Petição para reconhecer desgaste rápido em profissões na indústria com mais de 12.000 assinaturas

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

Fiequimetal já conseguiu recolher mais de 12 mil assinaturas numa petição que visa o reconhecimento de várias profissões na indústria como sendo de desgaste rápido.

A petição promovida pela Fiequimetal para ver reconhecidas várias profissões na indústria como sendo de desgaste rápido recolheu, até ao momento, mais de 12.000 assinaturas e vai ser entregue no parlamento em setembro, foi hoje anunciado.

A recolha de assinaturas para esta petição, promovida pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), prossegue até 18 de setembro, véspera da data marcada para a entrega na Assembleia da República.

O objetivo, explicou a federação na sua página na internet, é fazer com que o parlamento promova alterações legislativas que consagrem o “reconhecimento da condição de desgaste rápido, para um conjunto de profissões, em setores de atividade como a metalurgia, a química e a fabricação de material elétrico e eletrónico” e que definam “condições mais favoráveis de acesso à reforma, para os trabalhadores em profissões que se consideram de desgaste rápido na indústria”.

Para o dia da entrega das assinaturas está previsto um desfile de trabalhadores e ativistas daqueles setores de atividade, com partida às 11h00 da Praça Luís de Camões, em Lisboa, com destino à Assembleia da República.

Junto ao parlamento, estão previstas as intervenções de trabalhadores, para darem o seu testemunho sobre os prejuízos causados pelo exercício da atividade profissional “em contextos como os que já levam, hoje, ou devem levar, rapidamente, à classificação ‘de desgaste rápido’ da saúde”, indicou a Fiequimetal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

A traduzir publicidade para arquitetura, a Feeders está de olhos postos na internacionalização

A Feeders apresenta-se como um "atelier de arquitetura efémera" e uma "tool dentro da toolbox das agências". O objetivo este ano é que a internacionalização represente 50% do seu volume de negócios.

Atelier de arquitetura efémera focado na transformação de espaço de forma temporária para comunicação de marcas ou produtos” – é assim que Joaquim Silva, partner na Feeders, define a empresa que é responsável por projetar no espaço físico a presença de várias marcas, como acontece durante a época dos festivais, que se encontra a decorrer, mas também em eventos, exposições ou lojas.

Em conjunto com o seu sócio, Duarte Silva, com quem fundou a Feeders, sempre houve um grande interesse em “perceber como é que as marcas e os espaços nos eventos eram experiências, por si só, para os utilizadores”, explica numa conversa com o +M. Fomos aprendendo a ler a linguagem da publicidade – que é realmente aqui o grande touchpoint – e começámos a traduzir essas imagens, palavras e estratégias em espaço. E daí este posicionamento da Feeders enquanto atelier de arquitetura efémera, que é a tool dentro da toolbox das agências de comunicação e publicidade“, acrescenta.

Joaquim Silva, um dos fundadores da Feeders.

Ou seja, os clientes da Feeders são agências. “O que a Feeders faz é ler as estratégias das agências e convertê-las em espaço. As agências trabalham com as marcas ao longo do ano, criando estratégias, caminhos, identidade, que se traduzem em objetos, em imagens, que se convertem em publicidade ou redes sociais. Pontualmente existe a necessidade de converter a marca em espaço, e aí, sim, vão precisar daquilo que nós achamos que somos enquanto atelier. Somos esta ferramenta que as agências usam pontualmente, para responderem às necessidades do cliente que têm ao longo do ano“, explica Joaquim Silva.

Aquilo que nós oferecemos é a possibilidade de criarmos uma cadeia de valor em conjunto. Acho que aqui é onde está o grande ganho da marca, do cliente final, que é que quando lançou o desafio ao mercado, o desafio foi respondido por uma cadeia de valor, composta por pessoas que fazem o melhor e que procuram ser o melhor nas suas áreas.

Joaquim Silva

Partner e fundador da Feeders

Nós já pegamos num trabalho que foi feito pelas agências em termos de criação de identidade, atmosfera e comportamento para a marca e traduzimos em espaço“, acrescenta, avançando que a Desafio Global, Mossa, FunnyHow, Havas ou Connect são algumas das agências com quem a Feeders mais trabalha.

“Aquilo que nós oferecemos a possibilidade de criarmos uma cadeia de valor em conjunto. Aqui é onde está o grande ganho da marca, do cliente final, que é que quando lançou o desafio ao mercado, o desafio foi respondido por uma cadeia de valor, composta por pessoas que fazem o melhor e que procuram ser o melhor nas suas áreas. A agência vem ter connosco na procura de superar as expectativas, e é aí que nós também queremos estar”, diz ainda Joaquim Silva.

No entanto, este processo “nem sempre corre bem”, confessa, porque tanto as agências como a Feeders procuram ser “disruptivos” naquilo que oferecem. “Esta tal mudança de paradigma na experiência de um evento, também tem de ter aceitação pelo lado da marca, e às vezes há marcas – e pessoas que as estão a controlar – que não estão preparadas. E isso é normal, cada um pode, e deve, correr os riscos na medida em que está confortável”, acrescenta.

“Estamos preparados para não ganhar, mas estamos preparados para sermos fiéis à nossa identidade e às nossas crenças, acima de tudo. A arquitetura é feita tailor-made para cada desafio que nos é lançado e proposto”, assegura.

A Feeders esteve presente em diversos festivais este ano, como no Rock in Rio (com a Via Verde), no Nos Alive (com o Novobanco e Fidelidade) ou no Primavera Sound (com a Bacanaplay). No entanto, a empresa não se limita ao território da música, pelo que também desenvolve projetos para outras áreas, como o desporto, tendo sido responsável por desenhar o palco da cerimónia do campeão nacional da Liga Betclic, por exemplo, ou a loja do Sporting CP no centro comercial Colombo.

Tendo em conta o tipo de arquitetura a que a Feeders se dedica, os materiais usados são aqueles que permitem não só uma construção rápida e com um uso menos perene – madeiras e derivados de plástico – mas também que criem impacto, naquele que é um trabalho muito desenvolvido em associação com a luz, o audiovisual e a plasticidade dos materiais. A sustentabilidade é também um fator que é tido em conta, pelo que a empresa tenta que os seus stands, equipamentos e espaços “cumpram ciclos” de dois ou mais anos.

Em crescimento e de olhos postos na internacionalização

Em 2018 a Feeders registou um volume de negócios na ordem dos dois milhões de euros, tendo registado a partir daí um crescimento a dois dígitos, chegando aos quase três milhões em 2019. Depois de um hiato em 2020 e 2021 devido à pandemia, a empresa, que conta atualmente com cerca de 15 colaboradores, voltou a crescer em 2022 e 2023, sendo que neste último ano já conseguiu ultrapassar os cinco milhões de euros em volume de negócio anual.

Mas 2024 é também um “ano de transformação“, diz Joaquim Silva, referindo a existência de um foco “na questão da internacionalização e expansão para novas geografias”.

A prova de conceito está feita cá, porque é que não vamos aplicar esta mesma lógica internacionalmente? Claro que existe um grau grande de criatividade nos projetos que entregamos, mas também existe uma parte técnica muito grande e importante dentro dos projetos. As agências e marcas não querem só um ‘boneco giro’ querem alguém que o saiba executar e que lhes tire esse peso de cima no trabalho que estão a fazer para uma marca com quem, se calhar, trabalham o ano inteiro

Joaquim Silva

Partner e fundador da Feeders

A prossecução desta estratégia de internacionalização ocorreu depois da “felicidade” de a Feeders ser bastante contactada “por agências internacionais que queriam fazer coisas em Portugal e que procuravam um parceiro local”. “E portanto, aquilo que nós percebemos é que o espaço que queremos ocupar no mercado nacional, é um espaço que também existe no mercado internacional“, explica Joaquim Silva.

A prova de conceito está feita cá, porque é que não vamos aplicar esta mesma lógica internacionalmente? Claro que existe um grau grande de criatividade nos projetos que entregamos, mas também existe uma parte técnica muito grande e importante dentro dos projetos. As agências e marcas não querem só um ‘boneco giro’ querem alguém que o saiba executar e que lhes tire esse peso de cima no trabalho que estão a fazer para uma marca com quem, se calhar, trabalham o ano inteiro“, explica.

Assim, a Feeders encontra-se desde o segundo semestre do ano passado a procurar “dar nota” da sua marca e processo em mercados internacionais. A primeira impressão foi no Reino Unido, onde já se encontra a desenvolver alguns projetos, mas procura também cimentar a sua posição na França e Estados Unidos este ano.

Esta é uma estratégia “relativamente recente”, tendo em conta que requer um desenvolvimento e conhecimento dos mercados e do seu modo de operar, até do ponto de vista legal.

“Estamos a entregar projetos técnicos, de palcos e estruturas, projetos eletrotécnicos, de segurança contra incêndios, e portanto temos de perceber como é que a lei funciona nesses países e como é que vamos operar e isto foi também todo um estudo que tivemos de fazer. No entanto, a lei não muda propriamente e existe uma base empírica de bom senso, onde depois apenas temos de fazer alguns ajustes para que as coisas sejam operacionais e concretizáveis nestas outras geografias”, explana.

O objetivo é que a quota de mercado conquistada a nível internacional represente 50% do volume de negócio da empresa. E isto tendo em conta que em 2023 os clientes internacionais já representaram cerca de 25% do volume de negócio, o que é um “ótimo indicador de que esta nossa estratégia de internacionalização tem pernas para andar”, conclui Joaquim Silva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas questiona dona do Facebook por descontinuação de ferramenta contra desinformação

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A Meta tem de fornecer as informações até 6 de setembro. A Comissão Europeia determinará depois as próximas etapas, que podem incluir medidas provisórias ou multas, na ausência de respostas.

A Comissão Europeia enviou esta sexta-feira um pedido de informações à Meta, dona do Facebook e Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação online, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.

Em comunicado, o executivo comunitário dá conta de que enviou à Meta “um pedido de informações, ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais”, pedindo que, na sequência da descontinuação do CrowdTangle na passada quarta-feira, “forneça mais informações sobre as medidas que tomou para cumprir as suas obrigações de dar aos investigadores acesso a dados publicamente acessíveis na interface em linha do Facebook e do Instagram“, como exigido pela nova legislação europeia.

Bruxelas questionou também a tecnológica norte-americana sobre “os seus planos para atualizar as suas funcionalidades de monitorização de eleições e discursos cívicos“.

“Especificamente, a Comissão solicita informações sobre a biblioteca de conteúdos e a interface de programação de aplicações da Meta, incluindo os seus critérios de elegibilidade, o processo de candidatura, os dados a que se pode aceder e as funcionalidades”, adianta a Comissão Europeia.

Este pedido de informações surge depois de, em 30 de abril de 2024, a instituição ter dado início a um processo formal contra a Meta ao abrigo da nova Lei dos Serviços Digitais, precisamente devido à indisponibilidade de um instrumento eficaz de monitorização do discurso cívico e das eleições, em tempo real, por parte de terceiros, antes das eleições para o Parlamento Europeu e das eleições nacionais, bem como em deficiências no acesso dos investigadores aos dados publicamente disponíveis por parte da Meta.

Foi aliás para responder às preocupações da Comissão Europeia sobre as eleições para o Parlamento Europeu, realizadas em junho passado, que umas semanas antes a Meta implementou novas funcionalidades no CrowdTangle, nomeadamente 27 novos painéis visuais públicos em tempo real, um para cada Estado-membro, a fim de permitir o discurso cívico e o acompanhamento das eleições por terceiros em tempo real. Estas funcionalidades foram agora descontinuadas.

Cabe agora à Meta fornecer as informações solicitadas até 6 de setembro de 2024 e, com base na avaliação das respostas, a Comissão Europeia determinará as próximas etapas, que poderão incluir medidas provisórias e decisões de incumprimento.

Em caso de ausência de resposta, a instituição pode emitir um pedido formal através de uma decisão e, dessa forma, aplicar sanções pecuniárias compulsórias, como multas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal foi o quinto país da UE que mais reduziu emissões no primeiro trimestre

Portugal está entre os 12 países que conseguiram diminuir as emissões com efeito de estufa e, ao mesmo tempo, aumentar a riqueza.

A emissão de gases com efeito de estufa produzidos pela economia dos países da União Europeia (UE) diminuiu 4% no primeiro trimestre deste ano, em comparação o mesmo período de 2023, divulgou o Eurostat. Portugal foi o quinto que mais reduziu as emissões neste período e, ao mesmo tempo, conseguiu aumentar a riqueza.

O gabinete de estatística da UE calcula que, nos três meses de arranque do ano, os 27 Estados membros produziram um total de 894 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, um decréscimo de 4% em termos homólogos.

Entre os 27, foram apenas os 20 Estados-membros que reduziram as suas emissões, sendo que as maiores descidas verificaram-se na Bulgária (-15,2%), Alemanha (-6,7%) e Bélgica (-6%). Malta, Lituânia, Letónia, Grécia, Roménia e Eslovénia moveram-se em sentido contrário.

Dos 20 países que melhoraram em termos de emissões, oito registaram também uma quebra na economia, enquanto os restantes 12, grupo no qual se inclui Portugal, “conseguiram reduzir as emissões ao mesmo tempo que o PIB cresceu”. Portugal reduziu as suas emissões ligeiramente acima dos 5% nos primeiros três meses do ano, enquanto a economia cresceu 1,4% em termos homólogos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vodafone patrocina e dá nome à Supertaça feminina de futebol

  • + M
  • 16 Agosto 2024

É a primeira vez que uma empresa de telecomunicações apoia esta prova nacional que marca o arranque da nova época desportiva do futebol feminino. A final está marcada para 23 de agosto.

Ao alargar o âmbito da sua parceria com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Vodafone é agora a principal patrocinadora da Supertaça feminina de futebol. A operadora passa assim a dar nome à prova feminina, tal como já acontecia com a competição masculina.

O futebol feminino vai para além do desporto, inspira e abre caminho para a igualdade de oportunidades. Esta é uma missão que partilhamos na Vodafone, onde trabalhamos diariamente na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É por isso que nos juntamos à Federação Portuguesa de Futebol através da Supertaça”, diz Leonor Dias, diretora de marca da Vodafone Portugal, citada em comunicado.

Queremos ser a marca que está junto dos portugueses nos momentos mais importantes. Este é um desses momentos. A Vodafone continuará a inovar, sobretudo na forma como apoia o desporto e se conecta com os seus clientes”, acrescenta.

Já por parte da FPF, Nuno Moura, diretor de marketing e negócios, diz que é uma “honra” para a Federação “contar com a parceria da Vodafone naquela que é a competição que simboliza o arranque de uma nova temporada futebolística”.

“A qualidade do futebol feminino português está em crescendo e, exemplo disso, é o elevando interesse dos meios e das pessoas pelas provas portuguesas e internacionais. A Supertaça Vodafone ganha, assim, um parceiro importante, que emprestará a sua notoriedade e as suas competências ao espetáculo, engrandecendo todo o universo do futebol feminino português”, acrescenta.

Esta é a primeira vez que uma empresa de telecomunicações apoia esta prova nacional, que marca o arranque da nova época desportiva do futebol feminino.

O Estádio do Restelo é o responsável por acolher os jogos decisivos da Supertaça Feminina Vodafone, no dia 23 de agosto, onde se vão confrontar as equipas Racing Power FC, SF Damaiense, SL Benfica e Sporting CP. A final realiza-se às 20h45, enquanto a partida que decide terceiro e quarto classificados está marcada para as 11h00.

Já nas meias-finais – disputadas nos respetivos estádios dos clubes – o SL Benfica recebe o SF Damaiense a 17 de agosto, às 15h30, e o Racing Power FC mede forças com o Sporting CP, num jogo realizado no mesmo dia, pelas 17h30.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lei do Restauro da Natureza entra em vigor no sábado

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A Lei do Restauro da Natureza vai estabelecer um processo para restaurar de maneira contínua e sustentável a natureza em florestas e mares de países da UE.

A legislação do Restauro da Natureza da União Europeia (UE) vai entrar em vigor no sábado, com regras específicas para os 27 países e o objetivo de restaurar pelo menos 20% das florestas e mares até 2030.

Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou que a lei que vai entrar em vigor vai no “sentido de inverter a tendência de degradação da natureza, alcançar a neutralidade climática e melhorar a preparação e resiliência” dos países da UE para os “efeitos das alterações climáticas”.

“A Lei do Restauro da Natureza vai estabelecer um processo para restaurar de maneira contínua e sustentável a natureza em florestas e mares [de países] da UE. O objetivo é restaurar, ao nível da UE, 20% das florestas e 20% dos mares até 2030“, acrescentou o executivo comunitário.

As medidas contidas na legislação “têm de estar em vigor até 2050 para todos os ecossistema que precisam de ser restaurados”, nomeadamente florestas, terrenos agrícolas, áreas marinhas e massas de água doce, mas também cidades, uma vez que a “presença de árvores e vegetação ajudará a purificar o ar e a reduzir as temperaturas”, numa altura em que várias cidades, especificamente em Portugal, Espanha e França, mas também em países onde as temperaturas habitualmente são mais baixas, por exemplo, a Bélgica, estão a ultrapassar máximos de temperaturas durante períodos longos.

Os Estados-membros têm a partir de sábado dois anos para apresentar projetos à Comissão Europeia e delinear objetivos para 2030, 2040 e 2050.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor sobe a três e 12 meses e cai a seis meses para mínimo de ano e meio

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses, face a quinta-feira, mas desceu a seis meses para um mínimo de um ano e meio.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses, face a quinta-feira, mas desceu a seis meses para um mínimo de um ano e meio. Com as alterações desta sexta-feira, a taxa a três meses, que subiu para 3,560%, continuou acima da taxa a seis meses (3,367%) e da taxa a 12 meses (3,139%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou esta sexta-feira para 3,367%, menos 0,008 pontos, um mínimo desde 11 de abril de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, subiu esta sexta-feira, para 3,139%, mais 0,022 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • A Euribor a três meses subiu para 3,560%, mais 0,011 pontos, depois de ter atingido 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Cheque” extra para reformados pago em outubro vai custar 400 milhões de euros, estima Paulo Rangel

Montenegro anunciou um suplemento até 200 euros para pensionistas. Esta sexta-feira, o ministro Paulo Rangel veio revelar que custará cerca de 400 milhões de euros, "talvez um pouco mais".

O suplemento extraordinário para as reformas mais baixas vai custar cerca de 400 milhões de euros ou “talvez um pouco mais”. O valor foi revelado esta sexta-feira pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que adiantou também que o Governo estima que 2,4 milhões de pensionistas serão abrangidos por este “brinde”, que varia entre 100 euros e 200 euros.

“Neste momento, a nossa estimativa — que precisa de um afinamento — rondará os dois milhões e 400 mil pessoas, e poderá andar à volta de 400 milhões de euros, talvez um pouco mais”, indicou o governante, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP 3.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, aproveitou o arranque da Festa do Pontal para anunciar que os reformados receberão em outubro um apoio extra, entre 100 euros e 200 euros.

Os portugueses com pensões até 509,26 euros (o equivalente ao Indexante dos Apoios Sociais) receberão um “brinde” de 200 euros. Para quem recebe reformas entre 509,26 euros e 1.018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. E as pensões entre 1.018,62 euros e 1.527,78 euros terão direito a um “bónus” de 100 euros.

Na altura, o chefe do Executivo não indicou nem o impacto orçamental da medida, nem o universo de beneficiários, mas esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, ladeado pelo secretário de Estado do Trabalho, Adriano Moreira, revelou uma primeira estimativa.

Em declarações aos jornalistas, Rangel considerou que “esta é uma medida de apoio fundamental”. “Não compreendo como há tanta gente — mesmo entre os partidos da oposição — que está incomodada com uma medida que é social e revela responsabilidade orçamental“, atirou.

Na visão de Paulo Rangel, o Governo tem de promover o crescimento da economia, mas também tem de “olhar para as pessoas com rendimentos menores”, daí que se avance com este suplemento para os reformados.

“É uma medida que em outubro atingirá mais de dois milhões de pessoas. Estar a querer tentar desvalorizar essa medida… onde está a sensibilidade do Partido Socialista?“, atirou ainda o governante. E deixou claro, quando confrontado com as críticas de que a medida é eleitoralista, que “só há eleições se o secretário-geral do PS” quiser.

Além da oposição, também as associações que representam os pensionistas têm deixado críticas a esta medida. Por um lado, porque se trata de um pagamento único, ou seja, não é um aumento das pensões mas um cheque que será pago uma única vez.

Por outro lado, porque é inferior ao suplemento extraordinário que o Governo de António Costa aplicou em outubro de 2022, que correspondeu a meia pensão. É importante lembrar, contudo, que nessa altura o suplemento serviu como contrapartida por não se ter aplicado de forma plena às pensões o aumento que resultaria da inflação histórica (o anterior Governo acabou por aplicar por completo essa subida, mas só em meados de 2023).

Desta vez, o suplemento não tem essa contrapartida, tendo o primeiro-ministro já garantido que irá cumprir a lei e aplicar por completo o aumento das pensões que resultar da inflação e do crescimento económico.

(Notícia atualizada às 12h16)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AM48 investe mais de 140 milhões de euros em projeto habitacional e comercial em Loures

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

Projeto habitacional e comercial com 400 fogos, em Santo António dos Cavaleiros, Loures, tem conclusão prevista para 2030.

A promotora imobiliária AM48 anunciou esta sexta-feira o investimento de mais de 140 milhões de euros num novo projeto habitacional e comercial com 400 fogos, em Santo António dos Cavaleiros, Loures, com conclusão prevista para 2030.

“Trata-se de uma aposta da AM48 na descentralização de novas habitações para fora dos principais centros urbanos, respondendo assim a uma necessidade cada vez maior de criar oferta de habitação para a classe média“, referiu a promotora, em comunicado.

O terreno recém-adquirido tem uma área de construção superior a 80.000 metros quadrados, dos quais cerca de 90% dedicados à área residencial e os restantes 10% à área comercial.

O projeto permitirá criar 400 novos apartamentos distribuídos por tipologias T1 a T4 e com estacionamento privativo, recuperando um loteamento com infraestruturas incompletas numa “zona há décadas abandonada no centro da freguesia”, detalhou a AM48.

O projeto vai ser apresentado no início do próximo ano, estando a sua conclusão prevista para 2030.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito ao consumo bate recorde acima dos 4,1 mil milhões no primeiro semestre

As famílias pediram 638,5 milhões de euros em crédito que tem como finalidade o consumo em junho, levando o valor total destes empréstimos a superar a fasquia dos quatro mil milhões no semestre.

O crédito aos consumidores continua a fixar novos máximos. Os bancos e financeiras emprestaram 4,1 mil milhões de euros com a finalidade de consumo nos primeiros seis meses do ano, um valor que representa um novo recorde e que superou os 3,8 mil milhões pedidos em crédito para consumo na primeira metade de 2023.

Trata-se de um aumento de 7,3% face ao mesmo semestre do ano passado e um novo valor inédito desde pelo menos 2013, data a partir da qual o Banco de Portugal passou a recolher estes dados, segundo revelam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Depois de um abrandamento nos anos da pandemia, em 2020 e 2021, o crédito ao consumo retomou em força, ultrapassando os valores fixados antes da pandemia, apesar da subida das taxas de juro registada nos últimos anos.

 

O crédito concedido através do crédito pessoal e o crédito para a aquisição de automóvel lideram a concessão de novos empréstimos. Entre janeiro e junho, as instituições financeiras emprestaram 1,77 mil milhões de euros para outros créditos pessoais (excluem créditos para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos), acima dos 1,69 mil milhões financiados um ano antes.

Já no que diz respeito ao crédito automóvel, os consumidores pediram 1,57 mil milhões de euros em crédito para esta finalidade.

Apesar do novo recorde acumulado no semestre, o crédito aos consumidores registou uma desaceleração mensal em junho. Os consumidores pediram 638 milhões emprestados para o consumo, abaixo dos 722 milhões pedidos no mês anterior.

(Notícia atualizada às 12h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal lidera criação de empresas na UE, mas insolvências retomam tendência de subida

Os pedidos de insolvências retomaram a tendência de subida no segundo trimestre do ano, após um abrandamento de 2,8% nos primeiros três meses de 2024.

Portugal liderou a criação de empresas na União Europeia, no segundo trimestre do ano, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Apesar desta evolução positiva, o número de insolvências no país voltou a aumentar entre abril e junho e superou a média europeia, confirmando que ainda há muitos negócios que continuam a enfrentar problemas.

O número de pedidos de falência na União Europeia aumentou 3,1% no segundo trimestre do ano, face aos primeiros três meses de 2024, revela o gabinete de estatísticas europeu. Ao mesmo tempo que as insolvências aumentaram, o registo de novos negócios baixou 2,1%.

“Enquanto o número de declarações de falência aumentaram, os setores da economia comportaram-se de forma diferente”, explica o Eurostat, detalhando que as insolvências aumentaram na construção (3,8%), atividades financeiras (2,6%), comércio (2,4%) e na indústria (1,6%). Já os setores da informação e comunicação (-4,8%), transportes (-1,6%) e serviços de acomodação e comida (-1,1%) registaram uma descida das insolvências.

Segundo o Eurostat, olhando para os países da União Europeia, Portugal liderou o registo de novos negócios, com um aumento de 7,6% face ao primeiro trimestre, seguido da Letónia, com uma subida de 5,6% e pela Roménia, com um aumento de 2,2%.

No que diz respeito às insolvências, o número de pedidos de falência no país cresceu 3,9% face aos primeiros três meses do ano, um aumento que supera a média europeia e que contraria a descida de 2,8% nas insolvências registadas em Portugal no primeiro trimestre de 2024.

No contexto europeu, a Grécia liderou as insolvências, com um disparo de 133,4%, seguida pela Lituânia e pela Eslováquia, com aumentos de 16.7% e 7,6%, respetivamente. Já as maiores descidas nas declarações de insolvências pertenceram à Letónia (-21,4%), Suécia (-14,7%) e Luxemburgo (-8,2%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Combustíveis voltam às subidas. Gasolina e gasóleo aumentam um cêntimo

O litro de gasolina simples 95 deverá ser vendido, em média, a 1,692 euros, e o litro de gasóleo simples custará, também em média, 1,531 cêntimos.

Os preços dos combustíveis vão aumentar no início da próxima semana. Tanto o gasóleo como a gasolina deverão encarecer cerca de um cêntimo.

A previsão tem por base fontes do setor, citadas pela Automóvel Clube de Portugal (ACP). Tendo em conta o aumento esperado, a partir de segunda-feira, o litro de gasolina simples 95 deverá ser vendido, em média, a 1,692 euros, e o litro de gasóleo simples custará, também em média, 1,531 cêntimos, tendo por referência o preço médio diário publicado pela Direção Geral da Energia e Geologia.

A subida acontece depois de, na semana passada, ter sido anunciada uma descida nos dois combustíveis — 2 cêntimos no gasóleo e 3,5 cêntimos na gasolina, que acabou por se verificar.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.