Litígio com a Scor não impede Covea de a querer comprar

  • ECO Seguros
  • 10 Setembro 2024

Covea já quis comprar a resseguradora em 2018, mas daí só resultaram problemas. Em curso está um litigio entre as companhias, mas um contrato antigo e os acionistas podem ser os principais obstáculos.

A mútua francesa Covea voltou à mesa de negociações para a aquisição da resseguradora Scor, revelaram Insurance Insider e o site Betaville. Em mesa está a compra total da resseguradora francesa ou a Covea adquirir uma participação na Scor.

As conversações surgem enquanto decorre um litígio entre as duas companhias relativamente a um contrato de retrocessão em que a Covea ressegura 30% dos ramos vida e saúde que a Scor subscreve através das suas entidades irlandesas.

Um contrato de retrocessão é assinado entre duas companhias resseguradoras em que o retrocedente cede ao ressegurador parte dos riscos que havia aceitado num contrato com uma seguradora. É como seguros para os resseguradores.

Esta cobertura foi estabelecida no âmbito de um acordo entre as companhias que pôs termo à tentativa de aquisição da Scor pela Covea e ao litigio jurídico que daí resultou entre as empresas. No entanto, a Covea contestou as reivindicações do programa por desconfiar da saúde da carteira de vida e saúde da Scor já no início do negócio.

A segunda tentativa de compra também coincide numa altura em que a Scor apresenta um desempenho insuficiente contínuo. No segundo trimestre do ano, a resseguradora apresentou perdas operacionais de 227 milhões de euros devido a um serviço de seguros com resultados negativos de 400 milhões de euros para o segmento de vida e saúde.

Após divulgado o litígio com a Covea, esta terça-feira de manhã, as ações da Scor caíram 24% para 18,70 euros, mas desde aí já subiu para 19,88 euros.

Importa salientar que a Scor ficou protegida da aquisição durante sete anos desde 2021 por uma cláusula estabelecida num acordo celebrado entre as companhias. No entanto, pode renunciar desta proteção se considerar que aquisição é a melhor opção. Além disso, os acionistas que viram as suas ações desvalorizar ao longo dos anos esperam recuperar total o preço das ações, difícil de acontecer se for vendida a participação total ou parcialmente à Covea nesta fase.

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Grupo Águas de Portugal vai dar consultoria na Indonésia sobre abastecimento

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

O contrato de consultoria, assinado em agosto entre a AdP e o Ministério das Obras Públicas da Indonésia, tem o valor de 399,96 mil dólares. O projeto-piloto será em Bali.

O grupo Águas de Portugal (AdP) assinou um contrato com o Governo da Indonésia, no valor de 399.962 dólares (cerca de 361 mil euros) para consultoria, no âmbito de um programa de transformação no abastecimento de água. Num comunicado, o grupo AdP avança que “vai apoiar o Governo da Indonésia na concretização do programa de transformação institucional do setor da água que está em curso neste país”, detalhando que “esta transformação vai incidir nas políticas, instituições e regulamentos do setor da água”.

O objetivo é “melhorar a governação e a prestação de serviços para garantir o acesso universal a um abastecimento de água gerido de forma segura, sustentável e resiliente para a população da Indonésia”, indicou, na mesma nota. A empresa especificou ainda que “tendo como projeto-piloto a província de Bali, o contrato de consultoria formalizado em agosto entre a AdP – Águas de Portugal Internacional e o Ministério das Obras Públicas da Indonésia tem o valor de 399.962,57 USD [dólares americanos], com financiamento do Banco Mundial no âmbito do Projeto Nacional de Abastecimento Urbano de Água” no país.

Segundo o grupo, os serviços de consultoria “serão prestados por uma equipa multidisciplinar envolvendo diversas empresas do Grupo Águas de Portugal, através da AdP Internacional”, com uma duração aproximada de 16 semanas, “estando a conclusão dos trabalhos prevista para o final do mês de novembro de 2024”.

Está assim prevista “a revisão e mapeamento das políticas, instituições e regulamentos das empresas de águas da província de Bali e a criação de um roteiro para a transformação do setor nesta província”, incluindo serviços de abastecimento de água e de saneamento e a implementação de “um quadro institucional eficaz, uma estrutura tarifária uniforme e um quadro regulamentar para ser depois desenvolvido a nível nacional”.

A AdP explicou que, apesar de contar com “uma população residente de cerca de 4,4 milhões de pessoas” e de ser “um destino turístico de renome mundial, atraindo anualmente uma média superior a 6,8 milhões de turistas”, a província de Bali tem uma cobertura do serviço de abastecimento de água canalizada nesta província “inferior a 20%”.

Segundo o grupo, “a baixa cobertura dos serviços de saneamento resulta na deterioração e contaminação da qualidade das águas subterrâneas, com impactos na água disponível para consumo, insuficiente para cobrir as necessidades do consumo doméstico e das atividades comerciais e de hotelaria/turismo”.

A colaboração da AdP com a Indonésia iniciou-se depois de uma visita às instalações do grupo em Portugal, tendo sido formalizado “um acordo entre as duas entidades no decorrer do 10.º Fórum Mundial da Água, que decorreu em Bali em maio de 2024” o qual agora se materializou com este contrato. O projeto arrancou a 27 de agosto, sendo que a equipa que está no terreno já deu início aos trabalhos em Bali.

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Bling Energy fecha ronda de 2 milhões para ajudar transição energética

O volume de negócios duplicou face ao ano passado, tendo a Bling Energy como objetivo chegar a um milhão de euros até ao final do ano. Quer alcançar os três mil clientes até final de 2026.

A Bling Energy fechou uma ronda seed de dois milhões de euros para dar ajudar à transição energética no mercado residencial. Novos produtos e serviços, fazer crescer a estrutura da empresa e começar a planear uma futura internacionalização estão entre os planos da startup com esta injeção de capital.

“Esta ronda de capital é um marco importante para a Bling Energy, uma vez que vai permitir escalar a nossa oferta e dá-nos o investimento necessário à inovação de produtos e serviços, fundamental para o crescimento e consolidação da empresa. O voto de confiança dos nossos investidores desde o dia zero, bem como a entrada de novos investidores de referência, reforça a nossa visão e abordagem de mercado”, diz Bernardo Fernandez, fundador e diretor-geral da Bling Energy, citado em comunicado.

A ronda – que eleve para três milhões o capital levantado até agora pela startup – foi acompanhada por Joaquim Sérvulo Rodrigues, fundador da Armilar Venture Partners, e membros da família José de Mello, contando com a entrada da Lince Capital.

No decorrer do último ano, o plano de crescimento da Bling Energy “excedeu os objetivos iniciais”, tendo chegado ao primeiro 1 MWp, com centenas de clientes, de norte a sul do país, com energia fotovoltaica, informa a startup. Nos primeiros seis meses do ano, o volume de negócios duplicou face ao ano passado, tendo a empresa como objetivo chegar a um milhão de euros até ao final do ano, adianta o CEO ao ECO. Atualmente com mais de 300 clientes, a Bling Energy quer alcançar os três mil clientes até final de 2026.

Contando com parceiros estratégicos como a Ageas Portugal e a Longi, uma multinacional que fabrica painéis solares, a startup conta, “muito em breve” lançar novos produtos, “como a bomba de calor que permite o aquecimento eficiente das casas, e adicionar mais serviços à sua oferta que já engloba os painéis e as baterias solares, bem como carregadores de carros elétricos”, informa. Sobre os planos de internacionalização, a empresa escusou adiantar mais detalhes.

Para acompanhar este plano de crescimento, a startup quer ainda reforçar a equipa, tendo como meta duplicar o número de trabalhadores, para 30 pessoas, até ao final do ano. Neste momento, adianta o CEO, estão abertas vagas para “perfis comerciais, perfis técnicos, um perfil de I&D de produto e alguns perfis de marketing e desenvolvimento de negócio”.

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Economia, aborto e imigração vão marcar debate focado nos indecisos dos “swing states”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Setembro 2024

Conflitos em Gaza e na Ucrânia também serão tema no frente-a-frente desta noite entre Kamala Harris e Donald Trump. Mas o custo de vida e a inflação influenciam mais o voto dos eleitores indecisos.

A economia, a imigração e o aborto serão os temas em destaque no debate entre Kamala Harris e Donald Trump esta noite. Para segundo plano deverá ficar a política externa, em particular o conflito em Gaza, visto que ambos os candidatos à Casa Branca pretendem concentrar a sua mensagem nos eleitores indecisos, sobretudo dos swing states, para quem este não é um fator decisivo.

A atual vice-presidente parte para o frente-a-frente marcado para as 21 horas locais (2 horas de quarta-feira em Portugal) em ligeira vantagem nas sondagens a nível nacional: segundo a plataforma RealClearPolling, que calcula a média de 12 empresas de pesquisa de opinião, Kamala Harris lidera por 1,1 pontos percentuais (48,4% versus 47,3%).

No entanto, são os votos dos 538 grandes eleitores do Colégio Eleitoral que contam e não os votos a nível nacional. Basta recordar que Donald Trump venceu Hillary Clinton em 2016 por ter conquistado a maioria dos votos no Colégio Eleitoral, embora não tenha recebido o maior número de votos da população. E, neste momento, a plataforma RealClearPolling dá uma maioria de 281 votos de grandes eleitores ao ticket republicano contra 257 para a candidatura de Kamala Harris e Tim Walz.

Este cenário indica que, à semelhança das presidenciais anteriores, as eleições agendadas para 5 de novembro se jogam, essencialmente, nos swing states, assim chamados por serem estados que tendem a mudar de partido a cada eleição, tidos por isso como determinantes para o resultado eleitoral. Como indica Luís Tomé, professor catedrático de Relações Internacionais na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), é nos eleitores indecisos destes estados decisivos que Kamala Harris e Donald Trump “vão centrar a mensagem” durante o debate desta noite.

A plataforma RealClearPolling assume como sete os “estados de batalha” para a corrida à Casa Branca, mostrando Donald Trump em vantagem no Arizona (por 1,6 pontos percentuais), na Carolina do Norte (por 0,1 pontos percentuais) e na Georgia (por 0,3 pontos percentuais) – três estados que, no seu conjunto, valem 43 grandes eleitores no Colégio Eleitoral.

No debate desta noite, Kamala Harris e Donald Trump vão centrar a sua mensagem nos eleitores indecisos, em particular dos “swing states”

Luís Tomé

Professor catedrático do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa

Kamala Harris surge à frente noutros três estados, nomeadamente no Nevada (por 0,6 pontos percentuais), no Wisconsin (por 1,5 pontos percentuais) e no Michigan (por 1,2 pontos percentuais), que, juntos, garantem 31 grandes eleitores no Colégio Eleitoral.

Sobra a Pensilvânia, o “mais valioso” dos swing states, com 19 grandes eleitores em jogo, e onde a democrata e o republicano estão, neste momento, empatados. É, aliás, na maior cidade deste estado norte-americano, Filadélfia, que vai decorrer o primeiro e, pelo menos por enquanto, único debate entre ambos. O palco está a ser montado no National Constitution Center, um centro educativo privado sem fins lucrativos e um museu dedicado à Constituição dos EUA.

Antecipando sobre o que deverão incidir as perguntas a ser colocadas pelos moderadores David Muir e Linsey Davis, dois jornalistas da ABC News, Luís Tomé considera que o foco vai ser a personalidade e o currículo dos candidatos. Porém, ressalva ao ECO que, “embora em regra se sobreponham as questões centradas na personalidade, as divergências entre candidatos são tão profundas e a sociedade norte-americana está tão polarizada que haverá certamente discussão sobre questões políticas, essencialmente política interna“.

Independentemente das questões dos moderadores e de as regras ditarem que os microfones vão ser silenciados quando o adversário tiver a palavra, quer Kamala Harris, quer Donald Trump vão “empurrar” o debate para os temas que querem salientar, numa tentativa de “degradar a imagem do adversário”, considera o também investigador no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa (IPRI-NOVA).

Nesse sentido, Luís Tomé aponta que Kamala Harris “deverá utilizar a sua experiência como procuradora para confrontar Trump com os seus muitos processos judiciais e as condenações em que já foi visado”, bem como “com a sua anterior presidência, o ataque ao Capitólio, as mentiras e a sua defesa da posse de armas de fogo, lembrando os sucessivos ataques em escolas”.

Mas a atual vice-presidente dos EUA vai insistir, em particular, na questão do aborto, importante para o eleitorado do Partido Democrata, uma vez que foi o concorrente republicano, quando era Presidente, quem nomeou três juízes para o Supremo Tribunal Federal que votaram a favor de reverter a decisão do caso Roe vs Wade, que estabeleceu o direito à interrupção voluntária de gravidez nos Estados Unidos. Aqui, o professor da UAL prevê que Trump “vai meter-se na defensiva e dizer que, no fundo, quer é dar margem de manobra a cada um dos estados federados para legislar conforme entender”.

Donald Trump, por seu lado, “vai tentar associar Kamala Harris à presidência de Joe Biden, impopular, e às questões que mais preocupam a generalidade do eleitorado norte-americano, em particular o dos swing states, como a inflação, o aumento do custo de vida e as dificuldades da indústria do país” – cuja responsabilidade tenta imputar à atual administração –, além de trazer a debate o tema da imigração e dos problemas na fronteira com o México, acrescenta.

Para Vasco Rato, ex-presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) entre 2014 e 2020, o candidato republicano vai pressionar a rival democrata a “responder concretamente sobre as mudanças de política” – como por exemplo no que diz respeito ao fracking, uma questão crucial para o eleitorado da Pensilvânia –, apontando-lhe as “inconsistências” e procurando “gerar alguma dúvida sobre se ela verdadeiramente mudou de posição ou se mudou por oportunismo político”.

Em matéria de política externa, Trump vai manter a “narrativa de que Biden e Harris são responsáveis pelas guerras na Ucrânia e no Médio Oriente”, aponta o analista Luís Tomé, que, contudo, considera que este “não será um assunto de fundo”. Ainda assim, enquanto o ex-presidente “vai limitar-se a dizer que com ele não haveria nem uma guerra nem outra e que os adversários jamais se atreveriam com ele, sem no entanto apresentar verdadeiros planos de solução e paz quer para um lado, quer para o outro”, a posição de Kamala Harris será de “equilíbrio” entre o seu papel como vice-presidente da atual administração norte-americana, em que “responsabiliza os autocratas e defende a democracia, sobretudo com os parceiros e aliados dos EUA que Trump sempre alienou”, e procurar mostrar ao eleitorado mais progressista que está disposta a exercer maior pressão sobre Israel para um cessar-fogo em Gaza do que Biden.

O ex-presidente da FLAD concorda que a política externa “é obrigatoriamente falada” num debate, mas “não tem grande influência” no eleitorado. Não obstante, “as perguntas sobre política externa são importantes para testar a capacidade de liderança e também para ver se os candidatos estão dentro dos assuntos“, sublinha Vasco Rato ao ECO, lembrando o debate às presidenciais de 1976, em que o então presidente e candidato republicano Gerald Ford cometeu uma gaffe ao afirmar que “não havia qualquer domínio da União Soviética no leste da Europa e que nunca haveria numa administração Ford”. Ou seja, “há sempre o perigo de [os candidatos] se espalharem em matéria de política externa“.

No debate, serão ainda relevantes as dinâmicas do género e a diferença de idades. Se, até meados de julho, a idade era desfavorável ao candidato democrata e a campanha republicana usava isso contra Joe Biden, agora isso inverteu-se: Kamala Harris tem 59 anos, quase 20 anos a menos que Donald Trump, com 78.

Embora Luís Tomé não acredite que Kamala Harris dê ênfase à idade do opositor, porque as pessoas já o sabem, considera que é um contexto que vai ser notado pelo eleitorado e por quem assistir ao debate. “Se Kamala Harris vier a ser a vencedora das eleições será a primeira mulher Presidente dos EUA; se porventura for Trump, será o mais velho Presidente dos Estados Unidos alguma vez eleito. Portanto, isto pode acabar por pesar“, resume o também professor no Instituto da Defesa Nacional (IDN).

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Centeno fica com sete pelouros no Banco de Portugal, incluindo recursos humanos

Com a saída de Hélder Rosalino, o Conselho de Administração do Banco de Portugal aprovou a atualização dos pelouros e delegação de poderes. Governador conta com sete áreas sob intervenção direta.

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, ficou com sete pelouros do Conselho de Administração, incluindo o departamento de pessoas e estratégia organizacional, de acordo com a nota divulgada esta terça-feira. A atualização de pastas no banco central, e supervisor da banca, ocorre com a saída do administrador Hélder Rosalino.

Na atualização da atribuição de pelouros, delegação de poderes, representação em entidades externas e outras designações dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal, Mário Centeno tem o pelouro do gabinete do governador, do secretariado‐geral e dos conselhos, direção de relações internacionais e de cooperação, do departamento de estudos económicos, do departamento de auditoria (com o administrador Rui Pinto), do departamento de comunicação e museu (com a vice-governadora Clara Raposo) e do departamento de pessoas e estratégia organizacional (com a administradora Helena Adegas).

Já o vice-governador Luís Máximo dos Santos tem presença na averiguação e ação sancionatória, serviços jurídicos, departamento de resolução e no gabinete de conformidade, sendo ainda presidente da Comissão Diretiva do Fundo de Resolução e do Fundo de Garantia de Depósitos. É ainda representante do BdP no Conselho Único de Resolução, na Comissão de Coordenação das Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo e no Conselho Consultivo da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública ‐ IGCP.

Por seu lado, a vice-governadora Clara Raposo tem responsabilidades no departamento de contabilidade e controlo, comunicação e museu (com Mário Centeno), estabilidade financeira e mercados. É ainda representante do BdP no Conselho Geral do Comité Europeu do Risco Sistémico, Comité Económico e Financeiro, no Plenário da Network of Central Banks and Supervisors for Greening the Financial System e alternate do governador no Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) e no Fundo Monetário Internacional (FMI) e do representante do Banco de Portugal no Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.

O segundo mandato de Hélder Rosalino como administrador do Banco de Portugal terminou na segunda-feira, mas para evitar ficar a aguardar pela nomeação de um substituto por um período indeterminado, avisou o Ministério das Finanças que deixava o cargo logo no dia 10 de setembro, pedido a que o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento assentiu, tal como noticiou o Expresso. Hélder Rosalino estava nos quadros do Banco de Portugal desde 1994 e passará a ser consultor da administração.

Para o lugar de Hélder Rosalino terá de ser indicada uma mulher, de forma a cumprir a quota de 40% do género sub-representado (o feminino, neste caso). O Governo terá agora de indicar um novo nome.

Em julho, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, escolheu um novo administrador. Luís Morais Sarmento, antigo secretário de Estado do Orçamento na equipa de Vítor Gaspar, foi indicado como o oitavo membro do conselho de administração do banco central, mas terá ainda de ser ouvido no parlamento.

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Oferta de escritórios no Porto cresce 3200 m² com edifício Nicolau D’Almeida

Nova proposta de escritórios com seis pisos, na freguesia de Ramalde, surge com valor de 18€/m². Comercialização a cargo da CBRE e Savills.

A oferta de espaço para empresas no Porto acaba de ser reforçada com a disponibilização de 3200 metros quadrados (m²) para arrendamento no edifício Nicolau D’Almeida, na Zona Empresarial do Poro, localizada na freguesia de Ramalde. A comercialização está a cargo da CBRE e Savills.

Nos sites das duas consultoras imobiliárias verifica-se que existem áreas a partir de 175 m², até um máximo de 471 m², referentes a um piso inteiro, com valor de arrendamento mensal entre os 3150 euros e os 8500 euros, segundo cálculos feitos pelo ECO Local a partir da informação disponibilizada online pela Savills e CBRE.

A proximidade aos transportes públicos – designadamente a estação do metro Via Rápida/Viso, localizada a 500 metros -, à Via de Cintura Interna (VCI) e à A28 é destacada como uma das mais-valias do novo edifício. “A oferta é escassa no Porto e ter um edifício de qualidade e bem localizado vem certamente suprimir alguma da procura”, destaca André Almada, da CBRE Portugal.

Por seu turno, Isabel Rocha, da Savills, refere que “este projeto sobressai pelo excelente nível de acabamentos e versatilidade dos espaços, adaptando-se facilmente às necessidades específicas de cada empresa“, salientando ainda “o conforto e ambiente que todas as empresas procuram, não só pelas excelentes condições oferecidas pelo edifício, como também pelas diversas valências disponíveis na envolvente“.

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VW rescinde vários acordos coletivos de trabalho na Alemanha

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

A empresa notificou o sindicato IG Metall da rescisão do acordo coletivo de garantia de emprego, renovado desde 1994 e que excluía os despedimentos por motivos operacionais.

O grupo automóvel Volkswagen rescindiu vários acordos coletivos de trabalho na Alemanha, incluindo uma garantia que protegia os trabalhadores contra o despedimento por motivos da empresa até 2029. De acordo com a imprensa alemã, citada pela Efe, a empresa notificou na terça-feira o sindicato IG Metall da rescisão do acordo coletivo de garantia de emprego, renovado desde 1994 e que excluía os despedimentos por motivos operacionais.

Este acordo expira no final do ano e os despedimentos serão assim possíveis a partir de julho de 2025, se o sindicato e a empresa não chegarem a um acordo antes dessa data. Outros acordos, como a garantia de contratação de estagiários profissionais e as regras relativas ao trabalho temporário, também serão rescindidos no final do ano, com o objetivo de renegociar, entre outras coisas, os salários dos trabalhadores e dos gestores.

“Temos de colocar a Volkswagen em condições de reduzir os custos na Alemanha para um nível competitivo, de modo a podermos investir em novas tecnologias e novos produtos com a nossa própria força”, declarou o diretor dos recursos humanos, Gunnar Kilian. Já a comissão de trabalhadores disse que se vai defender “ferozmente contra este ataque histórico” aos seus postos de trabalho, segundo o diário alemão Spiegel.

Com esta medida, o grupo automóvel dá mais um passo no sentido de endurecer o seu programa de redução de custos, em pelo menos 10 mil milhões de euros até 2026. A Volkswagen está mesmo a considerar o fecho de fábricas e despedimentos na Alemanha, como parte do plano de redução de custos, para fazer face a uma “situação extremamente tensa”.

Segundo uma nota do presidente executivo do grupo, Oliver Blume, citada pela AFP, na semana passada, a Alemanha “está a perder cada vez mais terreno em termos de competitividade” e “o encerramento de fábricas nos locais de produção de veículos e componentes já não pode ser excluído”. A concretizar-se, a decisão de fechar uma fábrica seria a primeira desde 1988, quando a empresa fechou a fábrica em Westmoreland, nos Estados Unidos. Já na Alemanha, a Volkswagen nunca fechou uma fábrica nos seus 87 anos de história.

Na nota, o CEO também admitia despedimentos, ponderando abandonar o acordo que protegia empregos até 2029, já que as medidas que têm sido tomadas para cortar custos, como reformas antecipadas e saídas voluntárias, podem não ser suficientes. A Volkswagen “deve agora agir de forma decisiva”, enquanto “a indústria automóvel europeia se encontra numa situação muito exigente e grave”, disse, nomeadamente devido à entrada de novos concorrentes nos mercados europeus.

Não há ainda detalhes sobre o número de empregos potencialmente ameaçados, sendo que existem 300 mil pessoas empregadas no grupo Volkswagen na Alemanha, que também inclui outras marcas como a Audi, 120 mil das quais especificamente na marca Volkswagen.

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Digi pronta para lançar serviços antes do prazo de final de novembro, diz diretor-geral

Na primeira comunicação pública da Digi em Portugal, o vice-presidente da empresa disse ainda que a operadora "vai ter uma boa rede para os consumidores".

A nova operadora de telecomunicações Digi irá lançar serviços para o consumidor “bastante em breve” e está pronta para que isso aconteça ainda antes do final de novembro, o prazo estabelecido pelo regulador, afirmou esta terça-feira Valentin Popoviciu, vice-presidente da empresa romena.

“Isso [o lançamento de serviços] virá bastante em breve, porque, como toda a gente sabe, temos um prazo rígido, que é o final de novembro, do ponto de vista do regulador, e estamos preparados para estar prontos antes disso”, afirmou Popoviciu na 11º conferência da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), dedicada ao tema ‘5G em ação’ e que decorre até quarta-feira no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

A 12 de junho, Sandra Maximiano, presidente da Anacom disse no parlamento que a Digi deverá lançar os primeiros serviços até novembro, mas avisou que persistem obstáculos à entrada plena, apelando para que os operadores existentes não criem barreiras.

No painel ‘5G: A experiência dos operadores móveis’, Popoviciu, que é vice-presidente da ‘empresa-mãe’, a Digi Roménia, foi questionado também sobre o ponto de situação das redes de fibra ótica e de 5G que a empresa está a desenvolver, respondeu que ainda não que pode partilhar essa informação. Sublinhou, no entanto, que “é claro que as redes são projetos que demoram muito tempo”.

Vamos ter uma boa rede, uma boa rede para os clientes utilizarem, é uma evolução que temos de desenvolver em dois anos e que outros operadores na Europa fizeram em 20 anos”, adiantou.

A Digi iniciou na semana passada a fase de pré-lançamento em Portugal. Ainda não há data concreta para o arranque, nem preços.

A operadora, de origem romena e que também está presente em Espanha e Itália, tem estado, nos últimos dois anos, a construir redes próprias de fibra ótica e 5G em Portugal e deverá lançar as primeiras ofertas comerciais ainda este ano, até novembro, estando ainda a realizar testes.

Em 2021, a Digi investiu mais de 67 milhões de euros na compra de licenças 5G no leilão realizado pela Anacom. No dia 2 de agosto, ao confirmar a compra da Nowo ao acionista espanhol, a Digi anunciou que prevê um investimento superior a 500 milhões de euros em Portugal para oferecer uma “gama completa de serviços”. Isso inclui serviços fixos, móveis e televisão, mas a empresa tem tido dificuldades no licenciamento dos canais mais vistos pelos portugueses.

Questionado sobre o progresso dessa transação, Popoviciu afirmou esta terça-feira que a Digi o processo jurídico está em curso e que a empresa aguarda a aprovação da Autoridade da Concorrência.

“Esperamos ter uma decisão em tempo razoável, até porque é uma análise simples, mais simples que a anterior“, referindo-se à tentativa da Vodafone de comprar a Nowo, que foi chumbada pelo regulador da concorrência.

(Notícia atualizada às 20h09)

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Ex-diretor da PJ Santos Cabral é o novo presidente da Comissão Nacional de Eleições

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

Santos Cabral, antigo diretor nacional da Polícia Judiciária entre 2004 e 2006, substitui no cargo o juiz-conselheiro José Vítor Soreto de Barros, que ocupava o cargo desde março de 2016.

O juiz-conselheiro Santos Cabral vai ser o novo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), disse esta terça-feira à Lusa fonte oficial do Conselho Superior da Magistratura (CSM). Santos Cabral, antigo diretor nacional da Polícia Judiciária entre 2004 e 2006, substitui no cargo o juiz-conselheiro José Vítor Soreto de Barros, que ocupava o cargo desde março de 2016.

A decisão foi tomada hoje no plenário do organismo de gestão e disciplina dos juízes, a quem cabe por lei indicar um nome entre os juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça para a presidência da CNE. A Comissão Nacional de Eleições é um órgão independente e funciona junto da Assembleia da República.

Nascido em 1950, em Peniche, José António Henriques dos Santos Cabral é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1973). Foi Juiz auxiliar no Tribunal da Relação do Porto e no Tribunal da Relação de Coimbra. Em 1995 foi nomeado juiz desembargador. Em julho de 1997 foi nomeado inspetor judicial e em 2004 assumiu o cargo de diretor nacional da PJ.

É autor de diversos artigos publicados em revistas de Direito. Santos Cabral é juiz-conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

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Ministra ordena auditoria aos sistemas de segurança de todas as 49 prisões do país

Assumirá funções, em regime de substituição, Isabel Leitão, até aqui subdiretora Geral da DGRSP. Ministra fala numa "cadeia sucessiva de erros e falhas muito graves, grosseiras e inaceitáveis".

A ministra da Justiça ordenou à Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça para dar início urgente a uma auditoria aos sistemas de segurança de todos os 49 estabelecimentos prisionais do país. “Temos de ter confiança nos equipamentos, nos sistemas de segurança e de vigilância. Bem como ordenar uma “auditoria de gestão” ao sistema prisional, que avalie a organização e afetação de recursos da DGRSP e de todos os Estabelecimentos Prisionais do país. A garantia foi dada pela ministra da Justiça, Rita Júdice.

“A fuga de cinco reclusos, perigosos, em plena luz do dia, com ajuda externa, saltando dois muros, um deles com seis metros é de uma gravidade extrema”, disse Rita Júdice. As primeiras declarações da governante sobre o caso da fuga dos cinco reclusos de Vale de Judeus, em Alcoentre, no sábado, aconteceram esta terça-feira, no Ministério da Justiça, 78 horas depois. “Quero, por isso, deixar registado o meu agradecimento a quem, nas últimas 72 horas trabalhou incessantemente para podermos estar aqui agora.

E, por isso, agora, só agora, entendo ser o momento para falar”, justificou-se a ministra. Enquanto ministra da Justiça, entendi ser crucial dar espaço à investigação, não contribuindo para o ruído de fundo, que surge sempre nestes momentos. Ao mesmo tempo procurei reunir toda a informação possível, ouvir as explicações. Falar por falar não é meu timbre”.

“Dos relatos recebidos vimos desleixo, vimos facilidade, vimos irresponsabilidade e vimos falta de comando. Também vimos decisões erradas ou ausência de decisões nos anos mais recentes. Apesar das zonas cinzentas e perguntas sem resposta que subsistem, já tenho respostas que me permitem tirar conclusões e decidir. Temos fundamento para concluir que a fuga de cinco reclusos resultou de uma cadeia sucessiva de erros e falhas muito graves, grosseiras, inaceitáveis que queremos irrepetíveis. Esta é a minha primeira conclusão: este episódio não traduz uma cultura de segurança e de exigência”, acusou a titular da pasta da Justiça.

Em causa a fuga de cinco reclusos, no sábado, do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa. A fuga foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09h56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.

Rita Alarcão Júdice explicou o relatório preliminar sobre a fuga dos cinco reclusos durante 10 a 12 minutos, apresentando de seguida as suas próprias conclusões e as decisões.

Essa fuga foi orquestrada: não resultou do aproveitamento de uma distração, não foi uma fuga oportunista. Foi, como garantem os peritos de segurança, um plano preparado com tempo, com método e com ajuda de terceiros. A terceira conclusão é a de que a recuperação da confiança no sistema prisional vai exigir a responsabilização a vários níveis e o reforço da fiscalização ao sistema prisional”, explicou a ministra.

“Aguardo o desfecho de outras investigações em curso e do processo de auditoria que está a ser levado a cabo pelo Serviço de Auditoria e Inspeção, da DGRSP, cujo trabalho deverá estar concluído dentro de um mês. Não hesitarei em dar impulso aos processos disciplinares ou penais que se revelem necessários”, disse ainda a ministra.

Na conferência de imprensa estavam ainda presentes a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, que tem a tutela das prisões, e o inspetor-geral dos Serviços de Justiça, Gonçalo Cunha Pires. Esta terça-feira, o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais demitiu-se. Rui Abrunhosa Gonçalves pôs esta manhã o lugar à disposição da ministra da Justiça e Rita Alarcão Júdice aceitou a demissão.

Na reunião realizada com a tutela, Rui Abrunhosa Gonçalves apresentou a Rita Júdice o relatório preliminar sobre a fuga dos cinco reclusos do Estabelecimento prisional de Vale dos Judeus, no sábado. O documento aponta falhas graves de segurança. Rui Abrunhosa foi nomeado para chefiar os serviços prisionais em agosto de 2022. É doutorado em Psicologia da Justiça, pela Universidade do Minho, onde é professor associado com agregação.

Além deste relatório, fonte do Ministério da Justiça salientou que está em curso outro inquérito interno dirigido por um magistrado do Ministério Público, no âmbito do Serviço de Auditoria e Inspeção da DGRSP, e que “estará pronto dentro de um mês”.

Já sobre o relatório e as informações entretanto apuradas sobre a fuga e as falhas de segurança, a DGRSP limita-se a indicar que essa matéria “está a ser objeto de averiguação interna por parte dos Serviços de Auditoria e Inspeção, coordenado por Magistrado do Ministério Público, bem como pelos Órgãos de Policia Criminal competente”, sublinhando que, por agora, “não é suscetível de partilha pública”.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos. Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

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Luísa Oliveira assume direção-geral da Henkel Consumer Brands na Henkel Ibérica

  • + M
  • 10 Setembro 2024

Há cerca de 25 anos na dona das marcas Loctite, Persil e Schwarzkopf, Luísa Oliveira desempenhou diferentes cargos com responsabilidades nas áreas de marketing e vendas, em Portugal, Alemanha e Itália

Luísa Oliveira, diretora-geral da Henkel Consumer Brands em Portugal, foi nomeada diretora-geral de Consumer Brands da Henkel Ibérica. Nas novas funções, vai liderar o negócio da multinacional em Portugal e Espanha.

“Assumo este desafio com grande entusiasmo e estou muito grata pela confiança que a empresa depositou em mim para este novo cargo. Estou certa que, com o trabalho conjunto das pessoas que fazem parte desta equipa, continuaremos a crescer nas nossas categorias e mercados, e continuaremos a criar valor para os nossos consumidores, parceiros comerciais e acionistas. Com uma equipa ibérica criaremos sinergias em várias dimensões e faremos todos os esforços para evoluir para uma equipa única e unida entre Espanha e Portugal”, afirma citada em comunicado a responsável.

Há cerca de 25 anos na dona das marcas Loctite, Persil e Schwarzkopf, entre várias outras, Luísa Oliveira desempenhou diferentes cargos com responsabilidades nas áreas de marketing e vendas, em países como Portugal, Alemanha e Itália.

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Ventura diz que Marcelo deve ser coerente e marcar eleições se orçamento for chumbado

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

"O Presidente da República pode manter o país sem orçamento, pode, mas acabará o seu mandato em absoluta discórdia e em absoluta desgraça", disse o presidente do Chega.

O presidente do Chega defendeu esta terça-feira que o Presidente da República deve ser coerente com o que fez com o último Governo e marcar novas eleições legislativas caso o Orçamento do Estado para o próximo ano seja chumbado no parlamento.

O Chega não quer eleições, quer estabilidade. Porém, o Presidente da República, há dois anos, disse que o país não pode viver sem orçamento. Ontem, ou anteontem, voltou a dizer que o país não pode viver sem orçamento. O que é que isto significa? Que não há outra solução, a não ser que Marcelo Rebelo de Sousa decida formar ou um governo presidencial, ou decida manter o país em duodécimos num momento em que está a executar o PRR, que estamos a receber fundos europeus, que estamos em ano de alterações fiscais importantes, quer a nível municipal, quer estadual. Acho que o país não pode viver em duodécimos”, defendeu.

O líder do Chega falava aos jornalistas antes de uma visita ao Museu da Seda de Castelo Branco, no âmbito das jornadas parlamentares do partido. Esta, que foi a única visita e o último ponto das jornadas, não pôde ser acompanhada pela comunicação social. André Ventura argumentou que “o Presidente da República pode manter o país sem orçamento, pode, mas acabará o seu mandato em absoluta discórdia e em absoluta desgraça” e questionou Marcelo Rebelo de Sousa “se quiser ficar para a história como o Presidente que com um partido tomou uma decisão, e com outro, ou com outro primeiro-ministro tomou outra porque era mais amigo dele”.

O dirigente político sustentou que o chefe de Estado deve dissolver novamente o parlamento se “for garantido que não há nenhumas condições políticas de um novo orçamento”, indicando que o Chega está “sempre disponível para encontrar novas condições políticas”. Ventura admitiu que o Governo poder apresentar um orçamento novo, mas precisa de garantia de aprovação por parte da oposição.

“Ou o Governo percebe que tem que negociar a sério em matérias estruturais, como a imigração, o combate à corrupção, a descida de impostos, ou podem apresentar um, dois, três, quatro, cinco, seis, podemos ir até 100 [orçamentos], nenhum passará”, salientou. Questionado se admite sentar-se à mesa das negociações com o primeiro-ministro se este participar em futuras reuniões sobre o Orçamento do Estado, Ventura respondeu que neste momento não há “mais nada para falar”, mas disse que não se furta a nenhuma reunião, desde que tenha “sentido político”.

O líder do Chega disse também que se “a ideia não é construir nada” e depois Montenegro andar “de braço dado com Pedro Nuno Santos”, recusa alinhar em reuniões “a fingir”. André Ventura voltou a desafiar o Governo a apresentar um orçamento retificativo “até ao fim do ano”, caso o Orçamento do Estado para 2025 seja chumbado, defendendo que um “retificativo não é oposto de eleições”.

“O orçamento retificativo permitirá resolver imediatamente questões urgentes, como o apoio aos pensionistas, como o apoio às forças militares e de segurança, como a descida de impostos. Se estas são as questões que o Governo quer mesmo resolver, então que faça o retificativo. Tem o apoio do Chega, nem precisa do PS. Porquê que não quer? Porque quer confundir o país com o orçamento do Estado. E quer dizer que a responsabilidade de não ter havido o aumento A, o aumento B, o aumento C, é do Chega”, atirou.

André Ventura indicou ainda que a delegação do Chega que participará na reunião de quarta-feira será comporta pelo líder parlamentar, Pedro Pinto, e pelos coordenadores do partido nas comissões de Orçamento e Finanças, Rui Afonso, e de Economia, Filipe Melo.

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