Declarações de rendimentos. Marcelo “não está ainda preocupado” com Montenegro

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

O Presidente da Repúblico disse que ia tentar saber o que se passou relativamente aos pedidos de oposição de Luís Montenegro à consulta pública das suas declarações de rendimentos.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira que vai “tentar saber o que se passou” com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para ter pedido que seja negada a consulta pública das suas declarações de rendimentos.

“Vou tentar saber o que se passou. Não sabia de nada, não posso responder”, declarou o chefe de Estado, ao ser questionado pelos jornalistas sobre este assunto, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

“Aqui do que se trata é de saber exatamente o que se passou, para saber se é uma realidade que seja de uma certa envergadura ou de outra envergadura. Quer dizer, ao longo da vida tenho encontrado realidades que são pormenores e outras que são pesadas, são importantes e têm mais efeitos políticos”, acrescentou.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, submeteu pedidos de oposição à consulta pública das suas declarações de rendimentos, que está suspensa até uma decisão final do Tribunal Constitucional, informou esta terça-feira a Entidade para a Transparência (EpT).

Interrogado se está preocupado com a envergadura deste caso, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Não sei, não estou ainda preocupado, pois se eu ainda não conheço o caso, só depois é que posso estar preocupado“.

Segundo o Presidente da República, “é bem possível que isso também seja falado” na audiência desta semana com o primeiro-ministro, que será na “quinta ou sexta-feira”.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que não dispunha de dados para responder sobre este assunto e, quanto aos efeitos que pode ter, defendeu que “é importante que o Governo tenha estabilidade, é importante que execute o seu programa, tal como está a Europa e o mundo”.

Quando lhe perguntaram se vai pedir explicações a Luís Montenegro na audiência desta semana, o chefe de Estado contrapôs: “Não é pedir explicações. Eu falo de tudo aquilo que é importante e o senhor primeiro-ministro fala de tudo o que é importante na atualidade nacional e internacional, é bem possível que isso também seja falado”.

Em resposta à agência Lusa, a Entidade para a Transparência (EpT) confirmou hoje que a consulta pública das declarações únicas de rendimentos, património, interesses, incompatibilidades e impedimentos do primeiro-ministro, Luís Montenegro, se encontra suspensa, até haver uma decisão do Tribunal Constitucional sobre “pedidos de oposição” feitos pelo próprio. Estes pedidos foram inicialmente noticiados pelo Correio da Manhã e confirmados à Lusa.

“A decisão de alguns dos pedidos de oposição às declarações únicas apresentados pelo senhor primeiro-ministro está dependente da apreciação, pelo Tribunal Constitucional, da ação de impugnação das deliberações da Entidade para a Transparência, a qual possui, nos termos do n.º 3 do artigo 111.º da Lei de Organização, Funcionamento e Processo do Tribunal Constitucional, efeitos suspensivos”, lê-se na resposta da EdT.

Entretanto, o gabinete do primeiro-ministro informou que foi pedida por Luís Montenegro oposição à consulta pública apenas de “alguns elementos” das declarações de rendimentos, que integram o recurso interposto no Tribunal Constitucional.

Perante notícias incorretas e equívocas vindas a público nos últimos dias, o gabinete do primeiro-ministro esclarece que o pedido de oposição relativamente a alguns elementos na declaração única junto da Entidade para a Transparência diz somente respeito às questões que integram o recurso interposto no Tribunal Constitucional”, lê-se numa resposta enviada à agência Lusa.

Segundo o gabinete de Luís Montenegro, “o primeiro-ministro fez apenas uma impugnação parcial de elementos, que já são do conhecimento público (lista de clientes)”.

A EdT referiu que a legislação que regula o exercício de funções de cargos políticos prevê este tipo de pedidos, nomeadamente quando está em causa o “interesse de terceiros ou a salvaguarda da reserva da vida privada”, e que até haver decisão sobre os pedidos “o acesso aos elementos sobre os quais recaiu a oposição e a sua eventual publicitação ficam suspensos”.

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Entram hoje em vigor alterações ao regime do IVA de Caixa

O novo regime, que permite entregar o IVA ao Estado só quando os clientes pagam a fatura, alarga o acesso a empresas com faturação anual até dois milhões de euros, face a 500 mil euros anteriormente.

As empresas com uma faturação até dois milhões de euros por ano podem, a partir de hoje, entregar o IVA ao Estado apenas quando receberem o pagamento dos clientes. Até agora, isto apenas era possível para empresas com um volume de negócios até aos 500 mil euros.

“Entendendo o Governo estarem reunidas as condições para se proceder ao alargamento do âmbito do regime do IVA de caixa, o regime passa a abranger os sujeitos passivos de IVA com um volume de negócios anual não superior a 2.000.000 euros”, segundo o diploma publicado em março, em Diário da República, que produz efeitos a partir de 1 de julho de 2025.

Este regime, que foi introduzido em 2013, abrangia, até agora, apenas os sujeitos passivos de IVA com um volume de negócios anual até 500 mil euros.

De acordo com o mesmo decreto-lei, “proporciona-se dessa forma aos sujeitos passivos de IVA que cumpram as condições de acesso ao regime, a possibilidade de exercer essa opção, abrindo o regime a um número significativo de agentes económicos, que se insiram nos ramos empresariais e profissionais, contribuindo dessa forma para melhorar a sua gestão financeira”.

As empresas interessadas podem aderir, através do portal das Finanças, durante o mês de outubro, com a medida a começar a contar a partir de 2026. As que estariam excluídas, a 1 de julho de 2025, por terem ultrapassado o teto de 500 mil euros também passam a estar abrangidas, segundo o diploma. Independentemente deste mecanismo, ao fim de 12 meses da emissão do recibo, a empresa tem de entregar o IVA ao Estado, mesmo que o cliente não pague a fatura.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, defendeu, em julho do ano passado, durante a apresentação do programa ‘Acelerar a Economia’, que a medida iria permitir “a mais empresas aderir” ao regime e beneficiarem de uma “tesouraria mais flexível e mais eficiente”.

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Municípios vão entregar ao Governo dezenas de propostas para reforma do Estado

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

"A A ANMP irá trabalhar para apoiar o Governo nesse grande objetivo de reformar o Estado", diz Luísa Salgueiro.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) vai entregar ao Governo dezenas de contributos para o processo de reforma do Estado, que devem estar concluídos no dia 22, disse esta terça-feira a presidente da organização, Luísa Salgueiro.

Estamos a ultimar um documento com as propostas base da associação relativamente a esse tema [reforma do Estado]. São muitos contributos, de simplificação administrativa, de todas as áreas com as quais a associação está a trabalhar”, informou.

À saída de uma reunião do conselho diretivo, a presidente da ANMP explicou à agência Lusa que se trata de um documento muito extenso, com dezenas de propostas, de várias áreas.

“A associação entende que tem vários contributos que pode dar ao Governo, do trabalho que já vem realizando ao longo dos anos. Portanto, estamos a prepará-los para remeter ao Governo, no sentido de aproximar as posições que a associação tem assumido ao longo destes anos com esta intenção que o Governo tem da reforma do Estado e que tem impacto nos municípios“, sustentou.

A ANMP irá trabalhar para apoiar o Governo nesse grande objetivo de reformar o Estado.

Luísa Salgueiro

Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)

Segundo a também presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, o documento com as propostas deverá ser enviado ao Governo depois da próxima reunião do conselho diretivo da ANMP, que está agendada para dia 22.

Provavelmente só validaremos a versão final na próxima reunião. Agora, durante este período, os vários colegas vão dar contributos e depois validaremos na próxima reunião do conselho diretivo [da ANMP]”, referiu.

Já em meados de junho, a presidente da ANMP tinha deixado a garantia de que os municípios estão empenhados em colaborar no processo de reforma do Estado. “A ANMP irá trabalhar para apoiar o Governo nesse grande objetivo de reformar o Estado”, assegurou.

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Ataques de Trump? “Estou 100% focado no meu trabalho”, respondeu Powell, aplaudido pelos outros banqueiros centrais

Apesar da pressão de Trump para aliviar os juros, Jerome Powell reitera que Fed vai esperar por mais dados sobre o impacto das tarifas antes de começar a cortar taxas.

O presidente da Reserva Federal americana, Jerome Powell, foi aplaudido pelos seus pares, incluindo Christine Lagarde do Banco Central Europeu (BCE), quando desvalorizou os ataques constantes de Donald Trump à sua atuação, mostrando-se “100% focado” no seu trabalho.

Os ataques pessoais de Trump tornam o seu trabalho mais difícil?”, questionou a jornalista Francine Lacqua, que moderou o Policy Painel, no Forum BCE, em Sintra.

“Estou muito focado no meu trabalho. As coisas que interessam são: usar as nossas ferramentas para atingir as metas que o congresso nos deu, máximo emprego, estabilidade de preços e estabilidade financeira. É nisso que estamos 100% focados”, respondeu Powell, recebendo depois uma pequena ovação dos outros banqueiros centrais que também participaram no painel: Christine Lagarde (BCE), Andrew Bailey (Bank of England), Kazuo Ueda (Bank of Japan) e Chang Yong Rhee (Bank of Korea).

Powell tem sido constantemente criticado pelo Presidente americano por ainda não ter cortado as taxas de juro da Fed. Trump inclusivamente já ameaçou retirá-lo da liderança do banco central.

A jornalista abordou depois Lagarde sobre o que faria se estivesse no lugar de Powell: “Penso que falo por todos aqui, faríamos exatamente o mesmo que o nosso colega”, respondeu a presidente do BCE. Nova ronda de aplausos na sala.

Esta terça-feira, o presidente da Fed reiterou que vai esperar por mais dados sobre o impacto das tarifas antes de começar a aliviar a política monetária na maior economia do mundo — mostrando-se indiferente às pressões de Trump.

Ganhar tempo

“Estamos simplesmente a ganhar algum tempo. (…) Desde que a economia americana esteja numa boa forma, a coisa mais prudente é esperar e aprender mais em relação ao impacto das tarifas”, disse Powell no Fórum BCE.

Powell admitiu que ainda não se vislumbra grandes efeitos das tarifas nos preços e no mercado de trabalho. Ainda assim, revelou que, se não fossem as tarifas anunciadas por Trump, a Fed já teria cortado as taxas de juro por esta altura.

“Fizemos uma pausa quando vimos a dimensão das tarifas. As previsões para a inflação subiram de forma material por conta das tarifas”, atirou.

Powell não antecipa quando a Fed pode reduzir as taxas de juro, ressalvando que dependerá da evolução dos dados no verão. Mas lembrou que os membros do comité do banco central apontam para um corte no final do ano.

(Notícia atualizada às 15h46)

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Lagarde assinala que meta de inflação de 2% do BCE foi atingida

Presidente do Banco Central Europeu defendeu que a missão sobre a inflação não está completa, mas a meta de 2% foi atingida. No entanto, sublinhou que é preciso continuar vigilante.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou esta terça-feira que, apesar dos progressos, a instituição deverá continuar a ser extremamente vigilante sobre a inflação. Ainda assim, destacou que a meta de 2% do banco central foi atingida.

Não digo que a missão está completa, mas a meta foi atingida“, afirmou a responsável do banco central durante o painel de governadores do Fórum do BCE, em Sintra.

As declarações de Lagarde ocorrem no dia em que o Eurostat divulgou que a inflação homóloga da Zona Euro acelerou ligeiramente para 2% em junho, contra 1,9% em maio e 2,5% no mês homólogo de 2024. O organismo de estatística europeu apontam para uma taxa de inflação mais elevada nos serviços em junho (3,3%, em comparação com 3,2% em maio), seguidos pelos produtos alimentares, álcool e tabaco (3,1%, face aos 3,2% em maio), bens industriais não energéticos (0,5% em comparação com 0,6% em maio) e energia (-2,7%, que se comparam com -3,6% em maio).

Lagarde alertou, contudo, que o mundo enfrenta “o risco de instabilidade”, de “fragmentação”, a que se junta a “preocupação geopolítica”. “Temos de continuar a ser extremamente vigilantes sobre a inflação”, disse, acrescentando que a instituição está “em boa posição” para “navegar em águas turbulentas“.

@2025 European Central Bank@2025 European Central Bank

Tal como tem feito noutras ocasiões, a presidente do BCE reiterou que as decisões do banco central serão tomadas reunião e a reunião, dependendo dos dados. Uma posição partilhada com o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, com quem partilhou o painel.

Questionada sobre se faria alguma coisa diferente de Powell, Lagarde manifestou apoio ao homólogo americano, afirmando que provavelmente “todos” os outros governadores “estariam a fazer o mesmo”, em referência aos restantes colegas de painel: Andrew Bailey (Bank of England), Kazuo Ueda (Bank of Japan) e Chang Yong Rhee (Bank of Korea).

A presidente do BCE defendeu ainda que a subida do euro face ao dólar “reflete as condições de mercado”, mas também “a força da economia” europeia. O euro tem estado a beneficiar de uma depreciação do dólar, numa tendência que Christine Lagarde classificou como “contraintuitiva, mas justificada”.

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João Pedro Borges confirmado como CEO da CA Seguros

Tiago Corrêa juntou-se à equipa como vogal. Continuam nos mesmos cargos Teresa Barreira e João Pedro Borges, a liderar a seguradora que é a oitava maior Não Vida em Portugal.

A CA seguros anunciou a nova composição do conselho de administração para o triénio 2025-2027 confirmando João Pedro Borges como presidente do conselho de Administração Executivo.

O conselho de Administração Executivo da CA Seguros é composto por Tiago Corrêa que se juntou à equipa como vogal onde já estava Teresa Barreira também vogal enquanto João Pedro Borges continua a liderar a seguradora.

Também Teresa Barreira foi nomeada pelo Conselho Geral de Supervisão vogal na liderança da CA Seguros. À equipa junta-se Tiago Corrêa que até agora era responsável para direção de subscrição, substituindo Margarida Couto que é agora diretora do departamento de organização, Qualidade e Inovação da seguradora.

O facto do novo membro vir dos quadros da organização “representa uma valorização clara da experiência desenvolvida na CA Seguros.”, indica a companhia em comunicado.

Há frente da CA seguros desde 2013, João Pedro Borges, foi durante mais de 17 anos diretor financeiro e chief risk officer da seguradora.

Com mais de 600 agências e 450 mil clientes, a seguradora do Grupo Crédito Agrícola registou cerca 175 milhões de euros em prémios emitidos no ano passado, mais 10,1% face ao ano anterior, ocupando a oitava posição das principais seguradoras Não Vida.

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Fundos de investimento e startups europeias pedem “pausa” ao IA ACT

Cerca de 30 líderes da indústria europeia, entre startups e fundos de investimento, pedem pausa na implementação, receando impacto na competitividade do continente.

Cerca de três dezenas de startups e fundos de investimento europeus estão a pedir que a União Europeia ponha em pausa a implementação do IA ACT. Querem proteger a competitividade das empresas europeias.

“Uma pausa bem calibrada não significa adiar por adiar. Trata-se de entregar um plano de implementação com que se possa trabalhar — e não uma bomba relógio apressada — que reforce a credibilidade e competitividade da Europa a nível global”, pode ler-se na carta, citada pela Sifted (contéudo em inglês, acesso não reservado), uma iniciativa de Johannes Schildt, fundador e antigo CEO da sueca healthtech Kry, e subscrita por cerca de 30 líderes da indústria entre os quais Anton Osika, cofundador da Lovable, ou Harry Stebbings, fundador do fundo 20VC.

Fredrik Hjelm (CEO da Voi); Steffen Tjerrild (COO da Synthesia); Max Junestrand (CEO Legora), Judith Dada (general partner da Visionaries Club) são outros dos subscritores.

“Parece ridículo aprovar uma lei que pode prejudicar a competitividade das empresas europeias na Europa, quanto mais globalmente”, diz Kitty Mayo, CEO do Project Europe, um dos signatários, citada pela Sifted.

Em finais de junho, antes de uma reunião com líderes da UE, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, referiu que o IA ACT era “confuso”, considerando que a sua implementação levaria a um atraso tecnológico para o continente e com que aplicações específicas não ficassem disponíveis na região, segundo noticia o Politico (conteúdo em inglês, acesso livre).

Na mesma altura, o grupo de lobby CCIA Europe, cujos membros incluem a Alphabet (dona do Google), a Meta (dona do Facebook) e a Apple, urgiram a UE para suspender a implementação do IA ACT.

“Com partes críticas do IA ACT ainda em falta apenas semanas das regras começarem em efeito, precisamos de uma pausa para ter um ACT certo, ou arriscamos a estagnar a inovação”, disse Daniel Friedlaender, senior vice president da CCIA Europe, citado pela Reuters. (conteúdo em inglês, acesso livre).

O IA ACT entrou em vigor em 2024, mas está a ser implementado ao longo de dois anos: regras sobre sobre modelos e IA de finalidade geral (GPAI) deveriam estar a ser implementadas desde 2 de maio, mas estão a ser adiadas. Em maio, a Politico noticiou que a simplificação das regras estava a ser equacionada por Bruxelas. (conteúdo em inglês, acesso não reservado).

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Imobiliária d’Os Mosqueteiros muda sociedade e escolhe Lynx para gerir fundos

  • ECO
  • 1 Julho 2025

Alcapredial, braço imobiliário da dona do Intermarché em Portugal, concluiu o processo de conversão em Sociedade de Investimento Coletivo, que será gerida em exclusivo pela Lynx Asset Managers.

A Alcapredial, braço imobiliário do Grupo Mosqueteiros em Portugal, anunciou esta terça-feira que concluiu o seu processo de conversão em Sociedade de Investimento Coletivo (SIC), um género de organismo de investimento imobiliário que pode ter autogestão (pelos órgãos sociais) e um enquadramento fiscal considerado favorável pelo mercado.

A mudança surge no âmbito da compra de uma participação de 49% pela LeadCrest Capital Partners, noticiada em primeira mão pelo ECO, e pretende reforçar a governação institucional da Alcapredial através de uma gestão “mais profissional” dos seus ativos imobiliários, que estão ao serviço das marcas Intermarché, Bricomarché e Roady no mercado nacional.

A operação foi avaliada em cerca de 500 milhões de euros em dezembro de 2024. O portefólio atual da Alcapredial integra mais de 260 ativos comerciais, entre os quais se incluem supermercados, lojas de bricolage e centros auto, distribuídos por 18 distritos portugueses. Estes ativos representam mais de dois terços da presença imobiliária do Grupo Mosqueteiros em Portugal.

Em simultâneo, a Lynx Asset Managers, sociedade gestora de Organismos de Investimento Coletivo (OIC), assumiu a gestão exclusiva da SIC, após validação da Autoridade da Concorrência. António Aranha, administrador da Lynx, garantiu que a empresa pôs todo o “empenho, conhecimento, dedicação e experiência” nesta parceria com o Grupo Mosqueteiros e a LeadCrest. “Refletem os valores fundamentais da nossa empresa”, assinalou o gestor, citado em comunicado de imprensa.

Segundo o responsável por Investimentos no sul da Europa da LeadCrest Capital Partners, a “conversão do portefólio da Alcapredial em SIC, assim como a nomeação da Lynx Asset Managers como futura parceira na gestão dos ativos, representa um marco importante”. Diego Vidal Ponte diz que permite dar continuidade e dinâmica à próxima fase deste “percurso conjunto”.

“A sua experiência financeira no mercado português e o compromisso assumido com o grupo são fundamentais para a expansão da nossa rede em Portugal. A Lynx revela-se um parceiro estratégico, totalmente alinhado com os nossos valores e com as nossas ambições”, referem Pedro Subtil, presidente do conselho de administração da ITMP Portugal, e Romain Bedu, chairman da Immo Mousquetaires.

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Nova autoridade europeia de combate à lavagem de dinheiro inicia operações

  • ECO
  • 1 Julho 2025

Liderada pela italiana Bruna Szego, a nova Autoridade Europeia de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo iniciou funções esta terça, 1 de julho.

Esta terça-feira marca o início oficial das operações da nova Autoridade Europeia de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo (AMLA, na sigla em inglês), a partir de Frankfurt.

A AMLA irá coordenar as autoridades nacionais e supervisionar diretamente instituições financeiras internacionais com maior risco. Liderada pela italiana Bruna Szego, que foi nomeada para o cargo em janeiro deste ano, a autoridade contará com um staff de cerca de 400 trabalhadores.

A AMLA está pronta para transformar o combate ao crime financeiro na União Europeia”, referiu a comissária europeia Maria Luís Albuquerque num post partilhado no LinkedIn sobre o início de operações da entidade.

“É o culminar de uma reforma de vários anos concebido para colmatar lacunas na nossa estrutura de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. O lançamento da AMLA representa um passo concreto para uma supervisão mais forte e unificada em toda a UE e para uma maior integridade do nosso sistema financeiro”, acrescentou a comissária portuguesa com a pasta dos Serviços Financeiros.

No âmbito da Regulação do Combate ao Branqueamento de Capitais, que entrou em vigor há um ano, foi alargado o âmbito da aplicação das regras a novas entidades, incluindo prestadores de serviços de criptoativos, intermediários de crédito e clubes profissionais e agentes de futebol, entre outros.

“Juntos, enviamos um sinal poderoso: a Europa está a elevar os seus padrões — defendendo a nossa economia, protegendo os cidadãos e garantindo que os nossos mercados financeiros continuam a ser referências globais de transparência e confiança”, assinala Maria Luís Albuquerque.

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Regulador considera proposta de investimento da REN “equilibrada”, mas deixa várias recomendações

O regulador deixa, contudo, várias recomendações de melhoria ao operador da rede de transporte, a REN, para que sejam incorporadas na versão final do plano de investimentos.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos avalia o plano de investimento da REN até 2034 como “equilibrado”. O mesmo prevê investimentos de 1.691 milhões de euros, com a maior parte a concretizar-se a partir de 2029.

Em termos globais, a custos totais, a proposta de PDIRT-E 2024 apresenta, para o período de 2025 a 2034, um cenário de investimento com um montante total que ascende a 1.691 milhões de euros, dos quais 705 milhões de euros a concretizar até 2029 e os restantes 987 milhões de euros a concretizar até 2034. Este último valor será “revisitado” e ajustado às necessidades, já que os planos de investimento são atualizados a cada dois anos.

Este investimento representa, no total, um aumento de cerca de 65% face aos montantes aprovados em sede dos anteriores PDIRT-E 2017 e PDIRT-E 2021, de forma a “dar resposta aos desafios impostos à rede de transporte, decorrentes da descarbonização e eletrificação da sociedade”

No parecer emitido na noite de segunda-feira sobre o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte (RNT) do setor elétrico, para o período 2025-2034 (PDIRT-E 2024), a ERSE considera que, “globalmente”, a proposta é “equilibrada”, “na medida em que procura responder aos crescentes desafios colocados à gestão das redes decorrentes da transformação do setor elétrico”.

Apesar de não colocar em causa a necessidade de concretização destes investimentos, o regulador recomenda que, previamente à sua aprovação, a REN atualize e fundamente a necessidade dos projetos à luz dos desenvolvimentos mais recentes da rede, tendo em conta o ritmo de concretização dos projetos já aprovados em planos anteriores.

É recomendado ainda que o operador da rede de transporte clarifique quais os indicadores que devem ser objeto de monitorização e quais os critérios que irá adotar para a tomada de decisão sobre a necessidade efetiva de cada um dos investimentos em gestão operacional. A ERSE pede ainda uma “melhor fundamentação das necessidades da atual RNT subjacentes aos projetos agora propostos” e um exercício de balanço de execução dos projetos, designadamente quanto aos impactos decorrentes do atraso na execução.

O regulador apela a que a REN garanta “uma maior aderência aos calendários propostos”, procurando avaliar e incorporar o risco de fatores externos que impactem na concretização de projetos, nomeadamente associados a questões logísticas ou de licenciamento.

É ainda desejável, de acordo com o regulador, que a REN faça uma “caracterização detalhada” de lacunas que a atual RNT apresenta para enfrentar os futuros desafios que lhe serão impostos pela eletrificação, nomeadamente no que respeita à escassez de capacidade de rede para ligação de produtores e consumidores assim como de armazenamento autónomo.

A ERSE recomenda que a versão final da proposta de PDIRT-E 2024 contemple a identificação das zonas na RNT onde a instalação de sistemas de armazenamento autónomo possa constituir uma alternativa mais vantajosa face ao reforço clássico das infraestruturas de rede. Quer ainda a recolha de mais elementos sobre a previsão da evolução do consumo, da penetração dos carros elétricos à geração distribuída.

Em paralelo, pede uma análise das necessidades do sistema em matéria de estabilidade da rede e de gestão de reativa, sendo que o apagão é apontado como um dos eventos determinantes para a avaliação que o regulador faz do plano. Entende ser desejável um levantamento da existência de promotores em mercado disponíveis para fornecer os serviços de estabilidade para o sistema.

Aparece ainda como “fundamental” um reforço da cooperação entre os operadores da rede de distribuição (E-Redes) e transporte (REN), para que realizem estudos conjuntos sobre a real capacidade das suas redes e sobre a hipótese de atribuir capacidade com restrições.

Em relação à ligação à rede de grandes projetos como a linha ferroviária de alta velocidade e a zona livre tecnológica (ZLT) de Viana do Castelo, a ERSE tem uma posição conservadora: “deve ser ponderada a calendarização da realização dos investimentos em causa, e respetiva afetação de recursos limitados, quando existem outros desafios colocados à RNT que necessitam de resposta urgente”.

“Quanto à ambição subjacente ao desenvolvimento da RNT para a próxima década, entende a ERSE que esta ambição deve assentar num maior uso da digitalização e da inteligência artificial, indo além da realização de projetos-piloto de operação dinâmica de redes“, pontua.

O plano poderá ser reformulado pela REN de acordo com o parecer do regulador e outros contributos recebidos em consulta pública. A ERSE aponta ainda que, aquando da versão final da proposta de PDIRT-E 2024, poderão já existir algumas conclusões, ainda que preliminares sobre o apagão, pelo que não deve ser excluída a possibilidade de o operador poder rever as necessidades de rede em matéria de segurança. A luz verde final terá de ser dada pelo Governo, já que o Estado concedeu à REN a concessão da rede elétrica.

Investimentos têm impacto “reduzido” na fatura

Para o cenário de consumo de eletricidade designado “ERSE Central 1”, o investimento a concretizar até 2029 (705 milhões de euros), implicaria um aumento tarifário médio anualizado de +0,1 pontos percentuais (p.p.) nos preços de venda a clientes finais, quando comparado ao “cenário Base de investimento 2”.

“Estas variações nos preços de venda a clientes finais são de valor relativamente reduzido, podendo ainda ser mitigadas se a procura se revelar superior aos cenários adotados até 2029, como seja um ritmo mais acelerado, a médio prazo, da eletrificação da sociedade”, ressalva o regulador.

Em paralelo, a variação apontada não tem em consideração alterações de preços das restantes componentes que compõem o preço final dos clientes. No período em análise, esperam-se descidas nos sobrecustos da produção com remuneração garantida decorrente do término destes contratos, por exemplo.

 

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Ministra da Saúde diz que assume responsabilidades resolvendo problemas e rejeita demissão

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

Governante disse que qualquer morte "é sempre muito grave", mas sublinhou que vai aguardar "de forma serena" os resultados das auditorias internas aos hospitais por onde passou a grávida.

A ministra da Saúde disse esta terça-feira, a propósito da grávida que passou por vários hospitais e acabou por perder o bebé após o nascimento, que assume a responsabilidade resolvendo os problemas, e não demitindo-se.

Questionada pelos jornalistas sobre o que iria fazer neste caso, tendo em conta que a sua antecessora no cargo se demitiu na sequência da morte de uma grávida transferida por falta de vagas na neonatologia do Hospital de Santa Maria, Ana Paula Martins respondeu: “a forma como eu vejo o exercício da governação é assumir responsabilidades resolvendo os problemas, e não demitindo-me”.

A forma como eu vejo o exercício da governação é assumir responsabilidades resolvendo os problemas, e não demitindo-me.

Ana Paula Martins

Ministra da Saúde

A governante, que falava em Lisboa, à margem da apresentação dos resultados do índice de Sustentabilidade da Saúde, desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA-IMS), disse que qualquer morte “é sempre muito grave”, mas sublinhou que vai aguardar “de forma serena” os resultados das auditorias internas aos hospitais por onde passou a grávida.

“A Direção Executiva está, com os hospitais que receberam esta senhora – ela foi vista em vários hospitais – a fazer uma avaliação cuidada e auditorias internas em cada um dos hospitais”, disse a ministra, acrescentando: “Temos que aguardar de uma maneira serena os resultados, que vão ser rápidos, para perceber o que se passou efetivamente”.

Em causa está o caso de uma mulher que terá sido atendida em cinco unidades hospitalares em 13 dias, referindo queixas de dores, tendo o parto sido realizado na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria, em Lisboa, em 22 junho, onde, “pouco tempo depois, a recém-nascida morreu”.

A propósito dos constrangimentos sentidos nas urgências de obstetrícia, que têm funcionado de forma intermitente ao fim de semana na região de Lisboa, a ministra disse que “muito proximamente” avançarão as urgências regionais nesta zona do país.

“O diretor executivo está a trabalhar neste plano e, muito brevemente, ele será apresentado ao Governo”, disse Ana Paula Martins, reconhecendo que “é preciso reorganizar os serviços de urgência”.

“É, aliás, algo que estava no plano de emergência e que está no programa do Governo”, acrescentou.

Ministra Saúde, Ana Paula MartinsLusa

No domingo, o Correio da Manhã adiantou que em 10 de junho a mulher foi encaminhada pelo SNS24 para a urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Setúbal, onde terão garantido que o bebé se encontrava bem.

Seis dias depois, a grávida, de 37 anos, voltou a sentir dores e foi atendida no Hospital do Barreiro, no distrito de Setúbal, onde terá recebido indicação para ir para casa.

A grávida voltou a sentir-se mal, três dias depois, e deslocou-se ao Hospital Garcia de Orta, em Almada (Setúbal), onde não foi detetado qualquer problema.

Passadas 48 horas, a Linha SNS 24 terá encaminhado a mulher para o Hospital de Cascais, onde lhe terá sido dito não haver vaga para internamento.

Recusando regressar a casa, a mulher foi transportada de ambulância para a ULS Santa Maria, onde foi feita uma cesariana de emergência.

A recém-nascida nasceu com 4,5 quilogramas, com batimentos cardíacos fracos e sinais de sofrimento fetal. A bebé, apesar das manobras de reanimação, não resistiu.

Na segunda-feira, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou que vai acompanhar a avaliação dos cinco hospitais envolvidos na assistência prestada à grávida, acrescentando que as unidades hospitalares “estão a avaliar a situação, no âmbito das competências dos respetivos órgãos de gestão”.

A IGAS “acompanhará essa avaliação, até à sua conclusão, embora sem proceder à instauração de uma ação inspetiva”, refere a nota divulgada pela inspeção-geral, que disse ainda disponibilizar aos hospitais o apoio “necessário na realização das avaliações internas”.

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Antiga fábrica da Bosch em Ovar já é Keenfinity no portefólio da private equity Triton

Antigo negócio da Bosch passa a ser operado por empresa independente, a Keenfinity que soma quatro fábricas, mais de 4.200 colaboradores e receitas de mil milhões de euros.

A private equity germano-sueca Triton concluiu a 30 de junho a aquisição do negócio de produtos de tecnologia de segurança e comunicação da Bosch, que passa a ser operado por uma nova empresa independente, a Keenfinity.

De um universo de mais de 1.200 trabalhadores da antiga Bosch em Ovar, 1.100 foram assumidos pelo comprador e os restantes 140 continuam no grupo Bosch, disse ao ECO fonte oficial da Keenfinity.

A Keenfinity passa a ter quatro unidades de produção e centros de distribuição adjacentes, localizados em Straubing (Alemanha), Ovar (Portugal), Hermosillo (México) e Zhuhai (China) que “garantem flexibilidade de produção global na Europa, Américas e China”.

Com receitas de cerca de um mil milhão de euros e mais de 4.200 colaboradores, a Keenfinity passa a ser a referência por detrás de marcas reconhecidas mundialmente, onde estão incluídos sistemas de vídeo inteligentes de última geração, tecnologia avançada de controlo de acessos e alarmes de intrusão, bem como sistemas de comunicação de marcas como a Bosch, Electro-Voice, Dynacord, RTS e Telex.

Todo o negócio de produtos da Bosch Building Technologies tinha sido colocado à venda em outubro de 2023, acabado por ser vendido à sociedade de private equity Triton Partners em dezembro do ano passado, como o ECO noticiou.

“Estamos entusiasmados com o nosso futuro como empresa autónoma e convencidos de que a parceria com a Triton nos oferece a oportunidade de concretizar todo o nosso potencial”, afirma o CEO da Keenfinity, citado em comunicado. “As nossas marcas de renome exemplificam o nosso compromisso com a qualidade, fiabilidade e inovação, estabelecendo uma base sólida para o crescimento futuro”, diz Peter Loeffler.

O consultor de investimento na Triton destaca que “a Keenfinity está no centro da estratégia de investimento para desenvolver ainda mais empresas líderes de mercado”.

“Vemos um potencial significativo por explorar e queremos apoiar através do investimento nas marcas da empresa, na tecnologia, na força de vendas e nas estratégias de entrada no mercado, fornecendo o nosso ‘know-how’ adquirido com o desenvolvimento bem-sucedido de outras empresas nas áreas da segurança e das tecnologias de edifícios”, conclui Sachin Jivanji.

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