Congresso Segurança & Integridade Digital chega a Mondim de Basto

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  • 19 Maio 2025

O Congresso Segurança & Integridade Digital vai agora marcar presença em Mondim de Basto, onde vai reunir vários especialistas, dia 23 de maio, para discutir sobre cibersegurança e IA.

Num mundo cada vez mais digital, a gestão de serviços essenciais e do território depende, em larga escala, da tecnologia. Esta realidade traz inúmeros benefícios, mas também levanta preocupações crescentes em torno da cibersegurança.

Proteger dados, infraestruturas e cidadãos — seja ao nível de grandes instituições ou dos municípios — é hoje uma prioridade partilhada por governos, empresas e utilizadores. E são precisamente estes desafios e soluções que estarão em debate no Congresso Segurança & Integridade Digital, que chega a Mondim de Basto no próximo dia 12 de maio.

Entre os temas a serem discutidos no congresso estão “Cibersegurança, Ética e Proteção de Dados”; “Secure Regions – o futuro da segurança no território?”; “Inteligência Artificial ao serviço do território”; e “O futuro do desenvolvimento do território”.

Os interessados em participar na sessão devem inscrever-se aqui.

PROGRAMA

09H30 Abertura
Susana Silva, Organização do Congresso
Bruno Moura Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Mondim de Basto

09H45 Painel “Cibersegurança, Ética e Proteção de Dados”
Fernando Santos Pereira
, Presidente da Assembleia Municipal de Barcelos
Rui Nunes, Professor Universitário
José Costa Pinto, Advogado

Moderação: Rui Vilar Gomes, Gestor Empresarial

10h50 Coffee break

11H00 Painel ”Secure Regions – o futuro da segurança no território?”
Hernâni Borges
, Coordenador de Projetos, SystemsIT
Ricardo Mendes, Sales District Management Bosch
Roberto Cangueiro, Especialista em Cibersegurança, BPO Consulting

Moderação: Francisco Ferreira, Jurista e Gestor Empresarial

14H30 Painel “Inteligência Artificial ao serviço do território”
Gil Couto, Inspetor-Diretor da Unidade Regional Norte da ASAE
Luís Caetano, Professor Universitário
Ricardo Bastos Sousa, ex-deputado na Assembleia da República

Moderação: Bruno Batista, Comentador Televisivo

15h50 Coffee break

16H10 Painel “O futuro do desenvolvimento do território”
Fernando Seara
, Professor Universitário
António Tavares, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto
André Pardal da Silva, Advogado e Comentador Televisivo

Moderação: André Telheiro Santos, Empresário e Dirigente Associativo

17H30 Sessão de encerramento
Diogo Agostinho, COO do ECO
Bruno Moura Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Mondim de Basto

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Dombrovskis: “O momento da Europa para agir é agora”

Valdis Dombrovskis, comissário europeu para a Economia, diz que a economia da União Europeia está a perder gás e só uma ação rápida pode evitar que a Europa fique na cauda do crescimento mundial.

A Comissão Europeia reviu esta segunda-feira em baixa as previsões de crescimento para a economia europeia, num cenário marcado por incerteza global e tensões comerciais, sobretudo com os EUA. “A incerteza global e as tensões estão a pesar no crescimento da União Europeia”, afirmou Valdis Dombrovskis, Comissário Europeu para a Economia e Produtividade, na apresentação das previsões de primavera da Comissão Europeia em Bruxelas, sublinhando que, apesar das adversidades, “a economia da União Europeia mantém-se resiliente”.

A Comissão Europeia antecipa agora que o PIB da União Europeia cresça apenas 1,1% em 2025, uma revisão em baixa face aos 1,5% anteriormente previstos, e projeta uma aceleração para 1,5% em 2026. Na Zona Euro, o crescimento ficará pelos 0,9% este ano, subindo para 1,4% no próximo. “Esta revisão em baixa de 0,7 pontos percentuais em termos acumulados para 2025-26 deve-se sobretudo ao impacto do aumento das tarifas e à incerteza causada pelas mudanças abruptas na política comercial dos EUA”, explicou Dombrovskis.

O contexto internacional tornou-se mais adverso desde o outono passado, reforçou ainda o comissário europeu natural da Letónia. “Desde que tomou posse em janeiro, a nova administração dos EUA aumentou as tarifas sobre as importações de bens de um número crescente de parceiros comerciais e sobre produtos específicos”, destacou o comissário.

As previsões da primavera sublinha a necessidade de a União tomar medidas rápidas e decisivas para reforçar a competitividade e garantir a prosperidade a longo prazo

Valdis Dombrovskis

Comissário Europeu para a Economia e Produtividade

O resultado foi uma “incerteza de política económica global a níveis não vistos desde os momentos mais sombrios da pandemia de Covid-19”. O impacto imediato fez-se sentir nos mercados financeiros, onde “a volatilidade permanece elevada e o sentimento é frágil”, acrescentou.

O comissário europeu alertou ainda que “os riscos para as previsões mantêm-se inclinados para o lado negativo”, sublinhando que estas previsões são “dominados por potenciais desenvolvimentos no comércio”.

O comissário apontou que “tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia, e entre os EUA e a China, podem deprimir o crescimento do PIB e reacender pressões inflacionistas”. Por outro lado, “um abrandamento das tensões comerciais ou uma expansão mais rápida do comércio da UE podem ajudar a sustentar o crescimento”.

Independentemente dos próximos capítulos, Dombrovskis reforçou a necessidade de ação por parte da União Europeia, destacando que “as previsões da primavera sublinha a necessidade de a União tomar medidas rápidas e decisivas para reforçar a competitividade e garantir a prosperidade a longo prazo”, destacando que, para a Europa, “o momento para agir é agora.”

Economia europeia com menos gás

No centro do discurso de Dombrovskis esteve a deterioração do comércio global como elemento central do corte das previsões de crescimento do PIB europeu mas também do PIB mundial. “O crescimento global fora da União Europeia está agora projetado em 3,2% para 2025 e 2026, uma revisão em baixa de 0,4 pontos percentuais face ao outono”, revelou Dombrovskis.

No caso das exportações europeias, estas deverão crescer apenas 0,7% este ano, com um contributo negativo das exportações líquidas para o crescimento do PIB em 2025, um “arrastamento que se dissipa em 2026”.

Apesar do abrandamento, o mercado de trabalho europeu continua robusto. “Mais empregos estão a ser criados e os salários reais estão a aumentar. Isto significa mais europeus a trabalhar e mais dinheiro nos seus bolsos”, afirmou o comissário.

A taxa de desemprego deverá cair para um novo mínimo histórico de 5,7% em 2026, com a criação de mais dois milhões de postos de trabalho até lá. “Os mercados de emprego apertados e a recuperação da produtividade estão a suportar o crescimento salarial”, disse, acrescentando que “os salários reais deverão recuperar totalmente o poder de compra perdido na maioria dos Estados-membros”.

O impacto da aplicação da cláusula de escape nacional do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que pode permitir maior despesa em defesa, ainda não está refletido nas previsões

Valdis Dombrovskis

Comissário Europeu para a Economia e Produtividade

A inflação, por sua vez, está a desacelerar mais rapidamente do que o previsto no espaço europeu, destaca Dombrovskis. “A inflação está a cair mais rápido do que o esperado, impulsionada pela descida dos preços da energia”, indicou o comissário europeu, detalhando que a taxa na área do euro deverá descer de 2,4% em 2024 para 2,1% em 2025 e 1,7% em 2026.

Na União Europeia, a inflação deverá seguir uma trajetória semelhante, caindo para 1,9% em 2026. “Vários fatores estão a exercer pressão descendente sobre a inflação, incluindo a apreciação do euro e uma maior concorrência de preços em bens não energéticos”, explicou.

No lado do investimento, a recuperação será “mais tímida do que se previa”, com a formação bruta de capital fixo a crescer 1,5% em 2025 e 2,4% em 2026, após uma contração de 1,9% em 2024. “A incerteza elevada e o aperto das condições financeiras continuam a travar o investimento”, alertou Dombrovskis, defendendo que “mais investimento significa uma economia europeia mais próspera e competitiva”.

No capítulo das finanças públicas, o défice orçamental da UE deverá aumentar ligeiramente para 3,3% do PIB em 2025, mantendo-se nesse patamar em 2026, enquanto o rácio da dívida sobe de forma modesta devido ao aumento dos custos de financiamento e ao abrandamento do crescimento nominal. Contudo, Dombrovskis esclareceu que “o impacto da aplicação da cláusula de escape nacional do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que pode permitir maior despesa em defesa, ainda não está refletido nas previsões”, esclareceu.

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António Costa e Carlos Costa chegam a acordo e desistem de processos

  • ADVOCATUS
  • 19 Maio 2025

O ex-primeiro-ministro e o antigo Governador do Banco de Portugal chegaram a acordo e desistiram dos processos.

O ex-primeiro-ministro António Costa e o antigo Governador do Banco de Portugal Carlos Costa chegaram a acordo e desistiram dos processos, avança o Observador. Ambos recuaram na troca de acusações e prestam reconhecimento ao outro pela conduta no caso.

Segundo o Observador, o atual presidente do Conselho Europeu considera que Carlos Costa “zelou sempre pelo cumprimento rigoroso dos requisitos regulatórios e das normas de supervisão” no “litígio que, em 2014/2016, contrapôs Isabel dos Santos e o BPI”. Sublinhou ainda que Carlos Costa fez tudo para “assegurar a pretendida estabilidade financeira” do sistema bancário nacional.

Já Carlos Costa declarou que António Costa, “no desempenho do cargo de primeiro-ministro, atuou sempre para proteção do interesse público e não para beneficiar os interesses de Isabel dos Santos”.

O ex-primeiro-ministro António Costa tinha interposto uma ação cível contra o antigo governador do Banco de Portugal, pedindo que Carlos Costa seja condenado “a retratar-se das afirmações” sobre pressões relativas a Isabel dos Santos, reveladas no livro “O Governador”.

Em causa as denúncias feitas pelo homem que esteve à frente do BdP durante dez anos (2010 a 2020), no livro “O Governador”, da autoria do jornalista Luís Rosa, que revelam que o primeiro-ministro António Costa terá feito pressão sobre Carlos Costa, para que Isabel dos Santos se pudesse manter na administração do Banco BIC.

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Presidente da República ouve PSD, PS e Chega esta terça-feira

O chefe de Estado vai começar por ouvir PSD, PS e Chega esta terça-feira, segundo um anúncio publicado no portal oficial da Presidência da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai começar a ouvir os partidos políticos já esta terça-feira, 20 de maio, na sequência das eleições legislativas deste domingo. Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República, o chefe de Estado vai ouvir na terça-feira:

  • o PSD a partir das 11h;
  • o PS a partir das 15h;
  • e o Chega a partir das 17h.

“Na sequência das eleições para a Assembleia da República ontem realizadas, o Presidente da República nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, vai iniciar amanhã, terça-feira, as consultas aos partidos políticos, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna, e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar”, lê-se na nota.

A Aliança Democrática venceu as eleições com 32,10% dos votos e 86 deputados, mais 3,9 pontos percentuais do que em março de 2024, a que se somam três deputados eleitos pela coligação PSD/CDS/PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o Parlamento, 58. Mas falta ainda apurar a votação nos consulados.

O PS registou o terceiro pior resultado da sua história e o pior desde 1987, enquanto o Chega voltou a crescer e foi um claro vencedor da noite.

O Bloco de Esquerda (BE) foi um dos grandes derrotados da noite eleitoral ao conseguir eleger apenas um deputado, ao contrário do Livre que foi o único partida da esquerda a melhorar o resultado face há um ano, passando de 3,18% para 4,20% e ao eleger seis deputados, mais dois que no ano ano anterior. A deputada única do PAN voltou a garantir um lugar no Parlamento.

A CDU, com 3,0%, passou de quatro para três deputados, enquanto a IL ganhou um deputado face às eleições de 2024 e passa a contar com nove deputados. O JPP foi uma das surpresas da noite eleitoral ao ser o novo partido no Parlamento.

(Notícia atualizada às 12h48 com mais informação)

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Euribor descem. Taxa a três meses atinge novo mínimo desde dezembro de 2022

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Esta segunda-feira, as taxas Euribor desceram em todos os prazos: a três meses para 2,075%, a seis meses para 2,120% e a 12 meses para 2,094%.

A Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira, no prazo mais curto para um novo mínimo desde dezembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,075%, ficou abaixo da taxa a seis (2,120%) e a 12 meses (2,094%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou, ao ser fixada em 2,120%, menos 0,036 pontos.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,094%, menos 0,048 pontos do que na sexta-feira.
  • Também a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, recuou, para 2,075%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 19 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses). A média da Euribor em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%. A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024. A próxima reunião de política monetária da instituição liderada por Christine Lagarde realiza-se em 5 e 6 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Comissão Nacional do PS convocada para sábado para aprovar calendário eleitoral interno

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Da ordem de trabalhos faz parte a análise da situação política face aos resultados eleitorais de domingo e a aprovação de calendários eleitorais, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos.

A Comissão Nacional do PS para aprovar o calendário eleitoral interno, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, foi convocada para sábado, em Lisboa, também para analisar os resultados das legislativas.

De acordo com a convocatória, a que a agência Lusa teve acesso, o presidente do PS, Carlos César, refere que depois do anúncio desta noite de Pedro Nuno Santos, após a pesada derrota do PS, convoca os membros da Comissão Nacional para esta reunião, que decorrerá sábado de manhã, em Lisboa, em local ainda a designar. Da ordem de trabalhos faz parte a “análise da situação política face aos resultados eleitorais” de domingo e a “aprovação de calendários e regulamentos eleitorais”.

Entretanto, fonte próxima de José Luís Carneiro, que perdeu a disputa interna com Pedro Nuno Santos há quase um ano e meio, adiantou à Lusa que este “está a ser contactado por militantes do PS e pela sociedade civil”.

“É o momento de ouvir, ponderar e depois decidir. Está, como sempre esteve, disponível para servir o Partido Socialista e o País. Ele falará no momento oportuno”, acrescentou a mesma fonte, tendo a CNN entretanto anunciado que o antigo ministro dará uma entrevista esta noite.

O PS alcançou o terceiro pior resultado da sua história em legislativas, ficando quase empatado com o Chega, o que levou o seu líder, Pedro Nuno Santos, a apresentar a demissão um ano e meio após a sua eleição. As eleições legislativas antecipadas de domingo, ganhas pela AD, tiveram um impacto profundo no PS e, no discurso no qual assumiu a derrota, Pedro Nuno Santos anunciou que pediu ao presidente do partido a convocação já para sábado da Comissão Nacional para que haja eleições internas, às quais não se vai recandidatar.

Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos contados da emigração, o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos.

Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano. Este é o terceiro pior resultado da história do PS em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se “puder ser já” e que não quer “ser um estorvo nas decisões” que o PS tem que tomar. “Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos”, enfatizou.

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A querer comunicar boas histórias na Brisa, Rebeca Venâncio, na primeira pessoa

Rebeca Venâncio sempre teve a ambição de ser jornalista, mas cedo percebeu que "provavelmente não o seria a carreira toda". Chega agora à Brisa para ajudar a empresa a "comunicar boas histórias".

Depois de um percurso que a levou a passar por empresas como a Microsoft ou a Revolut, Rebeca Venâncio assumiu há duas semanas o cargo de head of communications & public affairs do Grupo Brisa. Entusiasmada com este novo desafio, quer ajudar a comunicar as boas histórias da empresa, ou não tivesse também um passado de cerca de oito anos ligado ao jornalismo.

“Trabalhei sempre tendencialmente em áreas onde a inovação e a tecnologia eram muito marcadas. Estou agora num setor diferente, muito focada em aprender sobre o legado da empresa, o seu negócio e indústria. É um setor novo para mim, mas estou completamente alinhada com aquilo que é a ambição da organização, que tem um desígnio nacional mas também os olhos postos em mercados internacionais. A minha maior ambição é ajudar a comunicar as boas histórias“, enquadra Rebeca Venâncio, em conversa com o +M.

Tendo a Brisa cerca de três mil colaboradores, tal representa para Rebeca Venâncio “um potencial de três mil boas histórias para contar“, uma vez que acredita que “as empresas são tão mais interessantes quanto as pessoas que têm lá dentro”. “O capital humano é, porventura, o recurso mais valioso que temos, e são estas histórias que quero encontrar. As empresas fazem-se de pessoas e gosto de representar empresas que gostam de contar as histórias dos feitos das suas pessoas“, acrescenta.

E isso passa por se escutar “aquilo que é o capital humano das organizações”. “Se há uma equipa que está a desenvolver o negócio e a criar um novo produto, que já é viável e que já está em fase de ser comunicado, quero ir atrás dessa história e perceber que como é que podemos amplificar este produto“, explica.

Desafios na comunicação “há sempre”, considera a profissional de 38 anos, que acredita que a sua formação em jornalismo pode ser uma boa ajuda. “Respeito muito a classe jornalística e que pode haver momentos em que a agenda das organizações e a agenda mediática não se cruzam. Tenho uma certa perceção daquilo que é ou não notícia e tento respeitar os jornalistas ao apresentar temáticas que sejam relevantes para as pessoas“.

“Ou seja, consigo fazer esta destrinça dos temas, que se calhar parecem muito relevantes a algumas pessoas dentro das organizações, mas que não o vão ser para o cidadão. E por isso é que às vezes os jornalistas se podem tornar bons profissionais de comunicação, precisamente porque têm este filtro“, refere.

“Nem sempre a empresa vai querer que todos os temas se tornem notícia, mas é importante garantir que os jornalistas contam connosco e sabem que, tendencialmente, as notícias que vêm dali são realmente relevantes e com interesse para o público em geral e não apenas para o conjunto de pessoas que representam a organização”, acrescenta.

É isto, portanto, que Rebeca Venâncio vai procurar fazer nas funções recentemente assumidas, onde vai dar continuidade à “comunicação sólida e muito profissional” da Brisa. “Queremos ser proativos a comunicar a ambição do grupo e a comunicar aquilo que tem vindo a ser feito pela organização, que é composta por todas as pessoas que cá trabalham e que fazem um excelente trabalho. São estas histórias que quero ir à procura, de requalificação, de desenvolvimento, de inovação, de produto, de internacionalização… são essas as histórias que eu espero poder ajudar a contar aqui dentro”, diz.

Licenciada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Rebeca Venâncio sempre teve a ambição de ser jornalista, embora cedo tenha percebido que “provavelmente não o seria a carreira toda”.

Começou por fazer um estágio curricular na SIC, entrando depois para os quadros do Diário Económico. Mais tarde foi desafiada para fazer televisão e integrar a CMTV, na altura em que o projeto estava a ser lançado pelo Grupo Cofina (atual MediaLivre), pelo que fez parte da equipa fundadora do canal, que foi também para si uma “escola ótima e super completa”, onde foi jornalista, coordenadora, e pivô. Mais foi para a TVI.

Enquanto jornalista viveue cobriu momentos marcantes como a crise económica e a vinda da Troika para Portugal — “anos difíceis mas com um forte pendor mediático” –, mas também o Campeonato Europeu de Futebol, em 2016, no qual a Seleção Nacional se viria a sagrar campeã. “Tive muitas experiências super enriquecedoras em áreas multidisciplinares. Às vezes fazia economia, outras vezes fazia política ou sociedade, na televisão há margem para esta diversificação dos temas e funciona um bocadinho em função da agenda. É muito interessante porque acabamos por ser um bocadinho generalistas, mas com muita visibilidade sobre a realidade daquilo que é o mundo e o nosso país“, entende.

Entretanto, ao longo dos anos e desde os tempos de faculdade, foi mantendo colaborações com publicações como a Notícias Magazine ou a Revista Sábado. “Adorava o jornalismo e gostava muito de televisão, mas também tinha um gosto muito particular por grande reportagem e escrita mais desenvolvida, e isto dava-me muita margem para explorar e para fazer trabalhos diversificados”, recorda.

Surgiu então depois a possibilidade de ingressar na Microsoft, focada já na área da comunicação, onde acabou por estar praticamente três “riquíssimos” anos. “Foi a primeira experiência e o meu primeiro contacto efetivo com a área da comunicação empresarial e correu muito bem”, recorda.

Mais tarde aceitou o desafio da Revolut, onde trabalhou na divulgação do produto e na apresentação da marca em território nacional, mas não sem muita ponderação, uma vez que estava a sair de uma empresa “muito sólida no mercado” para uma startup na intersecção da inovação e tecnologia com a área financeira e que “ainda não era muito conhecida em Portugal”.

“Na altura a Revolut tinha 90 mil clientes em Portugal, ainda era um bocadinho incipiente, então foi assim um salto de fé, não sabia se me ia dar muito bem, porque a equipa era muito curta localmente. Mas foi uma experiência também super enriquecedora e muito gira. O ambiente de startup é muito apaixonante e foi uma constatação de uma realidade completamente diferente daquela que tinha na Microsoft, que era um negócio muito mais sólido, com história, e que tinha uma máquina por trás que na Revolut não havia. Estas idiossincrasias são sempre estimulantes, especialmente para quem está a começar uma especialização na área“, refere.

Entretanto regressou à Microsoft, depois de já ter sido feita a separação entre o marketing e a comunicação — que já se pretendia há muito tempo e que se conseguiu em 2019 –, e estava lá a “cumprir o mandato”, quando, em licença de maternidade, surgiu o convite por parte da Brisa que, “por ser muito fora” da sua área de ação lhe “chamou bastante a atenção”.

“É uma empresa multimarca com um legado enorme, com muita história e muitos colaboradores. Estava na Microsoft, mas a representar uma subsidiária portuguesa de uma multinacional, pelo que havia alguma limitação em relação à margem do que podíamos desenvolver. E sempre tive a ambição de, eventualmente, trabalhar também uma marca portuguesa. E a forma como foi apresentada a ambição do grupo para o futuro foi também muito aliciante e acabou por justificar maioritariamente a minha decisão de vir conduzir esta equipa”, aponta.

A equipa é constituída por outras três pessoas e que conta com a colaboração da JLM&A, enquanto agência de comunicação.

Nascida em Lisboa — para onde regressou aos 18 anos — Rebeca Venâncio viveu a sua infância e adolescência em Tavira, no Algarve, o que considera que lhe permitiu uma “infância muito tranquila e muito próxima do mar”, algo que “valoriza imenso”.

A ida para a capital lisboeta exigiu um “tempo de adaptação”, uma vez que vinha de uma “realidade muito pequenina”. “Tavira é das cidades mais antigas em Portugal, é giríssima, adoro Tavira, mas é muito diferente de Lisboa. Houve aqui um processo de adaptação, mas a partir do segundo ano de faculdade já estava perfeitamente enturmada. Tavira será sempre o meu sítio para descansar, para estar com a minha família — os meus pais moram lá –, mas a minha vida faz-se em Lisboa e é onde faz sentido”.

Em Lisboa perdeu um pouco da disciplina desportiva que a natação, que praticou de forma federada entre os 10 e os 17 anos, lhe tinha dado, embora tenha chegado a frequentar o ginásio. Mais recentemente descobriu o pilates, estando a equacionar experimentar aulas de spinning ou “ginásio que envolva uma componente de artes marciais”. O padel é também um desporto que praticava antes de engravidar e que conta agora retomar por ser “super divertido, dinâmico e algo puxa” pelo seu “lado mais competitivo”.

Viajar é provavelmente aquilo que Rebeca Venâncio mais gosta de fazer, pela possibilidade que lhe dá de “sair e ir conhecer outras realidades, outros mundos, outras culturas”. “É uma coisa que faço sempre que posso e que quero incutir na minha filha também, porque acho que o mundo é o bem mais inestimável que lhes podemos dar e quero muito poder proporcionar-lhe isso ao longo da sua vida“, refere.

Também adora música e ir a concertos e festivais, já tendo bilhetes comprados para a vinda a Portugal de Tamino, artista belga-egípcio. Na verdade, descobre muitos artistas e bandas por intermédio do seu companheiro, que é “muito eclético do ponto de vista da música” e que a “arrasta para coisas um pouco mais fora da zona de conforto”.

“Não sou muito das modas mais atuais, oiço um bocadinho de tudo, e não sou também uma super fã de um artista em particular. Não me veriam numa fila três dias antes para conseguir comprar bilhetes para um determinado concerto”, diz, revelando que gosta particularmente de Billie Eilish. A nível nacional acompanha a carreira de Carminho, que considera ter “uma voz incrível” e que “tem sido capaz de se internacionalizar e de internacionalizar algo muito português, como é o fado”. “Acho bonito que se [o fado] reinvente e se leve lá para fora”, diz.

Algo que valoriza cada vez mais é mesmo o tempo que passa com a família e os amigos, tentando sempre aproveitar e desfrutar ao máximo desses momentos em conjunto. “Sou muito portuguesa no sentido em que gosto muito dos momentos à mesa com a família e com amigos, convívios de longas horas em que perdemos um bocadinho a noção do tempo“, observa.

Rebeca Venâncio em discurso direto

1 – Qual é a decisão mais difícil para um responsável de comunicação?

A decisão de comunicar ou não comunicar em momentos de crise. O momento de definição da abordagem perante arriscar o peso (e a responsabilidade) do silêncio ou a avaliação de risco com a criação potencial de um ciclo noticioso maior é, provavelmente, a decisão mais difícil para os responsáveis nesta área.

2 – No (seu) top of mind está sempre?

A autenticidade. Não acredito em comunicação corporativa que não seja genuína. O tom de voz pode atualizar-se, as culturas organizacionais evoluem, mas a autenticidade da comunicação nas organizações é fundamental, tanto interna como externamente.

3 – O briefing ideal deve…

Ser objetivo, abrangente, unívoco, mas também sintético na medida do possível.

4 – E a agência ideal é aquela que…

Antecipa as necessidades dos clientes e tem um papel proativo na definição de estratégias e planos de comunicação. É fundamental que esteja informada, esteja atenta ao mercado, tenha memória histórica e enquadramento empírico sobre o setor da organização que representa.

5 – Em comunicação é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Acredito que tanto na comunicação como na vida riscos calculados são, muitas vezes, uma boa estratégia.

6 – Como um profissional de comunicação deve lidar e gerir crises?

Com ponderação, sensatez, inteligência e dados.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Aquilo que mais me apaixona na área da comunicação corporativa é a possibilidade de encontrar, mapear e contar histórias relevantes dentro das organizações. Meios ilimitados significa, potencialmente, histórias ilimitadas. Investiria nessa pesquisa e consequente produção de conteúdos; ações de sensibilização e formação; desenvolvimento de ações de impacto – internas e externas.

8 – A comunicação em Portugal, numa frase?

É uma generalização e, há sempre exceções, mas diria que a comunicação em Portugal é tipicamente tradicional e avessa ao risco.

9 – Construção de marca é?

É um processo, não linear, que honre a história e a memória das organizações, mas focada no futuro. A marca é um organismo vivo, não é estanque. Construí-la é permitir-lhe esta atualização, esta maturação, respeitando o seu legado.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em comunicação?

É-me muito difícil ser concreta porque nunca tive uma ambição muito diferente do percurso que tenho construído. Mas qualquer profissão que me permitisse viajar pelo mundo, ter contacto com pessoas e culturas diferentes, seria, certamente, algo que me traria muito prazer.

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Revolut vai criar sede em França e integrar aí futura sucursal portuguesa

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Além de Portugal, também os mercados de Itália, Espanha, Irlanda e Alemanha ficarão dependentes do banco francês.

A Revolut vai criar em França uma sede para os mercados da Europa Ocidental e será aí que, no futuro, pertencerá a futura sucursal do banco em Portugal.

Em comunicado, a Revolut anunciou que prevê investir mais de 1.000 milhões de euros em França nos próximos três anos e criar mais de 200 novos empregos. O objetivo é criar em Paris a nova sede da Revolut para a Europa Ocidental e obter uma licença bancária francesa.

Segundo a Revolut, com esta decisão quer “aprofundar a presença em mercados-chave, fortalecer o envolvimento regulamentar local e fornecer serviços personalizados de forma mais eficaz aos seus milhões de clientes na região”.

Quando abrir a sede de França, a Revolut passará a operar no espaço económico europeu (onde está presente em 30 países) com duas sedes: Lituânia (a atual sede) e França.

A Revolut opera em Portugal através da sua sucursal da Lituânia, ao abrigo do regime de livre prestação de serviços, e tem o objetivo de este ano abrir em Portugal uma sucursal. A empresa indicou que a abertura está para breve mas sem dar uma data mais precisa.

Segundo explicou a Revolut, de início, esta sucursal ficará dependente do Revolut Bank UAB (o banco da Revolut na Lituânia), mas o objetivo é que passe a ficar dependente do banco francês quando este estiver operacional.

Além de Portugal, também os mercados de Itália, Espanha, Irlanda e Alemanha ficarão dependentes do banco francês.

Em Portugal, a Revolut tem mais de 1,5 milhões de clientes.

Os depósitos de clientes residentes em Portugal na Revolut são atualmente cobertos pelo fundo de garantia de depósitos lituano e o mesmo se continuará a passar quando a Revolut abrir a sucursal de Portugal e esta estiver dependente do Revolut Bank UAB, disse hoje à Lusa fonte oficial.

O grupo Revolut teve lucros de 934 milhões de euros em 2024, mais do dobro face aos 395 milhões de euros de 2023.

Segundo a informação divulgada em abril, as receitas mundiais da instituição financeira digital (‘fintech’) aumentaram para 3.700 milhões de euros em 2024, acima dos 2.100 milhões de euros de 2023, devido ao crescimento das receitas de todas as áreas de negócio.

A nível global, a Revolut tem mais de 50 milhões de clientes e o objetivo é ultrapassar os 100 milhões nos próximos anos.

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Portuguesa Powerdot vai investir 100 milhões em França

Até 2027, a empresa quer instalar mais de 4.000 novos pontos de carregamento rápido, juntando-se aos mais de 6.000 já em operação em França.

A portuguesa Powerdot vai investir 100 milhões de euros em França para reforçar a sua rede de carregamento elétrico. Até 2027, a empresa quer instalar mais de 4.000 novos pontos de carregamento rápido, juntando-se aos mais de 6.000 já em operação.

“Este investimento reforça o nosso compromisso com a mobilidade elétrica e com as metas verdes definidas por França. Apostamos numa rede acessível, fiável e inovadora, com soluções como o autocharge e carregadores com coberturas fotovoltaicas”, diz Luís Santiago Pinto, CEO da Powerdot, citado em comunicado.

O anúncio do investimento foi feito durante o evento “Choose France”, iniciativa do Governo francês para atrair investimento estrangeiro, cujo anfitrião é o Presidente da República francês, Emmanuel Macron. O objetivo é, até 2027, instalar 4.000 novos pontos de carregamento, em locais de paragem habitual como supermercados, centros comerciais ou retail parks. “Mais de metade do montante será aplicado em parcerias com insígnias como Carrefour, Coopérative U e Mousquetaires”, refere a empresa em comunicado.

Em 2023, a Powerdot já tinha anunciado um investimento de 140 milhões de euros no país. A empresa está presente em Portugal, Espanha, Polónia e Bélgica.

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Juros da casa descem há 15 meses para mínimos de dois anos

Com as taxas de juro do crédito da casa em baixa há 15 meses, a prestação média da casa voltou a cair em abril para o valor mais baixo em ano e meio.

Os juros do crédito da casa continuam a aliviar nos bolsos das famílias, depois de terem recuado em abril pelo 15.º mês consecutivo para mínimos de dois anos, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de juro implícita no crédito à habitação caiu para 3,663% no mês passado, menos 7,2 pontos base em relação a março, baixando para a taxa mais baixa desde maio de 2023.

Juros da casa baixam

Fonte: INE

Acompanhando esta descida, a prestação média da casa recuou 2 euros para 396 euros, o valor mais baixo desde novembro de 2023, segundo os mesmos dados. Deste montante, 183 euros correspondem a capital amortizado, enquanto 213 euros são juros. O valor do capital em dívida renovou máximos históricos em abril, atingindo os 70.413 euros.

Há mais de um ano que os juros associados ao empréstimo da casa estão em queda refletindo sobretudo a descida das Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal.

Estas taxas interbancárias estão em queda há vários meses por conta do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que desde o verão passado já baixou as taxas oficiais da Zona Euro por sete ocasiões, num total de 1,75 pontos percentuais.

A próxima reunião do conselho de governadores do BCE tem lugar no dia 5 de junho. Os analistas estão divididos quanto a um novo corte ou se as taxas se mantêm.

(Notícia atualizada às 11h25)

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UE e Reino Unido “viram a página” e desbloqueiam acordo para se reaproximarem

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O acordo alcançado entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido pretende reaproximar e relançar as relações bilaterais, afetadas após a saída do país da UE em 2020.

As negociações de última hora entre a União Europeia e o Reino Unido desbloquearam um acordo para relançar as relações numa cimeira esta manhã em Londres, a primeira desde o ‘Brexit’, avançaram diplomatas em Bruxelas.

As negociações, que só concluíram na madrugada de segunda-feira, chegaram a acordo sobre três textos: uma declaração sobre objetivos comuns de política externa, um pacto sobre segurança e defesa e um entendimento comum sobre várias áreas de cooperação futura.

O anúncio oficial dos acordos alcançados será realizado esta manhã em Londres após um encontro do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa.

“O acordo mostra que entrámos num novo capítulo das nossas relações com o Reino Unido”, afirmaram fontes diplomáticas europeias aos jornalistas.

“As negociações decorreram sempre de boa-fé de ambas as partes e o resultado é muito positivo para ambas. Nenhuma das linhas vermelhas do Reino Unido ou da UE foi ultrapassada. Estamos a virar uma página e a avançar para uma nova parceria estratégica“, referiram.

O objetivo desta cimeira é alcançar uma reaproximação e relançar as relações bilaterais, afetadas após a saída do Reino Unido da UE em 2020.

Uma das questões mais controversas era a dos direitos de pesca dos barcos europeus nas águas britânicas, que este acordo garante por mais 12 anos, segundo fontes citadas pela agência AFP, evitando as negociações anuais previstas a partir de junho de 2026.

Este prolongamento da situação atual era uma exigência de vários países europeus, nomeadamente França, e equivale ao triplo do que o proposto pelos britânicos no início das conversações, adiantaram os diplomatas.

Em contrapartida, os britânicos poderão exportar mais facilmente os seus produtos agroalimentares para o mercado europeu, graças ao reconhecimento mútuo das normas fitossanitárias, que vão permitir reduzir controlos e burocracia nas fronteiras.

Como esperado, o pacto de segurança e defesa alcançado vai abrir caminho ao Reino Unido e respetivas empresas participarem em algumas das iniciativas europeias relacionadas o rearmamento e criar um diálogo mais regular entre Londres e Bruxelas nesta matéria.

Por outro lado, a questão da mobilidade dos jovens europeus, nomeadamente estudantes, e o regresso do Reino Unido ao programa Erasmus foi adiada para negociações posteriores.

Relativamente à questão da imigração ilegal, que é muito sensível no Reino Unido, Reino Unido e UE vão reforçar a cooperação com vista a reduzir o fluxo de migrantes através do Canal da Mancha.

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Finanças e Segurança Social viabilizam plano de recuperação da dona da Visão

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O valor total de créditos para efeitos de votação é de 35,2 milhões de euros, sendo que quase metade corresponde à Autoridade Tributária e à Segurança Social.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e o Instituto da Segurança Social (ISS) votaram favoravelmente o plano de insolvência da Trust in News (TiN), dona da revista Visão.

Em 6 de maio, a decisão sobre o plano de insolvência ficou a aguardar os votos por escrito requeridos por vários credores, entre os quais as Finanças e a Segurança Social, com peso preponderante, cujo prazo de 10 dias terminou na sexta-feira.

O valor total de créditos para efeitos de votação é de 35,2 milhões de euros, sendo que quase metade corresponde à AT e ao ISS. Agora cabe ao tribunal dar a conhecer o resultado total da votação e decidir a homologação.

De acordo com a delegada sindical da Visão, os trabalhadores receberam 30% do salário de abril e 35% estão a ser pagos até ao início da próxima semana. Quanto ao resto do montante, não há previsão de pagamento.

O plano da TiN, que detém publicações como a Visão e a Exame, prevê a injeção de até 1,5 milhões de euros pelo acionista único, Luís Delgado. Segundo o documento, a TiN propõe aos credores um “compromisso de aporte de até 1,5 milhões de euros, faseadamente, e em função das necessidades da empresa para reforçar a tesouraria”, por parte do acionista único.

O plano mantém ainda a intenção de suspender, licenciar ou vender publicações deficitárias como a TV Mais, Telenovelas, Caras Decoração, Prima, Visão Saúde, Visão Surf e This is Portugal, sendo que, “com exceção da Telenovelas, todas as outras publicações já estão suspensas”. Prevê ainda um ajuste na periodicidade, se necessário, de algumas revistas, mantendo apenas as mais rentáveis, além da redução de 70% do espaço físico (50% já foi reduzido) e o encerramento da delegação no Porto.

Será ainda reduzido “o quadro de funcionários, proporcional à suspensão publicações, com reestruturação interna”. A empresa conta atualmente com 104 trabalhadores, indicou, e estima que “os custos com pessoal não poderão ultrapassar os 250 mil euros/mês, objetivo alcançável, com o apoio e intervenção do administrador da insolvência”, referiu.

Quanto ao pagamento das dívidas proposto, será faseado, no caso da AT e ISS em 150 prestações, além de um “plano de pagamento de 12 a 15 anos para credores comuns e garantidos” e da “possibilidade de permuta de publicidade para pagamento de parte das dívidas”.

Para aumentar receitas, o plano prevê o “aumento de assinaturas digitais e melhoria da plataforma de e-commerce, parcerias estratégicas com outros grupos editoriais”, a “exploração de novos formatos de conteúdo, como podcasts e vídeos”, e o “licenciamento de marcas para gerar receita adicional”.

Quanto ao impacto desta reestruturação, a empresa aponta uma “melhoria gradual da rentabilidade, com um retorno a resultados positivos esperado a médio prazo”, evitando a liquidação da empresa e “preservando postos de trabalho e ativos”. Ficará, segundo o plano, ajustado “o modelo de negócio para um formato mais sustentável, alinhado às tendências digitais”, garantindo ainda o “pagamento aos credores, comparativamente a um cenário de liquidação, onde muitos não receberiam seus créditos”.

O plano prevê também a “criação imediata de uma task force com dois diretores editoriais, diretora comercial, diretora financeira e diretor de recursos humanos, com a tarefa de reanalisar todos os custos e contratos passíveis de serem renegociados ou cessados, sem qualquer penalização para a empresa, e apresentar medidas e sugestões para aumentar as receitas, tendo em conta os recursos existentes” e os melhores exemplos nacionais e internacionais. As sugestões deste órgão “serão implementadas após aprovação da gerência e do administrador da insolvência”.

A proposta para a continuidade da TiN, mediante a apresentação de um plano de insolvência num prazo de 30 dias, foi aprovada em assembleia de credores, em 29 de janeiro, mantendo-se os títulos em atividade.

Fundada em 2017, a Trust in News é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e plataformas digitais.

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