca de 70% do seu volume de negócios que, em 2023, se situou nos 13 milhões de euros. A empresa emprega 60 pessoas, tendo a sua base industrial em Canelli, com filiais em França, Estados Unidos da América e Chile.

(Notícia atualizada às 17h23)

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Consórcio investe 18,5 milhões em central de biogás em Monforte

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

As águas ruças - um subproduto da extração do azeite - e o bagaço de azeitona, ambos compostos orgânicos, são produzidos na Migasa e vão ser usados na produção energética de biogás.

Uma central de biogás vai ser construída em Monforte, no distrito de Portalegre, num investimento de 18,5 milhões de euros, devendo a unidade entrar em funcionamento em junho de 2026, divulgou esta terça-feira o presidente da câmara.

De acordo com o autarca, a iniciativa é da responsabilidade de um consórcio formado pela empresa espanhola Migasa, que produz azeite e detém em Monforte uma unidade de secagem de bagaço de azeitona, e pela empresa Capwatt, do grupo Sonae, dedicada às energias renováveis. “É um investimento de 18,5 milhões de euros para dependermos cada vez menos de outros países em termos energéticos. Estamos a falar [da produção] de biogás através de um recurso endógeno que é produzido na Migasa”, disse.

De acordo com Gonçalo Lagem, as águas ruças – um subproduto da extração do azeite – e o bagaço de azeitona, ambos compostos orgânicos, são produzidos na Migasa e vão ser levados para um digestor para a produção energética de biogás. “Resolve também um problema grave que temos em termos ambientais, que é o cheiro a bagaço de azeitona”, frisou. O autarca precisou que, “com a instalação de um filtro na chaminé da unidade de secagem de bagaço de azeitona”, vai ser possível “reduzir ou mesmo eliminar as emissões atmosféricas e o impacto visual negativo associado” à fábrica.

Manifestando-se “otimista e esperançado” em relação a este investimento, o presidente da autarquia insistiu nos benefícios ambientais do projeto. Em declarações à agência Lusa, o presidente do Município de Monforte, Gonçalo Lagem, explicou que o projeto para a produção de biogás deverá criar “entre 12 a 15 postos de trabalho”, estando a ser pensado “há cerca de um ano e meio a dois anos”.

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Vinci Energies liga heliporto diretamente às urgências do Hospital S. João no Porto

A Sotécnica integra projeto do novo heliporto do CHUSP com soluções de iluminação, sinalização e acessibilidade. A obra, que representa um investimento de 1,7 milhões, está a aguardar licenciamento.

A Sotécnica, uma das marcas dedicadas à transição energética da Vinci Energies Portugal, foi uma das entidades escolhidas para integrar o projeto do novo heliporto do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSP). A empresa foi responsável por desenvolver a solução completa de iluminação da plataforma do heliporto e a montagem dos dois elevadores na plataforma que garantirá acesso direto entre a pista do heliporto e o serviço de urgências do Hospital.

“O heliporto do CHUSP é um projeto extremamente relevante não apenas para a zona norte do país, mas também para nós enquanto empresa. Com este novo heliporto em funcionamento, o CHUSP terá certamente uma melhor resposta perante urgências e doentes graves na zona norte do país. É com muito orgulho que a Sotécnica participa no desenvolvimento deste projeto”, afirma o deputy director da Sotécnica, citado em comunicado.

A base da pista do heliporto do CHUSP, com 1.600 metros quadrados, foi construída numa plataforma elevada, com seis metros de altura, que permitirá acesso direto à zona dos elevadores por via de uma manga, levando os doentes diretamente ao serviço de urgência.

Com a obra a aguardar o licenciamento das entidades competentes, Jorge Sousa, diretor de Instalações e Equipamentos do CHUSP, afirma que a infraestrutura tem “requisitos muito específicos e internacionais, e pretende-se que este se distinga por ser um heliporto certificado”.

Em termos de iluminação, a pista incorporará luminárias LED específicas, de sinalização para segurança e orientação, complementada por um controlador de rádio. Será ainda instalado um sinalizador de obstáculos em três edifícios vizinhos, suportado por uma solução solar 100% autónoma.

O heliporto do Hospital S. João, no Porto representa um investimento de 1,7 milhões de euros e é cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional, com o apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

Notícia atualizada com alteração no título

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Médis lança campanha para incentivar exercício físico

  • ECO Seguros
  • 1 Outubro 2024

Consoante vão cumprindo objetivos, os utilizadores acumulam pontos que podem ser convertidos em vales para parceiros da marca.

 

André Rufino, Diretor do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal: “Potenciar a saúde hoje é garantir um amanhã mais saudável. Foi esta a premissa que nos levou a criar esta aplicação”.

A Médis, marca do Grupo Ageas, lançou a campanha multimeios “MédisActive. A App que lhe paga para fazer qualquer coisa pela sua saúde”. Disponível em outdoor e na rádio, a iniciativa quer incentivar a prática de exercício físico, oferecendo recompensas por tarefas completadas na aplicação.

 

Através da aplicação gratuita os utilizadores têm acesso a mais de 3 mil sessões e conteúdos personalizados, como treinos guiados nas áreas de fitness, nutrição e mindfulness. Podem ainda encontrar vídeos de exercícios físicos, ioga ou alongamentos orientados por instrutores, áudios de meditação ou artigos com dicas e questionários para diferentes objetivos, interesses e níveis de condição física, explica a seguradora em comunicado.

À medida que o utilizador vai completando sessões, etapas e missões, ganham pontos. Adquire-os ao completar uma sessão de atividade física, finalizar meditação ou leitura de um artigo, concluir objetivos de progresso semanais e atingir etapas de atividade. Os diamantes acumulados podem depois ser trocados por vales em parceiros da companhia, entre eles o marketplace da marca.

A aplicação oferece recompensas num máximo de 180 euros por ano para utilizadores sem seguro da Médis, e 200 euros para clientes com seguro de saúde da marca.

Para André Rufino, Diretor do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal, “potenciar a saúde hoje é garantir um amanhã mais saudável. Foi esta a premissa que nos levou a criar esta aplicação e a pensar numa maneira de incentivar ainda mais os utilizadores a saírem do conforto do seu sofá e a irem correr ou simplesmente fazer uma caminhada, uma sessão de ioga ou cozinharem uma receita saudável. Queremos reforçar a importância da atividade física para uma boa saúde e motivar a população a ser proativa com a sua saúde.”

Segundo os mais recentes dados do Eurobarómetro, 73% dos portugueses dizem nunca exercitar ou praticar desporto e apenas 18% disse praticar desporto “com alguma regularidade”. Esta edição de 2022 foi a última dedicada ao desporto e atividade física.

Esta é a segunda campanha da Médis com a assinatura da agência criativa Stream & Tough Guy. A primeira intitula-se de “Ouvir Ajuda | Médis”, dedicada à menopausa.

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Renováveis abastecem 73% da eletricidade consumida até setembro

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

A produção de "energia solar foi responsável por 10% deste abastecimento, um crescimento de 35% em comparação com o ano anterior, tendo a energia hidroelétrica sido responsável por 31%".

A produção de energia renovável abasteceu 73% do consumo de eletricidade em Portugal até setembro, com destaque para a hidroelétrica, com 31%, segundo dados da REN divulgados esta terça-feira.

“A produção de energia renovável abasteceu 73% do consumo de eletricidade em Portugal nos primeiros três trimestres do ano”, indicou a gestora da rede elétrica nacional, destacando que “a produção de energia solar foi responsável por 10% deste abastecimento, um crescimento de 35% em comparação com o ano anterior, tendo a energia hidroelétrica sido responsável por 31%, a eólica por 26%, a biomassa por 6%, enquanto a produção a gás natural abasteceu 8%”.

Segundo os mesmos dados, os restantes 19% correspondem a energia importada, sendo que, “em setembro, a produção renovável abasteceu 55% do consumo, a produção não renovável 10%, enquanto os restantes 35% corresponderam a energia importada”. Por outro lado, no mês de setembro, o consumo de energia elétrica obteve “um crescimento homólogo de 2,3%, ou 3,9% corrigindo os efeitos de temperatura e número de dias úteis, mantendo o ritmo de subida que se tem verificado desde janeiro, e que se situa nos 1,8%, ou 2,4%”.

No período entre janeiro e setembro “o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33, o de produtibilidade eólica 1,07 e o de produtibilidade solar 0,96 (médias históricas de 1)”, disse a REN.

Já no mercado de gás natural, “verificou-se uma redução do consumo relacionado com a contração do setor de produção de energia elétrica, atingindo uma descida de 27%”, sendo que no “segmento do mercado elétrico registou-se uma queda de 67%, enquanto no segmento convencional, que compreende os restantes clientes, se registou uma variação homóloga positiva de 0,9%”.

A REN indicou ainda que no final do terceiro trimestre, “o consumo de gás natural registou uma descida homóloga anual de 23%”, que resultou da queda de 68% no mercado elétrico e de um crescimento de 2,1% no mercado convencional.

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