Lucro do El Corte Inglés em Portugal sobe 33% para 48 ME no exercício 2024-2025

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

O El Corte Inglés em Portugal obteve um volume de negócios recorde de 622 milhões de euros no exercício 2024-2025, mais 3,9% que no período homólogo, tendo o lucro subido 33% para 48 milhões.

O El Corte Inglés em Portugal obteve um volume de negócios recorde de 622 milhões de euros no exercício 2024-2025, mais 3,9% que no período homólogo, tendo o lucro subido 33% para 48 milhões de euros.

Num comunicado divulgado, o El Corte Inglés precisa que o exercício de 2024-2025 terminou em fevereiro de 2025 e que em termos consolidados o El Corte Inglés obteve lucros de 512 milhões de euros no período em referência, mais 6,7% que no precedente, e um volume de negócios de 16.675 milhões de euros.

Já em Portugal, o El Corte Inglés acrescenta que o resultado bruto de exploração – EBITDA — atingiu 64 milhões de euros, mais 7,5% que no ano anterior, enquanto o consolidado do grupo subiu 11,9% para 1.209 milhões de euros.

No comunicado, o grupo espanhol refere ainda que “obteve resultados positivos em todas as suas áreas de negócio” e que “o bom comportamento das empresas do grupo, incluindo a ECIGA, (empresa portuguesa responsável por dois Grandes Armazéns, seis Supermercados e um Outlet) corresponde a melhorias na eficiência da gestão, na vocação de serviço ao cliente e na atitude de contínua inovação e aposta na qualidade dos produtos”.

“O negócio de ‘retail’ continua a ser a principal fonte de receitas do grupo com 12.976 milhões de euros” e “aqui, destaca-se o forte posicionamento das áreas de moda e beleza que registaram um incremento de 4,9%”, indica o grupo.

Em relação ao negócio ‘online’, o grupo afirma que este “continua a crescer, tendo-se registado mais de 891 milhões de visitas nas Webs e apps do grupo.

“Em Portugal, no exercício 25-26 a empresa espera continuar a investir na modernização dos seus espaços comerciais e na ampliação da sua oferta, tanto no canal ‘online’ como nas lojas físicas”, afirma.

O El Corte Inglés em Portugal conta com mais de 3.000 pessoas, das quais 65,1% de mulheres e 35% homens, estando a estrutura de chefias equiparada a 50%. A maioria do quadro de pessoal (97%) tem contrato em regime fixo, referem.

“Reconhecendo a importância da inclusão social, o Grupo tem vindo a acolher, tanto em estágios como em contratações subsequentes, cidadãos que enfrentam desigualdades no acesso ao mercado de trabalho. Isto inclui migrantes, pessoas com deficiência e jovens em situação de risco social, promovendo assim um ambiente de trabalho diversificado e inclusivo”, explicam.

O grupo espanhol lembra ainda que, em 2024, o turismo em Portugal bateu recordes e que “também os Grandes Armazéns El Corte Inglés de Lisboa e Gaia consolidaram o seu posicionamento como destino de compras de excelência, registando um aumento de vendas a turistas de 21,6% face a 2023”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uzina e Ikea somam mais uma prata em Cannes

O trabalho "Etiquetas Escondidas" soma dois ouros, duas pratas e um bronze. Dentsu Creative, Stream and Tough Guy e Judas são as outras agências premiadas na edição de 2025 do Cannes Lions.

O trabalho “Etiquetas Escondidas”, da Uzina para a Ikea, vai receber mais uma prata, esta vez na categoria de Brand Experience. Ao prémio que será anunciado esta quinta-feira, recorde-se, somam-se já dois ouros, nas categorias de Direct e de Creative Media. E estes, juntam-se ainda uma prata em Direct e um bronze em Creative Data.

A campanha foi lançada pela Ikea para celebrar os seus 20 anos em Portugal, tendo a marca desafiado os clientes a procurarem as etiquetas dos seus produtos, com o objetivo de encontrar o móvel mais antigo da marca sueca em Portugal. Quem tivesse a peça de imobiliário com maior idade ganhava um voucher de 2.000 euros.

Para comunicar a ação, a marca apostou na altura numa campanha presente com um filme em televisão e digital, mas também com imagens em mupis, redes sociais e site. Contou ainda com conteúdo de uma influenciadora para mostrar aos consumidores como ler as etiquetas.

A campanha gerou um aumento de 14% nas vendas (em relação ao ano passado), com 31% das vendas registadas provenientes de novos membros Ikea Family e 42% de crescimento de novos membros no programa de fidelização (+95,5 mil novos membros).

As histórias recebidas com esta ação deram ainda origem a uma nova campanha de posicionamento da marca em Portugal. “Foi incrível, recebemos mais de 4.500 histórias e quando fomos analisar demos conta que as pessoas tinham histórias incríveis com móveis da marca que as acompanham por muito mais tempo do que o que estávamos à espera”, referia em abril a diretora de marketing, Mónica Sousa, ao +M.

Estas histórias serviram assim de mote para o novo posicionamento da marca uma vez que, analisando as histórias, muitas pessoas diziam que os seus móveis duraram muito mais do que as relações que tinham quando os compraram.

Recorde a entrevista publicada no início de junho a Mónica Sousa, diretora de marketing da Ikea:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Aos prémios da Uzina, à que juntar a Dentsu Creative, com a campanha “Outnumbered”, para o canal História, que ganhou bronze em Outdoor e em Print. Também a Stream and Tough Guy, com “Save Us From The USA”, para a Change the Ref, ganhou bronze em Outdoor e a Judas, com o trabalho “Drinkable Anthem”, para a Super Bock, ganhou bronze em Direct.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EUA com mil novos milionários por dia em 2024

Os Estados Unidos são o país com o maior número de milionários, com um total de 23,8 milhões em 2024, segundo um novo relatório da UBS.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de milionários, com um total de 23,8 milhões em 2024, segundo um novo relatório da UBS. O banco suíço estimou que os EUA conquistaram cerca de 379 mil novos milionários no ano passado. Ou seja, mais de mil por dia, refletindo um aumento de 1,5%.

A China ficou em segundo lugar, com 6,3 milhões, um aumento de 2,3%, com 141 mil novos milionários. Em termos percentuais, a população milionária da Turquia foi a que mais cresceu, com um aumento de 8,4%, chegando a 87 mil.

Este aumento nos Estados Unidos deveu-se a um bom ano para Wall Street, segundo o relatório, bem como à estabilidade do dólar americano. Os primeiros seis meses de 2025, no entanto, foram turbulentos. A guerra comercial e os temores de recessão dos primeiros meses do mandato do novo presidente Donald Trump perturbaram os mercados e pressionaram o dólar, que acumula uma queda de cerca de 9% neste ano.

Embora quase 40% dos milionários estejam nos EUA, países como o Luxemburgo e Suíça apresentam uma maior concentração de riqueza. Em ambos os países, mais de um em cada sete adultos possui património de pelo menos 1 milhão de dólares, segundo o UBS.
A população mundial de milionários aumentou em mais de 684.000, chegando a cerca de 60 milhões, devido em grande parte ao aumento do valor dos imóveis. No entanto, esse crescimento foi geograficamente díspar, com alguns países perdendo participação. O Japão, por exemplo, perdeu 33 mil milionários com o declínio populacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo de resgate do euro admite riscos para sustentabilidade da dívida de Portugal

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) admite "riscos significativos" para a sustentabilidade da dívida pública portuguesa, sugerindo a "implementação célere" do PRR.

O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) admitiu esta quinta-feira “riscos significativos” para a sustentabilidade da dívida pública portuguesa, sugerindo a “implementação célere” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a aposta na imigração para os conter.

“Dadas as dificuldades do crescimento a longo prazo e das mudanças demográficas, os riscos para a sustentabilidade da dívida pública continuam significativos a médio e longo prazo. A implementação célere dos investimentos e reformas no âmbito do plano de recuperação e resiliência [PRR], aliada à migração líquida positiva, ajudará a conter esses riscos”, indica o MEE.

A posição consta do relatório anual do fundo de resgate da zona euro, hoje aprovado pelos ministros das Finanças da moeda única, na qual o MEE alude ao PRR português, com um valor de 22,2 mil milhões de euros (16,3 mil milhões de euros em subvenções e 5,9 mil milhões de euros em empréstimos) que dizem respeito a 376 investimentos e a 87 reformas.

Atualmente, o país já recebeu 8,49 mil milhões de euros em subvenções e 2,9 mil milhões de euros em empréstimos e a taxa de execução do plano é de 33%.

O MEE refere-se também ao saldo migratório positivo do país, com mais entradas (imigrantes) do que saídas (emigrantes), o que contribui para compensar os efeitos do envelhecimento da população, reforçar o mercado de trabalho e apoiar o crescimento económico em Portugal.

No capítulo sobre o país, o fundo de resgate do euro assinala que “a economia portuguesa voltou a superar a média da área do euro em 2024, apesar de um ligeiro abrandamento do crescimento”.

“O saldo orçamental das administrações públicas manteve-se positivo, sustentado por uma forte arrecadação do imposto sobre as sociedades, enquanto a dívida pública em percentagem do PIB continuou a diminuir, passando de 97,7% em 2023 para 94,9% em 2024”, observa.

Apesar de admitir esta “trajetória claramente descendente” da dívida portuguesa, o MEE recorda que esta continua elevada e, aliada à baixa produtividade e ao envelhecimento da população, fala em “desafios estruturais à sustentabilidade da dívida a médio e longo prazo”.

“É essencial executar atempadamente o PRR e implementar reformas estruturais chave, mantendo políticas orçamentais prudentes”, reforça ainda o MEE.

Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da zona euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.

O Conselho de Governadores, o órgão de decisão ao mais alto nível do MEE, aprova hoje o seu relatório anual de 2024.

O Conselho de Governadores do MEE é composto por representantes governamentais de cada um dos 19 acionistas do mecanismo, os países do euro, com a pasta das Finanças. Portugal está representado pelo ministro da tutela, Joaquim Miranda Sarmento.

O MEE continua a monitorizar a situação orçamental de Portugal após a assistência ao país durante a crise da dívida soberana da zona euro, em 2011.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eurodeputados defendem plano para reforçar a rede elétrica da UE

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos 'apagões'.

O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.

Num relatório aprovado, na sessão plenária de Estrasburgo (França), por 418 votos a favor, 112 votos contra e 45 abstenções, os eurodeputados concordam ainda com o reforço da resiliência das redes elétricas na União Europeia (UE), a integração das energias renováveis e a simplificação das licenças para cumprir os objetivos energéticos definidos para o bloco.

No que respeita à capacidade de transporte, o PE defende que se promovam investimentos e melhorias significativas na rede “a fim de aumentar a capacidade de transporte transfronteiras e a nível nacional e de modernizar as infraestruturas”, segundo um comunicado.

Neste âmbito, deverá haver uma supervisão mais estreita das autoridades para garantir um sistema elétrico descarbonizado, flexível e resiliente.

A relatora do texto aprovado, a eurodeputada liberal austríaca Anna Sturgkh, referiu que “o apagão na Península Ibérica foi uma demonstração dolorosa da vulnerabilidade das nossas redes”, defendendo que “a Comissão Europeia tem de agir de forma decisiva para dar prioridade ao planeamento e à coordenação das redes e do armazenamento, ou continuaremos a caminhar de uma crise para a outra”.

O relatório defende ainda a manutenção do nível de financiamento do Mecanismo Interligar a Europa no próximo orçamento plurianual da UE, para o período 2028-2034.

A empresa Red Elétrica, a operadora do sistema elétrico de Espanha, atribuiu o apagão de 28 de abril na Península Ibérica a incumprimentos de obrigações por parte das empresas produtoras de energia, rejeitando as acusações de “má planificação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euronext semeia IPO num terreno cada vez mais árido

Num ano desafiante para a bolsa nacional, o programa IPOready da Euronext surge como motor de esperança para a Euronext Lisboa na tentativa de atrair novas empresas e combater o êxodo do último ano.

A edição deste ano do Campus IPOready da Euronext, que celebra uma década de existência, reuniu em Lisboa cerca de 160 empresas de 11 países europeus para promover vários workshops para capacitar os executivos com as ferramentas e conhecimentos necessários para uma eventual oferta pública inicial (IPO).Euroenxt 12 junho 2025

A venda do Novobanco ao grupo francês BPCE por 6,4 mil milhões de euros marca mais um revés para a Euronext Lisboa, liderada por Isabel Ucha, que volta a ver escapar uma potencial entrada em bolsa de uma instituição de peso. O negócio do Novobanco, fechado na semana passada, simboliza as dificuldades da praça portuguesa em atrair novas cotadas numa altura em que, simultaneamente, regista um número crescente de saídas, com 2024 a marcar o maior “êxodo” de empresas da bolsa nacional desde 2018.

Foi neste contexto desafiante que decorreu, na semana passada (12 e 13 de junho), em Lisboa, mais uma edição do Campus IPOready, o programa de formação pré-IPO da Euronext. Esta iniciativa, que celebra uma década de existência, reuniu cerca de 160 empresas de 11 países europeus – Bélgica, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Espanha e Reino Unido.

O programa, que se estende por seis meses e culminou nestes dois dias intensivos de formação, pretende equipar os executivos com as ferramentas e conhecimentos necessários para uma eventual oferta pública inicial (IPO). “Há sempre uma ideia de que o IPO é complexo, apenas para grandes empresas, mas o que nos tentamos mostrar é que, depois de estarem preparados, é possível avançarem”, explicou Mathieu Caron, Group Head of Primary Markets da Euronext, numa mesa-redonda à margem do evento.

Desde o seu lançamento, em 2015, o IPOready já formou mais de 1.080 empresas, das quais cerca de três dezenas acabaram efetivamente por se estrear em bolsa, incluindo três no ano passado – Florentaise (Paris), QEV (Amesterdão) e Yakkyo (Milão) – e uma portuguesa, a Raize, que realizou o seu IPO em 2018 após participar numa edição do programa IPOready.

As empresas tecnológicas dominam claramente o programa, representando 67% dos participantes da edição de 2025, dividindo-se entre 41% de techmedia e telecomunicações, 13% de cleantech e 13% de healthtech. “Trazemos também este network potenciando novas parcerias – isto é o regresso às raízes do que deve ser uma bolsa, unindo pessoas com ideias e pessoas com capacidade de financiamento”, sublinhou Mathieu Caron, destacando que “não procuramos realizar este programa apenas com o IPO em mente, mas com o intuito de plantar sementes para o futuro”.

Empresários portugueses testam as águas

Entre os participantes portugueses na edição deste ano, Jorge Guedes, co-fundador da Magycal, uma tecnológica que promove o desenvolvimento de várias plataformas nos media, refere ao ECO que entre as intenções que o fez participar no programa está a ideia de “saber das possibilidades, conhecer que alternativas temos para crescer”, sublinhando que “estamos aqui para aprender um pouco.”

O empresário refere que não tem qualquer calendário em mente sobre a abertura do capital da empresa a novos investidores, mas admitiu que em conjunto com os seus sócios estão “a analisar todas as opções” relativamente a um possível IPO.

Gonçalo Caeiro, co-fundador da consultora Joyn, foi mais específico nos seus planos. “Não estamos a pensar em fazer um IPO imediatamente, talvez no futuro. Estamos a procurar ter maior presença internacional, e esta é uma possibilidade de alargarmos a nossa imagem internacionalmente.” A empresa já definiu até o segmento de interesse: “Estamos a apontar para o Euronext Growth”, refere o empresário que ainda é co-fundador da DocDigitizer, notando que “estamos confortáveis em apontar a este mercado” e referindo que “pensamos em abrir cerca de 5% do capital e depois talvez 10%.”

Mas para Gonçalo Caeiro, “o capital é a segunda derivada” de um eventual IPO. “Para nós, o importante é a transparência, acredito que temos vantagem para potenciar o nosso negócio”, numa perspetiva que coloca a cotação como ferramenta de crescimento além do mero financiamento.

Nos últimos anos, após 2021, têm sido anos difíceis para o mercado de IPO, não só em Portugal mas em todo o mundo, por conta do ambiente macroeconómico [e] 2025 não foi o arranque que todos esperavam.

Mathieu Caron

Responsável pelos mercados primários da Euronext

Outros participantes contactados pelo ECO, que preferiram o anonimato, identificaram obstáculos práticos sobre um eventual IPO. “O compliance é uma das coisas mais complicadas”, admitiu uma empreendedora de uma tecnológica dos Países Baixos, enquanto outro empresário sublinhou as potencialidades do programa da Euronext, notando que “o que é bom neste programa é que pessoas especializadas num tópico e numa área ajudam-nos a definir um padrão, a ter uma imagem mais generalizada do processo”.

O contexto não podia ser mais desafiante para os empreendedores e empresários que estão a pensar abrir o capital da sua empresa a novos investidores. “Nos últimos anos, após 2021, têm sido anos difíceis para o mercado de IPO, não só em Portugal mas em todo o mundo, por conta do ambiente macroeconómico”, reconheceu Mathieu Caron, admitindo que “2025 não foi o arranque que todos esperavam.”

Os números confirmam esta realidade. Globalmente, o mercado de IPO registou 1.215 operações em 2024, captando 121,2 mil milhões de dólares, cerca de 10% abaixo dos números de 2023. Na Europa, porém, houve sinais de recuperação: as ofertas públicas iniciais duplicaram em valor em 2024, captando 14,6 mil milhões de euros, comparado com 7,2 mil milhões em 2023, num total de 57 IPO.

Porém, a realidade nacional foi bastante distinta da Europa, com a Euronext Lisboa a enfrentar um panorama particularmente difícil. Em 2024, registou apenas um IPO, a Vila dos Números, e nem sequer foi no mercado principal. Além disso, desde que foi listada a 25 de junho do ano passado que não negociou qualquer ação.

Com a concorrência entre bolsas a intensificar-se e os mercados ainda a recuperar dos choques dos últimos anos, iniciativas como o IPOready podem ser cruciais para o futuro da Euronext Lisboa.

Simultaneamente, a praça lisboeta viu acelerar as saídas, com o abandono de quatro empresas do mercado, marcando assim o maior êxodo desde 2018: Reditus (excluída pela própria Euronext Lisboa depois de mais de três anos no “penalty bench” por incumprimentos nos deveres de informação ao mercado), Lisgráfica (que aprovou a sua saída do mercado em 2022, citando os custos associados à cotação bolsista e a situação económica desafiadora como principais motivos), Inapa (que perdeu quase 95% do seu valor em bolsa nos últimos dias de negociação, culminando com a declaração de insolvência pelo tribunal) e Greenvolt, que abandonou a cotação em novembro após a aquisição pelo private equity norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) no seguimento de uma Operação Pública de Aquisição (OPA).

O caso do Novobanco ilustra mais uma vez os desafios com que se depara a bolsa nacional. Apesar de ter ponderado uma entrada em bolsa e dado seguimento a todo o processo, a instituição acabou por ser adquirida diretamente pelo BPCE francês, num negócio que avaliou o banco em 6,4 mil milhões de euros. “Esta é uma aquisição amigável”, garantiu Nicolas Namias, CEO do BPCE, prometendo manter a atual administração e afastando despedimentos

Face a este cenário, a Euronext intensifica a aposta no IPOready como forma de cultivar um pipeline de futuras cotadas. “Por vezes ser uma empresa pública [cotada] é o único passo possível a seguir”, defendeu Mathieu Caron, argumentando que “tornar a empresa pública é uma forma de garantir a estratégia da empresa”, numa resposta ao receio de perder controlo. O responsável sublinhou ainda que “recomendamos sempre as empresas a cotarem nos seus mercados locais” e que o objetivo final é “gerar mais financiamento para a economia real”, numa referência à União de Poupança e Investimento europeia.

Com a concorrência entre bolsas a intensificar-se e os mercados ainda a recuperar dos choques dos últimos anos, iniciativas como o IPOready podem ser cruciais para o futuro da Euronext Lisboa. Resta saber se estas “sementes plantadas” conseguirão germinar num ambiente que continua a ser pouco hospitaleiro para novas cotações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Documentação da Spinumviva está a ser analisada pela PJ

O procurador-geral da República (PGR) disse que documentos da empresa familiar de Montenegro estão a ser analisados pela PJ, insistindo que espera "para breve" uma decisão fundamentada do caso.

O procurador-geral da República (PGR) anunciou alterações na comunicação das averiguações preventivas do Ministério Público, mas sem especificar quais, alegando a necessidade de proteção dos cidadãos contra a especulação jornalística e a exploração de denúncias anónimas.

Na quarta-feira foi tornado público o arquivamento da averiguação preventiva à compra de duas casas pelo ex-secretário-geral do Partido Socialista (PS) Pedro Nuno Santos e em que o PGR, Amadeu Guerra, confirmou que se mantém em análise a documentação remetida pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, na averiguação preventiva à sua empresa familiar, Spinumviva, o chefe do Ministério Público anunciou já ter comunicado ao Conselho Superior do Ministério Púbico (CSMP) de que “vai haver alterações em termos de comunicação social e de comunicação” das averiguações preventivas.

Sobre a averiguação preventiva ao primeiro-ministro e a sua empresa familiar, Amadeu Guerra sublinhou que tem “muito mais documentação” do que a de Pedro Nuno Santos, e que está a ser analisada pela Polícia Judiciária, insistindo que espera “para breve” uma decisão sobre o caso, mas fundamentada. “O MP quer decidir as coisas como devem ser, bem analisadas, com segurança e, portanto, é isso que pretendemos e abordar todas as questões subjacentes para que não haja dúvidas sobre o que é que aconteceu”, disse.

Uma pessoa tem uma denúncia anónima e tem logo uma exploração mediática dessa situação, o que é que se ganha com isso? Portanto, temos que refletir e temos que encontrar soluções. Não é a minha ideia, fechar-me à comunicação social, mas também tenho que defender os cidadãos que muitas vezes são atacados na comunicação social por situações que são irreais”, disse Amadeu Guerra.

Dando como exemplo um caso que experienciou enquanto diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em que “segundos depois” de ter recebido uma denúncia anónima já tinha um pedido de informação de um jornalista, Amadeu Guerra defendeu que tem que se “saber para que é que servem as denúncias anónimas e como é que são exploradas”.

“È nessa situação que temos que tomar algumas medidas para evitar que se faça especulação jornalística e especulação contra os cidadãos. Temos que os proteger”, acrescentou.

Sobre o arquivamento da averiguação a Pedro Nuno Santos, o PGR disse que o Ministério Público (MP) o fez porque “não encontrou razões absolutamente nenhumas para abrir inquérito” e que “em termos criminais” estão esclarecidas as situações” para o MP.

Averiguação feita a Pedro Nuno Santos arquivada pelo DCIAP

A averiguação preventiva aberta pelo DCIAP contra Pedro Nuno Santos foi arquivada. O despacho de arquivamento, a que o ECO teve acesso, sublinha que “não se vê como concluir pela existência de uma atuação intencional e muito menos com contornos criminais”. Em conformidade, lê-se, “considerando que das averiguações realizadas não se logrou apurar notícia de ilícito criminal e porque não se vislumbra a realização de outras diligências com vista à recolha de outros elementos, determina-se o arquivamento da presente averiguação preventiva”.

“Mostram-se devidamente esclarecidas todas as alegações controvertidas divulgadas publicamente por via da comunicação social e reproduzidas em denúncias endereçadas ao Ministério Público”, refere o despacho. Segundo a magistrada do Ministério Público, “os montantes pagos pela aquisição e alienação de imóveis decorrem, com exatidão, da documentação contratual e os respetivos fluxos financeiros mostram-se clarificados na documentação bancária junta”. Documentos, esses, entregues ao MP pelo próprio Pedro Nuno Santos a 23 de maio, quando foi ouvido no DCIAP.

Na justificação de rendimentos para a compra dos dois imóveis no valor total de 1,3 milhões de euros, a procuradora entendeu que a aquisição das casas foi realizada de forma lícita. “Inexistem quaisquer suspeitas de que os fundos utilizados tenham origem diversa, que não a de rendimentos de trabalho ou o património dos pais, tanto de Pedro Nuno Santos como de Ana Catarina Gamboa”, sua mulher.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Administração Trump elimina serviço de linha de socorro destinado a jovens LGBTQ+

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

A linha nacional de vida, suicídio e crise dos EUA deixará de oferecer opções de apoio personalizadas a jovens e jovens adultos LGBT+ a 17 de julho, de acordo com anúncio da agência federal.

A linha nacional de vida, suicídio e crise dos Estados Unidos deixará de oferecer opções de apoio personalizadas a jovens e jovens adultos LGBT+ a 17 de julho, de acordo com anúncio da agência federal responsável pelo serviço.

A decisão antecipa a proposta de orçamento da administração Trump para 2026 de cortar o financiamento dos serviços para jovens e jovens adultos LGBT+ da linha de apoio, que nos Estados Unidos é 988, e está a fazer soar o alarme entre os defensores da causa LGBT+, durante o mês em que se celebra o orgulho LGBT+.

Dados federais mostram que o programa para jovens LGBT+ atendeu quase 1,3 milhão de chamadas desde que começou em setembro de 2022. Os serviços estavam acessíveis na opção “Pressione 3” no telefone ou respondendo “PRIDE” via texto.

A decisão foi tomada para “não isolar mais” os serviços e “focar no atendimento a todos os que buscam ajuda, incluindo aqueles anteriormente atendidos por meio da opção Press 3”, disse a Administração de Serviços de Abuso de Substâncias e Saúde Mental (SAMHSA, na sigla inglesa) do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, num comunicado datado de terça-feira no seu ‘site’ oficial.

A notícia do encerramento do serviço LGBT+ surge no momento em que o Supremo Tribunal dos EUA confirmou a proibição do Estado do Tennessee de prestar cuidados de afirmação do género a menores transexuais, na quarta-feira.

O Projeto Trevor disse ter recebido na terça-feira uma notificação oficial de que o programa estava a terminar. A organização sem fins lucrativos é um dos sete centros que prestam 988 serviços de apoio em situações de crise para pessoas LGBT+ e serve quase metade das pessoas que contactam a linha de apoio.

” A prevenção do suicídio tem a ver com as pessoas, não com a política”, afirmou Jaymes Black, Diretor Executivo do Projeto Trevor, numa declaração na quarta-feira. “A decisão da administração de remover um serviço bipartidário e baseado em provas que tem apoiado eficazmente um grupo de jovens de alto risco nos seus momentos mais negros é incompreensível”.

Na sua declaração sobre a decisão da linha de apoio 988, a SAMHSA referiu-se aos “serviços para jovens LGB+”.

Black considerou “insensível” a omissão do “T” que representa as pessoas transgénero. “As pessoas transgénero nunca podem ser, e nunca serão, apagadas”, afirmou.

O Projeto Trevor continuará a prestar os seus serviços de apoio à saúde mental 24 horas por dia, 7 dias por semana, tal como outras organizações, e os líderes do 988 afirmam que a linha direta servirá qualquer pessoa que telefone com compaixão.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA disseram que houve 49.300 suicídios em 2023 – aproximadamente o nível mais alto da história do país, com base em dados preliminares.

Estudos têm demonstrado que os jovens LGBT+ correm maior risco de suicídio, incluindo uma análise de 2024 do CDC que concluiu que 26% dos estudantes transgénero e com questões de género tentaram o suicídio no ano passado. Este valor é comparado com 5% dos estudantes cisgénero do sexo masculino e 11% dos estudantes cisgénero do sexo feminino.

Os jovens transexuais inundaram as linhas diretas de crise com chamadas após a reeleição do Presidente Donald Trump.

Trump colocou os temas anti-transgénero no centro da sua campanha e, desde então, tem feito retroceder muitas proteções dos direitos civis e o acesso a cuidados de saúde que afirmam o género.

O subprograma específico da linha 988 para jovens LGBT+ custou 33 milhões de dólares (cerca de 28,7 milhões de euros) no ano fiscal de 2024, de acordo com SAMHSA, e em junho de 2025, mais de 33 milhões foram investidos nos serviços.

A proposta de orçamento de 2026 da administração Trump pedia para manter o orçamento total da linha 988 em 520 milhões de dólares, mesmo eliminando os serviços LGBT+, mantendo o mesmo valor orçamental, enquanto elimina os serviços LGBT+.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carneiro diz que autárquicas são momento para voltar a fazer do PS a “maior força política”

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

O candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, disse na quarta-feira à noite em Ponta Delgada, que as autárquicas são o momento para voltar a fazer do partido a "maior força política" do país.

O candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, disse na quarta-feira à noite em Ponta Delgada, nos Açores, que as eleições autárquicas são o momento para voltar a fazer do partido a “maior força política” do país. “Nós estamos no momento em que temos de voltar a fazer do PS a maior força política no país. E não há melhor momento do que o momento das eleições autárquicas“, afirmou José Luís Carneiro em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, no discurso proferido num encontro com militantes, onde apresentou a candidatura a secretário-geral do PS.

O candidato único à liderança do PS pediu aos militantes que o escutavam “um especial compromisso”, apelando que telefonem e conversem com os seus conhecidos.

“Muitas das vezes há tanta coisa que ficou por dizer na nossa vida às pessoas, deixámos de conversar, deixamos falar uns com os outros, temos que pegar, fazer esse esforço, telefonar aos nossos camaradas, aos nossos simpatizantes, àqueles eleitores que já votaram em nós, mas que estão momentaneamente zangados connosco”, afirmou. E prosseguiu: “Temos [de] ir ao seu encontro. E, se formos capazes de ir ao seu encontro, nós, de novo, voltaremos a reconstituir essa relação de confiança com o Partido Socialista“.

E antes de terminar a intervenção, lembrou o que dizia Ricardo Reis, um heterónimo de Fernando Pessoa: “Segue o teu caminho rega as tuas plantas, ama as tuas rosas”. “É isso que o PS tem que fazer para voltar a merecer a confiança dos cidadãos”, afirmou o socialista.

Na sua intervenção, o candidato abordou vários aspetos que constam da sua moção e referiu assuntos relacionados com as regiões autónomas, particularmente com os Açores e assumiu dois compromissos.

O primeiro, o de contribuir, por intermédio do grupo parlamentar socialista na Assembleia da República, para uma nova Lei de Finanças Regionais “capaz de reforçar os meios e os recursos que consubstanciem uma autonomia mais qualificada” e que comporte “mais responsabilidade”. O segundo compromisso prende-se com o facto de defender que os Açores “tenham uma palavra a dizer na gestão e na administração dos recursos do mar”.

O deputado José Luís Carneiro é candidato único às eleições diretas para secretário-geral do PS, marcadas para 27 e 28 deste mês, para escolher o sucessor de Pedro Nuno Santos, que se demitiu após o desaire nas legislativas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal de Justiça da UE deverá confirmar multa à Google

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

O Tribunal de Justiça da União Europeia deverá confirmar a multa de 4,124 mil milhões de euros imposta por Bruxelas à Google, recomendou a advogada-geral da instituição Juliane Kokott.

O Tribunal de Justiça da União Europeia deverá confirmar a multa de 4,124 mil milhões de euros imposta por Bruxelas à Google, recomendou a advogada-geral da instituição Juliane Kokott.

A advogada-geral recomendou que seja negado o recurso interposto pela Google à multa por abuso da sua posição dominante ao impor restrições contratuais anticoncorrenciais aos fabricantes de aparelhos móveis e aos operadores de redes móveis, desde, pelo menos, 1 de janeiro de 2011.

A Comissão Europeia impôs inicialmente uma coima de 4,343 mil milhões de euros (ME), revista em baixa, num acórdão do Tribunal Geral relativo ao processo, para 4,124 mil ME, e do qual a Google interpôs o recurso em análise.

As regras da plataforma impunham que fabricantes de aparelhos móveis só podiam obter uma licença de acesso à aplicação da Google ‘Play Store’ se pré-instalassem as suas aplicações de pesquisa geral ‘Google Search’ e de navegação ‘Chrome’.

Além disso, para obterem uma licença para a ‘Play Store’ e a ‘Google Search´ deviam comprometer-se a não vender aparelhos equipados com versões do sistema operativo Android não autorizadas pela Google.

Por último, a Google associava a participação dos fabricantes e dos operadores de redes móveis nas receitas de publicidade à condição de não pré-instalarem outros serviços de pesquisa geral nos aparelhos de uma determinada carteira.

A Google tinha já interposto um recuso da decisão de 18 de julho de 2018 da Comissão Europeia e, na sequência de um recurso, em 14 de setembro de 2022, o Tribunal Geral anulou a decisão apenas no que respeita ao regime de partilha das receitas e recalculou a coima em 4,124 mil ME.

A Google voltou a recorrer para o Tribunal de Justiça, que não está vinculado a seguir as recomendações dos seus advogados-gerais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fase final de repatriamento de portugueses em Israel a decorrer

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

A fase final do repatriamento de cidadãos portugueses em Israel está a decorrer esta manhã de quinta-feira, na sequência do conflito com o Irão, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A fase final do repatriamento de cidadãos portugueses em Israel está a decorrer esta manhã de quinta-feira, na sequência do conflito com o Irão, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“Está a decorrer neste momento a fase final da operação desencadeada e coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, de repatriamento de portugueses de Israel”, referiu o ministério, em comunicado, indicando que o voo da TAP deverá chegar ao aeródromo de Figo Maduro, na zona do aeroporto de Lisboa, por volta das 18h30. Estará presente no local o secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa.

O Governo português anunciou esta semana o encerramento temporário da embaixada em Teerão, a par da continuação das operações de repatriamento no Médio Oriente.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Mais de 400 cidadãos da União Europeia, de países como Eslováquia, Lituânia, Grécia e Polónia, foram retirados de Israel na sequência do encerramento do espaço aéreo israelita devido às tensões na região, em voos apoiados pela Comissão Europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguro obrigatório para trotinetes elétricas a partir de sexta-feira

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

A PSP tem a responsabilidade de fiscalizar os seguros de responsabilidade civil relacionados com estes veículos e de aplicar as respetivas contraordenações.

O seguro de responsabilidade civil passa a ser obrigatório, a partir de sexta-feira, para trotinetes e ‘scooters’ elétricas, ‘segways’ e ‘hoverboards’, cabendo à PSP a fiscalização desta nova medida.

De acordo com o decreto-lei que entra em vigor esta sexta-feira, ficam abrangidos pela obrigatoriedade de seguro de responsabilidade civil os veículos motorizados com velocidade máxima superior a 25 quilómetros por hora ou peso superior a 25 kg e velocidade superior a 14 quilómetros por hora.

Se o veículo tiver estas características, é obrigatório ter o seguro de responsabilidade civil, “independentemente das características do veículo, do terreno em que esteja a ser utilizado ou de se encontrar estacionado ou em movimento”, lê-se no documento publicado em Diário da República.

Deste diploma ficam excluídas as “cadeiras de rodas destinadas exclusivamente a pessoas com incapacidade física”.

A PSP tem a responsabilidade de fiscalizar os seguros de responsabilidade civil relacionados com estes veículos e de aplicar as respetivas contraordenações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.