Porto Business School lança curso de gestão de talento para o futuro

Aulas da nova pós-graduação em gestão estratégica do talento "para a próxima era" arrancam em maio. Duram seis meses e incluem, nomeadamente, sessões remotas, formação em sala de aula e "coaching".

A Porto Business School estreia em maio uma pós-graduação de seis meses focada na gestão estratégica de talento “para a próxima era”. Em declarações ao ECO em primeira mão, os diretores do programa, Angela Lane e Sergy Gorbatov, salientam que há várias mudanças à espreita no mercado de trabalho — da inteligência artificial generativa ao envelhecimento da força de trabalho — para as quais é preciso preparar quem gere o talento dentro das empresas.

Angela Lane e Sergey Gorbatov são diretores do advanced program em strategic talent management for the next era da Porto Business School

“Ao longo dos últimos dez anos, a gestão de talento evoluiu de um enfoque limitado na identificação e retenção de colaboradores de alto desempenho para uma estratégia holística. Os anos mais recentes têm sublinhado que o desempenho não se resume à excelência individual, mas também à interação do talento com a cultura organizacional, estrutura e práticas de trabalho modernas“, começam por diagnosticar os responsáveis.

Já quanto à próxima década, Angela Lane e Sergy Gorbatov, destacam os “avanços tecnológicos rápidos” e as alterações nas dinâmicas da força de trabalho.

“A inteligência artificial generativa está a surgir como um potencial transformador, com promessas de automatizar tarefas rotineiras e questionar os planos tradicionais de sucessão. Estima-se que até 22% dos empregos possam ser afetados até 2039 e que 60% das habilidades dos trabalhadores precisem de rápida requalificação”, sublinham os diretores.

Por outro lado, esperam-se mudanças nos próprios comportamentos dos colaboradores, apontam os mesmos: 75% da Geração Z não prevê uma carreira de tempo integral vitalícia, ao mesmo tempo que haverá um aumento de uma força de trabalho mais velha.

São mudanças que “exigem estratégias de gestão de talentos mais flexíveis, ágeis e continuamente adaptativas“, entendem Angela Lane e Sergy Gorbatov.

Foi com base nestas mudanças, que estão à espreita, que a Porto Business School decidiu criar a pós-graduação “Strategic talent management for the next era“, cujo conteúdo, adiantam os diretores, irá centrar-se na “elaboração de estratégias integradas de talento, que utilizam análises de capital humano e tecnologias emergentes”.

Os participantes irão aprender a sincronizar a gestão de talentos com o desempenho dos negócios, abordando ao mesmo tempo as mudanças geracionais, o trabalho à distância e a necessidade de uma rápida alocação de recursos.

Angela Lane e Sergey Gorbatov

diretores do advanced program em strategic talent management for the mext era da Porto Business School

“Os participantes irão aprender a sincronizar a gestão de talentos com o desempenho dos negócios, abordando ao mesmo tempo as mudanças geracionais, o trabalho à distância e a necessidade de uma rápida alocação de recursos”, detalham Angela Lane e Sergey Gorbatov.

O curso que será lecionado em inglês, terá a duração de seis meses (distribuídos por três períodos bimestrais) e terá um modelo híbrido, isto é, vai combinar sessões presenciais no Porto com módulos online. Será também disponibilizado coaching pessoal.

Além de oferecer “ferramentas práticas”, esta pós-graduação — que implica um investimento de cerca de 9.500 euros — vai também proporcionar “oportunidades de networking que auxiliam na conversão de novas ideias em estratégias de talentos eficazes”, assinalam os responsáveis.

Este programa, convém ainda explicar, dirige-se, especificamente, a “líderes de recursos humanos, executivos de topo e líder empresariais responsáveis por definir estratégias de talento, assim como profissionais que desejem assegurar a resiliência das suas organizações num mercado em constante mudança”. As candidaturas ainda estão abertas (decorrem online).

Angela Lane e Sergey Gorbatov são especialistas internacionais na área da gestão de talento, ambos “com vasta experiência em multinacionais e autores de livros de referência sobre o tema”, enfatiza a faculdade mencionada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

Emmanuel Macron está no Porto em visita oficial. A Standard & Poor’s avalia o rating de Portugal. E André Ventura anuncia formalmente a sua candidatura a Belém.

A semana termina com a visita oficial de Emmanuel Macron ao Porto, onde participa com o primeiro-ministro Luís Montenegro no Fórum Económico Luso-Francês. Ainda por cá, André Ventura anuncia formalmente a sua candidatura a Belém. Já a Standard & Poor’s avalia o rating de Portugal e Donald Trump recebe Volodymyr Zelensky na Casa Branca.

Emmanuel Macron e Montenegro no fórum Económico Luso-Francês

O presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro Luís Montenegro e o ministro da Economia portuguesa, Pedro Reis, participam no fórum Económico Luso-Francês, no Palácio da Bola, numa iniciativa da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da sua homóloga francesa, MEDEF – Mouvement des Entreprises de France. O evento reúne empresas portuguesas e francesas que vão analisar temas como a mobilidade sustentável, transição energética, economia do mar, inovação e defesa.

Standard & Poor’s avalia rating de Portugal

A Standard & Poor’s (S&P) avalia esta sexta-feira o rating de Portugal. É a primeira avaliação do ano da dívida portuguesa feita por esta agência de notação financeira. A última revisão da S&P aconteceu em agosto do ano passado, quando manteve o notação de Portugal em ‘A-‘, com perspetiva positiva.

Banco de Portugal e INE divulgam dados económicos

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar o índice de preços no consumidor referentes a fevereiro deste ano assim como dados sobre a atividade turística em janeiro de 2025 e as contas nacionais trimestrais relativas ao quarto trimestre de 2024. Já o Banco de Portugal (BdP) apresenta o indicador preliminar das viagens e turismo da balança de pagamentos relativo a janeiro deste ano. A Direção-Geral do Orçamento divulga, por sua vez, a síntese de execução orçamental referente a janeiro deste ano.

Donald Trump recebe Volodymyr Zelensky

O presidente norte-americano, Donald Trump, recebe na Casa Branca o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. Os dois chefes de Estado devem assinar um acordo que prevê que a Ucrânia partilhe os seus recursos naturais com os Estados Unidos.

André Ventura lança candidatura presidencial

Nesta sexta-feira André Ventura lança a sua candidatura à Presidência da República através de um vídeo que será publicado nas redes sociais. O evento formal de apresentação pública da candidatura está agendado para o dia 24 de maio. O líder do Chega candidata-se ao cargo pela segunda vez depois de ter ficado em terceiro lugar em 2021, atrás do atual Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, e de Ana Gomes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Política é espetáculo, sempre foi”, mas “era do improviso acabou”. Edson Athayde e Rodrigo Viana de Freitas explicam “O Método”

Rodrigo Viana de Freitas e Edson Athayde estão a lançar O Método. Em ano de eleições, com as presidências na ordem do dia e no rescaldo das eleições dos EUA, ajudar a combater o populismo é objetivo.

Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação, e Edson Athayde, CEO e CCO da FCB, em entrevista ao ECO/+M - 26FEV25

Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação, e Edson Athayde, CEO e CCO da FCB, em entrevista ao ECO/+MA FCB Lisboa e a Central de Informação desenvolveram em conjunto “O Método”, uma ferramenta de marketing político que combina storytelling e análise baseada em dados e que pretende combater o populismo.

A palavra mais importante é storytelling. A comunicação política não tem de ser inventada. Quanto muito tem de ser reinventada”, começa por justificar Edson Athayde, CEO e chief creative officer (CCO) da FCB Lisboa, em entrevista ao +M.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Achamos que existe espaço para uma certa sofisticação na construção de narrativas, tendo em vista que a sociedade também se sofisticou nas últimas décadas, na maneira como percebe as histórias são contadas. Acontece na publicidade comercial, acontece no marketing comercial, não é igual fazer hoje e fazer há 20 anos uma campanha publicitária. Também não será igual, ou não deveria ser igual, a maneira como os políticos se colocam na sociedade, com os seus discursos e com os seus personagens”, aponta o publicitário, fazendo o paralelismo com a comunicação de marcas e empresas.

O candidato populista não precisa de método, diria até que já tem um método muito concreto: malhar, malhar, malhar, mentir, mentir, mentir, exagerar, exagerar. Vai dar sempre certo. Ou dará certo, com a sociedade do momento.

Edson Athayde

CEO e CCO da FCB Lisboa

“O Método” propõe-se também ser uma alternativa ao populismo mais radical. “É preciso que determinados quadrantes políticos tenham um pouco mais de armas. A palavra ‘populismo’, não faz parte do nosso glossário de possibilidades. O candidato populista não precisa de método, diria até que já tem um método muito concreto: malhar, malhar, malhar, mentir, mentir, mentir, exagerar, exagerar. Vai dar sempre certo. Ou dará certo, com a sociedade do momento”, aponta. Está “testado, bem testado desde o tempo de Mussolini, funciona que é uma beleza”, diz Edson Athayde.

A campanha de Donald Trump serve de exemplo. “Há uma expressão muito associada à campanha de Trump: ‘está a inundar a zona’. Há coisas novas todos os dias, muitas vezes mais do que uma vez por dia, que impossibilitam a reação da oposição. Ocupam o espaço com coisas disparatadas, com tudo aquilo que vimos, desde a Palestina aos imigrantes que comem os cães. São tantas e seguidas que ocupam, de facto, o espaço mediático todo”, acrescenta Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação.

Edson Athayde, CEO e CCO da FCB e Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação, em entrevista ao ECO/+M - 26FEV25
Edson Athayde, CEO e CCO da FCBHugo Amaral/ECO

O fenómeno não é exclusivo dos EUA. “Quando olhamos para os partidos de extrema-direita, o Chega, por exemplo, vemos que a penetração que tem no Instagram e no TikTok corresponde a mais de 90% do que a partidos do centro No caso do TikTok, tem mais 99% de seguidores do que o PSD e o PS. Isto é inacreditável. Cada vez mais o espaço vai ser ocupado por partidos que têm este controlo da informação”, alerta o consultor.

Quando olhamos para os partidos de extrema-direita, o Chega, por exemplo, vemos que a penetração que tem no Instagram e no TikTok corresponde a mais de 90% do que a partidos do centro No caso do TikTok, tem mais 99% de seguidores do que o PSD e o PS. Isto é inacreditável.

Rodrigo Viana de Freitas

CEO da Central de Informação

“É fundamental que os políticos acordem para esta realidade e que desenvolvam ferramentas, não para preencher o espaço por preencher, não é só criar uma conta TikTok e já está, mas é alinhar toda a sua estratégia do início, da base, que é coisa que não existe. É isso que sentimos quando chegamos às campanhas. Não existe storytelling, não existe este alinhamento de mensagens, é muito reativa, estando sempre a perder terreno”, prossegue. “Quando olhamos para fora, para os outros países, percebemos que a tendência é geral e que é que a prazo vamos todos sofrer com isso”, prossegue o consultor.

Edson Athayde, CEO e CCO da FCB e Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação, em entrevista ao ECO/+M - 26FEV25
Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação, em entrevista ao ECO/+MHugo Amaral/ECO

“A solução para combater quem está no TikTok, não é colocar a pessoa no TikTok necessariamente”, acrescenta o CEO da FCB. “A solução é caso a caso. Ou seja, tendo em vista o perfil e a maneira como se quer posicionar, faz sentido? Mas mesmo que não faça sentido que esteja no TikTok, como a sua mensagem pode chegar lá? O discurso tem de ser coerente com o personagem e não tem de ser ele o porta-voz desse discurso o tempo todo, em todos os meios, para se evitar aquilo que era mais na moda uns dez anos, em que o político bota-de-elástico sai fazendo dancinha de TikTok para chamar a atenção. Isso hoje é uma coisa cringe. Não é essa a solução”, continua Edson Athayde.

“O Método”, aplicando-se ao marketing eleitoral, apresenta-se como mais vocacionado para o marketing político. “O marketing eleitoral é aquilo que se usa na campanha de agora. É mais tático, é reação, é crise, é mensagem de hoje. Como é que eu faço para ganhar esta eleição”, concretiza. Aqui, a ideia é conseguir “um olhar mais afastado, de alguém que pensa que a carreira política não é feita só dessa campanha”.

Aplicado nesta primeira fase à política, a ferramenta, apontam, pode vir a destinar-se também a líderes empresariais — e é do mundo corporativo que acreditam que vão começar a sair com maior frequência os políticos e — dirigentes desportivos. Os outsiders da política, por outro lado, vão também ganhar força. “Cada vez mais as briguinhas são entre políticos e outsiders. O cansaço que as pessoas têm da comunicação tradicional de política faz com que os outsiders tenham uma certa vantagem. Não quer dizer que ganhem necessariamente todas as brigas, mas o certo é já não é mais político contra político”, reforça.

“Num fim de semana, o político pegar no carro para fazer a rodagem e ganhar um congresso e o país, era improvável há 40 anos, mas existiu [com Cavaco Silva]. Hoje, diria que seria uma coisa quase impossível. Então, os candidatos têm de entender que todo mundo tem uma câmara no bolso, todo mundo tem um canal de televisão dentro do bolso”, prossegue Athayde, lembrando que na “era da economia da atenção”, “todo o mundo tem opinião, todo o mundo tem direito a ter opinião, e ninguém tem tempo para dar atenção a ninguém. Então se se arme, se prepare, estude, compreenda, sofistique a sua maneira de se colocar, porque é isso que vai dar a possibilidade de brigar com alguém que só tem um taco de beisebol na mão”, resume.

Edson Athayde, CEO e CCO da FCB e Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação, em entrevista ao ECO/+M - 26FEV25

Combater o populismo, não significa, contudo, combater a ‘política espetáculo’. “Música clássica também é espetáculo, uma peça de [Henrik] Ibsen também é espetáculo, e espetáculo é também Ivete Sangalo no Rock in Rio. Espetáculo pode ser muita coisa, têm é de ser interessante, bem escritos, bem montados, bem apresentados e que consigam chegar aos públicos. Então, política é espetáculo, sempre foi. É teatro e sempre foi”, defende o publicitário que fez a campanha de António Guterres em 2005 e que trabalhou com António Costa em 2015.

A “sofisticação e profissionalização” com que as empresas comunicam “tem de chegar à política, para melhorar a sua imagem como um todo. Há muita culpa dos políticos, mas também há culpa na forma como se comunica política”, conclui o fundador da Central de Informação.

O lançamento de “O Método” serviu de pontapé de saída para, em ano de eleições autárquicas e com as presidências na ordem do dia, se falar de marketing político, do escalar de partidos de extrema-direita, na utilização de algoritmos nas eleições ou do potencial de uma eventual candidatura de Cristina Ferreira.

Pode assistir à entrevista completa aqui:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Farmacêutica Lxbio investe quatro milhões em centro de investigação em Lisboa

Hub na Faculdade de Farmácia será inaugurado em abril, avançou o CEO da empresa portuguesa. Além do financiamento do PRR e Explorer, decorrem negociações com investidores estrangeiros.

A farmacêutica portuguesa Lxbio fez um investimento de quatro milhões de euros para abrir um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) de medicamentos biológicos em Portugal. O hub de inovação na saúde vai ser inaugurado no próximo mês de abril e localiza-se na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, avançou ao ECO o CEO da empresa, Carlos Paula.

“Prestará serviços para a própria Lxbio e para outras farmacêuticas, bem como universidades e hospitais que trabalham em investigação, contribuindo assim para a economia através das exportações. Está dotada das tecnologias mais avançadas nesta área e empregará profissionais diferenciados”, afirmou Carlos Paula.

Será um berço de medicamentos que servirão para tratamentos de doenças oncológicas, autoimunes e infecciosas. O espaço irá produzir produtos farmacêuticos (anticorpos e células CAR-T) tanto para uso interno como para outras farmacêuticas que tenham necessidade de melhorar o pipeline, caso um dos seus produtos tenha perdido a patente e precise de ser substituído ou queira entrar noutras áreas terapêuticas, por exemplo.

Como? “Chegam à unidade da Lxbio, dizem que querem um anticorpo para uma doença oncológica específica e nós desenvolvemos. Será essencialmente para empresas internacionais”, prevê. O objetivo é exportar, apesar das crescentes ameaças tarifárias vindas de um dos mercados mais importantes, os Estados Unidos. “Mais de 70% dos novos produtos em desenvolvimento ou adquiridos pelas grandes farmacêuticas ou são anticorpos monoclonais. A procura é grande e a oferta nem tanto. Daí a aposta”, esclarece.

O ‘comprimido’ que tem permitido avançar com estas infraestruturas e desenvolver os fármacos chama-se capital – e é preciso tomar uma dose maior. A farmacêutica biotecnológica recebeu 8,2 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e mais seis milhões de euros da Explorer Investments, mas está em negociações com investidores para o próximo financiamento, que permitirá arrancar a Fase 3 de testes clínicos do fármaco de bacteriófagos (infeção do pé diabético), atualmente em Fase 2B nos Estados Unidos e na Índia. “Uma Fase 3 pode ultrapassar os 40 milhões de euros”, assinala.

Em 2021, a Lxbio Pharmaceuticals — joint venture entre a TechnoPhage e a Innovation Bio Ventures – anunciou que iria abrir em Oeiras uma fábrica de medicamentos biológicos com um investimento de 60 milhões de euros. Questionado sobre se o plano ficou na gaveta, o CEO garantiu que unidade de Oeiras se mantém nos planos e servirá para fazer um upgrade (atualização) na tecnologia e escala do centro de inovação lisboeta, que em breve abrirá portas. Um dos travões foi a execução do PRR.

“É diferente. Essa fábrica, dentro da agenda do PRR, seria para produzir quantidades deste novo produto para infeção do pé diabético (bacteriófagos), mas por questões ligadas ao PRR, infelizmente, nem tudo corre de forma tão linear. Estrategicamente, como o desenvolvimento de um produto de A a Z demora uns oito anos a chegar ao mercado, temos de ter outras tecnologias e decidimos investir nesta unidade de I&D”, esclareceu.

Ou seja, não há uma substituição de projetos, mas o centro de I&D em Lisboa é uma espécie de estágio para a fábrica de produção em Oeiras, que demora mais tempo a estar operacional, algo que não é compatível com os prazos do PRR, que exigem que todos os investimentos estejam concluídos até junho de 2026. A expectativa é que nos próximos dois ou três anos as máquinas estejam a todo o vapor, até porque já foi investido meio milhão de euros em equipamentos de engenharia.

“Não é uma em vez da outra. Ficaremos com as duas para aumentar as nossas capacidades de produção”, reitera o gestor. Para este projeto no curto prazo, a biotecnológica ainda está a contratar dois cientistas e mais um coordenador da equipa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marque na sua agenda: termina o prazo para validar faturas no IRS e entregar o Modelo 10

Só tem até esta sexta-feira para registas as despesas no e-Fatura e submeter a declaração dos salários dos trabalhadores domésticos. Estes passos são importantes para ter um reembolso maior no IRS.

Só tem até esta sexta-feira, dia 28, para validar as faturas dedutíveis em IRS e entregar a declaração Modelo 10, relativa a particulares com empregados domésticos ou empresas que paguem rendimentos dispensados do reporte mensal à Autoridade Tributária (AT). Estes passos são importantes para poder ter um reembolso maior ou um alívio no imposto a pagar.

O prazo inicial para registar as despesas no portal e-Fatura deveria ter terminado na passada terça-feira, dia 25, mas devido a constrangimentos no acesso ao site o Ministério das Finanças decidiu estender o período até esta sexta-feira.

“O prazo para verificação e comunicação de faturas, para efeitos do IRS de 2024, foi prorrogado por três dias, podendo os contribuintes proceder à validação das respetivas faturas até ao final do dia 28 de fevereiro”, segundo nota oficial do gabinete do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Na segunda-feira, o portal e-Fatura esteve com problemas técnicos, impedindo os contribuintes de registarem as despesas. Após queixas de algumas famílias, o ECO testou o site e, ao validar algumas faturas, o portal emitiu a seguinte mensagem: “Por motivos de ordem técnica não nos é possível responder ao seu pedido. Por favor tente mais tarde”.

Apesar do alargamento do período para registar as despesas, mantém-se o prazo para reclamação prévia dos valores apurados pela Autoridade Tributária, entre 16 e 31 de março, e da entrega da declaração de IRS, entre 1 de abril e 30 de junho, informa o Ministério das Finanças.

Para validar as faturas, o contribuinte tem de entrar no portal e-Fatura, inserir os dados de autenticação, que são os mesmos para aceder ao portal das Finanças. Depois, deve consultar as faturas que lhe aparecem pendentes (em destaque no topo da página) e terminar o preenchimento atribuindo a cada uma das 13 categorias disponíveis: saúde, educação, lares, imóveis, reparação de automóveis, reparação de motociclos, restauração e alojamento, cabeleireiros, atividades veterinárias, passes mensais, ginásios, jornais e revistas. Existe ainda a opção ‘outros’ que deve ser usada para despesas gerais e familiares em supermercados, portagens ou combustíveis.

Também termina esta sexta-feira o período para entregar a declaração Modelo 10, relativa a particulares com empregados domésticos ou empresas que paguem rendimentos dispensados do reporte mensal ao Fisco.

As famílias com empregados domésticos registados na Segurança Social estão obrigadas a entregar este formulário no portal das Finanças, caso contrário arriscam coimas entre 75 e 3.750 euros, segundo o artigo 110.º A do Regime Geral das Infrações Tributárias. Esta etapa também é importante para poderem deduzir no IRS parte dos salários pagos a esses trabalhadores.

Este é o primeiro ano em que é possível usufruir deste incentivo que permite abater ao IRS a pagar 5% das remunerações pela prestação de serviço de limpeza até ao limite global de 200 euros por agregado familiar.

Normalmente, a data limite de entrega é dia 10 de fevereiro, mas um despacho da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, veio prolongar até 28 de fevereiro. Esta prorrogação foi justificada pela “proximidade” do prazo limite de entrega do Modelo 10 com o da entrega das declarações periódicas de IVA, as quais têm de ser efetuadas até ao dia 20 do segundo mês seguinte ao trimestre ou ao mês a que respeitam as operações.

O Modelo 10 não é apenas obrigatório para quem tem empregados domésticos. Todas as entidades ou pessoas singulares residentes no território nacional que efetuaram pagamentos sujeitos a IRS, IRC ou a retenções na fonte que não foram reportados através da Declaração Mensal de Remunerações (DMR) têm de submeter este documento.

Em concreto, os particulares que pagaram salários de trabalho dependente, não declarados mensalmente ou dispensados desse reporte, que é o o caso dos vencimentos dos empregados domésticos, têm de apresentar o Modelo 10. Mas não só. Entidades devedoras de rendimentos empresariais e profissionais, prediais, de capitais ou de incrementos patrimoniais também estão abrangidas por esta obrigação declarativa quando as retribuições em causa estejam sujeitas a retenção na fonte, ainda que dela possam estar dispensadas. Também as instituições que pagam pensões têm de apresentar o Modelo 10.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já há duas decisões a declarar “inconstitucional” lei que limita reinscrição da Função Pública na CGA

Segunda sentença dita o regresso à Caixa Geral de Aposentações de mais três professores, que saíram e depois voltaram à escola pública. Governo aguarda pela pronúncia do Tribunal Constitucional.

Uma segunda decisão judicial voltou a declarar a “inconstitucionalidade” da lei interpretativa, com origem no Governo e aprovada pelo Parlamento, que restringe a subscrição de funcionários públicos na Caixa Geral de Aposentações (CGA) por “violação do princípio da confiança”. Ao terceiro juízo no mesmo sentido, o Tribunal Constitucional terá de se pronunciar de forma geral e abstrata e decidir se elimina ou não a norma do ordenamento jurídico.

O Ministério do Trabalho, que tutela esta área, foi questionado pelo ECO se tenciona revogar o diploma face às sentenças de primeira instância que têm vindo a considerar que a norma viola a Lei Fundamental. Mas, para já, “o Governo não quer antecipar-se à declaração do Tribunal Constitucional, pelo que é prematura uma resposta”, afirmou fonte oficial do gabinete da ministra Maria do Rosário Palma Ramalho.

A nova sentença, também proveniente do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, determinou a reinscrição de três docentes no subsistema de proteção social convergente com efeitos a 2012, 2007 e 2005, respetivamente, segundo o acórdão a que o ECO teve acesso. De salientar que a CGA tem um regime mais favorável do que o da Segurança Social designadamente no pagamento de baixas médicas.

O juízo diz apenas respeito à situação em particular, não se podendo aplicar a outras, mas, após três julgamentos desta natureza, o plenário do Tribunal Constitucional (TC) é chamado a pronunciar-se de forma geral. Se confirmar a inconstitucionalidade, a lei cai e volta a regra que permite o reingresso sem limites de trabalhadores à CGA que tinham sido subscritores antes de 1 de janeiro de 2006, data em que o sistema foi encerrado, deixando de aceitar novos registos.

Este segundo acórdão debruça-se sobre o caso de três professores. Um começou a dar aulas em 1995 e foi admitido na CGA nesse mesmo ano, tendo “iniciado e cessado contratos” entre cada ano letivo com várias escolas. Em novembro de 2012, depois de ter celebrado novo vínculo noutro estabelecimento de ensino, o Estado cancelou o registo na CGA e inscreveu-a na Segurança Social.

O segundo professor iniciou a atividade em 2000 e, nesse mesmo ano, passou a subscritor do sistema de proteção social convergente. Também lecionou em várias escolas, “tendo iniciado e cessado contratos”, lê-se na sentença. E, em março de 2007, perdeu o direito à CGA e passou a descontar para a Segurança Social.

O terceiro caso é semelhante em tudo, apenas mudam as datas: o docente começou a trabalhar em 2003, ano em que se inscreveu na CGA. Mas, em setembro de 2005, transitou, à sua revelia, para a Segurança Social.

O Governo não quer antecipar-se à declaração do Tribunal Constitucional, pelo que é prematura uma resposta.

Ministério do Trabalho

Face aos vários acórdãos do Supremo Tribunal Administrativo (STA) favoráveis ao regresso de trabalhadores à CGA, o juiz acabou por dar razão aos professores e a decisão foi proferida a 28 de janeiro deste ano, já depois da publicação da lei de dezembro do ano passado que restringe o registo de funcionários públicos que saíram e voltaram a trabalhar para o Estado.

Assim, estes funcionários públicos terão direito a reinscrever-se no regime de proteção social convergente com efeitos a 2012, 2007 e 2005, respetivamente. Mas esta decisão ficará suspensa até pronúncia do Tribunal Constitucional, após recurso do Ministério Público.

A conclusão é semelhante à da primeira sentença que o ECO noticiou: “Desaplica-se o número 2 do artigo 2.º da Lei n.º 45/2024 de 27 de dezembro por inconstitucionalidade”, devido à “violação do princípio da confiança”. O acórdão contesta o diploma, com origem no Governo e aprovado pelo Parlamento, que meteu um travão à reinscrição de trabalhadores no subsistema de proteção social convergente. Essa lei procede a uma “interpretação autêntica” das regras que permitem que funcionários voltem à CGA, depois de um hiato em que saíram por terem deixado de trabalhar para o Estado.

De lembrar que o subsistema de proteção social deixou deixou de aceitar novos subscritores desde 1 de janeiro de 2006. Ou seja, apenas os trabalhadores que estavam inscritos em data anterior podem regressar à CGA quando voltem a exercer funções na Administração Pública.

O artigo, declarado inconstitucional e que contraria vários acórdãos de tribunais superiores, estabelece que só é possível a reinscrição de funcionários públicos quando se verifique que não existiu descontinuidade temporal na prestação de trabalho ao Estado ou, existindo, se comprove que foi involuntária, limitada no tempo e justificada pelas especificidades próprias da carreira. Para além disso, é preciso comprovar que o funcionário não exerceu atividade remunerada durante o período em que interrompeu o vínculo público.

“O legislador viola a confiança legítima dos particulares e, consequentemente, o princípio da proteção da confiança, quando decide introduzir, em 2024, inovações na Lei n.º 60/2005, sem qualquer consideração pelos efeitos já constituídos, sem qualquer consideração pela jurisprudência que, de forma reiterada e constante, vinha atribuindo aos professores o direito à inscrição na Caixa Geral de Aposentações a quem antes de 1 de janeiro de 2006, estivesse inscrito nesse regime de providência”, conclui o juiz.

Perante as decisões de inconstitucionalidade da regra que limita o regresso dos trabalhadores à CGA, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) já enviou um ofício à Provedoria de Justiça “solicitando pronunciamento sobre as dúvidas de constitucionalidade da Lei n.º 45/2024, de 27 de dezembro”, afirmou ao ECO o secretário-geral da federação sindical Mário Nogueira. “Fomos informados de que já estava criado um grupo de trabalho e que, muito em breve, a Provedoria de Justiça se iria pronunciar”, sublinhou.

Tribunal Constitucional pode eliminar a lei ao fim de três sentenças

Tribunal ConstitucionalLusa

As decisões judiciais que têm saído vinculam apenas o caso concreto que apreciam. Não tem força geral para. Nestes casos, “o Ministério Público é sempre obrigado a recorrer para o Tribunal Constitucional e, até chegar a uma decisão, são suspensos os efeitos da sentença da primeira instância”, explicou ao ECO o constitucionalista Tiago Duarte.

O coletivo de juízes pode confirmar o juízo do tribunal administrativo, “que se aplica exclusivamente àquele situação, ou seja, não tem efeitos gerais”, refere. “Se considerar que não é inconstitucional, força o tribunal a refazer a sentença”, impedindo assim a reinscrição daquele trabalhador na CGA, acrescenta.

E quando é que a declaração de inconstitucionalidade ganha força geral? “Após três decisões de inconstitucionalidade”, que cheguem ao Palácio de Ratton “por recurso do Ministério Público, o Tribunal Constitucional tem de reunir todos os seus 13 juízes e decidir se de facto aquela norma viola efetivamente a lei fundamental. Se considerar que é realmente inconstitucional, então a norma tem de ser eliminada do ordenamento jurídico”, o professor de Direito Constitucional da Universidade Católica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O Qatar, a Índia e a Arábia Saudita, líderes na tentativa de incentivar o investimento e o desenvolvimento económico

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2025

Os três países estão a promover programas estratégicos que visam atrair capital privado, impulsionar a inovação e promover o crescimento económico.

Num esforço para encorajar o investimento privado e diversificar e reforçar as suas economias nacionais, o Qatar, a Índia e a Arábia Saudita são actores-chave na cena mundial. Os três países estão a promover programas estratégicos que visam atrair capital privado, impulsionar a inovação e promover o crescimento económico.

No âmbito do Qatar National Vision 2030, o Qatar definiu um plano claro para transformar a sua economia, centrando-se na diversificação dos sectores e no investimento em infra-estruturas. Este programa defende a participação ativa do sector privado, oferecendo incentivos fiscais e oportunidades de colaboração em áreas-chave como a educação, a saúde, as energias renováveis e a tecnologia.

O Qatar está a investir ativamente na criação de projectos de infra-estruturas, como a construção de novos bairros urbanos, o desenvolvimento de novas fontes de energia e a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos, estabelecendo-se como uma referência em termos de estabilidade económica e de oportunidades para os investidores globais.

Índia

Com uma das maiores e mais dinâmicas economias do mundo, a Índia introduziu o programa “Make in India” para se posicionar como um centro de fabrico global. A iniciativa visa atrair investimento estrangeiro, promover o crescimento da indústria local e fazer da Índia um líder em sectores-chave como a tecnologia, a eletrónica, a energia e o automóvel. Através de incentivos fiscais, reformas regulamentares e da criação de zonas económicas especiais, a iniciativa “Make in India” facilita a entrada de capitais internacionais, promove a inovação local e apoia a criação de emprego no sector transformador.

A estratégia visa também melhorar as infra-estruturas do país, proporcionando uma plataforma sólida para as empresas globais participarem no mercado indiano e no seu crescimento económico. Através deste programa, a Índia espera tornar-se um dos principais destinos de investimento do mundo.

Arábia Saudita

O Programa Shareek lançado pelo governo da Arábia Saudita faz parte da ambiciosa Visão 2030 do país, que procura diversificar a economia para além do petróleo. O programa foi concebido para apoiar as grandes empresas sauditas e permitir o crescimento do investimento do sector privado no país, contribuindo assim para o desenvolvimento da economia.

O programa oferece incentivos significativos às empresas que investem em sectores estratégicos e presta apoio personalizado às empresas para acelerar projectos e identificar novas oportunidades. O programa visa desbloquear 5 biliões de riyals em investimento do sector privado até 2030, um compromisso importante para alcançar o objetivo de aumentar a contribuição do sector privado para o PIB para 65%, um dos objectivos do plano estratégico Visão 2030.

Este projeto tem um impacto crucial na economia do país, criando uma plataforma para as empresas locais e estrangeiras colaborarem no desenvolvimento de projectos-chave que ajudarão a Arábia Saudita a atingir os seus objectivos de sustentabilidade e modernização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mulheres com ECO está de volta para a segunda edição

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

O projeto Mulheres com ECO regressa para uma nova edição, reunindo vozes femininas de diferentes setores para debater liderança, igualdade e inovação.

No ano passado, o ECO lançou o projeto Mulheres com ECO, que trouxe para a mesa de discussão mulheres de áreas distintas para refletir sobre o seu papel na sociedade e a sua representatividade no mercado de trabalho. Este ano, a conversa irá continuar desdobrando-se em diferentes temas através da voz de quem está na linha da frente.

Apesar de existir alguma evolução ao longo dos anos, vários estudos indicam que a desigualdade de género persiste. Embora as mulheres representem uma parte relevante da população ativa, a sua presença em posições de liderança é limitada. Além disso, a disparidade salarial continua a ser um desafio, com evidências de que, em média, as mulheres recebem menos do que os homens.

Na segunda edição do projeto Mulheres com ECO, as diretoras executivas das diferentes marcas do ECO reúnem-se com mulheres que lideram os seus setores para uma conversa aberta e sem filtros sobre os desafios e oportunidades que enfrentam. Entre as convidadas estão Mariana Sarávia, Sócia de laboral da SRS Legal, Susana Afonso, Sócia de laboral da CMS Portugal, Ana Ferreira Neves, Sócia da Telles de IA, Rossana Gama, Country Manager do Grupo Boticário, Sónia Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa, Inês Odila, Country Manager da Coverflex e Maria de Fátima Carioca, Dean da AESE.

O primeiro episódio, em formato videocast, estará disponível a 7 de março e contará com Carla Borges Ferreira, diretora executiva da +M, Catarina Barradas, Head of the Global Brand da EDP, Susana Albuquerque, presidente do Clube da Criatividade de Portugal e CCO e parter da Uzina e Rosália Amorim, Brand, marketing & communications director portuguese cluster – Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde da EY.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com juros em baixa, prestação da casa cai mais de 100 euros em março

Taxas Euribor estão em queda acentuada há vários meses e a aliviar os bolsos das famílias com empréstimo da casa. Reunião do BCE da próxima semana deverá trazer mais boas notícias.

A prestação da casa vai voltar a cair. As famílias com empréstimos à habitação cujas condições forem revistas no próximo mês vão ter um alívio na mensalidade paga ao banco que poderá chegar aos 110 euros, de acordo com as simulações realizadas pelo ECO.

Há meses que as Euribor estão em queda e em fevereiro manteve-se a tendência de descida. São estas taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa para a maioria dos contratos em Portugal.

Mas por detrás destas descidas está sobretudo o Banco Central Europeu (BCE), que no verão passado deu início a um novo ciclo de redução das taxas de juro oficiais na Zona Euro (e que guiam todo o mercado) perante o alívio das pressões inflacionistas e também a deterioração das perspetivas económicas na região.

Desde junho, já promoveu cinco baixas nas taxas de juro, colocando a taxa de depósitos nos 2,75%. O mercado antecipa mais descidas nos próximos meses, apontando para uma taxa igual ou inferior a 2% até final do ano. A reunião do conselho de governadores, marcada para a próxima semana (dia 6 de março) deverá trazer um novo corte de 25 pontos base.

Quanto vai descer a prestação?

Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos e com um spread de 1%, as contas para março são as seguintes:

  • Euribor a três meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá descer para 675,91 euros, menos 40,73 euros (-5,68%) relativamente à prestação que pagava desde dezembro;
  • Euribor a seis meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses rondará os 670,64 euros, uma descida de 82,72 euros (-11%) em relação à prestação que pagava desde setembro;
  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá cair para 665,89 euros, menos 109,45 euros (-14,12%) face à prestação que pagou no último ano.

Para o ajudar a calcular a prestação do seu crédito à habitação, o ECO preparou um simulador. Faça as contas para o seu caso e, se o seu contrato for revisto agora, saiba quanto irá pagar a menos.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o simulador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banca prepara-se para dar ‘jackpot’ de 4,1 mil milhões aos acionistas

Novo ano histórico para os bancos significará um cheque chorudo para os acionistas. Espanhóis vão levar um terço dos dividendos. Estado português encaixa 1,1 mil milhões.

Depois de um novo ano histórico para a banca portuguesa, os acionistas esfregam as mãos com o ‘jackpot’ que se preparam para receber: perto de 4,1 mil milhões de euros é o montante que as principais instituições se preparam para entregar aos seus donos, de acordo com os cálculos do ECO.

Este valor inclui cerca de 3,9 mil milhões de euros em dividendos e distribuição de resultados acumulados e outros 200 milhões relativos ao programa de recompra de ações que o BCP vai executar nos próximos meses.

Esta quarta-feira, o CEO do banco, Miguel Maya, revelou que já tem autorização do Banco Central Europeu (BCE) para avançar com o chamado share buyback. “Não temos uma data específica, mas vamos iniciar a operação logo que possível. Há uma parte operacional que tem de ser montada, envolvendo bancos de investimento, e não quisemos avançar com isso antes da autorização do BCE”, explicou o gestor aos jornalistas.

Entre dividendo e recompras, o BCP vai dar 72% do seu lucro do ano passado aos acionistas., cerca de 650 milhões. Mas os outros bancos vão pagar ainda mais.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Novobanco é quem paga mais

Impedido até agora de pagar dividendos, por conta do acordo de capital contingente (CCA) que terminou antecipadamente em dezembro, o Novobanco é quem vai dar mais aos acionistas: 1,3 mil milhões de euros.

Em cima da mesa está não só o dividendo relativo aos resultados de 2024, que serão anunciados na próxima semana, mas também a distribuição de capital acumulado nos últimos anos. Os dividendos vão ser aprovados na assembleia geral de 21 de março, como revelou o ECO esta semana.

Já a Caixa Geral de Depósitos (CGD) acabou de anunciar um dividendo de 850 milhões de euros, correspondendo a perto de 50% do resultado histórico de 1,74 mil milhões de euros alcançado no ano passado.

Depois dos lucros de quase mil milhões no ano passado, o Santander Totta vai distribuir cerca de 90% do resultado pela casa-mãe, o que significa um cheque de cerca de 890 milhões de euros.

Já o BPI prevê dar até 75% dos lucros de 588 milhões de euros ao Caixabank, o que se traduzirá num dividendo a rondar os 440 milhões a caminho de Espanha.

Espanha recebe um terço

Espanha será, de resto, o destino de praticamente um terço dos dividendos que os bancos portugueses vão pagar, por conta do que Totta e BPI vão entregar aos acionistas únicos Santander e Caixabank, respetivamente.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O Estado português também se prepara para um encaixe considerável: além do dividendo da Caixa, terá a receber cerca de 325 milhões de euros do que o Novobanco vai distribuir devido à participação pública de 25% que o Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças têm no banco.

O mesmo Novobanco deverá entregar 975 milhões de euros à Lone Star, praticamente o mesmo montante que o fundo americano injetou no banco em 2017 em troca de uma participação de 75%.

Já os chineses da Fosun e os angolanos da Sonangol vão receber cerca de 90 milhões de euros cada, por via da sua posição no BCP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Madrid está a consolidar a sua posição como o motor económico de Espanha, segundo o Instituto Coordenadas.

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2025

A Comunidade de Madrid registou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,7%, superando a média nacional de 3,6%.

O Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada (ICGEA) efectuou uma análise da evolução do impacto das comunidades na economia espanhola, que conclui que Madrid consolidou a sua posição como pilar da economia espanhola e europeia, “devido ao seu crescimento sustentado, à sua capacidade de atrair investimento e à sua competitividade na cena internacional”.

A análise indica que, em 2023, a Comunidade de Madrid registou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,7%, superando a média nacional de 3,6%. Um impulso que, na opinião desta entidade, permitiu que a região contribuísse com 19,6% da riqueza do país, colocando-a à frente da Catalunha (18,8%) e da Andaluzia (13,3%), regiões muito mais populosas e com um território maior.

Além disso, o PIB per capita de Madrid atingiu 42.198 euros, o mais elevado de Espanha, 36,3% acima da média nacional de 30.968 euros, ultrapassando a média da União Europeia de 38.130 euros. “Com um crescimento do PIB per capita que duplicou nos últimos 20 anos, o que reflecte não só a prosperidade económica da região, mas também a sua capacidade de gerar riqueza de forma eficiente”, acrescenta.

Salienta que a estrutura económica de Madrid se caracteriza por uma orientação para o sector dos serviços, que representa 79,9% da sua economia. “Além disso, a Região de Madrid tornou-se um pólo de atração para empresas e investidores e concentra mais de 71% do investimento direto estrangeiro em Espanha, um fator-chave que lhe permitiu manter o seu crescimento mesmo num contexto global de incerteza económica”.

A análise indica que, em termos comparativos, Madrid superou o desempenho de outras regiões espanholas e começou a rivalizar com capitais europeias, como Londres e Paris, em termos de atividade económica. Um progresso que se deve, em grande parte, ao seu modelo económico e às políticas públicas “que incentivam a liberdade empresarial, a redução de impostos e a eliminação de obstáculos burocráticos, criando um ambiente favorável aos negócios e ao investimento”. Acrescenta que ainda há trabalho a fazer e áreas a melhorar, como a política de gestão de resíduos, “mas noutros domínios as administrações regionais demonstram uma inquestionável vocação de serviço”.

Outro elemento que cita é a estabilidade regulamentar e fiscal. “Enquanto outras regiões optaram por aumentar a carga fiscal, Madrid manteve uma política de impostos baixos e de simplificação administrativa, com algumas pequenas excepções, o que favoreceu a atração de empresas e investidores. Esta estratégia foi um fator determinante para que a região atingisse uma das taxas de crescimento mais elevadas de Espanha na última década”, acrescenta a análise.

“A evolução da Região de Madrid nos últimos anos demonstra a sua capacidade de adaptação às mudanças económicas e sociais. Com uma economia em expansão, um mercado de trabalho qualificado em crescimento e um ambiente atrativo para o investimento, a capital espanhola posiciona-se como uma referência económica para a Europa nos próximos dez anos”, afirma Jesús Sánchez Lambás, vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas.

CCAA

Desde a pandemia, Madrid foi a região que mais cresceu, juntamente com as Ilhas Baleares, impulsionada pela ascensão do sector tecnológico, pela atração de investimento estrangeiro e pelo crescimento do mercado imobiliário. O Instituto Coordenadas defende que Madrid conseguiu diversificar as suas fontes de crescimento, impulsionando a digitalização e consolidando-se como o pólo tecnológico de referência no sul da Europa.

“A liderança económica de Madrid”, acrescenta o Instituto Coordenadas, ”reflecte-se na sua contribuição para o PIB nacional, representando 19,6% do total em 2023. Segue-se a Catalunha, com 18,8%, e a Andaluzia, com 13,3%. Em termos de PIB per capita, Madrid é seguida pelo País Basco (39.547 euros) e pela Comunidade Autónoma de Navarra (37.088 euros). Em contrapartida, as regiões com o PIB per capita mais baixo são Melilla (20.479 euros), Ceuta (22.751 euros), Andaluzia (23.218 euros) e Extremadura (23.604 euros)”.

A nível europeu, Madrid salienta que está a competir cada vez mais com algumas das principais capitais do continente. O seu PIB per capita ultrapassa a média da UE, que se situa nos 38.130 euros, e está posicionado acima de economias como a Itália (39.580 dólares per capita). Embora o Luxemburgo, a Irlanda e a Suíça continuem a liderar os rankings de riqueza com valores acima dos 100.000 euros, Madrid conseguiu posicionar-se numa posição privilegiada no sul da Europa, rivalizando com cidades como Milão e Lisboa e atraindo cada vez mais talento e capital internacional.

Segundo esta entidade, este posicionamento não se deve apenas ao seu crescimento económico, “mas também à sua capacidade de gerar emprego e fortalecer sectores estratégicos como a inovação tecnológica, a saúde e os serviços financeiros”. Nos últimos anos, a região tem sido um pólo de atração para as multinacionais que procuram um ambiente fiscal favorável e um ecossistema empresarial sólido.

Acrescenta que “o que torna o crescimento de Madrid único em relação a outras cidades e regiões, tanto em Espanha como na Europa, é que a sua economia está a expandir-se ao mesmo tempo que a sua população está a crescer. A realidade é que em muitas capitais europeias o aumento do PIB per capita é explicado em grande parte pela perda de população – como acontece em Roma, Berlim ou mesmo em algumas regiões francesas – Madrid continua a atrair novos residentes, tanto nacionais como estrangeiros. Na última década, a região somou mais de 600.000 novos residentes, consolidando a sua posição como centro de atração de profissionais altamente qualificados, empresários e empresas em busca de oportunidades. Um fenómeno que reforça ainda mais a sua competitividade e assegura uma base de crescimento sustentável a longo prazo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mina Muga enfrenta o mês mais decisivo para a sua continuidade

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2025

Os promotores alertam que a situação de incerteza jurídica que rodeia o “maior projeto mineiro de Espanha” coloca em risco um investimento superior a 500 milhões de euros.

A um mês do prazo estabelecido pelos fundos Yankuang Energy, Beijing Energy e Taizhong para efetuar um investimento de um milhão de euros em Mina Muga, os promotores avisam que a incerteza jurídica que rodeia a operação continua a ameaçar a sua viabilidade.
Explicam que a paragem temporária a que está sujeito o maior projeto mineiro de Espanha pode tornar-se indefinida se o governo central não conseguir pôr fim a um bloqueio judicial provocado por um simples “defeito de forma” antes do dia 31 do próximo ano.

Neste sentido, salientam que, se durante as próximas semanas, as instituições lideradas pelo Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico (MITECO) não conseguirem encontrar a “solução administrativa” exigida pelo promotor Geoalcali, não só os 200 milhões comprometidos pelos três investidores asiáticos, mas também um Project Finance com seis instituições financeiras (Natixis, ING, Société Générale, BNP Paribas, HSBC e Caja Rural de Navarra) no valor de mais 320 milhões, se esfumarão.

A não execução destes investimentos significaria a perda de uma oportunidade de gerar cerca de 3.800 milhões de euros em pagamentos a fornecedores, 1.246 milhões de euros em receitas fiscais e cerca de 7.000 postos de trabalho em duas regiões em risco de despovoamento, como Sangüesa e Cinco Villas. Trata-se de uma catástrofe, não só para o futuro de Mina Muga e, por extensão, de Navarra e Aragão, mas também para o sector agroalimentar, acrescentam.

Precisamente no terceiro aniversário da guerra na Ucrânia, a dependência de Espanha e da União Europeia das importações de potássio da Rússia e da Bielorrússia faz prever uma nova crise no abastecimento de fertilizantes. A recente decisão da Comissão Europeia de impor direitos aduaneiros às importações de fertilizantes provenientes destes países aumenta a pressão sobre a atividade agrícola e pecuária, encarecendo os factores de produção e afectando a competitividade dos produtores europeus.

Neste contexto, o desbloqueamento de Mina Muga, cuja produção de potássio deverá atingir um milhão de toneladas por ano, reforçaria a autonomia europeia e a importância estratégica de Espanha num sector fundamental para a segurança alimentar.

ERTE

A paralisação do projeto levou a Geoalcali a anunciar recentemente um Plano de Despedimento Temporário (ERTE) que afectará os seus trabalhadores entre 1 e 31 de março. Esta medida, de acordo com fontes da empresa, responde à necessidade de ajustar a estrutura de custos, dada a falta de certezas quanto ao futuro do projeto. “Não podemos manter esta incerteza por mais tempo sem consequências diretas nas nossas operações”, declarou o promotor.

Apesar de ter ultrapassado com sucesso todas as fases de avaliação ambiental e administrativa; de ter obtido mais de 80 relatórios favoráveis, três 14 exposições públicas e 32 licenças favoráveis, revistas na íntegra por 3 administrações públicas, uma questão administrativa, como a autoria na assinatura de uma licença, pode pôr fim premeditadamente a um projeto estratégico a 31 de março. Um encerramento que, segundo a empresa, marcaria o fim de uma iniciativa fundamental para Espanha e para a UE, após mais de 12 anos de investigação e de investimento de recursos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.