Trabalhadores do Novobanco não se opõem à venda desde que garanta emprego
Comissão de trabalhadores preferia a venda em bolsa, mas está "confiante e otimista" em relação ao futuro do banco com o novo dono francês.
Os trabalhadores do Novobanco não se opõem à venda aos franceses do Groupe BPCE desde que o novo dono assegure a manutenção dos postos de trabalho e a independência do banco português.
“Consideramos que uma venda que garante a manutenção do emprego e a independência do banco poderá ser uma solução positiva, não só para os trabalhadores e clientes, mas também para o sistema financeiro nacional”, adianta a comissão de trabalhadores do Novobanco num comunicado enviado esta segunda-feira às redações.
A comissão liderada por Liliana Felício assume ainda que viu com “agrado as primeiras declarações” do CEO do grupo francês, Nicolas Namias, que assegurou que serão mantidos os atuais postos de trabalho.
“Neste contexto, a comissão de trabalhadores não tem objeções ao processo de venda, desde que sejam salvaguardados os princípios acima referidos”, refere.
Num comunicado com oito pontos, a comissão de trabalhadores admite que preferia a solução da venda em bolsa, permitindo que os trabalhadores pudessem adquirir ações do Novobanco como uma “forma justa de reconhecer o seu contributo e envolvimento no sucesso do banco”.
Ainda assim, assume “confiança e otimismo” quanto ao futuro do banco com o dono francês: “Acreditamos que esta nova fase poderá trazer estabilidade e novas oportunidades de crescimento, já que nos vamos associar ao quarto maior grupo bancário europeu”.
“O Novobanco e os seus trabalhadores merecem um acionista comprometido, que queira investir e desenvolver o negócio a longo prazo. A equipa do Novobanco já demonstrou ser uma das mais competentes do setor bancário”, destaca a comissão de trabalhadores, frisando que “irá acompanhar de perto todo o processo, com especial atenção à salvaguarda de todos os postos de trabalho”.
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