Temu “reforça” parceria com os CTT nas regiões autónomas

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

Plataforma chinesa "reforçou a sua parceria com os CTT em todo o território nacional, com especial enfoque nas regiões autónomas".

CTT e Temu reforçam parceriaCTT

Os CTT anunciaram esta segunda-feira de manhã, num comunicado, o “alargamento das entregas” da Temu, com quem têm um acordo de exclusividade em Portugal, para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, um serviço já prestado anteriormente.

Contactada pelo ECO, a empresa reconheceu o engano e emitiu um novo comunicado em que aponta para o reforço da parceria existente, “com especial enfoque nas regiões autónomas”.

A parceria com a Temu iniciou-se em novembro de 2023, altura em que os CTT revelaram ser o “parceiro exclusivo das entregas da Temu no mercado português”. Na altura, nada foi referido sobre as regiões autónomas.

A empresa asiática tem feito sucesso com os seus produtos baratos, não só em Portugal como também na União Europeia. Mas a Comissão Europeia tem demonstrado vontade em travar o crescimento deste tipo de plataformas, por exemplo, ao propor a eliminação da isenção de tarifas aduaneiras aplicada às encomendas de valor inferior a 150 euros.

Apesar destes ventos contrários, o reforço da parceria com a Temu representa mais uma aposta dos CTT nestes mercados, numa altura em que as plataformas asiáticas já representam “cerca de 60%” do negócio ibérico de Expresso e Encomendas, segundo revelou em janeiro, ao ECO magazine, João Bento, CEO dos CTT.

(Notícia alterada às 15h56 após nova versão do comunicado dos CTT)

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Euribor a seis meses cai pela quinta sessão consecutiva para novo mínimo de mais de dois anos

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A taxa a três meses, que se manteve esta terça-feira em 2,530%, continua acima da taxa a seis meses (2,407%) e da taxa a 12 meses (2,417%).

A Euribor subiu esta terça-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses, no prazo mais curto, pela quinta sessão consecutiva, para um novo mínimo desde dezembro de 2022. Com as alterações, a taxa a três meses, que se manteve em 2,530%, continuou acima da taxa a seis meses (2,407%) e da taxa a 12 meses (2,417%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta terça-feira para 2,407%, menos 0,014 pontos do que na segunda-feira e um novo mínimo desde 02 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também baixou, para 2,417%, também menos 0,014 pontos. Em sentido inverso, a Euribor a três meses avançou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,530%, mais 0,009 pontos que na segunda-feira.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair. Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Acordo do Novobanco foi “talvez o mais eficiente mecanismo” usado em resgates bancários, avalia Centeno

Oposição criticou governador por ter elogiado mecanismo que ajudou a criar quando era ministro: "Tentou tirar dividendo político". Centeno descartou "autoelogios" e diz que todos contribuíram.

O governador do Banco de Portugal considera que o acordo de capital contingente (CCA), que obrigou o Fundo de Resolução a injetar 3,4 mil milhões de euros no Novobanco nos últimos anos, foi o “mais eficiente” mecanismo de capitalização utilizado em regastes bancários em toda a Europa. Elogios do ex-ministro que valeram críticas da oposição.

“[O CCA] foi talvez o mais eficiente mecanismo de capitalização que existiu em todas as intervenções bancárias em Portugal e talvez na Europa”, disse Mário Centeno, que era ministro das Finanças quando foi criado o mecanismo em outubro de 2017, que permitiu a venda do Novobanco ao fundo Lone Star.

Para o governador do Banco de Portugal, o CCA “foi absolutamente essencial e instrumental” para que se conseguisse vender o Novobanco, tendo sido “construído com um numero de salvaguardas, freios, contrapesos” que monitorizaram a utilização do dinheiro. Foi um “enorme sucesso aquilo que foi construído no instrumento único, ao contrário de o que se passou noutras intervenções”, disse o governador (em fim de mandato) na Comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública.

“Conseguiu-se minimizar os custos”, defendeu perante os deputados.

Em resposta, a oposição atacou Centeno por ter “procurado elogiar de forma absolutamente parcial o papel do ministro das Finanças”. Tentou “politizar e tirar dividendos políticos de um acordo que na altura diziam nada ter a ver com o PS”, acusou o deputado do CDS Paulo Núncio.

Centeno defendeu-se das críticas: “Não tentem personalizar o CCA. Um dia não é o ministro das Finanças e no outro o governador. São mais de uma dezena de entidades que intervieram”.

“Não há nem elogios nem autoelogios, é um esforço enormíssimo do compromisso da República”, acrescentou.

“Talvez estaríamos hoje a chorar um bocadinho mais”

O CCA envolveu um envelope financeiro de 3,89 mil milhões de euros para serem usados para o Fundo de Resolução compensar o Novobanco em relação as perdas com um conjunto delimitado de ativos problemáticos herdados do BES. Em dezembro, o fundo liderado por Máximo dos Santos e o Novobanco decidiram antecipar o fim do mecanismo.

“Podia ter sido antecipado mais cedo, o que teria sido desejável para o sistema, mas não foi, foi agora. O fecho do mecanismo é positivo”, afirmou.

Por não ter as verbas, o Fundo de Resolução teve de pedir empréstimos ao Estado para responder às chamadas de capital que o banco solicitou entre 2018 e 2021 que ascendem a mais de 2,4 mil milhões de euros (fora os empréstimos usados para a resolução do BES em 2014 e Banif em 2015).

Centeno afirmou que é sempre difícil calcular o custo de uma medida quando envolve dinheiro dos contribuintes. Ainda assim, a partir do momento em que deixou de injetar mais fundos no banco, todos os anos o Fundo de Resolução terá um contributo positivo para as contas públicas próximo dos 250 milhões (correspondente às contribuições dos bancos para o fundo).

“Qual é o custo de oportunidade e alternativa a todo o momento sobre a participação do Estado nestes processos? O custo alternativo é incomensuravelmente maior e, por isso, o Estado deve garantir que a utilização de meios financeiros é rigorosa”, frisou o ex-ministro das Finanças.

Centeno defendeu a atuação em 2017 por se estar numa situação limite. E que se não se fizesse nada na altura, “talvez estaríamos hoje a chorar um bocadinho mais” pelos euros a mais perdidos.

(Notícia atualizada às 12h34)

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Bundesbank sofre perdas de 19,2 mil milhões de euros em 2024, as primeiras desde 1979

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

Banco central da Alemanha explica que perdas são o resultado da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), o que o levou a ter mais despesas com juros do que receitas de juros.

O Bundesbank, banco central da Alemanha, sofreu perdas de 19.200 milhões de euros em 2024, as primeiras desde 1979, as maiores da sua história e oito vezes mais do que em 2023, quando conseguiu cobrir os números ‘vermelhos’ com provisões.

O Bundesbank informou esta terça-feira que estas perdas são o resultado da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), o que o levou a ter mais despesas com juros do que receitas de juros. No ano passado, o BCE também registou um prejuízo, de 7.900 milhões de euros, pela mesma razão.

O presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, acrescentou, quando o balanço foi apresentado, que o Bundesbank tem força financeira suficiente para suportar as perdas, que espera que sejam reduzidas no próximo ano, porque “o pico das perdas anuais já foi ultrapassado“.

Além disso, o Bundesbank alertou, na apresentação do balanço, para o facto de a economia alemã estar a sofrer de uma “estagnação obstinada, enquanto outras economias estão a crescer”.

Nagel mencionou os “problemas estruturais” da economia alemã, tais como “os elevados preços da energia, a transformação ecológica e as alterações demográficas“. Além disso, acrescentou Nagel, muitas empresas queixam-se da carga fiscal e da burocracia muito elevadas.

O presidente do Bundesbank apelou aos partidos políticos alemães para que assumam a responsabilidade após as eleições gerais de domingo, ganhas pelo bloco conservador. “Com uma política económica inteligente, coerente e fiável, é possível criar um espírito de otimismo e aumentar a vontade de investir”, afirmou Nagel.

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OutSystems lança curso de programador “low code” com Pro_Mov

OutSystems e Pro_Mov vão lançar curso de programador "low code", que está a ser desenhado em colaboração com outras empresas, entre as quais a MC Sonae, Devoteam, Mediaweb e Indigo.

A OutSystems, o segundo “unicórnio” nascido em Portugal, vai lançar um curso de programador low code em parceria com o Pro_Mov, programa nacional de requalificação dos trabalhadores. O curso será aberto a qualquer pessoa com mais de 18 anos e a escolaridade obrigatória concluída.

“O programa de requalificação profissional Pro_Mov e a tecnológica portuguesa OutSystems uniram-se para criar o curso de programador de low code e aumentar a oferta formativa no setor digital, uma das áreas com maior escassez de profissionais qualificados“, foi anunciado esta terça-feira, numa nota enviada às redações.

O Pro_Mov é um programa nacional de requalificação que se insere na iniciativa europeia Reskilling 4 Employment, que foi criada pelo European Roundtable for Industry, um fórum de alto nível que junta cerca de 60 CEO e presidentes de empresas, entre as quais a Sonae, a Nestlé e a SAP. O objetivo dessa iniciativa é requalificar um milhão de europeus até 2025.

Há ano e meio, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinou um protocolo com mais de 50 empresas e associações — entre as quais, a Sonae, a SAP, a Nestlé, a Business Roundtable Portugal e a Confederação Empresarial de Portugal — com vista a acelerar a requalificação dos trabalhadores portugueses, através deste programa. E, entretanto, têm-se somado parceiros. Por exemplo, em março, juntou-se a Associação Portuguesa de Centros Comerciais.

Agora é a vez da OutSystems se juntar à missão, criando um novo curso, que se junta a mais de dez formações já disponíveis.

“Este curso é focado na plataforma de low code OutSystems e está a ser desenhado em colaboração com outras empresas, entre as quais MC Sonae, Devoteam, Mediaweb e Indigo, assegurando que o conteúdo e a abordagem da formação estão alinhados com as necessidades e desafios do mercado atual. O objetivo é proporcionar aos formandos as competências para realizarem uma certificação Outsystems“, é explicado em comunicado.

Este curso vai proporcionar aos candidatos um “conjunto de valências práticas altamente valorizadas pelas empresas”: OutSystems web specialist e mobile developer, programação em SQL, HTML, CSS e Javascript e Análise de Sistemas de Informação são algumas das unidades de formação previstas para o curso.

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Exportações ditam quebra da economia alemã na reta final do ano. PIB contrai-se 0,2%

Ligeira recuperação no consumo na reta final do ano face ao terceiro trimestre foi insuficiente para compensar a queda acentuada das exportações. Destatis confirma segundo ano de recessão.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 0,2% no quarto trimestre de 2024 face aos três meses anteriores, confirmou esta terça-feira o Destatis, o organismo de estatísticas alemão. A penalizar o desempenho da economia esteve principalmente a diminuição das exportações.

Os dados confirmam ainda que o PIB contraiu-se 0,2% na comparação homóloga, ajustada de calendário e sazonalidade, bem como na globalidade do ano. Concretiza-se assim o segundo ano consecutivo de recessão.

A ligeira recuperação no consumo na reta final do ano face ao terceiro trimestre foi insuficiente para compensar a queda acentuada das exportações, levando o PIB a cair face ao crescimento de 0,1% registado no terceiro trimestre. No quarto trimestre de 2024, as exportações de bens e serviços caíram 2,2% na comparação em cadeia, a quarta maior quebra desde o segundo trimestre de 2020.

“As exportações de bens, em particular, diminuíram substancialmente em 3,4% em comparação com o trimestre anterior. Em contraste, as importações de bens e serviços aumentaram 0,5%”, detalha o Destatis na publicação feita esta manhã.

A quebra da indústria alemã tem penalizado especialmente o desempenho da economia. Pela sétima vez consecutiva, a produção nesta área recuou 0,6%, refletindo reduções na construção de máquinas e equipamentos e na produção de automóveis. Paralelamente, a produção na construção também voltou a cair, reduzindo-se 0,9%.

Friedrich MerzLusa

Fora da indústria, o Valor Acrescentando Bruto (VAB) no setor de atividades financeiras e de seguros foi substancialmente menor do que no trimestre anterior (-2,1%). Ademais, o desempenho em serviços empresariais e outros serviços também caiu em comparação com o trimestre anterior (-0,3% cada). Em contrapartida, o VAB no comércio, transportes, alojamento e restauração subiu 0,5% e nos serviços públicos, educação e saúde 0,3%.

Paralelamente, registaram-se trajetórias distintas no que toca ao investimento. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em máquinas e equipamentos caiu 0,3% em relação ao trimestre anterior, marcando a quinta queda consecutiva. Por outro lado, na construção aumentou 1% face ao terceiro trimestre, “em parte devido às condições climáticas amenas”. No geral, o investimento subiu 0,4%. Já o consumo subiu 0,2%, resultado do crescimento de 0,4% do consumo público e de 0,1% das famílias.

A queda de 0,2% do PIB alemão coloca o país abaixo da média da União Europeia (UE) e da Zona Euro, que na comparação em cadeia avançaram 0,2% e 0,2%, respetivamente, e 1,1% e 0,9% na variação homóloga.

Os dados são conhecidos dois dias após as eleições no país, que elegeram Friedrich Merz como o próximo chanceler. O principal desafio reside no facto de a AfD e o Die Linke deterem um total combinado de 216 assentos – mais de um terço do Bundestag –, o que lhes confere a capacidade de vetar quaisquer alterações constitucionais. Para aumentar o teto da dívida — um passo crucial para financiar o reforço dos investimentos em Defesa e Infraestruturas — é necessária uma maioria de dois terços dos 630 deputados.

Se no Parlamento o xadrez político não se adivinha fácil, na política económica é preciso ganhar a aposta de uma estratégia que retire o país da recessão. Para isso, o líder da CDU defende a redução das prestações sociais, como do subsídio de desemprego, bem como da burocracia e do número de funcionários públicos. Simultaneamente, apoia cortes nos impostos sobre os rendimentos pessoais e das empresas, o que, a concretizar-se, baixaria as receitas do Estado para criar mais investimento.

No entanto, os analistas alertam para os riscos. “Da defesa à despesa com infraestruturas e à revitalização da potência económica da Europa, os desafios que o provável novo chanceler alemão, Friedrich Merz, enfrenta são enormes. Afirma que não trabalhará com o partido de direita AfD, que ficou em segundo lugar nas eleições deste fim de semana, o que tornará a formação de um governo de coligação particularmente difícil”, assinala Carsten Brzeski, economista do ING, numa nota de research divulgada esta terça-feira.

Ainda assim, Friedrich Merz terá iniciado negociações com o SPD para aprovar rapidamente até 200 mil milhões de euros em despesa para a defesa, avança esta terça-feira a Bloomberg. Segundo a agência noticiosa, em cima da mesa está a estratégia para contornar as restrições da Alemanha sobre empréstimos governamentais para libertar recursos para as a defesa.

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Renascença é a marca com mais downloads de podcasts em janeiro. Observador é a que soma mais ouvintes

  • + M
  • 25 Fevereiro 2025

Já são conhecidos os primeiros resultados do ranking mensal de podcasts lançado pela Marktest. Só os primeiros 10 podcasts do ranking somaram mais de 6,6 milhões de downloads no mês de janeiro.

A Renascença foi a marca que obteve mais downloads com os seus podcasts em janeiro, com cerca de 3,1 milhões, seguindo-se o Observador (2,7 milhões) e a Rádio Comercial (2 milhões). Já em termos de ouvintes, é o Observador quem soma o maior alcance médio semanal, com cerca de 251 mil, seguido do Expresso (238 mil) e SIC Notícias (235 mil).

No que diz respeito a podcasts, “Extremamente Desagradável”, da Renascença, foi aquele que registou mais downloads em janeiro, com mais de 2,7 milhões. A rubrica humorística de Joana Marques registou ainda no primeiro mês do ano uma média de 216 mil ouvintes semanais (ou seja, o número de diferentes dispositivos/apps de escuta que descarregaram pelo menos um episódio no período em análise).

O Homem Que Mordeu o Cão”, da Rádio Comercial, com quase 1,2 milhões de downloads e uma média de 77 mil ouvintes semanais, e “Contas Poupanças”, da SIC Notícias, que teve 602 mil downloads no primeiro mês do ano, para uma média de mais de 80 mil ouvintes semanais, completam a primeira edição do Pod_Scope, um serviço de medição de áudio digital lançado pela Marktest, agregado mensalmente num ranking, e que integra os grupos Bauer Media, Impresa, Observador e Renascença Multimédia.

Do top 10 fazem ainda parte os podcasts “Programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer” (SIC Notícias), “Expresso da Manhã”, (Expresso), “The Heart and Hustle of Portugal” (Expresso), “A Caça ao Estripador de Lisboa” (Observador), “Irritações” (SIC), “Bem-vindo a mais um episódio de” (Rádio Comercial) e “Eixo do Mal” (SIC Notícias).

No ranking de publishers, a liderança é ocupada pelo Grupo Impresa, que acumulou 4,6 milhões de downloads ao longo do mês de janeiro. A segunda posição é do pelo Grupo Renascença Multimedia (3,3 milhões), seguindo-se o Observador (2,7 milhões) e a Bauer Media (2,2 milhões).

A divulgação do primeiro ranking do Pod_Scope é um momento “muito importante para a indústria dos media”, refere, José Manuel Oliveira, CEO da Marktest, citado em comunicado. “É fundamental que o mercado tenha acesso a dados fiáveis, medidos e auditados por critérios internacionais validados e reconhecidos pela indústria“, acrescenta.

Por parte dos quatro publishers que integram a análise, Rita Sobral, VP de revenue growth da Bauer Media Audio Portugal, diz que com este ranking se dá um “passo decisivo para a valorização dos conteúdos de podcast, promovendo um ecossistema onde transparência, qualidade e inovação impulsionam o crescimento do setor”.

“A Impresa está muito orgulhosa dos resultados do Pod_Scope, que refletem a adequação deste formato aos conteúdos de alta qualidade que produz para os seus públicos”, diz por sua vez João Paulo Luz, diretor comercial de TV e digital do Grupo Impresa, enquanto Renata Silva, administradora Intervoz – Grupo Renascença Multimédia, refere que no grupo Renascença se acredita que “métricas consistentes são essenciais para que o universo de podcasts evolua, beneficiando criadores, anunciantes e ouvintes”.

“Já existe uma oferta diversificada e de alta qualidade, tendo o Observador inovado com os Podcast+. Faltava um Pod_Scope para que as marcas elejam este formato para comunicarem”, afirma Rudolf Gruner, director-geral do Observador.

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China critica inclusão de empresas chinesas em lista negra por apoio à Rússia

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

Porta-voz do Governo chinês reiterou que Pequim nunca forneceu armas a Moscovo e que mantém um "controlo rigoroso" sobre os artigos civis e militares de dupla utilização.

A China criticou esta terça-feira a inclusão, pelo Conselho Europeu, de entidades chinesas na lista de empresas que considera estarem a apoiar o complexo militar-industrial da Rússia, na sua guerra de agressão contra a Ucrânia.

“A cooperação entre a China e a Rússia, que se baseia na igualdade e no benefício mútuo, não deve ser perturbada por terceiros. Apelamos ao fim dos ataques à China sem qualquer fundamento”, reagiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.

O porta-voz reiterou que o seu país nunca forneceu armas à Rússia e que mantém um “controlo rigoroso” sobre os artigos civis e militares de dupla utilização, incluindo os veículos aéreos não tripulados (“drones”).

Defendeu ainda que “a China vai tomar medidas contra qualquer pessoa que imponha sanções unilaterais” contra as suas empresas, visando proteger os seus direitos.

Outros governos, como o britânico e o canadiano, também impuseram sanções nos últimos dias contra fornecedores de Moscovo em países terceiros, como a Turquia, a Índia e a China.

“A China está empenhada no desenvolvimento pacífico, na salvaguarda da paz e em promover estabilidade e certeza no mundo”, acrescentou Lin, que destacou a conversa por telefone entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na segunda-feira.

Xi sublinhou então que as relações entre a China e a Rússia “não são dirigidas contra terceiros nem serão influenciadas por ninguém” e previu que os laços continuarão a desenvolver-se suavemente e “ajudarão o desenvolvimento de ambos os países, injetando estabilidade e energia positiva nas relações internacionais”.

Pequim opôs-se às sanções unilaterais contra Moscovo e apelou a uma solução política para a guerra na Ucrânia. O Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar da Rússia, ao fornecer ao país vizinho componentes essenciais para a produção de armamento.

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Sonae Arauco fecha ‘empréstimo verde’ de 200 milhões e abre mais dois centros de reciclagem de madeira

CaixaBank atuou como coordenador de sustentabilidade do financiamento. Joint-venture entre Sonae Indústria e Arauco vai abrir mais dois centros de reciclagem de madeira no Minho e no Norte de Lisboa.

A Sonae Arauco fechou um financiamento ligado ao desempenho de sustentabilidade (Sustainability-Linked Loan) no valor de 200 milhões de euros. Até 2029, a empresa de soluções derivadas de madeira compromete-se a aumentar a incorporação de madeira reciclada em 9,3 pontos percentuais e a reduzir as emissões de dióxido de carbono em 59%.

O CaixaBank atuou como coordenador de sustentabilidade do financiamento a esta joint-venture entre a Sonae Indústria e a Arauco, que soma 23 unidades industriais e comerciais, vende em 68 países e conta atualmente com 2.600 trabalhadores em nove países: Portugal, Espanha, Alemanha, África do Sul, Reino Unido, França, Holanda, Suíça e Marrocos.

Cristian Knollseisen, administrador financeiro (CFO) da Sonae Arauco, destaca que “os KPIs definidos no acordo refletem metas concretas e mensuráveis em termos de sustentabilidade e estão plenamente alinhados com a visão da empresa de fomentar uma economia circular e uma gestão eficiente dos recursos naturais, em particular no que respeita à madeira”.

“Este posicionamento reafirma a integração dos objetivos ambientais como um pilar essencial do modelo de negócio da Sonae Arauco, e como um elemento transversal a todas as suas operações, incluindo a gestão financeira”, acrescenta o gestor, citado num comunicado enviado às redações esta terça-feira.

Em 2024, a Sonae Arauco incorporou na produção cerca de 32% de madeira reciclada, notando que em algumas gamas a integração já supera 70%. Com três centros de reciclagem em Alfena (Valongo), Seixal (Setúbal) e Souselas (Coimbra), além de nove outros em Espanha, a empresa salienta que tem prevista a abertura de outros dois centros no Minho e no Norte de Lisboa.

Já quanto ao compromisso com a redução de emissões de CO2, a Sonae Arauco indica que está a implementar um plano de descarbonização da atividade, alavancado na adoção de energias renováveis, em programas de eficiência energética e na eletrificação da frota. A longo prazo, até 2040, visa atingir a neutralidade carbónica e está também a trabalhar na descarbonização da logística e das matérias-primas adquiridas para a redução das emissões.

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O futuro da comunicação social em discussão sexta-feira, no 1.º ECO Local

  • Local Online
  • 25 Fevereiro 2025

O ECO vai andar pelo país a debater assuntos de interesse nacional. A 1.ª paragem deste ciclo de debates acontece na manhã de 21 de março, no Porto. O Futuro da Comunicação Social é o tema a discutir.

A primeira edição do ECO Local, uma iniciativa do ECO e do Local Online, com o apoio da Tabaqueira, arranca no Porto, com o apoio da Câmara Municipal do Porto. O futuro da comunicação social é o primeiro tema deste ciclo de debates. A abertura da conferência será feita por Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto. Pedro Duarte, Ministro dos Assuntos Parlamentares, fará a sessão de encerramento.

A conferência é aberta ao público, mas limitada à lotação da sala. Inscreva-se aqui.

PROGRAMA

10h00 Abertura
Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto

10h30 O papel dos Media na sociedade portuguesa
Ana Pinho, Economista
Carlos Magno, Jornalista
Moderação: Carla Borges Ferreira, Diretora-Executiva +M

11h15 Coffee-break

11h30 Os desafios da comunicação social na visão das empresas
Marcelo Nico, Diretor-geral da Tabaqueira
Mário Ferreira, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Media Capital
Moderação: António Costa, Diretor do ECO

12h15 Encerramento
Pedro Duarte, Ministro dos Assuntos Parlamentares

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Tesla implementa funções avançadas de condução autónoma na China

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

Atualização de software inclui a "condução automática assistida por Autopilot nas ruas das cidades" e uma função no espelho retrovisor que deteta se os condutores estão ou não a prestar atenção.

O fabricante de veículos elétricos norte-americano Tesla anunciou esta terça-feira o lançamento de funções avançadas de condução autónoma para os seus carros na China, incluindo o Autopilot, nas ruas das principais cidades.

O anúncio surge após vários anos de tentativas da empresa norte-americana para ultrapassar os obstáculos regulamentares que impediam esta atualização no mercado automóvel chinês.

A Tesla explicou que vai lançar gradualmente uma atualização de software que inclui a “condução automática assistida por Autopilot nas ruas das cidades” e uma função no espelho retrovisor que deteta se os condutores estão ou não a prestar atenção.

Estas características são semelhantes às do sistema FSD (full self-driving) que o fabricante oferece nos Estados Unidos.

Os automóveis equipados com este software não são, de facto, totalmente autónomos, e destinam-se a ser utilizados sob o controlo de um condutor.

A atualização “foi lançada para certos modelos de automóveis e será gradualmente alargada a outros modelos adequados”, afirmou a empresa, num comunicado publicado na rede social chinesa WeChat.

Segundo a agência de notícias financeiras Bloomberg, o plano permite que os utilizadores que pagaram o equivalente a 8.800 dólares (8.400 euros) pelo pacote FSD o utilizem em estradas urbanas.

Segundo fontes citadas pela Bloomberg, a Tesla terá oferecido aos seus funcionários na China a possibilidade de participarem num teste-piloto destes sistemas antes de serem lançados ao público.

Musk deslocou-se em abril a Pequim, onde se reuniu com dirigentes governamentais, incluindo o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, para discutir a viabilidade do FSD na China.

A Tesla fechou um acordo de cartografia e navegação com a tecnológica chinesa Baidu e cumpriu os requisitos locais em matéria de segurança dos dados e de privacidade.

No entanto, em janeiro, durante uma chamada com analistas após a divulgação dos resultados, Musk reconheceu que a Tesla ainda enfrentava desafios para lançar o FSD na China, culpando as limitações que tanto Pequim como Washington impuseram à forma como a empresa treina o seu sistema para reconhecer as estradas locais.

De acordo com Musk, os engenheiros da Tesla estavam a resolver o problema utilizando vídeos da Internet que mostravam ruas na China para dar instruções ao sistema.

As tecnologias de assistência ao condutor estão a tornar-se cada vez mais comuns no país asiático, onde a empresa local BYD, o maior fabricante de automóveis elétricos do mundo, anunciou recentemente um sistema conhecido como “God’s Eye” que será incorporado em veículos com preços a partir do equivalente a 9.630 dólares (9.190 euros).

A China é um mercado importante para a Tesla, que tem duas fábricas no país e está a tentar competir com os fabricantes locais de veículos elétricos em rápido crescimento.

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Vendas da Tesla na UE travam 50% no mês em que Musk se tornou conselheiro de Trump

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

Registos de modelos equipados com motores a gasolina e pequenos motores elétricos representaram 34,9% do mercado em janeiro, apesar da queda nas vendas face ao mesmo mês de 2024.

As vendas de veículos Tesla na União Europeia caíram 50,3% em janeiro deste ano, em comparação com o período homólogo, de acordo com números hoje publicados pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

Os dados indicam que a empresa de Elon Musk vendeu 7.517 unidades no primeiro mês deste ano, em comparação com os 15.130 veículos em janeiro de 2024.

A quebra nas vendas da fabricante de veículos elétricos coincidiu com um momento em que o seu proprietário, conselheiro do presidente norte-americano Donald Trump, interferiu na política interna da União Europeia, apoiando, entre outros, o partido de extrema-direita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD).

Este declínio contrasta, no entanto, com um aumento de 34% na compra de veículos elétricos na UE, até 124.341 unidades, pelo que este tipo de veículos representou 15% do mercado automóvel.

No geral, os registos de veículos novos caíram em média 2,6% no mercado da UE, com os maiores declínios registados em França (-6,2%), Itália (-5,8%) e Alemanha (-2,8%). A economia espanhola foi a única das quatro principais da UE em que os registos de novos veículos aumentaram (+5,3%).

Híbridos voltam a ultrapassar modelos a gasolina

Os registos de novos automóveis híbridos voltaram a ultrapassar os de veículos movidos a gasolina na Europa em janeiro, anunciou esta terça-feira a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA, na sigla em francês).

Os registos destes modelos equipados com motores a gasolina e pequenos motores elétricos representaram 34,9% do mercado, menos 18,4 pontos percentuais do que no mesmo mês de 2024.

Os automóveis a gasolina começam a seguir a tendência já trilhada pelos a gasóleo e sofreram uma quebra acentuada em janeiro (menos 18,9 pontos percentuais), sobretudo em França e na Alemanha.

Os modelos a gasolina representaram em janeiro 29,4% do mercado e os veículos a diesel 10%, menos 27 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado.

Os híbridos, menos poluentes que os modelos a gasolina e mais baratos que os elétricos, estão a retomar o controlo do mercado europeu depois de o terem dominado pela primeira vez durante três meses, de setembro a novembro de 2024.

Os modelos 100% elétricos aumentaram significativamente ao longo do ano (mais 34%), especialmente na Bélgica, Alemanha e Itália (mais 126%), mas mantêm-se estáveis em comparação com dezembro, e com disparidades significativas dependendo do país.

A nível europeu, os veículos elétricos representaram em janeiro 15% dos registos, ainda longe das metas estabelecidas para os fabricantes pela Comissão Europeia: 25% em 2025 e 100% em 2035.

“É evidente que a Europa ainda tem trabalho a fazer para evitar a estagnação”, disse a diretora-geral da ACEA, Sigrid de Vries, em comunicado.

A ACEA apelou a um relaxamento das regras europeias sobre as emissões de dióxido de carbono, o gás mais responsável pelo aquecimento global, das quais surgem as metas de vendas de automóveis elétricos.

“A UE deve fazer todos os possíveis para que o Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Indústria Automóvel seja um sucesso, para permitir uma transição eficaz para a mobilidade com emissões zero, preservando ao mesmo tempo a nossa competitividade global”, acrescentou de Vries.

O sucesso dos híbridos beneficiou a japonesa Toyota, apesar de uma ligeira quebra em janeiro (menos 4,9 pontos percentuais), e a francesa Renault (mais cinco pontos percentuais), que atingiu uma quota de mercado de 10,9%.

A pioneira em automóveis elétricos Tesla viu as vendas caírem para metade em janeiro, prejudicadas por uma mudança na gama e também, potencialmente, por posições controversas assumidas pelo dono da empresa, Elon Musk.

Com todas os tipos de veículos combinados, as vendas caíram 2,6% em janeiro face ao mesmo mês de 2024. Os principais mercados europeus (Alemanha, França, Itália) apresentaram quedas, enquanto Espanha registou uma ligeira recuperação.

 

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