Euribor sobe a três e 12 meses e cai a seis meses para mínimo de ano e meio

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses, face a quinta-feira, mas desceu a seis meses para um mínimo de um ano e meio.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses, face a quinta-feira, mas desceu a seis meses para um mínimo de um ano e meio. Com as alterações desta sexta-feira, a taxa a três meses, que subiu para 3,560%, continuou acima da taxa a seis meses (3,367%) e da taxa a 12 meses (3,139%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou esta sexta-feira para 3,367%, menos 0,008 pontos, um mínimo desde 11 de abril de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, subiu esta sexta-feira, para 3,139%, mais 0,022 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • A Euribor a três meses subiu para 3,560%, mais 0,011 pontos, depois de ter atingido 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Cheque” extra para reformados pago em outubro vai custar 400 milhões de euros, estima Paulo Rangel

Montenegro anunciou um suplemento até 200 euros para pensionistas. Esta sexta-feira, o ministro Paulo Rangel veio revelar que custará cerca de 400 milhões de euros, "talvez um pouco mais".

O suplemento extraordinário para as reformas mais baixas vai custar cerca de 400 milhões de euros ou “talvez um pouco mais”. O valor foi revelado esta sexta-feira pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que adiantou também que o Governo estima que 2,4 milhões de pensionistas serão abrangidos por este “brinde”, que varia entre 100 euros e 200 euros.

“Neste momento, a nossa estimativa — que precisa de um afinamento — rondará os dois milhões e 400 mil pessoas, e poderá andar à volta de 400 milhões de euros, talvez um pouco mais”, indicou o governante, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP 3.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, aproveitou o arranque da Festa do Pontal para anunciar que os reformados receberão em outubro um apoio extra, entre 100 euros e 200 euros.

Os portugueses com pensões até 509,26 euros (o equivalente ao Indexante dos Apoios Sociais) receberão um “brinde” de 200 euros. Para quem recebe reformas entre 509,26 euros e 1.018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. E as pensões entre 1.018,62 euros e 1.527,78 euros terão direito a um “bónus” de 100 euros.

Na altura, o chefe do Executivo não indicou nem o impacto orçamental da medida, nem o universo de beneficiários, mas esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, ladeado pelo secretário de Estado do Trabalho, Adriano Moreira, revelou uma primeira estimativa.

Em declarações aos jornalistas, Rangel considerou que “esta é uma medida de apoio fundamental”. “Não compreendo como há tanta gente — mesmo entre os partidos da oposição — que está incomodada com uma medida que é social e revela responsabilidade orçamental“, atirou.

Na visão de Paulo Rangel, o Governo tem de promover o crescimento da economia, mas também tem de “olhar para as pessoas com rendimentos menores”, daí que se avance com este suplemento para os reformados.

“É uma medida que em outubro atingirá mais de dois milhões de pessoas. Estar a querer tentar desvalorizar essa medida… onde está a sensibilidade do Partido Socialista?“, atirou ainda o governante. E deixou claro, quando confrontado com as críticas de que a medida é eleitoralista, que “só há eleições se o secretário-geral do PS” quiser.

Além da oposição, também as associações que representam os pensionistas têm deixado críticas a esta medida. Por um lado, porque se trata de um pagamento único, ou seja, não é um aumento das pensões mas um cheque que será pago uma única vez.

Por outro lado, porque é inferior ao suplemento extraordinário que o Governo de António Costa aplicou em outubro de 2022, que correspondeu a meia pensão. É importante lembrar, contudo, que nessa altura o suplemento serviu como contrapartida por não se ter aplicado de forma plena às pensões o aumento que resultaria da inflação histórica (o anterior Governo acabou por aplicar por completo essa subida, mas só em meados de 2023).

Desta vez, o suplemento não tem essa contrapartida, tendo o primeiro-ministro já garantido que irá cumprir a lei e aplicar por completo o aumento das pensões que resultar da inflação e do crescimento económico.

(Notícia atualizada às 12h16)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AM48 investe mais de 140 milhões de euros em projeto habitacional e comercial em Loures

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

Projeto habitacional e comercial com 400 fogos, em Santo António dos Cavaleiros, Loures, tem conclusão prevista para 2030.

A promotora imobiliária AM48 anunciou esta sexta-feira o investimento de mais de 140 milhões de euros num novo projeto habitacional e comercial com 400 fogos, em Santo António dos Cavaleiros, Loures, com conclusão prevista para 2030.

“Trata-se de uma aposta da AM48 na descentralização de novas habitações para fora dos principais centros urbanos, respondendo assim a uma necessidade cada vez maior de criar oferta de habitação para a classe média“, referiu a promotora, em comunicado.

O terreno recém-adquirido tem uma área de construção superior a 80.000 metros quadrados, dos quais cerca de 90% dedicados à área residencial e os restantes 10% à área comercial.

O projeto permitirá criar 400 novos apartamentos distribuídos por tipologias T1 a T4 e com estacionamento privativo, recuperando um loteamento com infraestruturas incompletas numa “zona há décadas abandonada no centro da freguesia”, detalhou a AM48.

O projeto vai ser apresentado no início do próximo ano, estando a sua conclusão prevista para 2030.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito ao consumo bate recorde acima dos 4,1 mil milhões no primeiro semestre

As famílias pediram 638,5 milhões de euros em crédito que tem como finalidade o consumo em junho, levando o valor total destes empréstimos a superar a fasquia dos quatro mil milhões no semestre.

O crédito aos consumidores continua a fixar novos máximos. Os bancos e financeiras emprestaram 4,1 mil milhões de euros com a finalidade de consumo nos primeiros seis meses do ano, um valor que representa um novo recorde e que superou os 3,8 mil milhões pedidos em crédito para consumo na primeira metade de 2023.

Trata-se de um aumento de 7,3% face ao mesmo semestre do ano passado e um novo valor inédito desde pelo menos 2013, data a partir da qual o Banco de Portugal passou a recolher estes dados, segundo revelam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Depois de um abrandamento nos anos da pandemia, em 2020 e 2021, o crédito ao consumo retomou em força, ultrapassando os valores fixados antes da pandemia, apesar da subida das taxas de juro registada nos últimos anos.

 

O crédito concedido através do crédito pessoal e o crédito para a aquisição de automóvel lideram a concessão de novos empréstimos. Entre janeiro e junho, as instituições financeiras emprestaram 1,77 mil milhões de euros para outros créditos pessoais (excluem créditos para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos), acima dos 1,69 mil milhões financiados um ano antes.

Já no que diz respeito ao crédito automóvel, os consumidores pediram 1,57 mil milhões de euros em crédito para esta finalidade.

Apesar do novo recorde acumulado no semestre, o crédito aos consumidores registou uma desaceleração mensal em junho. Os consumidores pediram 638 milhões emprestados para o consumo, abaixo dos 722 milhões pedidos no mês anterior.

(Notícia atualizada às 12h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal lidera criação de empresas na UE, mas insolvências retomam tendência de subida

Os pedidos de insolvências retomaram a tendência de subida no segundo trimestre do ano, após um abrandamento de 2,8% nos primeiros três meses de 2024.

Portugal liderou a criação de empresas na União Europeia, no segundo trimestre do ano, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Apesar desta evolução positiva, o número de insolvências no país voltou a aumentar entre abril e junho e superou a média europeia, confirmando que ainda há muitos negócios que continuam a enfrentar problemas.

O número de pedidos de falência na União Europeia aumentou 3,1% no segundo trimestre do ano, face aos primeiros três meses de 2024, revela o gabinete de estatísticas europeu. Ao mesmo tempo que as insolvências aumentaram, o registo de novos negócios baixou 2,1%.

“Enquanto o número de declarações de falência aumentaram, os setores da economia comportaram-se de forma diferente”, explica o Eurostat, detalhando que as insolvências aumentaram na construção (3,8%), atividades financeiras (2,6%), comércio (2,4%) e na indústria (1,6%). Já os setores da informação e comunicação (-4,8%), transportes (-1,6%) e serviços de acomodação e comida (-1,1%) registaram uma descida das insolvências.

Segundo o Eurostat, olhando para os países da União Europeia, Portugal liderou o registo de novos negócios, com um aumento de 7,6% face ao primeiro trimestre, seguido da Letónia, com uma subida de 5,6% e pela Roménia, com um aumento de 2,2%.

No que diz respeito às insolvências, o número de pedidos de falência no país cresceu 3,9% face aos primeiros três meses do ano, um aumento que supera a média europeia e que contraria a descida de 2,8% nas insolvências registadas em Portugal no primeiro trimestre de 2024.

No contexto europeu, a Grécia liderou as insolvências, com um disparo de 133,4%, seguida pela Lituânia e pela Eslováquia, com aumentos de 16.7% e 7,6%, respetivamente. Já as maiores descidas nas declarações de insolvências pertenceram à Letónia (-21,4%), Suécia (-14,7%) e Luxemburgo (-8,2%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Combustíveis voltam às subidas. Gasolina e gasóleo aumentam um cêntimo

O litro de gasolina simples 95 deverá ser vendido, em média, a 1,692 euros, e o litro de gasóleo simples custará, também em média, 1,531 cêntimos.

Os preços dos combustíveis vão aumentar no início da próxima semana. Tanto o gasóleo como a gasolina deverão encarecer cerca de um cêntimo.

A previsão tem por base fontes do setor, citadas pela Automóvel Clube de Portugal (ACP). Tendo em conta o aumento esperado, a partir de segunda-feira, o litro de gasolina simples 95 deverá ser vendido, em média, a 1,692 euros, e o litro de gasóleo simples custará, também em média, 1,531 cêntimos, tendo por referência o preço médio diário publicado pela Direção Geral da Energia e Geologia.

A subida acontece depois de, na semana passada, ter sido anunciada uma descida nos dois combustíveis — 2 cêntimos no gasóleo e 3,5 cêntimos na gasolina, que acabou por se verificar.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revolut avaliada em 45 mil milhões de dólares após venda de ações pelos trabalhadores

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Agosto 2024

Fintech permitiu que os trabalhadores vendessem as suas ações, numa operação que avalia a empresa em 45 mil milhões de dólares. Coatue, D1 Capital Partners e Tiger Global entre os investidores.

A Revolut obteve uma avaliação de 45 mil milhões de dólares, o equivalente a cerca de 41 mil milhões de euros, numa operação que possibilitou aos trabalhadores venderem as suas ações. Um aumento face aos 33 mil milhões de dólares a que foi avaliada há três anos.

Em comunicado, o banco digital com sede no Reino Unido revela ter assinado “acordos com um grupo de investidores líderes em tecnologia”, entre os quais Coatue, D1 Capital Partners e Tiger Global, “para fornecer liquidez aos funcionários através de uma venda secundária de ações com uma avaliação de 45 mil milhões de dólares”.

Esta avaliação, que supera os 33 mil milhões de dólares que alcançou numa angariação de fundos em 2021 liderada pelo SoftBank e pela Tiger Global, reflete o “forte desempenho financeiro” que registou nos últimos trimestres e os “progressos realizados na execução dos seus objetivos estratégicos”, lê-se na nota.

“Estamos muito satisfeitos por dar aos nossos funcionários a oportunidade de usufruir dos benefícios do sucesso coletivo da empresa”, disse o CEO da Revolut, Nikolay Storonsky, citado no comunicado.

Em 2023, a fintech, que também está presente em Portugal, reportou receitas de 2,2 mil milhões de dólares, 95% acima do valor obtido no ano anterior, e um lucro recorde antes de impostos de 545 milhões de dólares, enquanto no primeiro semestre deste ano registou um aumento anual das receitas superior a 80%, bem como uma melhoria da rentabilidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SRS Legal assessora investimento da Gauge Capital na AGT Robotics

A equipa da SRS Legal envolvida na operação foi liderada pelo sócio Gustavo Ordonhas Oliveira e coordenada pelo associado Miguel Pereira Bonifácio, ambos da área de Private Equity & Venture Capital.

A SRS Legal assessorou a Gauge Capital em investimento estratégico na AGT Robotics. A equipa envolvida na operação foi liderada pelo sócio Gustavo Ordonhas Oliveira e coordenada pelo associado Miguel Pereira Bonifácio, ambos da área de Private Equity & Venture Capital.

A equipa multidisciplinar incluiu ainda os associados Ana Margarida Henriques (Laboral e Segurança Social), Dalila Simões (Propriedade Intelectual), José Pinto Santos (Imobiliário), Solange Fernandes (Private Equity & Venture Capital) e Soraia João Silva (Fiscal).

“A SRS assessorou a Gauge Capital em todos os aspetos legais e fiscais portugueses da operação, incluindo due diligence, relacionados com as subsidiárias portuguesas do grupo”, explica o escritório em comunicado.

A Ropes & Gray e a Blake, Cassels & Graydon assessoraram a Gauge Capital em matérias de lei norte americana e canadiana, respetivamente.

A Gauge Capital é uma firma de private equity no segmento de middle market sediada no Texas, Estados Unidos da América. Já a AGT Robotics é uma empresa canadiana de produção de soluções de soldadura robotizada para a indústria do aço estrutural e fabrico de metais pesados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro autoriza compra de mais terreno para instalar Hospital de Lisboa Oriental por 4,78 milhões de euros

  • ECO
  • 16 Agosto 2024

O primeiro-ministro aprovou a compra de mais 28 mil metros quadrados ao Município de Lisboa, por 4,78 milhões de euros, porque o espaço atualmente disponível não era suficiente.

O primeiro-ministro autorizou o Estado a comprar ao Município de Lisboa, por cerca de 4,78 milhões de euros, cinco parcelas de terreno, com uma área total de 28 mil metros quadrados, para expandir o espaço onde será instalado o futuro Hospital de Lisboa Oriental, pois a área atualmente disponível não é suficiente.

Num despacho publicado esta sexta-feira no Diário da República, Luís Montenegro recorda que “o Hospital de Lisboa Oriental vai traduzir-se num importante marco para a história da saúde pública em Portugal”, mas admite que o projeto se arrasta há “várias décadas”, pelo que “importa agora concretizar”.

Em dezembro de 2007, foi decidida a venda ao Estado, pela autarquia da capital, de parcelas de terreno num total de 100.561 metros quadrados onde será instalada a infraestrutura. Essa transação só foi escriturada anos depois, em julho de 2010.

“Verificou-se, porém, que o terreno não era suficiente para implementar o futuro Hospital”, pelo que em 2017 o município “decidiu alienar a favor do Ministério da Saúde” as cinco parcelas que Montenegro agora autoriza a aquisição.

O montante dos 4,78 milhões de euros resulta de uma “avaliação efetuada pela Estamo”, a imobiliária do Estado. No despacho, o primeiro-ministro também aprova a minuta do contrato, que será agora “submetida a fiscalização prévia do Tribunal de Contas”.

A construção do Hospital de Lisboa Oriental tem sido considerada a maior obra pública da última década, mas o processo tem sido marcado por atrasos, incluindo um concurso anulado, com a posterior adjudicação, em 2022, à Mota-Engil.

Com um investimento estimado de 380 milhões de euros, o Hospital de Lisboa Oriental, que terá 875 camas, vai ser construído numa área total de 180 mil metros quadrados na zona de Marvila e permitir substituir seis unidades de saúde dispersas fisicamente no centro da cidade de Lisboa, como explicou o ECO no início deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS acusa Governo de incompetência na gestão do SNS este verão

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

Líder dos socialistas diz que Governo descobriu "agora que não é fácil resolver os problemas do Serviço Nacional de Saúde” e diz que dificuldades nas urgências hoje “são maiores” do que há um ano.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o Governo de incompetência devido à incapacidade de resolver problemas que afetam o Serviço Nacional de Saúde (SNS), como o encerramento de urgências em várias zonas do país.

De visita, na quinta-feira, à Feira Medieval de Silves, no distrito de Faro, o líder dos socialistas criticou, em declarações aos jornalistas, os anúncios de abertura de mais dois cursos de Medicina, em Évora e Vila Real, feitos pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, na quarta-feira, na Festa do Pontal, em Quarteira, no concelho de Loulé, salientando que se trata de uma medida que só vai dar resultados dentro de uma década.

Ontem [quarta-feira], mais uma vez, não pareceu uma intervenção de um primeiro-ministro, sim de um líder parlamentar. Aliás, eu julgo que Luís Montenegro ainda não despiu esse fato e julgo que nunca conseguirá ajustar-se àquela que é a posição de um primeiro-ministro, que tem a capacidade de reconhecer aquilo que não está a correr bem e aquilo que são falhas próprias e, ao mesmo tempo, apresentar uma visão para resolver os problemas. Isso nós não tivemos“, considerou Pedro Nuno Santos.

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, de visita à Feira Medieval de Silves na quinta-feira, dia 15 de agosto de 2024Lusa 15 Agosto, 2024

O secretário-geral do PS ironizou com as declarações do primeiro-ministro sobre as dificuldades em resolver problemas na Saúde, afirmando que o Governo e Luís Montenegro “descobriram agora que não é fácil resolver os problemas do Serviço Nacional de Saúde”, depois de na campanha eleitoral ter criado expectativas e tentado “passar a ideia que só por preconceito ideológico é que os problemas da Saúde não estavam resolvidos pelo PS”.

“E, por isso, prometeram um programa de emergência, que estaria rapidamente aprovado, com dezenas de medidas urgentes para resolver problemas urgentes”, recordou, considerando que, “ao contrário do que o senhor primeiro-ministro disse”, as dificuldades nas urgências hoje “não são menores do que foram há um ano, são maiores”.

Pedro Nuno Santos disse que hoje há “mais urgências encerradas” e “com constrangimentos” e isso demonstra “o fracasso dessa política” do Governo. “Não vale a pena vir com a conversa de que tiveram oito anos e agora só estão há quatro meses, porque criaram a expectativa junto dos portugueses, para ganhar obviamente eleições, de que conseguiriam resolver. E os problemas hoje estão piores do que há um ano por responsabilidade exclusiva do Governo“, argumentou.

O secretário-geral do PS disse que “o Governo falhou, foi incompetente na gestão do SNS em plena época de verão”, e apontou como exemplo o distrito de Setúbal, que, segundo Pedro Nuno Santos, “nunca tinha estado um único dia com todos os serviços de obstetrícia e ginecologia encerrados” e “pela primeira vez estiveram vários dias sem nenhum serviço de obstetrícia e ginecologia aberto”.

“Isso resulta da incompetência do Governo, e não há como escamotear”, imputou, lembrando que antes do discurso de Luís Montenegro na festa de rentrée do PSD no Pontal foi criada também a expectativa de que “seriam apresentadas medidas para dar resposta aos problemas da saúde” e as propostas avançadas, referentes à criação de mais dois cursos de medicina, só vão “ter consequências é daqui a 10/15 anos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reclamações nos seguros de saúde: Una a melhor, Mgen a pior

  • ECO Seguros
  • 16 Agosto 2024

Baixaram as reclamações dos consumidores quanto a seguros de saúde, mas a ASF ainda concordou com 40% das queixas. Veja o ranking das seguradoras ordenadas pelo número de queixas por mil clientes.

O número de segurados de saúde em Portugal ultrapassou quatro milhões no ano passado e, durante esse período, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), entidade supervisora do setor, registou 4.824 reclamações dirigidas por clientes às seguradoras do ramo. São 1,18 queixas por cada mil contratos, um valor abaixo dos 1,29 registados no ano anterior. Desacordo quanto a sinistros foi a principal causa dos protestos formais.

Analisadas as reclamações, tendo em consideração o número de apólices de saúde ativas em média por companhia, a UNA foi a seguradora que em 2023 menos problemas suscitou aos seus clientes, enquanto, no lado oposto, a Mgen foi a que mais gerou reclamações entre as 15 companhias avaliadas.

Quanto à posição da ASF em relação às reclamações, o supervisor deu respostas favoráveis aos queixosos em 40% dos casos em 2023, percentagem idêntica à do ano anterior.

A ASF registou as reclamações, essencialmente, através do Livro de Reclamações Eletrónico, do Portal do Consumidor, do site dos operadores, por cartas recebidas e até por presença física dos reclamantes.

15 seguradoras ou grupos analisados

O supervisor classificou as 15 seguradoras ou grupos que operam no mercado de seguros de saúde de acordo com a proporção de reclamações recebidas pelo número médio anual de apólices ativas em 2023.

Por diferenças de perceção por parte dos clientes quanto a marcas, o supervisor decidiu agrupar o grupo Fidelidade, juntando Multicare e Via Directa (Ok! Seguros), e também o grupo Ageas, agregando a este a marca Médis.

Segundo a ASF, os resultados em 2023 foram os seguintes:

Fonte: Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado 2023, ASF

A UNA Seguros foi a seguradora menos reclamada, com apenas 14 queixas. A Generali Tranquilidade, já com 593 clientes em saúde e terceira maior do segmento, foi a segunda melhor quanto a reclamações. Aegon Santander e Planicare seguem-se.

O grupo Fidelidade foi a 5ª melhor com 810 reclamações em 1,22 milhões de clientes, ficando ainda Allianz, Lusitania e Victoria num patamar melhor que a média de mercado.

Logo abaixo da média ficaram a Real Vida, a Chubb e o grupo Ageas. Este último foi o segundo maior operador do mercado, com 727 mil clientes e 2,35 queixas por cada mil pessoas seguradas. Asisa e Cardif ficam a seguir, embora o número de clientes ainda seja relativamente pequeno e as queixas possam ter pouco significado estatístico.

A ASF chama a atenção neste Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado 2023, agora publicado e de onde foi extraída a informação, que “os rácios das reclamações do ramo Doença não são apresentados para diversos operadores, quer por terem recebido menos de dez reclamações, quer por estarem em causa outliers (rácios comprovadamente desviantes face aos restantes operadores de mercado), que podem ser justificados pelo reduzido valor das unidades de risco (pessoas seguras), face à natureza do negócio”.

Talvez por esse motivo, as seguradoras Mudum Seguros e Mgen terminam esta classificação, registando, no caso da Mgen, valores bastante acima da média: mais de um em cada 100 clientes reclamaram.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quase 288 mil pessoas têm dois ou mais empregos em Portugal

Mais de 100 mil pessoas que tinham só um emprego no arranque do ano passaram a ter mais postos de trabalho entre abril e junho. Somam-se 185 mil pessoas que já estavam nessa situação e continuaram.

O número de trabalhadores com dois ou mais empregos voltou a aumentar no segundo trimestre do ano. O país conta agora com 287,5 mil pessoas que acumulam dois ou mais trabalhos, o número mais elevado desde, pelo menos, 2011, de acordo com os dados consultados pelo ECO.

Das cerca de 4,9 milhões de pessoas que já estavam empregadas no início do ano e assim continuaram no segundo trimestre, 3,8% tinham dois ou mais empregos e mantiveram-se nessa situação. Em causa estão 185,3 mil pessoas.

No trimestre anterior, tinham sido 167 mil as pessoas que se tinham mantido com, pelo menos, dois postos de trabalho. Ou seja, houve agora um disparo em cadeia de 11,2% deste grupo. Já em termos homólogos houve um aumento de 10,2%.

A estes trabalhadores vierem somar-se, entre abril e junho, 102,2 mil outras pessoas, que tinham arrancado o ano de 2024 apenas com um posto de trabalho, mas no segundo trimestre viram-se obrigadas a acumular, pelo menos, mais um emprego.

Nos primeiros três meses do ano, 94,4 mil pessoas tinham feito essa transição. Tal significa que houve, no segundo trimestre, uma subida em cadeia de 8,2% dos novos trabalhadores em emprego duplo. Já se olharmos para o registado no período homólogo, o aumentou foi de 3,1%.

Resultado: no total, no segundo trimestre, 287,5 mil pessoas mantiveram-se ou passaram ao emprego duplo, calcula o ECO. Este é o valor mais elevado desde, pelo menos, o segundo trimestre de 2011, altura em que começa a atual série estatística, como mostra o gráfico abaixo.

Há três trimestres que emprego duplo sobe

Fonte: INE

No entanto, em declarações ao ECO, o professor João Cerejeira sublinha que este aumento do duplo emprego não é um sinal de alerta, no que diz respeito às dinâmicas do mercado de trabalho português. Aliás, mostra que há disponibilidade de postos de trabalho, e que as empresas, confrontadas com dificuldades no recrutamento, têm recorrido a pessoas que até já estão empregadas para suprir essas necessidades.

O especialista da Universidade do Minho admite, contudo, que estes dados podem também ser explicados pelas quebras reais dos salários dos últimos tempos.

É que, sim, os ordenados até têm subido em termos absolutos, mas o boom dos preços (nomeadamente, da habitação, mas não só) levou a perdas do poder de compra nos últimos anos (em 2022, o salário médio caiu 4% em termos reais). E ainda que os salários reais estejam agora de volta à trajetória positiva, os portugueses continuam a sentir pressão para acumular empregos para reforçar os seus orçamentos familiares.

Ainda assim, é de destacar que, de acordo com os dados do INE, 78,3 mil pessoas que tinham dois ou mais empregos no arranque do ano passaram a ter apenas um posto de trabalho no segundo trimestre do ano. Tanto no primeiro trimestre deste ano, como no segundo trimestre de 2024, tinham sido mais os portugueses a fazer essa transição (86 mil e 84,6 mil, respetivamente).

159 mil mudaram de emprego

À parte dos trabalhadores que passaram a acumular vários empregos, há também quem tenha decidido mudar de posto de trabalho. Mais de 159 mil pessoas fizeram-no, entre o primeiro e o segundo trimestre, menos sete mil do que no arranque de 2024 e quase menos 16 mil do que há um ano.

Convém explicar que neste grupo estão incluídas não apenas as pessoas que mudaram de um emprego para outro, mas também pessoas que ficaram temporariamente desempregadas e inativas antes da mudança para um novo emprego. Exclui-se, contudo, as pessoas cujos contratos de trabalho foram renovados, realça o INE.

Por outro lado, entre as pessoas que continuaram empregadas, é de destacar que quase 167 mil passaram de um contrato a prazo no primeiro trimestre para um contrato sem termo, no segundo trimestre. Em comparação com o período homólogo, houve um aumento de 5% dos trabalhadores que conseguiram entrar para os quadros.

Já quanto ao regime de duração do trabalho, transitaram para um trabalho a tempo completo 77,4 mil das pessoas que tinham inicialmente um trabalho a tempo parcial, bem menos do que as 85 mil que fizeram essa passagem entre o primeiro e o segundo trimestre do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.