“A IA vai contribuir para garantir novas soluções de defesa”

  • BRANDS' ECO
  • 9 Janeiro 2024

Graça Canto Moniz, professora de direito e especialista em proteção de dados, é a sexta convidada do podcast Vale da Inquietação.

Graça Canto Moniz, professora de direito e especialista em proteção de dados, é a convidada do sexto episódio do podcast Vale da Inquietação, que teve como mote “A Inteligência Artificial e os nossos direitos”. Nesta conversa, moderada por Pedro Duarte, vice-presidente da CIP, foram abordadas as questões éticas, sociais, políticas e económicas que se colocam com o desenvolvimento e a aplicação da Inteligência Artificial.

Doutorada em Direito e com especialidade na proteção de dados, Graça Canto Moniz encara as inovações tecnológicas com entusiasmo, apesar de ressalvar a importância de saber perceber a diferença entre “aquilo que é a tendência do momento e aquilo que veio para ficar”. “Às vezes, essa separação nem sempre é muito fácil de fazer. Por exemplo, nos últimos cinco anos, nós passamos de uma grande excitação com a blockchain e as bitcoins, depois veio o Metaverso, e depois o ChatGPT, que apareceu aí de repente e é a última novidade, embora eu ache que, de facto, no caso da IA generativa, a mudança veio para ficar e não é só o tema do momento“, disse.

Por considerar que a IA generativa não é apenas uma tendência de momento, a professora de direito explicou que está a tentar perceber as suas funcionalidades e a usá-la ao máximo no seu dia-a-dia, até para as suas aulas: “Usei e estou a usar bastante, tentei aprender um bocadinho mais sobre isso, tanto para a minha vida académica, na parte da educação, e, por outro lado, para incentivar o seu uso às pessoas com quem trabalho. Tenho procurado sensibilizá-los muito para utilizarem o ChatGPT, para lhe fazerem perguntas e para refletirem como aquilo vai afetar aquilo que fazem no seu dia-a-dia”.

“Há uma ideia generalizada, tanto na academia, no direito e fora, de que a UE está a assumir uma liderança na regulação da economia digital, em geral. O RGPD é um exemplo disso, e agora temos aí um diploma para regular a Inteligência Artificial. E, olhando para a solução jurídica, eu acho que é interessante porque a UE está a regular o risco da regulação de determinadas tecnologias e isto pode ser feito de várias formas“, afirmou.

De acordo com Graça Canto Moniz, o RGPD e o diploma que está agora a ser pensado para a IA têm abordagens diferentes: “No RGPD há uma mensagem muito simples, que é a atribuição de uma autogestão dos riscos às organizações que tratam e utilizam dados pessoais. Isto é uma metodologia que tem vantagens e desvantagens. A esta solução do RGPD deve estar associada uma forte fiscalização por parte das autoridades nacionais. Já na regulação da IA, temos uma abordagem ligeiramente diferente e que vem um bocadinho mais de cima para baixo relativamente ao risco, isto porque, neste caso, a UE está a tornar proibidas, através da lei, determinadas utilizações tecnológicas. Portanto são duas abordagens que têm risco no seu centro, no seu core, mas que são muito diferentes“.

Apesar de não conseguir dizer qual das abordagens é a melhor, a professora de direito garante que o caminho de experimentalismo que tem vindo a ser feito pela UE é muito importante. “É verdade que a UE tem a ambição de influenciar a regulação fora do espaço europeu, e isso é chamado de efeito Bruxelas, mas depois há aqui outros fatores que é importante ter em conta. Um tem a ver com a matriz da UE estar muito apegada aos direitos fundamentais, até por questões históricas. E depois há um outro ponto muito interessante, que tem a ver com a construção do mercado interno da UE, isto porque a UE tem diferentes culturas jurídicas, o que faz com que haja países, como a Alemanha ou a Holanda, que decidem adotar diplomas internamente, trazendo o risco de a UE ter estados-membros com diplomas muito diferentes e criar dificuldades na atualização do direito. Por isso é que a União Europeia tem sempre esta preocupação de procurar garantir que as regras dentro da UE são todas iguais”.

Relativamente à forma como a proteção de dados é encarada, Graça Canto Moniz ainda destacou a incapacidade de se perceber o risco associado à transmissão de dados pessoais a um terceiro. “Quando falamos do digital, por ser uma realidade muito abstrata, é muito distante, intangível e impercetível, e isso tem implicações no nosso processo cognitivo e na tomada de decisões que nós temos no momento de darmos ou não os nossos dados, isto porque não vemos os riscos no momento de consentirmos. E depois há, ainda, algumas plataformas que estão desenhadas de maneira a que as pessoas deem o máximo de informação para o prestador e há, até, algumas armadilhas, os chamados ´padrões obscuros´, e isso também tem influência na quantidade de informação que nós damos online e na maneira como somos manipulados a dar a informação”, alertou.

No entanto, apesar do risco existente, a professora de direito garante que a Inteligência Artificial trará muitas vantagens, mesmo no campo da defesa e da própria cibersegurança: “Eu acho que há a ideia de que a IA pode beneficiar o atacante, pode abrir espaço para novos ataques, para a circulação de informação falsa e para estimular problemas humanos, mas, por outro lado, na perspetiva da defesa, sem dúvida que a IA vai contribuir para garantir novas soluções de defesa das empresas e dos seus ativos. Aliás, eu acho que a IA pode-nos ajudar muito na cibersegurança e em muitas outras áreas. Por isso, considero que olhar só para os problemas e para os riscos da IA não é positivo e, sobretudo, não é positivo enquanto sociedade e enquanto país, como Portugal, que quer evoluir e quer construir uma sociedade melhor”.

Os dilemas éticos, as oportunidades de transformação e as implicações sociais da revolução tecnológica, mais concretamente da Inteligência Artificial, serão os temas abordados ao longo da primeira temporada do podcast “Vale da Inquietação”, uma iniciativa da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e da Microsoft.

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ACT avança este mês com ação inspetiva para combater falsos recibos verdes

Fiscalização era para ter arrancado até ao final do ano passado, mas a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, anunciou que o processo irá decorrer durante este mês.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, anunciou esta terça-feira, no Parlamento, que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) vai avançar, durante este mês, com uma ação inspetiva para combater os falsos recibos verdes, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno. A fiscalização era para ter arrancado até ao final do ano passado, segundo uma entrevista que a governante deu ao Público e à Renascença em outubro, mas o processo atrasou-se e só agora vai começar.

“Ainda este mês a ACT está a preparar uma ação no sentido de notificação das entidades contratantes relativamente aos trabalhadores independentes economicamente dependentes para que sejam regularizadas as situações relativamente aos trabalhadores em que esta dependência seja evidente, em que 100% da atividade é prestada a uma única entidade”, afirmou Ana Mendes Godinho, durante uma audição parlamentar no âmbito da situação de falta de pagamento dos salários aos jornalistas do grupo Global Media (GMG), que detém o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF, Dinheiro Vivo e O Jogo. Por isso, a governante destacou que esta ação inspetiva irá, “naturalmente, abranger também os trabalhadores da comunicação social”.

A governante assinalou que “a Agenda do Trabalho Digno identifica o combate à precariedade nas suas várias dimensões como uma prioridade que tem assumido de forma transversal”. Nesse sentido, “a ACT tem desenvolvido várias ações específicas em várias áreas e também na comunicação social, que é uma área em que o combate à precariedade tem de ser assumido como uma missão e um compromisso de sociedade”, sublinhou.

Ana Mendes Godinho recordou que, “na sequência da Agenda para o Trabalho Digno, a ACT passou a ter a capacidade de cruzamento de dados com a Segurança Social para ter acesso às comunicações e às remunerações“. Já no ano passado, a ACT avançou com “uma ação massiva para identificação dos contratos a termo que já tinham terminado o prazo legalmente previsto e notificação das empresas para regularizar a situação”, acrescentou a governante.

Essa primeira ação de cruzamento de dados entre a ACT e a Segurança Social permitiu identificar 80 mil empresas com 350 mil trabalhadores cujos contratos ultrapassaram os prazos legais. Destes, a ministra Ana Mendes Godinho revelou que, em outubro do ano passado, 70 mil ainda não tinham sido regularizados. As coimas podem chegar aos 61.200 euros.

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Redução no tráfego de media proveniente de redes sociais preocupa 63% dos responsáveis

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

A maioria dos líderes de meios de comunicação indica que em 2024 irá criar mais vídeos (+64 pontos líquidos), mais newsletters (+52) e mais podcasts (+47), mas o mesmo número de artigos de notícias.

Quase dois terços dos líderes dos meios de comunicação a nível mundial estão preocupados com uma redução acentuada no tráfego proveniente de redes sociais, de acordo com um relatório do Reuters Institute.

O relatório sobre as perspetivas para 2024 revela, com base em dados do Chartbeat, que o tráfego dos sites de notícias oriundo do Facebook caiu 48% em 2023, com o tráfego do X (anteriormente conhecido como Twitter) a diminuir 27%, indicando que 62% dos responsáveis de meios de comunicação estão apreensivos com este cenário.

“Em resposta a estes desenvolvimentos, as prioridades dos editores de notícias estão a mudar“, refere o relatório.

Até 77% dos inquiridos afirma que se irá concentrar mais nos próprios canais diretos de comunicação em 2024, com 22% a recorrer à redução de custos e uma proporção semelhante (20%) a experimentar plataformas alternativas de terceiros.

Em termos de formatos de notícias, a maioria dos entrevistados indica que irá criar mais vídeos (+64 pontos líquidos), mais newsletters (+52) e mais podcasts (+47), mas o mesmo número de artigos de notícias.

Ao considerar plataformas de terceiros, os responsáveis dos meios de comunicação afirmam que se concentrarão muito menos no Facebook e no X e colocarão mais recursos no WhatsApp (+61 pontuação líquida) e no Instagram (+39), após a decisão da Meta de abrir canais de transmissão para editores.

“O interesse em redes de vídeo como TikTok (+55) e YouTube (+44) continua forte, enquanto o Google Discover está a tornar-se uma fonte de referência mais importante, mas volátil”, refere.

O relatório revela ainda que os publishers estão mais pessimistas sobre a partilha equitativa de benefícios de acordos com plataformas de Inteligência Artificial.

Por outro lado, apenas 47% da amostra de editores, CEOs e executivos digitais dizem estar confiantes sobre as perspetivas do jornalismo em 2024, com 12% a expressar baixa confiança.

“As preocupações prendem-se com o aumento dos custos, a diminuição das receitas publicitárias, o abrandamento do crescimento das subscrições e o aumento do assédio jurídico e físico”, pode ler-se.

Por outro lado, entre as razões para algum otimismo incluem-se “a esperança de que eleições disputadas nos EUA e noutros lugares possam aumentar o tráfego, apesar dos riscos de que esse aumento seja temporário e prejudique ainda mais a confiança”.

Segundo o relatório, os editores continuam a investir em modelos de assinatura, com a grande maioria dos entrevistados (80%) a considerar que este será um importante fluxo de receita, à frente da publicidade gráfica.

Os editores indicam ainda que irão apostar numa melhor explicação de histórias complexas (67%), abordagens mais orientadas para soluções ou construtivas para contar histórias (44%) e histórias humanas mais inspiradoras (43%).

O relatório prevê ainda que as ferramentas de Inteligência Artificial “que mudam a linguagem das notícias para melhorar a relevância e a compreensão para públicos específicos serão uma característica crescente do cenário noticioso em 2024”.

O relatório tem por base um inquérito, que decorreu entre o final de novembro e início de dezembro de 2023, com uma amostra de 314 participantes oriundos de 56 países.

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Após 27 anos de ligação, parceria entre Tiger Woods e Nike chega ao fim

A parceria do atleta que foi 15 vezes campeão de golfe com a Nike remonta a 1996, altura em que Tiger Woods tinha 20 anos e acabado de se tornar golfista profissional.

Mais de um quarto de século depois, o golfista norte-americano Tiger Woods e a Nike terminaram a ligação que os unia. Segundo o Financial Times, especula-se a avaliação do contrato da Nike com Woods, ao longo dos 27 anos que a parceria durou, seja de 500 mil milhões de dólares (cerca de 457,45 mil milhões de euros).

Após 27 anos de ligação, o melhor golfista da história partilhou no X (ex-Twitter) o fim da parceria, agradecendo a Philip H. Knigh, ex-CEO e co-fundador da marca desportiva cuja “paixão e visão” tornaram possível a parceria com a Nike e a Nike Golf, e a todos os trabalhadores e atletas da marca com quem se cruzou.

“As pessoas vão perguntar se há outro capítulo. Sim, irá certamente haver outro capítulo. Vemo-nos em Los Angeles”, escreveu ainda, referindo-se ao torneio de golfe Genesis Invitational, que começa no dia 15 de fevereiro.

“Ao longo de 27 anos, tivemos a honra de realizarmos uma parceria com o Tiger Woods, um dos melhores atletas que o mundo já viu”, referiu por sua vez a Nike na segunda-feira, citada pelo Financial Times, acrescentando que o viram “estabelecer recordes, desafiar o pensamento convencional e inspirar gerações de pessoas em todo o mundo. Estamos gratos por termos feito parte disso. Desejamos-lhe o melhor no futuro”.

A parceria do atleta que foi 15 vezes campeão de golfe com a Nike remonta a 1996, altura em que Tiger Woods tinha 20 anos e acabado de se tornar golfista profissional. Em 1997 sagrou-se o jogador de golfe mais jovem de sempre a vencer um Masters Tournament, um dos principais torneios profissionais de golfe.

Em agosto passado, Tiger Woods anunciou a sua entrada para o conselho de administração da PGA Tour, principal associação de golfistas profissionais, pela primeira vez liderada por jogadores.

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“A situação não pode estar assim tão má. Só eu recebi quatro propostas” para compra da Global Media, diz Marco Galinha

Marco Galinha garante que não voltou a entrar na GM desde que vendeu a sua participação, diz que não conhece ninguém do WOF e mostra-se disposto a voltar ao grupo.

A situação financeira do Global Media Group (GMG) “não pode ser assim tão má”, pois “havia grandes propostas de compra e só eu já recebi quatro propostas”, afirmou na manhã desta terça-feira Marco Galinha, na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no Parlamento, afirmando acreditar numa “solução positiva” para a empresa.

O ex-CEO do grupo, que tem como sócio na empresa Páginas Civilizadas o fundo World Opportunity (WOF), que controla o grupo, diz-se disposto a “voltar e entrar com uma equipa“, se a ERC inibir os direitos patrimoniais do fundo, e que está a ser “acionado um mecanismo” para proteger o grupo do “incumprimento”. Por incumprimento, leia-se, “não transferir o dinheiro”, concretiza.

Os restantes acionistas já terão apresentado “um plano urgente” para resolver a situação, mas ainda não obtiveram resposta, afirmou o empresário, sem entrar em detalhes. “Precisamos de resposta”, diz.

Ouvido durante cerca de duas horas, Marco Galinha repetiu que não conhece ninguém do fundo, não sabe quem é beneficiário último e ficou surpreendido quando a administração executiva foi entregue a José Paulo Fafe, atual CEO. O representante nas negociações foi José Leitão, da MdME, em Macau, revelou. “Foram trocados 600, 700 ou 800 emails” durante o processo que levou à compra, diz.

O fundo estaria comprometido com a reestruturação e investimentos, “mas não em pagar salários“, admitiu já no final na audição, adiantando também que o processo para a venda da participação da Lusa ao Estado estava fechado. “Estava tudo combinado e fechado e de repente caiu. Estou a habituado a acordos empresariais, não políticos”, lamentou, afirmando-se, por diversas vezes, alvo de perseguição. “O importante era mandar o empresário abaixo”, transmitiu em diversas intervenções.

Começando por ler uma declaração, Marco Galinha repetiu também que investiu “cerca de 16 milhões de euros”. “Permitam-me que sublinhe alguns resultados: 16 milhões de investimento, redução da dívida e um EBITDA de dois milhões de euros positivo no início de 2023“, resumiu.

No final do primeiro semestre de 2023, “a empresa estava com boas perspetivas de futuro“, garantiu o empresário, que também repetiu por diversas vezes que não voltou a entrar na empresa desde que cedeu o controlo ao World Opportunity Fund.

“A gestão executiva da empresa passou a ser executada por uma maioria indicada pelo novo investidor” e é “com perplexidade e profunda preocupação que, nas últimas semanas, tenho assistido à falta de paz social na empresa e à desvalorização pública do jornalismo”, referiu.

Marco Galinha aproveitou grande parte das intervenções para criticar a falta de apoio e investimento ao jornalismo e em particular à venda de jornais. “Na Vasp já não levamos os jornais a todos os pontos do país“, disse, referindo não existir capacidade para o fazer e criticando também o facto de alguns quiosques estarem a deixar de vender jornais.

O espólio do grupo foi outro dos temas diversas vezes abordado. “O espólio estava numa garagem nas Torres [de Lisboa]. Estava a levar com fumo dos automóveis e nunca vi ninguém preocupado. O Grupo BEL providenciou um armazém seguro para guardar o espólio, mas foi tudo noticiado ao contrário pela comunicação social“, acusou, repetindo o convite aos deputados para visitarem o espólio.

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Bruxelas aprova criação de fabricante de carros elétricos pela Volvo e Renault

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

A Comissão Europeia aprovou a criação de uma empresa comum pelas fabricantes de veículos sueca Volvo e francesa Renault para o desenvolvimento de viaturas utilitárias elétricas.

A Comissão Europeia aprovou esta terça-feira a criação de uma empresa comum pelas fabricantes de veículos sueca Volvo e francesa Renault para o desenvolvimento de viaturas utilitárias elétricas.

Em comunicado, o executivo comunitário refere ter concluído que “a concentração proposta não suscitava preocupações em matéria de concorrência, dada a limitada posição de mercado resultante da transação proposta”.

A operação notificada foi examinada por Bruxelas no âmbito do procedimento simplificado de controlo das concentrações.

A nova empresa criada pela sueca Volvo Business Services International AB e a francesa Renault SAS vai também prestar serviços de logística.

Em 04 de janeiro, o Banco Europeu de Investimento aprovou um financiamento de 420 milhões de euros à Volvo para o desenvolvimento de uma nova plataforma para veículos totalmente elétricos.

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Centeno diz que BCE “não tem de esperar até maio” para tomar decisões

  • ECO
  • 9 Janeiro 2024

Governador do Banco de Portugal acredita que uma descida das taxas de juro acontecerá "mais cedo" do que se pensava até há pouco tempo.

O governador do Banco de Portugal considera que o Banco Central Europeu (BCE) “não tem de esperar até maio para tomar decisões” em relação às taxas de juro e acredita que um alívio na política monetária ocorrerá “mais cedo” do que se pensava até há pouco tempo.

Em entrevista ao site Econostream(acesso livre, conteúdo em inglês), publicada esta terça-feira, Mário Centeno disse que não consegue responder à “grande questão” de quando é que o BCE vai baixar os juros, porque as decisões são tomadas reunião a reunião e com base na informação disponível. Ainda assim, frisou que “os desenvolvimentos mais recentes sobre a inflação e economia claramente trouxeram o momento de alívio [dos juros] para mais perto”.

Centeno explicou que o BCE se encontra à espera, “no próximo trimestre”, da confirmação de que a inflação está no caminho da convergência para 2% no médio prazo e, embora diga que seja apropriado manter as taxas neste momento, o banco central irá “decidir quando cortar as taxas mais cedo do que pensava até recentemente”.

Questionado sobre se terá de esperar pelos dados sobre a evolução dos salários, que serão divulgados em maio, o governador do Banco de Portugal e membro do conselho de governadores do BCE referiu que não será preciso esperar tanto tempo para se tomar decisões.

E argumentou: “Não vejo sinais de que os efeitos de segunda ordem nos salários se tenham materializado ou irão materializar ou de que os salários estejam a colocar pressão adicional sobre os preços”.

“Os salários reais na Zona Euro continuam abaixo do período anterior à escalada da inflação. Ao contrário dos EUA, onde já recuperaram, isso não aconteceu na Zona Euro. É natural que os salários recuperem, na verdade, até é desejável que os salários recuperem brevemente. A subida dos salários reais é um processo natural. Devemos ter em ente que nesta recuperação o que é verdadeiramente importante são os ganhos de produtividade”, acrescentou.

Para Centeno, a variável a ter em atenção para a inflação “não são os salários, mas antes os custos unitários do trabalho”.

Depois de deixar as taxas de juro inalteradas na reunião de dezembro, o conselho de governadores do BCE volta a reunir-se no próximo dia 25 de janeiro. A taxa de inflação na Zona Euro subiu para 2,9% em dezembro, abaixo do que era esperado pelos analistas.

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Custo da primeira fase do TGV sobe para 3.550 milhões. Fundos europeus cobrem 20%

Custo da primeira fase da linha de Alta Velocidade, entre Porto e Soure, aumentou 20% face ao avançado em setembro de 2022. Contrato de concessão por 30 anos não inclui exploração comercial.

O custo estimado da primeira fase da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa é de 3.550 milhões de euros, apurou o ECO junto de fonte do Governo. Um montante 20% mais alto do que os 2.950 milhões apontados na apresentação pública do projeto em setembro de 2022.

Os cálculos do Executivo apontam agora para um custo de 1.950 milhões para o troço entre o Porto e Oiã (Aveiro), cujo concurso público o Governo pretende lançar nas próximas semanas. Em setembro, o orçamento era de 1.650 milhões. Uma mudança para a qual concorre a elevada inflação que se fez sentir nos materiais de construção.

O custo do segundo troço da primeira fase, entre Oiã e Soure, subiu de 1.300 para 1.600 milhões de euros. O orçamento total sobe assim para 3.550 milhões. Um quinto deste valor poderá ser pago com fundos europeus do Mecanismo Interligar a Europa (MIE), caso o Executivo avance com a candidatura até ao final do mês, como é esperado. Dos 729 milhões de euros a que Portugal concorre, 480 milhões destinam-se ao primeiro troço e 249 milhões ao segundo.

O projeto será ainda financiado através de empréstimos junto do sistema financeiro por parte do vencedor da concessão, de um financiamento de 625 milhões já negociado com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e pagamentos antecipados pelo Estado, segundo fonte do Governo.

No seu espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes este domingo acusou o Governo acusou de falta de transparência em relação ao projeto de Alta Velocidade. O antigo líder do PSD questionou sobre se o projeto envolveria uma PPP, se esta incluía apenas a construção ou também a exploração da linha, se esta seria do Estado ou dos privados e qual o investimento.

A apresentação do projeto em 2022 já referia o modelo de concessão para a conceção, construção, manutenção e financiamento da linha. As três Parcerias Público-Privadas (PPP) terão um período de concessão de 30 anos, cinco para a construção e 25 para a gestão da linha, como avançou o ECO. Poderá avançar uma quarta PPP, para a última fase, mas o modelo ainda não está definido. Findo o contrato de concessão, a linha reverte para o Estado.

A concessionária ficará responsável por garantir a operacionalidade da linha, sendo remunerada em função da disponibilidade do serviço. A exploração será aberta a todos os operadores, ficando a gestão da circulação e alocação da capacidade na esfera do Estado, através da Infraestruturas de Portugal.

Segundo fonte do Governo, a separação em várias PPP “permite a criação de contratos de dimensão razoável e ajustada para a atual capacidade do mercado, garantindo, desde logo, a capacidade e a atratividade do setor privado, assegurando, igualmente, a existência de forte competitividade, aspeto considerado de fulcral importância na criação de valor para o Estado português”.

Esta abordagem permite também “uma gestão do esforço financeiro do Estado e uma maximização dos benefícios para os utilizadores do sistema, de modo a antecipar, tanto quanto possível, os benefícios do projeto da Linha de Alta Velocidade, iniciando a utilização dos troços à medida que forem concluídos”. A conclusão da primeira fase irá encurtar a viagem entre Lisboa e Porto de 2h49 para 1h59.

Fora das PPP ficam projetos complementares e a sinalização e telecomunicações, que serão atribuídos em empreitadas.

Concurso público internacional avança nas próximas semanas

Para garantir a luz verde da Comissão Europeia aos 729 milhões em fundos, o Governo entende que tem de lançar previamente o concurso público internacional, o que deverá acontecer nas próximas semanas. Segundo o Público, o Executivo aponta como data limite o dia 18 de janeiro.

O lançamento do concurso carece de uma resolução prévia do Conselho de Ministros a aprovar a despesa. Será a segunda vez que Portugal se candidata a estes fundos europeus para o TGV. Da primeira, o projeto acabou por não ter luz verde da Comissão Europeu por estar numa fase atrasada em termos de maturidade.

O Governo, em gestão desde 8 de dezembro, tem procurado o apoio do PSD para o lançamento do concurso público. A Lusa noticiou esta terça-feira que os sociais-democratas vão votar a favor da resolução do PS para arrancar com o concurso da linha de alta velocidade Porto-Lisboa porque “nunca será um entrave”.

O partido demarca-se, no entanto, do projeto do Governo. A posição do PSD “prende-se apenas com a necessidade de reforçar o eixo ferroviário Lisboa-Porto, numa solução técnica, jurídica e de financiamento da exclusiva responsabilidade do Partido Socialista”, lê-se numa posição escrita do vice-presidente do PSD, Miguel Pinto Luz.

“Entre os anúncios do Governo e a realização concreta passaram anos e sabe-se muito pouco sobre o modelo de financiamento e nada sobre as peças do concurso a lançar, os seus termos técnicos e jurídicos. A posição que hoje o PSD assume não pressupõe a adesão nem às peças do concurso nem às soluções técnicas ou de financiamento desta Parceria Publico-Privada”, ressalva Pinto Luz.

Está agendado para esta terça-feira um debate parlamentar pedido pelo PS sobre “Novas ligações ferroviárias”, onde estará em discussão uma resolução que recomenda “o desenvolvimento das diligências conducentes ao início do concurso da Linha de Alta-Velocidade Porto-Lisboa”. Os restantes partidos da esquerda também apresentaram resoluções.

O projeto da linha de TGV que promete revolucionar a mobilidade nacional, lançado quando Pedro Nuno Santos ainda era ministro das Infraestruturas, prevê três fases. A primeira inclui dois troços, Porto – Aveiro (Oiã) e Aveiro – Soure, a segunda liga Soure ao Carregado e a última o Carregado a Lisboa. O calendário atual aponta para que o troço Porto – Aveiro entre em funcionamento em 2030. O projeto inclui também a modernização ou construção de estações ferroviárias em Campanhã, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Coimbra, Leiria e Oriente.

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Custo com construção de habitação nova sobe 2,5% em novembro

  • Ana Petronilho e Lusa
  • 9 Janeiro 2024

Aumento de 8,7% do custo com a mão de obra impulsiona a subida da despesa com a construção de novas casas. Preço dos materiais desce 1,8% em novembro, aponta o INE.

Os custos de construção de habitação nova subiram 2,5% em novembro de 2023, apontam os dados provisórios do INE, sublinhando que este aumento foi impulsionado pelo custo da mão-de-obra de 8,7%.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo INE, “estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 2,5% em termos homólogos, mais um ponto percentual que o observado no mês anterior”.

Por sua vez, o preço dos materiais “apresentaram uma variação de -1,8% (-2,3% no mês anterior) e o custo da mão-de-obra aumentou 8,7%, mais 1,8 pontos percentuais que em outubro”.

Desta forma, o custo com a mão-de-obra contribuiu com 3,6 pontos percentuais (2,8 pontos no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do índice, enquanto os materiais tiveram uma contribuição negativa de 1,1 pontos percentuais (-1,3 pontos em outubro).

Segundo o INE, entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, “todos com descidas de cerca de 15%”.

Em sentido inverso destacam-se as subidas homólogas de cerca de 10% no cimento, o betão pronto, as tintas, primários, subcapas e vernizes.

Em cadeia, a taxa de variação do índice foi de 1,2% em novembro, mais 1,7 pontos percentuais face a outubro, tendo o custo dos materiais descido 0,1% e o da mão-de-obra subido 2,9%.

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Guimarães ganha novo polo de investigação em engenharia com “escala europeia”

Com um financiamento de 12 milhões de euros, o novo TERM Research Hub/Instituto Cidade de Guimarães é o maior projeto aprovado no Roteiro Estratégico de Infraestruturas Científicas Nacionais.

O TERM Research Hub/Instituto Cidade de Guimarães, apresentado como um dos “maiores polos europeus de investigação em engenharia de tecidos humanos e medicina regenerativa”, vai ser inaugurado esta quarta-feira no Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos (I3Bs) da Universidade do Minho, situado no Avepark, no concelho de Guimarães.

TERM Research Hub/Instituto Cidade de GuimarãesUniversidade do Minho

“Trata-se do maior projeto aprovado no Roteiro Estratégico de Infraestruturas Científicas Nacionais, com 10,8 milhões de euros financiados pela CCDR-N e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), tendo ainda o apoio de 1,25 milhões do município de Guimarães”, detalha a Universidade do Minho, em comunicado.

A academia minhota realça que este projeto é “um marco da investigação portuguesa e europeia na área, traduzindo-se em métodos inovadores aplicados na prevenção e no tratamento de doenças músculo-esqueléticas, neurodegenerativas e cardiovasculares, com uma abordagem para cada paciente”.

“Esta infraestrutura pretende ainda oferecer condições únicas para atrair talento científico internacional, estimulando a competitividade do setor e melhorando a economia e a sociedade a vários níveis”, acrescenta na mesma nota a instituição de ensino superior.

A inauguração vai contar com a presença do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, do secretário de estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, e do secretário de estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes.

Presentes na mesma sessão estarão também a presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Madalena Alves, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, o presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, e o presidente do I3Bs, Rui L. Reis.

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Greenvolt vence em leilão de armazenamento de mais de 1 GW na Polónia

Tendo em conta o resultado do leilão, a Greenvolt assegurou receitas futuras de aproximadamente 1,8 mil milhões de euros.

A portuguesa Greenvolt saiu vencedora de um leilão de capacidade de armazenamento de energias renováveis realizado pela Polónia em dezembro, ganhando 70% do total de capacidade em leilão.

Os resultados, divulgados pelo regulador polaco de energia no dia 5 de janeiro, indicam a Greenvolt como ganhadora de 1,2 gigawatts (GW) de capacidade, atribuídos pela Polskie Sieci Elektroenergetyczne S.A., a responsável pela gestão da rede elétrica da Polónia.

Esta capacidade abrange seis projetos, detidos integralmente pela Greenvolt, e que consistem em sistemas de armazenamento através de baterias (Battery Energy Storage System – BESS). Estes representam uma capacidade total de armazenamento de sensivelmente 1,4 GW, tendo 1,2 GW garantido um contrato de compra de longo prazo.

O resultado do leilão, somado aos projetos de armazenamento detidos em outros países, coloca a Greenvolt Power como um player de referência no BESS na Europa e um dos maiores promotores à escala global, detendo o maior portefólio de BESS com um contrato garantido.

João Manso Neto

CEO da Greenvolt

Tendo em conta o resultado do leilão, a Greenvolt assegurou receitas futuras de aproximadamente 1,8 mil milhões de euros para os 1,4 GW de portefólio, refere ainda a empresa. As receitas serão agora asseguradas através de um contrato de capacidade de 17 anos, ao abrigo do qual a Greenvolt irá Injetar energia que tem armazenada nas suas baterias na rede elétrica polaca em períodos em que a potência mínima não esteja garantida. Essa energia será vendida a um valor de 244,90 zlotys por kilowatt, o equivalente a 57 euros por kilowatt.

Os projetos terão flexibilidade para fornecer serviços adicionais à rede e participar de oportunidades de arbitragem de mercado, aumentando a rentabilidade e o valor do investimento em Sistemas de Armazenamento de Energia (BESS), acrescenta a empresa.

“A Polónia é um mercado de extrema importância para a Greenvolt. Este resultado vem reforçar essa posição na estratégia de crescimento do Grupo, dando-nos a oportunidade de desenvolver seis sistemas BESS”, diz João Manso Neto. “O resultado do leilão, somado aos projetos de armazenamento detidos em outros países, coloca a Greenvolt Power como um player de referência no BESS na Europa e um dos maiores promotores à escala global, detendo o maior portefólio de BESS com um contrato garantido”, acrescentou o CEO do Grupo Greenvolt.

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Com 34 anos, Gabriel Attal é o novo primeiro-ministro de França

O jovem ministro da Educação era considerado o favorito para assumir a chefia do Executivo francês.

Gabriel Attal, 34 anos, foi nomeado pelo Presidente Emmanuel Macron para o cargo de primeiro-ministro de França, depois de Élisabeth Borne ter pedido a demissão do cargo na segunda-feira, após um ano e meio de mandato.

Attal, até agora ministro de Educação, era o favorito à sucessão e torna-se no mais novo primeiro-ministro da história da República Francesa. De acordo com o jornal Le Monde, a passagem da pasta deverá ocorrer nas próximas horas.

O Presidente da República nomeou Gabriel Attal como primeiro-ministro e encarregou-o de formar um Governo“, lê-se no comunicado do Palácio do Eliseu, desta terça-feira.

Gabriel AttalEPA/OLIVIER HOSLET

A saída de Borne deverá ser a primeira de uma série de mudanças que Macron pretende fazer no Governo. A imprensa francesa já antecipava uma nova remodelação governamental, na sequência dos protestos contra medidas impopulares, como é o caso da reforma das pensões e a recente lei da imigração.

De acordo com as últimas sondagens agregadas, citadas pelo Politico, Macron conta com taxa de aprovação de apenas 30%. Por seu turno, a sua coligação formada por três partidos — o Renascimento, de Macron e Borne, o Horizontes, e o Movimento Democrata — está cerca de dez pontos atrás do Rally Nacional, partido de Marie Le Pen de extrema-direita, nas sondagens para as eleições europeias.

Na rede social X (antigo Twitter), Macron diz estar confiante na “energia” e “empenho” de Attal “para implementar o projeto de rearmamento” do país anunciados pelo Presidente.

Attal, considerado uma estrela em ascensão, subiu a escada política depois de deixar o Partido Socialista em 2016 para apoiar a candidatura presidencial de Macron. Foi eleito deputado em 2017 e entrou para o Executivo um ano depois como secretário de Estado da Juventude, tornando-se o mais jovem membro do gabinete desde o início da Quinta República Francesa. Posteriormente, foi porta-voz do Governo, ministro do Orçamento, e desde julho que assumia a pasta da Educação. Attal é o quarto chefe de Governo a assumir funções durante a presidência de Macron.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h14)

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