Ouro do Banco de Portugal valorizou 34,5% no ano passado e já vale 30,9 mil milhões de euros

Reservas de ouro do banco central valorizaram 34,5% no ano passado.

O ouro detido pelo Banco de Portugal valia 30,9 mil milhões de euros no final do ano passado, com as reservas detidas pelo banco central a valorizarem 34,5% em relação a 2023.

A instituição liderada por Mário Centeno explica que esta evolução resultou da “evolução positiva da cotação da onça de ouro em euros”: mais concretamente, “deveu-se ao efeito conjugado da valorização do preço do ouro em dólares (+26,4%) e da apreciação do dólar face ao euro (+6,0%)”.

Há dez anos, as reservas estavam avaliadas em ‘apenas’ 12 mil milhões de euros e numa década valorizaram 160%. O ouro tem brilhado em 2025 por conta da instabilidade nos mercados, o que significa que as reservas de ouro do Banco de Portugal valerão hoje mais do que no final do ano passado.

O Banco de Portugal detinha 382,7 toneladas de reserva de ouro em dezembro de 2024, mais 0,1 toneladas do que um ano antes, “devido a diferenças no peso do ouro recebido por via das operações colateralizadas para rentabilização desta carteira”.

Ouro brilha nos cofres do Banco de Portugal

Fonte: Banco de Portugal

O supervisor explica que ao longo do ano passado continuou a efetuar aplicações em ouro, que se traduziam, essencialmente, em swaps de ouro por euros, registados contabilisticamente como empréstimos colateralizados.

“No final de ano, o montante destas operações era substancialmente menor em 7.374 milhões de euros face a 2023, em consequência da evolução das taxas de juro”, detalha o Banco de Portugal.

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Portugal paga menos para emitir 1.500 milhões em Bilhetes do Tesouro

No leilão de dívida de Bilhetes do Tesouro realizado esta quarta-feira, Portugal pagou 1,947% para emitir 600 milhões de euros a seis meses e 1,949% para emitir 900 milhões a um ano.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) voltou esta quarta-feira ao mercado para se financiar num total de 1.500 milhões de euros a seis e 12 meses através da emissão de Bilhetes do Tesouro, tendo pago taxas inferiores a 2% nas duas maturidades. O montante global indicativo era de entre 1.250 milhões de euros e 1.500 milhões.

Na maturidade mais longa, a um ano, o IGCP emitiu 600 milhões de euros, tendo pago uma taxa média ponderada de 1,949%, face aos 2,227% pagos num leilão a 19 de março. A procura superou a oferta em 2,74 vezes.

No leilão a seis meses, que contou com uma procura 3,42 vezes acima da oferta, Portugal conseguiu financiar-se em 600 milhões de euros pelo qual pagou uma taxa média ponderada de 1,947%, o que compara com 2,646% num leilão realizado a 4 de dezembro de 2024.

“Ambos os leilões registaram uma ligeira descida nas taxas de juro”, disse Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa. “Este ano, temos assistido a uma tendência de descida das taxas de juro de curto prazo, reflexo da atuação do Banco Central Europeu, que já reduziu a sua taxa diretora três vezes desde o início do ano.

“Atualmente, o mercado antecipa mais dois cortes até ao final do ano, o que poderá colocar a taxa ligeiramente abaixo dos 2%“, sublinhou. “No entanto, será necessário aguardar pelos próximos dados económicos e respetivas projeções, uma vez que as tarifas comerciais podem provocar um duplo impacto: por um lado, o enfraquecimento da procura e por outro, uma eventual subida da inflação”.

Bloomberg atrasou leilão

O leilão, que estava agendado para as 10h30, acabou por ser inicialmente adiado para as 11h30 devido a problemas técnicos nos terminais da Bloomberg, que afetaram de forma generalizada os participantes de mercados, informou o IGCP, em comunicado, tendo depois atualizado o horário previsto para as 14h30.

A 31 de março, no plano de financiamento do Estado para o segundo trimestre, o IGCP informou que o financiamento líquido através de BT em 2025 tinha diminuído ligeiramente face ao plano inicial, dos anteriores 4,6 mil milhões de euros para 4,4 mil milhões de euros. Entre abril e junho, a agência pretende emitir entre 3.000 milhões de euros e 3.750 através desse instrumento de dívida de curto prazo.

(Notícia atualizada às 15h25)

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Da carteira de encomendas às compras com multibanco: a economia em abril em 5 gráficos

Compras através de terminais de pagamento, clima económico, criação de emprego e expetativas dos consumidores subiram, enquanto encomendas externas da indústria transformadora caíram.

O clima económico subiu ligeiramente em abril, após três meses em queda, impulsionado sobretudo pela confiança no comércio e na construção e obras públicas. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o mês de abril ainda são escassos, mas já alguns sinais sobre o comportamento da economia.

Consumo privado

As compras através de terminais de pagamento automático subiram 9,2%, acelerando face aos 6,2% registados em março e aos 8% de abril de 2024.

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Clima económico

O indicador de clima económico subiu para 2,2%, em termos homólogos, um aumento face aos 2,1% verificados em março e aos 1,8% registados em abril do ano passado. Em abril, a confiança subiu no comércio, na construção e obras públicas e nos serviços, mas caiu na indústria.

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Encomendas na indústria transformadora

A carteira de encomendas externa da indústria transformadora caiu 15% em abril, face a igual período do ano passado.

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Criação de emprego

A criação de emprego total subiu 5,1% em abril, face a igual período do ano passado, mas representa uma desaceleração quando comparado com a taxa homóloga de 5,4% registado em março. O maior crescimento registou-se na construção e obras públicas.

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Expectativas de preços

A perspetiva dos consumidores sobre a evolução dos preços nos próximos 12 meses subiu pelo terceiro mês consecutivo, após ter caído em janeiro.

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Governo reforça consultores na unidade que acompanha as PPP

A dotação máxima sobe de 12 para 15 e é mantida a autonomia da UTAP, apesar da reforma das Finanças que extinguiu várias entidades, segundo duas portarias publicas em Diário da República.

O Governo reforçou o número de consultores da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP), que monitoriza o equilíbrio económico-financeiro das Parcerias Público-Privadas (PPP). A dotação máxima sobe de 12 para 15 e é mantida a autonomia técnica daquele organismo, segundo duas portarias publicas esta quarta-feira em Diário da República.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já tinha adiantado, em entrevista ao ECO, que iria haver uma aposta nos recursos humanos e que, apesar da extinção de vários serviços e sua integração na nova Entidade do Tesouro e Finanças (ETF), a UTAP iria ter um gabinete autónomo, ou seja, não iria ser fundida. Estes dois pontos, que não tinham ficado claros no decreto-lei que aprovou a orgânica da ETF, levantaram “muitas dúvidas” ao Presidente da República aquando da sua promulgação.

Depois de ter avançado com mais cinco PPP na saúde e numa altura em se esperam novas concessões para a alta velocidade ferroviária e para o novo aeroporto de Lisboa, o Executivo de Luís Montenegro aprovou uma portaria que aumenta os recursos humanos da UTAP, unidade responsável por acompanhar a situação económico-financeira dos contratos de parcerias. “A dotação máxima de consultores é fixada em 15, sendo quatro de nível 1, seis de nível 2 e cinco de nível 3”, segundo a portaria assinada por Joaquim Miranda Sarmento que produz efeitos a 1 de abril deste ano.

Neste momento, a equipa pode ter no máximo 12 consultores: “quatro de primeiro nível, cinco de segundo nível e três de terceiro nível”, de acordo com a estrutura orgânica da UTAP em vigor. A nova portaria determina que este organismo pode agora ter até 15 dirigentes, ou seja, mais três do que atualmente.

No entanto, a UTAP apenas tem sete consultores (dois de nível 1, três de nível 2 e dois de nível 3), uma equipa que é coordenada por Rita Cunha Leal. Isto significa que está em défice de recursos humanos. Precisaria de contratar mais oito consultores para atingir a dotação máxima, de 15.

Outra portaria estabelece ainda que “é mantida a autonomia técnica da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) no que concerne ao exercício das competências anteriormente afetas àquela unidade, nomeadamente com a consignação de uma estrutura e de recursos para o efeito”.

Na prática, o diploma materializa o que já previa o decreto-lei que aprovou a nova Entidade do Tesouro e Finanças, ao estabelecer que a UTAP “goza de autonomia técnica e profissional”. Na promulgação do decreto, Marcelo Rebelo de Sousa levantou, contudo, “muitas dúvidas” porque não via com bons olhos a “extinção por fusão” da unidade que assegura o equilíbrio económico-financeiro das PPP.

Apesar de garantir a “autonomia” da UTAP, o mesmo texto legal também refere a “extinção, por fusão da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP)”. A portaria vem agora clarificar que o organismo se mantém, sendo que Miranda Sarmento já tinha assegurado, em entrevista ao ECO, que “a UTAP continua a existir, simplesmente está integrada numa estrutura maior, o que lhe vai dar mais massa crítica e capacidade maior de recrutamento”.

“É isso que pretendemos fazer no próximo Governo”, sublinhou. E lembrou que as “PPP e concessões são matérias” que conhece bem, até porque “fizeram parte” do seu “trabalho académico”. Assim, “enquanto que a UTAM foi extinta, porque as suas competências passaram para a Entidade do Tesouro e das Finanças, a UTAP integra como gabinete autónomo. Portanto, mantém uma autonomia operacional e administrativa”, esclareceu Miranda Sarmento.

“Vamos avançar com PPP na área da saúde, há as PPP de alta velocidade, vai haver o processo da construção do novo aeroporto de Lisboa, há reequilíbrios financeiros de concessões rodoviárias, há concessões rodoviárias que, até o final da década, vão terminar o seu contrato de concessão. Há muito trabalho nessa área. Por isso, pretendemos reforçar a UTAP”, disse o mesmo responsável ao ECO.

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Meo, OMD e Fuel lideram investimento em abril

No acumulado de janeiro a abril, o primeiro anunciante é o Ediclube, seguindo-se o Continente e a Unilever Fima. OMD e Fuel lideram nas agências.

A Meo foi o maior anunciante de abril, estatuto alcançado, este ano, pela primeira vez no último mês. De acordo com o ranking mensal elaborado pela MediaMonitor, a empresa investiu em publicidade — a preços de tabela, ou seja, sem os descontos negociados com os meios –, 65,2 milhões de euros.

Como segundo maior anunciante mantém-se o Ediclube, com 49,3 milhões, e o Modelo Continente ocupa agora a terceira posição, com 44 milhões de euros.

No top 5, surge ainda a L’oréal Portugal e a McDonald’s. Lidl, Nos, Unilever Fima, Viva Melhor Sempre e Pingo Doce são as restantes empresas no ranking dos dez maiores anunciantes do país.

Entre as agências de meios, e sempre a preços de tabela, o último mês foi mais uma vez liderado pela OMD, com 193,7 milhões de euros. Segue-se a Arena, com 142,2 milhões, e agora a Initiative, com 129,8 milhões.

A estas, nas primeiras dez posições do ranking, juntam-se a Dentsu Media, Zenith, Wavemaker, Havas Media, Universal McCann, Mindshre e PHD.

Nas agências criativas a primeira posição é da Fuel, seguindo-se agora a BBDO Portugal e a Publicis. O Escritório, Dentsu Creative, VML, McCann Erickson, Havas Worldwide, TBWA Lisboa e Uzina completam as primeiras 10 posições do ranking das agências de publicidade.

No acumulado do trimestre não há alterações no pódio, que se mantém preenchido pelo Ediclube, seguindo-se o Continente e a Unilever Fima.

O ranking das agências de meios tem nos primeiros lugares a OMD, a Arena e a Dentsu Media, com estas últimas a trocarem entre si de posição, e a tabela das agências criativas mantém-se liderada pela Fuel, seguindo-se a VML e a Publicis Publicidade.

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Execução do plano ferroviário sem atrasos, TAP e alta velocidade são prioridades do novo governo

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

O ministro das Infraestruturas afirmou que os investimentos previstos no Plano Nacional Ferroviário são para executar "sem atrasos". Privatização da TAP e a linha de alta velocidade são prioritários.

O ministro das Infraestruturas afirmou esta quarta-feira que os investimentos previstos no Plano Nacional Ferroviário (PFN) são para executar “agora sem atrasos”, tendo apontado a privatização da TAP e a linha de alta velocidade como “prioritários” para o novo governo.

“A privatização da TAP é para continuar, essa é a prioridade que já era do XXIV Governo e transitará, (…) a construção do novo aeroporto (…), a continuidade do PFN, agora cumprindo prazos e pondo para o passado aqueles sete anos de atraso do Ferrovia 2020. Nós temos que acabar de facto o Ferrovia 2020 e começar a cumprir prazos”, afirmou Miguel Pinto Luz aos jornalistas, à margem do Portugal Railway Summit, que hoje arrancou no Entroncamento, no distrito de Santarém.

O ministro das Infraestruturas e Habitação presidiu à abertura da 6.ª edição do Portugal Railway Summit, realizada pela Associação da Plataforma Ferroviária Portuguesa, Cluster da Ferrovia, evento que decorre durante dois dias no Museu Nacional Ferroviário, tendo destacado a importância da ferrovia nos investimentos “estruturantes” para o país.

“É essencial a ferrovia para os portos, (…) para a logística, para garantir que os nossos concidadãos tenham mobilidade e (…) a aposta deste Governo é clara. O passe ferroviário verde tem mais de 300 mil passes vendidos e mais de 55 mil passageiros utilizam mensalmente o passe ferroviário verde”, declarou.

Nesse sentido, com “mais procura e mais passes” vendidos, “a CP tem mais passageiros a andarem nos [comboios] regionais, no intercidades, e tem mais receita, ou seja, não estamos a descapitalizar a CP como alguns vaticinavam, antes pelo contrário, estamos a colocar a CP ao serviço dos portugueses”, disse Pinto Luz, que apontou a “mais prioridades” na ferrovia.

“A alta velocidade, as três ligações transfronteiriças com a ligação Porto-Bragança-Zamora, a ligação Aveiro-Salamanca, a ligação Faro-Huelva-Sevilha são prioridades que este Governo colocou a debate também e para discussão com o Governo Espanhol”, declarou.

Por outro lado, notou, é também “importante garantir que os portos nacionais estão infraestruturados do ponto de vista da ferrovia para comboios de 150 metros e o compromisso deste Governo é a conclusão, até ao final deste ano, daquilo que é o corredor internacional sul no primeiro troço Évora-Elvas-Caia, que também servirá a alta velocidade no futuro, mas nomeadamente mercadorias, na primeira fase”, tendo apontado a “desafios” alargados.

“O novo aeroporto terá desafios, como a terceira travessia do Tejo, todas as ligações rodoviárias e ferroviárias que têm que ser garantidas para o novo aeroporto, o metro sul do Tejo, o alargamento do metro a norte do Tejo, o LIOS oriental, a LIOS ocidental…”, exemplificou.

“São muitas, há muita ambição, mas eu diria que há muito consenso em todas as forças políticas num parlamento que agora sai fragmentado, com uma nova arquitetura, mas eu penso que há um enorme consenso à volta destas decisões e isso é importante para garantir o futuro”, declarou.

Pinto Luz reiterou que “estas são as prioridades” e que o governo “tem que as cumprir”.

O Governo aprovou a 10 de março, em Conselho de Ministros, uma resolução que dá ‘luz verde’ ao PFN, incluindo ligações em alta velocidade, na sequência de um “amplo debate nacional e de consulta pública”.

Este diploma inclui “medidas que prepararão os estudos relativos às ligações em alta velocidade, que na recente cimeira com Espanha combinamos explorar, seja a ligação pelo Norte, seja a ligação pelo Algarve”, e “outras ligações ferroviárias que o país deve planear e desenvolver no longo prazo”, indicou na ocasião o ministro da Presidência, Leitão Amaro.

O Portugal Railway Summit visa abordar as questões centrais do futuro ferroviário — alta velocidade, inovação e inteligência artificial, intermodalidade, sustentabilidade e ESG, entre outras — e conta com 50 oradores, 40 ‘stands’ de exibição e cerca de 500 participantes inscritos.

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Coindu avança com despedimento de 123 trabalhadores em Famalicão

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

Coindu avançou com despedimento coletivo de 123 trabalhadores e a colocou outros 237 em lay-off em Vila Nova de Famalicão. "São notícias muito violentas", sublinha dirigente sindical.

A Coindu, indústria de componentes têxteis para o setor automóvel, avançou com o despedimento coletivo de 123 trabalhadores e a colocou outros 237 em lay-off em Vila Nova de Famalicão, disse hoje fonte sindical à Lusa.

Segundo Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, os dois processos foram comunicados na segunda e na terça-feira, tendo a administração considerado que se trata de uma “inevitabilidade”.

“Alegam a crise no setor automóvel e a consequente falta de encomendas. Dizem que aguentaram até ao limite, mas que agora não dá mais”, referiu.

Segundo Francisco Vieira, a Coindu conta atualmente com 1.170 trabalhadores em Famalicão. O sindicalista acrescentou que a empresa pretende este ano ter uma disponibilidade de entre 800 e 825 trabalhadores.

Em 2026, esses números deverão subir para 950 a 1.050 trabalhadores.

São notícias muito violentas, há muita revolta e descontentamento, muita gente a sofrer por dentro“, disse Francisco Vieira, sublinhando que os visados serão essencialmente os mais novos na empresa, cujos despedimentos “ficarão, obviamente, mais baratos”.

Disse ainda que os problemas na Coindu começaram na pandemia de Covid-19. Em finais de 2024, a Coindu fechou a fábrica que tinha em Arcos de Valdevez, deixando sem emprego 350 trabalhadores.

Segundo Francisco Vieira, a empresa terá aberto “há meia dúzia de meses” uma fábrica na Tunísia, transferindo para lá parte da sua produção.

Em 2022, entre Arcos de Valdevez e Vila Nova de Famalicão, a Coindu empregava 2.100 trabalhadores.

A Lusa tentou ouvir a administração da Coindu, mas ainda sem sucesso.

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Garantia pública foi responsável por 13% do crédito à habitação no primeiro trimestre

O Banco de Portugal revela que os jovens que recorreram à garantia pública até março para comprar casa têm, em média, rendimentos mais elevados do que os jovens que obtêm crédito sem apoio do Estado.

A garantia pública no crédito à habitação jovem começa a ganhar tração no mercado. No primeiro trimestre, apenas três meses após o seu lançamento, o mecanismo que permite aos jovens até aos 35 anos financiar a totalidade do valor da casa representou 9% do número de contratos e 13% do montante total dos novos contratos de crédito à habitação no primeiro trimestre, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal no seu Relatório de Estabilidade Financeira.

O documento revela também que as instituições bancárias que aderiram ao protocolo para aceder à garantia do Estado já utilizaram 10% do montante máximo disponível entre janeiro e março. “No entanto, a utilização da garantia variou entre instituições; algumas usaram mais de 30% do limite atribuído, enquanto outras não chegaram a 5%”, destaca o Banco de Portugal.

Apesar destes números, Clara Raposo, vice-governadora do Banco de Portugal, refere que “ainda é cedo” para tirar conclusões do efeito da garantia pública, em função de ainda serem poucos os dados conhecidos.

A garantia pública, que entrou em vigor em janeiro, permite que o Estado atue como fiador dos jovens até 35 anos na compra da primeira habitação própria permanente, garantindo até 15% do valor da transação. Este mecanismo foi criado para facilitar o acesso ao crédito a 100% para jovens que, apesar de terem rendimentos suficientes para pagar a prestação mensal, não conseguem reunir o capital necessário para a entrada inicial.

A análise do Banco de Portugal revela que a taxa de esforço (rácio DSTI) dos mutuários que recorreram à garantia é, em média, 6 pontos percentuais superior à observada no conjunto das novas operações de crédito à habitação.

Segundo dados do Banco de Portugal, as áreas metropolitanas lideram claramente a utilização deste apoio estatal. A maioria dos imóveis adquiridos ao abrigo deste regime localizou-se nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, destacando-se os concelhos de Sintra, Vila Nova de Gaia e Seixal como os mais procurados. Um sinal claro de que a garantia está a responder a uma necessidade em zonas onde o valor das casas é mais elevado.

Os números do Banco de Portugal mostram ainda que o valor médio das casas compradas com garantia pública é significativamente mais elevado. O montante médio dos contratos com garantia atingiu 190 mil euros, superior aos 173 mil euros dos contratos de mutuários elegíveis que não recorreram à garantia. Este diferencial sugere que a medida está a permitir aos jovens aceder a habitações de valor mais elevado.

Um dado particularmente relevante é o perfil financeiro destes créditos. Os empréstimos com garantia pública registaram um rácio loan-to-value (LTV) médio de 99%, com 89% destes contratos a apresentarem um LTV de 100% — o que significa que o acesso à garantia está a ser feito pelo seu limite máximo. “Nos restantes mutuários elegíveis sem garantia, o rácio manteve-se estável e inferior, em torno de 83%”, revela o regulador, sublinhando que “o rácio subiu de 68% para 72%, entre julho e agosto de 2024, mantendo-se estável até ao final de 2024, antes da entrada em vigor do regime da garantia.”

Garantia pública está a ser procurada mais por jovens com rendimentos mais elevados

Outro aspeto relevante é a taxa de esforço destes jovens compradores. A análise do Banco de Portugal revela que a taxa de esforço (rácio DSTI) dos mutuários que recorreram à garantia é, em média, 6 pontos percentuais superior à observada no conjunto das novas operações de crédito à habitação e dois pontos percentuais acima da dos mutuários elegíveis que não recorreram à garantia. Isto reflete não só os montantes mais elevados dos empréstimos, mas também o facto de os jovens terem, tipicamente, rendimentos mais baixos no início da carreira.

Estes empréstimos têm também prazos mais longos. A maturidade média dos contratos com garantia ascendeu a 37 anos e oito meses, quase seis anos acima da média do total dos contratos à habitação. Esta extensão do prazo é uma forma de tornar as prestações mensais mais acessíveis.

Os dados do Banco de Portugal indicam que os mutuários que recorreram à garantia têm, em média, rendimentos mais elevados do que os jovens que obtêm crédito sem recurso a este mecanismo.

Contrariamente ao espírito e ao princípio da garantia pública, não são os jovens com menores rendimentos que mais estão a utilizar este apoio estatal. Os dados do Banco de Portugal indicam que os mutuários que recorreram à garantia têm, em média, rendimentos mais elevados do que os jovens que obtêm crédito sem recurso a este mecanismo.

De facto, os dois primeiros quintis de rendimento (os 40% com rendimentos mais baixos) têm uma representatividade 5 pontos percentuais inferior neste regime quando comparados com os mutuários elegíveis que não utilizaram a garantia, mostram os dados do Relatório de Estabilidade Financeira.

Quando são apenas considerados os mutuários elegíveis para a garantia — jovens até 35 anos, residentes em Portugal, sem histórico de crédito à habitação e que adquirem casa até 450 mil euros –, os dados do Banco de Portugal revelam que 59% dos contratos não recorreram à garantia. Isto sugere que muitos jovens, mesmo tendo a possibilidade de utilizar este apoio, optam por dar uma entrada inicial, possivelmente para reduzir o montante do empréstimo e, consequentemente, os encargos mensais.

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Aguiar-Branco disponível para se recandidatar a presidente da Assembleia da República

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

Eleição do presidente da Assembleia da República vai acontecer na primeira sessão do Parlamento da nova legislatura - sessão que estimou poder ocorrer entre os dias 2 e 5 de junho.

José Pedro Aguiar-Branco manifestou-se esta quarta-feira disponível para se recandidatar ao cargo de presidente da Assembleia da República e afirmou esperar que a próxima legislatura, que poderá iniciar-se entre 2 e 5 de junho, se caracterize pela estabilidade.

Estas posições foram transmitidas por José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro social-democrata que encabeçou a lista da AD – coligação PSD/CDS pelo círculo de Viana do Castelo, após ter recebido no Parlamento o músico e compositor Rui Veloso.

Questionado se admite recandidatar-se ao cargo de presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco respondeu: “A minha posição é simples, é uma posição de disponibilidade para poder também voltar a ser o presidente da Assembleia da República”.

A minha posição é simples, é uma posição de disponibilidade para poder também voltar a ser o presidente da Assembleia da República.

José Pedro Aguiar-Branco

José Pedro Aguiar-Branco referiu que a eleição do presidente da Assembleia da República vai acontecer na primeira sessão do Parlamento da nova legislatura – sessão que estimou poder ocorrer entre os dias 2 e 5 de junho.

Nessa primeira reunião plenária do Parlamento — e uma vez empossados os 230 deputados — será então o momento em que serão apresentadas as candidaturas ao lugar de presidente da Assembleia da República.

“Os grupos parlamentares terão a oportunidade de manifestarem o apoio a quem possa vir a apresentar-se”, apontou José Pedro Aguiar-Branco, aqui numa alusão à circunstância de o presidente da Assembleia da República, para ser eleito, ter de obter pelo menos 116 votos favoráveis entre os 230 deputados.

“A verdade é que a formalização [das candidaturas] só poderá acontecer em função das circunstâncias desses momento, que não sei antecipar quais são. Neste momento só posso dizer que há a minha disponibilidade. Se as circunstâncias vão ou não permitir que essa disponibilidade se concretize no dia em que tivermos a [primeira] sessão, logo veremos”, completou.

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Da fiscalidade ao compliance e IA. Advocatus Summit está de regresso

A 8.ª edição da Advocatus Summit vai decorrer em duas manhãs, a 29 e 30 de maio, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

A Advocatus Summit regressa nos dias 29 e 30 de maio. Naquela que já é a sua 8ª edição, este ano o evento realiza-se no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. José Luís Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, fará a abertura. Está também confirmada a presença de João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses e Eduardo Vera-Cruz Pinto, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Durante duas manhãs, reunimos alguns dos principais nomes da advocacia de negócios em Portugal para debater os grandes temas que moldam a prática jurídica: Fiscalidade, governance e compliance, investimento em Portugal, Cibersegurança e IA, Concorrência e direitos do consumidor, Agribusiness, smart cities e o papel do advogado em projetos cross-border.

O evento conta ainda com Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, Bárbara Schurmann, partner na Proença de Carvalho, Catarina Pinto Correia, sócia co-responsável da área de Ambiente & Clima na Vda, Duarte Santana Lopes, partner na Morais Leitão, Eduardo Gonçalves Rodrigues, partner na Sérvulo & Associados, Gonçalo Anastácio, sócio Coordenador do Departamento de Direito da Concorrência e UE da SRS Legal, Jacinto Moniz de Bettencourt, sócio responsável pela área de prática Digital Business, Privacidade e Cibersegurança da Deloitte Legal, Lourenço do Vale e Vasconcelos Quintão, associado de África Lusófona da CMS Portugal, Nuno Oliveira Santos, Coordenador de Fiscal na PRA, Pedro Duro, partner na CS’Associados, Mónica Moreira, managing partner e sócia Coordenadora da área de M&A da Deloitte Legal, Teresa Madeira Afonso, sócia co-coordenadora da área de Imobiliário e responsável pela área de Agribusiness da PLMJ.

O evento conta ainda com o habitual almoço/dabate com os managing partners dos escritórios parceiros do encontro, sempre com uma personalidade relevante da economia e política em Portugal. Presentes nesse almoço estarão: José Luís Arnaut, da CMS Portugal, Mónica Moreira, da Deloitte Legal, Mafalda Ferreira, sócia da CS’Associados, Gonçalo Capelo Godinho, managing partner da Pérez Llorca, Paula Gomes Freire da VdA, Bruno Ferreira da PLMJ, Martim Krupenski da Morais Leitão, Miguel Miranda da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Octávio Castelo Paulo e César Sá Esteves, co-managing partners da SRS Legal, Manuel Magalhães, da Sérvulo, Francisco Espregueira Mendes da TELLES, João Nóbrega, da EY Law, Francisco Proença de Carvalho e André Matias de Almeida, da Proença de Carvalho e José Luís Moreira da Silva, presidente da ASAP.

O principal evento que liga a advocacia aos agentes empresariais e da economia é uma iniciativa ECO e ADVOCATUS que conta com o apoio de: Abreu Advogados, CMS Portugal, CS’Associados, Deloitte Legal, EY Law, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Proença de Carvalho, PwC Portugal, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida.

Registe-se aqui.

Programa

29 maio

09h00 Abertura institucional

Com José Luís Moreira da Silva, presidente da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal

09h30 Tax Talk

Com Bárbara Schürmann, partner na Proença de Carvalho, e Marco Lebre, fundador da Crest Capital Partners, e moderação de Isabel Patrício, Editora do Trabalho

10h05 Governance, compliance e ética nas empresas: casos e casinhos ou os mecanismos a funcionarem?

Com Duarte Santana Lopes, partner na Morais Leitão, e Ana Ribeiro Marques, Head of Compliance da The Navigator Company, e moderação de Frederico Pedreira, jornalista da Advocatus

10h50 Elevator Pitch: Porque é que Portugal é um Best Place to Invest?

Com Nuno Oliveira Santos, sócio coordenador de Fiscal na PRA, e João Nóbrega, managing partner da EY Law e responsável da área de Real Estate e de OIC, e moderação de Mariana Bandeira, jornalista do ECO

11h25 Smart Cities: Pensar a Cidade do Futuro

Com Eduardo Gonçalves Rodrigues, partner na Sérvulo & Associados, e Rui Martins, Implementation Project Manager at SAS, e moderação de Ana Batalha Oliveira, diretora do Capital Verde

12h00 O Impacto da Inteligência Artificial no Panorama Jurídico, Regulatório e dos Negócios

Com Jacinto Bettencourt, sócio responsável pela área de prática Digital Business, Privacidade e Cibersegurança da Deloitte Legal, e Mónica Moreira, managing partner e sócia coordenadora da área de M&A da Deloitte Legal, e moderação de Flávio Nunes, editor do ECO

30 maio

09h30 Projetos Cross-Border e o Papel do Advogado

Com Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, e Lourenço Quintão, associado de África Lusófona da CMS Portugal, e moderação de Filipa Ambrósio de Sousa, diretora da Advocatus

10h05 Cibersegurança

Com Pedro Duro, partner na CS’Associados, e Jorge Graça, CTO da NOS, e moderação de Frederico Pedreira, jornalista da Advocatus

10h50 Concorrência e direitos do consumidor: como lidar com uma litigância crescente?

Com Gonçalo Anastácio, sócio coordenador do departamento de Direito da Concorrência e UE da SRS Legal, e Teresa Moreira, Head of the Competition and Consumer Policies Branch da UNCTAD, e moderação de Mónica Silvares, editora-executiva do ECO

11h25 Agribusiness: Portugal no Radar

Com Catarina Pinto Correia, sócia co-responsável da área de Ambiente & Clima na VdA, e Tomás Almeida Ribeiro, sócio de Corporate M&A da PLMJ, e moderação de Tiago Freire, subdiretor do ECO

12h15 Encerramento

Com João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados, e Eduardo Vera-Cruz Pinto, diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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Euribor caem nos principais prazos. A três meses está nos 2,046%

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira, no prazo mais curto para um novo mínimo desde 9 de dezembro de 2022. Com as alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,046%, ficou abaixo da taxa a seis (2,113%) e a 12 meses (2,084%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou ao ser fixada em 2,113%, menos 0,008 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do ‘stock‘ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, ao ser fixada em 2,084%, menos 0,011 pontos do que na terça-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, voltou a recuar hoje, para 2,046%, menos 0,014 pontos e um novo mínimo desde 9 de dezembro de 2022.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 5 e 6 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“Estabilidade política é um ativo precioso nos tempos que correm”

Centeno avisa que Portugal deve estar preocupado com as dimensões que consegue controlar para evitar cair nos erros do passado.

“Portugal deve manter um quadro muito claro de previsibilidade, credibilidade e de estabilidade que tanto custou aos portugueses conseguir”, afirmou esta quarta-feira o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.

“Quando isto é mantido, todas as decisões que todos nós temos de tomar se tornam mais fáceis”, acrescentou Centeno na conferência de imprensa de apresentação do Relatório do Conselho de Administração de 2024.

O governador tinha sido questionado sobre se a instabilidade política poderia dificultar a gestão da dívida pública. Centeno lembrou que o país tem beneficiado de um crescimento “muito significativo nos últimos anos”, de uma redução das taxas de juro nos últimos meses e de saldos orçamentais primários positivos.

É nos aspetos que o país consegue controlar – e do qual até tem sido um exemplo na Europa que “devemos focar e estar preocupados”, frisou o governador. “Qualquer alteração nesta dimensão obrigará a outros ajustamentos que quiçá não gostássemos de recordar”, atirou.

Centeno considerou por isso que “estabilidade política é um ativo precioso nos tempos que correm” e deu exemplo do que não deve ser feito.

“Não há nada pior para a condução das nossas vidas que enquadramentos políticos em que se toma decisões num dia e depois voltam para trás. Aquilo que temos observado nos nossos vizinhos do outro lado do Atlântico é elencar de como não conduzir políticas económicas”, exemplificou.

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