Ausência de serviços mínimos é incompetência da tutela, diz Sindicato Funcionários Judiciais

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

Já o Ministério da Justiça imputa ao sindicato a responsabilidade de não ter os ter indicado no pré-aviso de greve, para a paralisação que começou a 20 de dezembro de 2023.

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) acusou esta quarta-feira a ministra da Justiça de estar a atirar para os sindicatos responsabilidades no incumprimento de prazos para apresentação de detidos a interrogatório que resultam da “incompetência pura” dos serviços da Justiça.

Pelo menos 12 detidos vão sair esta quarta em liberdade na área metropolitana de Lisboa devido à greve dos oficiais de justiça, envolvendo casos de homicídio, violência doméstica e tráfico de droga, segundo adiantou à Lusa fonte do SFJ. “O feriado do 25 de Abril ficou entre duas greves sem serviços mínimos e os detidos que acabarem o prazo de 48 horas entre estes três dias [quarta, quinta e sexta-feira] esgotam o prazo antes do turno de sábado de manhã no Tribunal Central de Instrução Criminal” [também conhecido como Ticão], referiu.

Num esclarecimento, enviado à comunicação social sobre não terem sido decretados serviços mínimos, o Ministério da Justiça (MJ) imputa ao sindicato a responsabilidade de não ter os ter indicado no pré-aviso de greve, para a paralisação que começou a 20 de dezembro de 2023 e que termina na sexta-feira, 26 de abril, e que decorreu nas manhãs de quarta-feira e sexta-feira.

O MJ acrescenta que na falta dessa indicação, a Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) solicitou ao tribunal arbitral que decretasse serviços mínimos, o que este entendeu não fazer, tendo a DGAJ recorrido para o Tribunal da Relação da Lisboa, “num processo de natureza urgente, tendo dado entrada a 29 de dezembro de 2023” e que ainda aguarda decisão.

No entanto, à Lusa, o presidente do SFJ, António Marçal, disse que a ausência de serviços mínimos nos dias colados ao 25 de abril resultam da “incompetência pura” da DGAJ, que “não fundamentou bem o pedido” de serviços mínimos feito ao colégio arbitral.

Marçal recordou que, em situações anteriores, em que foram agendadas greves para períodos que abrangiam, por exemplo, feriados municipais, a DGAJ teve isso em atenção, solicitando que fossem decretados serviços mínimos para os serviços na área territorial abrangida pelo feriado municipal, o que foi concedido.

“A situação em concreto [do feriado do 25 de Abril] não foi suscitada pela DGAJ. Ao querer imputar responsabilidades ao sindicato, a senhora ministra está a ir por um mau caminho”, criticou Marçal, que acrescentou que não houve da parte da tutela qualquer contacto com o sindicato para uma “tentativa de coordenar a situação”.

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Dois portugueses mortos e vários feridos em acidente com autocarro na Namíbia

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

Um dos autocarros transportava 22 turistas portugueses, havendo, além das duas vítimas mortais, vários feridos, cujo grau de gravidade desconhece.

Dois portugueses morreram e vários ficaram feridos num acidente que envolveu esta quarta-feira dois autocarros na zona de Walvis Bay, na Namíbia, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades. José Cesário disse à Lusa que um dos autocarros transportava 22 turistas portugueses, havendo, além das duas vítimas mortais, vários feridos, cujo grau de gravidade desconhece.

Os feridos foram transportados para o hospital local e as famílias estão a ser contactadas pela Embaixada de Portugal em Windhoek, adiantou. Segundo o secretário de Estado, há pessoas de várias nacionalidades envolvidas no acidente.

O grupo de turistas portugueses, do Norte do país, viajava através de uma agência de viagens, acrescentou José Cesário, sublinhando que tem estado a acompanhar a situação. A notícia do acidente, que ocorreu ao final da manhã desta quarta, foi avançada pela CNN.

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Vai circular em Lisboa no 25 de abril? Estas ruas vão estar cortadas

Várias estradas em Lisboa vão estar condicionadas esta quinta-feira devido às comemorações dos 50 anos do 25 de abril. Descubra quais.

As comemorações dos 50 anos do 25 de abril vão levar ao condicionamento de diversas estradas em Lisboa. O aviso foi feito esta quarta-feira pelo Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão de Trânsito.

“Para garantir a segurança dos participantes e o normal decurso dos eventos, a PSP irá implementar, de forma sequencial e apenas na medida do estritamente necessário, diversos condicionamentos de trânsito“, referem em comunicado.

Estas são as ruas de Lisboa que vão estar condicionadas na próxima quinta-feira, dia 25 de abril:

Praça do Comércio, pelas 6h00

  • Avenida Ribeira das Naus;
  • Largo do Corpo Santos;
  • Rua do Arsenal;
  • Calçada do Ferragial;
  • Calçada de São Francisco;
  • Rua de São Julião;
  • Rua do Ouro;
  • Rua dos Fanqueiros;
  • Praça da Figueira;
  • Rua da Conceição;
  • Rua da Padaria;
  • Rua do Comércio.

Junto ao Palácio Nacional S. Bento, pelas 7h00

  • Calçada da Estrela;
  • Rua de São Bento;
  • Avenida Dom Carlos I.

Por toda a cidade devido ao desfile Popular Comemorativo e Manifestação Habeas Corpus, a partir das 12h30

  • Alameda Cardeal Cerejeira;
  • Praça Marquês de Pombal;
  • Avenida da Liberdade;
  • Praça dos Restauradores;
  • Rua 1º de Dezembro;
  • Praça Dom Pedro IV;
  • Rua do Ouro;
  • Rua do Comércio;
  • Rua do Arsenal;
  • Largo do Corpo Santo;
  • Praça do Comércio.

Belém, pelas 16h00

  • Avenida da Índia;
  • Praça do Império;
  • Arruamento do CCB;
  • Arruamento Largo.

Junto ao Palácio Nacional da Ajuda, pelas 16h00

  • Largo da Ajuda;
  • Alameda dos Pinheiros

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Proposta do Governo de corte no IRS será votada na especialidade, mas sem garantias de aprovação

Além da proposta do Governo, também a do Chega e da Iniciativa Liberal desceram à especialidade. Hugo Soares espera, "francamente", que daqui a 15 dias "um texto único" seja aprovado.

Depois de não ter conseguido reunir consensos junto dos partidos na Assembleia da República, o Governo decidiu propor que a votação para a proposta de alívio fiscal fosse adiada por duas semanas, remetendo-a para a especialidade. A proposta foi aprovada esta quarta-feira na Assembleia da República.

Esperemos, francamente, que daqui a 15 dias, o país possa ter uma baixa de impostos e um texto único aprovado pelo Parlamento”, a do Governo, afirmou Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, esta quarta-feira, após o debate no Parlamento. Mas não será certo que isso aconteça pois, à semelhança do texto do Executivo de Luís Montenegro, também serão debatidas na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública as propostas do Chega e da Iniciativa Liberal. A decisão aconteceu a pedido dos próprios partidos que pediram que os textos não fossem a votos no debate desta tarde.

Hugo Soares recordou que o Governo não tem maioria absoluta e que, por isso, optou por dar um sinal de “grande abertura ao diálogo”, procurando com todos os grupos parlamentares chegar a um “consenso” no debate na especialidade.

“Foi isso que me propus fazer, mas infelizmente o PS mostrou-se absolutamente encostado a uma posição irredutível, não quis negociar” e “conseguiu algumas coligações negativas”, disse.

Do lado do PS, Alexandra Leitão garantiu que o PS está disponível para fazer “um debate mais amplo na medida do possível”, mas sublinhou que os socialistas “não viabilizarão propostas” que não assegurem uma redução fiscal “equitativa” e “abrangente” face aos rendimentos mais baixos, tal como sugere a proposta do Governo.

Isso nunca terá o nosso acordo na especialidade. Temos a convicção profunda de que o nosso projeto é melhor e é por ele que nos vamos bater”, respondeu aos jornalistas na Assembleia da República.

Quanto ao Chega – que apresenta uma proposta que se traduz num custo adicional é de mil milhões de euros –, André Ventura já tinha admitido viabilizar a proposta do PS, e esta tarde, durante o debate, o líder do partido voltou a deixar essa ameaça. “Se a vossa proposta assim se mantiver, o Chega não poderá acompanhar a vossa proposta“, avisou Ventura.

Perante as duas propostas, Ventura diz que “na escolha entre cores partidárias e ideologias e o bolso dos portugueses, o Chega estará do lado dos portugueses, ideologias à parte”.

A proposta do Governo será debatida e votada daqui a duas semanas no Parlamento, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, tal como a proposta da Iniciativa Liberal. Texto do Chega só deverá ser discutido mais tarde.

Por outro lado, parlamento aprovou na generalidade as propostas do PS, BE e PCP sobre o IRS. Os deputados aprovaram o projeto do PS que defende reduções mais acentuadas das taxas do IRS sobre os escalões de rendimento mais baixos (entre 1.000 e 2.500 euros brutos mensais). A iniciativa foi aprovada com o voto favorável do PS, BE, PCP, PAN e Livre, a abstenção o Chega e da IL e o voto contra do PSD e do CDS-PP.

Já os projetos do Bloco de Esquerda foram viabilizados com os votos favoráveis do proponente, PS, IL, PCP, Livre e PAN, enquanto o Chega se absteve e o PSD e CDS-PP votaram contra. Os bloquistas propõem o aumento do valor das deduções específicas (sobre trabalho e pensões) e da dedução dos encargos com imóveis para os 360 euros, bem como a eliminação da norma que impede as pessoas com empréstimo à habitação contraído após 2011 de beneficiarem desta dedução.

O projeto do PCP, por seu lado, contou com o voto favorável do PS, BE, PAN, PCP e Livre, a abstenção da IL e Chega e votos contra dos partidos que apoiam o Governo. A iniciativa dos comunistas insiste na obrigatoriedade do englobamento dos rendimentos sujeitos a taxas especiais e liberatórias, como rendas, mais-valias ou juros, para quem está no patamar cimeiro dos escalões, propondo ainda a subida da dedução específica e a sua atualização em função do IAS, a redução das taxas que incidem sobre os dois primeiros escalões e o agravamento das que incidem sobre os escalões de rendimento mais levado. É ainda criado um novo para rendimentos acima de 250 mil euros por ano, com uma taxa de 56%.

Já A proposta do Governo, que agora baixa à especialidade, prevê uma redução adicional entre 0,25 e 3 pontos percentuais nas taxas que incidem do 1.º ao 8.º escalões de rendimento, com a maior descida (3 pontos percentuais) a incidir sobre o 6.º escalão. No 9.º escalão, a taxa mantém-se sem alterações. Segundo as contas do Governo, esta redução traduz-se num alívio fiscal adicional de 348 milhões de euros este ano face ao que vigora desde janeiro, a que se somará uma redução de 115 milhões de euros em 2025, através do reembolso do IRS.

O projeto do Chega, por seu lado, propõe uma redução mais substancial das taxas do imposto até ao 8.º escalão – deixando apenas inalterada a do 9.º, que corresponde ao escalão de rendimento mais elevado.

Já o da Iniciativa Liberal propõe o aumento a dedução específica (o ‘desconto’ que é automaticamente atribuído aos rendimentos do trabalho e de pensões), a redução das taxas do imposto (considerando apenas dois patamares) e fixa o mínimo de existência no valor equivalente a 14 salários mínimos nacionais ao valor atual (820 euros).

O projeto do Livre (que propunha uma redução das taxas de IRS nos escalões mais baixos e um agravamento da que incide nos mais altos) e o do PAN (visando um programa de emergência fiscal) foram chumbados.

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PCP quer ouvir Passos Coelho e José Luís Arnaut sobre privatização da ANA

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

O deputado do PCP António Filipe garantiu que o partido “não vai desistir de responsabilizar politicamente os autores desta decisão”.

O PCP requereu esta quarta-feira as audições dos “autores da decisão” de privatizar a ANA Aeroportos, em 2013, entre os quais o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o presidente do Conselho de Administração da gestora aeroportuária, José Luís Arnaut.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, pouco depois de PSD, CDS e PS terem chumbado a comissão de inquérito à privatização da ANA, concretizada em 2013, o deputado do PCP António Filipe garantiu que o partido “não vai desistir de responsabilizar politicamente os autores desta decisão”.

“Hoje mesmo requeremos à comissão de Economia a audição dos membros do Governo que foram responsáveis pelas decisões relativamente à privatização da ANA Aeroportos, designadamente o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o antigo ministro das Finanças Vítor Gaspar, a antiga secretária de Estado do Tesouro Maria Luís Albuquerque e o ex-secretário de Estado [das Infraestruturas] Sérgio Albuquerque”, afirmou.

Além destes antigos governantes, o PCP requereu também a audição do presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut, assim como do atual presidente executivo da gestora aeroportuária, Thierry Ligonnière e das organizações representativas dos trabalhadores.

António Filipe salientou que o chumbo da comissão de inquérito proposta pelo PCP é “negativo” e não deixa de surpreender o partido que PSD, CDS e PS “se recusem a averiguar imputações gravíssimas de lesão do interesse público que foram cometidas neste processo de privatização”. O deputado salientou que um dos argumentos utilizados pelo PSD e PS para chumbarem o inquérito foi que “a comissão de economia tinha competências para proceder a audições sobre esta matéria e averiguar o que fosse necessário”, o que considerou não ser verdade.

Como se sabe, as comissões parlamentares de inquérito têm poderes reforçados, designadamente quanto à obrigatoriedade de qualquer cidadão que deva ser inquirido ter de o fazer. Isso não acontece no caso das comissões parlamentares, que não são comissões de inquérito”, indicou. Ainda assim, perante a “gravidade” do caso, António Filipe indicou que o PCP decidiu avançar com o pedido de audições na comissão de economia.

Interrogado sobre qual espera que venha a ser a postura do PS sobre estes requerimentos, António Filipe respondeu que, no debate desta terça-feira sobre o inquérito parlamentar, os socialistas tinham indicado que a comissão de economia “tinha competência para fazer o escrutínio da atividade governativa” e podia “haver iniciativas sobre esta matéria”.

É isso que estamos a fazer. Portanto, não queremos acreditar que, depois de ter dito isto em plenário, o PS considere que a comissão de economia já não é compete. Portanto, esperamos que estas audições sejam aprovadas e que sejam realizadas”, afirmou. O parlamento chumbou hoje a proposta do PCP para a constituição de uma comissão de inquérito à privatização da ANA Aeroportos, concretizada em 2013 pelo Governo PSD/CDS liderado por Pedro Passos Coelho.

A proposta foi chumbada com os votos contra do PSD, PS e CDS, abstenção do Chega e votos favoráveis da IL, BE, PCP, Livre e PAN.

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BPI notificado do requisito mínimo de fundos próprios

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

O BPI disse que, a 31 de março, cumpre os requisitos MREL e que no plano de financiamento de longo prazo continua a cumprir.

O BPI foi notificado pelo Banco de Portugal (BdP) do seu requisito mínimo de fundos próprios e de passivos elegíveis (MREL), que diz estar a cumprir, foi comunicado esta quarta-feira ao mercado.

O banco BPI informa que foi notificado pelo Banco de Portugal do seu requisito mínimo de fundos próprios e de passivos elegíveis (‘requisito MREL’), tal como determinado pelo Conselho Único de Resolução (‘CUR’)”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A notificação em causa determina assim que o BPI tem de cumprir, com efeitos a janeiro de 2024, o montante mínimo de fundos próprios e de passivos elegíveis correspondente a 19,23% do total dos ativos ponderados pelo risco (RWA). Este montante, acrescido do requisito combinado de reservas de fundos próprios (CBR), ascende a 22,24%.

O banco tem ainda de cumprir um montante correspondente a 5,91% da medida de exposição total do rácio de alavancagem (LRE). No comunicado remetido à CMVM, o BPI disse que, a 31 de março, cumpre os requisitos MREL e que no plano de financiamento de longo prazo continua a cumprir.

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Declarações de Marcelo mostram “preconceito” e “classismo”, critica Mariana Mortágua

  • ECO
  • 24 Abril 2024

A bloquista considera "importante" que o Presidente da República se retrate das declarações em que disse que os "orientais são lentos", referindo-se a Costa.

A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou “impróprias” as declarações recentes de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o ex-primeiro-ministro António Costa e o atual chefe de Governo Luís Montenegro. “Não é apenas de mau tom, não é apenas de mau gosto”, afirmou Mariana Mortágua nos Passos Perdidos, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

O Presidente da República disse, durante um jantar com os jornalistas estrangeiros, que “os orientais são lentos”, referindo-se a Costa, e que Montenegro “não é oriental mas é lento”. O Chefe de Estado disse ainda que o atual primeiro-ministro formou um Governo de forma “impensável” e que a solução para a lista europeia – com Sebastião Bugalho como cabeça de lista – é “tipicamente uma improvisação”.

“É uma forma imprópria para o Presidente expressar a relação com o chefe de Governo”, criticou a bloquista, antes de acrescentar que foi manifestado um “preconceito com o mundo rural” e “classismo, discriminação”. Para Mortágua é “importante” que Marcelo “se pudesse retratar”, uma vez que as declarações “não estão à altura do cargo que ocupa”.

Também o PAN, pela voz de Inês Sousa Real, classificou de “extremamente infelizes as adjetivações” feitas pelo Presidente da República. Já o Livre mostrou-se, através da líder da bancada parlamentar Isabel Mendes Lopes, “muito chocado”, lembrando que o Presidente representa a “unidade do país”.

O líder do Chega, por seu turno, disse que se houvesse no país um “processo de destituição” presidencial já o teria iniciado, mas por outros motivos. André Ventura criticou que Marcelo tivesse defendido reparações pelos crimes da era colonial.

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Ryanair cancela 300 voos devido a greve dos controladores aéreos franceses

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

Apesar de a greve ser dos controladores aéreos franceses, “a maioria dos passageiros afetados não voa de/para França, mas sobrevoa espaço aéreo francês a caminho do seu destino.

A companhia aérea low cost Ryanair cancelou 300 voos devido à greve dos controladores aéreos franceses, sendo que a decisão deverá afetar ligações a Portugal, indicou, num comunicado divulgado esta quarta-feira. Assim, o grupo “anunciou o cancelamento de mais de 300 voos, devido à greve dos controladores aéreos franceses” que tem lugar esta quinta-feira.

“Esta situação deve-se ao facto de a França não ter protegido” os voos que passam pelo seu espaço aéreo “durante as suas greves aéreas nacionais”, referiu.

Segundo a Ryanair, apesar de a greve ser dos controladores aéreos franceses, “a maioria dos passageiros afetados não voa de/para França, mas sobrevoa espaço aéreo francês a caminho do seu destino (por exemplo, Reino Unido, Grécia, Espanha, Itália)”, assegurando que a “legislação francesa protege injustamente os voos domésticos”. “A Ryanair apela novamente à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para que tome medidas urgentes para proteger” estes voos, “o que não tem feito nos últimos cinco anos”.

Citado na mesma nota, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, disse que “os controladores aéreos franceses são livres de fazer greve, é um direito que lhes assiste, mas deviam ser cancelados os voos franceses e não os voos que saem da Irlanda e vão para Itália, ou os voos da Alemanha para Espanha ou da Escandinávia para Portugal”.

A Comissão Europeia, sob a direção de Ursula von der Leyen, não tomou, durante cinco anos, qualquer medida para proteger os sobrevoos e o mercado único do transporte aéreo”, criticou, pedindo medidas para resolver a questão, “o que eliminará mais de 90% dos destes cancelamentos de voos”.

A companhia pede proteção dos voos que passam no espaço aéreo francês durante as greves e que controladores aéreos de outros países europeus possam gerir estas ligações. Pede ainda arbitragem obrigatória antes das greves em França.

 

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Ministro diz que dinheiro que “mais tocou” cidadãos foi gerido pelas autarquias

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

"Não tenho dúvida nenhuma que ainda há muito desperdício em toda a administração pública e também nos fundos europeus. É evidente que há e todos sabemos disso”, disse o não tenho dúvida nenhuma que ai

O ministro-adjunto e da Coesão Territorial disse esta quarta-feira que o dinheiro de fundos europeus que “mais tocou” os cidadãos foi o gerido pelas autarquias locais, porque foi onde houve “maior controle” e resolveu problemas concretos. “Não tenho dúvida nenhuma que o dinheiro que mais tocou na vida das pessoas foi aquele que esteve a cargo das autarquias locais. Sobre isso não tenho nenhuma dúvida”, assumiu Manuel Castro Almeida, lembrando o apoio europeu realizado até hoje em Portugal.

Para o governante, “não há ninguém que não possa ver uma obra financiada pelos fundos europeus” e “não se pode dizer o mesmo de todos os programas” de fundos de financiamento. “E não tenho dúvida nenhuma que ainda há muito desperdício em toda a administração pública e também nos fundos europeus. É evidente que há e todos sabemos disso”, acrescentou.

Nesse sentido, defendeu que o financiamento às autarquias locais para a concretização de projetos “é o caminho certo” para os apoios chegarem aos cidadãos, porque “é onde há maior controle e maior adesão à resolução dos problemas concretos das pessoas”. O ministro falava na sessão de assinatura de contratos de desenvolvimento entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte e sete comunidades intermunicipais (CIM), mais a Área Metropolitana do Porto (AMP), num total de 86 municípios, no valor de 1,4 mil milhões de euros (ME) a serem executados até 2029, no âmbito do programa Norte 2030.

No entender do governante, a escolha para a cerimónia de Penedono, no norte do distrito de Viseu, que é o município “com menor população em toda a região Norte, é um sinal de solidariedade e uma recordação da importância da coesão” no país. “Os municípios mais pequenos têm de fazer parte do nosso país. […] Quando temos de discutir o país todo, é fundamental que haja uma lembrança, uma tomada de consciência da realidade dos municípios mais pequenos e com mais dificuldade do nosso país. É fundamental combater a desertificação”, defendeu.

Manuel Castro Almeida alertou para a necessidade de “tomada de consciência” de que os fundos europeus existem para “transformar cada parcela do território e, assim, transformar o país” e isso, sustentou, exige responsabilidade. “Temos de ter os melhores projetos, conseguir o máximo de eficiência financeira, com o menor recurso possível conseguir o máximo de resultado e fazê-lo a tempo e horas. E não temos de executar os fundos à pressa, mas temos de os executar depressa e bem”, defendeu.

O ministro-adjunto e da Coesão Territorial destacou ainda as “vantagens” das competências das CCDR, que coordenam serviços descentralizados de vários ministérios e, agora, é “hora de consolidar posições e fazer a prova”. “Está nas mãos daqueles que odeiam o centralismo demonstrar aos centralistas que a descentralização e a desconcentração e a coordenação regional trazem vantagens aos cidadãos”, apontou.

“Quando os cidadãos sentirem essa vantagem, hão de ser os cidadãos que hão de condicionar o pensamento político a dar novos passos em frente”, acrescentou. Manuel Castro Almeida alertou ainda que, no futuro, os fundos europeus “vão ter uma quebra muito significativa”, em relação aos montantes que têm sido atribuídos, tendo em conta a adesão da Ucrânia à União Europeia – que ele defende. Por isso, “devem ser muito bem aproveitados” os fundos que existem atualmente, o que “aumenta a responsabilidade” de quem os gere, concluiu.

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Renascença condecorada por Marcelo Rebelo de Sousa

  • + M
  • 24 Abril 2024

Em 2012, no momento dos 75 anos da Renascença, Cavaco Silva atribuiu a Ordem de Mérito à estação do grupo Renascença Multimédia.

A Rádio Renascença foi condecorada pelo Presidente da República com o título de membro honorário da Ordem de Instrução Pública.

A condecoração surgiu dois dias antes do 25 de Abril, uma época em que se procurou “uma sociedade livre, onde o pensamento possa ser transmitido e manifestado” e a Renascença “teve e continua a ter uma importância singular para a formação de uma sociedade verdadeiramente democrática“, afirma o cónego Paulo Franco, presidente do conselho de gerência do grupo Renascença Multimedia, citado em comunicado.

A Ordem da Instrução Pública é atribuída como galardão por altos serviços prestados na educação e no ensino. Esta é a segunda vez que a Rádio Renascença é condecorada pela Presidência da República. Em 2012, no momento dos 75 anos da Renascença, Cavaco Silva atribuiu a Ordem de Mérito à estação, uma distinção concedida pelos “serviços de grande valor prestados ao país

Hoje, 87 anos depois, a Rádio Renascença faz parte do Grupo Renascença Multimédia englobando ainda a RFM, a Mega Hits.

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União Europeia dá prioridade a TGV Lisboa-Madrid face a Porto-Vigo

O novo regulamento das redes transeuropeias de transportes mantém 2030 como prazo para ligação entre as capitais de Portugal e Espanha. Plano do Governo aposta em Porto-Vigo.

O Parlamento Europeu (PE) aprovou na terça-feira um novo regulamento relativo às orientações para a rede transeuropeia de transportes que aponta a ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid como prioritária, mantendo a data de 2030. Já a ligação de passageiros Porto-Vigo é apontada para 2040, um calendário diferente do definido pelo anterior Governo.

A proposta do PE, que terá ainda de ser aprovada pelo Conselho Europeu, estabelece novos parâmetros para o desenvolvimento das redes transeuropeias: uma rede principal, a concluir até 2030, uma rede principal alargada, que deverá estar pronta até 2040, onde se incluem novos standards e um rede global que deverá estar completa até 2050.

Os mapas que acompanham o regulamento incluem a alta velocidade entre o Porto e Lisboa e entre Lisboa e Madrid na rede principal. Já a ligação entre Porto e Vigo faz parte da rede principal alargada, ou seja, com um prazo de conclusão até 2040. O mesmo estabelecido para a ligação entre Aveiro e Salamanca, passando por Viseu.

O projeto de Alta Velocidade lançado pelo anterior Governo dá prioridade à ligação entre Porto e Lisboa. Em janeiro, foi lançado o concurso público internacional para a construção e gestão operacional do primeiro troço, entre o Porto e Oiã (Aveiro) e no arranque do segundo semestre está previsto o lançamento do concurso para o segundo, entre Oiã e Soure. O prazo de conclusão apontado para esta fase é 2030, mas totalidade da linha só estará operacional depois de 2032. Os horizontes temporais do regulamento não são obrigatórios.

O plano do Executivo de António Costa e que foi já posto em marcha pela Infraestruturas de Portugal prevê também a ligação entre o Porto e Vigo, passando por Braga e Valença. Os estudos já se iniciaram e a conclusão está prevista para depois de 2030.

De fora está a ligação em alta velocidade entre Lisboa e Madrid, que depende também dos planos do lado espanhol. A prioridade dada à ligação a Vigo é, de resto, assumida.

Em fevereiro, durante uma conferência organizada pelo ECO no Porto, o presidente da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, considerou que “a ligação a Madrid também tem uma determinada importância”, mas discordou “ser prioritária em relação à escolha Lisboa – Porto e Porto – Vigo“, apontando o impacto “transformacional” que esta última pode ter no transporte de mercadorias.

Os novos requerimentos para o transporte ferroviário incluem um tempo de permanência nas passagens de fronteira máximo de 15 minutos, um limite de 30 minutos no atraso à chegada para mercadorias ou velocidades mais elevadas dos comboios na rede principal e na rede principal alargada (160 km/h para comboios de passageiros, 100 km/h para carga).

Até 2040, toda a rede transeuropeia deverá estar equipada com sistemas de sinalização e gestão do tráfego (ERTMS). Para a rede principal o prazo indicado é 2030. Os sistemas mais antigos têm de ser desativados.

As redes transeuropeias incluem ainda estradas, vias navegáveis interiores e rotas marítimas de curta distância. O investimento acrescido estimado é de 244,2 mil milhões de euros, a ser financiado pelos orçamentos nacionais e fundos europeus.

O novo regulamento suspende também os projetos de infraestruturas de transportes com a Rússia e a Bielorrússia, reforçando, por sua vez, as ligações com a Ucrânia e Moldávia.

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Trabalhadores da Autoeuropa aprovam acordo laboral válido por dois anos

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

O acordo laboral, válido por dois anos, que garante aumentos salariais de 6,8% em 2024 e de 2,6% ou 0,6% acima da inflação em 2025, com 61,5% de votos a favor.

Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram quarta-feira um acordo laboral válido por dois anos, que garante aumentos salariais de 6,8% em 2024 e de 2,6% ou 0,6% acima da inflação em 2025, com 61,5% de votos a favor.

Segundo a Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, havia 4.883 trabalhadores inscritos para o referendo, dos quais 2.476 (61,5%) votaram a favor do acordo, 1.526 (37,9%) contra, tendo-se registado 857 abstenções (17,6%), 16 votos em branco e oito nulos.

Para o coordenador da Comissão de Trabalhadores, Rogério Nogueira, “trata-se de um dos melhores acordos alcançados na Autoeuropa, onde os trabalhadores veem aumentados significativamente os seus rendimentos”.

“É um acordo que nos dá estabilidade, o que é importante para posicionar a fábrica para receber um novo carro no futuro”, acrescentou Rogério Nogueira, congratulando-se com a “grande participação no referendo”.

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