Hoje nas notícias: Justiça, Tires e cirurgias não urgentes

  • ECO
  • 27 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Conselho Superior da Magistratura vai criar um grupo de trabalho para acelerar a Operação Marquês, um processo que o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, também está a seguir de perto. A exploração do aeródromo de Tires, cujo concurso vai ser lançado no próximo mês, já conta com três interessados. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Conselho Superior da Magistratura cria grupo de trabalho para acelerar Operação Marquês

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) vai criar um grupo de trabalho, composto por três elementos, para acompanhar de forma próxima a tramitação da Operação Marquês, seguindo o tempo de resolução das decisões judiciais face aos sucessivos recursos e incidentes processuais de José Sócrates e de outros arguidos. Em paralelo, também a Procuradoria-Geral da República, liderada agora por Amadeu Guerra, está a acompanhar a tramitação dos autos da Operação Marquês. Aliás, o procurador-geral da República ordenou recentemente a atualização da informação relativa aos recursos e incidentes processuais interpostos pelo ex-primeiro-ministro e por outros arguidos.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Já há três candidatos à concessão do aeródromo de Cascais

O concurso internacional para a concessão do aeródromo de Tires vai ser lançado em dezembro e, segundo fonte oficial da autarquia de Cascais, já há três manifestações de interesse. Nas condições do concurso, “será valorizada a experiência em gestão de aeroportos, a capacidade de investimento e a capacidade de formação de técnicos nas várias áreas relacionadas com a prestação de serviços na aviação”, indicou a mesma fonte. A infraestrutura vai receber os voos executivos da Portela para aliviar a capacidade do aeroporto de Lisboa.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Inverno pode atrasar cirurgias não urgentes

Para fazer face ao aumento da procura dos serviços de saúde nos meses de inverno, os hospitais podem ter de desviar meios para acudir a doentes urgentes, levando, consequentemente, a uma redução das cirurgias não urgentes, alerta o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto. Tendo em conta a recente portaria do Ministério da Saúde, que obriga os doentes que ultrapassaram o Tempo Máximo de Resposta Garantido nas cirurgias não urgentes a serem encaminhados para os privados se não forem operados até agosto de 2025, sendo a despesa paga pelos hospitais de origem, Xavier Barreto considera que pode ser injusto: “Se os hospitais têm dificuldade em recrutar médicos, isso deve-se também àquilo que não foi feito pela tutela nos últimos anos”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Eleitores do Chega são dos que menos confiam nas polícias

A base eleitoral do Chega é uma das que menos confia nas forças de segurança. De acordo com os dados do barómetro da Aximage para o DN, 37% dos eleitores do partido liderado por André Ventura têm um grau de confiança pequeno ou muito pequeno na PSP e na GNR, sendo que 85% destes eleitores consideram que os meios policiais são insuficientes. A desconfiança nas forças de segurança só é maior nas bases eleitorais do Bloco de Esquerda (45%), do Livre (43%) e do PAN (50%).

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Mortalidade materna subiu durante a crise das urgências

Em 2022, ano marcado por constrangimentos nas urgências de ginecologia e obstetrícia e pela demissão da então ministra da Saúde, Marta Temido, na sequência da morte de uma grávida durante uma transferência intra-hospitalar, a taxa de mortalidade materna subiu para os 13,1 óbitos por cem mil nados-vivos, tendo sido contabilizadas 11 mortes. Estes números, do Instituto Nacional de Estatística (INE), comparam com uma taxa de 8,8 em 2021, depois de ter disparado para 20,1 no ano anterior.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Como será o futuro da segurança nas empresas?

  • ECO
  • 27 Novembro 2024

Após a primeira Prosegur Talks, onde se abordou o impacto da Inteligência Artificial na cibersegurança, o tema da segunda edição será o papel essencial da segurança híbrida.

Com o tema Segurança no Futuro – “Complexidade num Mundo em Transformação”, a segunda Prosegur Talks pretende abordar as questões que moldam o futuro da segurança privada num contexto onde a evolução tecnológica e a globalização elevam a competitividade e complexidade dos riscos.

Numa conversa com João Duque, Professor Catedrático de Finanças e Presidente do ISEG, Gonçalo Morgado, Diretor-Geral da Prosegur Security e Jorge Bacelar Gouveia, Professor Catedrático de Direito, Advogado e Consultor, serão debatidas soluções para a proteção de pessoas e bens.

Esta é a segunda de três talks gravadas no Estúdio ECO e que contam com o apoio da Prosegur. Esta segunda conversa será revelada em breve, no site e redes sociais do ECO. Fique atento.

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“Reflexões sobre o mercado imobiliário” com André Pinção Lucas

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  • 27 Novembro 2024

André Pinção Lucas, diretor executivo do Instituto +Liberdade, é o segundo convidado para o podcast Leadership Bites by KW.

“Leadership Bites” é um videocast sobre liderança, pessoas, empresas, empreendedorismo e inovação. Produzido pela Keller Williams Portugal para celebrar os 10 anos no nosso país, tem ligação a todos os setores. O objetivo de cada episódio é descobrir e partilhar, através de testemunhos de alguns thought leaders nacionais, fórmulas e caminhos para o sucesso, em diferentes áreas da vida. A condução deste videocast, no ar todas as quartas-feiras, fica a cargo de Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal. Recebe, neste segundo episódio, diretor executivo do Instituto +Liberdade.

André Pinção Lucas acredita no potencial de uma sociedade civil ativa para alcançar um desenvolvimento sustentável e democrático. Defende que a liderança não deve ser um exclusivo dos partidos, mas envolver cidadãos com propósitos comuns. Para Pinção Lucas, liderar é mobilizar: envolver pessoas em torno de objetivos claros e da promoção de um sentimento de responsabilidade individual e de participação comunitária.

André Pinção Lucas, Diretor Executivo do Instituto +Liberdade, e Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal

De acordo com o diretor executivo do Instituto +Liberdade, a crise da habitação é um tema antigo que afeta, de há uns anos para cá, a classe média. Resulta de décadas de políticas de baixos juros, do aumento da procura em áreas metropolitanas e de uma oferta limitada causada pela escassez de imóveis disponíveis, pela burocracia excessiva e por regulamentações ineficazes. Propõe medidas como a descentralização, a melhoria da mobilidade, a construção de mais e melhores habitações e o fortalecimento do mercado de arrendamento por via de uma maior segurança jurídica e estabilidade legislativa.

Considera que o atual contexto empresarial português peca por excesso de burocracia, carga fiscal e instabilidade, fatores que limitam o crescimento e a competitividade das empresas.

Para Pinção Lucas, a desburocratização e a redução de impostos serão alavancas na atração de grandes empresas para Portugal e por isso fundamentais na dinamização da economia, na promoção da inovação e na criação de empregos de qualidade.

Assista ao episódio completo aqui:

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Comissão Europeia aprova o Kisqali da Novartis para doentes com cancro da mama localizado HR+/HER2- com elevado risco de recaída

  • Servimedia
  • 27 Novembro 2024

O cancro da mama é o cancro mais frequentemente diagnosticado na Europa e cerca de 70% dos casos são diagnosticados em fases iniciais da doença.

A Comissão Europeia (CE) aprovou o Kisqali (ribociclib) da Novartis, em combinação com um inibidor da aromatase (IA), para o tratamento adjuvante de doentes com cancro da mama localizado em estádios II e III, recetor hormonal positivo (HR+) e recetor do fator de crescimento epidérmico humano 2 negativo (HER2-) com um elevado risco de recaída.

Apesar das opções terapêuticas atuais, as pessoas diagnosticadas com cancro da mama localizado HR+/HER2- estádios II e III continuam em risco de recaída a longo prazo do seu cancro, frequentemente como uma doença avançada incurável.

A aprovação do ribociclib baseia-se nos dados do estudo NATALEE de fase III, que incluiu uma grande população de doentes com cancro da mama HR+/HER2- localizado em estadio II e III, incluindo as que não têm envolvimento dos gânglios linfáticos e apresentam um risco elevado de recaída. O estudo mostrou uma redução significativa e clinicamente relevante de 25,1% no risco de recaída da doença com este medicamento adjuvante em combinação com a terapia endócrina (TE), em comparação com a TE isolada. O benefício da sobrevivência livre de doença invasiva (DFS) foi consistentemente observado em todos os subgrupos de pacientes.

A Espanha é o líder europeu na participação no estudo NATALEE e o segundo país do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos. No total, participaram no ensaio 761 doentes espanhóis de 47 hospitais de 12 comunidades autónomas, o que representa 15% da amostra total.

O Dr. Miguel Martín, investigador principal do estudo em Espanha e presidente do GEICAM, sublinhou que “o estudo NATALEE representa um magnífico exemplo do valor que pode advir da colaboração entre a investigação académica (neste caso, o grupo GEICAM) e a investigação privada (Novartis). Este tipo de aliança baseada no trabalho em rede permite promover avanços científicos significativos com um benefício real para a sobrevivência e a qualidade de vida dos doentes, como é o caso do ensaio clínico sobre a eficácia do ribociclib em combinação com a terapia endócrina em doentes com ou sem envolvimento axilar e com elevado risco de recidiva. A aprovação desta nova indicação pelo Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) é uma ótima notícia para os doentes, uma vez que o estudo mostra um benefício para todos os subgrupos, incluindo doentes com doença nodular negativa, doentes jovens e doentes idosas.

A Dr.ª Mafalda Oliveira, médica oncologista do Instituto de Oncologia Vall d’Hebron e Presidente da SOLTI, considera que “esta aprovação alarga as opções terapêuticas disponíveis, marcando um passo em frente na prevenção da recorrência para uma proporção significativa de mulheres com cancro da mama inicial. Este avanço não é apenas uma conquista científica, mas também uma chamada de atenção para a importância de continuarmos empenhados na investigação e na inovação em oncologia. É um momento para celebrar os progressos alcançados, ao mesmo tempo que nos desafia a continuar a trabalhar nos desafios que subsistem para melhorar a sobrevivência e a qualidade de vida de mais pessoas no futuro.

“A recaída do cancro da mama pode ser uma preocupação para toda a vida de quem vive com a doença. As doentes merecem ter acesso a opções de tratamento que ajudem a minimizar o risco de recidiva do cancro e lhes deem paz de espírito”, afirmou a Dra. Iris Zemzoum, presidente da Novartis Europa. “Estamos orgulhosos desta aprovação, uma vez que ajudará a responder a uma necessidade fundamental não satisfeita e a melhorar os resultados de saúde para uma população mais alargada de doentes na Europa.

O Kisqali é um inibidor seletivo da quinase dependente da ciclina, uma classe de medicamentos que ajuda a retardar a progressão do cancro através da inibição de duas proteínas chamadas quinases dependentes da ciclina 4 e 6 (CDK4/6). Estas proteínas, quando sobre-ativadas, podem permitir que as células cancerosas cresçam e se dividam demasiado depressa. O tratamento mais preciso da CDK4/6 pode ajudar a garantir que as células cancerígenas não continuam a replicar-se sem controlo.

 

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Empresas e gestores mais destacados de 2024 recebem os prémios CincoDías de Inovação Empresarial

  • Servimedia
  • 27 Novembro 2024

Homming, Matteco, Crisalion, Bezoya e a diretora-geral da Beigene Espanha e Portugal, Cristina García Medinilla, foram escolhidas por unanimidade por um júri do mundo empresarial e editorial.

Os “Prémios CincoDías para a inovação empresarial” reconheceram os vencedores da sua 17ª edição na sede da Repsol. Cinco vencedores de primeiro nível: as empresas homming, Matteco, Crisalion e Bezoya; e Cristina García Medinilla, diretora-geral da BeiGene em Espanha e Portugal.

Todos os vencedores foram escolhidos por unanimidade por um júri composto por Helena Herrero, Presidente e CEO da Hewlett Packard; Javier Escribano, CEO da Escribano M&E; Carme Artigas, ex-Secretária de Estado da Digitalização e Inteligência Artificial; Jorge Rivera, Diretor de Relações Corporativas e Institucionais da PRISA; e Pilar Gil, Vice-Presidente da PRISA.

Cristina García Medinilla, CEO da BeiGene em Espanha e Portugal, recebeu o Prémio ao Executivo Mais Inovador pela sua trajetória profissional e pelo seu percurso à frente da BeiGene, uma empresa farmacêutica dedicada à oncologia. Fundada em 2010, a BeiGene descobre e desenvolve tratamentos inovadores, acessíveis e económicos para doentes com cancro em todo o mundo.

Um dos marcos mais significativos da inovação sob a liderança de Cristina Garcia foi a aprovação do zanubrutinib para três indicações diferentes em apenas nove meses: leucemia linfocítica crónica, linfoma da zona marginal e macroglobulinemia de Waldenström. Trata-se de um recorde, tendo em conta que, de acordo com o relatório WAIT, o tempo médio de aprovação de uma terapêutica em Espanha é superior a dois anos.

INOVAÇÃO NO SETOR IMOBILIÁRIO

Na categoria “Start-up mais inovadora”, o prémio foi atribuído à homming, o primeiro software completo de gestão de imóveis para arrendamento, desenvolvido por e para gestores de imóveis, proprietários, inquilinos e fornecedores, para uma gestão completa do arrendamento. A sua razão de ser é digitalizar a gestão do arrendamento para a tornar simples e melhorar a experiência dos gestores, proprietários, inquilinos e fornecedores.

A empresa deu os primeiros passos em 2019 através de capital próprio proporcionado pelos seus fundadores: Jorge Montero, CEO da homming, José María Rincón (diretor comercial e de marketing), Javier Martí (diretor de operações) e Asur Bernardo (diretor da área tecnológica), e gere atualmente rendas superiores a 560 milhões de euros.

SUSTENTABILIDADE

A Crisalion Mobility foi a vencedora na categoria de Projeto Empresarial Mais Inovador na área da tecnologia. O prémio foi também escolhido por unanimidade para uma empresa espanhola que trabalha na conceção e desenvolvimento de soluções avançadas, eficientes, seguras e sustentáveis de mobilidade elétrica, tanto no ar como em terra, pelo seu projeto de mobilidade que procura reduzir a pegada ecológica e promover um estilo de vida sustentável, melhorando o ar e a saúde nas cidades.

A Bezoya recebeu o Prémio para a Iniciativa Empresarial Mais Inovadora em Responsabilidade Social Empresarial pelo seu projeto Compromisso Bezoya. Uma iniciativa inovadora baseada em cinco pilares: origem, embalagem sustentável e desperdício zero, produto, mobilidade sustentável e reciclagem; posicionando a marca como um padrão de sustentabilidade total em toda a cadeia de valor.

A Matteco, uma spin-off da Universidade de Valência, foi a vencedora do Prémio para a ação empresarial mais inovadora ligada à Universidade, em reconhecimento do desenvolvimento de uma tecnologia baseada em catalisadores e elétrodos de alto desempenho que transforma a economia da produção de hidrogénio verde: reduz tanto o investimento em equipamentos como os custos operacionais, ajudando a reduzir a energia necessária para cada unidade de hidrogénio produzida. Como resultado, os catalisadores proporcionam um desempenho sustentado durante longos períodos de funcionamento e podem ser fabricados à escala industrial em formatos e dimensões adaptados à procura do mercado.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de novembro

  • ECO
  • 27 Novembro 2024

Ao longo desta quarta-feira, 27 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Revolucion Limo, distribuidor exclusivo do único material da sua categoria a receber o certificado internacional C2C

  • Servimedia
  • 27 Novembro 2024

Polygood, o material fabricado a partir de plástico 100% reciclado e reciclável, distribuído exclusivamente pela Revolución Limo em Espanha, possui a certificação Cradle to Cradle (C2C).

Segundo a empresa, este material circular, destinado ao mundo do design, é utilizado para criar espaços e projetos sustentáveis de arquitetura e design de interiores. A certificação Cradle to Cradle (C2C) refere-se a um ciclo de vida contínuo em que os materiais, em vez de serem deitados fora, se transformam em matérias-primas para novos produtos. Este modelo circular contrasta com o modelo tradicional “cradle-to-grave” e está empenhado numa economia de desperdício zero.

A C2C avalia cada produto em cinco áreas: materiais saudáveis, reutilização, energia renovável, gestão da água e equidade social. A Revolución Limo é a empresa espanhola que estabeleceu uma rede de distribuição Polygood no país para promover a sua utilização em projetos locais e esta certificação apoia o seu compromisso com materiais que não só cumprem elevados padrões de qualidade, mas também garantem um impacto positivo em todas as fases da sua vida útil.

De acordo com Marta Foncilla, fundadora da Revolución Limo, “a obtenção desta certificação não só valida o compromisso da Polygood com a sustentabilidade, como também representa um passo decisivo na nossa missão de liderar o mercado de soluções de design sustentável em Espanha”. Empresas e organizações como a Sanitas, a ONCE ou a ILUNION contaram com a colaboração da Revolución Limo ao encomendar projetos nesta linha.

O Polygood facilita o cumprimento da Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Empresarial (CSRD) da União Europeia, que exige uma maior transparência nos impactos sociais e ambientais das empresas.

A Revolución Limo já possui a EPD (Environmental Product Declaration), uma ferramenta para promover práticas sustentáveis e responsáveis na conceção, fabrico e utilização de produtos, especialmente em setores como a construção, onde os impactos ambientais são significativos.

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Caixa de Previdência quer advogados a contribuir 294 euros por mês, no mínimo

O ECO/Advocatus sabe que a direção da previdência dos advogados deliberou que o fator de correção (para o ano de 2025) passe a ser de menos 6%. E é isso que vai propôr no Conselho Geral da CPAS. 

Os advogados — sujeitos ao regime assistencial da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) — arriscam ter de pagar quase 300 euros por mês, no mínimo, para poderem usufruir dos direitos sociais que esta caixa lhes garante. Em causa está a atualização do fator contributivo (FC) que define o valor da mensalidade da contribuição dos mais de 35 mil beneficiários. O ECO/Advocatus sabe que a direção da previdência dos advogados deliberou que o fator de correção para o ano de 2025, passe a ser de menos 6%. E é isso que vai propor no Conselho Geral da CPAS.

Caso a vontade da CPAS vá para a frente, significa que o valor mínimo que um advogado vai pagar mensalmente à CPAS passa de 267,94 euros para 294 euros. Daqui resultará, a título exemplificativo, que no quinto escalão contributivo (o mais baixo de todos), os advogados e solicitadores paguem um montante de 294,93 euros. Nos termos legais, a direção irá submeter esta proposta a pronúncia do CG da CPAS.

Desde 2018, o FC do Indexante Contributivo (IC) da CPAS tem sido submetido anualmente, a pronúncia do Conselho Geral da CPAS (CG). Sinteticamente, o referido diploma teve por base ajustamentos ao regime que entrou em vigor em 1 de julho de 2015, com o duplo objetivo de reforçar a solidez e a sustentabilidade financeira da CPAS e de promover a equidade do esforço contributivo dos beneficiários, para o que foi criado o conceito de IC, atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor, sem habitação.

O FC surgiu como um instrumento excecional de diminuir o aumento do esforço contributivo dos Beneficiários, permitindo compensar a subida do montante dos escalões contributivos. Com exceção do FC para o ano de 2024, as propostas da direção acabaram sempre por merecer pronúncia favorável do CG.

Por isso, o Ministério da Justiça anterior comunicou à CPAS que o Governo de então havia decidido prorrogar o FC estabelecido para o ano de 2023 (- 10%), tendo a CPAS na altura comunicado à tutela que iria dar seguimento a essa decisão no pressuposto que seria compensada pelo Governo pelo prejuízo. Como o anterior Governo nunca respondeu a esta questão, a CPAS acabou por propor uma ação judicial contra o Ministério da Justiça.

Vítor Alves, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 05MAI23
Vítor Alves, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

A determinação do fator de correção, que é proposto pela direção da CPAS, é fixada pelos ministérios da Justiça e da Segurança Social, sendo publicado no Diário da República, depois de proposta da CPAS. Quanto menos for, mais alta será a contribuição mensal a pagar. Para o ano de 2019, o IC foi ajustado por um FC de menos 14%. Para o ano de 2020 – e até 2024 – ficou em menos 10%;

Carlos Tavares – ex- presidente da CMVM (de 2005 a 2016), ex-ministro da Economia (de 2002/2004) e ex-presidente do Montepio – foi nomeado pelo Governo para presidir à comissão que irá analisar a situação da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS).

O Governo publicou em agosto em Diário da República o despacho que determinou uma auditoria à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras, a qual deverá estar concluída e homologada no prazo de cinco meses. Ou seja: em janeiro. Posteriormente, esta nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído. Feitas as contas, daqui a nove meses haverá uma conclusão final.

A nova comissão é composta por sete membros: um representante da área governativa da justiça, que preside e que diligencia pela constituição e pelo regular funcionamento da comissão; um da área das finanças; outro da área do trabalho, solidariedade e segurança social; um representante da CPAS e outro da Ordem dos Advogados; um representante da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução; e, por fim, uma pessoa de “reconhecido mérito”, que será indicada por alguns dos membros anteriores.

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Brinquedos que educam para a sustentabilidade, tendências baseadas na IA e na ligação em rede são as estrelas das novidades de Natal

  • Servimedia
  • 27 Novembro 2024

Os brinquedos para educar na sustentabilidade, baseados em tecnologias como a inteligência artificial (IA) e as tendências nas redes sociais protagonizam as novidades e tendências para este Natal.

Isto foi confirmado pela Famosa, que realizou na terça-feira o seu primeiro fórum de tendências, intitulado “Tendências em brinquedos para o Natal de 2024”, com o objetivo de explorar em profundidade as linhas que marcarão o curso do setor dos brinquedos neste Natal e no próximo ano.

A indústria dos brinquedos está em constante evolução, funcionando como um termómetro social que mede e reflete as mudanças culturais e as tendências sociais. Os brinquedos não só divertem, mas também educam e transmitem valores fundamentais às crianças, explica a Famosa, que promove este fórum “consciente desta responsabilidade e como líder no setor dos brinquedos”. .

Durante o evento, especialistas do setor, como Irene Sotillo, Diretora de Marketing da Famosa; Clara Blasco, Investigadora de Design & Tendências do AIJU (Instituto Tecnológico de Produtos Infantis e de Lazer); Pablo Busó, User Research Area Manager do AIJU; Susana Revuelta, Marketing Manager da Ecoembes; e María Gómez, Head of Strategy da Initiative (IPG Mediabrands), apresentaram as quatro tendências chave que estão a moldar o futuro dos brinquedos, destacando a importância do jogo como ferramenta educativa e como meio de transmissão de valores.

Nas palavras de Sotillo, “na Famosa entendemos o jogo como algo que vai muito além do entretenimento; é uma ferramenta fundamental para a educação e o desenvolvimento integral das crianças. Através deste primeiro fórum, revelamos as tendências que marcarão o próximo Natal e o ano 2025, e mostramos como continuamos a inovar para nos adaptarmos às necessidades das novas gerações. O nosso compromisso é criar brinquedos que promovam valores, incentivem a criatividade e acompanhem as crianças num mundo em constante evolução”.

Neste evento, foram reveladas as quatro principais tendências de brinquedos para este Natal e para os próximos meses: brinquedos para educar na sustentabilidade e cuidar do ambiente, brinquedos baseados em novas tecnologias como a IA, bonecas relacionadas com a tendência #GetReadyWithMe e brinquedos para o target kidults.

SUSTENTABILIDADE

“A sustentabilidade tornou-se uma questão central na sociedade atual, com um impacto significativo nas gerações mais jovens. Para além dos produtos em si, os brinquedos são uma ferramenta fundamental para educar e sensibilizar as crianças para a importância da reciclagem e dos cuidados com o ambiente. Através da brincadeira, as crianças podem aprender valores essenciais de responsabilidade ecológica, compreendendo como as suas ações contribuem para o cuidado do planeta. Os brinquedos que promovem práticas sustentáveis não só divertem, como também ajudam a criar uma consciência ambiental desde tenra idade, lançando as bases para uma sociedade mais consciente do ambiente”, defende a empresa.

“Para as crianças, a brincadeira é a forma de assimilar valores, valores que lhes servirão como adultos. Introduzir a conservação da natureza numa idade precoce com hábitos como a reciclagem diária é a forma mais fácil de introduzir hábitos”, salientou Revuelta.

Assim, o novo Nenuco Care & Recycle chega com uma abordagem educativa e sustentável, acompanhado de acessórios para cuidados, alimentação e assistência médica, bem como três contentores de reciclagem. Os acessórios foram concebidos para serem separados em diferentes partes e selecionados nos contentores correspondentes, incentivando a aprendizagem da reciclagem. Com um desenho floral nas suas roupas e uma colaboração especial com a Ecoembes, este Nenuco combina diversão, cuidado e consciência ambiental.

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Enerfip lança o seu primeiro crowdfunding de energia solar em Portugal

A plataforma francesa de crowdfunding vai apoiar o financiamento de um projeto solar em Portugal, a estreia da plataforma no país. Promete um retorno de 8,5% em troca de um mínimo de 10 euros.

A Enerfip, uma plataforma francesa de investimento focada em projetos ligados à transição energética, acaba de lançar o seu primeiro financiamento de um projeto localizado em Portugal, neste caso, um grupo de projetos solares.

Numa lógica de crowdfunding, a plataforma desafia os investidores a contribuírem para a angariação de 5 milhões de euros, com um investimento mínimo de 10 euros, e a promessa de um retorno de 8,5%. Mas a empresa espera não ficar por aqui: está a analisar mais 20 projetos, dos quais espera financiar pelo menos dois ao longo do próximo ano.

A estreia da empresa no mercado português fica marcada por um grupo de seis projetos, com uma capacidade total de 22,5 megawatts-pico. São promovidos pela espanhola Langur Holding Corporation, que detém uma filial em terras lusas, a Langur Portugal, em parceria com o fundo de investimento luxemburguês Green Power. Os projetos já estão numa fase de “pronto a construir”, e a construção oscilará entre 32 e 48 semanas, consoante a dimensão de cada um. Avançarão todos em paralelo, de forma a estender o período de implementação, no máximo, até 18 meses. Estará pronto a operar no início de 2026.

O objetivo é arrecadar um total de 5 milhões de euros, num empréstimo de um ano e meio que oferece um retorno anual de 8,5%. O reembolso dar-se-á na data de vencimento do empréstimo. No mínimo, os investidores podem investir 10 euros neste projeto, ou podem estender-se até ao teto máximo de 147.890 euros. A janela de oportunidade está aberta desde 25 de novembro e assim permanecerá até 15 de dezembro, data na qual está previsto o fecho do financiamento.

Em vez de de comprar um vinho pode investir na transição energética”, graceja o CEO da Enerfip, Eduardo Calderón, referindo-se ao montante de investimento mais baixo que a plataforma permite, os 10 euros. Os interessados têm que criar um perfil, que, depois de validado, lhes irá permitir investir no projeto selecionado. Depois, o utilizador dispõe de 10 dias para fazer a transferência que conclui o investimento.

Eduardo Calderón, CEO da Enerfip.

O maior dos projetos em causa vai instalar-se em Várzea, e terá uma potência de 6.212 quilowatts-pico. Por ordem decrescente de capacidade, segue-se o de Ourém, Almourol, Almeirim, Gouveia e finalmente Proença, com 1.009 kwp. A Enerfip está apenas a financiar cerca de um quarto do valor do projeto, que está avaliado em cerca de 20 milhões de euros. Estes promotores não são novos no mercado português: já detêm o Power Progress, um conjunto de oito projetos de 2 MWp, e uma central fotovoltaica, sob a insígnia “Malhada”, de 3,2 MWp, ambos em operação.

No site pode aceder-se a uma lista dos projetos de financiamento ativos e perceber em que fase estão em termos de reembolsos. “Temos uma default rate de apenas 0,13%“, indica o responsável, referindo-se à percentagem de projetos que não pagaram juros no tempo definido ou que não reembolsaram no tempo previsto. “Isso não significa que tudo está perdido”, sublinha Calderón. Nestas situações, a Enerfip ativa as “seguranças” contratuais, de forma a entregar o máximo de valor possível ao investidor.

Em média, o investimento nos projetos da Enerfip entregam um retorno de 8%. “Trabalhamos com um grande intervalo [de retorno], dependendo do risco” afirma, balizando este intervalo entre os 7% e os 9,5%.

A Enerfip autointitula-se “agnóstica” no que diz respeito às tecnologias que financia, desde que contribuam para a descarbonização. No entanto, os projetos de energia solar são de momento uma larga maioria, representando cerca de metade do portefólio, indica Calderón. Estes são sobretudo projetos de solar distribuído, e não de larga escala, já que “é onde podemos acrescentar mais valor”, considera o gestor, além de reconhecer algumas limitações na licença de atividade, que apenas permite que a empresa lance projetos de financiamento até 5 milhões de euros.

Há mais projetos para Portugal e até noutros continentes

Este é o nosso primeiro projeto [em Portugal] e espero que venham aí mais”, avança ainda Eduardo Calderón. Estão agora sob análise mais de 20 projetos no país, e o CEO afirma que “é certo” que serão financiados através da Enerfip pelo menos dois a três novos projetos em 2025.

A empresa tem projetos espalhados um pouco por toda a Europa: França, Espanha, Itália, Hungria e Polónia são as localizações que já acolhem projetos financiados pela Enerfip. A empresa partilha que está ainda a trabalhar com promotores de projetos na América Latina, Ásia e África, e espera expandir o portfólio nestas localizações num horizonte de dois a três anos.

Apesar destas perspetivas, Eduardo Calderón afirma que, para já, o foco está mesmo virado para a Europa, e para alargar a base de investidores no Velho Continente. Os cidadãos europeus podem investir em qualquer projeto da plataforma da Enerfip, quer se localize dentro ou fora das suas fronteiras.

Desde a sua fundação, em 2024, a Enerfip regista um volume de investimento de 500 milhões de euros, tendo financiado um total de 430 projetos, métricas pelas quais a empresa garante ser líder no mercado de crowdfunding de projetos sustentáveis. O crescimento verificou-se sobretudo a partir de 2020, ao ritmo de 100 milhões de euros de financiamento anuais. No entanto, só em janeiro de 2023 é que a Enerfip obteve a licença para financiar projetos noutros países europeus, fora de França.

Em junho lançou-se no primeiro projeto em Espanha, de 40 milhões de euros. Portugal tem desde então estado no radar da Enerfip, que está atenta a oportunidades no país, mas “não há assim tantos projetos pequenos e médios em Portugal”, avalia Eduardo Calderón, o que limita a Enerfip, já que a licença só permite um financiamento máximo de 5 milhões por projeto.

O berço – e sede – da empresa é a cidade francesa de Montpellier. Mas já tem braços estendidos pela Península Ibérica, onde abriu escritórios em Madrid, Espanha. A empresa emprega um total de 46 pessoas, das quais seis operam a partir do escritório espanhol. Também tem um escritório em Milão e outro, recém criado, em Amesterdão.

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Critical Software paga sabáticas a trabalhadores com dez anos de casa

Trabalhadores que estejam há, pelo menos, dez anos ao serviço da Critical Software têm a partir de janeiro a possibilidade de tirar até três meses de sabática com salário 100% garantido pela empresa.

A partir de janeiro, os trabalhadores da tecnológica Critical Software que tenham, pelo menos, dez anos ‘de casa’ vão poder beneficiar de licenças sabáticas pagas pela empresa para investir no seu crescimento pessoal ou profissional.

150 pessoas elegíveis para esta medida, de um total de 1.400 empregados em Portugal, Reino Unido e Alemanha, adianta Filipa Carmo, diretora de pessoas da tecnológica, ao ECO. Esta é uma medida que ainda “não é comum” em Portugal, embora haja vários exemplos do outro lado do Atlântico.

“Desde o ano passado que estávamos a tentar perceber se conseguiríamos implementar um programa de sabáticas e de que forma é que o poderíamos fazer. Desde logo, porque é uma preocupação constante da Critical Software tentar encontrar novas propostas para enriquecer aquilo que é a nossa oferta para os nossos colaboradores em termos do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional“, conta a responsável, em conversa com o ECO.

Segundo Filipa Carmo, a Critical Software, com 26 anos de história, tem, neste momento, nos seus quadros um “universo de pessoas com bastante antiguidade na empresa“, que a tecnologia “gostaria de premiar“. “São pessoas que foram mudando de funções e responsabilidade. Sentimos que este programa podia acrescentar valor a estas pessoas“, salienta a responsável.

Este programa, que estará disponível a partir de janeiro do próximo ano, terá, então, duas modalidades.

Aos trabalhadores que queiram investir em desenvolvimento pessoal (por exemplo, ir fazer surf durante um mês para a Austrália, fazer voluntariado ou aprender a tocar guitarra noutro país), a empresa assegurará um mês de sabática com salário a 100%, sendo possível tirar outros três meses sem vencimento. Ou seja, no total, esta modalidade poderá abranger quatro meses de ausência.

Já aos trabalhadores que queiram apostar no seu desenvolvimento profissional (por exemplo, fazer um programa de formação mais intensivo, um estágio numa empresa parceira da Critical Software ou ir dar aulas), esta tecnologia garante três meses de sabática com salário a 100%, sendo possível tirar outros três meses sem vencimento. No total, ao abrigo desta modalidade, a ausência poderá ser, portanto, de seis meses.

Quanto este programa se iniciar, no arranque de 2025, 150 trabalhadores da Critical Software estarão elegíveis, segundo Filipa Carmo, que realça que alguns já manifestaram interesse. Depois, até ao final do próximo ano, subirá para 200 trabalhadores o universo de empregados elegíveis, precisa a mesma responsável.

Filipa Carmo é people director da Critical Software.

Os interessados terão de apresentar à empresa um pedido no qual explicam as mais-valias que julgam que a sabática terá, sendo que as candidaturas serão depois analisadas e aprovadas. Ao ECO, Filipa Carmo indica também que a tecnológica “acautelou 100 mil euros” para este programa para o ano de 2025, ainda que não saiba se esse valor “será consumido na totalidade” ou não.

Este programa pode ser usado uma vez por trabalhador a cada dez anos de trabalho na Critical Software.

Condições da sabática
-Pelo menos, dez anos na empresa;
-Candidatura com as mais-valias da sabática;
-Um mês de salário a 100% para desenvolvimento pessoal (pode acrescer três meses de ausência sem remuneração);
-Três meses de salário a 100% para desenvolvimento profissional (pode acrescer três meses de ausência sem remuneração);
-Só pode ser usado uma vez a cada dez anos de trabalho.

Por enquanto, o feedback dos trabalhadores “tem sido positivo” e a diretora de pessoas acredita que até a retenção de talento poderá melhorar com esta política. Esta perspetiva é particularmente pertinente numa altura em que escasseiam recursos humanos no mercado de trabalho português, especialmente em setores como o tecnológico.

Fundada em 1998, a Critical Software é uma empresa de tecnologia, que conta já com clientes internacionais em setores tão diversos como aeronáutica, energia, defesa, finanças, comércio eletrónico, dispositivos médicos e transportes.

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Afinal, como vão ficar as isenções do reembolso antecipado do crédito da casa?

PS queria fim das comissões no reembolso antecipado do crédito com taxa fixa e variável, banca criticou, socialistas fizeram cedências e bancos continuam insatisfeitos. Compreenda o que muda.

A isenção temporária de comissões no reembolso antecipado do crédito à habitação deverá, no próximo ano, tornar-se definitiva e o máximo que a banca pode cobrar aos clientes com contratos com taxa fixa reduzir-se de 2% para 0,5%. As alterações ao atual regime resultam de uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) entregue pelo PS, que será votada na quinta-feira à tarde, e que de acordo com a sinalização dos partidos ao ECO será viabilizada.

Entre avanços e recuos compreenda o que está em causa.

O que prevê a nova proposta do PS

  • Créditos a taxa variável: A proposta do PS estipula que os bancos ficam, de forma permanente, impedidos de cobrar quaisquer comissões ou encargos aos consumidores relacionados com a amortização antecipada parcial ou total do valor do crédito à habitação, quando o reembolso ocorrer num período em que é aplicável o regime de taxa variável.
  • Créditos a taxa fixa: O valor máximo da comissão a pagar pelo consumidor, nos casos de reembolso antecipado parcial ou total, quando o reembolso ocorrer num período em que é aplicável o regime de taxa fixa, deve ser claro e expresso no contrato e não pode ser superior a 0,5% a aplicar sobre o capital que é reembolsado.

O que estabelece o atual regime de crédito

O regime dos contratos de crédito à habitação prevê que o valor da comissão a pagar pelo consumidor, nos casos de reembolso antecipado parcial ou total, conste clara e expressamente do contrato e não pode ser superior a:

  • 0,5% sobre o capital que é reembolsado, no caso de ocorrer num período em que é aplicável o regime de taxa variável;
  • 2% a aplicar sobre o capital que é reembolsado na taxa fixa

O que está atualmente suspenso

A cobrança de comissões pelos bancos no reembolso do crédito a taxa variável está temporariamente suspensa até ao final deste ano. A medida surgiu de forma temporária em 2022, para ajudar as famílias a mitigar o impacto do aumento das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) e da inflação, e foi sendo prorrogada. Caso o Parlamento não aprove a medida, os mutuários que amortizem o crédito antes do prazo previsto, seja de forma parcial ou total, vão voltar a pagar o valor da comissão.

Qual é a posição da banca?

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) defende que os bancos “deveriam poder ressarcir-se da perda com o ‘desfazer da cobertura de risco’, em caso de amortização antecipada“. Em resposta a questões da Lusa, a associação liderada por Vítor Bento argumentou que “esta perda deveria ser formalizada numa fórmula de cálculo, explicitada ao cliente no momento da contratação do empréstimo. E o seu valor concreto deveria ser obrigatoriamente informado ao cliente quando este pretendesse antecipar o pagamento inicialmente acordado”.

Os líderes dos principais bancos em Portugal também arrasaram o Parlamento devido à proposta inicial do PS. “É uma forma de dar respostas imediatas e simples para problemas que têm muito maior complexidade. Quando é assim, por regra, está errado”, considerou o CEO do BCP, Miguel Maya, na conferência Banca do Futuro, organizada pelo Jornal de Negócios na terça-feira. Na mesma linha, o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, considera que a medida representará “uma quebra de confiança” em relação ao legislador e pede a intervenção do regulador.

Por seu lado, Pedro Castro e Almeida, do Santander Totta, frisou que a discussão sobre o tema não deveria ser feita ao nível do Orçamento do Estado. “Deveria ser um processo normal em que se ouviria o supervisor, a associação do setor para se perceber do que esta em causa e o impacto que pode ter no mercado”. Uma posição semelhante à de Paulo Macedo, da Caixa Geral de Depósitos (CGD), defendeu que se legisla “sobre tudo por regulamento” por “medo que os decretos-lei sejam avocados pela Assembleia da República”, lamentando que se concentre todas as medidas estratégicas no âmbito do Orçamento.

O que previa a proposta inicial do PS e porque foi alterada

A proposta inicial do PS previa o fim permanente das comissões quer para os contratos com taxa variável, quer com taxa fixa. Os socialistas substituíram a proposta na segunda-feira à tarde, após o parecer enviado pela APB ao Parlamento. A associação que representa a banca avisava: “Uma das muito prováveis consequências indesejadas que a medida poderá acarretar é o estreitamento – ou, mesmo, o seu fechamento – dos contratos a taxa fixa ou mista, que recentemente havia assumido um papel predominantemente na contratação de novos créditos à habitação”. Ainda assim, após as alterações da iniciativa socialista, não se mostrou satisfeita.

Em declarações à Lusa, registou a “compreensão” manifestada pelo PS relativamente aos alertas que esta associação tinha feito ao parlamento sobre os riscos que a eliminação daquela comissão poderia ter na oferta de créditos a taxa fixa. No entanto, argumentou que a alteração à proposta sobre as comissões de reembolso antecipado, “tem pouco efeito no caso da taxa fixa”, pelo facto de estarem em causa contratos de crédito à habitação cuja duração inicial pode ser de 20 ou 30 anos.

Lamentou ainda que este tipo de medidas seja tratado em sede de discussão e aprovação do Orçamento do Estado, considerando que o “procedimento mais adequado seria tratar esta proposta em processo legislativo normal”, com a possibilidade de as diferentes partes interessadas, incluindo a APB, o supervisor do sistema financeiro e as associações de defesa do consumidor, serem ouvidas.

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