Reino Unido vai proibir anúncios de fast food na televisão durante o dia

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

Além de introduzir uma limitação horária para a publicidade televisiva, a nova regra incluirá também uma proibição total de anúncios pagos na internet.

O Reino Unido vai proibir anúncios televisivos de fast food até às 21:00, a partir de outubro de 2025, adiantou na quinta-feira o Governo britânico.

Numa declaração escrita dirigida à Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento), o vice-ministro britânico da Saúde Pública e Prevenção, Andrew Gwynne, explicou que, além de introduzir uma limitação horária para a publicidade televisiva, a nova regra incluirá também uma proibição total de anúncios pagos na internet, com o objetivo de combater a obesidade infantil.

Estas restrições, destacou Gwynne, irão “ajudar a proteger as crianças da exposição à publicidade de alimentos e bebidas menos saudáveis”, uma vez que uma em cada cinco crianças da escola primária no Reino Unido está atualmente com excesso de peso, um número que aumenta para mais de um terço na escola secundária.

No entanto, a medida não é nova, uma vez que os conservadores britânicos, com Boris Johnson como primeiro-ministro, já se comprometeram a estabelecer a proibição em 2021, mas a sua implementação foi adiada para dar mais tempo à indústria para se preparar.

Paralelamente a este anúncio, o Governo trabalhista publicou a sua resposta a uma consulta de 2022 sobre o projeto de legislação secundária, que define detalhadamente os produtos, empresas e serviços incluídos na futura norma.

Para Gwynne, estas novas orientações proporcionam “a clareza que as empresas têm vindo a pedir e irão ajudá-las a preparar-se para as restrições que entrarão em vigor” em 01 de outubro de 2025.

O Governo lançou uma consulta específica para as próximas quatro semanas, para esclarecer o modo de aplicação nas televisões que transmitem em direto pela Internet (IPTV), com os trabalhistas a proporem que fiquem sujeitas ao horário das 21:00.

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Santa Casa vai dispensar 207 trabalhadores até 2025

  • ECO
  • 13 Setembro 2024

A redução dos atuais 6.014 trabalhadores para 5.807 deverá passar por um plano de reformas antecipadas e pré-reformas, visto que 1.838 funcionários da Santa Casa têm 55 anos ou mais.

Um dos objetivos do plano de reestruturação que o novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Paulo de Sousa, entregou em julho ao Governo é a redução da despesa com recursos humanos, apontando para uma diminuição dos atuais 6.014 trabalhadores para 5.807, menos 207, noticia o Público. A dispensa de funcionários deverá passar por um plano de reformas antecipadas e pré-reformas, já que 235 trabalhadores têm 65 ou mais anos e 1.603 têm entre 60 e 64 anos.

Dados oficiais indicam que a despesa com pessoal da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi de 152 milhões de euros em 2023 e a estimativa para este ano era que superasse os 162,6 milhões de euros. Simultaneamente, o Plano de Atividades e Orçamento de 2024 da SCML referia como “o peso das despesas com pessoal, que em 2022 representaram 63% das receitas totais, devido a uma estrutura de grande dimensão, excessivos níveis hierárquicos e inúmeros cargos de chefia, limita fortemente os recursos a afetar a atividades e missão estatutária“.

Segundo o plano de reestruturação, a nova mesa da instituição tem a ambição de atingir um resultado líquido positivo de cerca de 38,4 milhões de euros já no próximo ano, depois de a SCML ter chegado ao fim de 2023 com lucros de apenas 2,4 milhões de euros e menos 2% de receitas provenientes dos jogos sociais, para 191,10 milhões de euros. Por isso, o objetivo de Paulo de Sousa passa também por aumentar a receita corrente, estimada este ano em 289,5 milhões de euros, apesar das previsões de subida também da despesa corrente, de forma menos expressiva.

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Além do Novobanco, BPI e Santander também contestam contribuição extraordinária

  • ECO
  • 13 Setembro 2024

Após as ações judiciais interpostas pelo Novobanco, o BPI e o Santander também reclamam o pagamento de centenas de milhões de euros ao Fisco por causa da contribuição extraordinária.

O Santander e o BPI juntaram-se recentemente ao Novobanco na contestação à contribuição extraordinária paga à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), avançando com ações judiciais junto dos tribunais tributários de Lisboa e do Porto, revela o Jornal Económico. No total, o Fisco está ser impugnado em, pelo menos, 146,2 milhões de euros pelos três bancos privados, por uma contribuição criada em 2011 com cariz extraordinário, mas que tem sido renovada em todos os Orçamentos do Estado.

Depois das duas ações interpostas pelo Novobanco junto do Tribunal Tributário de Lisboa, contestando a contribuição extraordinária paga ao Fisco em 2022 e 2023 (de 28,3 milhões e de 29,2 milhões de euros, respetivamente), o Santander impugna o mesmo imposto pago em 2020 e 2021, de 58,8 milhões — além de outras ações que se desconhece se estão relacionadas com esta contribuição, mas que, juntas, somam 21,6 milhões –, enquanto o BPI reclama, pelo menos, 29,9 milhões de euros pagos no mesmo âmbito.

A contribuição extraordinária sobre a banca, em vigor desde 2011, atingiu um valor recorde de 255,1 milhões de euros no ano passado, de acordo com os dados provisórios sobre as receitas fiscais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A finalidade deste imposto, que tem sofrido alterações ao longo dos anos, é financiar o Fundo de Resolução.

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Governo volta a reduzir apoio aos combustíveis

A partir de sábado a taxa de carbono aplicada aos combustíveis rodoviários volta a ser agravada, agora para 81 euros por tonelada, mais próxima dos 83,524 euros caso não existisse congelamento.

O Governo vai voltar a reduzir o apoio aos combustíveis através da taxa de carbono. Na segunda-feira entrou em vigor uma nova taxa de carbono de 74,429 euros/tonelada de CO2, que compara com a taxa de 83,524 euros que seria aplicável em 2024 caso não existisse qualquer congelamento. Mas, a partir de sábado, a taxa volta a ser agravada agora para 81 euros por tonelada. O objetivo do Executivo é “retomar o objetivo de promoção de uma fiscalidade verde e descarbonização da energia”, mas que se traduzirá num agravamento dos preços a pagar na bomba na segunda-feira.

“A presente portaria dá continuidade ao descongelamento gradual da atualização da taxa do adicionamento sobre as emissões de CO2, mantendo-se uma suspensão parcial da sua atualização”, lê-se em Diário da Republica esta sexta-feira. “A taxa do adicionamento sobre as emissões de CO2 é de 81 euros/tonelada de CO2″, precisa o documento.

Tendo em conta a evolução dos preços dos combustíveis e a evolução do preço resultante dos leilões de licenças de emissão de gases de efeitos de estufa, o Governo iniciou o descongelamento gradual da atualização do adicionamento sobre as emissões de CO2 em maio de 2023. O congelamento foi uma medida excecional de apoio às famílias e empresas em face ao aumento extraordinário dos preços dos produtos energéticos, mas com a descida dos mesmos e a pressão de Bruxelas para que os Estados-membros eliminem este tipo de apoios, à medida que a evolução do mercado da energia o permitir, o Executivo de Luís Montenegro decidiu proceder ao segundo descongelamento da taxa de carbono no espaço de uma semana e o terceiro desde que tomou posse.

“Considerando a evolução recente do preço dos combustíveis e a evolução do preço resultante dos leilões de licenças de emissão de gases de efeitos de estufa, em particular, verificando-se uma tendência de redução dos preços dos combustíveis e uma trajetória crescente no preço das emissões de CO2, o Governo retomou o descongelamento gradual da atualização do adicionamento sobre as emissões de CO2, mantendo-se uma suspensão parcial desta atualização face ao valor de EUR 83,524 que seria aplicável em 2024″, justifica a mesma portaria.

“Assim, para além de retomar o objetivo de promoção de uma fiscalidade verde e descarbonização da energia, este descongelamento gradual da atualização do adicionamento sobre as emissões de CO2 concilia a proteção do ambiente com as necessidades de apoio às famílias e às empresas no domínio energético”, acrescenta.

Assim, na segunda-feira, quando os automobilistas se dirigirem às bombas para abastecer podem contar com um preços mais elevado face aos que seria determinado apenas pela evolução do mercado. Esta semana, por exemplo, o mercado apontava para uma descida de quatro cêntimos nas gasolina e de dois cêntimos no gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, o que levaria os preços para os valores mais baixos desde julho e dezembro de 2023, respetivamente gasóleo e gasolina. No entanto, com o descongelamento da taxa de carbono, os condutores acabaram por ver os preços do gasóleo descerem apenas 0,4 cêntimos e da gasolina 2,8 cêntimos.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Governo promete construir 59 mil casas até 2030, o dobro do previsto no PRR

  • ECO
  • 13 Setembro 2024

Segundo Miguel Pinto Luz, as 26 mil casas inscritas no PRR já estão contratualizadas, mas apenas 2.000 foram entregues até agora.

O Governo quer mais do que duplicar a oferta pública de habitação, prometendo construir 58.993 casas até 2030 em vez das 26 mil inscritas pelo Executivo anterior inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que têm de estar habitadas até 2026, revelou o ministro das Infraestruturas e Habitação ao Expresso (acesso pago)

Segundo Miguel Pinto Luz, essas 26 mil casas já estão contratualizadas, mas apenas 1.600 foram entregues até agora. Por outro lado, cerca de dez mil não vão cumprir os prazos estabelecidos para poderem ter apoio financeiro do PRR e, por isso, vão ser retiradas do programa e substituídas por outras dez mil cujos projetos se encontram numa fase mais adiantada para não se perder o financiamento previsto de 1,4 mil milhões de euros, a que se juntam mais 2,8 mil milhões que virão diretamente do Orçamento do Estado.

Em Conselho de Ministros, na quarta-feira, foram aprovados 845 milhões de euros para financiar a 100% as obras das dez mil casas que vão ser retiradas do bolo das 26 mil inscritas no PRR, porque os atrasos neste lote impediriam cumprir os prazos estabelecidos na bazuca, e os 2.011 milhões de euros restantes serão aprovados numa fase posterior, mas também serão assegurados pelo Orçamento do Estado, de modo a viabilizar a construção das 32.993 casas que concorreram aos apoios do PRR, além das 26 mil casas inicialmente previstas.

Na apresentação pública deste plano, o primeiro-ministro assumiu que o “Estado tem a sua própria responsabilidade” na situação de carência habitacional, mas reconheceu que “não é fácil alterar em mais ou memos cinco meses edifícios de estratégia politica que tinham sete a oito anos”.

Escolhendo Alcanena para palco desta apresentação, onde o investimento per capita em habitação é mais elevado, Pinto Luz revelou que a diferença entre as 26 mil casas inscritas no PRR e as cerca de 59 mil que agora vão constituir a oferta pública de habitação não vão ser financiadas a 100%, mas antes a 60%.

O ministro das Infraestruturas e habitação prometeu, para as próximas semanas, a apresentação de um novo pacote de medidas para o setor da construção, que garantirá mais mão-de-obra, assegurando assim mais mão-de-obra e a prossecução de todas as obras que Portugal tem pela frente, desde a habitação às infraestruturas.

(Notícia atualizada às 12h08)

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Greve de trabalhadores da SATA desconvocada após acordo com sindicatos

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

Acordo foi alcançado depois da reunião de mediação entre a SATA e os dois sindicatos, o SINTAC e o SITAVA, realizada na quinta-feira à tarde nas instalações dos Serviços Regionais do Trabalho.

A greve de um mês dos trabalhadores da SATA, que começava esta sexta-feira, foi desconvocada depois de o grupo ter chegado a acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) e o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação (SITAVA).

O acordo, que se estenderá até 2026, resultou num compromisso formal assumido por todas as partes e permitiu a desconvocação da greve anunciada para os dias 13 de setembro a 13 de outubro de 2024, bem como a greve ao trabalho extraordinário igualmente decretada“, pode ler-se, num comunicado enviado esta noite pelo grupo SATA.

O acordo entre as partes foi alcançado depois da reunião de mediação entre o Grupo SATA, o SINTAC e o SITAVA, realizada na quinta-feira à tarde nas instalações dos Serviços Regionais do Trabalho, acrescentou.

“Face ao entendimento alcançado, que honrou os compromissos acordados no passado, as partes consideram ter sido alcançada uma solução viável, capaz de garantir o futuro equilibrado da empresa, que devolve tranquilidade ao clima interno e garante a regularidade dos serviços de transporte aéreo prestados”, referem as partes, no comunicado.

As partes envolvidas na negociação destacaram ainda “o excelente trabalho de conciliação e de mediação desenvolvido pelos Serviços Regionais do Trabalho”, segundo a mesma nota.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil tinha anunciado em 28 de agosto uma greve dos trabalhadores de terra da SATA, entre 13 de setembro e 13 de outubro, acusando o conselho de administração da SATA de não querer chegar a acordo com o sindicato.

Os trabalhadores de terra da SATA associados ao SINTAC estavam desde 24 de julho em greve ao trabalho suplementar, que decorria até 31 de dezembro, contra o “tratamento discriminatório” da empresa, considerando o sindicato inaceitável que a revisão salarial não seja equitativamente distribuída por todos os trabalhadores.

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Quase 3.000 senhorios pediram compensação pelas rendas antigas

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

O apoio aos senhorios para compensar as rendas antigas deve começar a ser pago aos senhorios no mês de outubro e com os retroativos aplicáveis. Valor médio do apoio é de 215,76 euros.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) recebeu até agora 2.900 pedidos de compensação financeira de senhorios com rendas antigas, cujo valor médio ronda os 216 euros, referiu fonte oficial organismo.

Em resposta a questões colocadas pela Lusa, o IHRU referiu que o apoio deve começar a ser pago aos senhorios no mês de outubro e com os retroativos aplicáveis.

“O deferimento do pedido de compensação a atribuir ao senhorio produz efeitos desde a data da sua submissão, pelo que o apoio será pago com os retroativos aplicáveis“, refere aquela fonte oficial do IHRU.

Em causa está uma compensação paga aos senhorios pelo facto de o Mais Habitação ter congelado as chamadas rendas antigas (anteriores a 1990), ao travar a passagem destes contratos de arrendamento habitacionais para o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).

Os senhorios puderam começar a submeter o pedido de atribuição desta compensação em julho, com as candidaturas a serem feitas no portal da Habitação.

Até ao momento, “deram entrada no IHRU cerca de 2.900 pedidos”, sendo que “o valor médio das candidaturas analisadas deferidas é de 215,76 euros”, indica a mesma fonte oficial.

Em agosto, quando tinha decorrido o primeiro mês desde o início das candidaturas, o Público noticiou que tinham pedido a compensação cerca de 850 senhorios.

Esta compensação é equivalente à diferença entre o valor da renda e 1/15 do valor patrimonial da casa, havendo, assim, apenas direito a este apoio “se a renda for inferior a 1/15 do Valor Patrimonial Tributário do imóvel, dividido por 12 meses”.

A compensação é atribuída por 12 meses, renovável por iguais e sucessivos períodos, e é paga até ao dia 08 de cada mês, para o IBAN indicado na candidatura.

Segundo os dados disponíveis, há cerca de 125 mil senhorios com rendas antigas que não transitaram para NRAU, designadamente de inquilinos com idade igual ou superior a 65 anos ou com um grau de deficiência superior a 60% e também as rendas de agregados com um rendimento anual bruto corrigido (RABC) inferior a cinco retribuições mínimas nacionais anuais.

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Hoje nas notícias: Habitação, banca e Santa Casa

  • ECO
  • 13 Setembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As 26 mil novas casas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência para serem construídas até 2026 vão passar a ser 59 mil até 2030, anunciou o Governo. Além do Novobanco, também o Santander e o BPI avançaram com ações judiciais contra o Fisco para impugnar a contribuição extraordinária que os bancos são obrigados a pagar anualmente desde 2011. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Governo promete construir 59 mil casas até 2030, o dobro do previsto

O Governo prepara-se para mais do que duplicar a oferta pública de habitação, prometendo construir 58.993 casas até 2030 em vez das 26 mil inscritas pelo Executivo anterior no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) até 2026, revelou o ministro das Infraestruturas e Habitação. Segundo Miguel Pinto Luz, essas 26 mil casas já estão contratualizadas, mas apenas 2.000 foram entregues até agora. Por outro lado, cerca de 10 mil não vão cumprir os prazos estabelecidos para poderem ter apoio financeiro do PRR e, por isso, vão ser retiradas do programa e substituídas por outras dez mil cujos projetos se encontram numa fase mais adiantada para não se perder o financiamento previsto de 1,4 mil milhões de euros, a que se juntam mais 2,8 mil milhões que virão diretamente do Orçamento do Estado.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Banca impugna Contribuição Extraordinária e pede 146 milhões de euros ao Fisco

O Santander e o BPI juntaram-se recentemente ao Novobanco na contestação ao pagamento da contribuição extraordinária paga à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), avançando com ações judiciais junto dos tribunais tributários de Lisboa e do Porto. No total, o Fisco está ser impugnado em, pelo menos, 146,2 milhões de euros pelos três bancos privados, por uma contribuição criada em 2011 com cariz extraordinário, mas que tem sido renovada em todos os Orçamentos do Estado.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Santa Casa vai dispensar 207 trabalhadores até 2025

Um dos objetivos do plano de reestruturação que o novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Paulo de Sousa, entregou em julho ao Governo é a redução da despesa com recursos humanos, apontando a uma diminuição dos atuais 6.014 trabalhadores para 5.807, menos 207. A dispensa de funcionários deverá passar por um plano de reformas antecipadas e pré-reformas, já que 235 têm 65 ou mais anos e 1.603 têm entre 60 e 64 anos.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Comissão Europeia garante que BYD se sujeita a taxas mesmo com fábrica húngara

Depois de a vice-presidente da BYD ter dito que não estava preocupada com as taxas adicionais impostas por Bruxelas às importações de veículos fabricados na China por causa da fábrica de produção da marca que vai ser inaugurada na Hungria em 2025, um porta-voz da Comissão Europeia deixou claro que produzir carros elétricos na União Europeia não permite, em si mesmo, escapar às tarifas. Dependendo de condições específicas, a chinesa BYD pode mesmo continuar na mira do Executivo comunitário.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Nova diretora-geral das prisões condenada pelo Tribunal de Contas

A recém-nomeada diretora-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Maria Isabel Leitão, foi condenada pelo Tribunal de Contas em 2017 a repor mais de 12.500 euros pelo pagamento indevido de trabalho e despesas extraordinárias a sete técnicos florestais quando era vice-presidente da extinta Autoridade Florestal Nacional (AFN). O Ministério da Justiça diz que estava “informado” desta sentença, que remonta a factos ocorridos em 2010 e “não em proveito próprio”, não a considerando um impedimento para Maria Isabel Leitão assumir o cargo.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Wall Street já aposta num corte maior de juros. Grupo de Trump dispara mais de 11%

  • ECO
  • 13 Setembro 2024

Ao longo desta sexta-feira, 13 de setembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta sexta-feira tem lugar uma reunião informal dos ministros das Finanças europeus, em Budapeste, e decorre por cá a audição da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.

No dia em que os ministros das Finanças europeus e governadores de bancos centrais se reúnem, em Budapeste, decorre por cá a audição da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública e o encontro nacional dos trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados. Ficamos ainda conhecer os índices da atividade turística de julho.

INE divulga dados da atividade turística em julho

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta sexta-feira informação sobre a atividade turística referente ao mês de julho depois de ter crescido em junho, ainda que a um ritmo mais lento do que em maio deste ano. Em junho, o alojamento turístico registou três milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, traduzindo-se num crescimento de 6,7% e 4,8%, respetivamente, abaixo das taxas de 9,4% e 7,5% em maio. Esta sexta-feira serão igualmente conhecidos os dados relativos às obras licenciadas e concluídas no segundo trimestre deste ano.

Reunião informal dos ministros das Finanças europeus

Os ministros das Finanças europeus e governadores de bancos centrais reúnem-se, esta sexta-feira e sábado, em Budapeste, numa iniciativa do Conselho da União Europeia (UE). A questão do “financiamento sustentável da transição verde” ou os “efeitos das mudanças demográficas na sustentabilidade da dívida pública” serão alguns dos temas em análise.

Audição da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública

Para as 10h desta sexta-feira está marcada a audição da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, no âmbito do plano de atividades, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

Luís Montenegro visita Parque Habitacional de Alcanena

O primeiro-ministro Luís Montenegro e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, visitam o Parque Habitacional de Alcanena. O programa contempla uma visita ao Bairro Dr. Anastácio Gonçalves, ao antigo quartel da GNR – onde decorre a construção de um conjunto de habitações – e ao Mercado Municipal da localidade.

Encontro nacional dos trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados

A Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) organiza o encontro nacional de organizações representativas dos trabalhadores (ORT’s) do setor das cantinas refeitórios e bares concessionados. Dirigentes, delegados e ativistas sindicais analisam a situação da negociação coletiva do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

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A America’s Cup Race Village une a vela à cultura e à gastronomia

  • Servimedia
  • 13 Setembro 2024

A Louis Vuitton 37th America's Cup Race Village tornou-se o ponto de encontro tanto para os entusiastas da vela, como para os que se iniciam nesta disciplina.

A Louis Vuitton 37th America’s Cup Race Village, que se realiza em Barcelona até ao final de outubro, tornou-se o ponto de encontro tanto para os entusiastas da vela como para os que se iniciam nesta disciplina, graças à celebração deste evento na capital catalã.

Desde a sua abertura ao público, a 22 de agosto, milhares de pessoas passaram por este recinto de 25.000 metros quadrados, de entrada livre e acessível a todos. E não só para seguir as regatas entre as 14h00 e as 16h30 nos três ecrãs gigantes espalhados pelo Moll de la Fusta, mas também pelas actividades programadas na Regata Cultural promovida pela Câmara Municipal de Barcelona, bem como pela variada oferta gastronómica do seu mercado de rua.

Com o objetivo de promover e destacar a riqueza, a variedade e a qualidade da gastronomia local e de aproveitar a ocasião para criar um espaço aberto à cultura culinária contemporânea, a ACE Barcelona confiou a seleção e a gestão das diferentes áreas de restauração à Van Van Food, um fornecedor local especializado na organização de eventos que combinam gastronomia e cultura e que tem uma longa história na cidade de Barcelona.

A seleção dos participantes foi definida através de projetos estabelecidos e consolidados na cidade que seguem a tradição gastronómica local, juntamente com propostas locais que seguem as tendências internacionais e refletem a personalidade aberta e cosmopolita da cidade.

Uma das atividades mais populares na America’s Cup Race Village foi a incorporação da Grill Zone, que oferece produtos frescos (peixe e marisco da Cofradía de Pescadores de Barcelona, e carne e legumes do Mercat de la Barceloneta), cozinhados na grelha pelos mestres grelhadores de Bakkiu, um projeto local que procura a excelência na cozinha de cozedura lenta e oferece um menu variável em função do mercado em cada momento da competição.

Para acolher um maior número de operadores (e tendo em conta as nove semanas de duração da America’s Cup), foi estabelecida uma rotação semanal de restauradores, que se alternará à medida que a competição avança, elevando o número total de restaurantes participantes para mais de 40.

OFERTA GASTRONÓMICA

Por um lado, com a participação de projetos gastronómicos de alta gama com chefes de renome como Jordi Esteve (Nectari) ou Albert Raurich (Dos Pebrots) e restaurantes premiados como La Mundana ou Per Feina. Por outro lado, com projectos locais que se destacam pelo seu equilíbrio entre tradição e modernidade, como Los Tortillez ou Rooster And Bubbles.

A oferta gastronómica do America’s Cup Race Village completa-se com propostas nascidas na cidade que se baseiam num conceito de comfort food mais informal e que conseguiram atrair o grande público, como Deleito, Can Pizza, Kao Street, Tope By Hoxton, Rollo’s ou Trikini. Há também iniciativas que apostam num menu ecológico e saudável, como o En La Gloria, o Funky Bakers e o Manioca Gluten Free. Assim como alguns dos mais destacados projetos locais de street food, como o Corazón De Agave, Acid Bar, La Pulponeta, Deligotessen, Fileteando ou o espaço Amélie, dedicado às ostras.

No que diz respeito às sobremesas, destacam-se as opções de especialistas em pastelaria e gelados como a Pastisseria Hoffman, Sant Croi, Delacrem e Guapaletas. Para além disso, todos os espaços têm propostas que respondem às necessidades de grupos especiais, como vegetarianos, veganos e intolerantes ao glúten.

FORNECEDORES E PARCEIROS LOCAIS

O sucesso do Race Village é ainda reforçado pelo apoio dos principais fornecedores e parceiros locais. A Coca-Cola fornece a sua vasta gama de refrigerantes, enquanto a Damm complementa a oferta gastronómica com a sua variedade de cervejas locais. A Recaredo e a Juvé&Camps, produtores de renome de Corpinnat e de vinhos e espumantes, acrescentaram opções de alta qualidade.

A este respeito, a America’s Cup Event demonstrou a sua capacidade de atrair patrocinadores e parceiros locais numa variedade de áreas. No domínio da sustentabilidade, a AgBar e a Acciona forneceram soluções inovadoras e práticas ecológicas.

No domínio da inovação, a Cupra e a DeAntonio Yachts destacaram-se pelas suas tecnologias e desenhos de ponta. A Isdin ofereceu produtos para a prevenção e o cuidado pessoal, enquanto a Movistar garantiu a conetividade do evento. A Puig, por seu lado, desempenhou um papel crucial na criação da primeira regata feminina na história da competição, promovendo a inclusão e a diversidade no desporto.

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Francisco Pavão abandona liderança dos vinhos de Trás-os-Montes, entre denúncia de ilegalidades e pedido de auditoria

Após 14 anos à frente da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes, Francisco Pavão não volta a candidatar-se. Conselho geral pediu auditoria urgente às contas por suspeita de ilegalidades.

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), Francisco Pavão, que ocupava o cargo desde 2010, confirmou ao ECO que “não vai recandidatar-se à presidência”. Decisão acontece numa altura em que o organismo foi alvo de uma denúncia anónima e de um pedido urgente de auditoria por suspeita de irregularidades. As eleições decorrem esta sexta-feira.

“Há momentos para tudo e, infelizmente, entendo que o meu momento enquanto presidente da direção da Comissão Vitivinícola terminou, pelo que, neste sentido, decidi que não serei novamente candidato a este cargo. Saio com o sentido de dever cumprido, apesar de entender que ainda há muito a fazer”, justificou Francisco Pavão numa carta de despedida enviada aos agricultores a 29 de julho, a que o ECO teve acesso.

Francisco Pavão, natural de Mirandela, realça que “infelizmente [assistiu] nos últimos tempos a um ataque velado contra a instituição, numa tentativa de denegrir a sua imagem e sobretudo atingirem a [sua] pessoa”. Argumenta, porém, que “não é por esse motivo que não se irá apresentar como candidato a presidente da CVR Trás-os-Montes no ato eleitoral” agendado para 13 de setembro.

“Estou de consciência tranquila de que fiz tudo aquilo que sabia e podia pelos Vinhos de Trás-os-Montes. Entendo somente que o meu ciclo terminou e que existem na região outros que estarão perfeitamente à altura para assumir este desafio”, acrescentou na mesma carta.

Infelizmente assisti nos últimos tempos a um ataque velado contra a Instituição, numa tentativa de denegrir a sua imagem e sobretudo atingirem a minha pessoa. Não é por esse motivo que não me irei apresentar como candidato (…), pois estou de consciência tranquila de que fiz tudo aquilo que sabia e podia pelos Vinhos de Trás-os-Montes.

Francisco Pavão

Presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes

Em declarações ao ECO, Francisco Pavão, que é também presidente da Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD), afirmou desconhecer as acusações (queixa anónima) e o pedido de auditoria às contas da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes, afirmando que apenas irá “pronunciar-se na próxima segunda-feira depois das eleições”.

Francisco PavãoFrancisco Pavão

 

Natacha Teixeira, presidente do conselho geral da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes, que está no cargo desde março deste ano, confirmou ao ECO que a “única candidata à presidência da direção é Ana Alves, que é colaboradora da Comissão e uma das pessoas visadas na queixa anónima” contra três elementos da CVRTM que foi enviada ao Ministério Público a 20 de agosto.

Os visados são dois colaboradores (Aristides Miguel Cadavez e Ana Cláudia Ferreira Alves) e o presidente da direção, Francisco Pavão. Na denúncia estão ainda visados dois elementos do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), nomeadamente o presidente Bernardo Gouvêa e vice-presidente do conselho diretivo, Sandra Vicente de Garcia.

Na denúncia, que o ECO teve acesso, são apontados alegados casos de falsificação de assinaturas e de documentos, adulteração de atas, ocultação nas contas, abusos de poder e suspeita de irregularidades na destilação da crise. Lê-se na denúncia que foram constatadas publicamente práticas de falsificação de assinaturas dentro da CVRTM desde 2016, nomeadamente em documentos de exportação, atas de órgãos e relatórios de contas.

[Refutamos] perentoriamente qualquer conivência relativamente à questão do ato eleitoral, à falta de aprovação de contas da CVRTM e aos cadernos eleitorais irregulares.

Bernardo Gouvêa

Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV)

Contactado pelo ECO, Bernardo Gouvêa disse que “ao IVV não chegou nenhuma denúncia e, caso chegue, será imediatamente encaminhada para o Ministério Público, uma vez que os factos invocados remetem para a esfera de atuação da competência do referido Ministério Público, não cabendo a este Instituto pronunciar-se sobre os mesmos, refutando perentoriamente qualquer conivência relativamente à questão do ato eleitoral, à falta de aprovação de contas da CVRTM e aos cadernos eleitorais irregulares”.

Já a presidente do conselho geral da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM) afirma que é “imperativa a realização urgente de uma auditoria à CVRTM”, conforme decidido pelo conselho geral a 30 de agosto, “por suspeita de irregularidades, falta de transparência nas contas, empolamento de despesa e cadernos eleitorais adulterados”. A empresária transmontana reclama que os relatórios de contas já não são aprovados desde 2021.

Há indícios de que o Instituto da Vinha e do Vinho favoreceu associações ligadas ao Francisco Pavão, manipulando a composição do conselho geral para perpetuar o controlo de suspeitos de corrupção.

Natacha Teixeira

Presidente do conselho geral da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes

“Há indícios de que o IVV favoreceu associações ligadas ao Francisco Pavão, manipulando a composição do conselho geral para perpetuar o controlo de suspeitos de corrupção. A Associação de Produtores De Vinho De Trás-os-Montes (VT-APE), uma das envolvidas, não cumpre os requisitos estatutários, mas o IVV atribuiu-lhe um peso considerável no conselho, levantando suspeitas de manipulação pois recusou determinantemente as decisões fundamentadas e processualmente corretas dos órgãos da Direção (com decisão colegial) e do conselho geral da CVRTM”, acusa Natacha Teixeira.

Em declarações ao ECO, acrescenta que “existem também suspeitas de que cooperativas foram injustamente excluídas (Valpaços e Ribadouro) e que houve manipulação na distribuição de conselheiros a favor da Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD) e da VT-APE, ambas associações de Francisco Pavão”.

O conselho geral da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes é constituído por um total de 16 conselheiros: oito conselheiros do setor da produção e oito conselheiros do setor do comércio. A produtora conta ainda que “o próximo conselho geral contará com duas associações de Francisco Pavão: a Appitad e a VT-APE.”

“A primeira suspeita de centralizar em si a contabilidade paralela da CVRTM de fundos financiados e de serem os seus produtos (azeite) que ao longo dos anos estão nos stands internacionais de eventos também financiados com fundos atribuídos ao setor vinícola da CVRTM, entenda-se só vinhos de Trás-os-Montes; a outra entidade, a VT-APE não tem órgão constituídos, o contabilista que certifica as contas é quem gere os dinheiros da entidade, e tem a sede na morada de um banco”, resume. O IVV atribui à VT-APE o peso de 31,25% do conselho geral.

Natacha Teixeira, presidente do conselho geral da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes

“Há fortes indícios de que o próximo conselho geral da CVTM, que toma posse a 13 de setembro, foi constituído irregularmente pelo IVV para ser favorável aos suspeitos de corrupção e os manter no controlo da CVRTM, por supostos motivos de amizade e filiação”, denuncia Natacha Teixeira.

O presidente do IVV reage ao ECO que o instituto “assumiu o processo eleitoral relativo à designação do conselho geral pelo que, estando este órgão constituído, a eleição dos restantes órgãos, nomeadamente presidente do conselho geral, da direção e do conselho fiscal será prosseguido pelo novo conselho geral”.

A presidente do conselho geral do organismo suspeita ainda de “má gestão de fundos públicos”, “favorecimento de fornecedores” e “outras práticas ilícitas”. Natacha Teixeira exemplifica que os “produtores desconhecem e não beneficiaram do projeto Heritage Wines, cujo financiamento anda à volta dos 300 mil euros”. Lamenta que o IVV não tenha tomada as medidas necessárias depois da denúncia que fez em abril e pede a “implementação de auditorias e medidas de transparência para corrigir estas falhas”.

A produtora pede ainda um esclarecimento no processo de destilação de crise e diz não compreender o motivo do valor para esta campanha de 2022/2023 variar entre 0,44 e 0,48 cêntimos para a região de Trás-os-Montes, o “valor mais baixo do país”.

Natacha Teixeira, que é também administradora da Quinta do Sobreiró, diz-se “chocada” com as “ilegalidades que tem encontrado” e nota ainda que “se soubesse da dimensão do problema não teria aceitado o cargo em fevereiro da presidência do conselho geral”.

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