Greves que afetavam comboios esta semana foram desconvocadas

A paralisação dos trabalhadores das Infraestruturas de Portugal convocada para os próximos dias 5 e 7 foi levantada.

Foi desconvocada a greve da Aprofer – Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário agendada para os próximos dias 5 e 7 de março, que iria provocar “perturbações significativas” na circulação de comboios, apurou o ECO.

A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou no início de fevereiro um acordo para aumentos salariais com seis sindicatos (SINFA, ASCEF, SINAFE, SINDEFER, FENTCOP e SINTAP), com a possibilidade de estender a outras estruturas representativas dos trabalhadores. O crescimento da massa salarial é de perto de 5%, com os aumentos a serem mais elevados para os escalões mais baixos.

A CP tinha avisado ainda ontem para “perturbações significativas” nos dias 5 e 7 de março devido à greve dos trabalhadores da IP. Também a operação da Fertagus seria afetada.

Esta seria a segunda paralisação este ano convocada pela Aprofer, que abrange trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária da IP.

No início de janeiro foram realizados dois dias de greve, justificados pela associação sindical com o incumprimento da IP em fechar um acordo de empresa até 31 de dezembro de 2023 e questões remuneratórias. A empresa pública vai manter as negociações com os sindicatos.

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PS. António Costa junta-se a Pedro Nuno no comício do Porto

O ainda primeiro-ministro António Costa deverá falar antes do secretário-geral, Pedro Nuno Santos, e após o cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis.

O primeiro-ministro ainda em funções, António Costa, irá participar pela primeira vez na campanha eleitoral do Partido Socialista. O demissionário juntar-se-á a Pedro Nuno Santos para uma ação de campanha num comício no Porto que está previsto para este sábado, no Pavilhão Rosa Mota.

A participação do primeiro-ministro demissionário neste período eleitoral só estava previsto para o meio da próxima semana. Mas tal foi antecipado, e avançasse agora que António Costa entra na campanha dos socialistas já este sábado, no Porto.

Em declarações à CNN, o presidente do PS, Carlos César, afirmou que a presença de António Costa no comício do pavilhão Rosa Mota marca um legado que os socialistas estão “empenhados em cuidar e em chamar a atenção dos portugueses para o seu valor”.

“O PS e o Pedro Nuno Santos em especial têm muito orgulho no trabalho que foi desenvolvido durante estes últimos anos”, defendeu Carlos César

No comício deste sábado, em que os socialistas contam ter a maior mobilização de militantes e simpatizantes socialistas da presente campanha, António Costa deverá falar antes do secretário-geral, Pedro Nuno Santos, e após o cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis.

Logo depois terem sido convocadas eleições legislativas antecipadas para 10 deste mês, António Costa manifestou-se disponível para participar nas ações de campanha que o novo líder do partido considerasse útil.

Segundo fonte do PS, além da sua presença no comício do Porto, o ex-líder socialista também deverá participar na tradicional descida do Chiado, em Lisboa, na próxima sexta-feira, último dia de campanha.

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Wall Street começa março em alta e com recordes do Nasdaq e S&P500

  • Lusa
  • 2 Março 2024

A bolsa nova-iorquina encerrou em alta, com novos recordes dos índices Nasdaq e S&P500, graças a maus indicadores económicos.

A bolsa nova-iorquina encerrou em alta, com novos recordes dos índices Nasdaq e S&P500, graças a maus indicadores económicos, que alimentam a esperança entre os investidores de uma descida da taxa de juro em breve.

Como na véspera, o índice tecnológico Nasdaq e o alargado S&500 fecharam em níveis inéditos, com valorizações respetivas de 1,14% e 0,80%, enquanto o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,23%.

A sessão foi marcada pelos últimos dados macroeconómicos, “que indicam que a Fed [Reserva Federal (Fed)] pode ter mais razões para reduzir a sua taxa de juro de referência em maio”, disse Sam Stovall, da CFRA.

O índice ISM de atividade no setor industrial nos EUA baixou em fevereiro para 47,8%, dos 49,1% de janeiro, muito abaixo dos 49,5% previstos pelos economistas.

Os dois outros números do dia também apresentaram a mesma tendência, como o índice de confiança dos consumidores, feito pela Universidade do Michigan, ou as despesas na construção, que recuaram 0,2%, em termos mensais, em janeiro.

Com este ambiente, as vedetas do setor tecnológico voltaram a liderar a tendência da sessão.

A fabricante de chips Nvidia ganhou quatro por cento, o que lhe permitiu fechar com uma capitalização bolsista superior a dois biliões de dólares, limiar apenas superado por Microsoft, Apple e a petrolífera saudita Saudi Aramco.

De resto, toda a indústria de semicondutores celebrou, exemplificada por AMD (+5,25%), Broadcom (+7,59%), Intel (+1,79%) ou Qualcomm (+3,36%).

“O mercado acionista dos EUA dá velocidade a toda a gente”, comentou Adam Button, da ForexLive.

Para o analista, o facto de hoje ter sido o primeiro dia do mês acentuou a tendência, uma vez que os inícios dos meses costumam assistir à entrada de novos fluxos financeiros.

“Tradicionalmente, quando janeiro e fevereiro são positivos, em média, regista-se uma progressão em março”, recorda Sam Stovall. “Portanto, este pode vir a ser um bom mês, também”.

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Insatisfeitos, pouco politizados, jovens e mulheres. Indecisos de hoje são diferentes das últimas eleições

Partidos lutam pelo voto de um eleitorado que se mostra mais maleável e só decidirá o sentido de voto na véspera. Hoje são quase 20%. Em 2022, maioria deste eleitorado votou PS.

A poucos dias das eleições legislativas, já é possível traçar um retrato dos indecisos. São jovens, tendencialmente mulheres, sem filiação partidária, e insatisfeitos com a democracia e as instituições em Portugal.

Embora os dados sobre estes eleitores ainda sejam escassos – informações mais concretas tendem a surgir apenas após as eleições – esta realidade diverge da vivida em 2022 e apurada depois da ida às urnas. Naquela altura, os jovens entre 25 e 44 demoraram mais tempo a decidir em quem iam votar, eram tendencialmente homens e inclinados mais à direita no espetro ideológico. Hoje não existem muitas diferenças entre o nível de habilitações dos indecisos, mas nas últimas eleições quem decidiu mais tarde o sentido de voto tinha um maior grau académico. E a nível de rendimentos, não há diferenças significativas entre quem tem um nível de dificuldade maior ou menor em relação ao rendimento que dispõe.

O retrato é traçado por Hugo Ferrinho Lopes, investigador de doutoramento em Política Comparada no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa ao ECO, no qual ressalva que nesta fase os dados são preliminares, dificultando a comparação entre estes dois eleitores. Mas já é possível juntar algumas peças.

Na sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC, divulgada a 1 fevereiro, o retrato apurado pelo estudo de campo não fugia muito à descrição do politólogo. Atualmente, a maioria dos indecisos são mulheres, entre os 35 e os 64 anos, com menor escolaridade e com dificuldades em sobreviver com os atuais rendimentos.

Outra informação relevante, é que a taxa de indecisos hoje parece não fugir muito à obtida em 2022. Numa sondagem da Universidade Católica para o Público, RTP 1 e Antena 1, divulgada a 13 de janeiro de 2022, antes das últimas eleições legislativas, os indecisos representavam 19% dos inquiridos.

Mas independentemente dos valores, estes indecisos voltam a representar uma oportunidade para os partidos, tanto os que lutam por uma maioria absoluta, como por uma maioria à esquerda ou à direita, ou pela sobrevivência do partido no Parlamento.

A grande maioria do eleitorado indeciso em 2022 acabou por votar no Partido Socialista”, aponta o Hugo Ferrinho Lopes ao ECO.

Nesse ano, nenhuma das sondagens indicava que o partido liderado na altura por António Costa venceria as eleições com maioria absoluta (41,6%). Nesse ano, face a 2019 (5 milhões), votaram mais 300 mil pessoas (5,3 milhões). Mas segundo o investigador, “o facto de as eleições serem percecionadas pelos eleitores como muito competitivas” – ou seja, com um vencedor imprevisível entre os dois maiores partidos – “levou a um efeito de mobilização às urnas e de voto estratégico, do qual o PS foi o principal beneficiário”.

Este ano, as intenções de voto apuradas através das sondagens também não vislumbram um futuro claro, ainda que segundo o politólogo, os debates tenham tendência a esclarecer os eleitores. Ao todo foram 30 frente-a-frente – 28 opondo dois líderes partidários e dois com todos os partidos, um na televisão e outro na rádio.

Segundo Hugo Ferrinho Lopes existem investigações que comprovam “que a exposição a debates entre candidatos têm um impacto no comportamento eleitoral”, e em alguns casos, os debates podem mesmo “mobilizar os indecisos para as urnas, em particular, aqueles que não se identificam particularmente com nenhum partido político”.

Ainda assim estas eleições “aparecem também com um resultado incerto, uma vez que os dois principais partidos têm resultados dentro de uma margem de erro coincidente, pelo que pode haver incentivos para uma repetição do mesmo fenómeno”, aponta.

A última pesquisa de campo realizada pela Universidade Católica para a RTP 1, Antena 1 e Público, divulgada a 29 de fevereiro, indicava que 25% da população inquirida admite que marcaria um X na coligação Aliança Democrática (AD) no boletim de voto a 10 de março — menos dois pontos percentuais face ao último inquérito. O PS surgiu em segundo lugar, com 20% de intenções de voto. O Chega aparece como terceira força política com 14%, seguindo-se a IL, BE, Livre, CDU e PAN. Nesta sondagem, 20% dos eleitores ainda estavam indecisos sobre em quem votariam.

Por seu turno, a sondagem realizado pelo ICS/ISCTE para o Expresso e SIC faz o mesmo retrato das intenções de voto: AD recolhe 21% das intenções de voto estando o PS com um ponto percentual de diferença (20%). O partido de André Ventura volta a aparecer como terceira força política com 12%, seguindo-se a IL, BE, CDU, Livre e PAN. Neste inquérito, a taxa de indecisos é de 18%, com a maioria (73%) a garantir que vai votar no dia 10 de março.

Mas há dois dados adicionais que resultam desta última sondagem que contribuem para a elevada imprevisibilidade desta eleição. O primeiro: um em cada quatro (24%) dos inquiridos não deu a “certeza de ir votar”, e 22% dos eleitores que já escolheram o seu voto admitem que a sua escolha não é ainda “definitiva”.

Convertendo as intenções de voto da primeira sondagem em estimativas de resultados eleitorais, estas percentagens traduzir-se-iam numa vitória da AD com 33% dos votos, com PS a recolher 27% dos votos. Na segunda sondagem, o panorama é o mesmo: 31% para a AD e 30% para o PS.

Tanto Luís Montenegro, líder da coligação da Aliança Democrática, como Pedro Nuno Santos, líder do PS, encararam esta quinta-feira os resultados com “humildade democrática“, desvalorizando a sua importância face a resultados eleitorais anteriores. Mas para Ferrinho Lopes “é expectável que uma parte muito substancial do eleitorado indeciso acabe por optar por um dos dois principais partidos”.

Mas os resultados após esta conversão conferem pouca confiança, de acordo com os politólogos ouvidos pelo ECO. Não só porque ainda vamos a meio da campanha eleitoral, mas também porque o próprio perfil dos indecisos divide-se em, pelo menos, duas categorias: os que recolhem informação até ao último instante para decidir em quem votar, e os voláteis que não votam em função de um partido ou força política, mas em função da conjuntura. Ou seja, até ao último dia de campanha, os partidos “vão jogar no tabuleiro dos indecisos”, retrata Paula Espírito Santo, cientista política e investigadora no Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP) do Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP).

“Isto aumenta o jogo e a fasquia, os partidos têm que se esforçar mais. E têm que ser também muito mais competitivos e corretos na relação com o eleitorado sob pena ou deles fugirem para a abstenção ou para outro partido”, conclui Paula Espírito Santo.

Em todos os casos, garante a especialista, “estes indecisos votam sempre”, não contribuindo para a abstenção. Num estudo pós-eleitoral do ICS e do ISCTE para o Expresso, revela que 14% dos inquiridos decidiram o seu voto só no dia das eleições, 9% duas semanas antes das eleições, quando arrancou a campanha eleitoral, e 7% um mês antes das eleições.

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S&P sobe rating de Portugal. Dívida soberana volta ao patamar A nas quatro principais agências

  • ECO
  • 1 Março 2024

S&P sobe rating de BBB+ para A-, com perspectiva positiva. Mandato de Medina nas Finanças vai terminar com as quatro principais agências a classificarem o rating do país no patamar A.

A Standard & Poor’s (S&P) decidiu subir, esta sexta-feira, a notação da dívida portuguesa de BBB+ para A-, com perspetiva positiva. Portugal volta, ao fim de 13 anos, a estar no patamar A em todas as agências de rating.

A agência já tinha sinalizado, em setembro passado, esta decisão quando melhorou a perspetiva da dívida soberana de estável para positiva – um outlook que mantém na nova avaliação o que abre a porta a nova subida da notação. A quase uma semana das eleições antecipadas, a S&P acredita que o “próximo Governo” continuará no caminho da “disciplina financeira” e a “concentrar-se na execução dos fundos” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), indica, em nota, à imprensa.

A redução “rápida” do rácio da dívida pública e a “forte performance orçamental” são assinaladas pela agência para justificar a subida de um nível na escala do rating. “Esperamos que esta tendência continue, embora de forma mais lenta”, antecipa a S&P, antes de acrescentar que prevê um “crescimento moderado”, apoiado num “forte desempenho do turismo, aumento do investimento público e recuperação do consumo privado”.

O PIB deve desacelerar de 2,3% em 2023 para 1,4% este ano, estima a agência, que aponta também para que o desemprego cresça “ligeiramente” para 6,7% este ano. Nos números macro, a S&P estima um aumento do investimento público para 3,3% PIB em 2024 (contra os 2,8% no ano passado).

O investimento do PRR “deve acelerar”, segundo a S&P, que refere ser “pouco provável que uma potencial mudança política, após as eleições, prejudique o desembolso dos restantes 13,7 mil milhões de euros”. Mesmo num cenário de incerteza e guerras, a agência norte-americana sublinha que Portugal “pode beneficiar da reconfiguração das cadeias de abastecimento globais”, uma vez que “a posição geográfica mais a oeste, a mão-de-obra relativamente qualificada e a elevada percentagem de energias renováveis no seu cabaz energético (60%)” tornam o país num “num destino atraente”.

A tensão no Mar Vermelho também tem “ramificações limitadas em Portugal”, ainda que sejam “um risco” sobretudo para o setor têxtil que importa matérias-primas da Ásia. A S&P calcula, no entanto, que os “efeitos diretos no comércio português são limitados porque apenas 5% das suas exportações de bens e 8% das importações são feitas com a Ásia”.

A agência aponta ainda para um abrandamento dos preços da habitação, uma vez que as condições de financiamento estão “mais restritivas” pelas taxas de juro elevadas e o fim dos vistos gold. Por outro lado, os riscos no setor bancário “são limitados”, mas é destacado que “a exposição aos promotores imobiliários e ao setor da construção (8% dos empréstimos do sistema) induzem riscos mais elevados para a estabilidade financeira no caso de uma forte correção dos preços da habitação”.

Para os próximos 24 meses, a S&P admite voltar a melhorar a classificação da dívida portuguesa se se mantiver a trajetória de excedentes da balança corrente e de queda da dívida pública.

António Costa foi o primeiro a reagir à decisão da S&P. “Desde 2011 que não tínhamos todas as agências de rating a notar A a nossa dívida. Um claro sinal de confiança em Portugal e no futuro da nossa economia. Assim se reforça a nossa segurança”, escreveu o primeiro-ministro, na rede social X (antigo Twitter), dias depois de Pedro Passos Coelho – durante um comício na campanha da AD – ter associado o “sentimento de insegurança” no país à imigração.

O Ministério das Finanças, em nota às redações, também lembrou que desde 2011 que Portugal não estava no clube A das notações das principais agências de rating. “Portugal afirma-se como um dos países com melhor desempenho económico e orçamental na Europa”, reagiu Fernando Medina, citado no comunicado, que acrescenta que a decisão tem um “impacto concreto para o Estado”, para empresas, bancos e famílias.

A canadiana DBRS foi a última agência a avaliar a dívida portuguesa em janeiro, sem qualquer alteração, depois de já ter promovido o rating no patamar A. Também a Fitch elevou a notação do país para A- em setembro passado e a Moody’s para A3 em novembro. Todas estas agências atribuem ao país uma perspetiva estável.

A Fitch será a próxima agência a avaliar a notação de Portugal, a 22 de março, seguida da Moody’s a 17 de maio.

 

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Pedro Nuno Santos promete semana de 37,5 horas para pais com filhos até aos três anos

  • Lusa
  • 1 Março 2024

O líder socialista disse que quer “negociar com os parceiros sociais a redução do horário de trabalho das 40 para as 37,5 horas para os jovens pais com filhos até aos três anos”.

O secretário-geral socialista prometeu esta sexta-feira que, se formar Governo, vai propor em concertação social a semana de trabalho de 37,5 horas para pais com filhos até aos três anos, medida para permitir um melhor acompanhamento das crianças.

Pedro Nuno Santos falava no comício de Castelo Branco, numa intervenção em que também afirmou que quer reduzir no Serviço Nacional de Saúde (SNS) os tempos de espera para consulta e melhorar o apoio médico aos jovens casais que querem ter mais filhos.

Já em sede de concertação social, o líder socialista disse que quer “negociar com os parceiros sociais a redução do horário de trabalho das 40 para as 37,5 horas para os jovens pais com filhos até aos três anos”.

“Queremos que os jovens pais possam acompanhar os seus filhos nos primeiros três anos de vida. Queremos que os jovens casais possam acompanhar o crescimento dos seus filhos. Temos uma economia que tem crescido”, alegou o secretário-geral do PS. Ainda segundo Pedro Nuno Santos, um Governo socialista vai ter como objetivo “fazer chegar as creches gratuitas a todos os jovens casais”.

“Mas nós queremos mais: Queremos o pré-escolar universal e gratuito em Portugal. Esse é o nosso objetivo para que possam ver os seus filhos crescer com qualidade e com condições”, acrescentou.

 

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CGD notificada do requisito MREL que espera continuar a cumprir

  • Lusa
  • 1 Março 2024

Desde janeiro que este requisito é equivalente a 23,08% do total de ativos ponderados pelo risco, adicionado de um requisito combinado de reserva de fundos próprios de 3,25%.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi notificada pelo Banco de Portugal do requisito mínimo de fundos próprios e de passivos elegíveis (MREL), que prevê continuar a cumprir através da combinação destes fundos.

A Caixa Geral de Depósitos informa que foi notificada pelo Banco de Portugal relativamente aos seus requisitos de fundos próprios e de passivos elegíveis (MREL – ‘Minimum Requirement for own funds and Elegible Liabilities’) conforme decisão do Conselho Único de Resolução”, lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Desde janeiro que este requisito é equivalente a 23,08% do total de ativos ponderados pelo risco, adicionado de um requisito combinado de reserva de fundos próprios de 3,25%, o que corresponde a um requisito total de 26,33%. O MREL é também equivalente a 6,31% da exposição total do rácio de alavancagem.

“Os requisitos aplicam-se em base subconsolidada para o perímetro de resolução definido. A estratégia de resolução preferencial é a abordagem ‘multiple point of entry’. À Caixa não foi determinado o cumprimento do requisito de subordinação mínimo”, acrescentou.

Segundo a mesma nota, em 30 de setembro de 2023, o rácio MREL apurado foi de 27,25% do total de ativos ponderados pelo risco e de 10,48% da exposição total do rácio de alavancagem. A CGD espera manter o cumprimento dos requisitos, “através da combinação de fundos próprios e de passivos elegíveis”.

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CP antecipa “perturbações significativas” na próxima semana devido a greve na IP

  • Lusa
  • 1 Março 2024

A CP antecipa perturbações significativas na circulação dos comboios a nível nacional a 5 e 7 de março de 2024. A greve da IP pode ainda afetar os serviços nos dias 4, 6 e 8 de março.

A CP – Comboios de Portugal avisou esta sexta-feira que são esperadas “perturbações significativas” nos dias 5 e 7 de março devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP).

“Informamos que, devido a uma greve convocada por um sindicato representativo dos trabalhadores da IP, responsável pela gestão da infraestrutura ferroviária, antecipam-se perturbações significativas na circulação dos comboios a nível nacional nos dias 5 e 7 de março de 2024”, lê-se numa nota da CP.

A empresa alertou também para a possibilidade de a greve afetar os serviços nos dias 4, 6 e 8 de março, ressalvando que a informação pode ser atualizada, caso venham a ser decretados serviços mínimos. Os clientes com bilhetes para viajar nos comboios alfa pendular, intercidades, internacional e inter-regional podem pedir o reembolso total do mesmo ou a sua troca.

Os reembolsos podem ser efetuados no site da CP, até 15 minutos antes da partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras. “Passado esse prazo, e até 10 dias após terminada a greve, pode ser pedido o reembolso através do preenchimento do formulário de contacto online reembolso por atraso ou supressão’, com envio da digitalização do original do bilhete”, acrescentou.

Em janeiro, a Aprofer – Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário já tinha admitido a possibilidade de um regresso à greve, após ter realizado três dias de greve que cancelaram centenas de comboios.

A entidade indicou, na altura, que, “após cinco anos de um primeiro acordo por concluir, em 2022”, a IP rejeitou até setembro de 2023 fechar com a associação um acordo, para “dar cobertura e solução a todo o tipo de perigos profissionais ao nível da saúde física e mental e que ao longo destes anos têm sido o rastilho para a morte precoce e para as doenças incapacitantes”.

Por outro lado, realçou que a IP, no dia 4 de janeiro, disse que “já teria a aprovação de orçamento, para voltar às negociações” e que “simulou uma reunião com a Aprofer” na DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), na qual “afinal o que propunham eram cadeiras, computadores e a reabertura para discussão de questões para as quais já se tinham fechado compromissos em setembro de 2022 e, portanto, no entender da IP e da tutela, seriam estas as razões mais que suficientes, para que a greve do dia 10 de janeiro, não acontecesse”.

A organização disse ainda que a empresa “apresentou cinco ‘cenários’, para a negociação salarial para 2024”, destacando que “em nenhum deles consta o cumprimento dos compromissos para com a Aprofer”. A Lusa contactou a associação, mas não obteve resposta. Também a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) criticou as propostas apresentadas pela administração da IP, falando em “imposição” e em redução do “salário real”.

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Confira aqui a chave do Euromilhões desta sexta. Prémio atinge 39 milhões

  • ECO
  • 1 Março 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 39 milhões de euros, depois de na última ronda não terem sido registados vencedores no primeiro prémio.

Com um primeiro prémio no valor de 39 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira um novo sorteio do Euromilhões. O prémio continua em jackpot depois o último sorteio, na passada terça-feira, ter ficado sem vencedores no primeiro prémio.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 1 de março:

Números: 4, 7, 19, 20, 34

Estrelas: 2, 4

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Costa elogia von der Leyen. “Só tenho a dizer bem do mandato”

O ainda primeiro-ministro português lembrou que foi o programa financiado através da primeira emissão de dívida conjunta na Europa que permitiu salvar milhões de empregos e recuperar a economia.

O ainda primeiro-ministro António Costa manifestou esta sexta-feira o seu apoio à atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacando o importante papel que teve na gestão da pandemia da covid-19 e na primeira emissão de dívida conjunta na União Europeia. Uma política que contrasta com a promovida pelo seu antecessor, o português Durão Barroso, quando a Europa promoveu medidas de austeridade, durante a crise da dívida soberana, defendeu.

Ursula von der Leyen fez um excelente mandato ao longo dos últimos cinco anos“, elogiou António Costa, em declarações em Roma, onde participa no congresso do Partido Socialista Europeu (PSE), em que o comissário Nicolas Schmit será indicado como candidato nas eleições europeias. Embora Costa já não tenha um papel ativo na eleição do próximo líder da Comissão Europeia, o primeiro-ministro demissionário não quis deixar de comentar o mandato de von der Leyen, realçando que “foi com esta Comissão que demos passos muito importantes” em várias áreas e “travamos um dos momentos mais difíceis”, a pandemia da covid-19.

Numa comparação direta com o seu antecessor, Durão Barroso, o ainda primeiro-ministro português referiu que “em vez de entrar em austeridade, como aconteceu na crise das dívidas, conseguimos responder com solidariedade. Salvaram-se milhões de empregos e as empresas, a economia recuperou“, salvaguardando ainda que foi com von der Leyen que a União Europeia deu um passo histórico, com a primeira emissão de dívida conjunta, “um programa fundamental para salvar milhões de empregos em toda a Europa“.

“Só tenho a dizer bem do mandato”, reiterou.

Olhando para as eleições legislativas no país, António Costa apelou aos indecisos – “segundo as sondagens há um elevado número de indecisos” – que reflitam. “Está na altura das pessoas que não decidiram refletirem sobre a escolha, porque vai ser determinante para o seu futuro. E já agora que decidam bem”, rematou.

Quanto à sua entrada na campanha eleitoral na próxima semana, Costa apenas adiantou que “farei campanha sempre e quando partido socialista entender que sou útil“.

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Acionistas da EDP Renováveis votam reeleição de Stilwell a 4 de abril

  • ECO
  • 1 Março 2024

Na reunião magna, marcada para Madrid, vai ser votado o novo programa de dividendos flexíveis e os membros da administração para os próximos três anos.

O conselho de administração da EDP Renováveis (EDPR) convocou a assembleia geral para dia 4 de abril, em Madrid, para analisar as contas de 2023 da subsidiária do grupo EDP e aprovar o novo programa de dividendos flexíveis. Na reunião magna será ainda votada a nova equipa da administração, a reduzir dos atuais 11 para nove elementos.

Entre os pontos a discutir na assembleia-geral está a proposta dos acionistas voltarem a receber, este ano, dividendos flexíveis, ou seja, em vez de um dividendo em dinheiro receberem novas ações. A EDP, que controla 71,27% da empresa de energias renováveis, já adiantou que vai optar por receber a sua remuneração em ações depois de ser conhecido, que em 2023, os lucros da EDP Renováveis caíram 50%, para 309 milhões de euros.

A empresa prevê que o programa arranque no prazo máximo de um ano após a deliberação da AG, sendo atribuídos aos acionistas da EDPR direitos de incorporação que serão admitidos à negociação no mercado regulamentado da Euronext Lisbon.

No documento, divulgado esta sexta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDPR deu conta da proposta para um “mecanismo de remuneração dos acionistas através de um ‘scrip dividend’ a executar através de um aumento de capital social por incorporação de reservas, num montante determinável, através da emissão de novas ações ordinárias com valor nominal de cinco euros, sem prémio de ação, da mesma classe e série que as atualmente emitidas, incluindo uma disposição para a aceitação incompleta das ações a emitir no aumento do capital social”.

no ano passado os acionistas da EDPR tinham tido a opção de uma remuneração flexível.

Em cima da mesa da reunião está ainda a “renúncia de administradores, redução do número de administradores e reeleição e nomeação de administradores”, lê-se na convocatória.

Os gestores a reeleger são: Miguel Stilwell de Andrade, Rui Manuel Rodrigues Lopes Teixeira, Manuel Menéndez Menéndez, António Sarmento Gomes Mota, Rosa María García García, José Manuel Félix Morgado, Allan J. Katz e Cynthia Kay McCall.

Os acionistas irão ainda votar a nomeação de Ana Paula Serra, professora auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e Investigadora do CEFUP e ex-administradora do Banco de Portugal entre 2017 e 2022.

De saída da empresa, por renúncia, estão Vera Pereira Carneiro, Ana Paula Pina Marques e Acácio Mota Piloto.

No caso de não se alcançar o quórum necessário a reunião fica reagendada para dia 15 de abril de 2024, no mesmo lugar e hora (12 horas).

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CGD diz que greve foi “pouco expressiva”

  • Lusa
  • 1 Março 2024

A CGD referiu que número de transações efetuadas nos diferentes canais do banco público foi de 3,2 milhões, acima dos 3 milhões de transações no mesmo dia do ano passado e dos 2,6 milhões de quinta.

A CGD avançou que a greve desta sexta-feira por mais salários foi “pouco expressiva” e que continua empenhada em dar melhores condições, mas lamentou a paralisação quando decorre a negociação e a sua proposta é a melhor do setor.

Em comunicado, fazendo o balanço final, às 17:00 (hora de Lisboa), a Caixa Geral de Depósitos (CGD) indicou que, de acordo com o registo da Direção de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, a greve “foi pouco expressiva” e que a adesão foi “apenas uma fração dos números divulgados por estruturas sindicais, que se afastam da realidade”.

A CGD referiu que número de transações efetuadas nos diferentes canais da Caixa Geral de Depósitos foi de 3,2 milhões, acima dos 3,0 milhões de transações no mesmo dia do ano passado e dos 2,6 milhões de transações de quinta-feira. Quanto à rede, disse que estiveram abertas 92% das agências e todos os gabinetes de empresa.

A CGD diz que se mantém “empenhada em criar as melhores condições para os seus colaboradores, ciente que o seu capital humano é fundamental para adotar as transformações necessárias” ao seu negócio e que a greve é um direito inalienável mas que “não pode, no entanto, deixar de lamentar que a mesma corra riscos de ser entendida como politizada”.

A CGD afirma ainda, no comunicado, que a sua proposta de aumento salariais é a maior de todo o setor bancário. Os trabalhadores da CGD cumpriram hoje um dia de greve contra aumentos salariais de 3,25% que os sindicatos consideram “irrisórios” face ao custo de vida e os lucros do banco em 2023, que deverão ter superado os 1.000 milhões de euros.

O protesto foi convocado pelo STEC (que pede 5,9% com um mínimo de 110 euros) e posteriormente também por outros sindicatos bancários. O STEC disse à Lusa que a adesão rondou os 80%. O presidente do STEC, Pedro Messias, disse hoje à Lusa que o sindicato pôs uma queixa na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) por assédio exercido junto de trabalhadores por chefias intermédias para que não aderissem à greve.

A CGD tem 6.000 funcionários. É o único dos grandes bancos que ainda não apresentou os resultados de 2023, mas a previsão é que sejam históricos já que até setembro teve lucros de 987 milhões de euros (mais 43% face ao mesmo período de 2022).

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