Moët & Chandon x Pharrell Williams: um brinde à celebração

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 11 Março 2025

A marca de champagne e o rapper americano reinventam a celebração de aniversário com uma edição limitada. Design icónico, luxo e tradição unidos num brinde à alegria e às relações humanas.

Todos os dias, 22 milhões de pessoas em todo o mundo assinalam o seu aniversário. Algumas preferem festas extravagantes, outras momentos mais íntimos. Há quem apague as velas com um desejo secreto, há quem brinde a novas conquistas. Mas há um elemento comum a todas as celebrações: as pessoas que escolhemos ter ao nosso lado. E é precisamente essa partilha, esse ritual universal, que inspirou a nova colaboração entre a Moët & Chandon e Pharrell Williams.

A Moët & Chandon Pharrell Williams Limited Edition Collection, lançada mundialmente neste mês de março, nasce do encontro entre a maison francesa de champagne e um dos criativos mais influentes do nosso tempo. O resultado? Uma homenagem à arte de celebrar, com design arrojado e uma abordagem inovadora às tradições dos aniversários.

“A melhor parte de um aniversário são as pessoas que querem celebrá-lo connosco”, comenta Pharrell. “Quando eu tinha idade suficiente para brindar com champagne pela primeira vez, a Moët & Chandon era a minha referência. Suponho que é apenas uma tradição, é o ritual”, acrescenta.

Ao longo dos anos, a Moët & Chandon tem sido a escolha natural para marcar momentos especiais, erguendo-se em brindes que ficaram para a história. Em 1965, Paul Newman celebrou os seus 40 anos com uma garrafa de Moët, entre amigos e colegas que o acompanhavam no auge da sua carreira. Scarlett Johansson, por sua vez, escolheu um jantar privado com o seu irmão gémeo Hunter para assinalar os 30 anos, em 2014, com flutes de Moët & Chandon a tilintar entre os convidados. Roger Federer, um habitué da marca, faz questão de abrir uma garrafa em casa, entre família e amigos, sempre que acrescenta mais um ano à sua história.

Para criar um design distinto e único para o aniversário de cada um de nós, a Moët & Chandon e Pharrell Williams mergulharam nos arquivos da casa e descobriram que o que hoje é a icónica gravata na garrafa era um arco em 1889. O arco, que simboliza união, generosidade, alegria e surpresa, é um dos elementos-chave desta coleção de edição limitada.

Brut Impérial (Ouro, Azul e Vermelho) e Néctar Impérial Rosé (Branco) – 75cl – surgem em edição limitada. A caixa e o gargalo do champagne mais emblemático de Moët & Chandon, Brut Impérial, estão vestidos de Ouro, Azul Meia-Noite, Vermelho Profundo, bem como Branco para Néctar Impérial Rosé. Pharrell assina as suas criações com letras pontilhadas a branco, semelhantes a pérolas na caixa, e diretamente na garrafa. Também transforma o selo real vermelho da garrafa num monograma pérola com as suas iniciais, PW, interligado e redondo.

Adicionalmente, existem ainda, fora de Portugal, a versão Cápsula do Arco e a versão Jewel Masterpiece. A Cápsula do Arco apresenta um arco de tecido de grandes dimensões adornado com contas de pérolas, criado pelas bordadeiras parisienses do Atelier Baqué Molinié. O arco é destacável e pode ser usado como alfinete de peito. A Jewel Masterpiece é um emblema que celebra a audácia e o ‘chique’ francês. Existem apenas 30 peças numeradas, meticulosamente feitas à mão em França. As 30 jóias numeradas estão disponíveis através do serviço de vendas privadas Moët Hennessy, na boutique Epernay, e em bares selecionados Moët & Chandon, a um preço de 30 000 euros.

Os consumidores podem adquirir a coleção de edição limitada em lojas pop-up em Londres, Madrid, Milão, Dubai, Cidade do México, Coreia ou Japão, bem como experimentar os rituais especiais de aniversário Moet & Chandon, desde velas a bolos especialmente desenhados para serem o casamento perfeito com o icónico champagne.

O lançamento da Moët & Chandon Pharrell Collection é acompanhado por uma campanha de media global com o artista norte-americano. Pelos olhos de quem celebra, a história retrata Pharrell e os seus amigos a correr para uma festa de aniversário no coração de Paris. Quando os amigos organizam uma festa de aniversário, há sempre quem aparece tarde, o responsável pelo bolo, quem escolhe as flores, quem vem com balões… E adivinhe quem traz o champagne?

Moët & Chandon Pharrell Williams Limited Edition Collection
PVR: 48,30€
Disponível no El Corte Inglés

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Governo acusado pela Zero de “favorecimento” à ANA ao usar dinheiro público para isolamento acústico em Lisboa

  • Lusa
  • 11 Março 2025

É "escandaloso" que Governo pague isolamento de edifícios que deveria ser feito pela ANA, acusa associação ambientalista.

A associação ambientalista Zero quer que seja “efetivamente cumprida” a restrição de voos noturnos no aeroporto de Lisboa, mas considera “escandaloso” que o Governo favoreça a ANA – Aeroportos de Portugal ao financiar o isolamento acústico de edifícios.

Em causa está a decisão do Governo, aprovada na sexta-feira em Conselho de Ministros e anunciada no sábado em comunicado, de implementar um conjunto de medidas para reduzir o impacto do ruído gerado pelo Aeroporto Humberto Delgado (AHD) nas populações dos municípios de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira e Almada, incluindo a imposição de restrições aos voos noturnos, entre a 1h00 e as 5h00.

Outra das medidas é a criação do Programa Menos Ruído, que permitirá intervenções em fachadas, janelas e caixilharias de edifícios habitacionais de uso sensível ao ruído, com um investimento global de 10 milhões de euros, financiado através do Fundo Ambiental.

Para a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, é “inaceitável” que o Fundo Ambiental esteja a ser utilizado para financiar obras de isolamento acústico, “quando esta responsabilidade deveria caber exclusivamente à ANA – Aeroportos de Portugal, concessionária da Vinci Airports”.

Em comunicado, a associação ambientalista refere que o “favorecimento”, por parte do Governo, da ANA – Aeroportos de Portugal, empresa que gere o AHD, contraria a prática em outros aeroportos europeus como Barajas, em Madrid, Heathrow, em Londres, ou em diversos aeroportos franceses e alemães, onde os custos de mitigação “são integralmente assumidos pela operadora aeroportuária”.

Por isso, a Zero entende que, no caso do AHD, é “escandalosa a perversão do princípio do poluidor pagador”, uma vez que o uso de fundos públicos para isolamento acústico desresponsabiliza poluidores.

“Independentemente da criação de futuras taxas de ruído”, a associação ambientalista lembra que o Plano de Gestão de Ruído 2018-2023 do AHD já previa o isolamento acústico das habitações, que seria integralmente financiado pela ANA, e que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) denunciou, há mais de seis meses, à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) o incumprimento das obrigações ambientais prevista nesse plano, mas não são conhecidos, até ao momento, quaisquer resultados desta ação inspetiva.

A Zero alerta que “não existe qualquer plano para o período 2024-2029” e “o anterior não foi sequer cumprido”, inclusive falhou na criação do regulamento previsto para operacionalizar o apoio ao isolamento acústico de edifícios, e recorda que, segundo o contrato de concessão, o incumprimento das obrigações ambientais por parte da concessionária pode levar à resolução do contrato pelo Estado.

“O Governo deveria, em vez de substituir-se à concessionária e pagar medidas de mitigação com dinheiro público, utilizar o seu poder como concedente para garantir o cumprimento integral das obrigações da ANA”, defende.

Relativamente à restrição de voos noturnos, a associação reconhece como “positivo o reiterar do Governo da proibição de voos entre a 01:00 e as 05:00”, mas avisa que estará atenta para verificar se “será efetivamente cumprida”, a partir de abril deste ano como a Zero tem defendido, e se haverá fiscalização rigorosa para evitar incumprimentos ou pedidos de exceção que possam comprometer a eficácia da medida.

A este propósito, a Zero exige conhecer que restrições concretas serão aplicadas aos voos entre as 23h00 e as 7h00, e reforça que o isolamento acústico das habitações afetadas pelo ruído aéreo deve ser “financiado integralmente pela ANA, conforme previsto no Plano de Gestão de Ruído 2018-2023”, considerando que deve ser o setor da aviação a assumir integralmente os seus impactos ambientais e sociais, sem transferir os custos para os cidadãos.

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Lucros elevados são um “novo normal” na banca portuguesa

Depois dos lucros recorde de cinco mil milhões de euros no ano passado, a agência Morningstar DBRS considera que a banca portuguesa entrou num “novo normal” de alta rentabilidade.

Os lucros elevados na banca portuguesa vieram para ficar, considera a agência de rating Morningstar DBRS, destacando que, depois dos resultados recorde de cinco mil milhões de euros em 2024, o nível de rentabilidade do setor entrou num “novo normal”.

“Para 2025, não esperamos um novo crescimento de dois dígitos nos resultados. Os benefícios de libertação de provisões em grande montante e do repricing da carteira de empréstimos com taxas de juro elevadas parecem esgotados”, começa por dizer a agência de notação de risco numa nota divulgada esta terça-feira.

“Ainda assim, a alteração do nível de lucros de há alguns anos representa um novo normal”, acrescenta a Morningstar DBRS, explicando que os bancos deverão continuar a beneficiar do aumento da procura de crédito, “fruto do forte desempenho da economia, do reduzido endividamento do setor privado e das taxas de juro estruturalmente mais elevadas”.

Os maiores bancos nacionais tiveram lucros de 5,073 mil milhões de euros no ano passado, o que corresponde a uma subida de 13% em relação a 2023.

A Morningstar DBRS explica que o “forte desempenho” da banca se deveu à ainda elevada margem financeira que, apesar dos recentes cortes nas taxas de juro”, atingiu os 9,74 mil milhões de euros em termos agregados. Por outro lado, os resultados beneficiaram do menor nível de imparidades e provisões: caíram de 2,19 mil milhões de euros em 2023 para 909 milhões no final do ano passado.

Os analistas salientam ainda que, embora os custos operacionais tenham subido 7% devido à inflação e aos investimentos na digitalização e simplificação, “o forte resultado operacional suporta os níveis de eficiência”, que são dos mais competitivos na Europa. “O rácio cost-to-income foi de 37,4% em 2024, situando-se no nível mais baixo em comparação com os pares europeus”, aponta a agência.

Também dão nota positiva à melhoria da qualidade da carteira de crédito, com o rácio de crédito malparado a recuar para 2,1%, “abaixo dos 8,7% em 2019”, e aos rácios de solvência “sólidos” de 20% (rácio total) que oferecem uma almofada face à atual situação de incerteza a nível global.

“Estes rácios de capital amplos são o resultado de anos de lucros saudáveis e de forte geração orgânica de capital. Consideramos que estes rácios de solvência vão ajudar a proteger os bancos contra qualquer desestabilização no ambiente operacional associada a riscos geopolíticos e à crescente tensão comercial”, observa a Morningstar DBRS.

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Mercadona já ganha dinheiro em Portugal. “Estamos muito satisfeitos”, assume Juan Roig

Ao fim de oito anos e mais de mil milhões de euros investidos, retalhista espanhola lucra pela primeira vez com a operação no mercado português. Vendas em 60 lojas atingiram 1.778 milhões em 2024.

Oito anos depois de anunciar a entrada em Portugal e cinco anos após abrir a primeira loja no país, a operação da Mercadona no mercado nacional atinge pela primeira vez resultados positivos: 7 milhões de euros. Em 2024, a retalhista de origem espanhola registou vendas de 1.778 milhões de euros deste lado da fronteira, mais 27% do que no ano anterior.

“Pela primeira vez, Portugal foi rentável. Isso também beneficiou os resultados globais. Agora, Portugal começou a somar [aos lucros do grupo] e estamos muito satisfeitos”, salientou o presidente Juan Roig, durante a apresentação de resultados, em Valência (Espanha).

Embora os sete milhões de euros lucrados em 2024 tenham ficado “abaixo do esperado”, o empresário repetiu estar “muito satisfeito” com a Portugal. Por outro lado, prometeu “continuar a desenvolver novos supermercados, entrar no distrito de Lisboa de forma mais ativa e ir mais para sul, até Faro, nos próximos anos”.

Agora que a Mercadona já tem “as lojas consolidadas e todas são muito rentáveis”, no próximo ano prevê “certamente dobrar” os lucros para 14 milhões de euros no mercado português. Para a abertura de 10 novas lojas e a “compra de mais alguns terrenos” tem reservado para Portugal um envelope financeiro de cerca de 157 milhões de euros para 2025.

Pela primeira vez, Portugal foi rentável. Isso também beneficiou os resultados globais. Agora, Portugal começou a somar [aos lucros do grupo] e estamos muito satisfeitos.

Juan Roig

Presidente da Mercadona

Atualmente com 60 supermercados de portas abertas em Portugal – tem ainda dois blocos logísticos, na Póvoa de Varzim e Almeirim –, Roig admitiu que a empresa precisa de “melhorar o sortido e a relação com os fornecedores portugueses”. Que, por sua vez, têm de perceber que a entrada nessa lista de compras da Mercadona “significa uma série de prioridades distintas”.

“Faz falta sermos mais portugueses e termos um [cabaz de produtos] mais português. É muito mais fácil tomar a decisão de ir para Portugal do que fazer-se português. Isso custa muitíssimo”, apontou o empresário valenciano. Em 2024, a retalhista diz ter comprado 1.400 milhões de euros aos fornecedores portugueses. Desde 2019, quando abriu portas em Portugal, as compras no país ascenderam a 4.450 milhões.

‘Contributo fiscal’ de 237 milhões em Portugal

Contabilizando já ter investido mais de mil milhões de euros em Portugal, dos quais 219 milhões só no ano passado, segundo os dados divulgados esta terça-feira, a sociedade portuguesa Irmãdona Supermercados, que tem sede em Vila Nova de Gaia, “contribuiu com 237 milhões de euros em impostos” em Portugal durante o ano passado.

Com perto de 7.000 funcionários em Portugal, dos quais 1.700 foram contratados em 2024, a Mercadona vai abrir mais uma dezena de supermercados em 2025. Chegará ao final deste ano com uma rede de 70 espaços espalhados por 12 distritos do território nacional, com destaque para a chegada nos próximos meses à cidade de Lisboa – e logo com duas aberturas.

Um dos projetos, já em construção num terreno com 5.000 metros quadrados na rua Hermínio da Palma Inácio, na freguesia de Santa Clara (Alta de Lisboa), inclui uma área de escritórios para albergar a equipa com cerca de 100 pessoas em funções como recursos humanos, logística e obras. A outra unidade na capital portuguesa abrirá na Quinta do Lambert, na freguesia do Lumiar.

Loures (Santa Iria de Azóia e Frielas), Penafiel (Milhundos), Fafe, Leiria (Vale Sepal), Matosinhos (São Gens), Palmela e Porto (Amial) são as restantes localizações previstas. Para dar resposta ao plano de expansão para 2025 já se encontra a recrutar para diversas funções, tendo atualmente vagas abertas sobretudo para operadores de supermercado, auxiliares de manutenção e operadores de armazém.

Em janeiro, a empresa aplicou aumentos de 8,5% a todos os trabalhadores, fixando o salário de entrada em 14.963,90 euros brutos anuais. Já por via da distribuição dos resultados, a 1 de março deste ano, em média, cada trabalhador em Portugal com mais de quatro anos de antiguidade recebeu um cheque de “cerca de 4.500 euros brutos em remuneração variável, o correspondente a três mensalidades”.

Loja da Mercadona em Coimbra (Eiras), que abriu em 2024

Foi a 2 de julho de 2019 em Canidelo, no concelho de Vila Nova de Gaia, que o grupo retalhista sediado em Valência abriu o primeiro supermercado em Portugal. É a primeira experiência de internacionalização da empresa que lidera o retalho alimentar em Espanha.

É também na margem sul do Douro que a Mercadona tem a sede da operação portuguesa, onde a retalhista instalou um hub de desenvolvimento de software. Esta nova estrutura foi integrada na Mercadona IT, responsável pela digitalização da empresa de Valência e que conta com mais de 1.000 profissionais.

Economia ibérica puxa por resultados “espetaculares”

Esta manhã, a conferência de imprensa anual começou com Juan Roig a emocionar-se ao falar num “ano duro”, em referência aos incêndios no Norte e Centro de Portugal que chegaram a ameaçar o bloco logístico da Póvoa de Varzim, mas sobretudo à tragédia da tempestade Dana, que afetou mais de duas dezenas de lojas e outras instalações do grupo na região de Valência.

No que toca aos resultados globais, o empresário resumiu que “2024 foi um ano espetacular” “Estamos em dois países – tanto Espanha como Portugal – em que as economias estão a funcionar muito bem e que recebem milhões de turistas. Há que cuidar desse setor”, avisou, mesmo reconhecendo as implicações negativas que o turismo tem para os residentes.

Juan Roig, presidente da Mercadona

A líder de mercado em Espanha — a quota aumentou 0,7 pontos percentuais no ano passado, atingindo os 28,2% — tinha no final do ano passado um total de 1.674 supermercados, em resultado de 42 aberturas e 49 encerramentos. Emprega agora 743.700 pessoas, após ter criado mais 6.000 novos postos de trabalho em 2024.

Entre Espanha e Portugal, o grupo faturou 38.835 milhões de euros, mais 9% do que no ano anterior. Equivale a 2,1% o PIB espanhol, equiparou Roig. No mesmo encontro com jornalistas, o fundador da companhia – com o património pessoal está a construir uma mega arena em Valência para desportos, música e eventos corporativos, a estrear em setembro – anunciou ainda um aumento de 37% nos lucros globais, para 1.384 milhões de euros, dos quais 20% serão distribuídos aos acionistas.

Obter lucros é indispensável. E quantos mais, melhor. Porque podes pagar melhor aos trabalhadores, aos fornecedores e aos acionistas.

Juan Roig

Presidente da Mercadona

“Obter lucros é indispensável. E quantos mais, melhor. Porque podes pagar melhor aos trabalhadores, aos fornecedores e aos acionistas”, sublinhou Juan Roig. Indicou ainda que os objetivos para 2025 passam por subir as vendas para 40.100 milhões de euros (+3,5%), contratar mais mil pessoas e manter o volume de investimento anual em torno dos mil milhões durante este ano.

Uma das maiores apostas em Espanha passa pelas vendas online, ainda não disponíveis em Portugal, que no ano passado valeram 840 milhões de vendas, correspondentes a 2% do total faturado. Finalmente, questionado sobre se pondera avançar para um terceiro país, Juan Roig respondeu que a Mercadona “ainda [tem] muitíssimo trabalho em Portugal e Espanha”.

“Só iremos para um terceiro país quando isto [no mercado ibérico] estiver consolidado. Não podemos ir para um terceiro país e correr o risco de perder os outros dois”, ilustrou o presidente da gigante retalhista espanhola, nascido em 1949, que afastou ainda a possibilidade de se afastar das atuais funções executivas enquanto estiver “física e mentalmente bem”.

(O jornalista viajou para Valência a convite da Mercadona)

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TikTok lança novas ferramentas para simplificar supervisão dos pais

  • Lusa
  • 11 Março 2025

Facilitar aos encarregados de educação bloquear o acesso dos adolescentes ao TikTok em determinados períodos e perceber quem é que os jovens seguem e bloqueiam são algumas das funcionalidades.

O TikTok anunciou uma atualização e novas ferramentas que tornam “mais simples” a supervisão dos pais sobre os filhos na plataforma, entre as quais uma nova funcionalidade de meditação.

Entre as mudanças apresentadas há “algumas atualizações que esperamos que tornem mais simples a supervisão que as famílias e os pais têm no TikTok em relação aos seus filhos”, afirmou o responsável pelas relações governamentais para o Sul da Europa (head of government relations TikTok SEU).

Em particular, “o que estamos a anunciar” é a atualização da “nossa ferramenta de emparelhamento familiar, que é uma ferramenta que já foi desenvolvida há cinco anos” e que permitia aos pais terem maior controlo e entendimento da experiência dos filhos no TikTok, prosseguiu Enrico Bellini.

Agora, com este anúncio e atualização na rede social de vídeos curtos, o TikTok dá especial enfoque a três áreas, as quais estarão disponíveis “globalmente”, o que inclui a Europa e, naturalmente, Portugal.

A primeira “é que estamos a tornar muito mais fácil para os pais e para aqueles que têm responsabilidade sobre as crianças e cuidadores reservar um tempo quando podem porque não querem que seus adolescentes usem o TikTok“, apontou.

Ou seja, agendam um tempo no dia e, nesse período, as crianças e adolescentes “não poderão usar” o TikTok”, referiu o porta-voz.

Esta funcionalidade do emparelhamento familiar, que permite aos encarregados de educação bloquear o acesso dos adolescentes ao TikTok em horários que eles próprios definem, chama-se Time Away.

Há também a “possibilidade de dar um pouco mais de tempo, mas isso ficará sob o controlo dos pais”, acrescentou Enrico Bellini.

A segunda grande mudança é que “vamos tornar muito mais fácil para os pais entenderem quem os seus filhos adolescentes estão a bloquear” e quais as contas relacionadas e quem seguem e quem são os seguidores, para perceber o que fazem online.

A funcionalidade Family Pairing permite aos pais/tutores saber quem é que os adolescentes estão a seguir no TikTok, quem os segue e as contas que os adolescentes bloquearam.

“Com uma maior visibilidade da rede dos jovens, os responsáveis estarão melhor preparados para manter conversas regulares e ajudar os seus filhos a desenvolver as competências de literacia digital necessárias para navegar pelas experiências online”, de acordo com a plataforma.

Além disso, nos próximos meses, quando um adolescente reportar um vídeo que considere estar em violação das regras do TikTok, poderá escolher alertar um pai, cuidador ou outro adulto de confiança ao mesmo tempo, mesmo que não esteja a utilizar a ferramenta de emparelhamento familiar.

“E, finalmente, estamos a tentar ajudar” os jovens “a desligar à noite”, com a nova funcionalidade da meditação, para que eles aprendam a “importância de relaxar” e desligar da plataforma.

A funcionalidade de meditação na aplicação está desenhada para ajudar os adolescentes a diminuir a sua presença no TikTok depois das 22h00.

“Se um adolescente com menos de 16 anos estiver no TikTok depois das 22h00, o seu ‘feed For You’ será interrompido com a nova funcionalidade ‘wind down’. Trata-se de uma apresentação no ecrã com música relaxante para ajudar os adolescentes a relaxarem e a estarem mais conscientes do tempo”, refere a plataforma.

Estas funcionalidades são aplicadas aos jovens entre os 13 e os 18 anos.

O TikTok é uma plataforma em crescimento com mais de 1.000 milhões de pessoas a nível mundial, 159 milhões de utilizadores na União Europeia (UE) e 175 na Europa. Em Portugal, tem 3,9 milhões de utilizadores mensais.

“A nossa expectativa é que possamos fornecer mais ferramentas e possamos facilitar os pais e cuidadores a terem uma conversa sobre o uso da nossa aplicação com seus adolescentes”, sublinhou.

Desde o lançamento do feed de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) “que este está agora disponível em mais de 100 países e, todas as semanas, milhões de adolescentes podem desfrutar”, afirma a plataforma.

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Chuva reforça bacia do barlavento algarvio em 70% e coloca sotavento perto da capacidade máxima

  • Lusa e ECO
  • 11 Março 2025

A quantidade de água armazenada na bacia hidrográfica do barlavento algarvio aumentou mais de 70% desde o final de fevereiro até 10 de março. A leste, atingiu-se quase 90% de capacidade.

A quantidade de água armazenada na bacia hidrográfica do barlavento algarvio aumentou mais de 70% desde o final de fevereiro até 10 de março na sequência da chuva que tem caído na última semana em Portugal continental. Esta bacia é constantemente a que menos água armazena, muito aquém da média.

De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos (SNIRH) disponíveis nesta terça-feira, a bacia hidrográfica do barlavento algarvio subiu de 20,7% no final de fevereiro, para 35,6%, valor referente a 10 de março.

Também a sul do país, a bacia hidrográfica do Mira subiu de 40,4% (no final de fevereiro) para 45,4% (a 10 de março) e a do Arade de 41,8% para 50%.

Ainda na região do Algarve, onde estão em vigor medidas restritivas para o uso da água, a bacia hidrográfica do sotavento estava a 10 de março com 86,8%.

A abrangência territorial do Arade compreende os concelhos de Almodôvar (ainda no Alentejo), Lagoa, Loulé, Monchique, Portimão e Silves, enquanto o Barlavento abrange Aljezur, Lagos, Monchique, Odemira (Alentejo), Portimão e Vila do Bispo. Mais a leste, na bacia do sotavento, incluem-se Albufeira, Faro, Lagoa, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António.

Segundo o SNIRH, na primeira semana de março (de 03 a 10 de março), 69% das albufeiras monitorizadas apresentava disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 5% tinham disponibilidades inferiores a 40%.

Na primeira semana de março, os armazenamentos por bacia hidrográfica apresentaram-se superiores às médias, exceto nas bacias do Ave, Mondego, Mira, Arade e Ribeiras do Barlavento.

A quantidade de água armazenada desceu em duas bacias hidrográficas e subiu em 13. Refira-se que a cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

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UE exportou mais 5,5% para os EUA em 2024 e as importações desceram 4%

A União Europeia fechou o último ano com um excedente comercial de 198,2 mil milhões de euros nas trocas comerciais com os EUA. Os produtos farmacêuticos lideram as vendas.

As exportações de bens da União Europeia para os Estados Unidos aumentaram em 5,5%, no último ano, enquanto as importações caíram 4%, mostram os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat. Dados que no final de 2025 poderão sofrer grandes alterações tendo em conta a política comercial que o Presidente norte-americano, Donald Trump, pretende levar a cabo.

Segundo o gabinete de estatísticas europeu, os países da União Europeia exportaram um total de 531,6 mil milhões de euros para os EUA e importaram 333,4 mil milhões de euros, o que resulta num excedente comercial de 198,2 mil milhões de euros.

Os produtos médicos e farmacêuticos foram responsáveis por 22,5% das exportações para os EUA, seguidos pelos veículos (9,6%), por equipamentos e maquinaria industriais (6,4%), máquinas elétricas, aparelhos e peças elétricas (6%) e maquinaria especializada para indústrias (5%).

Estes cinco grupos de produtos pesaram cerca de metade de todas as exportações que tiveram como destino os EUA.

Do lado das importações, as cinco divisões mais importadas contaram para 50,4% das importações globais de bens dos EUA.

O petróleo, produtos petrolíferos e materiais relacionados lideram as importações, com um peso de 16,1%, seguida por produtos médicos e farmacêuticos (13,8%), máquinas e equipamentos para geração de energia (9,2%), gás natural e manufaturado (5,8%) e outros equipamentos de transporte (5,5%).

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Musk diz que ciberataque que inutilizou rede social X teve origem na Ucrânia

  • Lusa
  • 11 Março 2025

Segundo Elon Musk, foi feito "um ciberataque maciço para tentar derrubar o sistema do X com endereços IP na área da Ucrânia". O ataque inutilizou o X durante alguns períodos esta segunda-feira.

O ciberataque que inutilizou por alguns períodos a rede social X na segunda-feira teve origem na Ucrânia, segundo o bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma.

Numa entrevista à Fox News, Musk afirmou que durante o dia houve “um ciberataque maciço para tentar derrubar o sistema do X com endereços IP (número que identifica um dispositivo dentro de uma rede) na área da Ucrânia“.

As reclamações sobre interrupções aumentaram durante a manhã de segunda-feira nos EUA, com mais de 40 mil utilizadores a relatarem não ter acesso à plataforma, de acordo com o site Downdetector.com.

Esta interrupção sustentada durou pelo menos uma hora, com as maiores interrupções a registadas ao longo da costa dos EUA. O Downdetector.com indica que 56% dos problemas diziam respeito à aplicação do X, enquanto 33% foram relacionadas com o site.

Em Portugal, o Downdetector registou por volta das 10h00 um pico de 774 problemas de funcionamento reportados. Pouco depois, o funcionamento da rede social estabilizou, com os problemas a regressarem à hora de almoço, com 85 queixas transmitidas à plataforma por volta das 13h00 e 660 por volta das 14h00. A partir das 15h15 começou uma nova vaga de queixas, que se tem manteve constante ao longo da tarde.

Em março de 2023, a plataforma então conhecida como Twitter sofreu uma série de falhas por mais de uma hora, quando os links pararam de funcionar, alguns utilizadores não conseguiram fazer login e as imagens não carregaram para outros.

Somos atacados todos os dias, mas isto foi feito com muitos recursos“, escreveu numa publicação na rede social Musk, que atualmente é conselheiro do Presidente Donald Trump e lidera informalmente o departamento (DOGE, na sigla em inglês) encarregue de cortar despesas da administração norte-americana.

Um grupo grande e coordenado e/ou um país está envolvido” no incidente, adiantou o bilionário, fortemente crítico da ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia no contexto da invasão russa iniciada há mais de três anos.

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Balsemão condecorado com Grã-Cruz da Ordem de Camões por Marcelo Rebelo de Sousa

  • Lusa
  • 11 Março 2025

O Presidente da República anunciou a condecoração de Francisco Pinto Balsemão com a Grã-Cruz da Ordem de Camões na cerimónia de entrega do Prémio Pessoa 2024, criado pelo fundador da Impresa.

O Presidente da República condecorou o ex-primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão com a Grã-Cruz da Ordem de Camões, elogiando o seu papel na criação do Prémio Pessoa, “símbolo único no Portugal cultural contemporâneo”.

Num discurso na cerimónia de entrega do Prémio Pessoa 2024 ao compositor Luís Tinoco, na Culturgest, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que esta seria a sua última participação, enquanto chefe de Estado, nesta cerimónia, tendo em conta que, daqui a um ano, o seu sucessor já terá sido “eleito e empossado” após as presidenciais de janeiro.

Por isso, “é mais do que justo que associe a este prémio, que é um símbolo único no Portugal cultural contemporâneo, o anúncio, com a entrega em breve das respetivas insígnias, de Francisco Pinto Balsemão, com a Grã-Cruz da Ordem de Camões“, frisou, numa cerimónia em que Balsemão não marcou presença.

Através desta condecoração, Marcelo Rebelo de Sousa disse querer quantos “com visão, souberam abrir caminhos, mudar mentalidades, compreender em momentos-chave o que podia e devia ser concebido a concretizado ao serviço da língua e cultura, e em particular da cultura no Portugal contemporâneo, no Portugal democrático, nascido em abril de 1974”.

De acordo com a lei das ordens honoríficas portuguesas, a Ordem de Camões visa distinguir quem prestou “serviços relevantes à língua portuguesa e à sua projeção no mundo e à intensificação das relações culturais entre os povos e as comunidades que se exprimem em português” ou “serviços relevantes para a conservação dos laços das comunidades portuguesas com Portugal”.

O Prémio Pessoa, fundado por Francisco Pinto Balsemão em 1987, é uma iniciativa do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos que “visa reconhecer a atividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do país“. O valor do prémio subiu este ano de 60 mil para 70 mil euros. O galardoado de 2024 foi o compositor Luís Tinoco.

No seu breve discurso na cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa disse ficar “muito grato” por estar na cerimónia de entrega do Prémio Pessoa 2024, “num momento em que, por todo o lado, se discute, com variáveis graus de urgência, a instabilidade, a rutura inquietante, o quebrar tradições e o rasgar de lealdades”.

“Celebro, por isso, não apenas a sua continuidade de quase 40 anos, a sua inalterável exigência e relevância, mas também a sua capacidade de surpreender”, destacou.

Elencando alguns dos galardoados nos últimos dez anos – que ganharam o prémio quando Marcelo Rebelo de Sousa já era Presidente da República -, o chefe de Estado destacou que personalidades como o escultor Rui Chafes, o encenador Tiago Rodrigues ou o poeta e cardeal José Tolentino “não são apenas figuras notáveis do Portugal contemporâneo”, mas igualmente embaixadores do país em lugares como o Vaticano ou Avignon.

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Von der Leyen defende que “tempo das ilusões acabou” e apela UE a investir na Defesa

  • Lusa
  • 11 Março 2025

A UE "é chamada a ir mais longe no que diz respeito à sua própria segurança. Não no futuro distante, hoje [...], precisamos de uma Defesa europeia e precisamos dela hoje”, disse a líder da Comissão.

A presidente da Comissão Europeia alertou esta terça-feira que o “tempo das ilusões acabou” e que, perante uma Rússia que investe mais em Defesa do que toda a Europa, o bloco comunitário tem de ser responsável pela sua segurança.

“A ordem securitária europeia estremeceu e muitas das nossas ilusões desmoronaram. Depois do final da Guerra Fria, muitos acreditavam que a Rússia podia ser integrada na arquitetura económica e securitária da Europa […], o tempo das ilusões acabou”, disse Ursula von der Leyen, perante o Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, em França.

A presidente do Executivo comunitário acrescentou que já não é possível “confiar na proteção total” dos Estados Unidos: “Baixámos a nossa guarda.”

“Cortámos no nosso investimento em Defesa, que era de cerca de 3% [do Produto Interno Bruto] para menos de metade disso. Pensámos que estávamos a viver um dividendo de paz. Na realidade, só estávamos a viver um défice de segurança”, considerou.

A presidente da Comissão Europeia — antiga ministra da Defesa da Alemanha — defendeu que a UE “é chamada a ir mais longe no que diz respeito à sua própria segurança”. “Não no futuro distante, hoje […], precisamos de uma Defesa europeia e precisamos dela hoje”, sublinhou.

Ursula von der Leyen enunciou a estratégia apresentada na semana passada pela Comissão Europeia e discutida na reunião extraordinária do Conselho Europeu, inteiramente dedicada ao reforço da Defesa da UE, nomeadamente o “REARMAR a Europa”, “que permitirá a mobilização de até 800 mil milhões de euros”.

O objetivo, para a presidente da Comissão Europeia, é colmatar o que disse ser uma discrepância no investimento em Defesa, em comparação com o Moscovo gasta nesta área: “Hoje, o investimento é de pouco mais de 2% do PIB em Defesa. Todas as análises apontam que precisamos de ir além dos 3%.”

Costa pede reforço da Defesa na UE perante “enorme pressão”

Também esta terça-feira, o presidente do Conselho Europeu advertiu que, perante a “enorme pressão” sobre o multilateralismo, a União Europeia (UE) tem de perceber as “implicações mais abrangentes” para a segurança do conflito na Ucrânia, exortando ao reforço do investimento em Defesa.

“As tensões geopolíticas aumentaram nas últimas semanas, o multilateralismo está sob enorme pressão, assim como as regras sobre as quais estava construída a ordem internacional”, disse António Costa, no Parlamento Europeu.

A guerra na Ucrânia, desencadeada há três anos por uma invasão da Rússia, tem “implicações mais abrangentes para a Europa e para a segurança internacional”, acrescentou o presidente do Conselho Europeu.

“Estamos a colocar as nossas ações onde havíamos depositado as nossas palavras, a fazer aquilo que tínhamos prometido”, disse o ex-primeiro-ministro de Portugal perante os eurodeputados, reunidos em sessão plenária.

Com uma visão menos fatalista do que a da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que tinha feito a sua intervenção minutos antes, António Costa considerou positivo que nos últimos três anos o investimento em defesa dos países da UE “tenha aumentado em cerca de 30%”, referindo que, no mesmo período, “em média os 23 Estados-membros da UE que estão na NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] alcançaram os 2% [de investimento em defesa] do Produto Interno Bruto”.

Precisamos de ir mais longe”, advertiu.

Enquanto era primeiro-ministro, os governos de António Costa não atingiram os 2% do PIB em Defesa. O atual Governo, liderado pelo social-democrata Luís Montenegro, espera alcançar essa percentagem em 2029, antecipando em um ano a meta do anterior Executivo socialista.

António Costa apresentou o caderno de encargos para os próximos anos, de modo a reforçar a defesa da UE: “Sistemas de defesa antiaérea e contra mísseis, sistemas de artilharia, mísseis e munições, ‘drones’ [veículos aéreos sem tripulação] e sistemas para combatê-los, mobilidade militar, inteligência artificial para a guerra cibernética e eletrónica”.

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Bolsas na Europa e EUA tentam recuperação tímida após segunda-feira negra

Depois do susto de segunda-feira, os índices bolsistas europeus e americanos mostram sinais moderados de estabilização, enquanto os índices do medo dão tréguas às carteiras dos investidores.

A incerteza continua a tomar conta das bolsas e dos mercados de capitais, enquanto os investidores digerem os sinais contraditórios sobre a possibilidade de uma recessão na maior economia do mundo.

As declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre um “período de transição” económica, aliadas à implementação de tarifas agressivas sobre importações de diversos países, alimentaram receios generalizados que atingiram as bolsas asiáticas e provocaram ondas de choque na Europa e nos EUA.

As bolsas asiáticas encerraram esta terça-feira em queda, com o Topix japonês a cair 1,11% para mínimos de outubro e o principal índice de Taiwan (TWSE) a cair 1,73% para mínimos de setembro. A Austrália também não escapou à onda vermelha, com o índice de referência a cair 0,8%, após ter atingido o nível mais baixo em sete meses durante a sessão. Em contraciclo estiveram as ações chinesas, com o índice CSI300 a valorizar 0,32% e o Hang Seng de Hong Kong a registar uma ligeira correção de 0,01%.

O PSI segue também a recuperar da queda de 1,19% registada na segunda-feira, negociando atualmente com ganhos de 0,58% à boleia das valorizações do binómio EDP, com as ações da EDP Renováveis a subirem 2,87% e os títulos da EDP a escalarem 1,76%.

A generalidade dos mercados asiáticos seguiu a tendência de Wall Street, onde o S&P 500 caiu 2,7% na segunda-feira, na sua maior queda diária deste ano, enquanto o Nasdaq afundou 4%, registando a maior queda percentual desde setembro de 2022, que se traduziu, até ao momento, de uma perda de quatro biliões de dólares no valor das empresas que constituem o S&P 500 desde o pico atingido pelo índice no mês passado.

Este clima de ansiedade empurrou os investidores para ativos considerados mais seguros. O iene japonês tocou num máximo de cinco meses face ao dólar, refletindo a procura por refúgios em tempos de incerteza. Também o franco suíço se fortaleceu, negociando próximo do máximo de três meses atingido na segunda-feira.

O ouro, tradicional ativo de refúgio, subiu para 2.911 dólares por onça, ficando a um passo do recorde histórico alcançado no mês passado, acumulando uma valorização de 10% desde o início de 2025, após ter subido 27% no ano anterior.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Europa recupera a conta gotas

O panorama europeu mostra-se mais contido esta terça-feira de manhã, com o índice pan-europeu STOXX 600 a registar uma ligeira queda de 0,2%, depois de na segunda-feira ter caído para o nível mais baixo em quase um mês, ao mesmo tempo que o Vstoxx (que espelha a volatilidade dos mercados) está atualmente a corrigir mais de 1,7% após duas sessões seguidas as valorizar mais de 5%.

O PSI segue também a recuperar da queda de 1,19% registada na segunda-feira, negociando atualmente com ganhos de 0,58% à boleia das valorizações do binómio EDP, com as ações da EDP Renováveis a subirem 2,87% e os títulos da EDP a escalarem 1,76%.

Do outro lado do Atlântico, os futuros dos índices norte-americanos recuperaram das perdas iniciais, com os futuros do Dow Jones a subirem 0,25%, ou 105 pontos, os do S&P 500 a subirem 0,36% e os do Nasdaq 100 a avançarem 0,5%, enquanto o Vix, conhecido também como o “índice do medo” por espelhar o nível de volatilidade do índice S&P 500, está atualmente a corrigir 2,4%, após ter disparado mais de 10% na segunda-feira.

Os investidores estão agora a apostar num maior alívio da política monetária por parte da Fed este ano, antecipando cortes de 85 pontos base das Fed Funds em comparação com os 75 pontos base esperados na segunda-feira.

Esta ligeira recuperação surge após uma segunda-feira negra nos mercados, quando o Dow Jones perdeu quase 900 pontos e fechou abaixo da sua média móvel de 200 dias pela primeira vez desde 1 de novembro de 2023.

No mercado de obrigações, a yield das Obrigações do Tesouro americano a dez anos está a cair dois pontos base, após ter descido dez pontos base na sessão anterior, a maior queda diária em quase um mês. Já a yield das obrigações a dois anos, que normalmente acompanha as expectativas de taxas de juro da Reserva Federal norte-americana (Fed), caiu para um mínimo de cinco meses, situando-se em 3,8808%.

Os investidores estão agora a apostar num maior alívio da política monetária por parte da Fed este ano, antecipando cortes de 85 pontos base das Fed Funds em comparação com os 75 pontos base esperados na segunda-feira, de acordo com dados da LSEG.

Esta mudança nas expectativas reflete a crença de que um crescimento mais fraco nos EUA forçará o banco central a iniciar novamente o ciclo de cortes, mas o relatório do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA, que será divulgado na quarta-feira, poderá complicar essas expectativas se confirmar que a inflação continua a níveis que obriguem a Fed a manter uma política monetária mais restritiva.

No mercado obrigacionista europeu, o dia está a ser marcado por subidas das yields das curvas de rendimentos das principais economias. É disso exemplo a Alemanha, com as Bunds a dez anos a subir 3,8 pontos base para 2,86% após na segunda-feira ter registado uma queda de dez pontos base.

A mesma tendência é verificada na curva de rendimentos de Portugal, com as Obrigações do Tesouro a registarem todas uma subida das suas taxas de juro. Atualmente, os títulos a dez anos negoceiam com uma yield de 3,398%, cerca de 3,2 pontos base acima dos níveis de segunda-feira.

Recorde-se que amanhã, quarta-feira, o IGCP irá realizar dois leilões de dívida a longo prazo, com maturidades em 2035 de 2038. Atualmente, a linha com maturidade mais curta está a negociar com uma yield de 3,4%, mais 3,1 pontos base face à yield de segunda-feira, e a linha com maturidade em 2038 transaciona com uma taxa média ponderada de 3,67%, cerca de 2,8 pontos base acima da taxa com que fechou na segunda-feira.

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Andersen Ibéria cresceu 40% em 2024. Firma atingiu 4,7 milhões de euros em Portugal

A Andersen Ibéria alcançou uma receita de cerca de 70,5 milhões de euros em 2024. Em Portugal, a sociedade de advogados atingiu os 4,7 milhões de euros, o que representa um crescimento de 55% no país.

A Andersen Ibéria alcançou uma receita de cerca de 70,5 milhões de euros em 2024. Segundo a firma, este valor representa um aumento de 40,1% em comparação com 2023. Em Portugal, a sociedade de advogados atingiu os 4,7 milhões de euros, o que representa um crescimento de 55% no país.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados de 2024, em que o extraordinário crescimento experimentado pela firma é o resultado da melhoria do perfil dos nossos clientes e do tipo de assuntos em que prestamos assessoria, o nosso progresso como organização, e, acima de tudo, do esforço e empenho de todos e de cada um dos profissionais da Andersen Ibéria”, refere o sócio diretor José Vicente Morote.

Em comunicado, a firma explica que os resultados de 2024 são fruto da sua “estratégia de qualidade” e “especialização” e devido à sua aposta na “promoção e captação de talento”. “Para além do volume das receitas, a sociedade registou também uma melhoria significativa noutros parâmetros de negócio, como a rentabilidade, o volume de negócios por sócio e profissional, e o cross-selling, entre outros“, acrescentam.

Em Espanha, o volume de negócios da Andersen Ibéria atingiu 65,8 milhões de euros, enquanto em Portugal a firma obteve 4,7 milhões de euros. Por escritórios, Madrid representou 55% da faturação total, seguida de Valência (20,2%), Sevilha (7,9%), Lisboa (6,6%), Barcelona (5,7%), Málaga (3,9%) e Bilbau (0,7%).

Sobre os resultados portugueses, José Mota Soares, partner da Andersen Ibéria e responsável pela firma em Portugal, sublinha que mostram que continuam a trabalhar para “alcançar uma posição de liderança no país”. “O exercício de 2024 tem sido muito positivo para a sociedade, com a entrada de novos sócios como a Filipa Barata, o Pedro Drago, o Gonçalo Rodhes e a Inês Pinto da Costa”, acrescenta.

Sobre a abertura do escritório no Porto, José Mota Soares afirma ser uma “ótima oportunidade para melhorar” a proposta de valor da Andersen para os clientes e para “aproveitar todas as sinergias proporcionadas pela existência de escritórios nos dois principais centros de negócios em Portugal”. A Andersen Ibéria conta atualmente, em Portugal, com cerca de 50 profissionais, oito dos quais são partners.

A Andersen Ibéria registou ainda um aumento do volume de vendas cruzadas para 22 milhões de euros, o que representa 31% do seu volume de negócios. Por departamentos, o Direito Societário representou 25,9% do volume de negócios total, seguido do Fiscal (21,4%), do Contencioso (16,4%) e do Direito Público (14,1%). “A distribuição das receitas por escritórios e departamentos mostra que somos uma empresa muito equilibrada e, portanto, muito sustentável. O projeto Andersen Ibéria não só tem um presente magnífico, como também um futuro entusiasmante”, sublinha José Vicente Morote, que acrescenta que, apesar dos resultados obtidos no ano passado, “não estamos satisfeitos e continuamos a encarar o futuro com grande ambição; neste sentido, para 2025 estabelecemos um objetivo de crescimento de 25%”.

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