Zelensky aceitaria terminar guerra em troca de adesão à NATO

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O Presidente ucraniano está pronto para pôr fim à "fase quente da guerra" se o país aderisse à NATO mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios ocupados.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que está preparado para terminar a guerra na Ucrânia em troca da adesão à NATO, mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios apreendidos.

Em entrevista à estação televisiva britânica Sky News, o Presidente ucraniano explicou que a adesão à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) teria de ser oferecida às partes não-ocupadas do país para pôr fim à “fase quente da guerra”, desde que o próprio convite da NATO reconhecesse as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia.

Zelensky sugeriu que seria possível alcançar um acordo de cessar-fogo se o território ucraniano que Kiev controla fosse colocado “sob a alçada da NATO”, o que lhe permitiria negociar a devolução do restante território posteriormente, “de forma diplomática”.

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Concorrência dá ‘luz verde’ à aquisição do Colombo e Vasco da Gama pela Sonae Sierra

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Concorrência decidiu “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração” em causa, “uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva".

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à compra do controlo exclusivo das sociedades proprietárias dos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, pela Sonae Sierra, de acordo com informação divulgada esta sexta-feira no site do regulador.

O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência decidiu “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração” em causa, “uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”, lê-se na nota.

A AdC foi notificada, em 24 de outubro, da operação de concentração de empresas que consiste na aquisição, pela Sonae Sierra, indiretamente, através de participada, do controlo exclusivo sobre as sociedades Centro Colombo – Centro Comercial e Centro Vasco da Gama – Centro Comercial.

A Sonae Sierra é a holding de um grupo internacional cuja atividade tem a ver com o desenvolvimento, investimento e gestão de centros comerciais e outros ativos imobiliários destinados a atividades comerciais e ainda a prestação de serviços de investimento, desenvolvimento e gestão imobiliária.

É controlada em exclusivo pela Sonae SGPS, holding de um grupo que agrega um vasto conjunto de participações em empresas com atividades centradas, sobretudo nos negócios da distribuição de base alimentar e não-alimentar, na prestação de serviços financeiros a consumidores, no setor das telecomunicações e audiovisual, bem como tecnologias de informação e ‘software’.

No dia 08 de novembro, a AdC deu também ‘luz verde’ à compra do controlo exclusivo da sociedade proprietária do centro comercial NorteShopping, em Matosinhos, pela Sonae Sierra.

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REN paga dividendo de 6,4 cêntimos a partir de 20 de dezembro

  • ECO
  • 29 Novembro 2024

A partir de 18 de dezembro de 2024, "as ações representativas do capital social da REN admitidas à negociação na Euronext Lisbon serão transacionadas sem conferirem direito a dividendos".

A REN – Redes Energéticas Nacionais anunciou esta sexta-feira que irá distribuir um dividendo a partir de 20 de dezembro. O Conselho de Administração da REN “aprovou, no dia 28 de novembro de 2024, o pagamento de dividendos, a título de adiantamento sobre lucros, no valor de 0,064€ por ação”, lê-se no comunicado publicado no site da Comissão de Mercado e dos Valores Mobiliários.

Para uma pessoa singular, o dividendo líquido será de 4,6 cêntimos após a taxa de IRS de 28% e no caso de pessoa coletiva, o divdendo líquido será de 4,8 cêntimos.

A empresa informa ainda que o agente pagador é o Banco Santander Totta e a partir de 18 de dezembro de 2024, “as ações representativas do capital social da REN admitidas à negociação na Euronext Lisbon serão transacionadas sem conferirem direito a dividendos”.

Nos primeiros nove meses do ano, a REN lucrou 84,2 milhões de euros, menos 12,5% face ao período homólogo do ano passado.

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Bial vende distribuidora de medicamentos em Moçambique

"A alienação da atividade de importação e distribuição agora realizada e aprovada pelas autoridades não interfere com a comercialização dos medicamentos Bial" em Moçambique, assegura a empresa.

A empresa biofarmacêutica Bial alienou a sua operação de importação e distribuição de especialidades farmacêuticas com a venda da Medimport à CFAO Healthcare. Em comunicado, a empresa portuguesa explica que vai focar a sua atividade em Moçambique na comercialização de medicamentos.

“A alienação da atividade de importação e distribuição agora realizada e aprovada pelas autoridades não interfere com a comercialização dos medicamentos BIAL no mercado moçambicano“, refere a empresa.

Em comunicado, a Bial assegura que tem “plena confiança” na colaboração com a CFAO para garantir a disponibilidade da sua gama de produtos junto de todos os doentes e o apoio científico e médico aos profissionais de saúde moçambicanos.

“Considerando a aposta estratégia da empresa na Investigação e Desenvolvimento na área das neurociências e doenças raras, o grupo entendeu alienar uma operação que estava desligada do seu core business, sublinham.

Constituída em 1998, a Medimport atuava como distribuidora de medicamentos no mercado moçambicano, uma atividade que o grupo Bial mantinha apenas neste país. Já a CFAO Healthcare é uma das principais empresas de logística farmacêuticas, com especial incidência no continente africano, contando com mais de 3800 trabalhadores e com uma presença em mais de 28 países em África.

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📈 Novembro catapulta Wall Street e bitcoin para máximos e põe euro em apuros

Eleição de Trump e o adensar da incerteza económica e política na Zona Euro marcaram o ritmo dos mercados no último mês. Wall Street e bitcoin ganharam, euro e França saíram penalizados.

Novembro foi um mês particularmente agitado nos mercados financeiros. A vitória de Trump agitou os ativos de maior risco, como as ações (em especial as americanas) e também as criptomoedas (em especial a bitcoin). Mas o adensar da incerteza económica e política na Zona Euro também contribuiu para mexer sobretudo com o euro e os juros franceses.

EDP Renováveis corrige e penaliza PSI

Por cá, o principal índice bolsista português não acompanhou o maior apetite dos investidores pelo risco, com o PSI a cair 1,75% no acumulado do mês. A bolsa nacional foi particularmente afetada pelas correções da EDP e da EDP Renováveis, que afundaram 5% e 10%, respetivamente, pela exposição ao mercado americano onde o regresso de Trump à Casa Branca pode trazer amargos de boca.

Bolsa perde

Fonte: Refinitiv

Wall Street regista melhor mês do ano

A vitória de Trump nas eleições de 5 de novembro contagiou as bolsas do outro lado do Atlântico. O índice S&P 500 acumulou um ganho de 5,6% em novembro, no que foi o melhor mês do ano.

S&P 500 animado

Fonte: Refinitiv

Euro tem pior mês em dois anos e meio

A eleição de Trump deu força ao dólar, mas os sinais poucos positivos da Zona Euro também ajudaram a moeda única a registar o pior mês em dois anos e meio contra a nota verde. O euro desvalorizou 3,1% face ao dólar e muitos analistas admitem um cenário de paridade entre as duas moedas – algo que aconteceu com pouca frequência no passado.

Moeda única em apuros

Fonte: Refinitiv

Bitcoin celebra máximos com Trump

Trump prometeu uma agenda política mais favorável para as criptomoedas e mesmo antes de tomar posse alguns sinais apontam nesse sentido. A sua empresa de tecnologia avançou para a compra de uma plataforma de negociação destes ativos digitais. E o presidente da Securities Comission Exchange (SEC), um dos grandes inimigos das criptomoedas, decidiu afastar-se do cargo (assim que Trump tomar posse). A bitcoin acumula um ganho de 40% este mês e vai a caminho do melhor desempenho mensal desde outubro de 2021, e está a namorar os 100 mil dólares.

Bitcoin perto dos 100 mil

Fonte: Refinitiv

Incerteza condiciona juros franceses

Em França, o impasse em torno do Orçamento do Estado para 2025 está a pesar no sentimento dos investidores em relação à dívida gaulesa. O governo de Michel Barnier tarda em encontrar um entendimento com a oposição. A yield das obrigações francesas a 10 anos já igualou a taxa grega, o que não acontecia desde 2008.

Gregos já olham franceses de lado

Fonte: Refinitiv

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Meo confirma aumento dos preços em 2025, depois de Nos ter desistido da atualização anual

Mesmo depois de a Nos ter anunciado que não atualizará os seus preços próximo no ano, fonte oficial da Altice Portugal garante que o aumento mínimo de 50 cêntimos em janeiro é para manter.

A Altice Portugal, dona da Meo, vai mesmo aumentar preços em janeiro de 2025, mesmo depois de a concorrente Nos ter decidido manter as tarifas no ano que vem, confirmou fonte oficial ao ECO.

“A Altice Portugal vai proceder à atualização de preços em 2025, conforme contratualmente previsto e já divulgado, com exceção dos serviços da marca digital Uzo e da marca para o segmento jovem, Moche, que não vão ser atualizados”, respondeu a empresa.

Esta sexta-feira, a Nos anunciou ao mercado que “não vai aumentar os seus preços em 2025”. Fonte oficial da operadora disse à Lusa que a decisão “é transversal a todos os serviços e tarifários de telecomunicações”.

Será a primeira vez em vários anos que as três principais operadoras vão seguir estratégias diferentes quanto à atualização anual prevista nos contratos, à taxa de inflação do ano anterior. No caso da Meo, a empresa prevê também um aumento mínimo de 50 cêntimos em cada ano civil.

O ECO também questionou a Vodafone Portugal, mas fonte oficial respondeu apenas: “A esta data ainda não nos é possível antecipar eventuais atualizações de preços.”

Este final de ano ficou marcado pela entrada no mercado de um novo operador, a Digi, com fibra e rede móvel, mas cobertura limitada. No entanto, a empresa só pratica períodos de fidelização de três meses, apenas no serviço fixo, e tem preços que são mais baixos do que os que eram praticados até aqui no mercado.

Em resposta, as três operadoras incumbentes têm adotado políticas comerciais com preços mais agressivos, mas apenas nas suas marcas low-cost, Uzo (Meo), Woo (Nos) e Amigo (Vodafone).

Só que, também aqui, a estratégia começou por ser diferente. Das três, a Uzo foi a única que escolheu praticar fidelizações de seis meses, apesar de as duas concorrentes, Woo e Amigo, terem igualado a Digi nos três meses de fidelização. Entretanto, a Uzo já atualizou as condições e também pratica agora fidelizações de três meses.

(Notícia atualizada a 2 de dezembro, às 11h09, para indicar que a Uzo também já pratica fidelizações de três meses)

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Marine Le Pen faz ultimato a Barnier para salvar Governo de coligação

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Le Pen quer agora que o primeiro-ministro desista de congelar por seis meses a subida das pensões de 2025 e deixe de subsidiar uma série de medicamentos.

A contagem decrescente para salvar o executivo francês acelerou esta sexta-feira, com o ultimato da líder da extrema-direita, Marine Le Pen – de cujos votos a sobrevivência governamental depende –, ao primeiro-ministro francês, Michel Barnier. “Tomou medidas, mas não é suficiente. Tem até segunda-feira”, publicou nas redes sociais Marine Le Pen, que se tornou o fiel da balança política em França, graças aos seus 140 deputados, de que o Governo precisa para resistir.

Foi esta a reação às medidas adotadas na quinta-feira pelo primeiro-ministro, que deu resposta positiva a algumas das “linhas vermelhas” que a extrema-direita tinha definido, como desistir de resgatar um imposto sobre a eletricidade e cortar a ajuda médica aos imigrantes ilegais.

Com esta última decisão, Barnier atirou-se para os braços da extrema-direita, deitando quase por completo por terra qualquer outra equação parlamentar. Mais concretamente, a de convencer os socialistas a romperem com o bloco de esquerda, para a qual tinha apelado, perante a difícil situação financeira que o país atravessa.

Michel Barnier procura a fórmula que lhe permita levar por diante as finanças do país sem ter uma maioria e, apesar de todos os líderes parlamentares terem passado pelo seu gabinete, parece estar a ouvir apenas os da extrema-direita, tendo sido sensível às suas exigências de não agravar a tributação das empresas e de reduzir ao máximo as subidas de impostos.

Mas continua a não ter o “sim” de Marine Le Pen, que parece ser a única garantia de continuidade de um Governo em funções desde setembro, numa Assembleia Nacional dividida em três blocos irreconciliáveis. A líder da extrema-direita viu um filão na debilidade do executivo e quer tirar mais proveito dela. Vende como triunfos as concessões que obteve e que vão agradar ao seu eleitorado, tanto às classes trabalhadoras, que verão as suas faturas de eletricidade baixar mais que o previsto, como às bases mais tradicionais, satisfeitas com a redução da ajuda aos imigrantes.

Os novos cavalos de batalha de Le Pen passam agora pela desistência de congelar por seis meses a subida das pensões de 2025 e em deixar de subsidiar uma série de medicamentos. Le Pen sabe que todas essas “linhas vermelhas” têm um preço e, com o objetivo de tornar um dia o seu partido, União Nacional, uma força governamental, garante que serão necessários mais cortes para financiá-las.

Como princípio geral, aponta duas fontes: a redução da ajuda aos imigrantes e a diminuição da contribuição da França para a União Europeia. Mas, numa entrevista ao diário francês Le Monde, deixa outras pistas, como o aumento do imposto sobre as transações financeiras ou do imposto sobre a compra de ações.

“Eles só querem aumentar os impostos ou baixar as prestações sociais”, afirma o líder da extrema-direita, que continua a considerar que o orçamento do Governo é mau. A esperança de Barnier é que, mesmo que não o apoie, a extrema-direita desista de fazer cair o Governo. O primeiro-ministro poderia então fazer passar o orçamento sem votação parlamentar, através de um mecanismo constitucional que lhe permite fazê-lo, mas que o expõe a uma moção de censura.

Ao mesmo tempo, o chefe do Governo e a líder da extrema-direita entraram num confronto mais simbólico: Barnier recusa-se a que as suas últimas alterações orçamentais sejam uma concessão a Le Pen, o que enfurece a finalista das duas últimas eleições presidenciais francesas. “Querem os nossos votos, mas não as nossas caras, há 40 anos que assisto a isso”, disse ao Le Monde, recordando que o seu partido, com 11 milhões de votos, foi o mais votado nas eleições legislativas de julho.

Barnier, que prosseguiu a sua agenda oficial, que incluía uma visita a Limoges, preferiu não entrar em confronto direto e, fiel ao seu estilo de negociação paciente, moderou os ânimos e garantiu que não se sentia pressionado por um ultimato. “Estamos numa abordagem de respeito e de diálogo”, limitou-se a dizer, enquanto as suas equipas multiplicam os contactos para desbloquear a situação e prolongar a sobrevivência do executivo.

De quem ele sabe que não pode esperar muito é da esquerda, cujo líder, Jean-Luc Mélenchon, o acusou de fazer um pacto com a extrema-direita, augurou que o seu Governo tem os dias contados e pediu a demissão do Presidente da República, Emmanuel Macron.

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Acionistas da dona do Pingo Doce aprovam mudança da sede para Amesterdão

Holding dos herdeiros de Soares dos Santos troca a sede para os Países Baixos, onde já está há uma dúzia de anos a empresa que detém a Jerónimo Martins. Proposta foi aprovada em assembleia geral.

A Sociedade Francisco Manuel dos Santos SE (SFMS SE) vai mesmo transferir a sua sede social para os Países Baixos. A informação foi confirmada ao ECO pela empresa constituída por membros dos vários ramos da família Santos, entre os quais a família Soares dos Santos, que tem como único ativo a participação (99,99%) na neerlandesa SFMS BV, através da qual controla (56,136%) o capital da cotada Jerónimo Martins SGPS, dona do Pingo Doce e do Recheio em Portugal.

Como o ECO noticiou em primeira mão, esta sociedade anónima europeia de direito português, a casa-mãe das participações da família, instalada até agora no Largo Monterroio Mascarenhas, em Lisboa, vai mudar a sede social para Amesterdão. O conselho de administração espera que o processo “fique concluído até ao final do ano de 2024, após o que será solicitado, logo que possível, o registo da nova sede nos Países Baixos e o consequente cancelamento do registo na Conservatória do Registo Comercial em Portugal”.

A proposta assinada por Maria de Lourdes Soares Alexandre dos Santos e José Manuel da Silveira e Castro Soares dos Santos, com data de 25 de setembro, foi votada esta sexta-feira de manhã numa Assembleia Geral que tinha como ponto único “deliberar sobre a transferência da sede social para a Holanda, com a consequente alteração integral dos estatutos da sociedade e nomeação dos órgãos sociais, incluindo o órgão de administração”.

Esta foi a segunda tentativa de transferir para Amesterdão a sede social da antiga SFMS SA – a sociedade com o nome do empresário que liderou a Jerónimo Martins entre 1921 e 1955 foi, entretanto, transformada em Sociedade Anónima Europeia (SE). Uma proposta semelhante tinha sido levada igualmente a deliberação da Assembleia Geral em dezembro de 2016, mas nessa altura acabou por ser chumbada.

A Sociedade Francisco Manuel dos Santos justificou ao ECO que “este movimento é a natural continuação da internacionalização e do crescimento” desta holding e garante que “não tem impacto na carga fiscal da sociedade e dos acionistas, nomeadamente na que incide sobre a distribuição de dividendos”. Realçou ainda que “não há nenhuma implicação para a Jerónimo Martins SGPS”, sendo a empresa de distribuição cotada e sediada em Portugal, “enquanto a SFMS SE é uma sociedade privada”.

Foi em janeiro de 2012 que a Sociedade Francisco Manuel dos Santos anunciou a venda da participação à volta de 56% na Jerónimo Martins à subsidiária nos Países Baixos, que tem o mesmo nome que a empresa portuguesa e que foi criada em 2007 como veículo para os seus investimentos. Uma transferência de propriedade que gerou polémica, numa altura em que o país estava sob intervenção da troika, e que originou várias semanas de acesa discussão no meio político e nas redes sociais.

“O movimento concretizado em 2012 procurou assegurar uma maior capacidade de investimento e acesso a mercados financeiros de maior dimensão, no contexto do crescimento da SFMS. Esta é mais uma fase que decorre do contexto de expansão internacional do grupo”, sublinhou há duas semanas, através de fonte oficial, a sociedade cuja origem remonta há 83 anos.

Atualmente liderada por Pedro Soares dos Santos, que é também presidente e administrador da Jerónimo Martins, segundo dados da Informa D&B registou em 2023 lucros de 439,8 milhões de euros, 68% acima do ano anterior.

A SFMS BV tem participações em empresas com atividade “primordialmente” em Portugal, nos Países Baixos, Polónia, Colômbia, Eslováquia, EUA, Alemanha e Suíça – e “tem vindo a crescer, através das suas empresas participadas e aplicando os seus investimentos em diversos países”. Neste contexto, alega que “os Países Baixos disponibilizam soluções jurídicas para a expansão das empresas e para a organização efetiva dos acionistas que são mais eficientes e flexíveis do que os modelos existentes em Portugal”.

Nos primeiros nove meses deste ano, os lucros da Jerónimo Martins baixaram 21,2% para 440 milhões de euros devido à descida dos preços alimentares, aliada a um aumento dos custos, o que se tem refletido numa “forte pressão sobre as margens”.

Apesar da redução do resultado líquido, a faturação cresceu 10,3% até setembro, para 24,8 mil milhões, como reportou à CMVM o grupo de distribuição que detém também a retalhista alimentar Biedronka e as drugstores Hebe na Polónia – o principal mercado, com um peso de 70,5% nas vendas totais –, a cadeia de supermercados Ara na Colômbia e que está agora a lançar a operação na Eslováquia.

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Futura residência universitária de Braga terá 750 camas a custos controlados. Custa 25,5 milhões de euros

A futura residência universitária tem um prazo de execução de 400 dias e uma área de construção próxima dos 15 mil metros quadrados. Integra-se na "nova geração de edifícios inovadores".

Futura residência universitária de Braga, na antiga Fábrica da Confiança

Num investimento de 25,5 milhões de euros, a futura residência universitária de Braga na antiga fábrica de sabonetes Confiança, com 750 camas a custos controlados, estará concluída no primeiro trimestre de 2026. Este é um projeto estratégico para o município para responder às necessidades de alojamento estudantil e um significativo contributo para a reabilitação urbana.

“A nível nacional, este projeto é o maior na quantidade de quartos e capacidade de alojamento de estudantes, mas também do ponto de vista económico regista o maior envelope financeiro disponibilizado para residências universitárias”, sublinhou o autarca Ricardo Rio, durante a assinatura do contrato da empreitada com o Grupo Casais.

Para o presidente de câmara, esta é uma infraestrutura “absolutamente estruturante a nível nacional e crucial a nível local”. Aliás, justifica, “o montante que está previsto investir neste projeto é superior, no seu conjunto, aos projetos de reabilitação do Fórum Braga, Mercado Municipal, Parque Desportivo da Rodovia, construção do Quartel de Bombeiros e reabilitação da Pousada da Juventude”.

É um projeto absolutamente estruturante a nível nacional e crucial a nível local.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

Financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito de uma candidatura ao Programa Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), o futuro espaço conterá quartos duplos, individuais e triplos, salas de estudo, cozinhas, espaços de refeições e de convívio. A empreitada tem um prazo de execução de 400 dias e uma área de construção próxima dos 15 mil metros quadrados.

O complexo reservará ainda espaço para um museu e uma loja venda de produtos da antiga Fábrica Confiança. “Vai garantir a salvaguarda da dimensão patrimonial do edifício e criar novas dinâmicas de interação com a zona envolvente”, destaca a autarquia num comunicado.

A fábrica foi inaugurada em 1921, e produziu perfumes e sabonetes até 2005. A câmara de Braga adquiriu o edificado em 2012 por 3,6 milhões de euros.

Futura residência universitária de Braga, na antiga Fábrica Confiança

Para o CEO do Grupo Casais, António Carlos Rodrigues, a futura residência universitária “representa um exemplo de vanguarda na construção sustentável, integrando-se na nova geração de edifícios inovadores”. Exemplo disso é a utilização do “sistema híbrido CREE, que combina madeira e betão para maximizar a sustentabilidade, aliando eficiência energética a uma pegada de carbono reduzida”, detalha. Acresce a utilização da tecnologia Digital Twin, que possibilita a gestão inteligente e otimizada do edifício.

O projeto da nova residência envolve ainda a Universidade do Minho e o Instituto Politécnico do Cávado e Ave.

Futura residência universitária de Braga, na antiga Fábrica Confiança29 novembro, 2024

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Lucro da Ibersol cresce 15% para 12,2 milhões até setembro

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Os resultados refletem o resultado da alienação das operações descontinuadas, no valor de 3,1 milhões de euros, correspondente à mais-valia na venda de oito restaurantes Burger King.

A Ibersol totalizou 12,2 milhões de euros de lucro nos primeiros nove meses do ano, acima dos 10,6 milhões de euros registados no mesmo período de 2023.

“O resultado líquido consolidado ascendeu a 12,2 milhões de euros (10,6 milhões de euros em igual período de 2023)”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este valor inclui o resultado da alienação das operações descontinuadas, no valor de 3,1 milhões de euros, correspondente à mais-valia na venda de oito restaurantes Burger King no montante de 2,9 milhões de euros e 200.000 euros de resultado líquido “gerado até ao momento da saída”.

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Grandes consumidores de eletricidade pedem alívio de custos

Tarifa social, licenças de dióxido de carbono e estatuto especial são os temas levantados pela associação de grandes consumidores, que assinala "enormes constrangimentos operacionais e financeiros".

A Associação Portuguesa dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Elétrica (APIGCEE) pedem mudanças legislativas que aliviem alguns dos custos destas empresas, como é o caso da tarifa social, as licenças de emissão de dióxido de carbono, ao mesmo tempo que apelam à aprovação e implementação do estatuto especial que já se encontra desenhado.

A indústria eletrointensiva portuguesa precisa de um preço competitivo e estável para a energia elétrica para manter a sua atividade“, lê-se no comunicado, no qual estas empresas assinalam a volatilidade e um aumento “significativo” do preço da eletricidade nos mercados grossistas, onde os comercializadores e grandes consumidores compram eletricidade aos fornecedores.

Os atuais preços da eletricidade estão a criar “enormes constrangimentos operacionais e financeiros” aos associados da APIGCEE, tendo mesmo levado ao encerramento temporário da atividade de algumas unidades, como foi o caso da Siderurgia Nacional.

Uma questão “absolutamente urgente” de ser fechada são as recentes alterações ao Estatuto do Cliente Eletrointensivo, defendem estas empresas. Este é “um instrumento fundamental” para reduzir as tarifas de acesso às redes, uma componente do preço da eletricidade, o que vem “garantir a equidade” com os pares europeus, indica a associação.

A APIGCEE adianta que, de acordo com o Governo, se aguarda que a Comissão Europeia dê o parecer favorável à proposta de alterações legislativas que já terão sido apresentadas.

Em paralelo, a associação indica que a dotação orçamental para a compensação dos custos indiretos do dióxido de carbono – ou seja, o dinheiro que o Estado cede às empresas para ajudar no pagamento das licenças de CO2 – “é muito inferior” à permitida pela diretiva europeia e à que está em vigor nos restantes países europeus. A APIGCEE considera “indispensável” um “aumento significativo” desta verba.

Além disso, os eletrointensivos estão descontentes com o atual modelo de financiamento da tarifa social, um apoio às famílias vulneráveis que era suportado pelos produtores, mas que este ano passou a ser distribuído por estes, pelos comercializadores e pelos grandes consumidores que se abastecem diretamente no mercado grossista.

Esta última decisão “aumenta os encargos já suportados pelos associados da APIGCEE e reduz a sua competitividade”, queixam-se estas empresas, ao mesmo tempo que assinalam que esta prática não afeta os concorrentes estrangeiros.

Os eletrointensivos entendem que esta tarifa deve ser assegurada diretamente pelo Estado mas, caso o modelo de financiamento não seja modificado, “é importante que se estabeleça uma isenção total de financiamento da Tarifa Social pelos clientes eletrointensivos”.

Os associados da APIGCEE são responsáveis por cerca de 3% do PIB nacional e asseguram aproximadamente 30.000 postos de trabalho. No total, a associação é constituída por 14 empresas com um consumo anual elétrico agregado de 5,35 TWh (mais de 10% do consumo elétrico total em Portugal e mais de 25% do consumo elétrico industrial nacional). São empresas essencialmente exportadoras, exportando 70% da sua produção.

A associação conta com a AAPICO, Air Liquide, Altri, BA Glass Portugal, Bondalti Chemicals, Cimpor, Finsa, Hychem, Megalasa – Siderurgia Nacional, Secil, Somnincor, The Navigator Company e Vidrala.

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Star Channel agradece aos espectadores com campanha de proximidade em 22 cidades

Para agradecer aos telespectadores, a Star Channel fez circular uma estrela de 2,85m de altura, 3 metros de largura e 300kg de peso por diversas localidades do país.

Visando agradecer a preferência aos seus espectadores, a Star colocou este mês uma estrela iluminada em 22 localidades do país, numa ação integrada numa campanha mais abrangente.

Os canais Fox passaram a Star Channel no início deste ano, assumindo uma nova marca, mas mantendo o mesmo posicionamento. Mas, mais do que isso, 2024 “tem sido um ‘Ano-Luz’ em que o Star Channel liderou o entretenimento no pay tv e em que as 10 séries mais vistas no pay tv, em Portugal, foram emitidas no Star Channel e Star Life”, refere-se em nota de imprensa, onde se citam dados da GFK/Yumi.

Para assinalar esta preferência dos telespectadores, a The Walt Disney Company, proprietária dos canais, lançou então o projeto “Ano-Luz”, como agradecimento.

Pensámos que a melhor forma de fazer esse agradecimento seria acendendo um ‘Obrigado’, por todo o país, em 22 localidades, de Chaves a Estremoz, passando pelo Faial, Madeira e Fuseta. A nossa estrela ganhou forma, saiu dos ecrãs e materializou-se numa estrela de grande dimensão, que viajou pelo país, acendendo-se em locais inesperados, mas que fazem parte da vida das pessoas, tal como as séries e personagens dos canais Star. Quisemos estar próximos dos nossos espectadores, nos locais onde passam, que conhecem e que têm orgulho em partilhar“, explica Hellington Vieira, creative director da The Walt Disney Company Portugal (TWDC), ao +M.

A estrela – com 2,85m de altura, 3 metros de largura e 300kg de peso – viajou assim pelo país, acendendo-se nas cidades de Albufeira, Almada, Braga, Caldas da Rainha, Carcavelos, Chaves, Coimbra, Crato, Covilhã, Ericeira, Ermesinde, Estremoz, Faial, Famalicão, Fuzeta, Guimarães, Ílhavo, Lisboa, Loures, Madeira, Porto e Tomar.

Margarida Morais, diretora de marketing e comunicação da TWDC Portugal, explica, citada em comunicado, que este é “um agradecimento que leva um pouco destas localidades” para os ecrãs, e que é o “fio condutor de uma campanha multimeios e todas as nossas frentes de comunicação“.

Isto traduz-se numa abordagem complementar com duas vertentes: uma nacional, “através de meios que dão uma maior abrangência”, e uma local, que “traduz a essência deste conceito criativo, agradecendo diretamente às localidades, quer seja através do digital out-of-home, de uma forte presença digital ou através da presença na imprensa regional”, refere.

A expressão visual deste agradecimento pode então ser vista nos canais Star Channel, Star Life, Star Crime, Star Comedy e Star Movies, em digital out-of-home, nas redes de transportes, em centro comerciais, no digital e em social media, imprensa e rádios locais. Foi ainda criada uma página dedicada ao projeto que compila vídeos e curiosidades sobre os locais por onde a estrela passou. Para o planeamento de meios da campanha, a TWDC contou com o apoio do Publicis Groupe.

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