Novo centro de atendimento de doentes não urgentes em Lisboa atendeu 551 pessoas em duas semanas

Centro de Atendimento Clínico de Sete Rios foi inaugurado há duas semanas e será replicado no Porto, com abertura prevista para a próxima segunda-feira, dia 19 de agosto.

O novo Centro de Atendimento Clínico (CAC) de Sete Rios para doentes não urgentes atendeu 551 pessoas em duas semanas, cerca de metade encaminhada pelo Serviço de Urgência Central do Hospital de Santa Maria e a outra metade referenciada pela Linha SNS 24, de acordo com fonte oficial da Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria.

O Centro de Atendimento Clínico de Sete Rios – ULS Santa Maria foi inaugurado há duas semanas e será replicado no Porto, com a abertura prevista para a próxima segunda-feira, dia 19 de agosto, de acordo com informações recolhidas pelo ECO.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira passada, dia 08 de agosto, o reforço do protocolo de cooperação entre a Santa Casa da Misericórdia do Porto e a Administração Central do Sistema de Saúde para a prestação de cuidados de saúde no Hospital da Prelada, dando ‘luz verde’ a um financiamento no montante máximo de 65 milhões de euros.

A autorização de despesa servirá “para financiar não só o CAC do Hospital da Prelada, mas também a prestação dos outros cuidados de saúde contemplados no acordo com a Misericórdia do Porto“, esclareceu fonte oficial do Ministério da Saúde ao ECO. Deste modo, “diz respeito a 2024 e a 2025 e contempla, igualmente, despesa de 2023 que foi paga este ano“.

O SNS e a Santa Casa da Misericórdia do Porto – Hospital da Prelada – são parceiros desde o final dos anos 80 e o protocolo inclui “consultas externas, nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, MFR (Medicina Física e Reabilitação), Ortopedia, Urologia, Oftalmologia, Teledermatologia, episódios de internamento, episódios de ambulatório, programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade – em que estas prestações de saúde integram todos os meios complementares de diagnóstico e terapêuticas necessários”, elenca o Ministério da Saúde.

No âmbito do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, estendeu-se o protocolo de cooperação ao Centro de Atendimento Clínico (CAC), que irá abrir no Hospital da Prelada para os utentes triados nas urgências da ULS de São João e da ULS de Santo António, como não urgentes ou pouco urgentes.

O ECO questionou o Hospital da Prelada sobre a capacidade máxima de atendimento de doentes que o novo Centro terá, mas até ao momento ainda não obteve resposta.

Por seu lado, fonte oficial do CAC de Sete Rios indica que “desde que abriu portas, o CAC atendeu 11% das pulseiras verdes e azuis da Urgência de Santa Maria”.

“Nestas duas semanas, apenas cinco utentes foram transferidos do CAC para o Serviço de Urgência Central – menos de 1% do total de atendimentos -, sendo que nenhum deles teve necessidade de internamento, dado que comprova a segurança do processo de referenciação”, refere.

A ULS Santa Maria indica ainda que “após a admissão do utente, a demora para ser visto a primeira vez pelo médico não ultrapassa os 10 minutos” e que foram realizados “ainda perto de 200 atendimentos de enfermagem e 60 exames de diagnóstico, entre análises ao sangue, raio-X e eletrocardiogramas”.

Esta é mais uma resposta que pretende, por um lado, evitar tempos de espera inadequados, e por outro, precaver um desajustado acesso à nossa urgência central, extremamente diferenciada e preparada para emergências e urgências, conforme se exige e se impõe a um hospital universitário”, refere o presidente da ULS Santa Maria, Carlos das Neves Martins, citado na nota enviada ao ECO.

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Sindicato convoca nova greve na CP entre 29 de agosto e 9 de setembro

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

Os trabalhadores "lutam por um regulamento de carreiras digno, que valorize o conteúdo funcional e salarial de todos".

O Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (Sinfb) convocou uma nova greve na CP entre 29 de agosto e 9 de setembro, a partir da sexta hora de serviço e ao trabalho extraordinário, reivindicando a valorização das carreiras. Segundo avançou esta sexta-feira à agência Lusa o dirigente do Sinfb António Pereira, o pré-aviso de greve foi entregue no início da semana e abrange todas as categorias de trabalhadores da empresa.

Conforme se lê no documento, os trabalhadores “lutam por um regulamento de carreiras digno, que valorize o conteúdo funcional e salarial de todos”. Assim, nos termos do pré-aviso, “entre as 00:00 do dia 29 de agosto de 2024 e as 24:00 do dia 9 de setembro de 2024, todos os trabalhadores farão greve partir da 6.ª hora de serviço” e “ao trabalho extraordinário, incluindo ao trabalho em dia de descanso semanal”.

“Nos serviços com mais de seis horas e a terminar fora da sede, os trabalhadores com a categoria de ORV [Operadores de Revisão e Venda] farão greve logo à partida do comboio”, refere. “Porém – acrescenta – os Operadores de Revisão e Venda, sempre que a sexta hora de serviço numa circulação ocorra em trânsito, o trabalhador entra em greve na última passagem pela sua sede, mesmo que ocorra, antes de atingir a sexta hora de serviço”.

Ainda previsto no pré-aviso está que, “durante o período da greve, os turnos que tenham hora de refeição programada não podem sofrer alteração”. Esta greve irá sobrepor-se parcialmente a uma outra convocada pelo Sinfb e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (Stmefe), iniciada no passado dia 9 e que ainda decorre até dia 31, mas que abrange apenas os trabalhadores das oficinas de manutenção da CP e incide sobre o trabalho extraordinário.

A exceção foi o feriado de 15 de agosto, em que teve a duração de 24 horas. Apesar de, segundo António Pereira, se ter registado uma adesão de 100% à greve de 24 horas cumprida no feriado, esta não provocou constrangimentos à circulação porque não aconteceu qualquer avaria que exigisse reparação nas oficinas.

Esta greve dos trabalhadores das oficinas da CP prossegue até dia 31, mas apenas ao trabalho extraordinário, e não tem, até agora, causado supressões. Ainda assim, a CP alerta na sua página na Internet para a possibilidade de “perturbações pontuais na circulação” até ao final do mês.

A CP chegou a acordo, no mês passado, com 11 sindicatos, tendo sido desconvocada uma greve prevista para essa altura, mas o Sinfb e o Stmefe não concordaram com o que foi apresentado. A operadora também já tinha fechado acordo com o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

Em declarações à Lusa, no dia 7 de agosto, António Pereira, do Sinfb, disse que o acordo que os restantes sindicatos assinaram “foi praticamente [igual ao] apresentado dois dias antes”, indicando que, se não tinham acordado antes, também não o iam fazer naquela data. “Estamos a lutar pela majoração das carreiras. A empresa quer dar-nos mais trabalho com o mesmo dinheiro e nós não aceitamos de maneira nenhuma”, assegurou.

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CGTP apela a aumento permanente das pensões e critica “cheque” extra anunciado pelo Governo

CGTP defende que é preciso avançar com aumento significativo das pensões e sinaliza que "bónus" anunciado pelo Governo não é suficiente. Crítica também alívio fiscal, apelando a subida dos salários.

O suplemento extraordinário anunciado pelo Governo para as reformas mais baixas será “aproveitado por quem necessita”, mas não será suficiente para proporcionar “qualidade de vida aos pensionistas”. O aviso é deixado esta sexta-feira pela CGTP, que apela a um “aumento significativo” das reformas, face, nomeadamente, ao aumento do custo de vida.

“O que garantirá condições e qualidade de vida aos reformados e pensionistas é o aumento significativo das pensões e reformas para responder às necessidades. Para lá de medidas pontuais, que não deixarão de ser aproveitadas por quem delas necessita, o anunciado ‘suplemento extraordinário’ em outubro não pode servir de pretexto a um aumento das reformas aquém do necessário e possível”, defende a central sindical liderada por Tiago Oliveira, numa nota enviada às redações.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, aproveitou o arranque da Festa do Pontal para anunciar que os reformados receberão em outubro um apoio extra, entre 100 euros e 200 euros.

Os portugueses com pensões até 509,26 euros (o equivalente ao Indexante dos Apoios Sociais) receberão um “brinde” de 200 euros. Para quem recebe reformas entre 509,26 euros e 1.018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. E as pensões entre 1.018,62 euros e 1.527,78 euros terão direito a um “bónus” de 100 euros.

Este apoio será pago apenas uma vez, isto é, não corresponde a um aumento permanente das pensões, o que é criticado esta sexta-feira pela CGTP.

Na nota enviada às redações, a central sindical também desvaloriza o alívio do IRS, frisando que a redução fiscal que está em cima da mesa é insuficiente e que o que os portugueses precisam é de “salários dignos e respeito pelas carreiras e profissionais”.

“O que fará com que os jovens queiram viver e trabalhar em Portugal são salários dignos, vínculos de trabalho estáveis, habitação acessível, que lhes permitam perspetivar o seu futuro. Não é a redução de impostos que faz com que os jovens optem por ficar no país”, acrescenta a CGTP.

Para a CGTP, o Governo continua, portanto, a não dar resposta aos “graves problemas” enfrentados por quem vive e trabalha no país. “Há dinheiro. É preciso uma outra distribuição da riqueza. É preciso uma outra política para mudar de rumo e que afirme abril por um Portugal com futuro“, sublinham os sindicalistas.

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Cepsa vende negócio ibérico de gás liquefeito à Copec por 275 milhões de euros

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A Cepsa vai vender o negócio retalhista de butano, propano e gás automóvel em Espanha e Portugal à chilena Copec, por cerca de 275 milhões de euros.

A Cepsa vai vender o seu negócio retalhista de butano, propano e gás automóvel em Espanha e Portugal à chilena Copec, por cerca de 275 milhões de euros, informaram as empresas em comunicado.

O acordo prevê que a Abastible, subsidiária da Copec, adquira 100% daquele negócio em Portugal e Espanha à Cepsa, gerida através das empresas Gasib España e Gasib Portugal, e inclui a continuidade da venda de butano, propano e autogás sob a marca Cepsa, explicou a empresa espanhola, em comunicado.

O grupo chileno, citado pela Europa Press, adiantou que o preço total a pagar na operação ascenderá a 275 milhões de euros, sujeito aos ajustamentos habituais neste tipo de operações.

A transação está sujeita ao cumprimento das condições habituais, entre as quais a aprovação das autoridades competentes em relação ao investimento direto estrangeiro, e pela Comissão Europeia em matéria de concorrência.

O presidente executivo da Cepsa, Maarten Wetselaar, indicou que “esta operação é mais um passo na estratégia do grupo para se tornar uma referência na transição energética, promovendo investimentos em energias sustentáveis, como o hidrogénio verde ou os biocombustíveis”, negócios que esperam que representem mais de metade da sua atividade em 2030.

A Gasib Espanha é o principal ator no mercado livre de gás engarrafado no país, e a Gasib Portugal é a quinta empresa, em quota de mercado.

As empresas dispõem de seis centros de armazenamento e enchimento, dois centros de armazenamento e mais de 200 armazéns terceiros, que no seu conjunto permitem abastecer todo o mercado ibérico, Canárias, Ceuta e Melilha, onde atingem vendas próximas das 240.000 toneladas anuais.

Desta forma, a Cepsa dá um novo passo na sua estratégia de desinvestimento de ativos do seu tradicional negócio petrolífero, depois de ter encerrado, este ano, as vendas dos seus negócios de exploração e produção no Peru e na Colômbia.

No ano passado, a Cepsa chegou também a acordo com a empresa francesa TotalEnergies para alienar o seu negócio de exploração nos Emirados Árabes Unidos, livrando-se da sua participação de 20% nos campos de Satah Al Razboot, Umm Lulu, Bin Nasher e Al Bateel, numa operação avaliada em cerca de 1.500 milhões de euros e que representou a venda de praticamente 50% da sua atividade de exploração e produção.

A Cepsa lançou a sua estratégia Movimento Positivo, que prevê investimentos entre 7.000 e 8.000 milhões de euros, dos quais mais de 60% sustentáveis, para se tornar líder europeu na produção de biocombustíveis de segunda geração e hidrogénio verde, e na implantação de uma rede de carregadores elétricos ultrarrápidos.

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Petição para reconhecer desgaste rápido em profissões na indústria com mais de 12.000 assinaturas

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

Fiequimetal já conseguiu recolher mais de 12 mil assinaturas numa petição que visa o reconhecimento de várias profissões na indústria como sendo de desgaste rápido.

A petição promovida pela Fiequimetal para ver reconhecidas várias profissões na indústria como sendo de desgaste rápido recolheu, até ao momento, mais de 12.000 assinaturas e vai ser entregue no parlamento em setembro, foi hoje anunciado.

A recolha de assinaturas para esta petição, promovida pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), prossegue até 18 de setembro, véspera da data marcada para a entrega na Assembleia da República.

O objetivo, explicou a federação na sua página na internet, é fazer com que o parlamento promova alterações legislativas que consagrem o “reconhecimento da condição de desgaste rápido, para um conjunto de profissões, em setores de atividade como a metalurgia, a química e a fabricação de material elétrico e eletrónico” e que definam “condições mais favoráveis de acesso à reforma, para os trabalhadores em profissões que se consideram de desgaste rápido na indústria”.

Para o dia da entrega das assinaturas está previsto um desfile de trabalhadores e ativistas daqueles setores de atividade, com partida às 11h00 da Praça Luís de Camões, em Lisboa, com destino à Assembleia da República.

Junto ao parlamento, estão previstas as intervenções de trabalhadores, para darem o seu testemunho sobre os prejuízos causados pelo exercício da atividade profissional “em contextos como os que já levam, hoje, ou devem levar, rapidamente, à classificação ‘de desgaste rápido’ da saúde”, indicou a Fiequimetal.

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+M

A traduzir publicidade para arquitetura, a Feeders está de olhos postos na internacionalização

A Feeders apresenta-se como um "atelier de arquitetura efémera" e uma "tool dentro da toolbox das agências". O objetivo este ano é que a internacionalização represente 50% do seu volume de negócios.

Atelier de arquitetura efémera focado na transformação de espaço de forma temporária para comunicação de marcas ou produtos” – é assim que Joaquim Silva, partner na Feeders, define a empresa que é responsável por projetar no espaço físico a presença de várias marcas, como acontece durante a época dos festivais, que se encontra a decorrer, mas também em eventos, exposições ou lojas.

Em conjunto com o seu sócio, Duarte Silva, com quem fundou a Feeders, sempre houve um grande interesse em “perceber como é que as marcas e os espaços nos eventos eram experiências, por si só, para os utilizadores”, explica numa conversa com o +M. Fomos aprendendo a ler a linguagem da publicidade – que é realmente aqui o grande touchpoint – e começámos a traduzir essas imagens, palavras e estratégias em espaço. E daí este posicionamento da Feeders enquanto atelier de arquitetura efémera, que é a tool dentro da toolbox das agências de comunicação e publicidade“, acrescenta.

Joaquim Silva, um dos fundadores da Feeders.

Ou seja, os clientes da Feeders são agências. “O que a Feeders faz é ler as estratégias das agências e convertê-las em espaço. As agências trabalham com as marcas ao longo do ano, criando estratégias, caminhos, identidade, que se traduzem em objetos, em imagens, que se convertem em publicidade ou redes sociais. Pontualmente existe a necessidade de converter a marca em espaço, e aí, sim, vão precisar daquilo que nós achamos que somos enquanto atelier. Somos esta ferramenta que as agências usam pontualmente, para responderem às necessidades do cliente que têm ao longo do ano“, explica Joaquim Silva.

Aquilo que nós oferecemos é a possibilidade de criarmos uma cadeia de valor em conjunto. Acho que aqui é onde está o grande ganho da marca, do cliente final, que é que quando lançou o desafio ao mercado, o desafio foi respondido por uma cadeia de valor, composta por pessoas que fazem o melhor e que procuram ser o melhor nas suas áreas.

Joaquim Silva

Partner e fundador da Feeders

Nós já pegamos num trabalho que foi feito pelas agências em termos de criação de identidade, atmosfera e comportamento para a marca e traduzimos em espaço“, acrescenta, avançando que a Desafio Global, Mossa, FunnyHow, Havas ou Connect são algumas das agências com quem a Feeders mais trabalha.

“Aquilo que nós oferecemos a possibilidade de criarmos uma cadeia de valor em conjunto. Aqui é onde está o grande ganho da marca, do cliente final, que é que quando lançou o desafio ao mercado, o desafio foi respondido por uma cadeia de valor, composta por pessoas que fazem o melhor e que procuram ser o melhor nas suas áreas. A agência vem ter connosco na procura de superar as expectativas, e é aí que nós também queremos estar”, diz ainda Joaquim Silva.

No entanto, este processo “nem sempre corre bem”, confessa, porque tanto as agências como a Feeders procuram ser “disruptivos” naquilo que oferecem. “Esta tal mudança de paradigma na experiência de um evento, também tem de ter aceitação pelo lado da marca, e às vezes há marcas – e pessoas que as estão a controlar – que não estão preparadas. E isso é normal, cada um pode, e deve, correr os riscos na medida em que está confortável”, acrescenta.

“Estamos preparados para não ganhar, mas estamos preparados para sermos fiéis à nossa identidade e às nossas crenças, acima de tudo. A arquitetura é feita tailor-made para cada desafio que nos é lançado e proposto”, assegura.

A Feeders esteve presente em diversos festivais este ano, como no Rock in Rio (com a Via Verde), no Nos Alive (com o Novobanco e Fidelidade) ou no Primavera Sound (com a Bacanaplay). No entanto, a empresa não se limita ao território da música, pelo que também desenvolve projetos para outras áreas, como o desporto, tendo sido responsável por desenhar o palco da cerimónia do campeão nacional da Liga Betclic, por exemplo, ou a loja do Sporting CP no centro comercial Colombo.

Tendo em conta o tipo de arquitetura a que a Feeders se dedica, os materiais usados são aqueles que permitem não só uma construção rápida e com um uso menos perene – madeiras e derivados de plástico – mas também que criem impacto, naquele que é um trabalho muito desenvolvido em associação com a luz, o audiovisual e a plasticidade dos materiais. A sustentabilidade é também um fator que é tido em conta, pelo que a empresa tenta que os seus stands, equipamentos e espaços “cumpram ciclos” de dois ou mais anos.

Em crescimento e de olhos postos na internacionalização

Em 2018 a Feeders registou um volume de negócios na ordem dos dois milhões de euros, tendo registado a partir daí um crescimento a dois dígitos, chegando aos quase três milhões em 2019. Depois de um hiato em 2020 e 2021 devido à pandemia, a empresa, que conta atualmente com cerca de 15 colaboradores, voltou a crescer em 2022 e 2023, sendo que neste último ano já conseguiu ultrapassar os cinco milhões de euros em volume de negócio anual.

Mas 2024 é também um “ano de transformação“, diz Joaquim Silva, referindo a existência de um foco “na questão da internacionalização e expansão para novas geografias”.

A prova de conceito está feita cá, porque é que não vamos aplicar esta mesma lógica internacionalmente? Claro que existe um grau grande de criatividade nos projetos que entregamos, mas também existe uma parte técnica muito grande e importante dentro dos projetos. As agências e marcas não querem só um ‘boneco giro’ querem alguém que o saiba executar e que lhes tire esse peso de cima no trabalho que estão a fazer para uma marca com quem, se calhar, trabalham o ano inteiro

Joaquim Silva

Partner e fundador da Feeders

A prossecução desta estratégia de internacionalização ocorreu depois da “felicidade” de a Feeders ser bastante contactada “por agências internacionais que queriam fazer coisas em Portugal e que procuravam um parceiro local”. “E portanto, aquilo que nós percebemos é que o espaço que queremos ocupar no mercado nacional, é um espaço que também existe no mercado internacional“, explica Joaquim Silva.

A prova de conceito está feita cá, porque é que não vamos aplicar esta mesma lógica internacionalmente? Claro que existe um grau grande de criatividade nos projetos que entregamos, mas também existe uma parte técnica muito grande e importante dentro dos projetos. As agências e marcas não querem só um ‘boneco giro’ querem alguém que o saiba executar e que lhes tire esse peso de cima no trabalho que estão a fazer para uma marca com quem, se calhar, trabalham o ano inteiro“, explica.

Assim, a Feeders encontra-se desde o segundo semestre do ano passado a procurar “dar nota” da sua marca e processo em mercados internacionais. A primeira impressão foi no Reino Unido, onde já se encontra a desenvolver alguns projetos, mas procura também cimentar a sua posição na França e Estados Unidos este ano.

Esta é uma estratégia “relativamente recente”, tendo em conta que requer um desenvolvimento e conhecimento dos mercados e do seu modo de operar, até do ponto de vista legal.

“Estamos a entregar projetos técnicos, de palcos e estruturas, projetos eletrotécnicos, de segurança contra incêndios, e portanto temos de perceber como é que a lei funciona nesses países e como é que vamos operar e isto foi também todo um estudo que tivemos de fazer. No entanto, a lei não muda propriamente e existe uma base empírica de bom senso, onde depois apenas temos de fazer alguns ajustes para que as coisas sejam operacionais e concretizáveis nestas outras geografias”, explana.

O objetivo é que a quota de mercado conquistada a nível internacional represente 50% do volume de negócio da empresa. E isto tendo em conta que em 2023 os clientes internacionais já representaram cerca de 25% do volume de negócio, o que é um “ótimo indicador de que esta nossa estratégia de internacionalização tem pernas para andar”, conclui Joaquim Silva.

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Bruxelas questiona dona do Facebook por descontinuação de ferramenta contra desinformação

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A Meta tem de fornecer as informações até 6 de setembro. A Comissão Europeia determinará depois as próximas etapas, que podem incluir medidas provisórias ou multas, na ausência de respostas.

A Comissão Europeia enviou esta sexta-feira um pedido de informações à Meta, dona do Facebook e Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação online, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.

Em comunicado, o executivo comunitário dá conta de que enviou à Meta “um pedido de informações, ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais”, pedindo que, na sequência da descontinuação do CrowdTangle na passada quarta-feira, “forneça mais informações sobre as medidas que tomou para cumprir as suas obrigações de dar aos investigadores acesso a dados publicamente acessíveis na interface em linha do Facebook e do Instagram“, como exigido pela nova legislação europeia.

Bruxelas questionou também a tecnológica norte-americana sobre “os seus planos para atualizar as suas funcionalidades de monitorização de eleições e discursos cívicos“.

“Especificamente, a Comissão solicita informações sobre a biblioteca de conteúdos e a interface de programação de aplicações da Meta, incluindo os seus critérios de elegibilidade, o processo de candidatura, os dados a que se pode aceder e as funcionalidades”, adianta a Comissão Europeia.

Este pedido de informações surge depois de, em 30 de abril de 2024, a instituição ter dado início a um processo formal contra a Meta ao abrigo da nova Lei dos Serviços Digitais, precisamente devido à indisponibilidade de um instrumento eficaz de monitorização do discurso cívico e das eleições, em tempo real, por parte de terceiros, antes das eleições para o Parlamento Europeu e das eleições nacionais, bem como em deficiências no acesso dos investigadores aos dados publicamente disponíveis por parte da Meta.

Foi aliás para responder às preocupações da Comissão Europeia sobre as eleições para o Parlamento Europeu, realizadas em junho passado, que umas semanas antes a Meta implementou novas funcionalidades no CrowdTangle, nomeadamente 27 novos painéis visuais públicos em tempo real, um para cada Estado-membro, a fim de permitir o discurso cívico e o acompanhamento das eleições por terceiros em tempo real. Estas funcionalidades foram agora descontinuadas.

Cabe agora à Meta fornecer as informações solicitadas até 6 de setembro de 2024 e, com base na avaliação das respostas, a Comissão Europeia determinará as próximas etapas, que poderão incluir medidas provisórias e decisões de incumprimento.

Em caso de ausência de resposta, a instituição pode emitir um pedido formal através de uma decisão e, dessa forma, aplicar sanções pecuniárias compulsórias, como multas.

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Portugal foi o quinto país da UE que mais reduziu emissões no primeiro trimestre

Portugal está entre os 12 países que conseguiram diminuir as emissões com efeito de estufa e, ao mesmo tempo, aumentar a riqueza.

A emissão de gases com efeito de estufa produzidos pela economia dos países da União Europeia (UE) diminuiu 4% no primeiro trimestre deste ano, em comparação o mesmo período de 2023, divulgou o Eurostat. Portugal foi o quinto que mais reduziu as emissões neste período e, ao mesmo tempo, conseguiu aumentar a riqueza.

O gabinete de estatística da UE calcula que, nos três meses de arranque do ano, os 27 Estados membros produziram um total de 894 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, um decréscimo de 4% em termos homólogos.

Entre os 27, foram apenas os 20 Estados-membros que reduziram as suas emissões, sendo que as maiores descidas verificaram-se na Bulgária (-15,2%), Alemanha (-6,7%) e Bélgica (-6%). Malta, Lituânia, Letónia, Grécia, Roménia e Eslovénia moveram-se em sentido contrário.

Dos 20 países que melhoraram em termos de emissões, oito registaram também uma quebra na economia, enquanto os restantes 12, grupo no qual se inclui Portugal, “conseguiram reduzir as emissões ao mesmo tempo que o PIB cresceu”. Portugal reduziu as suas emissões ligeiramente acima dos 5% nos primeiros três meses do ano, enquanto a economia cresceu 1,4% em termos homólogos.

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Vodafone patrocina e dá nome à Supertaça feminina de futebol

  • + M
  • 16 Agosto 2024

É a primeira vez que uma empresa de telecomunicações apoia esta prova nacional que marca o arranque da nova época desportiva do futebol feminino. A final está marcada para 23 de agosto.

Ao alargar o âmbito da sua parceria com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Vodafone é agora a principal patrocinadora da Supertaça feminina de futebol. A operadora passa assim a dar nome à prova feminina, tal como já acontecia com a competição masculina.

O futebol feminino vai para além do desporto, inspira e abre caminho para a igualdade de oportunidades. Esta é uma missão que partilhamos na Vodafone, onde trabalhamos diariamente na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É por isso que nos juntamos à Federação Portuguesa de Futebol através da Supertaça”, diz Leonor Dias, diretora de marca da Vodafone Portugal, citada em comunicado.

Queremos ser a marca que está junto dos portugueses nos momentos mais importantes. Este é um desses momentos. A Vodafone continuará a inovar, sobretudo na forma como apoia o desporto e se conecta com os seus clientes”, acrescenta.

Já por parte da FPF, Nuno Moura, diretor de marketing e negócios, diz que é uma “honra” para a Federação “contar com a parceria da Vodafone naquela que é a competição que simboliza o arranque de uma nova temporada futebolística”.

“A qualidade do futebol feminino português está em crescendo e, exemplo disso, é o elevando interesse dos meios e das pessoas pelas provas portuguesas e internacionais. A Supertaça Vodafone ganha, assim, um parceiro importante, que emprestará a sua notoriedade e as suas competências ao espetáculo, engrandecendo todo o universo do futebol feminino português”, acrescenta.

Esta é a primeira vez que uma empresa de telecomunicações apoia esta prova nacional, que marca o arranque da nova época desportiva do futebol feminino.

O Estádio do Restelo é o responsável por acolher os jogos decisivos da Supertaça Feminina Vodafone, no dia 23 de agosto, onde se vão confrontar as equipas Racing Power FC, SF Damaiense, SL Benfica e Sporting CP. A final realiza-se às 20h45, enquanto a partida que decide terceiro e quarto classificados está marcada para as 11h00.

Já nas meias-finais – disputadas nos respetivos estádios dos clubes – o SL Benfica recebe o SF Damaiense a 17 de agosto, às 15h30, e o Racing Power FC mede forças com o Sporting CP, num jogo realizado no mesmo dia, pelas 17h30.

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Lei do Restauro da Natureza entra em vigor no sábado

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A Lei do Restauro da Natureza vai estabelecer um processo para restaurar de maneira contínua e sustentável a natureza em florestas e mares de países da UE.

A legislação do Restauro da Natureza da União Europeia (UE) vai entrar em vigor no sábado, com regras específicas para os 27 países e o objetivo de restaurar pelo menos 20% das florestas e mares até 2030.

Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou que a lei que vai entrar em vigor vai no “sentido de inverter a tendência de degradação da natureza, alcançar a neutralidade climática e melhorar a preparação e resiliência” dos países da UE para os “efeitos das alterações climáticas”.

“A Lei do Restauro da Natureza vai estabelecer um processo para restaurar de maneira contínua e sustentável a natureza em florestas e mares [de países] da UE. O objetivo é restaurar, ao nível da UE, 20% das florestas e 20% dos mares até 2030“, acrescentou o executivo comunitário.

As medidas contidas na legislação “têm de estar em vigor até 2050 para todos os ecossistema que precisam de ser restaurados”, nomeadamente florestas, terrenos agrícolas, áreas marinhas e massas de água doce, mas também cidades, uma vez que a “presença de árvores e vegetação ajudará a purificar o ar e a reduzir as temperaturas”, numa altura em que várias cidades, especificamente em Portugal, Espanha e França, mas também em países onde as temperaturas habitualmente são mais baixas, por exemplo, a Bélgica, estão a ultrapassar máximos de temperaturas durante períodos longos.

Os Estados-membros têm a partir de sábado dois anos para apresentar projetos à Comissão Europeia e delinear objetivos para 2030, 2040 e 2050.

 

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Euribor sobe a três e 12 meses e cai a seis meses para mínimo de ano e meio

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses, face a quinta-feira, mas desceu a seis meses para um mínimo de um ano e meio.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses, face a quinta-feira, mas desceu a seis meses para um mínimo de um ano e meio. Com as alterações desta sexta-feira, a taxa a três meses, que subiu para 3,560%, continuou acima da taxa a seis meses (3,367%) e da taxa a 12 meses (3,139%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou esta sexta-feira para 3,367%, menos 0,008 pontos, um mínimo desde 11 de abril de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, subiu esta sexta-feira, para 3,139%, mais 0,022 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • A Euribor a três meses subiu para 3,560%, mais 0,011 pontos, depois de ter atingido 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“Cheque” extra para reformados pago em outubro vai custar 400 milhões de euros, estima Paulo Rangel

Montenegro anunciou um suplemento até 200 euros para pensionistas. Esta sexta-feira, o ministro Paulo Rangel veio revelar que custará cerca de 400 milhões de euros, "talvez um pouco mais".

O suplemento extraordinário para as reformas mais baixas vai custar cerca de 400 milhões de euros ou “talvez um pouco mais”. O valor foi revelado esta sexta-feira pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que adiantou também que o Governo estima que 2,4 milhões de pensionistas serão abrangidos por este “brinde”, que varia entre 100 euros e 200 euros.

“Neste momento, a nossa estimativa — que precisa de um afinamento — rondará os dois milhões e 400 mil pessoas, e poderá andar à volta de 400 milhões de euros, talvez um pouco mais”, indicou o governante, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP 3.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, aproveitou o arranque da Festa do Pontal para anunciar que os reformados receberão em outubro um apoio extra, entre 100 euros e 200 euros.

Os portugueses com pensões até 509,26 euros (o equivalente ao Indexante dos Apoios Sociais) receberão um “brinde” de 200 euros. Para quem recebe reformas entre 509,26 euros e 1.018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. E as pensões entre 1.018,62 euros e 1.527,78 euros terão direito a um “bónus” de 100 euros.

Na altura, o chefe do Executivo não indicou nem o impacto orçamental da medida, nem o universo de beneficiários, mas esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, ladeado pelo secretário de Estado do Trabalho, Adriano Moreira, revelou uma primeira estimativa.

Em declarações aos jornalistas, Rangel considerou que “esta é uma medida de apoio fundamental”. “Não compreendo como há tanta gente — mesmo entre os partidos da oposição — que está incomodada com uma medida que é social e revela responsabilidade orçamental“, atirou.

Na visão de Paulo Rangel, o Governo tem de promover o crescimento da economia, mas também tem de “olhar para as pessoas com rendimentos menores”, daí que se avance com este suplemento para os reformados.

“É uma medida que em outubro atingirá mais de dois milhões de pessoas. Estar a querer tentar desvalorizar essa medida… onde está a sensibilidade do Partido Socialista?“, atirou ainda o governante. E deixou claro, quando confrontado com as críticas de que a medida é eleitoralista, que “só há eleições se o secretário-geral do PS” quiser.

Além da oposição, também as associações que representam os pensionistas têm deixado críticas a esta medida. Por um lado, porque se trata de um pagamento único, ou seja, não é um aumento das pensões mas um cheque que será pago uma única vez.

Por outro lado, porque é inferior ao suplemento extraordinário que o Governo de António Costa aplicou em outubro de 2022, que correspondeu a meia pensão. É importante lembrar, contudo, que nessa altura o suplemento serviu como contrapartida por não se ter aplicado de forma plena às pensões o aumento que resultaria da inflação histórica (o anterior Governo acabou por aplicar por completo essa subida, mas só em meados de 2023).

Desta vez, o suplemento não tem essa contrapartida, tendo o primeiro-ministro já garantido que irá cumprir a lei e aplicar por completo o aumento das pensões que resultar da inflação e do crescimento económico.

(Notícia atualizada às 12h16)

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