Número de utentes sem médico de família aumenta 42 mil em janeiro

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

2024 terminou com 1.522.545 pessoas sem um especialista de medicina geral e familiar atribuído, mas esse número subiu em janeiro para os 1.564.203.

O número de pessoas sem médico de família subiu para as 1.564.203 no final de janeiro, mais cerca de 42 mil utentes do que no mês anterior, indica o portal da transparência do SNS.

Segundo os dados consultados esta sexta-feira pela Lusa, 2024 terminou com 1.522.545 pessoas sem um especialista de medicina geral e familiar atribuído, mas esse número subiu agora para os 1.564.203, um aumento de 41.658 utentes no espaço de um mês.

De acordo com portal da transparência, desde abril de 2024, quando o atual Governo entrou em funções, o número de pessoas sem médico de família subiu para um máximo de 1.675.633 em agosto, baixando depois para o mínimo em dezembro. Entre abril de 2024 e janeiro deste ano, a diferença do número de utentes nesta situação não é significativa, baixando de 1.565.880 para os 1.564.203, uma redução de apenas 1.677 pessoas nesse período.

Já o número de inscritos nos cuidados de saúde primários tem vindo sempre a subir nesse período de nove meses, aumentando dos 10.354.881 para os 10.514.923 no final de janeiro, mais 160.042. Os mais de 1,5 milhões de pessoas que não tinham médico de família em janeiro representam mais 143% do que os 641.228 mil registados em setembro de 2019, mês em que se verificou o número mais baixo desde janeiro de 2016.

Mais de 70% das 225 vagas para médicos recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar ficaram por preencher no último concurso, segundo dados oficiais avançados no início do mês à Lusa pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

“Terminado o processo de concurso – época especial, destinado à contratação de médicos recém-especialistas para as áreas de Medicina Geral e Familiar (MGF) e de Saúde Pública (SP), informamos que foram ocupadas 63 vagas em MGF [28%] e nove em SP [60%]”, adiantou a ACSS.

Uma das medidas do Governo para colmatar a falta de médicos de família, que é mais evidente na região de Lisboa e Vale do Tejo, é a abertura de novos centros de saúde que serão geridos pelos setores social e privado, as chamadas Unidades de Saúde Familiar modelo C.

O plano de emergência e transformação da saúde, que está em vigor desde maio, previa que em julho de 2024 seriam colocadas as primeiras 20 USF-C a concurso – 10 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco em Leiria e cinco no Algarve – com o objetivo de “início de funções antes do final do ano”, o que não aconteceu.

Em janeiro, a ACSS adiantou à Lusa que tinha recebido 41 manifestações de interesse de candidaturas a esses centros de saúde, que o Governo prevê que abranjam um total de 180 mil utentes sem médico de família.

No final de setembro, o Governo aprovou uma resolução que permitiu disponibilizar médico de família a 75 mil pessoas no hospital de Cascais, que funciona em regime de Parceria Público-Privada (PPP), uma medida que consta também do plano para a saúde que o executivo está a implementar.

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Eurotux cresce 28% e abre porta a aquisições em Portugal ou Reino Unido

A empresa de Braga, liderada por António Coutinho, está “atenta a oportunidades” na área tecnológica em 2025 e vai investir também no imobiliário para duplicar o tamanho da sede.

A empresa bracarense Eurotux, de Tecnologias da Informação (TI), viu o negócio crescer a dois dígitos no ano passado e pôs no plano de investimento para 2025 uma análise a oportunidades de aquisição de concorrentes tanto em Portugal como no Reino Unido.

“Estamos a avaliar a possibilidade de aquisições de empresas mais pequenas, dentro do nosso perfil [tecnológico], para fazer sinergias com os nossos serviços e enquadrarem-se na nossa oferta. Estamos atentos e, se surgirem oportunidades, iremos com certeza analisar, para aumentar a base de clientes e de recursos humanos”, avançou ao ECO o CEO, António Coutinho.

A Eurotux encerrou o ano fiscal de 2024 com recorde na faturação total, que subiu 28% em relação ao ano anterior para 8,5 milhões de euros. Os serviços geridos (managed services) e os serviços associados à segurança informática foram as principais áreas de crescimento da empresa detida pela Pinheiro Coutinho SGPS e consultora de gestão Helion.

Os resultados levaram o grupo (com o mesmo nome) a atingir uma faturação de dez milhões de euros. A holding é composta pela Eurotux, Dipcode e Eurotux UK, subsidiária que dividida em mais duas empresas, que em breve serão integradas na marca (Raycon e Busted Networks) luso-britânica. Em 2023, o volume de negócios da empresa-mãe tinha sido de 6,9 milhões de euros, após um aumento de 12%.

“O principal impulsionador foi o crescimento orgânico no mercado nacional. Conseguimos aumentar quer o número de clientes em Portugal quer alargar a oferta e obter continuidade da confiança dos clientes existentes”, conta António Coutinho, a poucos dias de celebrar os 25 anos da empresa com um evento na cidade de Braga.

O CEO da Eurotux revela ainda que um dos maiores investimentos será a expansão da área do escritório para o dobro. “Estamos a ficar um pouco apertados em Braga. Já temos o edifício ao lado das nossas instalações e planeamos duplicar”, diz ao ECO. Aposta que não invalida o crescimento além-fronteiras, uma vez que o negócio internacional da Eurotux representou 10% da faturação, graças aos contratos vindos de Terras de Sua Majestade, e deverá subir este ano.

Questionado sobre os resultados da reorganização interna que a empresa fez em 2023, que envolveu um corte nos prazos de entrega dos projetos contratualizados com as empresas e mudanças nos cargos de direção, António Coutinho adiantou que ainda não tem dados quantitativos dos efeitos destas alterações, mas esclareceu que foi uma “otimização da maneira como trabalham”.

“É um processo contínuo, que está em curso ainda. Já conseguimos observar um grande aumento do número de clientes e do trabalho. E conseguimos servi-los sem um aumento proporcional dos recursos humanos, o que nos permitirá continuarmos a crescer de forma eficiente. Sem esta alteração, teríamos necessitado de um grande aumento de recursos humanos”, afirmou o gestor.

Quanto à tecnológica Dipcode, segundo o empresário português, apesar da dimensão, ainda faz sentido manter separada dentro do grupo. Porquê? Os clientes corporate. “As empresas de TI muito pequenas tendem a ter uma mistura de serviços (apoio a infraestruturas, serviços geridos e desenvolvimento de software). É algo que não funciona à medida que se vai para clientes corporate, que não esperam ter no mesmo fornecedor uma mistura de assuntos tão diferentes. Daí termos feito essa separação de marcas”, sublinha o presidente do conselho de administração da holding.

A Eurotux emprega 114 trabalhadores.

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ANAFRE pede votação urgente no Parlamento para validar a criação de 302 novas freguesias

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

A ANAFRE apelou hoje aos partidos que aprovaram no parlamento a lei de desagregação de 302 freguesias, vetada pelo Presidente da República, que se pronunciem publicamente sobre este veto.

A Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) apelou hoje aos partidos que aprovaram no parlamento a lei de desagregação de 302 freguesias, vetada pelo Presidente da República, que se pronunciem publicamente sobre este veto, assegurando que a desagregação seja novamente aprovada.

No final de uma reunião do conselho diretivo da ANAFRE, em Lisboa, o apelo foi sobretudo para o PSD, que aprovou a lei ao lado de PS, BE, PCP, Livre e PAN, mas cujo líder parlamentar, Hugo Soares, pediu, na quinta-feira, tempo para o partido avaliar o veto do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, antes de anunciar se pretende ou não confirmar o diploma.

Segundo Jorge Veloso, presidente da associação, os autarcas de freguesia vão também solicitar audiências, com caráter urgente, a Marcelo Rebelo de Sousa e ao presidente da Assembleia da República. De Aguiar Branco, as freguesias pretendem que o presidente da Assembleia interceda junto dos diversos grupos parlamentares “para que este processo seja votado novamente na Assembleia da República o mais urgentemente possível”.

O parlamento aprovou em 17 de janeiro a reposição de 302 freguesias por desagregação de 135 uniões de freguesias criadas pela reforma administrativa de 2013.

O Projeto de Lei teve os votos a favor dos proponentes PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN, e ainda do CDS-PP, o voto contra da Iniciativa Liberal e a abstenção do Chega.

Numa nota publicada na quarta-feira no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa questiona “a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa já às eleições autárquicas de setembro ou outubro deste ano, daqui a pouco mais de seis meses” e afirma que esta foi a questão “decisiva” para o seu veto.

O chefe de Estado aponta “a falta de compreensão ou transparência pública do processo legislativo” e considera que a desagregação de freguesias determinada por este decreto é “contraditória com a linha dominante, inspirada pelas instituições europeias”, de governação multinível.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda que o parlamento pode confirmar o decreto.

Caso a Assembleia da República confirme o texto do diploma por maioria absoluta dos deputados em funções, o Presidente da República tem, obrigatoriamente, de promulgar o diploma no prazo de oito dias a contar da sua receção (artigo n.º 136 da Constituição da República Portuguesa).

A reforma administrativa de 2013 reduziu 1.168 freguesias do continente, de 4.260 para as atuais 3.092, seguindo o acordo celebrado com a ‘troika’.

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Bruxelas vai propor flexibilização das regras orçamentais para aumentar gastos com defesa

Von der Leyen anunciou em Munique que a Comissão vai propor que se ative novamente a chamada "cláusula de escape" para os Estados-membros reforçarem o investimento em defesa.

A Comissão Europeia vai propor a flexibilização das regras orçamentais para permitir que os Estados-membros aumentem os gastos com defesa, segundo anunciou esta sexta-feira a presidente, Ursula von der Leyen, na Conferência de Segurança de Munique.

“Em crises anteriores, demos aos Estados-membros maior espaço orçamental ao ativar a cláusula de escape. (…) Estamos agora noutro período de crise que justifica uma abordagem semelhante. Vou propor ativar a cláusula de escape para investimentos em defesa”, anunciou von der Leyen perante uma plateia onde se encontrava uma delegação americana liderada pelo vice-presidente JD Vance.

“Isto permitirá aos Estados-membros aumentar substancialmente as suas despesas com defesa. Faremos de forma controlada e condicional”, explicou de seguida.

A presidente da Comissão considera que a Europa “precisa de uma abordagem mais ambiciosa” no que toca a investimentos na defesa. “Os nossos gastos com defesa aumentaram de cerca de 200 mil milhões antes da guerra para perto de 320 mil milhões no ano passado. Precisamos de aumentar este número de forma considerável outra vez”, referiu Ursula von der Leyen.

A proposta faz parte de um pacote mais vasto de ferramentas que a Comissão irá apresentar e que terá em conta a situação específica de cada Estado-membro em relação aos atuais gastos com defesa e a sua situação orçamental.

Von der Leyen defendeu “um pacote de defesa massivo”, mas com uma abordagem coordenada a nível europeu na definição das prioridades de investimento. “Isto permitirá investimentos em projetos de defesa muito necessários e de interesse europeu comum”, sublinhou.

No ponto da defesa, referiu-se ainda à Ucrânia e ao plano dos EUA para acabar com a guerra. Disse que “uma Ucrânia falhada enfraquecerá a Europa, mas também enfraquecerá os EUA”, e revelou que pretende acelerar o processo de adesão do país à UE.

“Guerra comercial não faz sentido”

A líder do executivo europeu abordou ainda o tema das tarifas. “Se forem injustificadas, vão ter uma resposta”, assegurou von der Leyen, que voltou a mostrar disponibilidade para um entendimento com os EUA.

“Guerras comerciais e taxas aduaneiras punitivas não fazem qualquer sentido. As tarifas funcionam como um imposto, aumentam a inflação e aqueles que vão ser mais atingidos serão os trabalhadores das empresas, as classes de rendimentos médios de ambos os lados”, explicou.

“Não é positivo e queremos evitar que isto aconteça”, acrescentou. “Estamos preparados para chegar a um acordo que funcione para ambos, para que nos tornemos mais prósperos e mais seguros”.

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Desenvolvimento de apps da NASA “aterra” na Atlântica

A Atlântica recebe em outubro uma maratona da NASA de desenvolvimento de apps. A iniciativa decorre, em simultâneo, em vários países do mundo, com milhares de participantes.

Atlântica – Instituto Universitário14 fevereiro, 2025

A Atlântica – Instituto Universitário é palco, nos dias 4 e 5 de outubro deste ano, do evento NASA International Space Apps Challenge. Trata-se de uma maratona de desenvolvimento de apps que desafia os participantes a construírem projetos e soluções para problemas reais, mas “com recurso a dados abertos da agência espacial norte-americana”, refere, em comunicado, o instituto com sede no concelho de Oeiras.

A primeira edição, decorrida em 2024, atraiu mais de meia centena de participantes, que estiveram frente a frente numa hackathon de 48 horas, no campus da Fábrica da Pólvora de Barcarena. Doze equipas participaram neste desafio, do qual saiu vencedor o projeto Cosmic Pathways – uma experiência imersiva que tem como ponto de partida as imagens do telescópio James Webb.

O NASA Space Apps Challenge 2024 decorreu em simultâneo em 152 países, com a participação de quase 60 mil jovens e entusiastas do espaço. Este ano, o evento repete-se e está aberto a tecnólogos, cientistas, estudantes, engenheiros e artistas.

“Dependente das instituições locais para a organização e disseminação da iniciativa por todo o globo, a NASA volta, assim, a contar com o apoio da Atlântica enquanto ‘Local Leader’ em Portugal”, assinala a instituição de ensino superior.

A Atlântica dispõe de uma licenciatura em Engenharia Aeronáutica e integra o grupo de 135 entidades que constituem o AED – cluster para as indústrias da Aeronáutica, do Espaço e da Defesa.

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Fim de isenção às encomendas chinesas provoca caos aduaneiro nos EUA

Trump pôs fim à isenção de taxas às encomendas de valor inferior a 800 dólares, das quais seis em cada dez têm origem na China. A decisão gerou um caos alfandegário em Nova Iorque.

Milhões de pacotes ficaram retidos e acumularam-se no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova Iorque, poucos dias depois de Donald Trump ter colocado um súbito ponto final na isenção de direitos aduaneiros às encomendas de baixo valor, de acordo com a imprensa internacional.

A situação de caos é descrita esta sexta-feira pela Reuters, que avança que o fim da isenção decidido por Trump teve de ser suspenso, para permitir uma implementação mais gradual da medida por parte das autoridades aduaneiras norte-americanas. Uma medida que também está em discussão na União Europeia.

No dia 1 de fevereiro, Donald Trump pôs fim à isenção de taxas sobre as encomendas de valor inferior a 800 dólares. Esta isenção beneficiava, sobretudo, plataformas de comércio eletrónico chinesas.

Mas o fim imediato da isenção por decreto presidencial provocou uma avalanche de encomendas que, subitamente, passaram a pagar taxa e a estarem sujeitas a inspeções. Não tardou até a decisão ter de ser suspensa, poucos dias depois, a 7 de fevereiro, para permitir a preparação e adaptação do sistema por parte dos operadores logísticos.

Só no ano passado, no mercado norte-americano, esta isenção beneficiou 1,4 mil milhões de pacotes, o equivalente a mais de 90% do total de encomendas que chegaram aos EUA. Seis em cada dez encomendas que beneficiaram de isenção em 2024 tiveram origem na China, segundo dados da agência noticiosa.

Nos EUA, seis em cada dez encomendas que beneficiaram de isenção no ano passado tiveram origem na ChinaPixabay

Na União Europeia, incluindo em Portugal, estas plataformas de comércio eletrónico, entre as quais a Shein e a Temu, têm crescido cada vez mais em popularidade, devido aos preços mais acessíveis. Ao nível nacional, o fenómeno tem beneficiado particularmente os CTT, que têm a exclusividade das entregas da Temu.

Aqui, as encomendas de baixo valor também beneficiam de uma isenção de direitos aduaneiros, mas num valor bastante inferior em comparação com os EUA: 150 euros. Em maio de 2023, a Comissão Europeia, preocupada com o aumento acelerado de encomendas potencialmente perigosas vindas de países asiáticos, propôs, no âmbito de uma reforma aduaneira, pôr fim a esse benefício, que é conhecido tecnicamente por de minimis.

Já neste mês de fevereiro, a Comissão voltou à carga, pressionando o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia a discutirem e adotarem uma reforma aduaneira, incluindo o fim do benefício fiscal dos de minimis. Mais: Bruxelas sugeriu também a introdução de uma nova taxa de tratamento, cobrada às plataformas em cada encomenda, para financiar o reforço dos meios de processamento alfandegário.

O caos que se gerou com o fim abrupto da isenção nos EUA é, por isso, um aviso à navegação para a Europa. Mas também mais um sinal da dimensão mundial do fenómeno do e-commerce chinês.

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Indaqua compra gestora de água espanhola a filial da Vinci

A empresa portuguesa já concluiu a aquisição da Hidrogestión à Cobra IS, um negócio que reforça a presença em Espanha, dois anos após a integração da Fusosa.

A Indaqua reforçou a presença em Espanha com a compra de mais uma empresa de águas. A empresa liderada por Pedro Perdigão concluiu a aquisição da Hidrogestión à Cobra IS, filial do grupo Vinci. O negócio, cujo valor não foi divulgado, acontece apenas dois anos após a entrada no setor do abastecimento de água espanhol com a compra da Fusosa.

A Hidrogestión, especializada em gestão hídrica, tem cerca de 100 trabalhadores e gere 11 concessões (sete em Toledo e as restantes nas localidades de Rioja, León, Jaén e Granada), além de prestar serviços de operação de água e saneamento noutras regiões do país vizinho.

A Indaqua considera que esta dupla ibérica das águas tem em comum uma “extensa” experiência de mais de 30 anos em áreas como o controlo da qualidade da água, a gestão de redes e de infraestruturas, como Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), e ainda a pesquisa e reparação de fugas na rede de abastecimento.

Espanha enfrenta, atualmente, enormes desafios no ciclo integral da água, quer ao nível da sustentabilidade financeira dos sistemas, quer da gestão das fontes e recursos hídricos. A Indaqua tem os recursos, a competência e a experiência para contribuir de forma concreta para a resolução destas problemáticas”, garante o presidente do conselho de administração da Indaqua, Enrique Castiblanques. Como? “Através da redução de perdas, da ‘tecnificação’ ou da aplicação de soluções tecnológicas ao serviço da gestão eficiente de redes”, enumera.

Para a empresa portuguesa, detida pela Miya Waters, a Hidrogestión é uma “plataforma” de crescimento do grupo num mercado “altamente competitivo, dinâmico e desenvolvido”. “Com o suporte dos nossos acionistas, pretendemos continuar a crescer através de concursos de concessão”, destaca o chairman Enrique Castiblanques.

As contas da Hidrogestión consultadas pelo jornal espanhol El Economista, referentes ao ano de 2023, apontam para uma queda de 7% no volume de negócios em relação a 2022.

O grupo Indaqua, fundado em 1994, é um gigante da gestão de sistemas de abastecimento de água para consumo humano e de saneamento de águas residuais, e um dos maiores operadores no universo das concessões municipais em Portugal, servindo mais de 810 mil pessoas.

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“Noutra vida fui pirata e tinha um papagaio”

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 14 Fevereiro 2025

João Maria Portugal Ramos é enólogo, responsável de produção da aguardente CR&F e membro da comissão executiva do Grupo João Portugal Ramos.

Descende de uma vasta linha de Joões e tem a seu cargo uma herança familiar com uma longa história no Alentejo, desde os tempos do Marquês de Borba. Nota-se que os prazeres da mesa lhe povoam o sangue. Aos 34 anos, coleciona vinhos do ano em que nasceu e escolhe a família e os amigos para ter por perto, acompanhados de um bom queijo da serra e um vinho tinto novo. No corredor da morte, fechava o capítulo com cozido ou sardinhas, dependendo da estação do ano. Se pudesse, convidaria Winston Churchill para jantar e servia-lhe uma garrafa de Marquês de Borba Vinhas Velhas Branco. Nesta rubrica “Num Instante”, só não revelou o nome do papagaio…

Um sítio que lhe diz muito.
Foz de Arouce, a casa dos meus avós e onde nasce um dos meus vinhos preferidos.

Que talento mais gostaria de ter?
Gostaria de ser muito mais organizado.

O que é para si o maior luxo?
Um fim de semana em Estremoz, caçar de manhã com o meu pai [o agrónomo João Portugal Ramos] e passar a tarde com a família.

O que o faz rir?
Uma almoçarada com os meus amigos.

No seu frigorífico há sempre…
Uma garrafa de Marquês de Borba Vinhas Velhas Branco.

Noutra vida foi…
Fui pirata e tinha um papagaio.

Bebida que o define.
Vinho tinto novo.

Personagem que convidava para jantar.
Winston Churchill.

Uma perdição a que não resiste.
Um bom queijo da serra.

O melhor presente que recebeu.
A espingarda do meu avô João, que ele recebeu quando se formou em Agronomia.

Um hotel onde volta sempre.
Casa de férias dos meus pais.

Faz alguma coleção?
Estou a colecionar vinhos de 1991, ano em que nasci, para um dia fazer um jantar só com amigos desse ano.

Lema de vida
Não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje.

Última coisa que comprou e adorou?
Adoro comprar vinhos que não conheço para beber com a minha mulher.

Prato que pedia se estivesse no corredor da morte?
Cozido à Portuguesa no Inverno e Sardinhas no Verão.

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Estivadores e patrões chegam a acordo e põem fim a anos de conflitos laborais no porto de Lisboa

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

Sindicato destaca "relevante aumento salarial para os trabalhadores portuários" e também na fixação contratual de aumentos salariais anuais de 1% acima da inflação durante vigência de acordos.

O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) congratulou-se hoje pela publicação dos acordos coletivos alcançados com três empresas, que pôs fim a anos de conflitos laborais no porto de Lisboa.

“O SEAL congratula-se pelo modo sério, e digno, como decorreram as negociações, cujo resultado se traduziu na celebração dos três IRCTs [instrumentos de regulação coletiva de trabalho], num relevante aumento salarial para os trabalhadores portuários filiados no SEAL (superior a 10%) e também na fixação contratual de aumentos salariais anuais de 1% acima da inflação durante toda a vigência dos IRCTs“, referiu a estrutura, em comunicado.

Os acordos foram assinados entre os representantes dos trabalhadores e a Empresa de Tráfego e Estiva, a LISCONT — Operadores de Contentores e o Terminal Multiúsos do Beato — Operações Portuárias.

“Depois de anos de luta, foi possível o regresso das progressões automáticas dos trabalhadores portuários, mediante critérios de avaliação objetivos, e também o regresso a um só regime de contratação coletiva para todos os trabalhadores”, realçou o sindicato.

O SEAL disse ainda estar confiante que os três acordos vão ser integralmente cumpridos e que “nos próximos 10 anos, o porto de Lisboa viverá uma época de prosperidade e paz social”.

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O amor está no ar. Marcas aproveitam Dia dos Namorados para comunicar nas redes sociais

Humor, passatempos ou sugestões de presentes são alguns dos trunfos usados pelas marcas nas redes sociais a propósito do Dia dos Namorados.

Tendo o Dia dos Namorados como pano de fundo, foram várias as marcas que aproveitaram a data para tentarem pontuar nas redes sociais e chegar até junto dos seguidores e consumidores.

Seja através do humor, sugestões de presentes ou passatempos, são diversas as formas como as marcas tentam potenciar a sua presença nas redes sociais e uma aproximação aos seus seguidores e clientes.

A Control, por exemplo, lançou um passatempo onde desafiou os participantes a explorar as “cinco love languages”. Entre outros prémios, a marca destinou ao grande vencedor uma semana em Playa del Carmen, no México, para dois apostou também num conjunto de publicações, pautadas, como é hábito, pelo humor.

No caso do Oceanário de Lisboa, e tendo em conta que “o Amor está no Mar”, a aposta recaiu numa “flash sale” com a oferta de um bilhete na compra de outro.

A Uber comunicou a sua iniciativa “Uber One”, um programa de experiências lançado para “proporcionar momentos únicos e inesquecíveis aos seus utilizadores”. Tendo em conta a temática do amor, a edição de fevereiro do Uber One visa presentear quem conseguir escrever as frases mais criativas com um “um brunch premium numa sala de cinema secreta e luxuosa”.

O MB Way aproveita a ocasião para promover o seu serviço, aproveitando parcerias com outras marcas. “Clichê ou divertido, o que interessa é que, quer escolhas flores ou meias, ao pagares com MB Way nos nossos parceiros, ganhas 14% de cashback no MB Way UP”, diz a marca.

Já a Sagres, através de um reel, mostra aquela que é a maior prova de amor, segundo a marca. “Se esta fosse a última imperial do mundo, eu deixava-a para ti”, lê-se no vídeo.

A Sonae Sierra, gestora de centros comerciais como o Centro Colombo, o CascaiShopping, o NorteShopping ou o Centro Vasco, lançou a campanha “Deixa ir o que não amas e abraça o presente”, que “convida os visitantes a desapegarem-se do passado e a viver este dia com humor, leveza e novas experiências”.

A Betclic, por seu turno, presta tributo àqueles que dão tudo, tanto no futebol como no amor, partilhando histórias reais de jogadores e adeptos que “sacrificaram parte de si ao conciliarem a paixão pelo desporto com o compromisso de uma aliança, transformando perdas em símbolos eternos de devoção”.

De forma a assinalar a data, a Telepizza possibilita aos consumidores terem a sua pizza favorita em formato coração.

Já a Domino’s, ao comemorar uma década (X anos) em Portugal, lança uma campanha que celebra os “eX-namorados”, oferecendo prémios a quem os identificar. Além disso, promove um desconto de 50% no preço das pizzas coração.

O Millennium aproveitou a ocasião para promover a sua app através de um conjunto de vídeos, quer a linguagem do amor da pessoa seja o toque, as palavras, dar presentes ou tempo de qualidade.

Entre outras publicações, a Note apostou em avançar com sugestões de presentes para se oferecer à cara metade.

Entre as entidades institucionais, a GNR partilha um vídeo onde incentiva à denúncia por parte de vítimas que estejam numa relação na qual exista violência, cyberbullying, stalking digital ou partilha de fotografias sem consentimento. Na mesma linha, a PSP realiza uma operação de sensibilização e informação à população escolar intitulada “No Namoro Não Há Guerra”, onde reforça o compromisso da prevenção da violência doméstica e, em particular, da violência no namoro.

Também o Governo não deixou passa a data em branco contra a violência entre casais. “O amor verdadeiro baseia-se no respeito, na liberdade e no cuidado. Não há espaço para medo, controlo ou violência em nenhuma relação. O respeito é a base de qualquer relação saudável. Violência NÃO!!”, lê-se na descrição da publicação nas redes sociais.

Por seu lado, a Direção-Geral do Consumidor lançou uma campanha que procura sensibilizar os consumidores para a importância de escolhas de consumo mais sustentáveis e amigas do ambiente.

Também no setor político a data não passou despercebida. O PS reiterou a importância de combater todas as formas de violência no namoro, num vídeo protagonizado pelo secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos. Já a Iniciativa Liberal aproveitou para fazer uma publicação relacionada com o tema da desagregação de freguesias.

Veja outros exemplos de como as marcas assinalaram a data:

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Há menos empresas de trabalho temporário, mas faturação do setor cresceu 5% em 2024

Número de empresas autorizadas a exercer atividade no setor do trabalho temporário caiu 4% em 2024. Mas a faturação total desse setor aumentou 5% nesse ano, segundo a Informa D&B.

A faturação das empresas de trabalho temporário que atuam em Portugal aumentou 5% no último ano, atingindo quase dois mil milhões de euros. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pela Informa D&B.

“A faturação das empresas de trabalho temporário em Portugal cresceu 5% em 2024, atingindo um valor de 1,975 milhões de euros. Este valor segue-se ao período entre 2020 e 2023 em que o crescimento da faturação destas empresas foi de 60%, num contexto macroeconómico favorável após a pandemia, marcado pelo aumento da atividade empresarial e do turismo”, explica a Informa D&B, numa nota enviada às redações.

Contudo, o número de empresas autorizadas a exercer atividade no setor de trabalho temporário decresceu para 240 no final de 2024. Isto é, como realçado no mesmo comunicado, menos 4% do que foi registado no final do exercício anterior.

Os números mostram que o setor é caracterizado por uma elevada concentração, com as cinco principais empresas em termos de faturação a deterem, em 2023, uma quota de mercado conjunta de 31%. ” Eleva-se a 42% quando consideradas as dez principais”, acrescenta a consultora.

Já quanto aos trabalhadores das empresas de trabalho temporário (incluindo os cedidos), em 2023 esse universo atingiu 106.155 indivíduos, “o que representa um crescimento de 8,3%, face aos 98.027 do período homólogo anterior”.

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Turismo volta a crescer em 2024, mas abranda ritmo de subida para metade

Os estabelecimentos turísticos em Portugal receberam mais de 31,6 milhões de hóspedes e mais de 80 milhões de dormidas em 2024. Proveitos aumentaram 10,9% face a 2023.

O setor do turismo nacional registou mais um ano de crescimento em 2024, com mais hóspedes, mais dormidas e mais receitas. Os estabelecimentos turísticos em Portugal receberam mais de 31 milhões de hóspedes e registaram mais de 80 milhões de dormidas. Apesar da evolução positiva, os proveitos do setor travaram o crescimento para metade face a 2023.

“Os resultados preliminares de 2024 apontam para 31,6 milhões de hóspedes (+5,2%) e 80,3 milhões de dormidas“, mais 4% que no ano anterior, detalham os números preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As dormidas dos não residentes lideraram as subidas, com um aumento de 4,8%, enquanto as dormidas dos residentes cresceram 2,4%.

Estes aumentos permitiram ao setor gerar 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais e 5,1 mil milhões de euros de proveitos de aposento, o que equivale a um crescimento de 10,9% face a 2023, em ambos os casos. Este aumento fica, contudo, muito abaixo das subidas, de 20% e 21,4%, respetivamente, apresentadas em 2023.

Ilhas lideram crescimento nos proveitos

Em termos de regiões, o INE destaca que, no conjunto do ano de 2024, “os proveitos aumentaram em todas as regiões“. Os crescimentos mais expressivos ocorreram nas Regiões Autónomas dos Açores, com uma subida de 20,2% nos proveitos totais e de 22% nos de aposento) e da Madeira, com aumentos de 15,3% e de 16,3%, respetivamente.

Lisboa continua, ainda assim, a captar o maior número de dormidas. “O município de Lisboa concentrou 19,6% do total de dormidas, atingindo 15,7 milhões (+3,6%). As dormidas de residentes diminuíram 0,8% e as de não residentes cresceram 4,4%. Este município concentrou 23,9% do total de dormidas de não residentes em 2024 (24,0% em 2023)”, refere o INE.

Em 2024, os 10 municípios com maior número de dormidas concentraram 60% do total das dormidas. Neste conjunto de municípios, concentraram-se 35% das dormidas de residentes e 70,6% das dormidas de não residentes.

A análise do INE mostra ainda que “o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de dezembro”.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento, com pesos de 87,6% e 85,7% no total do alojamento turístico, respetivamente, aumentaram 9,8% e 10,1%, pela mesma ordem.

Já nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 4% nos proveitos totais e 4,4% nos proveitos de aposento. No turismo no espaço rural e de habitação, os aumentos foram de 9,5% e 6,3%, respetivamente.

 

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