“Menos burocracia no Estado não vai significar chico-espertismo”, diz Montenegro. Siga aqui

Encontro organizado pelo Banco Português de Fomento no Europarque reúne protagonistas de relevo do tecido empresarial e da política, com assinatura de contrato com o FEI. Acompanhe aqui em direto.

Cerca de 1.000 empresários estão esta sexta-feira no Europarque, em Santa Maria da Feira, para a primeira edição das “Conversas com Fomento”, uma iniciativa promovida pelo Banco Português de Fomento e que vai juntar protagonistas de relevo das empresas e do Estado, prometendo “reforçar as bases do desenvolvimento empresarial em Portugal”.

O evento fica também marcado pela assinatura de um contrato entre o Fundo Europeu de Investimento (FEI) e o Estado português que, segundo avançou já o ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, permitirá “mobilizar 6.500 milhões de euros para apoio a 30 mil empresas que vão poder beneficiar de crédito com garantia europeia”.

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“A contraproposta salarial é normalmente uma reação tardia”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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Sílvia Nunes tem dúvidas sobre a eficácia de oferecer uma contraproposta salarial a um trabalhador que tenha sinalizado a vontade de sair de uma organização. No episódio desta semana do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, a diretora da Michael Page Portugal explica que “rapidamente” os motivos, que estavam a levar esse trabalhador a ponderar sair, regressam. Também neste episódio, o professor catedrático e autor José Soares reflete sobre como melhorar a performance sem sacrificar o equilíbrio pessoal.

“Se o motivo que me leva a sair é puramente financeiro, e há uma contraproposta que garante o mesmo nível financeiro e me faz ficar, a minha pergunta é: em quanto tempo é que isso esgota? Fico por uma questão financeira, seis meses depois já estou habituada a viver naquele novo patamar financeiro e o que é que acontece a seguir? A minha desmotivação era só por essa razão? A priori não sou a favor das contrapropostas por essa razão”, sublinha a responsável.

Por outro lado, Sílvia Nunes atira que as contrapropostas são, regra geral, “reações tardias”. “Se a minha organização até ao momento não foi capaz de acompanhar o aumento que acabou de referir, por que razão é que, no momento em que digo que vou embora, a organização tenta igualar a oferta que estou a receber? Portanto, eventualmente, já teria conseguido fazer isso antes”, afirma a diretora da Michael Page Portugal.

Neste cenário, a responsável deixa claro que, se pudesse mudar algo na forma como os salários são negociados em Portugal, reforçaria a verdade nessas conversas, garantindo que tal é a chave para um melhor alinhamento entre as expectativas dos dois lados da mesa (empregadores e candidatos).

Também neste episódio José Soares, professor catedrático da Professor catedrático de Fisiologia na Universidade do Porto e autor do livro “Upgrade”, reflete sobre a importância do bem-estar para o desempenho profissional. O especialista tem trabalhado com líderes de empresas como a Deloitte, Unilabs, BPI e Adidas, e atletas de alto rendimento, como o piloto Miguel Oliveira.

“Dou muitas vezes este exemplo. Sabemos tudo sobre o carro que vamos a conduzir. Mas não sabemos nada sobre quem o vai a conduzir. O meu primeiro passo é exatamente esse. É dar ferramentas às pessoas para se conhecerem a si próprias. Muitas vezes, é um choque“, conta o professor.

Já sobre o burnout, José Soares avisa que “uma coisa é estar cansado”, outra coisa é estar nesse ponto, apesar de se multiplicarem os relatos de burnout. “Acho que às vezes é um exagero nessa perspetiva. E tem um inconveniente: desvaloriza as pessoas que têm burnout mesmo“, declara.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Nesta temporada especial (de sete episódios, entre abril e julho), exploramos essa questão do ponto de vista dos rendimentos.

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EUA impõem tarifa de 35% a produtos do Canadá a partir de 1 de agosto

  • Lusa e ECO
  • 11 Julho 2025

Donald Trump disse também que planeia impor tarifas gerais de 15% ou 20% sobre a maioria dos outros parceiros comerciais. União Europeia pode estar prestes a receber carta.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai impor uma tarifa de 35% sobre as importações vindas do Canadá, a partir de 1 de agosto. “Em vez de trabalhar com os Estados Unidos, o Canadá retaliou com as suas próprias tarifas”, justificou o republicano, na quinta-feira.

A partir de 1 de agosto de 2025, vamos impor uma tarifa de 35% sobre os produtos canadianos exportados para os Estados Unidos, independentemente de quaisquer tarifas setoriais“, escreveu. Trump especificou que as tarifas serão adicionadas às impostas a setores específicos, como o aço ou os automóveis, duas das principais exportações do Canadá para os Estados Unidos, o maior parceiro comercial de Otava.

O republicano acrescentou que poderia considerar ajustar a tarifa se o Canadá ajudasse os Estados Unidos a conter o fluxo de fentanil, um poderoso opiáceo. “Estas tarifas podem ser alteradas, para mais ou para menos, dependendo da nossa relação com o seu país”, alertou Trump, numa carta dirigida ao primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, e partilhada na rede social que o republicano detém, a Truth Social.

Esta foi a última de 20 cartas enviadas pelo Presidente norte-americano a parceiros comerciais de todo o mundo desde segunda-feira.

O primeiro-ministro do Canadá reagiu à decisão do líder da Casa Branca através de uma mensagem publicada na rede social X, em que afirma que o seu Governo continuará a defender os trabalhadores e as empresas canadianas nas suas negociações com os EUA, à medida que se aproximam do prazo estabelecido.

A tarifa de 35% agora anunciada é um aumento da atual taxa de 25% que Trump tinha aplicado ao Canadá. A exclusão de bens abrangidos pelo acordo comercial EUA – México – Canadá (USMCA) deverá manter-se e as tarifas de 10% sobre energia e fertilizantes também não deverão mudar, embora o Presidente norte-americano não tenha tomado uma decisão final sobre essas questões, segundo um funcionário da Administração citado pela Reuters.

Na quinta-feira à noite, Trump anunciou, numa entrevista por telefone com a emissora norte-americana NBC, que planeava enviar uma carta semelhante à União Europeia (UE) “hoje ou amanhã” (quinta-feira ou esta sexta-feira). “Gostaria de fazer isso hoje” (quinta-feira), disse o Chefe de Estado norte-americano.

“Estou a falar com a UE, que, como sabem, é composta por vários países, e também com o Canadá. Devemos enviar [as cartas] nas próximas horas”, acrescentara Trump.

Na mesma entrevista, o Presidente dos EUA disse que outros parceiros comerciais que ainda não receberam uma carta provavelmente enfrentariam tarifas gerais. “Nem toda a gente tem de receber uma carta. Vocês sabem disso. Estamos apenas a definir as nossas tarifas. Vamos apenas dizer que todos os países restantes vão pagar, seja 20% ou 15%. Vamos resolver isso agora”, afirmou.

Na quarta-feira, o Presidente norte-americano anunciou que as tarifas de 50% sobre as importações de cobre entram em vigor a 1 de agosto.

Em 2024, os Estados Unidos importaram quase metade do cobre que consumiram, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA, sendo que a maioria das remessas vieram do Chile e do Canadá.

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OLI é a grande vencedora da 2ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização

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  • 11 Julho 2025

Já são conhecidas as empresas vencedoras da segunda edição do prémio Inovação na Internacionalização da COTEC, em parceria com o Santander Portugal e a World Trade Center Lisboa.

A OLI, referência global em soluções sanitárias sustentáveis, foi eleita a grande vencedora pela robustez do seu crescimento internacional e pela sua capacidade de transformar inovação em valor concreto à escala mundial. A empresa de Aveiro tem um forte impacto em mercados como América Latina, Médio Oriente, Europa e Norte de África.

A Controlar, Palbit, Skypro e RCN – cujas trajectórias espelham estratégias inovadoras, ajustadas às exigências de um mundo interligado, diverso e competitivo, venceram nas respectivas categorias.

Jorge Portugal, Director-Geral da COTEC Portugal, disse: “Estas empresas mostram que a internacionalização não é um acto isolado, mas um processo evolucionário — feito de aprendizagem contínua, adaptação aos contextos culturais e construção progressiva de vantagens competitivas nos mercados globais.”

Amílcar Lourenço, Administrador Executivo do Santander Portugal, afirma: “Estes prémios celebram a coragem de inovar e a resiliência de quem transforma a internacionalização numa verdadeira conquista. Os vencedores — e todos os candidatos desta edição — refletem o melhor do espírito empresarial português: a capacidade de enfrentar desafios e de converter obstáculos em oportunidades de crescimento, contribuindo pelo desenvolvimento do país.”

Para Luciano Montenegro de Menezes, CEO do World Trade Center Lisboa, “O Prémio Inovação na Internacionalização é mais do que um reconhecimento: é uma alavanca para potenciar empresas com talento global. Através da rede internacional World Trade Centers Association, oferecemos a estas empresas novas oportunidades de crescimento, colaboração e internacionalização estruturada.”

Mais do que reconhecimento, um catalisador estratégico

O Prémio Inovação na Internacionalização tem como objetivo valorizar empresas que desafiam os modelos tradicionais de expansão internacional, promovendo a sua visibilidade e integração em redes globais. A distinção considera tanto a dimensão da empresa (Pequena, Média e MidCap) como a geografia predominante das exportações (Europa ou Global), ajustando assim a avaliação ao estádio de maturidade internacional.

Nesta edição, 104 empresas candidataram-se, oriundas de diversos setores. A seleção baseou-se em critérios quantitativos rigorosos — taxa de crescimento internacional, intensidade exportadora, investimento em I&D, produtividade, rentabilidade, sustentabilidade e propriedade intelectual — complementados por uma entrevista a cada finalista.

Os vencedores beneficiam de acesso privilegiado à rede internacional dos 320 World Trade Centers, presentes em 93 países e beneficiarão do apoio de uma equipa de especialistas em internacionalização do Santander, presente em 13 geografias. Os finalistas receberam um dossier de avaliação do seu processo de internacionalização produzido pela COTEC Portugal.

Vencedores por categoria:

Pequena Empresa – Europa:

RCN – Innovation in Aluminium Systems (Viana do Castelo) desenvolve sistemas modulares de alumínio para arquitectura, combinando leveza estrutural, estética e desempenho técnico. A sua inovação já conquistou mercados exigentes como os nórdicos e a Europa Central.

Pequena Empresa – Global:

Skypro (Lisboa) fornece uniformes e calçado técnico para tripulações aéreas em mais de 30 países, incluindo Emirates, TAP e Delta. Destaca-se pela inovação ergonómica, durabilidade e adaptação às exigências específicas da aviação comercial.

Média Empresa – Europa:

Palbit é uma referência na produção de ferramentas de corte em metal duro para indústrias como a metalomecânica, automóvel e energética. Com presença em mais de 60 países, investe continuamente em novos materiais e design técnico.

Média Empresa – Global:

Controlar desenvolve sistemas de teste e automação para os sectores automóvel e aeroespacial, operando a partir de Portugal, México e Índia. Trabalha com multinacionais como Bosch ou Airbus, com soluções centradas na fiabilidade e engenharia de sistemas inteligentes.

Small MidCap – Global: Grande Vencedora

OLI – Sistemas Sanitários (Aveiro) é líder ibérica na produção de sistemas de descarga e equipamentos sanitários. Com presença em mais de 80 países e uma taxa de exportação superior a 80%, alia engenharia, design e sustentabilidade numa proposta global de valor.

Júri com autoridade e diversidade de experiências

O júri que avaliou as candidaturas foi constituído por personalidades de reconhecido mérito nos domínios da inovação, da academia e do tecido empresarial:

Adolfo Mesquita Nunes (Pérez-Llorca), Alexandra Vilela (COMPETE 2030), Amílcar Lourenço (Santander), João Maciel (EDP Inovação), Cristina Rodrigues (Capgemini), Helena Bento (Oceanário de Lisboa), José Luís Alvim (Porto Business School), José Magro (WTC Lisboa Business Club), José Pulido Valente (IAPMEI), Manuel Ferreira (Banco BBVA), Miguel Athayde Marques (Universidade Católica), Rui Amorim de Sousa (Cerealis) e Sandra Santos (Logoplaste).

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Hoje nas notícias: Carlos Moedas, TAP e PRR

  • ECO
  • 11 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Carlos Moedas já decidiu que vai recandidatar-se à Câmara de Lisboa. Os três helicópteros da GulfMed que vão operar para o INEM terão um custo de pouco mais de um milhão de euros por mês. E a TAP marca naturalmente o dia. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Moedas anuncia recandidatura: “Ainda tenho muito para dar a Lisboa”

Carlos Moedas decidiu candidatar-se novamente à Câmara de Lisboa. Os lugares do CDS e da Iniciativa Liberal nas listas ainda não estão fechados, mas a apresentação da recandidatura acontecerá até ao final deste mês. “Ainda tenho muito para dar aos lisboetas”, afirmou o autarca em declarações ao Expresso, considerando que não era possível executar num só mandato os compromissos que assumiu há quatro anos. “Sinto a responsabilidade social e política de dar continuidade ao projeto de visão e valorização de Lisboa com que me comprometi. Porque em apenas quatro anos ninguém consegue resolver os males que um executivo socialista criou durante 14 anos”, justifica.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Três helicópteros de emergência vão custar um milhão por mês ao INEM

Os três helicópteros da empresa maltesa GulfMed que a partir da próxima semana vão operar para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) terão um custo de pouco mais de um milhão de euros por mês. Este valor é mais do dobro do valor hora que aquela entidade pagava à Avincis, a empresa que esteve a operar quatro aparelhos até ao final de junho. Neste momento, estão a funcionar um helicóptero ligeiro e outro médio (em Macedo de Cavaleiros e em Loulé) e na próxima terça-feira deverá começar a operar um terceiro, médio, que ficará na base de Évora.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Dinheiro do PRR não executado será entregue ao Banco de Fomento

O risco de Portugal falhar a execução da totalidade do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deixou de ser uma preocupação para o Governo, que decidiu que os fundos remanescentes irão diretamente para o Banco Português de Fomento (BPF). Com a criação de um novo instrumento financeiro, dotado de uma verba inicial de 315 milhões de euros, o Executivo assegura que estes montantes não serão desperdiçados, sendo que o BPF passará a gerir estes recursos, que serão aplicados em investimentos inovadores.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Governo admite troca de ações na venda da TAP

Entre os critérios financeiros para a avaliação das propostas no âmbito do processo de privatização da TAP consta o valor em euros oferecido pelas ações representativas de 44,9% do capital da companhia aérea. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, admite que, além do encaixe imediato, serão tidas em conta outras formas de valorização, entre as quais trocas de participações: “Podemos valorizar propostas que venham com outras soluções, incluindo bónus por performance (earn-outs), valorização futura das ações remanescentes, dividendos e trocas de ações”. Fernando Medina considera, num artigo de opinião publicado no Jornal de Negócios, que a separação do processo de privatização da TAP em duas fases põe em risco a realização da segunda fase. “Havendo compradores interessados, eu não teria arriscado desta forma”, escreve o ex-ministro das Finanças.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

PSP e GNR expulsaram 64 polícias por crimes graves. Mas há 122 ainda ao serviço

Entre 2014 e 2023, foram instaurados processos disciplinares a 188 polícias e militares da PSP e GNR relacionados com crimes graves, cuja moldura penal é superior a 3 anos, sendo que 64 desses elementos foram expulsos, enquanto 122 ainda estão ao serviço destas forças de segurança e dois passaram à reserva. Só na GNR, nesse período, foram condenados por crimes graves 74 militares, sendo que, destes, 43 ainda se encontram em serviço, 29 foram expulsos e 2 transitaram para a reserva ou reforma. No caso da PSP, foram instaurados 114 processos disciplinares, dos quais resultaram penas disciplinares de cariz expulsivo a 35 polícias.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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“Muitos dos alunos” de cursos profissionais acabam a trabalhar fora da área de formação

Cursos profissionais promovem transição mais rápida para o emprego e até estão associados a salários superiores aos do ensino secundário geral. Mas muitos alunos acabam a trabalhar fora da área.

Ainda que a maioria dos alunos de cursos profissionais consiga emprego no prazo de um a dois anos, muitos acabam a trabalhar fora da sua área de formação, aponta um novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS). Os autores realçam, por isso, que é preciso alinhar melhor este tipo de ensino com as necessidades do mercado de trabalho, nomeadamente, através do aprofundamento das parcerias com empresas.

Comecemos por um retrato da participação nos cursos profissionais em Portugal. Se no início do século, o país estava atrasado face à maioria dos países da União Europeia, no que diz respeito à percentagem de jovens estudantes inscritos nos cursos de ensino e formação profissionais, hoje a realidade é outra.

Em concreto, no ano letivo de 2000/2001, 28% dos alunos do ensino secundário estavam inscritos nestes cursos, enquanto a média da União Europeia estava em 52%. Já “na sequência do aumento significativo da oferta, que se registou a partir de 2006“, a percentagem de alunos inscritos “subiu substancialmente”, tendo atingido um máximo de 45% no ano letivo de 2013/2014.

Desde então, a percentagem de inscritos diminuiu ligeiramente, mas mantém-se próxima dos 40%, o que significa que Portugal está, neste momento, mais próximo da média comunitária (que ronda os 50%) do que há duas décadas e meia.

“Em Portugal, há planos para expandir ainda mais o ensino e formação profissionais no futuro, tendo sido anunciado o objetivo de atingir 55% da totalidade dos alunos inscritos no secundário“, assinalam ainda os autores do novo estudo da FFMS.

“E tendo em conta o elevado investimento e os planos para novas reformas no ensino profissional, é fundamental avaliar o seu impacto”, defendem Pedro Martins, Luís Catela Nunes, Pedro Reis e Teresa Thomas.

Ora, de modo geral, a expansão do ensino e formação profissionais “teve resultados positivos“, indica o estudo conhecido esta sexta-feira. Por exemplo, o abandono escolar desceu de 39% em 2000 para menos de 10% no ano letivo de 2022/2023, e a taxa de inatividade entre os jovens (25 a 34 anos) que concluíram o ensino profissional é “notavelmente baixa“, em comparação com aqueles que concluíram o ensino geral (5,6% contra 10,6%).

Mais, os cursos profissionais estão a permitir uma “rápida transição para o mundo do trabalho“, com 72% dos alunos a conseguir emprego no prazo de um a dois anos. Entre os que concluíram o ensino geral, 56% conseguiram um posto de trabalho nesse timing.

E mesmo em temos salariais, os sinais são positivos: os alunos formados no ensino secundário profissional têm ordenados “mais elevados” do que os que concluíram o ensino secundário geral.

Muitos dos alunos que concluem os cursos profissionais acabam por trabalhar fora da sua área específica de formação, o que pode sugerir a necessidade de um melhor alinhamento dos cursos profissionais com as necessidades do mercado de trabalho.

FFMS

Mas nem todas as notícias são boas. “Continua a existir um desfasamento entre a formação a colocação profissional“, destacam os alunos, que referem que “muitos dos alunos que concluem os cursos profissionais acabam por trabalhar fora da sua área específica de formação, o que pode sugerir a necessidade de um melhor alinhamento dos cursos profissionais com as necessidades do mercado de trabalho“.

“Embora os alunos formados no ensino e formação profissionais entrem no mercado de trabalho, muitas vezes não o fazem desempenhando funções diretamente relacionadas com a sua formação. Por consequência, muitos deles podem não vir a aplicar plenamente as competências desenvolvidas durante a sua formação“, insistem os autores.

E afirmam, resumindo, que estes cursos parecem estar, assim, a funcionar bem como via de acesso ao emprego, mas de forma menos eficaz enquanto ferramenta para desenvolver “de forma consistente competências profissionais específicas que correspondam às necessidades do mercado de trabalho”.

Perante este cenário, são deixadas várias recomendações para resolver o desfasamento entre o ensino e o mercado de trabalho, como o aprofundamento das parcerias com empresas (estabelecer parcerias formais entre as instituições de ensino e os empregadores para conceber, de forma conjunta, programas de estudo), a promoção da aprendizagem em contexto de trabalho (reforçando os estágios, por exemplo), a simplificação dos regulamentos que regem a formação em contexto de trabalho (mitigando os obstáculos) e a melhoria da orientação profissional (de modo a ajudar os alunos a escolherem vias profissionais em linha com as suas competências).

Alinhar cursos com o mercado:

-Aprofundar parcerias com as empresas;
-Promover aprendizagem em contexto de trabalho;
-Simplificar quadros jurídicos;
-Melhorar a orientação profissional.

O novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos assinala ainda que é preciso que os cursos direcionados para áreas de atividade sazonal (como o turismo e agricultura) incorporem “competências transferíveis”, de modo a que os formandos sejam empregáveis durante todo o ano. E a pensar na transformação tecnológica, recomenda que o conteúdo dos cursos seja atualizado, de modo a incluir competências atualizadas nesse domínio, especialmente face à automação e à inteligência artificial.

Por outro lado, os autores observam que há elevada mobilidade dos indivíduos que se formam neste tipo de ensino, sublinhando que tal sugere que, “ao planear os cursos, é necessário que haja um maior alinhamento regional”. Por isso, aconselham que a oferta seja gerida ao nível das comissões de coordenação regional, que esta seja integrada com as estratégias económicas regionais e que haja partilha de infraestruturas, isto é, que os municípios possam coinvestir em instalações e equipamentos de ensino profissional partilhados, “sobretudo em zonas de baixa densidade populacional“.

Sobre as distribuição destes cursos por região, o estudo da FFMS indica que é também preciso dirigir de forma estratégica os fundos nacionais e comunitários para as regiões de baixa cobertura e incentivar a criação de cursos em locais deficitários, “dando prioridade ao alinhamento com as necessidades de mão de obra”.

De resto, em conferência de imprensa, o economista Pedro Martins, um dos autores deste estudo, enfatizou que em países onde estes cursos têm maior expressão a taxa de desemprego jovem tende a ser mais baixa do que noutros países europeus. Estando hoje Portugal entre os Estados-membros com um dos piores registos a este nível (a taxa de desemprego jovem corresponde a cerca do triplo da taxa de desemprego global), “há margem para ganhos” com uma aposta reforçada neste tipo de ensino.

Melhorar a imagem pública

Entre as várias recomendações que constam do novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, consta a indicação de que é preciso melhorar a imagem pública do ensino e formação profissionais. “Apesar dos resultados positivos alcançados, persiste uma perceção pública pouco favorável“.

Questionado sobre este ponto, o economista Pedro Martins explicou aos jornalistas que é necessário dar a conhecer o impacto positivo destes cursos na empregabilidade e até nos salários.

A esta recomendação, soma-se uma outra: “assegurar o reconhecimento dos cursos por parte dos respetivos setores de atividade: estabelecer parcerias com os empregadores, de modo a aprovar formalmente as credenciais do ensino e formação profissionais, promovendo a paridade com os graus académicos”.

Cursos profissionais promovem empreendedorismo

Além do impacto dos cursos profissionais no emprego, o novo estudo da FFMS apresenta dados também sobre os efeitos na criação de empresas e no empreendedorismo, destacando também a esse nível sinais positivos.

A criação de novas empresas aumentou significativamente após terem decorrido três a cinco anos desde a entrada no mercado de trabalho dos alunos que concluíram cursos de ensino e formação profissionais”, frisam os autores. “Este aumento foi mais significativo em termos de criação de sociedades do que de empresas em nome individual“, detalham os mesmos.

Perante estes dados, Pedro Martins, Luís Catela Nunes, Pedro Reis e Teresa Thomas recomendam integrar a formação empresarial nestes cursos, isto é, incluir módulos sobre desenvolvimento empresarial, inovação e criação do próprio emprego em todos os programas de ensino profissional.

Apoiar a criação de novas empresas por parte dos indivíduos formados no ensino e formação profissionais: proporcionar mentoria, financiamento inicial e acesso a incubadoras de forma a fomentar a criação de empresas alinhadas com a sua formação.

FFMS

Defendem também que a criação de novas empresas por parte destes alunos seja apoiada, através de mentorias, financiamento inicial e acesso a incubadoras. Outra recomendação passa pela simplificação da burocracia e da orientação, criando balcões de apoio para ajudar os recém-formados no processo de registo de empresas em nome individual e no acesso aos regimes fiscais ou de Segurança Social adequados.

Por fim, os autores salientam que seria útil organizar feiras ou market places onde os recém-formados poderiam apresentar os seus serviços ou produtos, “ajudando-os a ganhar visibilidade e a estabelecer contacto com potenciais clientes”.

Numa última nota, este estudo deixa claro que é preciso monitorizar e avaliar o impacto do ensino e formação profissionais, de modo a manter a “capacidade de resposta e eficácia”. É recomendado, assim, que sejam, nomeadamente, desenvolvidas estruturas de avaliação sólidas (acompanhar a eficácia dos cursos com base, por exemplo, na taxa de emprego, rendimentos e resultados empresariais).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 11 de julho

  • ECO
  • 11 Julho 2025

Ao longo desta sexta-feira, 11 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Celta promove a segunda fase do projeto Celta360, uma referência internacional no desporto e na formação académica

  • Servimedia
  • 11 Julho 2025

Celta lança a primeira pedra do projeto Celta360, um complexo que conjugará desporto, saúde, inovação e lazer, que será uma realidade em 2027.

O Celta apresentou a segunda fase do projeto Celta360, “um complexo multifuncional que permitirá aos jovens atletas completarem a sua formação num ambiente de alto rendimento” e que pretende “reforçar A Canteira del Celta e posicionar o clube como uma referência na formação académica e desportiva a nível internacional”, segundo o comunicado emitido pelo clube.

Na cerimónia de lançamento da primeira pedra na Cidade Deportiva Afouteza, Marian Mouriño, presidente do Celta, afirmou que “estamos a iniciar esta segunda fase do Celta360 e fazemo-lo com um misto de emoção, entusiasmo e, acima de tudo, orgulho. Estamos entusiasmados e prontos para enfrentar o que este projeto representa para o clube e para o desporto galego. O Celta360 vai reforçar essa ligação com a comunidade, porque agora, com esta segunda fase, será um espaço aberto a todos os adeptos do Celta e a toda a comunidade”.

O projeto está alinhado com o roteiro que o clube galego empreendeu graças à sua parte dos fundos LALIGA IMPULSO, uma iniciativa que, com a injeção de quase 2 mil milhões de euros proporcionada pela CVC, procura acelerar em duas décadas a transformação do futebol profissional espanhol em verticais como as infra-estruturas.

Assim, o Celta360 incluirá um mini-estádio, cinco novos campos de treino para as equipas juvenis e cadetes do Celta e de As Celtas, um Centro de Formação especializado em saúde e desporto, que oferecerá cursos universitários e de formação profissional, uma residência para jogadores juvenis e estudantes, bem como uma zona de restauração e um hotel. Além disso, o complexo terá duas áreas dedicadas à clínica desportiva e à inovação no desporto, consolidando a sua vocação de pólo de referência no domínio do desporto.

Assim, a Cidade Deportiva Afouteza abrangerá diferentes linhas de ação: laboratórios de investigação, espaços culturais, lazer, turismo desportivo, medicina desportiva e instalações para a prática de várias modalidades desportivas. Para tal, o clube foi assessorado pela consultora imobiliária CBRE, que, através da sua divisão Sports Real Estate, participou na definição do mix de utilizações do complexo, no desenvolvimento do plano de negócios e na procura de operadores como Los Sauces, Metrodora Group ou Telefónica. O projeto entra agora numa nova fase em que a CBRE Project Management será responsável pela gestão da construção e pelo controlo dos custos.

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Catalunha coloca o residente e a sustentabilidade no centro da sua nova estratégia turística

  • Servimedia
  • 11 Julho 2025

A Agência Catalã de Turismo apresenta “(+) Catalunya, millor turisme”, um roteiro até 2028 que aposta num turismo consciente, mais equilibrado e com maior valor acrescentado.

A Catalunha redefiniu a sua visão do turismo com o lançamento da nova estratégia “(+) Catalunya, millor turisme”, promovida pela Agência Catalã de Turismo do Departamento de Empresas e Emprego. Este novo roteiro, com um horizonte de 2028, aposta numa forma diferente de se relacionar com os visitantes, colocando pela primeira vez o residente como ator ativo na estratégia turística.

O Governo propõe que o visitante deixe de ser visto como um elemento externo e passe a ser tratado como um residente temporário, com direitos mas também com responsabilidades. Esta visão promove um comportamento respeitoso, incentiva o seu envolvimento nas regras do lugar e procura ligá-lo emocionalmente ao território. O objetivo é gerar experiências mais autênticas, uma convivência mais harmoniosa e um maior impacto positivo nas comunidades locais. O modelo transforma assim o residente em prescritor e criador de conteúdos, promovendo um turismo alinhado com o quotidiano e com valor partilhado.

A estratégia representa uma mudança de paradigma no marketing turístico: deixa para trás a lógica baseada na quantidade de turistas e opta por uma economia do visitante que gera valor económico, social, ambiental e cultural. O objetivo é um turismo mais consciente, inclusivo e regenerativo, que coloca a Catalunha como um destino líder na Europa nesta nova forma de entender as viagens.

DESSAZONALIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO

O modelo “(+) Catalunya, millor turisme” estrutura-se em torno de oito objetivos estratégicos, divididos em duas dimensões. Por um lado, consolidam-se quatro desafios recorrentes: a dessazonalização, que procura redistribuir os fluxos turísticos ao longo do ano; a desconcentração territorial, para dar visibilidade às zonas menos frequentadas; a diversificação da oferta turística, com novas propostas de valor; e o reforço do impacto económico, com um turismo que aumente o consumo e a prosperidade partilhada.

Por outro lado, foram acrescentados quatro objetivos de nova geração: melhorar a satisfação dos visitantes e residentes; garantir a sustentabilidade e um legado positivo para o território; fidelizar um visitante consciente, respeitador e comprometido; e reforçar a marca Catalunha com uma projeção global baseada em valores sólidos.

A estratégia foi concebida através de um processo participativo que envolveu mais de 1.000 empresas do setor, 30 grupos de trabalho, inquéritos e consultas a agentes públicos e privados de todo o território. O resultado é um roteiro amplamente consensual que responde aos desafios atuais e reforça a resiliência do modelo turístico catalão.

VETORES DE TRANSFORMAÇÃO

Entre os seus principais vetores de transformação estão a figura do visitante consciente, ligado a experiências alinhadas com o seu propósito e capazes de gerar um impacto regenerativo; o compromisso com produtos e comunidades que deixam um legado nos territórios; um modelo de comunicação que evolui para o marketing de conteúdo personalizado; e o envolvimento ativo do residente na reputação e promoção do destino. A sustentabilidade torna-se um eixo central, juntamente com a inovação e a digitalização, com especial atenção para as oportunidades oferecidas pela Inteligência Artificial para a hiper-segmentação, personalização de experiências e transformação digital do setor, no âmbito do Programa 4P’s cofinanciado pelo Feder.

Com esta estratégia, a Catalunha faz um apelo coletivo para transformar o turismo numa ferramenta de progresso social, coesão territorial e prosperidade partilhada. Um turismo que se visita sem deixar de ser vivido.

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Fundo das pensões da Segurança Social supera os 40 mil milhões pela primeira vez

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social valorizou 0,87% no primeiro semestre do ano, alcançando um valor sob gestão equivalente a 25 meses de despesa com pensões.

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) ultrapassou, pela primeira vez na sua história, a fasquia dos 40 mil milhões de euros de ativos. Segundo dados recolhidos pelo ECO junto da tutela, a “almofada” das pensões fechou o primeiro semestre com 40,28 mil milhões de euros de ativos sob gestão, cerca de 18,9% acima do valor registado há um ano.

Além disso, os 40,28 mil milhões de euros da carteira do FEFSS com que fechou em junho corresponde a uma taxa de cobertura das pensões de 208,6%, o equivalente a 25,04 meses de pagamento de pensões. Este valor fica 4,3% acima da meta legal definida de o FEFSS ser capaz de salvaguardar dois anos (24 meses) de pensões em caso de necessidade, demonstrando que o fundo ultrapassou claramente o seu objetivo inicial.

O feito resulta, em grande medida, da transferência histórica de 4,08 mil milhões de euros do saldo do sistema Previdencial da Segurança Social realizada em fevereiro, tal como havia sido anunciado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, no início do ano. Esta foi considerada “a maior transferência de sempre” para o fundo criado em 1989 para estabilizar financeiramente o sistema de pensões português.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Além desse “cheque”, o FEFSS beneficiou também de uma forte recuperação do mercado no segundo trimestre e da capacidade da equipa de gestão do fundo liderada por José Vidrago, que foi capaz de oferecer ao fundo uma rendibilidade líquida de transferências de 0,87% no acumulado dos primeiros seis meses, depois de no primeiro trimestre ter registado perdas de 1,37%. Esta recuperação ocorreu depois de um início de ano marcado pela volatilidade nos mercados financeiros, que afetou particularmente a carteira de ações do fundo.

O principal ativo a contribuir para o desempenho positivo da gestão do FEFSS nos primeiros seis meses do ano foi a carteira de dívida de países da OCDE (excluindo dívida de Portugal), que atualmente representa quase 25% da carteira do fundo. Esta componente apresentou ganhos de 2,04% nos primeiros seis meses do ano, uma inversão face à contração de 1,61% registada no mesmo período do ano anterior.

A carteira de ações, composta exclusivamente por fundos cotados (conhecido como exchange-traded funds, ou apena ETF) e com um peso de cerca de 18% na carteira total do FEFSS, conseguiu ganhos de 0,87% no semestre, após ter registado perdas de 3,57% nos primeiros três meses. Esta componente tem sido historicamente um dos principais motores de valorização do fundo, com limitações legais que impedem uma exposição superior a 25%.

Mais dececionante foi novamente o desempenho da carteira de dívida pública portuguesa, que representa cerca de 50% da carteira do fundo da Segurança Social, que fechou o primeiro semestre com uma valorização de apenas 0,37%. Esta exposição obrigatória a títulos portugueses tem sido apontada como um fator limitativo do potencial de rendibilidade do fundo.

O histórico recorde do FEFSS ao ultrapassar os 40 mil milhões de euros reflete um momento dourado para todo o ecossistema da proteção social portuguesa. Este feito não acontece isoladamente, mas surge em perfeita sintonia com a robustez das contas da Segurança Social, que registaram um excedente de 2.361 milhões de euros até abril – uma subida de 16% face ao período homólogo –, e com o saldo positivo de 148 milhões de euros da Caixa Geral de Aposentações, que contrasta com o défice estrutural que tradicionalmente caracteriza esta instituição.

A força motriz deste desempenho conjunto reside no dinamismo do mercado de trabalho, que impulsionou as contribuições e quotizações para um crescimento homólogo de 9% até abril, superando largamente as expectativas governamentais. O aumento no número e valor médio das remunerações declaradas pelas entidades empregadoras criou um círculo virtuoso que não só alimenta o presente excedente da Segurança Social, mas também fortalece o futuro através da capitalização do FEFSS.

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Brasileiros, americanos e angolanos lideram nas compras ‘tax free’

Foram certificadas mais de 889 mil faturas no ano passado, o que corresponde a um valor total de isenções de IVA de 86 milhões de euros, que cresceu a dois dígitos face ao ano anterior.

As compras tax free aumentaram no ano passado. As quase 900 mil faturas registadas pelos estrangeiros que visitaram o país conferiram um total reconhecido de isenções de IVA de 86 milhões de euros. Os turistas brasileiros, americanos e angolanos lideram, representando, em conjunto com a China, mais de metade das faturas certificadas.

“Em 2024, foram certificadas mais de 889 mil faturas”, indica o Relatório sobre o Combate à Fraude e Evasão Fiscais e Aduaneiras de 2024. Este número representa um crescimento de 8,2% face ao total de faturas que foram registadas no ano anterior, acrescenta o documento feito pelo gabinete da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais e que foi entregue no Parlamento.

A estas faturas corresponde “um valor total reconhecido de isenções de IVA de aproximadamente 86 milhões de euros”, um crescimento de 10% no número em comparação com o ano anterior quando as isenções de IVA rondaram os 78 milhões de euros.

Tanto em 2023 como em 2024, Brasil, EUA e Angola destacam-se entre mais de 200 nacionalidades que fizeram compras em Portugal, procedendo depois ao pedido de reembolso do IVA suportado. “Os nacionais de Brasil, Estados Unidos, Angola e China, num total de 254 nacionalidades, explicam por esta ordem, mais de metade das faturas certificadas no e-Taxfree”, refere o relatório.

Mais de 65% do valor das compras com IVA, que foram objeto de certificação no e-Taxfree por país de residência foram efetuadas por residentes no Brasil, Estados Unidos, Angola, China e Reino Unido, por esta ordem”, acrescenta o documento.

Os quase 90 mil viajantes vindos do Brasil lideram as compras tax free, com um peso de 22%. Mas são os turistas americanos, a nacionalidade que mais cresceu nas visitas a Portugal em 2024, de acordo com dados do INE, são os que mais gastam, em média, no top três das nacionalidades.

De acordo com o mesmo relatório, enquanto o valor médio das compras com IVA dos turistas brasileiros é de 392 euros, este número sobe para 1.077 euros no caso dos EUA. Os angolanos gastam, em média, 360 euros. Já os turistas chineses, que surgem em quarto lugar, são os que mais gastam (1.657 euros) entre todas as nacionalidades.

Aeroporto de Lisboa é onde se faz mais compras tax free

O relatório indica ainda que o “aeroporto de Lisboa é de longe o principal local de saída de faturas certificadas, com um peso de cerca de três quartos do total do valor das faturas certificadas”. Ao todo, 230.610 viajantes fizeram compras tax free no aeroporto da capital, com o valor total com IVA a superar os 342 milhões de euros no ano passado.

Já o aeroporto do Porto representa 7% do total do valor das faturas certificadas, com o total com IVA a rondar os 35 milhões de euros. O aeroporto de Faro surge de seguida com um peso de 2% e um total de IVA de mais de sete milhões de euros.

O ano passado foi marcado por um novo crescimento do tráfego nos aeroportos portugueses, com o número de passageiros transportados a rondar os 69,2 milhões. Neste período, o aeroporto de Lisboa voltou a bater recordes, ao atingir 35,1 milhões de passageiros.

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Telefónica reforça a sua liderança na fibra ótica no Brasil com a aquisição de 100% da Fibrasil

  • Servimedia
  • 11 Julho 2025

A Telefónica Brasil (Vivo) anunciou a aquisição da totalidade das acções da Fibrasil detidas pela Caisse de dépot et placement du Québec, representativas de 50% do capital social total da Fibrasil.

Assim, no final da operação – que está sujeita à aprovação do CADE e da Anatel – a Vivo será titular de 75,01% do capital social total da Fibrasil, enquanto a Telefónica Infra será titular de 24,99%. Desta forma, a Telefónica S.A. passa a controlar indiretamente 100% da FiBrasil, por um investimento de R$ 850 milhões (cerca de 131 milhões de euros).

Com esta operação, a Telefónica reforça ainda mais a sua liderança no setor da fibra ótica no Brasil, dando-lhe escala e capacidade de atuar com flexibilidade sobre um ativo (a fibra) que está no centro da estratégia de crescimento da Vivo no Brasil.

A Vivo cobre atualmente cerca de 30 milhões de lares e empresas em 444 cidades e tem 7,2 milhões de clientes ligados.

O acordo dá um forte impulso à estratégia de crescimento da Vivo, centrada numa oferta combinada de serviços fixos e móveis. A solução Vivo Total, que reúne conectividade residencial e móvel num único plano, conta já com 2,7 milhões de clientes e regista um crescimento anual de 77%.

Marc Murtra, Presidente da Telefónica, reforça assim um dos mercados prioritários do Grupo, que se encontra atualmente imerso numa profunda reflexão estratégica, cujos resultados serão conhecidos antes do final do ano.

Desde que está à frente da empresa, Murtra acelerou a execução dos desinvestimentos nos mercados latino-americanos (depois de vender as operações na Argentina e no Peru, e de chegar a acordos de venda na Colômbia, Equador e Uruguai) e está a concentrar a atividade do Grupo nas suas operações prioritárias (Brasil, Espanha, Alemanha e Reino Unido).

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