Ecofin deu luz verde à reprogramação do PRR

Comissão Europeia deu luz verde à proposta de reprogramação do Governo português a 11 de abril, mas era ainda necessário este passo formal.

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) aprovaram esta terça-feira a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português que permitiu retirar da bazuca os investimentos em risco de não serem cumpridos a tempo, mas mantendo o objetivo de executar os 22,2 mil milhões de euros até 2026.

“A aprovação da reprogramação do PRR é um passo fundamental para o objetivo de executar completamente o PRR dentro do prazo”, disse o ministro Manuel Castro Almeida ao ECO.

A Comissão Europeia deu luz verde à proposta de reprogramação do Governo português a 11 de abril, mas era ainda necessário mais um passo formal: a aprovação no Ecofin. O Executivo nacional ainda tinha esperança de que a aprovação pudesse ser feita no Conselho de Assuntos Gerais, o que teria acelerado o processo, mas não foi assim.

Perante o reconhecimento de que alguns dos investimentos previstos no PRR não tinham qualquer hipótese de ficar prontos dentro do prazo limite definido pela Comissão Europeia, Portugal entregou mais uma reprogramação da bazuca – que já teve luz verde de Bruxelas (só falta o passo final da aprovação pelo Conselho) – na qual retirou esses investimentos: Barragem do Pisão (222 milhões de euros), Tomada de Água do Pomarão (101 milhões), Dessalinizadora do Algarve (108 milhões) e a expansão do Metro de Lisboa, nomeadamente parte da linha vermelha e a linha violeta (metro de superfície de Loures).

Estes projetos passam agora a ser financiados pelo Fundo Ambiental, pelo Orçamento do Estado e pelo Portugal 2030.

A reprogramação transferiu ainda para a componente empréstimos todos os investimentos com maior risco de realização atempada, introduzindo no seu lugar projetos de execução quase garantida como a compra de equipamentos para as Unidades Locais de Saúde (ULS) e para as universidades. Foram introduzidos 1.517 milhões de euros em novos investimentos, na sua maioria não dependentes da realização de obras, e manteve-se a ambição de executar os 22,2 mil milhões de euros do PRR.

As revisões solicitadas por Portugal a 3 de fevereiro dizem respeito a 108 medidas. Relacionam-se com a implementação de melhores alternativas, com a redução da carga administrativa e com a substituição de medidas inatingíveis. O plano vale ainda cerca de 22 mil milhões de euros em subsídios e empréstimos”, sublinha o Conselho num comunicado onde dá nota da aprovação do PRR nacional, mas também do espanhol, holandês e eslovaco.

“De acordo com a análise da Comissão, as modificações específicas não afetam a relevância, eficácia, eficiência e coerência dos seus planos de recuperação e resiliência”, acrescenta a mesma nota.

Em traços gerais, a Saúde e as empresas foram as principais beneficiárias deste exercício, em detrimento das casas, das barragens e dos metros.

Assim a Saúde teve um reforço de 369 milhões de euros para a compra de equipamentos para as Unidades Locais de Saúde (ULS), “modernizando as infraestruturas e garantindo um melhor acesso aos cuidados de saúde”. A Ciência e Ensino Superior vai receber um investimento adicional superior a 100 milhões para “equipamentos e modernização tecnológica das universidades, reforçando a capacidade científica e de investigação do país”. E para fomentar a inovação empresarial, a competitividade e o crescimento das empresas vai ser criado um novo instrumento financeiro com uma dotação de cerca de 230 milhões de euros.

Como o prazo de execução limite é de junho de 2026, a opção do Governo foi retirar à componente da habitação 402 milhões de euros. Das 6.800 casas do parque habitacional a custos acessíveis apenas 3.500 serão financiadas pelo PRR, o financiamento das restantes 3.300 será assegurado através de um empréstimo do BEI.

Já ao nível da gestão hídrica foram retirados 224,4 milhões de euros. A Barragem do Pisão já não vai ser financiada pelo PRR, a dessalinizadora do Algarve e a barragem do Pomarão também vão ter fontes de financiamento alternativas: Fundo Ambiental, Orçamento do Estado e Portugal 2030.

Um dos cortes mais significativos é ao nível da mobilidade sustentável (-416 milhões de euros) fruto da “redução de financiamento PRR nos investimentos relacionados com a Linha Violeta (Odivelas-Loures) e parte da expansão da Linha Vermelha (São Sebastião-Alcântara) do Metro de Lisboa”. “Estes projetos, considerados estruturantes para o país, seguem o seu percurso normal de execução embora com recurso a fontes de financiamento alternativas”. O Executivo já garantiu a elegibilidade dos mesmos no âmbito do Portugal 2030, mas a decisão ainda não está tomada, tal como o ECO já avançou.

O metro de superfície que liga Odivelas a Loures vai sair integralmente do PRR, um projeto que ascende a 390 milhões de euros, porque no final do ano, no concurso público, “surgiram duas candidaturas pelo dobro do preço de referência”. Mas, por outro lado, entram 66,4 milhões para a “digitalização do transporte ferroviário”, onde se encaixam projetos de sinalética e outras infraestruturas tecnológicas.

Com o exercício de reprogramação entraram ainda dois investimentos. São destinados 137 milhões da componente REPowerEU para a compra de 390 autocarros elétricos, “o que elevará para 835 os autocarros elétricos financiados pelo PRR” e 78 milhões para reforçar o programa E-lar para “ajudar as pessoas mais vulneráveis a trocar equipamentos que, do ponto de vista climático, não são os ideais”.

A ditadura dos prazos levou ainda a que a construção de dois barcos elétricos para a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores também salte fora do financiamento do PRR, porque o concurso foi lançado por três vezes e acabou por não ser escolhido nenhum candidato, até porque as especificidades técnicas eram excessivas, segundo o responsável já tinha explicado.

Mas o navio de investigação multifuncional, na região Autónoma da Madeira, cujo concurso também teve problemas, mantém-se porque o Executivo está “confiante que ainda se vai concretizar”. Estes dois investimentos faziam parte do sexto pedido de pagamento já entregue em Bruxelas e eram dois dos quatro marcos que ficaram por cumprir.

(Notícia atualizada com mais informação às 16h37)

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Apostadores nos Jogos Santa Casa deixaram 9 milhões em prémios por reclamar

Em 2024, o valor de rendimentos da instituição com os prémios caducados dos jogos sociais aumentou 42%. Inclui lotaria nacional, euromilhões, apostas desportivas à cota e totosorteio.

O valor dos prémios que os apostadores nos jogos sociais deixaram por reclamar à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) aumentou 42% num ano. Em 2024, os rendimentos com prémios caducados encaixados por esta instituição sem fins lucrativos subiram para 9,2 milhões de euros.

Em causa estão rendimentos derivados da caducidade dos prémios dos jogos sociais de lotaria nacional, euromilhões, apostas desportivas à cota e totosorteio explorados pelo departamento de jogos da Santa Casa. No total, registaram-se 9.278.143 euros em prémios caducados, que significam os prémios dos jogos de fortuna ou azar que não foram reclamados pelos vencedores.

O montante insere-se nos resultados dos jogos sociais (198,6 milhões de euros), que representam a maioria (67,6%) da receita total da SCML, após um acréscimo de 4% em comparação com 2023 à boleia da subida nas vendas. Já a receita corrente da SCML manteve-se em 2024 em linha com o ano anterior: 293,8 milhões de euros.

A Santa Casa reconhece os rendimentos associados à caducidade dos prémios de jogos sociais explorados pelo departamento de jogos, à data em que se vence o direito à reclamação dos prémios, ou seja, três meses após a data do sorteio/extração.

Os Jogos Santa Casa alcançaram o segundo melhor valor da sua história em 2024, após o recorde antes da pandemia, em termos de vendas brutas, com um volume de 3.142,9 milhões de euros, sendo que 96,5% das receitas dos jogos foram distribuídas pelos diversos beneficiários.

O administrador da SCML com o pelouro do departamento de Jogos disse que “tudo o que foi feito, e está a ser feito, tem um denominador comum que é o jogo responsável”. “Se olharmos para a lotaria, continua a ser a matriz dos jogos sociais onde nos revemos”, disse David Lopes, destacando também o facto de as clássicas máquinas pretas de jogo terem sido substituídas por outras mais modernas em seis meses, o que tornará a SCML mais capaz “de fazer um acompanhamento mais próximo da mediação”.

Por outro lado, o online também cresceu. As receitas de jogo através dos canais digitais aumentaram 5,2% para 132 milhões de euros em 2024. “É uma mudança de paradigma nesta atividade”, referiu o provedor da SCML, Paulo de Sousa, em conferência de imprensa a partir da Sala de Extrações da Lotaria Nacional, em Lisboa.

Questionado sobre se a organização vai rever o portefólio de jogos este ano, o administrador David Lopes e o provedor, Paulo de Sousa, adiantaram que sim, embora as novidades sejam apresentadas só no futuro devido à elevada concorrência da indústria.

Dos quase 900 milhões de euros entregues ao Estado através dos jogos sociais, o Imposto do Selo representou 211,6 milhões de euros, o maior valor de sempre gerado pela venda dos jogos. O Imposto do Selo, que é aplicado a partir dos cinco mil euros de prémios, representa atualmente 10,3% do total da receita fiscal do Estado.

Lotaria clássica sem ‘apagão’

A 17ª extração dos números da sorte da Lotaria Clássica em 2025 aconteceu no dia do apagão energético, no passado dia 28 de abril, sem impactos no procedimento. O administrador David Lopes referiu que a organização está preparada para esses incidentes e lembrou que até a 25 de abril de 1974 ocorreu, naquela sala da antiga Casa Professa de São Roque, uma extração da lotaria, que completa 242 anos.

Contudo, a falha de eletricidade levou a Santa Casa a iniciar uma reforma dos planos de contingência e emergência das suas entidades. “Precisam de ser melhorados. Tivemos uma dificuldade enorme de contacto com as várias unidades. A sorte foi a grande parte localizar-se em Lisboa e termos conseguido resolver com equipas móveis, porque algumas tinham reservas de combustível para sete horas”, afirmou o provedor.

Paulo de Sousa revelou que a SCML está “a adaptar” as suas políticas para dar resposta a ocorrências deste género. “Há espaço de melhoria. Foi um exercício que testou cenários extremos e levou a adaptações, que estão em curso”, afirmou aos jornalistas.

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Eurodeputados pedem reforma das redes elétricas da UE após “exemplo de vulnerabilidade” com o apagão

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

De acordo com dados da Comissão Europeia, são necessários 584 mil milhões de euros para alocar à reforma das redes de eletricidade nesta década.

O Parlamento Europeu apelou a uma modernização das redes elétricas da União Europeia (UE) para as tornar mais resilientes e integradas, nomeadamente através de interconexões, após a “demonstração dolorosa da vulnerabilidade” com o apagão na Península Ibérica.

Num relatório aprovado esta terça-feira por 52 votos a favor, nove contra e duas abstenções, os eurodeputados da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia propuseram “formas de modernizar a infraestrutura da rede elétrica europeia para dar resposta à crescente procura de energias renováveis, assegurar um sistema de eletricidade descarbonizado resiliente e apoiar os objetivos energéticos da UE”, indica a instituição em comunicado.

No documento, que será depois votado pelo plenário do Parlamento Europeu durante a sessão plenária de meados de junho, os parlamentares pedem um plano de ação para a rede elétrica da UE e salientam a necessidade de “investimentos significativos e de atualizações das infraestruturas para modernizar e aumentar a capacidade de transporte transfronteiriço”.

A assembleia europeia exorta ainda a “uma supervisão mais rigorosa por parte das autoridades para garantir um sistema de eletricidade descarbonizado, flexível e resiliente”, bem como a “um planeamento mais coordenado e totalmente pan-europeu do sistema de eletricidade para ligar fronteiras, setores e regiões” através de interconexões transfronteiriças.

Citada pela nota, a eurodeputada liberal austríaca Anna Sturgkh aponta que “o apagão ibérico foi uma demonstração dolorosa da vulnerabilidade das redes elétricas”.

“Foi uma demonstração dolorosa de como as nossas redes continuam a ser vulneráveis, […] e um lembrete de que a transição energética da Europa falhará se não investirmos”, alerta Anna Sturgkh.

De acordo com dados da Comissão Europeia, são necessários 584 mil milhões de euros para alocar à reforma das redes de eletricidade nesta década, montante que inclui interconexões transfronteiriças e a adaptação das redes de distribuição à transição energética.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico deixou, a 28 de abril passado, Portugal continental, Espanha e Andorra praticamente sem eletricidade, bem como uma parte do território de França.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão. Este incidente sublinhou a importância de aumentar a resiliência da rede da UE. A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade está a investigar as causas deste apagão, que classificou como excecional e grave.

 

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Reguladores dos transportes apelam à inclusão de obrigações de serviço público ‘verdes’

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Não se pode "pedir a um operador que responda a obrigações de serviço público 'verde' quando não está nos contratos", alerta Ana Paula Vitorino, presidente da Autoridade da Mobilidade e Transportes.

Os reguladores do setor dos transportes e do ambiente defendem que é necessário preparar e adaptar os processos para as alterações climáticas e que é necessário incluir obrigações de serviço público ‘verdes’ nos contratos.

Numa mesa redonda no Congresso Rodoferroviário Português, Ana Paula Vitorino, presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), salientou que não se pode “pedir a um operador que responda a obrigações de serviço público ‘verde’ quando não está nos contratos”.

“Quando forem os novos concursos ou prorrogações de contratos, temos de impor novas exigências”, reiterou a responsável, acrescentando que é necessário “caminhar para um sistema mais ‘verde’ e amigo do ambiente”.

A AMT faz fiscalizações mas, ainda assim, a responsável apontou que as coimas são bastante reduzidas, existindo extremos nos setores: a Autoridade da Concorrência “tem coimas milionárias e, tirando a área financeira, depois temos os outros que têm umas coimazinhas”.

Temos de ter coimas em que os operadores sintam que vale a pena corrigir o que estava mal, porque senão têm de pagar coimas razoáveis.

Ana Paula Vitorino

Presidente da AMT

“Temos de ter coimas em que os operadores sintam que vale a pena corrigir o que estava mal, porque senão têm de pagar coimas razoáveis”, defendeu, ressalvando ainda assim que não podem “ser mais papistas que o papa porque senão não se cobram e não são eficazes”.

Já o presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), João Jesus Caetano, contrapôs que as condenações do IMT são superiores, tendo chegado a atingir os 400 mil euros, mas também salientou que as “contraordenações são um caso extremo”, pelo que continua a “defender ideia de lógica de alinhamento de interesses”.

O responsável defendeu ainda que o transporte rodoviário continuará a ser o “modo fundamental para a coesão territorial e social”, pelo que é necessário “garantir que é mais eficiente energeticamente, seja por transição dos veículos, por otimização de utilização das infraestruturas”.

O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, também salientou que o “setor do transporte, em particular a rodovia, é o grande emissor de gases com efeito de estufa”, tendo ultrapassado a energia.

João Jesus Caetano admitiu que a descarbonização é mais difícil porque “o legado tecnológico é brutal”, sendo que enquanto para a transição energética na produção de energia elétrica “há grande esforço do Estado em financiar, mas não há esforço equivalente em patrocinar nos transportes”.

O presidente da APA defendeu ainda que, no campo das alterações climáticas, é também preciso ter em conta mudanças como as cheias e ventos, como se verificou nas últimas tempestades, sendo esta “uma dimensão que tem de ser incorporada no desenho das infraestruturas para se preparar para os desafios do clima”.

Nesta mesa redonda estava também presente a vice-presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Ana Tomaz, que destacou que “é urgente integrar a segurança rodoviária na transição e sustentabilidade”, apontando que todo o investimento feito em boas infraestruturas rodoviárias e ao nível da manutenção já permitiu uma melhoria na segurança.

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Santa Casa vende 12 imóveis num ano por quase 13 milhões. “Processo vai continuar sem urgência desmedida”, diz provedor

A alienação de património imobiliário da SCML irá continuar nos próximos dois anos para atingir 100 milhões de euros. Prioridade será ativos "muito degradados" e terrenos para construção.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vendeu 12 imóveis no ano passado, tendo encaixado quase 13 milhões de euros. A alienação de património imobiliário da SCML irá continuar, pelo menos nos próximos dois anos, de forma a atingir 100 milhões de euros.

“[A venda] vai continuar, como está previsto no plano, até ao final de 2027, para poder totalizar cerca de 100 milhões de euros. É um processo que estamos a gerir com relevância, mas sem urgência desmedida, porque neste momento os meios libertos estão a fazer claramente face às necessidades de investimentos”, disse o provedor da SCML, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Questionado sobre o futuro do património, Paulo de Sousa confirmou que o plano de reestruturação da Santa Casa prevê, como meio de reforço de tesouraria e financiamento de investimento previsto, alienações de “ativos” que não são relevantes para a sua atividade.

Por exemplo, participações que a SCML há mais de 10 anos das quais nunca obteve dividendos nem são críticas para o desempenho da instituição, de acordo com o provedor. Ou “ações de cotadas e não cotadas que estão e não fazem sentido estar” no portefólio, exemplificou Paulo de Sousa, em declarações aos jornalistas partir da Sala de Extrações da Lotaria Nacional, na antiga Casa Professa de São Roque.

Depois de vender a participação que detinha na CUF Belém, a Santa Casa pretende desfazer-se de ativos imobiliários “muito degradados e que exijam um montante de investimento elevado” ou tenham prazo de execução que inviabiliza a recuperação, bem como terrenos para construção, porque os prazos de licenciamento são longos.

Atualmente, a SCML tem 664 imóveis na sua posse, maioritariamente (509) urbanos. Em comparação com 2023, no ano passado havia menos 30% arrendados (31 imóveis), sendo que as rendas pagas totalizaram 2.001.223,70 euros, acima dos anteriores 1.695.163,78 euros. Em termos de contratos de arrendamento, manteve 717 ativos, concluiu obras em três prédios e chegou ao final do ano passado com 14 obras em curso, que ainda decorrem.

Segundo o mais recente relatório de gestão de contas, a 4 de dezembro de 2024 realizou-se uma hasta pública para venda de sete imóveis urbanos que estiveram em proposta, divididos pelos concelhos de Oeiras, Amadora, Loures, Odemira e Seixal.

Novos financiamentos “em aberto”

A SCML admitiu ainda recorrer a mecanismos de financiamento bancário e não bancário para os próximos projetos, embora garanta não ter nenhuma operação fechada ou em vias de ser concluída.

A Santa Casa não tem praticamente endividamento [apenas reabilitação urbana], porque não precisa, mas não quer dizer que não possa ter. Está tudo em aberto. As várias oportunidades que surgirem poderão resultar em algum tipo de endividamento ou não”, esclareceu o administrador da SCML com o pelouro do Empreendedorismo e Economia Social.

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Viana do Castelo aprova protocolo para criação de base naval no porto comercial da cidade

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, realça que a posição do município neste protocolo “é simbólica”, uma vez que a decisão de instalação da base naval cabe à Marinha e à APDL.

A Câmara de Viana do Castelo aprovou nesta terça-feira o protocolo de cooperação entre o município, a administração da Administração dos Portos de Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e a Marinha para a instalação, no porto comercial da cidade, de uma base ponto de apoio naval.

O documento, aprovado por unanimidade em reunião ordinária do executivo municipal, que decorreu a bordo do navio-escola Sagres, atracado em Viana do Castelo a propósito das comemorações nacionais da Marinha, refere que as “partes reconhecem a oportunidade de colaboração com o objetivo de identificar uma instalação adequada para a edificação de um ponto de apoio naval da Marinha”, na cidade.

Na apresentação do ponto, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse que a posição do município neste protocolo “é simbólica”, uma vez que a decisão de instalação da base naval cabe à Marinha e à APDL.

O autarca socialista explicou que o protocolo fica hoje formalizado com a aprovação em reunião camarária, mas o processo de instalação da base naval na cidade teve início há cerca de nove meses com o anterior Chefe de Estado-Maior Armada, Gouveia e Melo, e teve continuidade com o Almirante Jorge Manuel Nobre de Sousa.

“É uma decisão estratégica que concorre para o reconhecimento que a Marinha tem por Viana do Castelo”, afirmou, destacando a construção nos estaleiros da WestSea de seis Navios Patrulha Oceânicos (NPO) para a Marinha Portuguesa.

Para Luís Nobre, “a presença contínua da Marinha vem potenciar uma posição estratégica de Viana do Castelo no setor da construção naval e poderá criar condições para o aparecimento de atividades conexas, diversificar e qualificar mão-de-obra”.

Segundo Luís Nobre, o grupo de trabalho, cuja constituição está prevista no protocolo, “já está a trabalhar há nove meses” e integra “até dois representantes de cada uma das partes”, sendo que a coordenação cabe a “um dos representantes da Marinha”.

O grupo de trabalho tem de realizar “as reuniões que se revelem necessárias”, sendo que, no “final de cada trimestre, remeterá um relatório com a atualização dos trabalhos desenvolvidos aos órgãos decisores das partes”.

Concluída a “avaliação”, o grupo de trabalho terá de elaborar e entregar, às partes, “no prazo de 12 meses, um relatório final”.

O protocolo exige às três partes o dever de “confidencialidade sobre toda a informação e documentação, técnica e não técnica, comercial ou outra, oficial ou não, independentemente do suporte em que se encontre”.

Cerca de 1.100 militares vão participar nas comemorações do Dia da Marinha que decorrem em Viana do Castelo a partir de quarta-feira e até dia 20, “para estreitar laços com a sociedade”.

O Dia da Martinha é assinalado, anualmente, a 20 de maio, data que marca a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498.

O programa das comemorações na capital do Alto Minho, “para todas as idades e de participação gratuita, pretende promover o contacto direto da população com a Marinha”.

Entre as ações previstas, há visitas a navios, incluindo o Navio-Escola Sagres, batismos de mar, batismos de mergulho, exposições temáticas em vários pontos da cidade, atividades pedagógicas, o concerto da Banda da Armada com a cantora Gisela João, cerimónias oficiais”.

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eDreams passa a integrar seguros de viagem da AXA Partners nas suas plataformas

  • ECO Seguros
  • 13 Maio 2025

A parceria prevê que a filial do Grupo Axa ofereça soluções personalizadas de seguros e de assistência. A cobertura inclui cancelamentos de viagens, emergências médicas e perda de bagagem.

A Axa Partners firmou um acordo com a eDreams Odigeo para se tornar parceira de seguros das principais marcas de viagens do grupo em 15 países da Europa, incluindo em Portugal. O acordo contempla que a seguradora passará a oferecer coberturas de viagem para os clientes da eDreams, Opodo, GO Voyages e Travellink.

Adelane Mecellen, regional CEO da AXA Partners: “Esta parceria com a eDreams ODIGEO, um líder no setor com uma forte presença a nível mundial, permite-nos expandir o nosso alcance na oferta de produtos de seguros e serviços de assistência mais acessíveis”.

De acordo com o comunicado, a parceria prevê que a filial do Grupo Axa ofereça soluções personalizadas de seguros e de assistência. A cobertura inclui cancelamentos de viagens, emergências médicas e perda de bagagem. O seguro está incorporado diretamente na plataforma, permitindo ao cliente comprá-lo online, associando-o ao bilhete.

O objetivo da parceria é reforçar a proteção e flexibilidade das viagens dos clientes.

“Esta parceria com a eDreams ODIGEO, um líder no setor com uma forte presença a nível mundial, permite-nos expandir o nosso alcance na oferta de produtos de seguros e serviços de assistência mais acessíveis, garantindo que cada viagem é apoiada pela eficiência e fiabilidade que os nossos clientes esperam. Juntos, estamos a oferecer segurança, conveniência e paz de espírito”, afirmou Adelane Mecellen, regional CEO da AXA Partners.

Por sua vez, César Friol, Chief Ancillaries officer da eDreams ODIGEO assinala: “Ao unir forças com a AXA Partners, estamos a combinar os pontos fortes de dois líderes do setor para oferecer mais valor e inovação aos viajantes. Esta parceria exemplifica os nossos valores fundamentais de proporcionar escolha e flexibilidade, garantindo que os nossos viajantes desfrutam do mais alto nível de proteção e tranquilidade”.

Antes do acordo com a Axa, eram os seguros de viagem da Europ Assistance vendidos nas plataformas da eDreams ODIGEO.

A Axa é uma companhia de seguros global sediada em Paris, França, opera em 64 países e oferece serviços como seguros de vida, saúde, propriedade e acidentes, além de gestão de investimentos. Em 2024, o faturamento global da Axa foi de 110 mil milhões, representando um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. O lucro líquido também aumentou 11%, alcançando 7,9 mil milhões de euros. A seguradora possui diversas sucursais ao redor do mundo, incluindo Portugal a Axa France IARD – Sucursal localizada em Lisboa e atua principalmente no setor de seguros não vida.

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Governo de Albuquerque promete obras do PRR na Madeira executadas na íntegra até 2026

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Governo da Madeira indica que as obras financiadas pelo PRR, incluindo 805 casas nos 11 concelhos do arquipélago, no valor de 130 milhões de euros, estarão prontas dentro do prazo limite.

Num momento em que o país acelera obras para conseguir terminar os projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dentro do prazo limite para receber as verbas europeias, o Governo da Madeira garante que todas as obras financiadas na região vão ser executadas até meados de 2026, incluindo 805 casas distribuídas pelos 11 concelhos do arquipélago, no valor de 130 milhões de euros.

“A meta é para cumprir. É a nossa máxima prioridade, porque não houve até à data abertura da Comissão [Europeia] para alargar o prazo do PRR”, disse o secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Rodrigues, nesta terça-feira, reforçando: “Os projetos do PRR não podem, nem vão falhar da nossa parte”.

O governante falava no decurso de uma visita a um empreendimento habitacional em fase de conclusão, no Funchal, constituído por 60 frações, que serão entregues nos próximos meses âmbito do programa Renda Reduzida.

Trata-se de um investimento de 14,7 milhões de euros, financiado pelo programa aprovado no seguimento da crise pandémica.

“Só no concelho e cidade do Funchal, no âmbito da Renda Reduzida, contamos entregar até meados do próximo ano, com o fim do PRR, cerca de 250 habitações para ajudar a nossa população e, sobretudo, as famílias mais jovens”, explicou Pedro Rodrigues.

O governante adiantou que, no total, o Governo da Madeira prevê construir 805 casas em toda a região, das quais 150 já foram entregues, maioritariamente no concelho de Câmara de Lobos, na zona oeste da ilha.

“Vai minorar o problema da habitação, não o resolve”, avisou, para logo acrescentar: “Não se consegue resolver o problema da habitação, nem cá nem em lado nenhum, em quatro anos, mas estamos a trabalhar muito (…), estamos a contar dar muitas novas soluções à nossa população”.

Pedro Rodrigues sublinhou que a solução ao nível da habitação passa por criar e reforçar parcerias entre os setores privado, público e cooperativo.

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Portugal “está absolutamente inclinado para Lisboa”, considera ministro das Infraestruturas

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"O barato sai caro se não tivermos uma visão integrada", considera o governante, que falava no Congresso Rodoferroviário Português, a decorrer em Lisboa até dia 15.

“O território está absolutamente inclinado para Lisboa, temos que o reequilibrar para a Área Metropolitana do Porto, e depois fazer um reequilíbrio para o resto do território e cada um tem a sua especificidade”. O ministro das infraestruturas e Habitação, em declarações nesta terça-feira no Congresso Rodoferroviário Português, defende ainda ser necessário “potenciar ao máximo os investimentos em termos de infraestruturas”, que Pinto Luz admite que não são baratos, “mas são investimentos no futuro de todos nós”.

“O barato sai caro se não tivermos uma visão integrada”, reiterou o ministro, defendendo que o Governo que sair das eleições de 18 de maio deve ter em conta este desafio.

Na sua intervenção na abertura deste congresso, que decorre até dia 15, o ministro falou ainda sobre a sustentabilidade económico-financeira das infraestruturas que se constroem, dando como exemplo a discussão à volta das portagens.

“Grande parte destas infraestruturas que alimentam o tecido territorial injustiçado não têm tráfego suficiente para sustentabilidade económico-financeira, é uma não discussão, não há equilíbrio e repartição de risco equilibrada como temos nas áreas metropolitanas”, apontou Pinto Luz.

O governante abordou também a situação da região em torno do futuro aeroporto Luís de Camões, na zona de Alcochete. A localização está “absolutamente definida e cristalizada”, pelo que já é possível definir território com uma visão estrutural. Para o ministro, não podem ser criados “guetos onde há grandes infraestruturas” que depois podem não ter impactos se não existir uma visão geral.

Já quanto ao investimento na ferrovia, referiu a “aposta nos centros logísticos no território, para a alta velocidade não cair de para-quedas num território não infraestruturado”.

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Dom Pérignon reúne estrelas do mundo artístico em nova campanha

  • + M
  • 13 Maio 2025

Este "diálogo" entre a marca de champanhe e rostos famosos já vem de há décadas e incluiu colaborações com figuras como Lady Gaga, Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat, David Lynch ou Karl Lagerfeld.

A marca de champanhe Dom Pérignon lançou uma nova campanha recheada de estrelas do mundo artístico e cultural. A atriz Tilda Swinton, a cantora Zoë Kravitz, o músico Anderson .Paak, a estrela do punk Iggy Pop, o artista Takashi Murakami, o dançarino e coreógrafo Alexander Ekman e a chef Clare Smyth são os rostos da iniciativa.

A este conjunto de celebridades, junta-se ainda o chef de cave da Dom Pérignon, Vincent Chaperon, que é responsável por supervisionar todos os aspetos da produção do champanhe da marca e que também participa no projeto.

Além de um conjunto de fotografias com as diferentes personalidades — pela lente da reconhecida fotógrafa Collier Schorr –, a campanha “A criação é uma jornada eterna” conta ainda com um vídeo onde os artistas refletem sobre o conceito de criação e exploram a essência da sua criatividade. A diretora Camille Summers-Valli foi a responsável por registar os testemunhos em vídeo, tendo a condução das entrevistas sido feita por Jefferson Hack. O vídeo pode ser visto aqui.

A marca do grupo de luxo LVMH pretende assim promover um ambiente íntimo entre os seus produtos e a criatividade, aludindo a uma relação que tem estabelecido com a arte e a cultura. “Estes retratos e filmes capturam momentos de profunda intimidade, revelando como cada criador, à sua maneira, se torna parte da jornada contínua que molda o legado da Dom Pérignon“, refere a marca em comunicado.

Este “diálogo” entre a marca de champanhe e rostos famosos já vem de há décadas e incluiu colaborações com figuras como Lady Gaga, Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat, David Lynch ou Karl Lagerfeld.

Para assinalar o momento, a Dom Pérignon vai também lançar quatro novas safras: Dom Pérignon Vintage 2008 — Plénitude 2, Dom Pérignon Vintage 2017, Dom Pérignon Vintage 2018 e Dom Pérignon Rosé Vintage 2010, segundo a Harper’s Bazaar.

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Transporte de passageiros recupera e volta a crescer para o melhor março de sempre

Depois de uma desaceleração em fevereiro, os aeroportos nacionais receberam 5,4 milhões de passageiros. França continua a ser o principal país de origem e destino.

Depois de uma desaceleração em fevereiro, o número de passageiros nos aeroportos nacionais voltou a aumentar em março. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), passaram pelos aeroportos nacionais 5,4 milhões de passageiros, mais 2,1% que no período homólogo. Trata-se do melhor mês de março de sempre.

“Após um máximo mensal histórico no mês de janeiro e um ligeiro decréscimo no mês de fevereiro, verificou-se um novo máximo mensal histórico do número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais no mês de março“, refere o INE, nas estatísticas rápidas do transporte aéreo divulgadas esta terça-feira.

O desembarque médio diário subiu para 88,2 mil passageiros, em março, acima dos 86,5 mil registados em março do ano passado. No mesmo mês, aterraram nos aeroportos nacionais 18,7 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa um crescimento de 2,5% face ao período homólogo.

Cerca de 82,5% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,3 milhões de passageiros (+2,4%), sendo na maioria provenientes do continente europeu (67,9% do total). O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,5% do total de passageiros desembarcados (+4,8%).

No que diz respeito aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,2 milhões de passageiros, mais 3% que em março de 2024. Destes, mais de 69% (69,2%) tina como destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 3% face a março de 2024. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,6% do total; +1,2%).

No acumulado do trimestre, o aeroporto de Lisboa movimentou 54,6% do total de passageiros (7,6 milhões), mais 1,4% que no primeiro trimestre de 2024. Já o aeroporto de Faro registou um crescimento de 4% no movimento de passageiros (1,2 milhões; 8,9% do total) e o aeroporto do Porto concentrou 23% do total de passageiros movimentados (3,2 milhões) e um aumento homólogo de 2,6%.

Em termos de países, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado um ligeiro crescimento no número de passageiros desembarcados (0,4%) e um decréscimo (-1,3%) no número de passageiros embarcados face ao mesmo período de 2024.

O Reino Unido e Espanha ocuparam a 2ª e 3ª posições, como principais países de origem e de destino, seguidos pela Alemanha. A 5ª posição foi ocupada pelo Brasil enquanto país de origem e pela Itália enquanto país de destino dos voos.

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Famílias portuguesas com maior aumento do rendimento real entre países da OCDE

Rendimento real das famílias portuguesas aumentou 6,7% no conjunto de 2024, tendo sido esse o maior salto registado entre os vários países da OCDE.

As famílias portuguesas foram as que mais viram os seus rendimentos reais crescerem no último ano, entre os vários países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, em causa está uma subida de 6,7%, em resultado do aumento dos salários e da baixa dos impostos.

“No conjunto de 2024, todos os países, exceto dois, registaram um crescimento do rendimento real. Portugal verificou o maior reforço (6,7%), em consequência, sobretudo, da remuneração dos empregadores e da diminuição dos impostos“, explica a OCDE, numa nota enviada esta manhã às redações.

Neste pódio liderado por Portugal, aparecem ainda Espanha (com um aumento de 3,55% do rendimento real dos agregados) e a Hungria (3,1%), sendo que a OCDE sublinha que a subida dos rendimentos foi observada num momento em que na maioria dos países a inflação estava a desacelerar.

Por outro lado, foi na Austrália que o rendimento real das famílias mais encolheu no último ano. Em causa está um recuo de 1,8%, o que resultou do aumento dos juros e dos impostos, de acordo com a nota divulgada esta manhã.

Já o outro país da OCDE onde o rendimento real das famílias emagreceu em 2024 foi a Finlândia, com uma diminuição de 0,44%.

No conjunto da OCDE, 2024 foi sinónimo de um aumento de 1,8% do rendimento real das famílias, acelerando face à subida de 1,7% que tinha sido registada em 2023.

(Notícia atualizada às 11h38)

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