Australianos e suecos na corrida pela Somincor

Mineira australiana South32 e sueca Boliden são dois dos quatro grupos estrangeiros que estão na corrida pela mina de Neves-Corvo, a maior do país localizada no Alentejo.

Três grupos australianos e um sueco estão na corrida pela Somincor, que detém a concessão da mina de Neves-Corvo e é detida pelos canadianos da Lundin Mining, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Em cima da mesa poderá estar um negócio avaliado em mil milhões de euros.

Um dos grupos australianos que está na short-list de candidatos a apresentarem propostas vinculativas pela maior mina portuguesa é a South32, com sede em Perth e cotada na bolsa australiana com um valor de mercado de cerca de oito mil milhões de euros. Acabou de apresentar lucros de 380 milhões de dólares, acima do esperado pelo mercado, e o CEO Graham Kerr adiantou aos analistas que tem cash para ambicionar a compra de mais minas com o objetivo de aumentar a produção de cobre, como conta o site especializado Mining.

A South32 junta-se a mais dois grupos australianos cuja identidade não foi possível desvendar e também aos suecos da Boliden, uma mineira sediada em Estocolmo especializada na extração e fundição de cobre, zinco e com uma capitalização bolsista de 7,4 mil milhões de euros.

O processo de venda da Somincor está a ser conduzido diretamente a partir de Toronto e Vancouver, pelo Banque de Montréal (BMO) e uma equipa da Lundin Mining, que está a vender a operação em Portugal e também na Suécia, com vista a apostar no mercado sul-americano. Ainda no mês passado anunciou uma parceria com a gigante BHP para avançar para a compra da Filo por cerca de três mil milhões de dólares, estando prevista a criação de uma joint venture para explorar os projetos de cobre na Argentina.

Fontes de mercado admitiram que aparentemente as ofertas pelas duas minas terão sido privilegiadas, razão pela qual a portuguesa Almina terá sido afastada do processo pois apresentou uma oferta não vinculativa apenas pelas minas Neves-Corvo.

A fase de entrega de ofertas non-binding decorreu nas últimas semanas e terá atraído cerca de duas dezenas de interessados. As propostas não vinculativas poderão ter chegado aos mil milhões de euros (equity), segundo fontes de mercado.

Agora estará em curso o processo de due diligence, não apenas financeiro, mas também operacional. E uma das questões-chave é mesmo saber o período útil de vida de Neves-Corvo para a extração de cobre e zinco.

Neves-Corvo tem cinco grandes jazigos em produção (Neves, Corvo, Graça, Zambujal e Lombador). Em 2023, a faturação da Somincor — que não faz comentários sobre a operações — apresentou uma queda face ao ano anterior, para 393 milhões de euros, um resultado operacional (EBITDA) de 83 milhões e lucros, em queda, de cerca de 1,5 milhões (13 milhões de euros em 2022).

De acordo com informação oficial da empresa, o processamento do minério em Neves-Corvo é feito através de duas lavarias. A Lavaria do Cobre processa aproximadamente por ano 2,6 milhões de toneladas de minério de cobre. A Lavaria do Zinco, que processa minério de zinco ou chumbo, tem capacidade de tratar anualmente cerca de 2,5 milhões de toneladas por ano.

O Governo português diz estar a acompanhar o processo, tendo em conta a “relevância social e económica” da Somincor para os trabalhadores, para a região e para o país” e que “exercerá as suas competências na garantia de pleno respeito das normas legais e laborais em vigor”. Mas não deixou de lembrar que se trata de “uma empresa privada, de gestão igualmente privada”.

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Hyundai Tucson celebra 20 anos como líder de vendas e mantém-se no pódio do mercado dos SUV

  • Servimedia
  • 4 Setembro 2024

A Huyndai, liderada em Espanha por Leopoldo Satrústegui, celebra este ano o 20º aniversário do seu bem sucedido modelo Tucson, consolidado como um dos SUVs preferidos do mercado com quatro gerações.

Em 2023, a Hyundai Motor Manufacturing Czech (HMMC) produziu 244.495 unidades do Tucson, exportadas para 70 países. No mesmo ano, foram registadas 158.056 unidades na Europa, tornando-o o SUV compacto mais vendido no continente.

Em Espanha, as matrículas do ano passado aproximaram-se das 20.000 unidades e, em agosto de 2024, o Tucson era o segundo modelo mais vendido, apenas atrás do Dacia Sandero.

Ao longo destes 20 anos, o Tucson tem demonstrado uma capacidade constante de evolução, adaptando-se às necessidades do mercado com opções de grupos motopropulsores que vão desde os combustíveis fósseis aos híbridos plug-in.

Em 2022, foi o automóvel mais vendido em Espanha e, em 2023, atingiu dois milhões de unidades na fábrica de Nošovice, um marco que sublinha o seu “sucesso sustentado”. O modelo tem sido melhorado em cada geração com novas tecnologias de segurança e conforto, como a inclusão do sistema ADAS na sua terceira versão, conforme destacado pela empresa num comunicado.

Este ano, a Hyundai lança uma edição especial do Tucson para celebrar este aniversário, destacando a longevidade e a relevância do modelo num mercado competitivo. Com um design atualizado e uma gama de opções que inclui versões desportivas como a N Line, o Tucson pretende “continuar a ser uma referência no segmento dos SUV compactos, consolidando o seu sucesso nos próximos anos”.

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TAP injetou 576 milhões de euros no negócio no Brasil para suprir necessidades de liquidez

O relatório da IGF critica a participação no negócio de manutenção no Brasil, antecipando perdas avultadas com este negócio que se tem revelado ruinoso para a companhia aérea portuguesa.

Os valores são sempre a somar. A participação por parte da TAP no negócio de manutenção no Brasil deverá resultar em “perdas muito significativas”, que poderão superar os 900 milhões de euros, antecipa o relatório da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) às contas da TAP. De acordo com o mesmo documento, e apesar de a TAP ME Brasil ter sido encerrada no início de 2022, entre 2007 e 2023, a companhia aérea portuguesa injetou no negócio brasileiro 576 milhões de euros para colmatar necessidades de tesouraria.

A antiga Varig Manutenção e Engenharia (VEM), comprada em 2006 durante a gestão de Fernando Pinto, por 24 milhões de dólares, tem-se revelado um negócio ruinoso para a TAP, tendo a empresa decidido encerrar a companhia, cujo negócio não foi ainda liquidado. Segundo a IGF, o Brasil continua a ser um fardo para os cofres da empresa portuguesa, que teve que financiar ao longo dos últimos anos a unidade com várias centenas de milhões.

Entre 2007 e o final de 2023, a TAP “concedeu suprimentos para colmatar necessidades de tesouraria da VEM/TAP ME Brasil no montante global de 576 milhões de euros“, calcula a IGF, adiantando que “todos os contratos de suprimentos, com exceção dos celebrados em 2005 e 2007, são onerosos, ainda que, até 31/12/2023, a TAP ME Brasil não tenha efetuado pagamentos de juros, nem tão-pouco amortizações de capital“.

Contas feitas, no final do ano passado, relativamente à totalidade dos contratos de suprimentos, os juros vencidos e não pagos ascendiam a 187,6 milhões de euros, aponta a auditoria às contas da empresa.

Há ainda a somar mais 69,3 milhões de euros em prestações acessórias de capital na TAP ME Brasil, em 2017 e 2018. Juntando o montante de aquisição da empresa, “o valor total registado das transferências efetuadas pela TAP, SGPS, relacionadas com a VEM/TAP ME Brasil entre 2005 e 31/12/2023 ascendeu a cerca de 688 milhões de euros“, sintetiza a IGF.

As perdas com a posição na manutenção no Brasil não se ficam por aqui. Há ainda contratos de prestações de serviços, assim como dívidas da ME Brasil, relacionadas com processos judiciais no Brasil, registadas nas contas da TAP, que aumentam o valor potencial de perdas para a companhia aérea portuguesa com o negócio brasileiro.

No relatório divulgado esta semana, a IGF reforça que “não se encontra demonstrada a racionalidade económica da decisão da administração da TAP, SGPS, de participar no negócio da VEM/TAP ME Brasil e, posteriormente, de não aceitar uma proposta da GEOCAPITAL, de 23/01/2007, de renegociar a parceria no sentido, designadamente, de partilhar riscos e encargos, tendo, ao invés, optado pelo reforço da sua posição na VEM, sem orientações das tutelas ou da acionista Parpública nesse sentido, ficando acionista única da Reaching Force e detentora de 90% do capital da VEM”.

Face à situação da TAP ME Brasil, com atividade encerrada desde 2022, e perante a “difícil e prolongada situação económica e financeira e ao elevado passivo daquela empresa brasileira, leva-nos a concluir que a recuperação daquele valor pelas empresas do Grupo TAP será pouco provável“.

“Perspetivam-se perdas muito significativas com aquele negócio pela não recuperabilidade dos valores envolvidos, que, até 2023, ascendiam a 906 milhões de euros“, remata o relatório.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 4 Setembro 2024

União Europeia e Mercosul tentam chegar a acordo comercial. Nos Estados Unidos, o “Livro Bege” da Fed dá sinais sobre a economia e Draghi avalia como está a competitividade da UE.

Os representantes da União Europeia e do Mercado Comum do Sul (Mercosul) reúnem-se para prosseguirem as discussões sobre o acordo comercial entre os dois blocos, enquanto a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) divulga os dados mais recentes sobre a economia norte-americana no seu Livro Bege. Esta quarta-feira fica-se também a conhecer o nível da inflação na OCDE no mês de julho. O ex-presidente do Banco Central Europeu vai ainda entregar um relatório sobre o futuro da competitividade da União Europeia.

Inflação na OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga o Índice de Preços no Consumidor relativo a julho. Em junho, a taxa de inflação no conjunto dos 38 países da OCDE desacelerou para 5,6%, face aos 5,9% registados em maio, naquele que foi o nível mais baixo desde outubro de 2021.

UE e Mercosul tentam chegar a acordo comercial

Representantes da União Europeia e do Mercado Comum do Sul (Mercosul) reúnem-se entre hoje e sexta-feira em Brasília para prosseguirem as discussões sobre o acordo comercial entre os dois blocos. O acordo tem por objetivo eliminar a maior parte dos direitos aduaneiros entre as duas zonas, criando um espaço de mais de 700 milhões de consumidores da União Europeia e do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia).

TCE publica relatório sobre resposta das agências da UE à pandemia

São hoje também divulgadas as conclusões da avaliação do Tribunal de Contas Europeu (TCE) feita à preparação e à resposta do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) à pandemia de covid-19. O ex-ministro das Finanças, João Leão, é o membro do TCE responsável pelo relatório, que resulta daquela que foi a primeira auditoria abrangente do desempenho das duas agências durante uma crise sanitária.

“Livro Bege” da Fed dá sinais sobre a economia

Esta quarta-feira, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) divulga os dados mais recentes sobre a economia norte-americana. Publicado oito vezes por ano, o “Livro Bege” apresenta o resumo das condições e atividade económica do país, com base no reportado pelos diferentes bancos centrais federais. Na edição lançada no final de maio, o Livro Bege referia que a economia dos EUA estava sujeita a “maiores riscos” e que, desde o relatório de abril, os preços subiram a um ritmo “moderado”, pelo que se esperava que continuassem a subir a curto prazo.

Draghi avalia como está a competitividade da UE

É também hoje que o ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, deve entregar um relatório sobre o futuro da competitividade da União Europeia (UE) face a potências rivais como a China ou Estados Unidos. Mario Draghi já defendeu publicamente que a UE tem de investir “uma enorme quantidade de dinheiro público e privado” a curto prazo para competir face aos dois concorrentes mundiais.

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IAG confirma interesse na TAP e diz que está a “acompanhar de perto” a privatização

Grupo que detém a British Airways e a Iberia reafirma ao ECO a vontade de comprar parte da TAP. 'Hub' de Lisboa e rotas da companhia portuguesa para os EUA e a América do Sul são atrações.

O International Airlines Group (IAG) permanece interessado na privatização da TAP e está a monitorizar “de perto” o processo, afirmou ao ECO fonte oficial do grupo que detém a British Airways e a Iberia, entre outras companhias. “O IAG continua interessado na privatização da TAP Air Portugal“, referiu a fonte oficial do grupo. “Estamos a acompanhar de perto os desenvolvimentos em torno do processo de privatização”, sublinhou.

Segundo fontes do setor contactadas pelo ECO, o interesse do IAG na companhia aérea portuguesa inclui a manutenção do hub do aeroporto de Lisboa e as rotas que a TAP opera para os Estados Unidos e América do Sul.

A 2 de agosto, a IAG desistiu da compra da Air Europa ao Grupo Globalia devido às exigências da Comissão Europeia e deverá agora concentrar os esforços em Portugal, como foi apontado em vários jornais espanhóis.

O CEO do grupo, Luís Galego afirmou na apresentação dos resultados do primeiro semestre aos analistas, que o grupo iria “analisar a atratividade da TAP”.

O grupo é um dos três principais interessados na privatização da TAP, a par da alemã Lufthansa e do grupo franco-neerlandês Air France-KLM.

O Governo português quer acelerar a privatização da TAP e está a trabalhar para o lançamento formal do concurso ainda em 2024, revelaram ao ECO duas fontes conhecedoras do processo.

A Parpública, empresa que detém o capital da TAP, ainda não fechou a contratação de um assessor financeiro para avançar com o processo, e não terá sequer um mandato para a operação. De qualquer forma, o Governo tem a convicção de que beneficiaria com o avanço da operação ainda em 2024, aproveitando o ambiente que é ainda favorável do setor internacional, mas a conclusão do negócio passará sempre para 2025.

Air France-KLM aguarda e Lufthansa visita

Fonte oficial do grupo AirFrance-KLM disse ao ECO esta terça-feira que o grupo “aguarda com expectativa” a divulgação dos termos específicos e o calendário da privatização da TAP, recordando que já por diversas vezes mostrou interesse em deter parte da companhia aérea portuguesa.

Esta segunda-feira, o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, apresentou aos ministros das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, a intenção de a companhia alemã concorrer à reprivatização da TAP. Durante o encontro, Spohr não mencionou a percentagem do capital da TAP que a Lufthansa teria interesse em deter na TAP.

O jornal italiano Corriere Della Sera revelou este domingo que o gestor alemão pediu o encontro para comunicar formalmente ao Governo português o interesse em comprar 19,9% da TAP no âmbito da reprivatização da companhia.

O ECO sabe que o interesse em deter uma participação de 19,9% deverá estar relacionado com a intenção de ficar abaixo dos 20%, valor a partir do qual é obrigatória uma avaliação da operação pela Comissão Europeia, nomeadamente a Direção Geral da Concorrência (DG Comp).

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Pinto Luz está “fortalecido pelo excelente trabalho que tem feito”, diz Montenegro

  • ECO
  • 3 Setembro 2024

Primeiro-ministro diz a auditoria da IGF sobre as contas da TAP "não traz nenhuma novidade face a outros relatórios". E que o seu ministro das Infraestruturas tem "sido determinante".

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que o ministro das Infraestruturas tem “sido determinante na adoção de novas políticas no âmbito da mobilidade e habitação”, desvalorizando o relatório da Inspeção-Geral das Finanças sobre as contas da TAP. A auditoria “não traz nenhuma novidade face a outros relatórios”, acrescentou Luís Montenegro, à margem de um encontro com militantes do PSD.

A auditoria da IGF, pedida pelo anterior ministro das Finanças Fernando Medina, aponta para indícios de crime na privatização da companhia aérea em 2015. Pinto Luz era então Secretário de Estado das Infraestruturas – e concluiu a venda da empresa no segundo governo Governo de Passos Coelho que durou 20 dias – e Maria Luís Albuquerque, escolhida para integrar a próxima equipa da Comissão Europeia, era ministra das Finanças.

Miguel Pinto Luz, disse o chefe do Governo, “está fortalecido pelo excelente trabalho que tem feito como ministro das Infraestruturas e Habitação, dando ao país decisões muito relevantes, como a localização do novo aeroporto, a estratégia para a ferrovia, nomeadamente na alta velocidade, ou um plano de mobilidade”, que será apresentado nas próximas semanas, que inclui o passe ferroviário nacional de 20 euros.

O primeiro-ministro garantiu que o Governo “vai continuar a governar, a cumprir o seu programa e vai contar com a participação de todos os seus membros”, com o “intuito” de terminar o mandato em setembro-outubro de 2028 com os atuais governantes a bordo.

Este relatório não traz nenhuma novidade face a outros relatórios. Quer a Assembleia da República quer o Ministério Público não têm falta de relatórios e de informação do que aconteceu na TAP desde 2015. Não vou entrar em detalhes, o que posso dizer é que este relatório, não acrescentando novidade, vai ser apreciado pelas entidades competentes”, disse também Montenegro. E cabe a essas entidades apreciar, juridicamente, “alguma anomalia”, acrescentou. O Governo enviou, entretanto, o relatório para o Ministério Público seguindo a recomendação da IGF.

A minha preocupação é poder oferecer a Portugal uma solução para a TAP que sirva os interesses dos portugueses, da economia portuguesa, e também dos contribuintes. E desse ponto de vista estamos a trabalhar para, oportunamente, podermos dar ao país uma solução que seja de esperança para termos uma companhia aérea que cumpra o desígnio de nos ligar aos pontos mais relevantes com os quais temos relações”, acrescentou.

Sobre a aprovação do orçamento, Montenegro defendeu ainda que se os outros partidos não rejeitaram o programa do Governo no Parlamento, devem agora deixá-lo governar. E, por isso, espera “lealdade” e “vontade dos países que estão na oposição pensaram mais no País que neles próprios”. O chefe de Governo mantém a porta aberta às negociações para o OE 2025 com “todos os partidos”.

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Governo atualiza este mês comparticipações do Estado ao setor social

  • Lusa
  • 3 Setembro 2024

"Já em setembro, já este mês, vai ser feita uma atualização extraordinária, que vai ser paga em outubro, com efeitos a janeiro", disse a secretária de Estado, Maria Clara Marques Mendes.

A Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Maria Clara Marques Mendes, anunciou esta terça-feira em Setúbal que o Governo vai proceder neste mês de setembro a uma atualização extraordinária das comparticipações do Estado para o setor social.

“Já em setembro, já este mês, vai ser feita uma atualização extraordinária, que vai ser paga em outubro, com efeitos a janeiro”, disse Maria Clara Marques Mendes, lembrando que no final do passado mês de julho foi alcançado um entendimento entre o Governo e o setor social sobre as comparticipações do Estado.

“Conseguimos chegar a esse entendimento. O que estamos a fazer agora é ver quais são as atualizações que vão operar a partir de 2025″, acrescentou a secretária de Estado, ressalvando que a atualização extraordinária anunciada para este mês de setembro não abrange todas as respostas do setor social.

Maria Clara Marques Mendes falava na cerimónia de inauguração da ampliação da creche do ACM/YMCA de Setúbal, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), e da nova incubadora de negócios sociais promovida pela mesma associação, que irá funcionar no mercado do Livramento, também em Setúbal.

“Desde a primeira hora que nós [Governo] temos olhado para o setor e temos dito – já o dizíamos antes – que o setor social tem de ser reconhecido”, disse a secretária de Estado da Ação Social e Inclusão. “Nós confiamos no setor, temos que reconhecer o setor. Dizer que reconhecemos o setor, dizer que confiamos no setor, mas depois as nossas ações não são condizentes com isso, não é reconhecer o setor”, frisou.

Segundo revelou o presidente do ACM/YMCA de Setúbal, a associação dá resposta a um total de 237 crianças nas áreas do pré-escolar, creche e Centro de Atividades de Tempos Livres. A ampliação dos serviços de creche do ACM/YMCA foi comparticipada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) em 167 mil euros. A nova incubadora de negócios sociais beneficiou de um apoio financeiro de 150.000 euros através do programa Vales para Incubadoras e Aceleradoras.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 131 milhões

  • ECO
  • 3 Setembro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 131 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 131 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 3 de setembro:

Números: 7, 9, 11, 16 e 45

Estrelas: 2 e 5

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Lusíada vai lançar pós-graduação em Gestão de Seguradoras

  • ECO Seguros
  • 3 Setembro 2024

Quer dar uma formação multidisciplinar completa e absolutamente diferenciada em todas as áreas da gestão de seguradoras. Entre os docentes estão Pedro Passos Coelho e Maria Luis Albuquerque.

A Universidade Lusíada de Lisboa vai lançar um curso de pós-graduação em Gestão de Seguradoras com o objetivo de “preparar a próxima geração de líderes do setor segurador”, o que leva a currículo do curso a combinar disciplinas multidisciplinares, “proporcionando uma formação completa e absolutamente diferenciada”, afirma Nuno Oliveira Matos, Sócio da Carrilho & Associados – ROC, que, com o Professor Álvaro Matias, Diretor da Faculdade de Ciências da Economia e da Empresa Universidade Lusíada, assume a direção científica do curso.

Nuno Matos: “Este curso vai além do conhecimento técnico, aguçando o instinto comercial dos estudantes e preparando-os para enfrentar e gerir o complexo ecossistema segurador atual”.

Nuno Matos explica que os participantes serão imersos em métodos avançados de gestão, finanças, estatística aplicada, no novo relato financeiro em IFRS 17 e IFRS 9, direito dos seguros, regulação europeia e nacional, fiscalidade, entre outros tópicos, capacitando-os a otimizar operações e estratégias das empresas de seguros.

No entanto, acrescenta o docente, “este curso vai além do conhecimento técnico, aguçando o instinto comercial dos estudantes e preparando-os para enfrentar e gerir o complexo ecossistema segurador atual”. Está focado em inovação e sustentabilidade, permitindo aos alunos “estarem equipados para impulsionar o crescimento e a resiliência das empresas de seguros”, concluindo que “este curso preparará os profissionais para assegurar a competitividade das empresas de seguros numa economia global cada vez mais dinâmica e exigente”.

O perfil esperado dos alunos é variado: Profissionais da área de seguros, que desejam atualizar os seus conhecimentos com as mais recentes práticas do mercado e aprofundar a sua compreensão em áreas especializadas de seguros; Graduados em áreas correlacionadas, como finanças, matemática aplicada, economia e gestão, que procuram especialização para ingressar na indústria de seguros com uma base técnica sólida e diferenciada; Auditores, analistas e consultores que pretendem expandir as suas capacidades analíticas e estratégicas, aplicando-as no contexto de gestão de seguradoras e no desenvolvimento de produtos de seguros; Empreendedores e inovadores, que visam explorar oportunidades emergentes no setor de seguros, especialmente em áreas como insurtech, seguros digitais e embedded insurance. Também se dirige a Profissionais de TI que trabalham com seguradoras e desejam entender melhor o negócio para contribuir com soluções tecnológicas mais eficazes e alinhadas com as necessidades do setor.

Entre os docentes estão conhecidos gestores e académicos com conhecimento profundo de seguros, bem como o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e a atual Comissária Europeia Maria Luís Albuquerque que estão indicados para ministrar o módulo “Economia monetária e financeira”, um dos 13 que compõem a pós-graduação.

O curso, que recebeu cartas de reconhecimento da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), é uma pós-graduação em que não é requerido o desenvolvimento de tese, será ministrado à 6.ª feira às 18h e sábado às 9h durante dois semestres num total de 300 horas. Os colaboradores da ASF e de empresas associadas da APS terão acesso a um desconto de 20% sobre o valor indicativo de 3.600 euros como propina para todo o curso que inclui uma avaliação integrada entre aprovação em exames e resolução de problemas em estudos de caso.

Mais informações aqui.

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Relatório europeu propõe tornar públicos dados relativos a desastres naturais

Instituições financeiras consideram que a literacia para os seguros, medidas de adaptação, mutualização dos riscos e partilha de dados podem ser a chave para reduzir a lacuna de proteção.

O relatório ‘Diálogo sobre a Resiliência Climática’ considera necessário o regulador europeu de seguros (EIOPA) considerar recolher dados sobre perdas seguradas e exposição a catástrofes naturais e de torná-los públicos para garantir avaliações de risco corretas e reduzir a lacuna de proteção face a eventos climáticos. O estudo parte da iniciativa da Comissão Europeia e foi realizada pelos participantes, entre eles a InsuranceEurope, a EIOPA e a Agência Europeia do Ambiente.

Ainda relativamente à partilha de informações, a EIOPA propôs a criação de um centro público de dados relativos a catástrofes naturais a nível da UE, que resultaria da cooperação entre o setor segurador, autoridades da União Europeia e estados-membros.

O responsável pelos seguros pessoais e gerais da InsuranceEurope e coautor do relatório realçou que, para as seguradoras continuarem capazes de oferecer seguros “amplos e acessíveis”, a cooperação entre a sociedade civil, empresas, decisores políticos e empresas de seguros é essencial. Nicolas Jeanmart assinalou ser necessário reduzir radicalmente as emissões de gases com efeito de estufa e reforçar a resiliência das comunidades. Reunir (re)seguradoras, consumidores, empresas e decisores políticos para ouvir, aprender e oferecer soluções concretas é um dos caminhos a seguir”.

Embora ainda não se saibam detalhes, este último tema tem dado que falar em Portugal. Principalmente no que respeita ao Fundo Sísmico. Este deverá assumir forma de parceria público-privada que terá como receitas contribuições incorporadas nos prémios de seguros de habitação e empresas, sendo os danos com sinistros cobertos a sua totalidade por diferentes níveis de responsabilidades pelas seguradoras, resseguradoras e Estado. Neste momento, a ASF está a preparar um regulamento para a criação do fundo que devera entregar ao governo até ao final do ano.

Literacia e adaptação também são chaves para reduzir a exposição ao risco

O relatório também propõe fomentar a literacia para os seguros para reduzir a lacuna de proteção. Nesse âmbito sugere “desenvolver ferramentas acessíveis para os consumidores e oferecer mais informações específicas às necessidades de cada localidade”. Incentivar os tomadores de seguro a adotar medidas de adaptação e assim mitigar os riscos, outra forma de reduzir a lacuna de proteção.

Todas as propostas mencionadas têm sido referidas pelos atores do setor em Portugal e aplicadas por algumas empresas e instituições públicas. A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões criou um portal para o consumidor dedicado a literacia financeira e há ferramentas de IoT (Internet das Coisas) utilizadas para a atribuição de descontos no seguro automóvel, por exemplo.

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Caixabank empresta 275 milhões ao BPI para reforçar defesas

BPI reduz custo da dívida perpétua com nova emissão de AT1 e recompra de AT1 emitidos há cinco anos. Acionista espanhol volta a tomar a operação.

O BPI concretizou esta terça-feira uma emissão de dívida perpétua subordinada, no montante de 275 milhões de euros, que servirá para reforçar as suas defesas, com a operação a ser integralmente subscrita pelo acionista CaixaBank.

A emissão destes títulos AT1 (Additional Tier 1, ou seja, que são equiparáveis a fundos próprios de nível 1) terá uma taxa de cupão fixa de 7,125% durante os cinco primeiros anos e dois meses, sendo a partir de então refixada de cinco em cinco anos, com base na taxa midswaps de cinco anos acrescida de um spread de 4,821%, detalha o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa.

Ao mesmo tempo, o BPI reembolsa antecipadamente outros AT1 de 275 milhões de euros, que também tinham sido comprados pelos donos espanhóis. Porém, os novos títulos vão ter um custo inferior caso optasse por manter os títulos da emissão que agora vai ser reembolsada.

O banco salienta que a emissão igualmente o contributo para os instrumentos elegíveis no cumprimento do requisito de MREL (Minimum Requirement for Own Funds and Eligible Liabilities). Esta exigência visa reforçar a capacidade do banco de absorverem e restaurarem o capital, minimizando o risco de utilização de fundos públicos, em caso de dificuldades.

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Zelensky prepara remodelação de mais de metade do Governo

  • Lusa
  • 3 Setembro 2024

"Esta semana podemos esperar uma mudança importante no Governo. Mais de 50% dos membros do Conselho de Ministros vão sofrer alterações", anunciou o porta-voz do partido de Zelensky.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá anunciar na quarta-feira mudanças em mais de metade do Governo, segundo o porta-voz do seu partido, Servo do Povo, no parlamento, David Arajamia. “Tal como prometido, esta semana podemos esperar uma mudança importante no Governo. Mais de 50% dos membros do Conselho de Ministros vão sofrer alterações”, anunciou Arajamia no Telegram, quando começaram a circular vários nomes que estão de saída do executivo.

Trata-se dos ministros das Indústrias Estratégicas, Alexander Kamishin, da Justiça, Denis Maliuska, do Ambiente e Recursos Naturais, Ruslan Strilets, bem como do diretor do Fundo de Propriedade do Estado, Vitali Kova, segundo confirmou o presidente do parlamento, Ruslan Stefanchuk. Arajamia explicou na sua conta de Telegram que as demissões serão anunciadas na quarta-feira e as nomeações dos novos membros do Governo um dia depois.

A confirmar-se, a remodelação governamental ocorre numa fase sensível da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022. Enquanto as forças ucranianas reivindicam o controlo de parte da província russa de Kursk, as tropas de Moscovo continuam a progredir na frente de Donetsk, no leste da Ucrânia, ao mesmo tempo que os seus raides aéreos castigam as infraestruturas energéticas do país, antes da chegada do inverno.

Um bombardeamento russo com dois mísseis balísticos Iskander-M contra o Instituto Militar de Comunicações da cidade de Poltava, no centro da Ucrânia, matou esta terça pelo menos 51 pessoas, segundo o último balanço das entidades oficiais, sendo já um dos ataques mais mortíferos do conflito.

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