Lúcia Cavaleiro deixa Tabaqueira e assume direção de Comunicação e Imagem da Infraestruturas de Portugal

A até agora manager communications and digital da Philip Morris International vai liderar uma equipa de 19 profissionais e assume a comunicação externa, interna, institucional, eventos e digital.

Lúcia Cavaleiro é a nova diretora de Comunicação e Imagem da Infraestruturas de Portugal (IP). A informação foi confirmada ao +M pela até agora manager communications and digital da Philip Morris International, função que desempenhou nos últimos dois anos.

“Esta mudança surge como um alinhamento natural com aquilo que me motiva profissionalmente: contribuir para projetos com impacto real na vida das pessoas e no desenvolvimento do país. A missão da Infraestruturas de Portugal, enquanto entidade responsável por gerir e desenvolver infraestruturas essenciais à mobilidade e à coesão territorial, está profundamente ligada a esse propósito. A comunicação nas áreas da mobilidade, sustentabilidade e investimento público tem um papel decisivo na forma como a sociedade reconhece o valor das grandes infraestruturas e é precisamente nesse ponto que vejo uma oportunidade de gerar valor acrescentado“, justifica a cronista residente do +M.

Na IP, Lúcia Cavaleiro lidera uma equipa de 19 profissionais. “O que mais me atraiu neste desafio foi a possibilidade de liderar uma equipa multidisciplinar dentro da IP, com o objetivo de alinhar estrategicamente todas as vertentes da comunicação – externa, interna, institucional, eventos e digital – ao serviço da missão da empresa”, comenta.

O grande desafio, aponta ao +M, “está em garantir uma narrativa coerente, próxima e relevante, que reflita o papel estratégico da IP na transformação do território e na vida das pessoas. Fazer isso num ambiente técnico, exigente e em constante evolução é tão desafiante quanto inspirador”.

A IP não trabalha com agência, sendo a comunicação assegurada por uma equipa multidisciplinar interna que desempenha funções nas áreas da assessoria de imprensa, comunicação de marca e campanhas, comunicação interna, gestão digital e eventos, descreve a também diretora na APCE — Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa.

Lúcia Cavaleiro vai substituir Rosario Rocio, que liderou a comunicação e imagem da IP nos últimos 12 anos e assume agora outras funções dentro da estrutura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ferreira Leite apoia Marques Mendes que vê como “candidato natural do PSD”

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Marques Mendes "pela sua história, surge como candidato natural do PSD", diz a antiga presidente do PSD, cujo apoio não é " por amizade ou disciplina partidária, mas por convicção".

A antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite manifestou esta segunda-feira o seu apoio à candidatura de Luís Marques Mendes a Belém, que classificou como “o candidato natural do PSD”.

Num depoimento a que a Lusa teve acesso, a antiga líder do PSD entre 2008 e 2010 refere conhecer Marques Mendes “há muitos anos”, tendo trabalhado com o agora candidato presidencial “numa mesma equipa, em múltiplas circunstâncias”.

“Testemunhei a sua inesgotável dedicação à causa pública, quer como membro do Governo, líder parlamentar ou simplesmente militante do PSD e verifiquei que sempre foi uma voz cuja opinião poucos prescindiam de ouvir”, sublinha.

Para a antiga ministra das Finanças, Marques Mendes “pela sua história, surge como candidato natural do PSD à Presidência da República”, dizendo associar-se a esta iniciativa “não por amizade ou disciplina partidária, mas por convicção”. Este apoio surge dias antes da reunião do Conselho Nacional do PSD que irá votar na quinta-feira formalmente o apoio do partido à candidatura presidencial de Luís Marques Mendes.

Apesar de a convocatória não referir qualquer nome, vários dirigentes do PSD, incluindo o presidente Luís Montenegro, já deixaram claro que irão propor ao partido o apoio ao seu antigo líder Luís Marques Mendes, que apresentou a candidatura no início de fevereiro para as eleições presidenciais de janeiro do próximo ano.

O Conselho Nacional do PSD, marcado para as 21:00 num hotel em Lisboa, vai realizar-se poucas horas depois de o almirante Henrique Gouveia e Melo apresentar oficialmente a sua candidatura à Presidência da República, iniciativa marcada para as 19:00 em Lisboa na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Vamos duplicar o Banco de Fomento este trimestre”, diz Gonçalo Regalado

Linha para os exportadores no valor de 3,5 mil milhões ainda aguarda luz verde de Bruxelas. Gonçalo Regalado reclama maior influência de Portugal nas instâncias europeias.

O CEO do Banco Português de Fomento (BPF), Gonçalo Regalado, acredita que vai conseguir “duplicar” o tamanho do banco durante este trimestre. “Quando recebemos o banco tínhamos cerca de três mil milhões de euros de garantias outstanding. Acredito que as vamos ampliar este trimestre, e que vamos estar muito próximos de duplicar de balanço este trimestre”, revelou Gonçalo Regalado na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias. O gestor chegou ao Banco de Fomento em janeiro.

Sobre a linha para os exportadores anunciada pelo Governo para ajudar as empresas a enfrentar a turbulência causada pelas tarifas, Gonçalo Regalado sublinhou a necessidade de ter esse apoio disponível no imediato – apesar de ainda aguardar aprovação da Comissão Europeia.

É já que ela tem de chegar ao mercado. Na sexta tínhamos uma ameaça de 50% sobre todos os produtos europeus e hoje sabemos que o que mudou foi o dia 1 de junho, agora é no dia 9 de julho. Mas não sabemos como vai ser no dia 15 de junho, sabemos que estamos sob ameaça”, referiu o líder do Banco de Fomento.

Nesse sentido, reclamou que Portugal deve trabalhar no sentido de reforçar a sua presença nas instâncias europeias, porque França, exemplificou, conseguiu disponibilizar uma linha para o setor dos vinhos e espumantes mais rapidamente porque “tem influência, poder e gestão direta na Comissão”.

“Vejam o número de franceses que estão ao serviço na Comissão e têm influência. Nós não temos isso e isso é uma falha de Portugal grave. É preciso ter influência nos organismos europeus e ter capacidade em Portugal de dizermos ‘fazemos tudo desde que” e não fazermos tudo ‘e mais o que’”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Indemnização a recibo verde e trabalhador dependente sujeita a IRS

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Compensação por acordo judicial a recibo verde paga imposto e a indemnização a um trabalhadores por conta de outrem tem de fazer retenção na fonte, entende o Fisco.

Uma indemnização a um trabalhador independente por cessação da prestação de serviços não está isenta de IRS e uma compensação a um trabalhador dependente na sequência de um litígio laboral tem de fazer retenção na fonte, esclarece o Fisco.

Estas situações constam de duas informações vinculativas publicadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) relativamente ao tratamento fiscal de dois casos distintos que, em comum, têm o facto de ambos terem sido determinados por acordo judicial.

No caso que envolve o trabalhador a recibo verde, a indemnização foi atribuída a título de danos não patrimoniais por cessação do contrato de prestação de serviços, querendo o contribuinte saber o enquadramento fiscal (em termos de IRS) do valor recebido.

E a conclusão da Autoridade Tributária (AT) é de que se trata de um rendimento de categoria B, estando sujeito a tributação em sede de IRS, já que a lei determina que se consideram rendimentos profissionais “as importâncias auferidas, a título de indemnização, conexas com a atividade exercida, nomeadamente a sua redução, suspensão e cessação, assim como pela mudança do local do respetivo exercício”.

Já a situação que envolve o trabalhador dependente tem a ver com o pagamento de uma compensação global determinada por decisão judicial, paga ao longo de vários meses e com início em 2022, com a entidade empregadora a questionar o Fisco sobre se a mesma está ou não sujeita a retenção na fonte.

Ainda que esta compensação global resulte da soma de várias parcelas (como a nulidade do processo disciplinar e o pagamento das diferenças remuneratórias entre os valores que tinham sido pagos e os devidos em função da concreta categoria profissional, prémio de funções, subsídio de turno ou de alimentação), a AT assinala que os valores pagos são ilíquidos e sujeitos a retenção na fonte de acordo com as tabelas em vigor em 2022.

“A quantia a pagar pela requerente à trabalhadora a título de compensação global é uma quantia ilíquida, sobre ela recaindo a retenção na fonte do IRS”, refere o Fisco, acrescentado que neste caso as regras do Código do IRS que permitem a autonomização, para efeitos de retenção na fonte, dos rendimentos relativos a anos anteriores àquele em que são pagos ou colocados à disposição, não são suscetíveis de aplicação ao presente caso”.

Desta forma, a compensação global atribuída “terá de considerar-se um rendimento do ano em que vai ser paga pois […] não houve na sua determinação especificação sobre que parte do pedido a mesma se destinou a ressarcir”.

Tendo sido acordado que o valor em causa é pago em prestações mensais a partir de janeiro de 2022, “devem estes montantes ser acrescidos à remuneração de cada um dos meses em que forem pagos, para efeitos de cálculo da taxa a aplicar de acordo com a Tabela de Retenções na fonte da Categoria A para o ano de 2022”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal recusa “fundo único” na agricultura

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

"Um fundo único é a destruição da PAC", defende o ministro da Agricultura, que continua a defender dois pilares na próxima PAC – ajudas diretas aos agricultores e os auxílios ao desenvolvimento.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, rejeitou esta segunda-feira a possibilidade de reunir num só fundo os dois pilares de ajuda aos agricultores sustentando que esta opção “é a destruição” da Política Agrícola Comum (PAC).

“Não concordo com um fundo único”, respondeu o ministro aos jornalistas, em declarações à margem da reunião com os seus homólogos da União Europeia (UE), sublinhando que “um fundo único é a destruição da PAC”. Admitindo haver margem para a melhorar, José Manuel Fernandes referiu que “destruir a PAC ou tentar renacionalizá-la é um desastre que não deve ocorrer a quem quer segurança alimentar e, em simultâneo, defesa”.

O ministro salientou a importância de se manterem os dois pilares na próxima PAC (2028-2034) – ajudas diretas aos agricultores e os auxílios ao desenvolvimento rural – e com um financiamento que deve ser atualizado num mínimo de 2% ao ano, face ao último orçamento.

Portugal não quer um fundo único, quer dois pilares, reiterou, defendendo que o pilar do desenvolvimento rural pode ter sinergias com os fundos da Coesão. A Comissão Europeia apresenta um projeto de orçamento plurianual que é, em seguida, negociado e aprovado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho.

O ministro da Agricultura recomendou ainda calma e união ao bloco europeu nas negociações das tarifas com os Estados Unidos. “É importante que a UE não fique nervosa ou perca a calma por causa de estratégias de pressão do senhor presidente dos Estados Unidos”, Donald Trump.

Em declarações aos jornalistas à margem do Conselho de ministros da Agricultura da União Europeia (UE), José Manuel Fernandes referiu que “a união é vital, essencial”.

“Se nos dividirmos, se abrirmos brechas, será preocupante para todos os países”, declarou. Nestas negociações, como na de outros grandes acordos económicos – como o assinado em dezembro com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) – “não há países grandes”, salientando que é a união que dá força ao bloco comunitário, com 450 milhões de habitantes.

As relações comerciais entre a UE e os EUA estão marcadas por tensões devidas aos anúncios de Trump de imposição de taxas, com novas tarifas de 50% às importações da UE anunciados na sexta-feira e suspensos até 09 de julho no domingo.

Washington tinha já imposto taxas aduaneiras de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e de 20% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, estas últimas, entretanto, suspensas por 90 dias. A UE que suspendeu, durante o mesmo período e até meados de julho, as tarifas de 25% a produtos norte-americanos em resposta às aplicadas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio europeus.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Portugal comprou 1,4 mil milhões de dívida pública portuguesa em 2024

No último ano em que foi ao mercado comprar dívida portuguesa ao abrigo do PEPP, supervisor comprou menos títulos. Bancos tinham 34 mil milhões aplicados em depósitos junto do banco central.

O Banco de Portugal comprou, em termos brutos, 1,4 mil milhões de euros de títulos de dívida pública portuguesa em 2024, muito abaixo dos 3,6 mil milhões adquiridos em 2023. Apesar destas transações, este foi o último ano, num horizonte próximo, em que a instituição liderada por Mário Centeno foi ao mercado para adquirir estas obrigações ao abrigo de programas de compras de ativos.

Os dados constam do relatório de implementação de política monetária divulgado esta segunda-feira pela instituição liderada por Mário Centeno, no qual sobressai que, tal como esperado, as compras dos programas de ativos foram progressivamente diminuindo. Ainda assim, 2024 ainda foi um ano em que o BdP esteve bastante ativo no mercado.

“O Banco de Portugal esteve ativo na compra de títulos de dívida pública portuguesa para o PEPP [sigla em inglês, programa de compras de emergência pandémica] ao longo do ano, tendo sido realizadas 198 transações com 17 instituições financeiras e adquiridos, em termos brutos, 1,4 mil milhões de euros de títulos de dívida pública portuguesa“, explícita o Banco de Portugal.

Fonte: Relatório de Implementação de Política Monetária de 2024, Banco de Portugal

O supervisor bancário detalha ainda que, ao abrigo do programa regular de compra de dívida pública (Public Sector Purchase Programme, PSPP na sigla em inglês), efetuaram-se algumas transações de venda de títulos para reposição de limites por emissão, na sequência de operações de recompra e de troca de dívida pelo IGCP.

No final do ano, o prazo de vencimento médio ponderado da carteira de dívida pública portuguesa situou-se em 6,8 e 7 anos no PSPP e no PEPP, respetivamente.

No final do ano passado, os títulos adquiridos para fins de política monetária representavam 75 mil milhões de euros do balanço do Banco de Portugal, ou 39%, uma redução de 5,5 mil milhões de euros face ao ano anterior. Do total, 74,2 mil milhões de euros correspondiam a títulos de dívida pública e supranacional e 0,8 mil milhões de euros a títulos de dívida privada.

Metade dos títulos vence nos próximos cinco anos

Os reinvestimentos do PEPP chegaram ao fim em dezembro de 2024, como era esperado, encerrando mais um capítulo das medidas de política monetária não-convencionais. De acordo com o relatório, o balanço do Banco de Portugal teve um crescimento proporcional ao do Eurosistema, sendo que, no final de 2024, os títulos detidos para fins de política monetária representavam 39% do balanço e tinham um prazo de vencimento médio de 7,1 anos.

Apesar do fim das compras, “os programas deixam uma herança não negligenciável no balanço do Eurosistema, que se espera perdurar por muitos anos e que, no caso do Banco de Portugal, deverá subsistir até 2054“. Segundo a instituição, cerca de 50% desses títulos atingirá o vencimento nos próximos cinco anos e quase 25% permanecerá em balanço pelo menos mais dez anos, sendo esperado que todos os títulos cheguem ao fim da sua maturidade.

Fonte: Relatório de Implementação de Política Monetária de 2024, Banco de Portugal

 

O Banco de Portugal destaca o diferencial de duração entre os ativos e passivos do banco central e que pode afetar significativamente os seus resultados financeiros. “A sua magnitude nos resultados dos próximos anos é incerta e dependerá, em grande parte, da evolução futura das taxas de juro diretoras do BCE, da dimensão do balanço e da sua composição“, alerta.

Depósitos no BdP renderam 1,6 mil milhões à banca

A instituição liderada por Mário Centeno pagou no ano passado 1.604 milhões de euros aos bancos referentes a juros de depósitos, um montante acima dos 1.274 milhões de euros pagos em 2023.

O Banco de Portugal destaca ainda que “o ambiente de significativo excesso de liquidez e o contexto de taxas de juro positivas promoveram o recurso à facilidade de depósito pelas contrapartes portuguesas e da restante área do euro”.

No final de 2024, num cenário de ainda excesso de liquidez, os bancos portugueses tinham aplicados na facilidade de depósito 34 mil milhões de euros — ao longo de 2024, esta facilidade registou um valor médio diário de aproximadamente 42 mil milhões de euros, enquanto a facilidade de cedência foi utilizada uma vez, contra seis vezes em 2023. Após a taxa de juro da facilidade de depósito ter subido para valores positivos, em setembro de 2022, verificou-se um aumento significativo do recurso a esta facilidade, por contrapartida da redução das reservas excedentárias, cuja remuneração é 0%, recorda o Banco de Portugal.

O relatório detalha que, com o vencimento das TLTRO III, operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas criadas para apoiar a concessão de crédito à economia, em dezembro do ano passado, os bancos portugueses deixaram de ter operações vivas de cedência de liquidez de política monetária. No entanto, mantiveram volumes significativos de ativos de garantia mobilizados, permitindo a sua capacidade de participação em operações de cedência liquidez caso seja necessário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CoRe Capital e Atena Equity Partners partilham produtora de plásticos da Trofa

  • ECO e Lusa
  • 26 Maio 2025

Sediada na freguesia de Bougado, no concelho da Trofa, onde tem uma fábrica com 20 mil metros quadrados, a empresa industrial fundada em 1981 exporta para mais de uma dezena de países.

As sociedades de capital de risco CoRe Capital e Atena Equity Partners notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a aquisição da Plastrofa, especializada no fabrico e comercialização de filmes técnicos e embalagens plásticas flexíveis.

Sediada na freguesia de Bougado, no concelho da Trofa, onde tem uma fábrica com 20 mil metros quadrados e emprega cerca de 70 pessoas, a empresa fundada em 1981 exporta para mais de uma dezena de países, como Espanha, França, Alemanha e Bélgica.

Numa nota publicada esta segunda-feira, a AdC indica que recebeu “em 16 de maio de 2025, com produção de efeitos a 22 de maio, uma notificação prévia” que consiste na “aquisição de controlo conjunto” da Plastrofa por parte da CoRe Capital e da Atena Equity Partners.

Esta notificação acontece dois anos depois desta empresa familiar ter sido comprada pela Atena Equity Partners, através do fundo Atena II. O negócio, cujo valor não foi divulgado em maio de 2023, foi nessa altura justificado pela sucessão empresarial, “tendo os acionistas reconhecido o valor acrescentado da opção pela alienação” a esta sociedade de capital de risco.

A AdC detalha que a CoRe Capital tem atualmente sob gestão três fundos, o Fundo CoRe Restart I, o Fundo CoRe Consolida e o Fundo CoRe Restart II, que detêm participações em empresas com atividade operacional nos setores agroalimentar, residências assistidas, paletes de madeira e sacos de papel.

Também a Atena Equity Partners tem atualmente sob gestão três fundos, o Fundo Atena I, o Fundo Atena II e o Fundo Atena III, com participações em empresas com atividade nos setores “industrial (moldes técnicos para injeção de plásticos, têxtil e tableware), saúde (unidades hospitalares privadas e medicina dentária), indústria farmacêutica, brinquedos, cibersegurança, corretagem de seguros e embalagens flexíveis de plástico por via da participação na Plastrofa”, destacou.

Por fim, a Plastrofa é uma empresa detida pela Globalflex, que, por sua vez, “é detida pelo Fundo Atena II, ativa na produção e comercialização de embalagens flexíveis de plástico”, segundo a AdC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mondim de Basto recebe debate sobre segurança digital

  • Conteúdo Patrocinado
  • 26 Maio 2025

O Congresso Segurança & Integridade Digital marcou presença em Mondim de Basto, onde estiveram reunidos vários especialistas para discutirem as vantagens e os desafios que a transição digital traz.

Usar ou não usar a tecnologia já deixou de ser uma opção e as dúvidas que agora surgem estão relacionadas com as vantagens que o digital pode trazer, mas também os cuidados a ter para que esta ferramenta seja apenas uma aliada e não um perigo.

O Congresso Segurança & Integridade Digital pretende, por isso, ser um espaço onde se discutem os desafios da segurança digital, mas também as soluções a implementar para que esta funcione. Desta vez fez paragem em Mondim de Basto, onde reuniu vários especialistas da área para apresentarem os seus pontos de vistas sobre as novas tecnologias.

A segurança digital deixou de ser um tema técnico para se tornar uma questão presente e não um assunto do futuro. Temos de atuar”, começou por dizer Susana Silva, organizadora do Congresso. E, de acordo com Bruno Moura Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Mondim de Basto, desta atuação devem e têm de fazer parte não só grandes cidades, mas também territórios do interior, como é o caso de Mondim de Basto: “Este congresso não é apenas um título, mas uma afirmação – os territórios do interior estão prontos para serem parte ativa na transformação digital. Mas o interior deve ser um protagonista ativo nesta mudança. Aqui também há talento, empresas inovadoras e uma administração local capaz“.

Ao longo do dia houve espaço para vários painéis de debate e no primeiro, dedicado ao tema “Cibersegurança, Ética e Proteção de Dados”, Fernando Santos Pereira, Presidente da Assembleia Municipal de Barcelos, deu o exemplo do ciberataque que o município de Barcelos sofreu 10 dias depois das eleições para alertar sobre a importância da cibersegurança. “O município não estava prevenido. Cerca de 50% da informação sobre o urbanismo desapareceu e isto significa prejuízos bastante graves para particulares e empresários. Agora temos colmatado essa lacuna“.

Há alguns desafios éticos prementes. O primeiro é a proteção da privacidade individual e a proteção de dados. Este é um drama no nosso país e na Europa porque ficamos à mercê do exterior. Não há ainda uma consciência crítica de que isto é um bem indispensável e o que nos faz ser uma democracia pulsante do século XXI”, acrescentou ainda Rui Nunes, professor universitário, sobre os avanços tecnológicos.

Para colmatar estes desafios, há já regulamentos que protegem a informação, como o RGPD e o RGPC, que Pedro Cadeia, Advogado, explicou como funcionam: “O RGPD defende que qualquer tratamento de dados pessoais tem de obedecer a princípios como a lealdade, a transparência, a conservação dos dados e a licitude. Já o RGPC obriga a que as entidades cumpram um programa normativo, que passa por um plano de prevenção de riscos, com um responsável pelo cumprimento normativo, um código de conduta, com canais de denúncia, sistemas de avaliação periódica e um programa de formação”.

Novas tecnologias promovem segurança no território?

Apesar dos riscos, há ainda muitas vantagens que se podem retirar do bom uso das novas tecnologias e prova disso são os sistemas de CCTV, que consistem num conjunto de câmaras colocadas em lugares estratégicos, que captam e transmitem imagens para um sistema de gestão central. “Já não se trata de perceber se vamos ter câmaras, mas sim quando. Uma câmara de vídeo é também um sensor que nos da vários tipos de informação para gerir um município, por exemplo. Além disso, pode ajudar-nos em casos de rapto ou até quando uma criança se perde. Isto porque nos permite identificar, em segundos, onde aconteceu e o caminho percorrido, algo que não seria possível, mesmo com muitos polícias no local”, explicou Hernâni Borges, Coordenador de Projetos, SystemsIT.

Além de poderem ser usadas como provas, as imagens destas câmaras podem prevenir que os crimes aconteçam. Quem o afirma é Ricardo Mendes, Sales Iberia Video Systems Bosch: “O objetivo hoje não pode ser apenas a visualização e o alerta de determinado evento, mas sim antecipar o crime. Não seria perfeito assegurarmos que, com fiabilidades próximas dos 95% a 98%, em determinados ambientes isso não acontece? Isto está a ser trabalhado não apenas para áreas de exterior, mas também para proteção de edifícios“.

“Quando falamos em segurança em territórios como estes, lembramo-nos do envolvimento comunitário para a defesa das populações, mas hoje foi aqui mostrado como o setor privado é importantíssimo para melhorar a segurança. Por isso é muito importante que os atores locais se envolvam cada vez mais com atores privados“, alertou Rui Vilar, ex-deputado.

Ainda assim, para que a segurança seja garantida, ela vai precisar sempre do suporte humano. Gil Couto, Inspetor-Diretor da Unidade Regional Norte da ASAE, explicou, por isso, como os agentes de segurança devem fazer a ponte com as novas tecnologias, principalmente com a Inteligência Artificial: “Há uma necessidade premente da implementação da IA. Temos de utilizá-la como um fator de otimização dos recursos, de forma a sermos mais céleres na deteção de riscos. Mas, apesar de ser útil para várias profissões, a IA não pode substituir o ser humano. Ela apenas o ajuda a melhorar o seu desempenho”.

A mesma opinião foi partilhada por Ricardo Bastos Sousa, Ex-Deputado, que ainda destacou a vantagem da IA para a administração do território. “É necessário aliar a interoperabilidade à IA porque são duas realidades complementares que se cruzam e que, mesmo com as dúvidas que temos sobre a segurança e a ética, é algo mais seguro para o cruzamento de dados. A IA tem de ser vista como um instrumento a favor da coesão territorial e a administração pública pode e deve usá-la para isso”, garantiu.

Os riscos não podem, por isso, ser o fator que impede a aposta nas novas tecnologias, até porque, segundo José Costa Pinto, Advogado, existem formas de regular o seu uso e é nisso que as instituições se devem concentrar: “É um mundo novo este em que vivemos e as instituições públicas têm de olhar para isto de forma a perceber como é que ninguém fica para trás. Há potencialidades que devem ser aproveitadas e, por isso, não podemos rejeitar as novas tecnologias só porque elas trazem riscos, temos é de as regular“.

Desigualdades territoriais ficarão acentuadas?

“Desde os anos 60 que se fala na aldeia global e é o que se vive nos dias de hoje. Contudo, continuamos a ter muito receio e muito apego às decisões e temos de sair desta lógica”, lançou o advogado André Pardal da Silva, que deu ainda alguns exemplos de anacronismos que acontecem em Portugal: “A GNR tem um terço aquartelado em Lisboa. A base naval é na Grande Lisboa. Nos últimos anos, a Universidade de Coimbra perdeu para Lisboa e Porto. Muitas vezes, as pessoas não pensam nestes pequenos exemplos, mas este tipo de anacronismos não têm razão nenhuma de existir no século XXI. Com as tecnologias que existem não se justifica estarmos agarrados a conceitos de centralizados, que só existem em Portugal“.

Os grandes centros urbanos, apesar de atrativos para muitos, acabam por não ter a capacidade de lidar com as consequências de uma maior concentração de população – o seu envelhecimento. De acordo com António Tavares, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, “as famílias estão a desaparecer e por isso é que ganham destaque as instituições de autonomia social”. “A Santa Casa tem um papel importante na criação de emprego e na fixação de pessoas. Mas enquanto não mudarmos o sistema eleitoral, vamos continuar assim. Precisamos de políticas públicas e de dirigentes políticos que se preocupem com o território e que saiam da zona de Lisboa“, disse.

Mas, apesar das desigualdades que já existem, o professor universitário Fernando Seara acredita que a tendência será cada vez pior. “A IA vai ser o fator da maior desigualdade social da historia da humanidade“, afirmou, justificando a sua perspetiva com um exemplo que afeta a saúde dos cidadãos: “Com uma perspetiva de política pública sénior municipal, eu digo que vamos caminhar para o seguinte: as companhias de seguros, que detêm 52% da quota de mercado global português, vão apostar na medicina preventiva, ou seja, importa fazer a análise preventiva do ADN das pessoas para saber as potenciais doenças que cada um terá. E, ao ter os mecanismos para isso, as companhias podem reduzir o seguro“.

Com uma visão menos pessimista, o Presidente da Câmara de Mondim de Basto encerrou a sessão dizendo que “a IA ajuda a decidir, mas não decide. Quem decide somos nós e daí a importância de investir em literacia digital para as pessoas terem a capacidade de interpretar o que é realmente verdade e o que não é”.

Ainda na sessão de encerramento, Diogo Agostinho, COO do ECO, ressalvou a importância de acesso a meios de comunicação fidedignos para refutar informações falsas. “A comunicação social vai caminhar para ser o último bastião para nos podermos basear na verdade. Então, a Inteligência Artificial vai substituir os jornalistas? Não. Porque é o jornalista que vai verificar, investigar, e dizer o que se passa no país no jornal. O selo de qualidade e de veracidade está no jornal“, garantiu.

“A literacia começa nas escolas e os municípios devem criar condições para que as crianças possam, desde cedo, decidir o que é ou não verdade. Mas a literacia tem que se alargar a todas as gerações. A literacia tem de ser para todos“, concluiu Bruno Moura Ferreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Líderes do BCP e BPI trocam ‘galhardetes’ sobre Novobanco

“Não esqueço os tempos da troika. Os bancos que apoiaram o Estado foram Caixa, BCP e BES”, recordou Miguel Maya. Oliveira e Costa ripostou: “Para os acionistas desses bancos correu-lhe muito mal".

Os líderes do BCP e do BPI envolveram-se numa troca de ‘galhardetes’ a propósito do tema do Novobanco e da possibilidade de os espanhóis reforçarem a sua importância no sistema financeiro nacional. “Nunca me esqueço dos tempos da troika e da assistência financeira. Era preciso dar apoio ao Estado português e os bancos que apoiaram chamam-se Caixa, BCP e na altura BES. Os outros [BPI e Santander] mantinham a posição, mas tinham obviamente um enquadramento que era definido lá fora”, recordou Miguel Maya. João Pedro Oliveira e Costa respondeu a seguir: “Para os acionistas desses bancos correu-lhes muito mal”.

Os dois banqueiros falavam na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias. E um dos temas que surgiu foi o processo de venda do Novobanco.

Miguel Maya considerou que é bom um equilíbrio no mercado bancário português e elogiou a presença espanhola por cá: “É ótimo ter bancos de matriz espanhola a operarem em Portugal e têm contribuído muitíssimo para o desenvolvimento da economia portuguesa”.

Mas acrescentou de seguida: “Não sou radical, é bom haver diversidade, mas é muito bom ter banca nacional”.

A resposta de João Pedro Oliveira e Costa, líder do BPI, detido pelos espanhóis do Caixabank e de quem se especula que poderá avançar para a compra do Novobanco, foi dura e longa. “É importante recordar tudo e não apenas parte”, disse.

“Não concordo com ‘Operações Coração'”

“Não foram os três bancos que o banco falou, acho que o sistema português trabalhou na famosa Operação Coração. Não concordo com operações coração. Todos aprendemos uma grande lição e ainda hoje estamos a pagar essa fatura”, começou por referir o gestor.

“Também não acredito que os bancos sejam instrumentos do Estado, para que os políticos que executam mal as suas funções e depois nós tenhamos de ir apagar os fogos e pagar as faturas duas vezes”, acrescentou.

Referindo-se diretamente à afirmação de Miguel Maya, Oliveira e Costa lembrou também que para os acionistas dos três bancos – Caixa, BCP e BES – também não lhes correu bem. “Correu-lhes até muito mal”. “E ainda passamos a vergonha de assistir a uma CPI onde há uma data de gente em que não se lembram de nada”, afirmou ainda.

“Este foi o cenário em que nós passamos e que acho que nos livrámos. Voltar a ele é altamente negativo”, atirou.

O líder do BPI recordou ainda que quando dois bancos estrangeiros decidiram sair de Portugal – o Barclays e o Deutsche Bank – foram dois bancos espanhóis que compraram o negócio (Bankinter e Abanca). “Não há capital nacional privado para ter um papel importante na banca portuguesa”, notou.

João Pedro Oliveira e Costa assegurou ainda que desde que tomou a liderança do BPI há cinco anos sempre tomou as decisões “aqui” e que não precisou de passar a fronteira. “Sempre tive o centro de decisão em Portugal e no dia em que não tiver aqui o centro de decisão vou me embora”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Lisboa retira cartazes de propaganda política entre Saldanha e Entrecampos

  • + M
  • 26 Maio 2025

Depois de ter "previamente notificado" os partidos para a retirada dos cartazes, a autarquia lisboeta avançou para a sua remoção coerciva. Em causa estão mais de 30 cartazes, de diferentes partidos.

Foto: Câmara Municipal de LisboaCâmara Municipal de Lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa avançou com a remoção de cartazes de propaganda política no Eixo Central, entre o Saldanha e Entrecampos.

Os partidos que tinham materiais de propaganda nesta zona foram “previamente notificados” para procederem à remoção voluntária dos mesmos. “Não tendo tal sucedido dentro do prazo estabelecido para o efeito, os serviços da autarquia avançaram com a sua remoção coerciva“, refere o município, avançando que estão em causa mais de 30 cartazes, de diferentes cores políticas.

“Lisboa é a nossa casa comum e não podemos permitir que o espaço público continue a ser ocupado por dezenas de cartazes políticos. É uma poluição visual absolutamente indesejável, que prejudica a cidade e impede que os lisboetas usufruam deste local, além de comprometer a valorização da nossa história e a salvaguarda do nosso património”, diz Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, citado em comunicado.

A decisão da autarquia tem também por base o facto de esta área da capital estar abrangida pelo Plano das Avenidas Novas, da responsabilidade de Ressano Garcia, e de nela se localizarem “vários edifícios classificados ou com interesse patrimonial muito relevante, referenciados na Carta Municipal do Património do PDM de Lisboa”, refere-se em nota de imprensa.

Em 2022, o executivo lisboeta, já presidido por Carlos Moedas, retirou os cartazes de propaganda política da Praça Marquês de Pombal, medida que foi alargada à Alameda Dom Afonso Henriques em dezembro do ano passado.

“Depois de termos proibido a colocação de cartazes no Marquês de Pombal e na Alameda, alargámos esta medida ao Eixo Central. Estamos a retirar os cartazes políticos existentes entre o Saldanha e Entrecampos, um espaço nobre da cidade que não pode continuar a ser tratado como um painel político permanente. Esta não é uma medida contra os partidos, mas sim uma iniciativa a favor da cidade, a favor dos lisboetas“, refere Carlos Moedas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Advogados apelam ao Governo que crie sala para mega julgamentos em Lisboa

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

O presidente do Conselho Regional de Lisboa da OA apelou ao Ministério da Justiça que crie uma sala para megajulgamentos em Lisboa, alegando que o Tribunal de Monsanto, na capital, não é solução.

O presidente do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados (OA) apelou ao Ministério da Justiça que crie uma sala para megajulgamentos em Lisboa, alegando que o Tribunal de Monsanto, na capital, não é solução.

Telmo Semião falava aos jornalistas após uma visita às instalações deste tribunal, onde está a decorrer o julgamento de um processo com 124 acusados de associação criminosa e burla informática, entre outros crimes, por um esquema de ‘phishing’ (fraude online) que, entre junho de 2021 e maio de 2022, terá lesado as vítimas em mais de um milhão de euros.

“Se são feitas acusações, megaprocessos com centenas de arguidos, depois deveriam existir condições para se fazer um julgamento em condições e, de facto, não existe essa sala de tribunal atualmente em Lisboa, nem sequer no resto do país”, afirmou o presidente do CRL da OA.

Questionado sobre se a solução poderia passar por obras no Tribunal de Monsanto, o advogado sustentou que o edifício teria de ser alvo de “remodelações profundas”, sendo preferível que o Governo construa de raiz ou arrende e adapte um edifício para megajulgamentos.

“A arquitetura deste espaço e as condições que tem atualmente não me parece que sejam as ideais para transformá-lo numa sala de megajulgamento. Eventualmente será mais fácil encontrar um outro espaço que seja possível adaptar para esse efeito. É um trabalho que vai ter de ser realizado pelo Ministério da Justiça”, disse.

Segundo o presidente do CRL da OA, da primeira para a segunda sessão do julgamento que decorre atualmente no Tribunal de Monsanto os advogados passaram a dispor de cadeiras, mesas e tomadas, e deixaram de estar distribuídos por várias salas.

O Tribunal de Monsanto foi construído na década de 1980 e é composto por duas salas de dimensões diferentes, cada uma composta por três partes, separadas por vidros: uma para juízes, procuradores, funcionários judiciais e advogados, outra para os arguidos e uma terceira para o público.

No julgamento que decorre atualmente na sala de maior dimensão do tribunal, os advogados sentam-se nas duas primeiras partes, que deixaram agora de estar separadas por vidros, os arguidos na terceira, e o público na segunda sala, mais pequena, assistindo às diligências por videoconferência, constatou a Lusa no local. “Há o mínimo de condições. […] Não são as condições ideais”, resumiu Telmo Semião.

O presidente do CRL da OA acrescentou que o órgão que lidera pretende abrir “canais de comunicação, nomeadamente com o Ministério da Justiça, para que sejam criadas condições” em todos os tribunais para que “todos os advogados possam exercer dignamente as suas funções”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Só 19% dos votos dos emigrantes chegaram a Portugal. Contagem começa na terça-feira

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Até sexta-feira tinham chegado a Portugal 296.283 cartas com os boletins de voto dos portugueses residentes no estrangeiro, o que representa 18,77% dos eleitores inscritos.

Perto de 19% dos votos dos emigrantes portugueses chegaram a Portugal até sexta-feira, estando marcada para terça-feira o início da sua contagem, que decorrerá até ao dia seguinte, em Lisboa.

Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, até sexta-feira tinham chegado a Portugal 296.283 cartas com os boletins de voto dos portugueses residentes no estrangeiro, o que representa 18,77% dos eleitores inscritos para as legislativas do passado dia 18.

Nas eleições de 2024, e no período homólogo, tinham chegado a Portugal 19,42% das cartas enviadas a estes cidadãos.

Foram devolvidas 154.094 cartas, ou seja, 9,76% das expedidas a partir de Portugal para estes eleitores no estrangeiro.

As cartas começaram a ser enviadas a 12 de abril, para 192 destinos, tendo a última expedição acontecido a 21 de abril.

As escolhas dos eleitores portugueses residentes no estrangeiro vão continuar a chegar a Portugal até quarta-feira, dia em que se conhecerá o seu resultado e qual o partido que ficará em segundo lugar: PS ou Chega.

Nos últimos 20 anos, o PS e o PSD dividiram os mandatos pela Europa e Fora da Europa, mas este bipartidarismo terminou em 2024, quando o Chega elegeu um deputado por cada um destes dois círculos.

Às eleições do dia 18 concorreram 36 candidaturas aos dois círculos, 18 para cada um.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.