Turismo bate recordes em agosto com proveitos a ultrapassarem 948 milhões de euros

Os proveitos do turismo subiram 7,8% em agosto. Lisboa continua a ser o motor do setor ao concentrar 15% das dormidas, mas Porto e Ponta Delgada destacaram-se como os municípios com maior crescimento.

O setor do turismo continua a surpreender, com agosto a registar números históricos. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira, os proveitos da atividade turística atingiram a marca histórica de 948,1 milhões de euros, mais 7,8% face ao mesmo período do ano anterior.

Os dados revelados pelo INE revelam um crescimento significativo em todos os indicadores-chave, com destaque para o crescimento homólogo de 5,9% do número de hóspedes que atingiu os 3,8 milhões e para o aumento de 3,8% das dormidas para 10,5 milhões.

Destaque ainda para o crescimento homólogo de 7,7% dos valores cobrados pelas dormidas de todos os hóspedes nos meios de alojamento turístico (proveitos de aposento), que em agosto fixaram em 765,5 milhões de euros.

O INE refere que “o Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,6% dos proveitos totais e 36,4% dos proveitos de aposento), seguido da Grande Lisboa (20,2% e 20,9%, respetivamente) e do Norte (14,4% e 14,5%, pela mesma ordem).”

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) também registou uma evolução positiva, ao apresentar um aumento homólogo de 5% até aos 113,8 euros.

O INE revela ainda que as regiões do Algarve e Alentejo destacaram-se pelo elevado rendimento médio por quarto ocupado (ADR), alcançando um ADR de 205,7 euros em agosto. O Alentejo não ficou muito atrás, registando um ADR de 162,5 euros.

Os números divulgados esta segunda-feira revelam ainda que a capital continua a ser o motor do turismo nacional, com o município de Lisboa a concentrar 15% do total de dormidas, (5,4% do total de dormidas de residentes e 20% de não residentes), 5,2% face ao período homólogo, refere o INE em comunicado.

Entre os municípios com maior número de dormidas em agosto, o Porto e Ponta Delgada merecem menção especial. “O Porto (6,7% do total de dormidas) e Ponta Delgada (1,9% do total) destacaram-se com os maiores crescimentos (+6,9% e +6,5%, respetivamente)”, destaca o INE.

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Mobilidade elétrica: O comportamento do consumidor

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

“O comportamento do consumidor – Fatores de escolha de decisão e os seus influenciadores” foi um dos temas debatidos no Outlook Auto.

Os fatores de decisão dos consumidores dentro da mobilidade elétrica foram discutidos num dos painéis de debate do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO sobre este mercado.

César Barbosa, Vice-Presidente da TUGA, Henrique Sánchez, Presidente Honorário da UVE, Rita Bastos, Diretora-Geral da Glassdrive e Frederico Caetano, Professor no IADE foram os especialistas presentes neste debate.

Assista aqui:

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Via Verde vai cobrar portagens dos pesados nos Países Baixos por satélite

Consórcio liderado pela Via Verde ganhou concurso europeu para a cobrança eletrónica de portagens de todos os pesados nos Países Baixos. Sistema funciona via satélite.

A Via Verde ganhou um segundo contrato nos Países Baixos. O consórcio Triangle, liderado pela empresa do grupo Brisa, foi selecionado pela autoridade holandesa dos transportes (RDW) para implementar um novo sistema de cobrança eletrónica de portagens para pesados.

O sistema arrancará em julho de 2026 e vai funcionar nas autoestradas e em algumas estradas nacionais e municipais dos Países Baixos, explica a Via Verde em comunicado. Vai funcionar através de um identificador colocado nos veículos, sendo a cobrança feita por satélite. A Via Verde tem como parceiros neste projeto a Ascendi O&M e a Yunex Traffic.

“A adjudicação deste contrato relevante à Via Verde representa mais um passo importante na execução da estratégia de internacionalização do Grupo Brisa, por ter sido uma vitória contra um concorrência internacional muito forte e por ser uma operação nacional num país como os Países Baixos com uma das redes rodoviárias mais sofisticadas do mundo, mas também porque continua a demonstrar a capacidade do Grupo em inovar e estar na vanguarda tecnológica do setor através da A-to-Be, neste caso com a cobrança de mobilidade por satélite”, afirma o CEO da Via Verde, Eduardo Ramos, numa declaração enviada ao ECO.

Todos os camiões que circulem, a partir de julho 2026, nos Países Baixos terão de se registar numa plataforma para depois levantarem o identificador para poderem circular. A portagem será calculada em função dos quilómetros percorridos e da dimensão do veículo”, explica o comunicado.

O contrato tem a duração de 10 anos e pode ser renovado duas vezes por períodos de um ano. O ECO questionou qual o valor do contrato, mas a informação é reservada.

Este será o segundo projeto da Via Verde nos Países Baixos. No final de 2022, a Via Verde anunciou a vitória no concurso para a cobrança temporária de portagens eletrónicas no túnel da A24/Blankenburg, na região de Roterdão, no valor de 16 milhões de euros.

O arranque está previsto para o início do próximo ano. O contrato prevê dois anos de implementação e cinco anos de operação, podendo ser prolongado por mais dois períodos opcionais de dois anos cada. O sistema de cobrança utiliza tecnologia da A-to-BE, a empresa de inovação do Grupo Brisa, que tem uma forte presença nos EUA, com 16 clientes distribuídos por 11 estados no final de 2023.

A Via Verde Portugal registou um crescimento de 10% nas transações em 2023, com a retoma da mobilidade de pessoas e mercadorias.

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Sustentabilidade e Regulamentação. Conheça-a aqui

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

A regulamentação da sustentabilidade foi um dos temas debatidos no Outlook Auto.

“Sustentabilidade e Regulamentação” foi o mote de um dos painéis de debate do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO, dedicado à mobilidade elétrica.

António Cavaco, Diretor do Depto. Económico-Estatístico da ACAP; Débora Melo Fernandes, Partner Pérez-Llorca; Susana Baptista, Diretora de Supervisão na Autoridade da Mobilidade e dos Transportes foram os especialistas presentes no debate.

Assista aqui:

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Agosto com recorde de 7,4 milhões de passageiros nos aeroportos

O mês que marca o pico do verão na aviação trouxe um novo recorde no movimento de passageiros. Transporte de carga aumentou 18,9%.

Passaram 7,4 milhões de passageiros pelos aeroportos nacionais em agosto, um novo recorde, segundo a informação divulgada esta segunda-feira pelo INE. O movimento de carga e correio registou um crescimento de 18,9%.

Em agosto de 2024, aterraram nos aeroportos nacionais 25,1 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a 7,4 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos)”, refere o instituto de estatística. O que representa um crescimento de 3,1% face ao mesmo mês do ano passado e de 2,6% em relação a julho. Em média, registou-se o desembarque de 116,5 mil passageiros por dia.

O Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, com um crescimento homólogo de 1,7% nos passageiros desembarcados e de 2% nos embarcados. Seguiram-se França e Espanha.

Este ano têm sido batidos recordes mensais sucessivos no movimento nos aeroportos, com o número de passageiros transportados a crescer 4,5% nos primeiros oito meses do ano.

O aeroporto de Lisboa continua a crescer, com 23,4 milhões de movimentados entre janeiro e agosto, mais 4,4% do que no mesmo período do ano passado, representando 49,3% do total.

Com 10,7 milhões de passageiros, um crescimento de 5,3%, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro concentrou 22,6% do total de passageiros movimentados. O aeroporto de Faro registou
um crescimento de 2,1% no movimento de passageiros, totalizando 6,8 milhões.

O desempenho positivo estendeu-se ao transporte de mercadorias e correio, que em agosto atingiu as 20,8 mil toneladas, um aumento de 18,9% face a agosto de 2023 e de 18,5% face ao mês anterior. O crescimento acumulado nos primeiros oito meses do ano foi de 14,6%.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Fim de medidas não-recorrentes, incluindo bónus nas pensões, poupa 1.230 milhões ao Estado

No plano a médio prazo, Governo diz que fim de medidas extraordinárias de 2024, como bónus nas pensões e custo com fim de contratos com PPPs vão contribuir para a consolidação das finanças públicas.

A não-repetição de despesas não-recorrentes incorridas em 2024, incluindo o ‘bónus’ pago aos pensionistas, irá contribuir para a consolidação das finanças públicas nos próximos anos, segundo o Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo 2025 – 2028, divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia, após de ter sido remetido pelo Ministério das Finanças na sexta-feira.

“Para os primeiros anos do Plano, a consolidação é principalmente motivada pela retirada de medidas de despesas extraordinárias com impacto em 2024 e que são totalmente não-recorrentes (sem medidas de despesa adicionais adicionais)”, afirma o Governo no plano.

Explica que na sequência da acentuada diminuição do investimento e do consumo no setor público em Portugal nos últimos anos, “até 2024 foi necessário dar resposta às necessidades mais prementes em matéria de serviços públicos através de programas de emergência programas de emergência em sectores-chave da administração pública”.

Entre estas medidas de despesa extraordinária destacam-se, pela sua magnitude, a aquisição de equipamento militar, as transferências efetuadas para a energia, devido à redução das tarifas, e um plano de emergência para o setor da saúde”, adianta.

Existem também “despesas extraordinárias não-negligenciáveis com impacto em 2024 que não ocorrerão nos anos seguintes”, nomeadamente a rescisão de contratos de concessão de parcerias público-privadas (PPP), o que implica uma diminuição das despesas no valor de 600 milhões de euros de 2024 a 2028, o pacote de ajuda militar da Ucrânia (200 milhões de euros), “a transferência de um montante fixo para os pensionistas – 399 milhões de euros”, e a cessação do apoio ao pagamento de juros devidos sobre empréstimos hipotecários, no valor de 32 milhões de euros.

A 8 de outubro, a Segurança Social pagou um suplemento extraordinário, anunciado semanas antes pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, para as reformas mais baixas. Em causa estava um “bónus” entre 100 e 200 euros, que chegou a 2,4 milhões de pensionistas.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025, entregue esta quinta-feira, não traz aumentos extraordinários para os pensionistas, mas o ministro das Finanças adiantou que o Governo “irá tentar” repetir o suplemento extraordinário de 200 euros, se houver margem orçamental. A decisão será tomada no próximo verão, sinalizou Joaquim Miranda Sarmento.

“Se no próximo ano houver margem orçamental, repetiremos a medida que tomamos este ano, que foi apresentada em agosto e que foi agora concretiza, de um suplemento extraordinário para os pensionistas”, explicou o governante, na conferência de imprensa de apresentação da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

No plano de médio prazo, o Governo prevê passar de excedente orçamental de 0,4% este ano para 0,3% em 2025, reduzindo-se para 0,1% em 2026, prevendo ainda que o país registe novamente um saldo positivo acima de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2027 e 2028.

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DreamMedia compra Cemark e passa a cobrir 60 cidades do país

  • + M
  • 14 Outubro 2024

Com esta aquisição, a DreamMedia diz que passa a ser o maior empregador do setor, com cerca de 300 colaboradores. Prevê registar uma faturação de 50 milhões de euros anuais a partir de 2027.

A DreamMedia adquiriu a totalidade do capital da Cemark, empresa de mobiliário urbano no mercado desde 1993. A empresa “torna-se assim um novo operador no segmento de mupis, com redes que alcançam a cobertura em cerca de 60 importantes cidades do país“.

Para agências e anunciantes, “esta aquisição oferece um maior poder de escolha, permitindo-lhes aceder à rede de mupis e de formatos digitais mais diversificada e tecnologicamente avançada do país. Por outro lado, a DreamMedia passa a ser o maior empregador do setor, com cerca de 300 colaboradores, prevendo uma faturação de 50 milhões de euros anuais a partir de 2027“, refere-se em nota de imprensa.

Ricardo Bastos, CEO do Grupo DreamMedia, refere empenho por parte do grupo em “implementar soluções inovadoras que contribuam para a modernização das cidades e para melhorar a qualidade de vida das pessoas”.

Com esta aquisição, reforçamos o nosso compromisso com as melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), integrando tecnologia de ponta em mobiliário urbano sustentável e assegurando a sua manutenção de acordo com as exigências das cidades do futuro“, diz, citado em comunicado.

Em maio deste ano a DreamMedia comprou também parte da empresa Publifunchal, expandindo o seu negócio de OOH (out-of-home) até à Madeira, “consolidando a sua presença na região e assumindo a gestão comercial dos ativos de mobiliário urbano no município” funchalense.

Já em abril do ano passado, a Cemark perdeu um processo em tribunal e teve de desmontar equipamentos publicitários em Lisboa. O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa considerou “improcedente” a providência cautelar intentada, em janeiro de 2023, pela Cemark contra a Câmara Municipal de Lisboa, o que obrigou a empresa a desmontar os 1703 equipamentos que tinha instalados na cidade.

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Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 14 Outubro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos divergentes. Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira.

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos divergentes. A Euribor subiu a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou para 3,062%, menos 0,002 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou para 2,799%, menos 0,023 pontos do que na sexta-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu para 3,205%, mais 0,026 pontos.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na quinta-feira na Eslovénia.

Os analistas esperam que a instituição desça de novo as taxas de juro em 25 pontos base.

Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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UE importa mais do que exporta produtos de energia “verde”

O desequilíbrio nota-se sobretudo nos painéis solares, cujo valor importado é muito superior ao exportado. Em contraponto, as turbinas eólicas registam um saldo positivo.

A União Europeia, em 2023, importou mais produtos de energia verde do que exportou — um desequilíbrio que se nota sobretudo nos painéis solares. Em contraponto, as turbinas eólicas “saem” mais do que “entram” nas fronteiras europeias.

A União Europeia importou, em 2023, 19,7 mil milhões de euros em painéis solares, 3,9 mil milhões de euros em biocombustíveis líquidos e 0,3 mil milhões em turbinas eólicas, indica o Eurostat, num boletim publicado esta segunda-feira.

O valor dos painéis solares importados diminuiu em 12% face a 2022, dado uma quebra nos preços, apesar de a quantidade importada ter aumentado em 5%. Também a importação de biocombustíveis caiu em valor, na ordem dos 22%, apesar de uma redução apenas ligeira na quantidade (2%). Já no que toca as turbinas eólicas, as importações afundaram-se 66% em valor e 68% na quantidade.

Em paralelo, o bloco do Velho Continente exportou 0,9 mil milhões de euros em painéis solares, 2,2 mil milhões em biocombustíveis líquidos e dois mil milhões em turbinas eólicas. “Ao contrário do que aconteceu com os painéis solares e com os biocombustíveis líquidos, as exportações de turbinas eólicas excederam significativamente os valores importados“, lê-se no destaque do Eurostat. A quantidade de turbinas exportadas foi em 2023 26% superior ao ano anterior e notou uma subida de 49% no valor.

Apesar do défice em relação aos painéis solares, verificou-se uma evolução positiva, com um crescimento de 19% no valor das exportações, equivalente a uma subida de 37% nas quantidades. O mesmo acontece com os biocombustíveis líquidos que somam mais em quantidade (63%) do que em valor (36%), de 2022 para 2023.

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Governo prevê redução “sustentada e gradual” da dívida pública até 83,2% em 2028

O Governo aposta em excedentes primários e no crescimento nominal do PIB nos próximos cinco anos para garantir uma redução "sustentada e gradual" do rácio da dívida pública, inclusive para lá de 2028.

O Governo traçou um plano ambicioso para reduzir a dívida pública nos próximos anos, prevendo uma queda “sustentada e gradual” do rácio da dívida relativamente ao PIB até 2028, segundo o Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo 2025 – 2028, divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia, após de ter sido remetido pelo Ministério das Finanças na sexta-feira.

Segundo o documento, a dívida pública deverá cair de 95,9% do PIB em 2024 para 83,2% em 2028, uma redução de 12,7 pontos percentuais em quatro anos e “manter-se em níveis prudentes ou numa trajetória plausivelmente descendente durante um período de dez anos após o termo do horizonte do Plano”, refere o Governo no documento.

O Executivo de Luís Montenegro revela que o abrandamento do rácio da dívida face ao PIB até 2028 reflete “a contribuição do crescimento do PIB nominal (-14,6 pontos percentuais) e a manutenção de excedentes primários (-11,1 pontos percentuais)”.

Para o período após 2028, as projeções são ainda mais otimistas. O Executivo prevê que, “na ausência de ação adicional de política orçamental”, a dívida continuará a cair até atingir 64,8% do PIB em 2038. “No cenário de referência determinístico, o rácio da dívida em relação ao PIB diminui anualmente 1,8 pontos percentuais do PIB em 2029-2038, em média”, refere o documento.

O Governo destaca que esta trajetória de redução da dívida cumpre os critérios e salvaguardas definidos no novo quadro de governação económica da União Europeia.

Entre os fatores que sustentam esta evolução, o plano aponta para a manutenção de excedentes primários significativos ao longo de todo o horizonte de dez anos após 2028, “apesar do impacto crescente dos custos relacionados com o envelhecimento”.

No entanto, o documento alerta que nos últimos anos da simulação, estes custos implicam “uma deterioração significativa do saldo orçamental global, que, ainda assim, se mantém acima de -3%”.

O Governo sublinha ainda que a trajetória descendente da dívida se mantém mesmo em cenários adversos alternativos, embora a um ritmo mais lento.

As projeções indicam também que “em 74,9% dos caminhos alternativos para a dívida pública gerados estocasticamente, cinco anos após o horizonte de planeamento (ou seja, até 2033) o rácio da dívida em relação ao PIB é inferior ao nível projetado para 2028“.

Com este plano, o Executivo procura demonstrar o seu compromisso com a sustentabilidade das finanças públicas, num momento em que Portugal se prepara para implementar o novo quadro orçamental europeu.

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Mobilidade elétrica e as atualizações do setor. Conheça-as

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

"Dinâmicas de mercado - Atualização do setor" foi o mote de um dos painéis de debate do Outlook Auto.

As atualizações do setor da mobilidade elétrica foram o ponto de partida de uma das conversas do Outlook Auto, um evento do ECO, que abordou os desafios e oportunidades do setor.

Ana Almeida Simões, Diretora de Inovação do Grupo Brisa, e Gonçalo Castelo Branco, Head of E-mobility da EDP Comercial foram os especialistas presentes no debate.

Assista aqui:

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Nobel da Economia atribuído a Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson

Os três laureados foram distinguidos com o prémio Nobel da Economia pelo seu trabalho desenvolvido para estudar o papel das instituições na prosperidade, e pobreza, das nações.

O Prémio Nobel das Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, mais conhecido como o Nobel da Economia, foi atribuído a Daron Acemoglu, Simon Johnson, ambos do Massachusets Institute of Technology (MIT), e James Robinson, da Universidade de Chicago, pelos seus “estudos sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade“, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências.

O trabalho desenvolvido pelos três investigadores ajudou a compreender como “sociedades com um Estado de direito deficiente e instituições que exploram a população não geram crescimento nem mudanças para melhor”, explica a equipa que atribuiu o conceituado prémio deste ano.

Nos seus estudos, Acemoglu e Robinson — co-autores do livro “Porque falham as Nações” — e Johnson, exploraram como a colonização feita pelos países europeus mudou as instituições nesses países. “Em alguns locais o objetivo era explorar a população indígena e extrair os recursos em benefício dos colonizadores. Noutros, os colonizadores formaram sistemas políticos e económicos inclusivos para benefício a longo prazo dos migrantes europeus”, refere a academia.

O trabalho desenvolvido pelos três professores mostra que uma das explicações para a desigualdade entre nações são as instituições sociais que foram introduzidas durante a colonização.

O trabalho desenvolvido pelos três professores mostra que uma das explicações para a desigualdade entre nações são as instituições sociais que foram introduzidas durante a colonização. Segundo os estudos desenvolvidos pelos três investigadores, “instituições inclusivas foram frequentemente introduzidas em países que eram pobres quando foram colonizados, resultando ao longo do tempo numa população geralmente próspera. Esta é uma razão importante pela qual as antigas colónias que outrora eram ricas são agora pobres e vice-versa.”

“Alguns países ficam presos numa situação com instituições extrativas e baixo crescimento económico. A introdução de instituições inclusivas criaria benefícios a longo prazo para todos, mas as instituições extrativas proporcionam ganhos a curto prazo para as pessoas no poder“, acrescenta o comunicado. Assim, enquanto estas pessoas permanecerem no sistema político ninguém confiará nas suas promessas de reformas económicas futuras. Segundo os laureados, é por isso que não ocorre nenhuma melhoria.

Assim, “a única opção [para garantir as reformas para atingir a prosperidade] poderá ser transferir o poder e estabelecer a democracia.”

“Reduzir as grandes diferenças de rendimento entre países é um dos maiores desafios do nosso tempo. Os laureados demonstraram a importância das instituições sociais para alcançar este objetivo”, destaca Jakob Svensson, líder do comité do Prémio Nobel das Ciências Económicas.

(Notícia atualizada às 11h25)

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