Hoje nas notícias: lítio, portagens e certificados de aforro

  • ECO
  • 1 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A instabilidade governativa, com a mudança de Governo, atrasou a mina de lítio da Savannah em Boticas, com a empresa britânica a prever o arranque para 2027. Já as portagens deverão voltar a aumentar cerca de 2% no próximo ano. Na poupança, o ex-presidente do IGCP fala em “má gestão” dos certificados de aforro e defende maior aposta nos certificados do Tesouro. Veja os principais destaques nas notícias na imprensa nacional, esta terça-feira.

Mudança política fez derrapar mina de lítio em Boticas

O processo burocrático para a concretização da mina de lítio da Savannah foi atrasado pela instabilidade provocada pela mudança de Governo, avança o Jornal Económico. Segundo a empresa britânica, já está a sentir-se uma aceleração nos vários procedimentos das entidades estatais, mas a nova data prevista para o arranque é agora 2027.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Portagens deverão aumentar cerca de 2% em 2025

As portagens deverão registar um aumento de cerca de 2%, em 2025, tendo em conta a última estimativa rápida da inflação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística. A atualização anual é feita com base na inflação homóloga sem habitação de outubro acrescida de uma compensação às concessionárias. A manter-se a evolução da inflação — ainda só são conhecidos os números da inflação de setembro — o aumento das portagens deverá andar à volta de 2%, uma atualização igual à deste ano.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ex-líder do IGCP critica “má gestão dos certificados de aforro”

João Moreira Rato, antigo presidente do IGCP, considera que tem sido feita uma “má gestão dos certificados de aforro” e defende que o Governo devia apostar nos certificados do Tesouro. Moreira Rato realça que estes produtos têm lugar no financiamento público, com um peso de cerca de 15% na dívida pública. Defende ainda que o estímulo à poupança de longo prazo deve incluir incentivos fiscais, mas também estímulo a um mercado concorrencial.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível)

Queda das Euribor a 12 meses traz poupança de 1800 euros

A descida das taxas Euribor vai continuar a refletir-se num alívio das prestações pagas ao banco no crédito à habitação. Segundo os cálculos do Público, a descida das Euribor terá maior impacto na prestação em outubro. Por exemplo, um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, associado à Euribor a 12 meses, com um spread de 1%, verá a prestação baixar 108,16 euros. Segundo a mesma simulação, a prestação cai de 812,95 euros (com a média de Setembro de 2023, que foi de 4,147%) para 704,79 euros, gerando uma poupança nos próximos 12 meses, até nova revisão, de 1.297,92 euros. Considerando apenas os encargos com os juros, que pesam 69% da prestação, a descida de setembro garante uma redução de 151,28 euros mensais ou 1816,50 euros até Outubro de 2025.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Setor da saúde foi o que gerou mais empregos nos últimos dez anos

Os setores da saúde e do apoio social foram os que geraram mais emprego na última década, em Portugal. Etes setores ultrapassaram a barreira de meio milhão de empregos, muito à custa de 125 mil funcionários registados pelo INE na última década. O mercado laboral está a mudar e algumas profissões estão em declínio, como as domésticas. Já as profissões tecnológicas estão a ganhar peso.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

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Pingo Doce leva “Sabores do Mundo” aos clientes. Área de negócio da comida pronta cresce a dois dígitos

O Pingo Doce quer levar os clientes a conhecer os "Sabores do Mundo". Óscar Costa, diretor de meal solutions do Pingo Doce, explica a estratégia e dá a conhecer a área de negócio da comida pronta.

Durante o mês de outubro, os restaurantes do Pingo Doce vão dispor diariamente de um prato diferente, alusivo a um país, desenvolvido nas cozinhas próprias do retalhista. No total, serão 28 os diferentes pratos a serem disponibilizados através da primeira campanha nos restaurantes a nível nacional que pretende “elevar a fasquia” da área de negócio de comida pronta. O +M falou com Óscar Costa, diretor de meal solutions do Pingo Doce, para perceber um pouco melhor a campanha e conhecer a área de negócio da comida pronta da retalhista.

A estratégia de expansão dos restaurantes e de renovação de muitas lojas permitiu à marca “ganhar capilaridade” e aumentar o número dos seus restaurantes, pelo que “chegou o momento de elevarmos a fasquia aqui a outro nível, e começamos por lançar a nossa primeira campanha nos nossos restaurantes a nível nacional“, começa por explicar Óscar Costa.

“Pretendemos com esta campanha mostrar ao cliente que a comida que come efetivamente nos nossos restaurantes, pode encontrá-la também no nosso livre serviço, porque é feita por nós. Ou seja, que temos esta agilidade de desenhar e desenvolver uma receita e colocá-la em livre serviço”, acrescenta.

Óscar Costa, diretor de meal solutions do Pingo Doce.

Segundo adianta Óscar Costa, a campanha vai estar “toda revestida com uma comunicação e uma decoração em que os clientes vão encontrar o prato no restaurante mas também no livre serviço com a mesma mensagem e decoração. O que pretendemos com isto é de facto um link direto o que se consome no restaurante e o que se pode comprar em loja, que é produzido nas cozinhas do Pingo Doce”.

Além disso, e ao mesmo tempo, o Pingo Doce também pretende com esta iniciativa que os clientes tenham “um dia diferente”.

“Não é novidade que os nossos grandes clientes são os clientes do dia-a-dia, que descem do escritório, saem das fábricas e das lojas e vêm ter a sua refeição. Para nós também é importante que eles sintam um dia diferente. E trazer aqui os ‘Sabores do Mundo’ é quase levá-los a viajar e a ter uma experiência diferenciadora“, explica.

Nasi Goreg (da Indonésia), bouef bourgignon (França), borrego com hortelã (Marrocos), goulash (Polónia), frango teriyaki (Japão), tikka masala com couve-flor e tofu (Índia) ou moussaka de legumes (Grécia) são alguns dos pratos disponíveis nesta campanha.

Os restaurantes vão continuar a ter outros pratos, mas em cada dia vão contar com um que é diferente, que está identificado e que tem uma “bandeirinha” e uma comunicação. Pretende-se assim criar “alguma envolvência e em que o cliente diga ‘ai que giro, hoje vou experimentar comer este prato japonês’. Ou seja, conseguir, de facto, que a experiência do cliente seja diferenciadora“, explica Óscar Costa.

Esta é uma iniciativa “in-and-out“, pelo que os pratos específicos e típicos de cada país vão estar disponíveis apenas durante um tempo limitado (mês de outubro). No entanto, a iniciativa vai também ser um “indicador ótimo de perceção“.

“Imaginando que lançamos um prato que não tínhamos, se o feedback do cliente for maravilhoso, nada nos impede de os continuar a ter. Isto não deixa de ser um momento trabalhado para este mês em específico, mas também é uma janela de oportunidade“, diz Óscar Costa.

Em termos de comunicação, a iniciativa vai estar presente no digital e redes sociais, folheto, loja, banners, Glovo, newsletter e mupis. A campanha foi desenvolvida pela BBDO, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da Initiative. Recuando a abril, também pela mão da BBDO, foi lançada uma campanha de comunicação da Comida Fresca do Pingo Doce. A mesma contou com Dolores Aveiro enquanto protagonista, sob o mote “A mãe aprova”.

De uma forma geral, a estratégia de comunicação da Comida Fresca do Pingo Doce passa pela inovação ao nível dos produtos. “Como temos as nossas próprias cozinhas e equipas que trabalham em exclusivo para nós, dedicamos muito tempo a estudar o cliente e as tendências de mercado. Esta campanha ‘Sabores do Mundo’ expressa bem essa capacidade de inovação que vai para além dos pratos que oferecemos no dia-a-dia nos nossos restaurantes“, refere Óscar Costa.

Segundo explica, o Pingo Doce controla todo o processo, desde a entrada dos ingredientes nas cozinhas – com controladores de qualidade -, até ao momento em que é entregue o prato à mesa do cliente.

Vamos tentar elencar todo este know-how que temos em casa, os nossos chefs, as nossas cozinhas e a nossa capacidade de inovar. As nossas comidas são cozinhadas como se fossem feias em casa. A única diferença é que são feitas em grande dimensão, numa escala grande, numa cozinha grande. Não trabalhamos com concentrados ou pós. Mas essa é a mensagem mais difícil de passar ao consumidor“, adianta o responsável.

O Pingo Doce conta fechar este ano com 241 restaurantes, onde se incluem mais de 50 que foram abertos este ano com o objetivo de se tornar na maior cadeira de restauração no país, conforme já tinha apontado a CEO da rede de retalho nacional do grupo, Isabel Ferreira Pinto.

A aposta nesta área de negócio surge na sequência da tendência verificada entre as novas gerações, que passa por cozinharem menos e aproveitarem o seu tempo de outra forma, “para se dedicarem mais à família ou ao desporto, por exemplo”, explica Óscar Costa.

“Isto não é uma novidade, é algo já comum aos países desenvolvidos e que também está a acontecer em Portugal. E, portanto, acreditamos que este é um dos pilares que se vai desenvolver. Vão sempre continuar a haver as pessoas que adoram cozinhar, mas acreditamos – e os estudos também nos dizem isso – que a percentagem de pessoas que cozinha em casa é cada vez menor, tem tendência a diminuir“, acrescenta.

Segundo Óscar, o Pingo Doce foi “pioneiro” no lançamento de soluções alimentares, uma vez que foi a primeira cadeia a lançar, em 2006, refeições prontas a levar (take away), tendo depois alargado a sua presença por todo o território nacional. Os primeiros restaurantes abriram portas em 2007.

“Entretanto fomos ganhando experiência, fomos desenvolvendo as nossas cozinhas, e em 2019 decidimos reformular a nossa estratégia”, explica Óscar Costa, referindo-se ao ano em que foi introduzida no mercado a marca Comida Fresca e a partir do qual se tentou uniformizar e comunicar todos os serviços que a marca coloca ao dispor dos seus clientes, seja para comer, levar ou encomendar.

“A partir de 2021, houve uma expansão e reforço da marca e estratégia”, que tem como mensagem-chave a de que as refeições são confecionadas de forma caseira, nas próprias cozinhas do Pingo Doce, pelas mãos de equipas de chefs e cozinheiros da marca. Atualmente, o Pingo Doce dispõe de duas cozinhas próprias, uma em Odivelas e outra em Aveiro.

Faturação a crescer a dois dígitos

Segundo Óscar Costa, a área de negócio de comida pronta do Pingo Doce tem vindo a crescer a dois dígitos desde há três anos consecutivos, tendência que se vai manter este ano.

Fruto deste crescimento, a faturação deste ano, neste momento, ainda não ultrapassou a faturação total do ano passado mas “está lá perto”, adianta Óscar Costa, revelando que o “peso” da restauração e do take-away é repartido de forma simétrica para o bolo global. No entanto, a perspetiva e aposta é de que o take-away venha a apresentar um maior crescimento.

Analisando outros números, e no que toca a refeições, são vendidas diariamente nos restaurantes da retalhista mais de 35 mil refeições por dia – número que deve aumentar ligeiramente até ao final do ano, com a abertura iminente de novos restaurantes. Já nas cozinhas trabalham atualmente cerca de 450 pessoas.

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Martina Müller, nova Diretora-Geral da FrieslandCampina para a Península Ibérica, Itália e França

  • Servimedia
  • 1 Outubro 2024

Assume o desafio de impulsionar o crescimento da sétima maior empresa de laticínios do mundo e a principal cooperativa de laticínios da Europa.

Martina Müller é a nova diretora-geral da FrieslandCampina Iberia, Itália e França. Com a sua nomeação oficial em outubro, Müller enfrenta o desafio de continuar a expandir a estratégia de negócio em três territórios estratégicos para a empresa de laticínios, de acordo com a empresa.

Müller foi nomeada como nova diretora-geral depois de nove anos nos departamentos de Marketing e Vendas da cooperativa. Iniciou a sua carreira na FrieslandCampina em 2015 como parte da equipa B2C e, a partir de 2018, passou a integrar o segmento B2B.

Atualmente desempenhava a função de Diretora Comercial QSR e Coffee & Tea na FrieslandCampina Professional, categoria em que era responsável por contas chave e estratégicas como McDonalds e Burger King, entre outras, tendo-se destacado na condução de parcerias estratégicas que muito beneficiaram a FrieslandCampina. É considerada na empresa como “uma pessoa do povo, uma líder natural e uma colega respeitada com um desejo genuíno de fazer a diferença”.

Müller estudou Administração de Empresas na IE Business School e na London Business School e tem mais de 19 anos de experiência em marketing e administração de empresas. Passou a sua carreira em empresas como a Mondelez e a Pepsico no Brasil, bem como a Reckitt-Benckiser no Reino Unido.

O novo Diretor-Geral da FrieslandCampina Ibéria, França e Itália (que opera no território desde 1994) enfrenta o desafio de continuar a impulsionar o crescimento da sétima maior empresa de laticínios do mundo e da principal cooperativa de laticínios da Europa, com o objetivo de reforçar a sua posição nos mercados do sudoeste do continente.

Nesta nova fase, Müller centrar-se-á no aumento da eficiência operacional e na consolidação da presença da empresa nos vários canais de distribuição. Para além disso, dará prioridade à adaptação das estratégias de negócio às novas exigências do mercado e às tendências de sustentabilidade.

Atualmente, a FrieslandCampina está presente no sudoeste da Europa com várias marcas de queijo, como Millán Vicente, Castillo de Holanda, Recién Cortado e Campina, além de fornecer queijo e outros produtos lácteos às principais cadeias de retalho da região. Para além dos queijos, a empresa está por detrás da marca Debic, focada em cremes e manteigas para o mercado profissional, Chocomel na categoria de batidos e Valess como alternativa à carne.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 1 de outubro

  • ECO
  • 1 Outubro 2024

Ao longo desta terça-feira, 1 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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O volume de negócios da URBAS atingiu 112 milhões de euros com um Ebitda de 7 milhões de euros

  • Servimedia
  • 1 Outubro 2024

O resultado líquido é de 1,6 milhões de euros.

A URBAS, empresa especializada em infra-estruturas e construção sustentáveis, promoção imobiliária, energias renováveis e serviços, encerrou os primeiros seis meses de 2024 com um volume de negócios de 112 milhões de euros, contra 151 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

A empresa referiu que os resultados foram afetados pela reestruturação ordenada das empresas de construção levada a cabo pela URBAS para racionalizar o negócio, evitar sobreposições e aproveitar sinergias após o crescimento inorgânico dos últimos anos.

O resultado bruto de exploração (Ebitda) voltou a ser positivo e atingiu 7 milhões de euros, face aos 18 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2023. Assim, a margem Ebitda da empresa situa-se em 6% das receitas.

Uma vez concluído o processo de reestruturação que a URBAS está a levar a cabo, as previsões para os próximos anos apontam para um crescimento sustentável do volume de negócios apoiado no aumento dos projetos internacionais.

Neste sentido, o volume de negócios internacional (28 milhões de euros) representou mais de 25% do volume de negócios total nos primeiros seis meses do ano, prevendo-se que até 2028 represente mais de 50% do total.

As atividades energéticas e imobiliárias continuam a apresentar uma boa saúde, com uma margem EBITDA de 13% e 8%, respetivamente. A empresa confirmou também a sua aposta firme no segmento dos serviços (Sénior e HealthCare) com uma contribuição positiva nas vendas de 0,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano.

Os resultados operacionais atingiram os 3,2 milhões de euros e a empresa alcançou um resultado líquido de 1,6 milhões de euros, o que demonstra a solidez dos resultados obtidos mesmo no contexto do processo de reestruturação da atividade da construção.

Em linha com a sua política de rigor e disciplina financeira, a URBAS conseguiu manter o seu nível de endividamento financeiro estável em 201 milhões de euros, em linha com o nível atingido no final do ano passado.

“A empresa fez um grande esforço no processo de reestruturação e refinanciamento dos seus passivos, para além de estar em plena reorganização da sua atividade de construção, o que teve um impacto nos nossos resultados. De qualquer forma, todo o trabalho que realizámos já está a dar os seus frutos, alcançando novamente valores positivos em termos de EBITDA, resultados operacionais e resultados líquidos, e mostrando um futuro promissor para a nossa empresa”, explicou o seu presidente, Juan Antonio Acedo.

O grupo indicou que continua a sua projeção ascendente através do desenvolvimento de uma plataforma sustentável e ordenada com a qual pretende consolidar a sua posição como “uma referência mundial em habitação eficiente, água, energias renováveis, combustíveis sustentáveis, infra-estruturas para a descarbonização e, agora também, no segmento Sénior e HealthCare”.

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Espanha ganha impulso e consolida a sua posição como um centro tecnológico ao estilo de “Silicon Valley”

  • Servimedia
  • 1 Outubro 2024

Os setores público e privado espanhóis promoveram iniciativas pioneiras, tornando o setor uma referência mundial.

Num setor tão exigente e globalizado como o setor tecnológico, as empresas espanholas tornaram-se um garante de fiabilidade e inovação com casos de sucesso em todo o mundo. Um ecossistema digital que tem sido impulsionado tanto pelo setor público como por empresas privadas líderes no setor das TI. Entre elas, a Telefónica, a Minsait (Indra) e a NTT Data, com propostas centradas na conetividade, na Inteligência Artificial e na gestão de dados.

A Telefónica tem sido uma das empresas pioneiras na transformação digital do país, desempenhando um papel fundamental na expansão das infra-estruturas de telecomunicações e na implantação do 5G, uma tecnologia que é até 90% mais eficiente em termos de consumo. A sua abordagem baseada na conetividade permitiu que indústrias tão diversas como a energia, a logística e o retalho integrassem soluções avançadas como a Inteligência das Coisas, que combina capacidades de IoT, Big Data e Blockchain com o objetivo de melhorar os processos de tomada de decisão baseados em dados das empresas, melhorando assim a sua eficiência e sustentabilidade.

A Minsait, por sua vez, liderou o avanço da Inteligência Artificial em Espanha este ano com a apresentação do seu relatório Ascendant “AI; radiografia de uma revolução em curso”. A empresa, que desenvolve a sua atividade em mais de 140 países, colocou-se na vanguarda da nova digitalização, fazendo uma análise exaustiva dos progressos da IA, tanto em Espanha como noutros países da Europa e da América Latina, e destacando alguns dos primeiros casos reais de utilização da IA e da IA generativa já em funcionamento. A Minsait, que também é responsável por tecnologias como a análise avançada, a nuvem e a cibersegurança, tornou-se um parceiro de confiança de grandes gigantes tecnológicos como a Microsoft, a AWS, a Google e a IBM para escalar com a sua tecnologia na transformação das organizações espanholas.

Outras empresas, como a NTT Data, mais especializadas em consultoria tecnológica e na integração de soluções de TI para empresas de todas as dimensões, têm sido fundamentais para melhorar a competitividade das organizações num ambiente digital em constante mudança e cada vez mais complexo. Através da sua abordagem Glasswing, a consultora transformou a gestão de dados principais do SAP graças à inteligência artificial, permitindo simplificar os processos ou melhorar a segurança e a qualidade dos dados.

O governo espanhol também tem sido fundamental na criação de um ambiente favorável para promover o crescimento tecnológico. A criação da Sociedade Espanhola para a Transformação Tecnológica (SETT) e de projetos como o PERTE Chip e o plano Next Tech visam posicionar a Espanha como uma referência em setores estratégicos como a microeletrónica e os semicondutores, cruciais para a competitividade na era digital.

Além disso, o plano Next Tech deu um impulso significativo às empresas tecnológicas em fase de arranque, oferecendo-lhes acesso a financiamento e recursos que lhes permitem crescer e expandir-se no mercado global. Estes investimentos não só estão a ajudar a consolidar o ecossistema tecnológico espanhol, como também estão a fomentar a criação de emprego e a atrair investidores internacionais.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 1 Outubro 2024

O Tribunal de Contas entrega no Parlamento o parecer sobre Conta Geral do Estado e o Conselho de Estado reúne-se para analisar a situação económica e financeira. Eurostat e INE divulgam estimativas.

Esta terça-feira, a Associação do Alojamento Local reúne-se em congresso nacional pela primeira vez e o Tribunal de Contas entrega no Parlamento o seu parecer sobre a Conta Geral do Estado. O Eurostat publica a estimativa rápida da inflação na Zona Euro e o INE divulga as estimativas mensais de emprego e desemprego de agosto. O Conselho de Estado reúne-se após convocatória do Presidente da República para analisar a situação económica e financeira.

Associação do Alojamento Local em congresso nacional pela primeira vez

Decorre esta segunda-feira o primeiro congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal para debater “os grandes temas da atualidade do turismo”. O evento conta com a presença de figuras com ligação ao setor, como o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, e o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros. Paralelamente, decorre também esta terça-feira a conferência “Habitar as Grandes Cidades”, onde além de Miguel Pinto Luz, marcam presença Carlos Moedas e Rui Moreira para debater sobre políticas de habitação.

Como está a inflação na Zona Euro?

O Eurostat publica esta terça-feira a estimativa rápida da inflação na Zona Euro referente a setembro, dado que influencia a política económica decidida pelo BCE, nomeadamente no que diz respeito à taxa de juro. A taxa de variação homóloga da inflação na Zona Euro abrandou em agosto para 2,2%, face aos 2,6% de julho, tendo o Índice de Preços no Consumidor descido no conjunto dos 20 países da moeda única europeia. Travagem deverá reforçar probabilidade de descida de juros pelo BCE.

Como vai o desemprego em Portugal?

Também é hoje que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as estimativas mensais de emprego e desemprego referentes a agosto de 2024. Em julho, a taxa de desemprego recuou para 6,2% embora a taxa de emprego também tenha diminuído para 63,6%, o valor mais baixo registado no mercado de trabalho desde o início de 2023.

Tribunal de Contas entrega parecer sobre Conta Geral do Estado

O Tribunal de Contas entrega esta terça-feira à Assembleia da República o seu parecer à Conta Geral do Estado de 2023. O parecer conta com uma análise específica ao setor da habitação, centrando-se também na reforma das finanças públicas e no subsídio de mobilidade dado aos residentes das regiões autónomas da Madeira e Açores.

Conselho de Estado analisa situação económica e financeira

Hoje tem também lugar a reunião do Conselho de Estado convocada por Marcelo Rebelo de Sousa para analisar a situação económica e financeira internacional e nacional. A reunião acontece antes da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025 pelo Governo na Assembleia da República, prevista para 10 de outubro. Esta será a 36.ª reunião do Conselho de Estado durante os mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa, e a segunda no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP, chefiado por Luís Montenegro.

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Desafios e oportunidades da inovação tecnológica em destaque no IBM Technology Summit Lisboa

  • ECO
  • 1 Outubro 2024

O IBM Technology Summit Lisboa realiza-se a 17 de outubro, no Museu do Oriente, em Lisboa. A inteligência artificial estará no centro do debate. ECO é media partner.

Com o objetivo de discutir os principais desafios e oportunidades que a inovação tecnológica traz para a transformação dos negócios, a Arrow em colaboração com a IBM e os seus parceiros de negócio, vão realizar o IBM Technology Summit Lisboa.

 

Entre os temas centrais a serem abordados, destacam-se a Inteligência Artificial Generativa, a Automação, a Segurança e Infraestrutura.

Especialistas da IBM, clientes e parceiros de negócio estarão presentes para partilhar as mais recentes novidades e tendências no setor tecnológico.

A entrada é gratuita, sujeita a inscrição. Consulte a agenda e registe-se aqui.

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Câmaras querem mais quatro ligações à A1 entre Lisboa e Leiria

Transformar em nó a área de descanso de Fátima, encerrada pela Brisa, ou criar nova ligação em Leiria são pontos em discussão na região. Vila Franca de Xira quer mais dois nós. Brisa não descarta.

A auto-estrada do Norte, principal via nacional, ficou concluída há cerca de 30 anos, altura em que a economia da região centro e o volume de tráfego nas vias secundárias era bem distinta da atual. Hoje, há um estrangulamento em estradas regionais e municipais que urge resolver com uma ligação mais direta à A1, defendem vários autarcas no eixo Alcanena-Leiria.

O plano de Alcanena passa por transformar a área de descanso de Fátima, no km 105 da A1, a norte do nó de Alcanena/Torres Novas/A23, num novo ponto de de ligação das vias regionais com a auto-estrada do Norte. O presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Rui Henriques, defende esta solução. A Brisa, em declarações ao ECO/Local Online, não descarta a solução para uma estrutura que durante décadas serviu para paragem intermédia entre as áreas de serviço de Leiria e de Santarém, mas encerrada há alguns meses, com rails contínuos a inviabilizar qualquer acesso. “A BCR – Brisa Concessão Rodoviária está disponível para, com o devido enquadramento, estudar a viabilidade técnica de reconversão da área de repouso de Fátima (A1) num novo nó de ligação à A1”, esclarece a empresa.

Mais a norte, já está em curso um estudo de tráfego para avaliar uma solução de ligação da auto-estrada do Norte ao IC9, via transversal que liga a Nazaré e Tomar. Entre os municípios atravessados por esta estrada encontra-se Porto de Mós, cujo autarca, Jorge Vala, realça, em declarações ao ECO/Local Online, a importância de se desfazer um nó cego que estrangula o importante Itinerário Complementar, que apesar de estar aberto há 12 anos, continua a desaguar tráfego dentro da localidade de Fátima, no concelho de Ourém, situação preocupante sobretudo quando se trata dos camiões com grandes dimensões e peso transportado.

A solução para desviar esse tráfego varia entre um novo troço para ligar o IC9 ao nó atual de Fátima, no km 114, ou criar um outro nó para a A1, num ponto de interceção existente entre o IC9 e a A1, em Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, no km 120 da principal via rodoviária do país. Leiria, e também Alvaiázere, são outros municípios defensores da necessidade de corporizar uma nova solução de ligação à A1, adianta Jorge Vala.

A opção preconizada por Porto de Mós, entre outros municípios vizinhos, já foi discutida numa reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou Jorge Vala ao ECO/Local Online. Ao governante foi solicitada a inscrição da verba para a obra no Orçamento do Estado, por impossibilidade de inscrever estas vias em sede de PRR, afirma o autarca.

Vila Franca de Xira quer mais dois nós e isenção de portagem

Mais a sul, em Vila Franca de Xira, o autarca pede um reforço dos pontos de ligação da auto-estrada do Norte ao concelho. Ao nó original e ao nó parcial de Alhandra, Fernando Ferreira pretende juntar novos pontos para aceder a uma via que atravessa todo o município. Ao ECO/Local Online, diz que um deles ficaria entre Alverca e Santa Iria da Azóia, em Caniços, e outro entre Alverca e Vila Franca de Xira, no Sobralinho.

De acordo com o autarca, o presidente da Brisa afirmou, em conversas entre ambos, “que eles estão disponíveis para poder vir a considerar estes investimentos. O Governo, acho, deve encetar negociações o mais rapidamente possível. Falo por mim e pelos meus colegas que têm questões destas nos seus territórios e está tudo a aguardar que o Governo entre em negociações com a Brisa para renegociação da concessão, porque isto vem tornar estes investimentos possíveis”.

Para lá deste tema, soma-se a pretensão do município de ver deslocada a praça de portagem de Alverca para Castanheira do Ribatejo, o que colocaria a autoestrada do Norte sem cobrança de portagem em toda a extensão entre a sede do concelho e Lisboa.

“A A1 tem uma característica de via rápida. A estrada nacional já não cumpre esse papel que tem, uma vez que o desenvolvimento urbano do conjunto da área metropolitana de Lisboa transformou essa estrada nacional numa avenida urbana”, defende Fernando Ferreira. Assim, a A1 não é uma via alternativa, é “uma solução”, defende. Perante a necessidade, o autarca realça que “é uma decisão do país, não tanto da Brisa”, embora admita que sem renegociar o contrato não será possível avançar.

Contactado pelo ECO/Local Online sobre a possibilidade de ir ao encontro das pretensões dos autarcas, o Ministério das Infraestruturas e Habitação não respondeu.

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Europa precisa de 1,5 biliões de euros para mobilidade sustentável até 2050, revela estudo

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  • 1 Outubro 2024

O estudo "Cost and Benefit of the Urban Mobility Transition", realizado pela EIT Urban Mobility, dá destaque às metas que a Europa tem de cumprir para alcançar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu.

Um estudo da EIT Urban Mobility, iniciativa do Instituto Europeu de Tecnologia e Inovação (EIT), revelou que as metas do Pacto Ecológico Europeu para o setor dos transportes até 2030 e 2050 exigem um investimento de 1,5 biliões de euros.

Intitulado “Cost and Benefit of the Urban Mobility Transition” (Custo e Benefício da Transição da Mobilidade Urbana), o estudo é uma atualização de dados de 2021 e apresenta três cenários possíveis de transição para 12 protótipos de cidades europeias refletindo a diversidade de ambientes urbanos na União Europeia.

O estudo apresenta três cenários possíveis de transição para 12 protótipos de cidades europeias

O documento evidencia que, embora os avanços tecnológicos devam permitir reduzir as emissões de CO2 em 21% até 2030, alcançar as metas do Pacto Ecológico Europeu vai requerer medidas muito mais ambiciosas para que se consiga reduzir as emissões em 44%, como está estipulado para 2030.

Promoção dos transportes públicos, mobilidade partilhada e restrições ao uso de automóveis privados, especialmente em zonas de baixas emissões, são algumas das medidas referidas no estudo, que devem ser aplicadas.

"O relatório sublinha a urgência de dar prioridade aos investimentos certos para uma mobilidade limpa, bem como o seu retorno positivo para a saúde e ambiente. Os transportes públicos aparecem como a solução mais acessível e inclusiva para reduzir as emissões de CO2”

Maria Tsavachidis, CEO da EIT Urban Mobility

Estipula-se que, até 2030, estas medidas possam resultar num aumento de 7% no número de passageiros em transportes públicos e numa redução até 16% nas deslocações em automóveis privados.

«O relatório sublinha a urgência de dar prioridade aos investimentos certos para uma mobilidade limpa, bem como o seu retorno positivo para a saúde e ambiente. Os transportes públicos aparecem como a solução mais acessível e inclusiva para reduzir as emissões de CO2. No entanto, esta transição não está isenta de desafios. Precisamos de um esforço coordenado a todos os níveis — desde a cidade ao continente europeu — para garantir que são realizados os investimentos necessários e que os cidadãos são envolvidos e apoiados durante esta transição», refere Maria Tsavachidis, CEO da EIT Urban Mobility.

O relatório conclui que, até 2050, os cenários analisados deverão conseguir cumprir as metas de descarbonização, estimando que, dos 1,5 mil milhões de euros necessários, 500 mil milhões serão destinados a medidas diretas de mobilidade sustentável. Apesar do elevado custo, o documento destaca que os benefícios a longo prazo, como a redução de emissões e melhorias da saúde pública, superam as despesas financeiras.

Uma melhor saúde pública e mais segurança

Os benefícios destas medidas não se ficam só pela redução das emissões poluentes. Além disso, o estudo aponta benefícios significativos para a saúde pública.

A transição para modos de transporte mais ativos, como as deslocações a pé ou de bicicleta, poderá, até 2050, significar uma poupança cumulativa em saúde até 1170 euros per capita, impulsionada pelos benefícios do novo estilo de vida.

A segurança rodoviária também estará em destaque, com uma potencial redução de 70% no número de vítimas mortais em acidentes de viação até 2050, em resultado de infraestruturas mais seguras e da adoção de sistemas de transporte mais inteligentes.

A transição para modos de transporte mais ativos, como as deslocações a pé ou de bicicleta, poderá, até 2050, significar uma poupança cumulativa em saúde até 1170 euros per capita

A investigação sublinha também que, independentemente das características de cada cidade europeia, priorizar os transportes públicos é essencial para uma transição justa e sustentável da mobilidade urbana.

O estudo refere-se ao transporte público como um compromisso ideal entre a redução das emissões de CO2 e a necessidade de investimento, estando representado como a única opção de mobilidade inclusiva para todos os segmentos da população.

Pode consultar o estudo aqui.

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Grupo francês Astek compra portuguesa de nearshore Decskill

Empresa portuguesa de nearshore tem presença em Portugal, Espanha e Luxemburgo. Mais de 600 colaboradores juntam-se ao grupo francês elevando para 10.000 o número de trabalhadores.

 

Luís Fernandes e Luís Santos, fundadores da Decskill

O grupo francês Astek acaba de comprar uma posição maioritária da portuguesa Decskill, empresa de nearshore de TI, reforçando a sua presença no mercado nacional, onde já tinha escritório. Com esta operação, cujo valor não é conhecido, o grupo francês, que prevê atingir este ano um volume de negócios consolidado de 720 milhões de euros, reforça a sua posição no mercado ibérico. Os atuais mais de 600 colaboradores elevam para 10.000 o número de trabalhadores do grupo francês. A Decskill gera receitas na ordem dos 30 milhões de euros.

“A performance da empresa, plano de expansão e a nossa visão integrada da transformação digital acabou por conduzir a esta operação com o Grupo Astek. Vamos manter todos os hubs existentes em Portugal, Espanha e Luxemburgo, bem como os colaboradores, até porque são essenciais para mantermos a capacidade de resposta e agilidade que nos caracteriza, bem como o Grupo Astek: os recursos e o talento são absolutamente valiosos (e decisivos) neste setor e não prescindimos de nenhum”, adianta Luís Fernandes, um dos fundadores da Decskill, juntamente com Luís Santos, ao ECO.

Com mais de 600 colaboradores, gerando receitas de 30 milhões de euros, a Decskill — até aqui controlada a 100% pelo grupo New Anderthal — junta-se agora à rede do grupo francês, uma operação cujo valor os responsáveis não adiantam e que contou com o aconselhamento da Technology Holdings, um banco de investimento global focado no setor da tecnologia.

Os fundadores da empresa mantêm-se na liderança da empresa. “Portugal, Espanha e Itália são os principais mercados que contarão com a Decskill para desempenhar um papel fundamental na criação de serviços nearshore a partir destes mercados, para a Europa e todo o mundo, em conjunto com outros parceiros locais que também integram o grupo francês”, explica Luís Santos. Em Espanha, a Astek comprou recentemente a Sotec Consulting.

A integração com o Grupo Astek permite à Decskill fazer parte de uma network global que amplia o nosso expertise e convida-nos a explorar novas oportunidades e setores importantes para Portugal.

Para além de projetos noutras geografias, a empresa nacional de nearshore conta com seis escritórios e centros de competências em Portugal — em Lisboa, Porto, Bragança e Vila Real –, em Espanha (Madrid) e, em agosto do ano passado, abriu no Luxemburgo.

“A abertura de um escritório local no Grão-Ducado teve como estratégia servir de plataforma de expansão para os mercados que ‘apontámos mira’ como DACH (Alemanha, Áustria e Suíça) e Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo)”, lembra Luís Fernandes.

A consolidação reforça capacidade de resposta. “A diferença reside no facto que agora os nossos hubs integram a rede global da Astek, fortalecendo assim a capacidade operacional e acelerar a estratégia internacional da Decskill, ao passo que solidificamos, nomeadamente, a oferta ibérica da Astek, um mercado que a Decskill já conta com uma operação madura”, explica o gestor. “É uma sinergia natural entre as equipas que só vem acelerar a expansão e a oferta de soluções, com presença local e alcance global. Agora somos 10.000 pessoas”, conclui. .

Planos para o mercado nacional

O negócio agora conhecido tem como objetivo “fortalecer significativamente a nossa presença em Portugal”, aponta Luís Fernandes.

Temos no plano acelerar o desenvolvimento local e aumentar a nossa capacidade de entrega de soluções inovadoras a mais setores pois a capacitação digital não é um “se” é um “quando”, em todos eles. E, pela sustentabilidade das empresas, quanto mais cedo, melhor”, aponta.

Assim, além de “consolidar o talento e capacidade atual”, ao pertencer agora a “uma rede ampla e atrativa para capturar e reter talento”, nos planos está “aumentar o espectro de atividade e verticais de negócios/áreas muito relevantes da economia”, explica o gestor.

A Decskill já atua em áreas como energia, as finanças e telecomunicações. “Com esta operação vamos consolidar a oferta em outros verticais na Decksill, como, para começar, a cibersegurança e banca”, refere. O grupo francês, destaca o gestor, “tem ainda um conhecimento muito relevante em saúde, retalho, transportes, governo e até defesa, setores também críticos na economia e no país”, elenca.

“A integração com o grupo Astek permite à Decskill fazer parte de uma network global que amplia o nosso expertise e convida-nos a explorar novas oportunidades e setores importantes para Portugal”, sintetiza.

Pese embora a venda de uma posição maioritária da Decskill, o grupo New Anderthal “mantém a sua estrutura e as empresas que fazem parte integrante continuarão a desempenhar um papel essencial no suporte aos centros de competência dentro do ecossistema Decskill”, como é o caso da “Able it — especialista em low code para acelerar o desenvolvimento e entrega de aplicações – e a New Normal, focada em UX/UI, soluções integradas de criatividade, marketing e comunicação, associadas a tecnologia e negócio”, explica Luís Fernandes.

“Esta estrutura garante que a visão holística da capacitação e transformação digital continue a ser capitalizada e expandida, mantendo a coesão e a continuidade do grupo New Anderthal”, justifica.

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Marcelo usa Conselho de Estado para persuadir Governo e PS a acordo para o OE2025

Presidente já assumiu publicamente que está "a fazer pressão" para ter um OE, caso contrário há crise política e económica e eleições antecipadas. Marcelo já afastou uma solução por duodécimos.

Os holofotes vão estar todos apontados para Belém, a partir das 17h desta terça-feira, onde irá decorrer um Conselho de Estado que servirá, sobretudo, para o Presidente da República persuadir o primeiro-ministro e o líder do PS a um entendimento que viabilize o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), concluem vários politólogos consultados pelo ECO. Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos têm lugar reservado na mesa dos 18 conselheiros.

Esta não será a cartada final do Presidente. Depois da entrega do OE na Assembleia da República, a 10 de outubro, Marcelo irá convocar um novo Conselho de Estado, cuja data ainda não está definida, para uma análise do conteúdo da proposta orçamental.

Oficialmente, a convocatória indica que a reunião desta terça-feira irá “analisar a situação económica e financeira internacional e nacional”. O contexto de incerteza internacional pelo prolongamento da guerra na Ucrânia, os conflitos no Médio oriente, a estagnação económica da Alemanha, o motor económico da Europa, e também a indefinição sobre os EUA no pós-eleições é um dos fatores que o Chefe de Estado tem usado para explicar como um Orçamento chumbado pode mergulhar o país numa crise política e económica.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, 30 de setembro de 2024. PAULO NOVAIS/LUSAPAULO NOVAIS/LUSA

Repetidas vezes, o Presidente foi alertando que é necessário um OE aprovado, rejeitando uma solução por duodécimos. Mas o extremar de posições entre o chefe do Executivo e o líder do maior partido da oposição, com o Chega à espreita de uma oportunidade para ser partido de poder, levaram Marcelo Rebelo de Sousa a colocar alta pressão sobre a urgência de um Orçamento aprovado.

“Estou a fazer pressão. O que tenho feito é, de facto, influência, não nego. Quando dizem ‘mas ele está a fazer influência? Estou a fazer influência. Está a fazer pressão? Estou a fazer pressão”, reconheceu este domingo.

Para André Azevedo Alves, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, “este Conselho de Estado será sobretudo instrumental para o Presidente da República, uma vez que este órgão não tem poder de intervenção direta”. “Marcelo quer usar este Conselho de Estado para sinalizar a gravidade de não ter um OE aprovado e o risco que seria para o país e para a economia ir para eleições antecipadas”, reforça o politólogo.

Nesta senda, o Presidente da República já afirmou: “Ou se considera que há um interesse nacional que explica que o Orçamento passe ou se acha o contrário”. “Abdicando de convicções, claro, eu abdiquei de convicções, como líder da oposição [quando era presidente do PSD] em muitos pontos, para acertar com o engenheiro Guterres um acordo”, recordou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que também “o Governo tem de perceber que o facto de ter um programa que passou no Parlamento, não quer dizer que o aplique todo, agora, de imediato”. “E se tiver que fazer cedências no programa, para tornar possível um acordo, deve fazer cedências no programa”, frisou.

Perante a posição do Chefe de Estado, Paula Espírito Santo, investigadora do Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP), considera “que a partir deste Conselho de Estado [o Presidente da República] terá no fundo mais elementos para sustentar a sua posição quer do ponto de vista público, quer privado com os partidos”.

Resta saber se a tática do Presidente vai funcionar, questiona André Azevedo Alves. “Não sei se produzirá efeito ou não a pressão que está ser exercida sobre PS e Pedro Nuno Santos. Esta pressão pode ser contraproducente, pode ter um efeito contrário, porque pode aumentar o custo político a Pedro Nuno Santos”, avisa o professor de estudos políticos.

Aliás, este domingo, o líder do PS respondeu à “pressão” do Presidente da República: “Prefiro perder eleições do que abdicar das nossas convicções”.

Por isso, Hugo Ferrinho Lopes olha com maior desconfiança para a eficácia deste Conselho de Estado. “Não creio que a reunião seja determinante para pressionar PS ou Governo. O impasse entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro e a sua resolução dependem apenas do chefe de Governo e do líder da oposição”, aponta o investigador de doutoramento em Política Comparada no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.

Marcelo rejeita duodécimos, Cavaco desdramatiza

“O Conselho de Estado pode, no entanto, discutir as implicações de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2025 e aconselhar o Presidente da República sobre que atuação deve tomar nessa circunstância. Haverá certamente opiniões divergentes. No entanto, a decisão final é de Marcelo Rebelo de Sousa”, segundo Ferrinho Lopes

De recordar que, aquando da demissão de António Costa, no ano passado, “houve um empate no Conselho de Estado quanto à necessidade ou não de convocação de eleições antecipadas, e mesmo assim o Presidente da República dissolveu o Parlamento”, lembra o politólogo.

Em 2021, Marcelo também optou pela bomba atómica, chamando de novo o povo às urnas que acabou por dar uma maioria absoluta ao PS. “Mesmo que o Presidente prefira não convocar eleições antecipadas, que é um direito seu, não deixa de estar constrangido por opções que tomou no passado”, conclui Ferrinho Lopes.

Marcelo já sinalizou que governar em regime de duodécimo com um Executivo minoritário não funciona. Por isso, no caso de o OE chumbar, o caminho aponta para a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas, “um cenário que o Presidente quer evitar a todo o custo para não ficar para a história como o recordista de dissoluções”, conclui André Azevedo Alves.

A orientação de Marcelo é apoiada por Luís Marques Mendes, um dos seus conselheiros e ex-presidente do PSD. “Podemos ter OE, mas também é possível termos eleições antecipadas, não é o fim da democracia, mas é uma má solução”, afirmou este domingo no seu espaço de comentário na SIC.

A posição do antigo Presidente da República, Cavaco Silva, é diferente. O ex-Chefe do Estado já afirmou, em entrevista ao Observador, que “não há nenhum drama” se o OE for chumbado. “O atual primeiro-ministro [espanhol, Pedro Sánchez] viveu durante dois anos com duodécimos. Ninguém morreu”, disse.

Contudo, Marcelo já rebateu esta tese, alertando que o Executivo espanhol tinha uma maioria ao contrário de Luís Montenegro. “Estamos a falar num Governo minoritário (….) Considero que qualquer solução que não seja passar o Orçamento é má. Portanto, ninguém gosta de soluções más. Por isso é que se deve fazer um esforço para passar o orçamento”.

Governo e PS inflexíveis no IRC e IRS Jovem

A tensão aumentou após o encontro da última sexta-feira entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. O líder socialista garantiu que só viabiliza o OE2025 se a proposta do Governo para o IRC e do IRS Jovem caírem e apresentou em alternativa as suas propostas. Contudo, Montenegro considerou que a proposta socialista para substituir a redução transversal do IRC é “radical e inflexível”, mas prometeu que irá apresentar uma contraproposta na próxima semana aos socialistas. No entanto, deixou claro: “Quem governa é o Governo” e não abdica da sua política económica.

“Estamos numa fricção política, que não vai ser fácil, diria quase impossível de resolver“, sublinha Paula Espírito Santo. Marcelo Rebelo de Sousa já avisou que se o Executivo e o PS não se entenderem, “quem vai desempatar é o terceiro”, numa alusão ao Chega. “A bola fica nas mãos da terceira força política”, disse.

No dia do encontro entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, o líder do Chega, André Ventura, defendeu que “o PS foi a São Bento fazer exigências que sabe serem irrealistas e fazer um ato de campanha eleitoral”, considerando que o líder socialista sabe que seria “praticamente impossível ao Governo de Luís Montenegro ceder nas matérias do IRC, do IRS”. Perante o impasse, defendeu que “o Governo tem de perceber que está numa situação de bloqueio democrático”.

Quem são os 18 conselheiros de Estado

Membros por inerência

  • Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco
  • Primeiro-Ministro, Luís Montenegro
  • Presidente do Tribunal Constitucional, Juiz Conselheiro José João Abrantes
  • Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral
  • Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque
  • Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro
  • Antigo Presidente da República, general António Ramalho Eanes
  • Antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva

Cinco cidadãos designados pelo Presidente da República

  • António Lobo Xavier
  • Joana Carneiro
  • Leonor Beleza
  • Lídia Jorge
  • Luís Marques Mendes

Cinco cidadãos eleitos pela Assembleia da República

  • Francisco Pinto Balsemão, antigo primeiro-ministro
  • Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa
  • Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS
  • Carlos César, presidente do PS
  • André Ventura, presidente do Chega

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