Um teto como benefício extra salário<span class='tag--premium'>premium</span>

Com a habitação em crise, o alojamento é um benefício valorizado pelos trabalhadores. Desde janeiro que há um bónus fiscal para empresas que o garantam.

Este artigo integra a terceira edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.É entre as oliveiras de Grândola que estão aninhadas as habitações que compõem o Monte Azul. Numa altura em que o alojamento se tornou mais escasso e dispendioso, a Tecnoplano, empresa de consultoria e gestão na área da engenharia, decidiu comprá-las para servirem de morada aos seus trabalhadoresque participem em projetos na região. Com o mercado da habitação em crise, vários empregadores têm optado por assegurar alojamento, até como benefício extra salarial. Os empresários avisam, contudo, que não está nas suas mãos resolver os problemas que se vivem neste setor. São precisas políticas públicasadequadas, defendem. Voltemos ao Alentejo. Com o “aumento significativo” da sua atividade em Grândola e Sines, a

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42% dos portugueses dispostos a sacrificar seguros de saúde e de vida para poderem pagar contas, revela estudo

  • ECO
  • 7 Abril 2024

Estudo da Intrum mostra que no caso de terem de escolher as contas que serão pagas, 55% dos inquiridos cortariam a da Internet e 42% as dos seguros de saúde ou de vida.

A Intrum, empresa de serviços de gestão de crédito, revela no seu mais recente estudo, ‘Pulse Report: ECPR 2024’ que 42% dos inquiridos portugueses estão dispostos a sacrificar o seu seguro de saúde ou de vida, deixando de o pagar, de forma a manter-se dentro do seu orçamento.

O estudo, publicado por ocasião do Dia Mundial da Saúde, foi realizado entre 2 e 25 de janeiro de 2024 em 20 países europeus num universo de 20.000 consumidores, ou 1.000 por país.

A maioria dos consumidores espera conseguir passar por 2024 sem deixar de pagar as suas contas, segundo o estudo. No entanto, uma minoria reduzida, mas significativa, está preocupada que algumas das suas contas tenham que ficar por pagar: 6% dos portugueses esperam ter que saltar um ou mais pagamentos este ano.

Já na Dinamarca e Suíça, quase um quinto dos consumidores (18%) encontram-se nesta posição, demonstrando que países ricos também enfrentam dificuldades com o aumento do custo de vida. A média europeia situa-se nos 11%.

“Perante a situação de o dinheiro não chegar para pagar todas as contas, e existindo a necessidade de escolher aquelas que serão pagas, a conta pessoal de Internet ou Banda Larga (55%) e os Seguros de Saúde ou de Vida (42%) são consideradas despesas com potencial a serem cortadas”, conclui o estudo.

O inquérito da Intrum analisou ainda a forma como os consumidores priorizam certos compromissos em relação a outros. “Os pagamentos de ginásios tendem a ser os primeiros a sofrer cortes, com 80% dos consumidores portugueses a afirmarem que deixariam de fazê-lo para aliviar a pressão financeira“, explica, adiantando que os serviços de subscrição também parecem vulneráveis, com 79% dos inquiridos a considerá-los gastos que potencialmente escolheriam sacrificar.

Um número significativo de consumidores também admite poder deixar de pagar algumas contas, onde as consequências poderiam ser mais graves. Quase metade dos inquiridos portugueses (49%) afirmam que o pagamento de prestações de um artigo de alto valor, como um carro ou eletrodomésticos, estaria entre as principais contas que deixariam de pagar se necessário.

O estudo revelou ainda que 37% dos inquiridos considera que, nos últimos 12 meses, a sua saúde mental foi afetada devido a preocupações com finanças pessoais e respetiva capacidade de pagar as contas, valor em linha com a média europeia de 38%.

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Cuide da sua saúde para cuidar do seu negócio

  • SegurosPME
  • 7 Abril 2024

Para os líderes de PMEs, integrar a atividade física na rotina diária não só promove a saúde pessoal, mas também melhora a energia e a clareza mental, essenciais para uma gestão eficaz dos negócios.

​No artigo de opinião publicado na edição nº 8 da newsletter da APS “Seguros e Cidadania”, o Prof. Doutor Manuel Oliveira Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, destaca os benefícios significativos do exercício físico para a saúde cardiovascular.

O organismo humano foi desenhado para o desempenho de uma vida ativa e variada. A vida moderna tem-nos forçado a ter um estilo de vida sedentário, em que passamos tempo excessivo na posição sentada e nos deslocamos com recurso a meios de transporte.

Um estudo recente efetuado pela Fundação Portuguesa de Cardiologia mostra que dois terços dos Portugueses são sedentários e cerca de metade destes considera que o exercício físico não é interessante ou importante para a sua saúde. A caminhada é a atividade física preferida pelos Portugueses.

Os benefícios para a saúde e bem-estar resultantes da atividade física são tão importantes, que ninguém deve permitir-se não ter uma vida ativa. Se presentemente é sedentário, lembre-se que nunca é tarde demais para iniciar um programa de atividade física.

Os exercícios aeróbios são muito importantes para a prevenção e até melhoria de todas as doenças crónicas, em particular das metabólicas, como a obesidade e a diabetes, e as cardiovasculares. Este tipo de exercícios mobiliza as grandes massas musculares, em movimentos repetidos e contínuos, como a marcha, o ciclismo, a corrida, a natação, o remo e a dança, etc., levando por adaptação do treino, o coração a bater de forma mais eficiente. Ao mesmo tempo, ocorrem várias alterações favoráveis no músculo esquelético e na massa gorda, com enormes benefícios metabólicos.

Os exercícios aeróbios devem ser praticados na maioria dos dias, durante pelo menos 20 a 30 minutos, que podem ser divididos ao longo do dia, em períodos de 10 a 15 minutos.

Os estudos têm mostrado que a maior parte dos benefícios cardiovasculares e metabólicos são obtidos com níveis de esforço de intensidade moderada. A este propósito convém esclarecer que existem diferenças entre o estado de saúde e a aptidão física (estar em forma). A saúde cardiovascular pode obter-se praticando 20 a 30 minutos de marcha diária, enquanto a boa forma física exige uma prática de exercícios mais intensa e alargada, que implicam uma progressiva adaptação do nível de complexidade, intensidade e duração do treino.

O simples andar a pé é extremamente benéfico mesmo nas pessoas mais velhas. No famoso Honolulu Heart Program foram estudados 707 homens com idade média de 69 anos, que participaram num programa de marcha diária, durante um período de 12 anos. Os homens que andaram, em média, mais de 3,2 km diários tiveram uma redução significativa da mortalidade relativamente ao grupo que andou menos de 1,6 km diários. (23,8% versus 40,5%).

Com base no conhecimento atual, estima-se que, por cada hora de exercício físico praticado, seja possível aumentar a esperança de vida em cerca de duas horas.

Mecanismos que explicam os benefícios do exercício:

  • Alterações do perfil lipídico com redução dos triglicéridos e aumento das lipoproteínas de alta densidade (HDL);
  • Melhoria dos fatores hemostáticos associados à trombose;
  • Diminuição dos marcadores de inflamação (PCR e interleucina-6). É cada vez mais aceite que a inflamação desempenha um papel fundamental nos processos de aterosclerose e de envelhecimento;
  • Redução da pressão arterial;
  • Prevenção e redução da obesidade;
  • Melhoria do controlo glicémico e da sensibilidade à insulina, assim como redução da progressão para diabetes.

Avaliação médica antes de um programa de exercício

O objetivo da avaliação médica, antes do início de um programa de exercício mais intenso, procura excluir a presença de doença coronária ou outras patologias que ponham em risco a vida do desportista.

Existe consenso que não é necessário realizar a prova de esforço nas pessoas assintomáticas com baixo risco de doença coronária. Contudo, justifica-se em alguns subgrupos de indivíduos assintomáticos com múltiplos fatores de risco, como a hipercolesterolemia, a hipertensão arterial, a diabetes, o tabagismo ou com história familiar prematura de enfarte do miocárdio ou morte súbita.

Considerações finais

Convém optar por uma atividade que nos dê prazer de modo a assegurar a sua continuidade, durante o maior período de tempo possível. Deve-se evitar o espírito de competição, para não arriscar complicações causadas por esforços excessivos. É a atividade física e não o desporto, que está na base do envelhecimento saudável. Não devemos esquecer que o sedentarismo é um inimigo mortal e que a atividade física é uma das chaves indispensáveis para um envelhecimento saudável com qualidade de vida.

* Artigo de opinião por Manuel Oliveira Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, publicado na newsletter da APS “Seguros e Cidadania“, nº 8.

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Exército israelita reduz as tropas no sul de Gaza e deixa só uma brigada

  • ECO
  • 7 Abril 2024

A retirada ocorre no momento em que o Egito se prepara para acolher uma nova ronda de negociações com vista a alcançar um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns.

O exército israelita retirou todas as tropas terrestres do sul da Faixa de Gaza, com exceção de uma brigada, informou um porta-voz militar no domingo, citado pela Reuters.

Uma brigada israelita é normalmente composta por alguns milhares de soldados.

Os militares não forneceram de imediato mais pormenores, explicou a agência, adiantando que não ficou claro se a retirada iria atrasar uma incursão há muito ameaçada na cidade de Rafah, no sul de Gaza, que os líderes israelitas afirmaram ser necessária para eliminar o Hamas.

A retirada ocorre no momento em que o Egito se prepara para acolher uma nova ronda de negociações com vista a alcançar um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns.

A ofensiva israelita em Gaza, lançada após o ataque do Hamas a Israel há seis meses, em 7 de outubro, tem-se concentrado nos últimos meses no sul do enclave palestiniano.

Rafah tornou-se o último refúgio para mais de um milhão de palestinianos que se abrigam no território perto da fronteira com o Egipto.

Mais de 250 reféns foram capturados e cerca de 1.200 pessoas foram mortas durante o ataque de 7 de outubro, de acordo com os registos israelitas. Mais de 33.100 palestinianos foram mortos na ofensiva israelita, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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Raio-X à Política Agrícola Comum em Portugal. Quem recebe mais apoios? E quanto?

Quase 205 mil entidades nacionais beneficiaram dos fundos comunitários da PAC em 2022. A gestora do sistema de águas e resíduos da Madeira recebeu o maior apoio, de mais de 8 milhões.

Os últimos meses têm sido marcados por grandes protestos de agricultores em vários países da União Europeia (UE), que se queixam, entre outras razões, de uma enorme perda de rendimentos e do fardo da burocracia da Política Agrícola Comum (PAC). Em Portugal, um pacote de apoio de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), não travou as manifestações.

Agregando mais de um terço do orçamento da UE, a PAC é um dos instrumentos em vigor mais antigos do bloco comunitário, sendo composta por um conjunto de regras e financiamentos que visam ajudar os agricultores a fornecer alimentos de qualidade e a preços comportáveis aos cidadãos europeus através de um único grande mercado, dentro do qual os produtos agrícolas circulam livremente.

O financiamento das diversas medidas abrangidas pela Política Agrícola Comum é assegurado pelo Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA), nas medidas do seu primeiro pilar (apoio direto e medidas de mercado), e pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), no que toca ao segundo pilar (desenvolvimento rural), apoiando sobretudo as regiões mais desfavorecidas da UE a modernizar as suas explorações.

Só em 2022, o último ano para o qual há dados disponíveis no portal do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), 204.992 entidades nacionais receberam cerca de 1,587 mil milhões de euros em apoios da PAC, correspondendo a um crescimento de 1,2% no número de beneficiários e a mais 17,6% de fundos recebidos face a 2021. Dá uma média de 7.743,59 euros concedida a cada entidade.

Os dez maiores beneficiários

Com verbas acima dos 8,5 milhões de euros, a A.R.M. – Águas e Resíduos da Madeira, S.A. foi a entidade que recebeu o maior cheque de fundos comunitários provenientes da PAC em 2022, tendo destinado grande parte do apoio a investimentos em ativos físicos.

No ano antes, a empresa responsável pela exploração e a gestão do sistema multimunicipal de águas e de resíduos da região autónoma da Madeira tinha recebido apenas 296.007,50 euros, o que equivale a um aumento homólogo de quase 2.800%.

Entre os 10 maiores beneficiários do FEAGA e do FEADER em 2022, encontram-se cinco entidades públicas – a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, o European Investment Fund, o IFAP, a Estrutura de Missão para o Programa Desenvolvimento Rural do Continente e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte –, um município (Monção, no distrito de Viana do Castelo) e quatro empresas – a A.R.M., a GESBA, a Insular e a Finançor.

Comparativamente a 2021, apenas três dessas entidades tiveram uma redução dos apoios recebidos, designadamente a Insular (-2,32%), a Finançor (-6,93%) e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (-14,09%). Das restantes, a madeirense GESBA, que em 2022 teve direito a 2,8 milhões de euros, registou o maior aumento das verbas, de mais de 50.000% (no ano anterior, havia recebido apenas 5.610,26 euros).

Distritos com maiores e menores fatias de apoio

Beja e Évora, dois dos distritos mais afetados pela seca em Portugal, foram as regiões que receberam mais apoios provenientes da Política Agrícola Comum em 2022 – cerca de 176,9 milhões de euros e 144,1 milhões de euros, respetivamente, que correspondem a aumentos de 18,43% e de 22,92% face ao ano anterior, na mesma ordem.

Com apoios no total de 137,4 milhões de euros, o distrito de Lisboa teve o terceiro montante mais elevado de verbas do FEAGA e do FEADER, 25,59% acima do que recebeu em 2021. Contrariamente às duas primeiras regiões, a maior fatia dos apoios na capital, no valor de quase sete milhões de euros, destinou-se a um serviço da administração direta do Estado: a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

No fundo da tabela surgem três distritos da zona centro do país. No ano de 2022, 4.746 entidades de Leiria receberam, no seu conjunto, cerca de 26,4 milhões de euros, seguindo-se Aveiro (7.958 entidades receberam, ao todo, 31 milhões de euros) e Coimbra (31,5 milhões de euros distribuídos por 7.513 entidades).

Olhando para os dados relativos a 2021, apenas Lisboa não repete o lugar no ‘top 3’ de distritos que receberam mais apoios. Nesse ano, o arquipélago dos Açores teve o segundo maior montante de verbas da PAC, no valor de cerca de 121,8 milhões de euros.

Bragança (24.474), Vila Real (21.188) e Viseu (16.715) lideraram no que toca ao número de entidades apoiadas em 2022, enquanto Setúbal (4.204), Leiria e Portalegre (5.020) foram os distritos com menos empresas apoiadas.

É ainda de assinalar que houve três regiões com uma quebra de apoios face a 2021, designadamente Setúbal (-7,58%), Açores (-5,79%) e Santarém (-2,64%). Nos restantes distritos verificou-se um aumento das verbas, tendo sido os maiores em Viana do Castelo (+52,27%), na Madeira (+47,46%) e em Bragança (+44,26%).

Aos municípios e às freguesias foram concedidos 12,29 milhões de euros em apoios da PAC, destacando-se a autarquia da Calheta (994,76 milhões de euros), na ilha da Madeira; a freguesia de Galveias (832,7 milhões de euros), em Portalegre; e o município de Câmara de Lobos (445,5 milhões de euros), também no arquipélago madeirense, como aqueles que mais receberam.

Apoios para representantes dos agricultores

No seu conjunto, as três organizações de cúpula do setor agrícola receberam 1.810.214,12 euros em financiamento da PAC em 2022, cerca de 0,11% do total de dinheiro concedido nesse ano. Comparando com 2021, em que tiveram direito a 2.042.693,89 euros, receberam menos 11,38% de apoios.

A nível individual, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) foi a associação que recebeu mais dinheiro do FEAGA e do FEADER em 2022, num total de 967.637,29 euros. Este montante destinou-se a 10 medidas, como por exemplo cerca de 40 mil euros para o setor vitivinícola, 12.400 euros para assistência técnica e 811 euros por levar a cabo práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente.

No entanto, a quantia recebida pela confederação liderada por Álvaro Mendonça e Moura baixou 12,50% relativamente a 2021, ano em que foi apoiada em 1.105.931,72 euros.

A quebra nos apoios recebidos foi ainda maior no caso da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri): de 2021 para 2022 recebeu menos 28,53% em fundos comunitários. A maior fatia dos quase 500 mil euros financiados pela PAC destinou-se a serviços de aconselhamento, de gestão agrícola e de substituição nas explorações.

Já a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a terceira maior organização de agricultores do país, foi a que recebeu menos verbas. Em 2022, a confederação sediada em Coimbra contou com 343.589,78 euros, mas, contrariamente à CAP e à Confagri, os apoios a que teve direito aumentaram 44% face ao ano anterior.

Com os preços praticados pela grande distribuição a serem uma das principais razões de protesto dos agricultores, é ainda de notar que, em 2022, os hipermercados Modelo Continente, que pertencem ao grupo Sonae, receberam apoios no valor de 887.915,33 euros para ações de informação e promoção. O ECO não encontrou mais empresas do setor da distribuição na lista de apoios.

(Notícia atualizada às 17h47 do dia 8 de abril para corrigir que a CNA é a terceira maior organização do setor e não a segunda)

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PJ investiga fraudes de 200 milhões na obtenção de fundos europeus

  • ECO
  • 7 Abril 2024

Faturas inflacionadas ou despesas fictícias são usadas para enganar entidades gestoras dos fundos, mas denúncias revelam esquemas investigados pela PJ, segundo o Jornal de Notícias.

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar alegadas fraudes de cerca de 200 milhões de euros na obtenção de fundos europeus, noticia este domingo o Jornal de Notícias, adiantando que por este tipo de crime, no ano passado, abriu 43 investigações e constituiu como arguidas 93 pessoas e firmas.

O diário adianta que existem fundos para todas as áreas e financiamentos com os valores mais diversos. No programa Portugal 2020, por exemplo, vão de um cêntimo, concedido no âmbito de um projeto apresentado por uma empresa de fumeiro da Guarda, até aos 2,02 mil milhões de euros atribuídos ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para execução de 438 projetos.

Fonte da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ explicou que uma das áreas mais sujeitas à fraude é a da formação profissional, composta por centenas de pequenas empresas ou associações.

Acaba por ser muito comum haver listas de presenças manipuladas, com aulas em sobreposição, por exemplo”, afirmou JN uma outra especialista no combate à fraude.

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Sondagens mostram Biden atrás de Trump mas em recuperação

  • Lusa
  • 7 Abril 2024

O candidato republicano Donald Trump está à frente nas sondagens face a Joe Biden, mas o democrata está a recuperar terreno numa altura em que ambos enfrentam elevadas taxas de impopularidade.

A média agregada de 624 sondagens nacionais, segundo as contas do The Hill, dá a Donald Trump uma vantagem de 0,8% face a Joe Biden, uma margem mínima dividida entre 46% para o republicano e 45,2% para o democrata.

Estes números indicam uma redução significativa da vantagem que Trump vinha registando face ao atual presidente e várias sondagens já colocam Biden na frente.

É o caso da última pesquisa nacional da Morning Consult, que dá 44% contra 42% a favor do democrata; da sondagem Big Village, 42%-40% para Biden; e da Marist College para a NPR e PBS NewsHour, que regista 43%-41% para o atual Presidente.

O encurtar da distância entre os dois candidatos também se reflete nos números mais recentes vindos da Pensilvânia, um dos estados críticos para a eleição de 05 de novembro, com 19 votos no colégio eleitoral.

A última sondagem conduzida na Pensilvânia pela Franklin & Marshall College, publicada a 04 de abril, mostra que Biden está 10 pontos à frente de Trump (48% contra 38%), uma alteração substancial face aos números de fevereiro.

Na altura, Biden liderava por apenas um ponto percentual, 43% contra 42%. O estado é crucial: nenhum democrata foi eleito Presidente sem ganhar a Pensilvânia desde 1948.

Esta vantagem diminui de forma drástica quando são introduzidos candidatos alternativos. A sondagem mostra que uma corrida a quatro, com o independente Robert F. Kennedy Jr. e a candidata do Green Party, Jill Stein, reduz a liderança de Biden na Pensilvânia para apenas 2 pontos face a Trump, com RFK Jr. a obter 9% e Stein 3%.

Nos outros estados críticos, que podem pender para um lado ou para o outro, é Trump quem segura a vantagem. Várias sondagens estaduais no Arizona, Geórgia e Michigan dão ao republicano uma vantagem de um a cinco pontos percentuais face a Biden.

Este tem sido o cenário quando as sondagens são focadas nos estados considerados “battleground” (literalmente, “campo de batalha”). Na pesquisa que o Wall Street Journal publicou a 02 de abril, Trump lidera também na Carolina do Norte (+6) e Nevada (+4).

Mas no que toca à tendência de voto geral, o que inclui escolhas para a Câmara dos Representantes, Senado e legisladores locais, são os democratas que aparecem em vantagem: têm 45,4% contra 43,6% dos republicanos, de acordo com o agregado de 399 sondagens.

Em termos de popularidade, ambos estão no vermelho. Segundo a média da plataforma FiveThirtyEight, 55,2% dos eleitores desaprovam Joe Biden e apenas 39,3% dão nota positiva. Trump tem números similares, mas ligeiramente melhores: 52,8% dos eleitores indicam uma opinião desfavorável do ex-presidente e 42,4% têm uma visão favorável.

Após a conclusão das primárias, que começaram a 15 de janeiro, Biden e Trump vão ser confirmados como candidatos oficiais nas convenções dos respetivos partidos. A republicana acontece primeiro, entre 15 e 18 de julho, e a democrata decorre a seguir, entre 19 e 22 de agosto.

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Ordens enviam ‘caderno de encargos’ a Luís Montenegro no Dia Mundial da Saúde

  • Lusa
  • 7 Abril 2024

As ordens profissionais da Saúde enviaram hoje ao primeiro-ministro propostas para melhorar o contexto atual da Saúde Humana, Animal e Ambiental.

As ordens profissionais da Saúde enviaram hoje ao primeiro-ministro um conjunto de propostas para melhorar o contexto atual da Saúde Humana, Animal e Ambiental, apontando como prioridades a prevenção da doença, os profissionais de saúde e os cuidados primários.

Na missiva enviada a Luís Montenegro no Dia Mundial da Saúde, numa iniciativa inédita, nove ordens profissionais elaboraram um documento que resulta de uma reflexão conjunta, assente numa visão partilhada e num consenso para um futuro de “uma só saúde” (One Health).

A promoção da saúde e a prevenção da doença, um maior investimento na literacia em saúde e na saúde mental ou a valorização dos profissionais de saúde são algumas das medidas apresentadas no documento, subscrito pelas ordens dos médicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas, psicólogos, veterinários, nutricionistas, fisioterapeutas e biólogos.

“Entendemos que havia pontos de convergência e um deles precisamente tem a ver com a ideia de ‘One Health‘, que agrega aqui todas as ordens profissionais porque integra a saúde humana, que diz respeito à maioria das ordens deste grupo, mas também a saúde animal e a saúde ambiental e climática”, explicou à Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.

O responsável disse ainda que a intenção é mostrar, no Dia Mundial da Saúde e “no momento que o país está a atravessar”, que unidos conseguem chegar mais longe e que estão disponíveis “para ajudar o Governo”.

“Este é um documento positivo, que, por um lado, traça alguns problemas, traça também um caminho e coloca estas ordens à disposição para apoiar o Governo nas medidas que terá de implementar, que terá de seguir aqueles eixos que traçamos, nomeadamente na área da literacia, da promoção, da prevenção em saúde e do respeito pelos profissionais de saúde, pelas justas reivindicações e expectativa de carreira”, acrescentou.

No documento, a que a Lusa teve acesso, estes profissionais reconhecem e valorizam “os esforços contínuos para melhorar a Saúde e o bem-estar dos cidadãos“, mas dizem que continuam “com apreensão” a observar “problemas de organização e suborçamentação que se traduzem na manutenção de desigualdades sociais e territoriais no acesso a cuidados”.

“Os modelos de resposta são ainda burocratizados, por vezes não desmaterializados e pouco integrados, com uma força de trabalho escassa e insatisfeita, com o encerramento de serviços e tempos de espera que não garantem respostas de saúde céleres ou atempadas, e um conjunto de áreas críticas com necessidades não atendidas”, escrevem, considerado que este cenário “compromete o acesso equitativo e universal aos cuidados de saúde, apenas possível através da garantia da sustentabilidade e eficácia do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.

Os profissionais consideram também urgente transformar a promoção da saúde e a prevenção de doenças “numa prioridade estratégica máxima”, com medidas e programas específicos dirigidos à promoção de estilos de vida saudáveis e à gestão autorregulada das doenças crónicas, assim como promover a literacia em saúde, incluindo a saúde animal, com campanhas de sensibilização, envolvendo profissionais das diversas áreas.

Dotar os serviços de profissionais de saúde “em número suficiente e competente para responder com qualidade e eficácia“, desenvolvendo estratégias de atração, motivação e vinculação dos profissionais é outra das prioridades apontadas.

As ordens profissionais defendem ainda a urgência de valorizar os profissionais de saúde, promovendo a sua participação na gestão e na organização das estruturas de saúde e criando condições que facilitem a progressão na carreira e a fixação em zonas onde são mais necessários.

Pedem igualmente urgência no investimento na área da Saúde Pública e na Saúde Mental, reforçando o número de profissionais nos Cuidados de Saúde Primários e a sua presença nas equipas multidisciplinares.

Na área da saúde animal, a urgência vai para necessidade de dotar a Direção Geral de Alimentação e Veterinária de meios apropriados, “possibilitando a criação de um plano nacional de controlo de animais errantes”.

Pretendem ainda promover o investimento, a inovação e a investigação em Saúde, reforçar a integração da saúde com outras áreas de ação governativa, “nomeadamente considerando os impactos das questões sociais, laborais ou ambientais na saúde pública”.

Finalmente, consideram urgente a integração de novas tecnologias que possam contribuir para a eficácia e eficiência do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente investindo na digitalização de processos e em soluções de Saúde Digital, assim como maiores orçamentos para os programas transversais de promoção da saúde e saúde preventiva.

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Ordem dos Médicos quer ser ouvida no plano de emergência para o SNS

  • Lusa
  • 7 Abril 2024

A Ordem dos Médicos espera que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a oiça aquando da elaboração do plano de emergência para a saúde que o Governo pretende ter concluído em seis meses.

A não ser que se queira cometer os erros do passado, em que a Ordem dos Médicos não tem sido ouvida em nenhuma das grandes matérias que foram decididas, por um lado, pelo Ministério da Saúde, pelo outro, pela Direção Executiva do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, afirmou o bastonário, Carlos Cortes.

Em declarações à Lusa, o responsável disse esperar que o caminho a traçar pelo novo Governo seja “um caminho de inclusão e de diálogo”.

“Não vejo outra possibilidade do que ouvir quem está no terreno, quem trabalha no dia-a-dia, quem conhece os problemas e tem soluções para apresentar. E Ordem dos Médicos está completamente disponível e a sua intenção obviamente é colaborar com a nova ministra da Saúde”, salientou.

Durante a campanha eleitoral, o atual primeiro-ministro, o social-democrata Luís Montenegro, comprometeu-se a, nos primeiros 60 dias do novo Governo, apresentar um plano de emergência para o SNS, a aplicar até final de 2025.

Diminuir os prazos na marcação de consultas de saúde familiar, com a teleconsulta como uma alternativa, e garantir enfermeiro e médico de família, recorrendo também aos setores privado e social, são algumas das metas deste plano.

Prevê também atendimento célere nos cuidados primários (quando se trate de doença aguda) ou alargar para o privado o sistema de ‘vouchers’, que já existe nas cirurgias, aplicando-os às consultas de especialidade quando se ultrapassam os tempos de espera.

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China quer ser parceira e não adversária dos EUA

  • Lusa
  • 7 Abril 2024

O primeiro-ministro chinês disse hoje que Washington e Pequim devem ser "parceiros, não adversários", num encontro com a secretária do Tesouro dos EUA, que pediu comunicação mais "aberta e direta".

Li Qiang disse em Pequim que a população chinesa tem acompanhado de perto a visita de Yellen, o que demonstra “a expectativa e esperança de que a relação entre a China e os Estados Unidos continue a melhorar”.

“Embora tenhamos mais a fazer, acredito que, ao longo do ano passado, colocámos a nossa relação bilateral numa base mais estável”, disse Yellen, de acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA.

“Isso não significou ignorar as nossas diferenças ou evitar conversas difíceis”, sublinhou Yellen. “Significou compreender que só podemos progredir se comunicarmos direta e abertamente uns com os outros”, acrescentou.

No sábado, Yellen tinha-se encontrado, na cidade de Guangzhou, no sul da China, com o homólogo chinês, He Lifeng, numa reunião em que concordaram realizar “intercâmbios intensivos com vista a um crescimento equilibrado”.

De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, Yellen disse no encontro que iria aproveitar os intercâmbios para defender “condições equitativas para os trabalhadores e as empresas norte-americanas”.

Washington está particularmente preocupado com o aumento das exportações chinesas a baixo custo em setores como veículos elétricos, baterias de iões de lítio e painéis solares, o que pode impedir a formação de uma indústria norte-americana nestas áreas.

Yellen advertiu ainda no sábado as empresas chinesas contra a prestação de ajuda à Rússia e à sua indústria de defesa na guerra na Ucrânia.

“As empresas, em particular as chinesas, não devem fornecer apoio material à guerra da Rússia contra a Ucrânia, à indústria de defesa russa”, afirmou, alertando que quem o fizer sofrerá “consequências significativas”.

A visita de Yellen, a segunda à China num ano, ocorre num momento em que Washington e Pequim estão em desacordo sobre uma série de questões, incluindo o acesso a tecnologias de ponta, o futuro de Taiwan e a aplicação chinesa TikTok, que poderá ser banida nos EUA.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, falaram na terça-feira, numa chamada telefónica que a Casa Branca descreveu como franca, mas na qual, de acordo com o Governo chinês, houve alguma fricção.

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Vítor Bento diz que excedente orçamental não significa viver folgado

  • Lusa
  • 6 Abril 2024

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos considera que a prioridade do país deve ser a redução da dívida pública e sublinha que ter um excedente orçamental não significa viver folgado.

“Um país que deve um ano do seu rendimento nunca tem excedente, não tem dinheiro a mais, pelo contrário, tem a menos. O excedente não significa que de repente estejamos folgados“, afirma Vítor Bento, em entrevista ao Negócios e Antena1.

Para Vítor Bento, o mais importante é reduzir a dívida “para níveis sustentáveis”, sobretudo num cenário de incerteza, em que a economia pode entrar em recessão.

Ainda assim, o presidente da APB considera desejável diminuir a carga fiscal sobre as empresas, assente numa revisão dos benefícios fiscais e a caminhar para uma redução da taxa de IRC para 15%, um objetivo que foi já traçado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Segundo Vítor Bento, a ideia de que há um excedente e a situação atual de “maior fragilidade política” podem levar a um aumento das reivindicações e à subida da tensão social.

Contudo, salienta, a economia não pode satisfazer tudo e, nesse sentido, espera que haja “bom senso das oposições“.

Para já, “pela aparência”, Vítor Bento aprova a composição do executivo de Luís Montenegro, mas refere que “os governos são como os melões, que só depois de se abrirem é que se sabe se são bons ou maus”.

De qualquer forma, considera possível aprender a trabalhar com uma base parlamentar assente numa maioria relativa, assim “haja vontade e capacidade negocial”.

Sobre a necessidade de um orçamento retificativo, não se pronuncia, indicando no entanto que, a existir um excedente, provavelmente está do lado da receita e isso não pode ser transposto para a despesa.

Na entrevista ao Negócios e Antena1, Vítor Bento refere ainda que uma das preocupações que vai levar ao novo Governo é “o excesso de tributação extraodinária” sobre a banca, adiantando que a APB vai pedir o fim das contribuições extraordinárias, porque a medida cria uma distorção do mercado por gerar uma desvantagem para a banca localizada em Portugal.

O líder da associação pretende pedir em breve uma reunião ao novo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e lembrar-lhe que o adicional de solidariedade que continua a ser cobrado aos bancos já foi considerado inconstitucional.

Para 2024 e depois de um ano de lucros históricos, Vítor Bento prevê que “em termos de rendibilidade” é provável que haja uma “desaceleração” com a descida das taxas de juro.

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Ocidente enfrenta “aliança de potências autoritárias”, avisa chefe da NATO

  • ECO
  • 6 Abril 2024

Numa entrevista por ocasião do 75º aniversário da organização, e que será transmitida pela BBC este domingo, o líder da NATO afirmou que o mundo está "muito mais perigoso, muito mais imprevisível".

Uma “aliança de potências autoritárias” está a trabalhar em conjunto contra as democracias ocidentais, alertou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, em entrevista à BBC.

Numa entrevista por ocasião do 75º aniversário da organização, e que será transmitida este domingo, o líder da NATO afirmou que o mundo é atualmente “muito mais perigoso, muito mais imprevisível” e “muito mais violento”, sublinhando que a Rússia, o Irão, a China e a Coreia do Norte estão cada vez mais alinhados.

Stoltenberg explicou que “a China está a apoiar a economia de guerra russa, fornecendo peças-chave para a indústria de defesa e, em troca, Moscovo está a hipotecar o seu futuro a Pequim.”

O norueguês, que está à frente da NATO desde outubro de 2014, acusou a Rússia de fornecer tecnologia ao Irão e à Coreia do Norte em troca de munições e equipamento militar. Afirmou ainda que a NATO tem de trabalhar com outros países fora da sua área geográfica – como o Japão e a Coreia do Sul – para “fazer frente a esta aliança mais forte de potências autoritárias”.

Nos últimos dias, o chefe da NATO tem tentado persuadir os outros países a afetar mais dinheiro ao esforço de guerra na Ucrânia, na esperança de conseguir um fundo de 100 mil milhões de euros para cinco anos, sublinhando que está confiante de conseguir chegar a um acordo até julho, apesar de alguns países terem manifestado hesitação esta semana.

“Mesmo que acreditemos e esperemos que a guerra termine num futuro próximo, precisamos de apoiar a Ucrânia durante muitos anos, para construir as suas defesas e impedir futuras agressões”, vincou.

 

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