UNEF lança o concurso Photovoltaic para sensibilizar para a integração ambiental da energia solar

  • Servimedia
  • 19 Agosto 2024

A União Fotovoltaica Espanhola lançou o IV Concurso Fotográfico PHOTOvoltaic com o objetivo de dar a conhecer, os elevados padrões de integração ambiental dos projetos fotovoltaicos em Espanha.

O concurso realiza-se por ocasião do 11.º Fórum Solar, que terá lugar nos dias 9 e 10 de outubro de 2024, e destina-se a particulares com um prémio de 600 euros.

Nesta quarta edição, qualquer pessoa pode participar com uma fotografia que ilustre a coexistência da biodiversidade com projetos de energia solar no terreno. Para o efeito, devem marcar a UNEF no Twitter e no Instagram com fotografias que tenham tirado de instalações fotovoltaicas. Além disso, devem enviar a fotografia para “[email protected]”, indicando o seu nome e apelido, localização e, se conhecido, o nome da instalação antes de 20 de setembro de 2024.

As centrais solares fotovoltaicas instaladas no solo são um dos pilares fundamentais para a descarbonização e a independência energética, graças à sua capacidade de gerar energia limpa e renovável a um custo muito baixo e à flexibilidade e rapidez com que podem ser implementadas.

Mesmo tendo em conta todas estas vantagens, para que a implantação de centrais solares resulte no máximo benefício para a sociedade e também para as comunidades solares em que são instaladas, a UNEF assegurou que “reforça os padrões de transparência, participação e sustentabilidade social e ambiental através do Selo de Excelência em Sustentabilidade”.

A União Fotovoltaica Espanhola (UNEF) é a associação setorial da energia solar fotovoltaica em Espanha. Composta por cerca de 800 empresas, entidades e grupos de toda a cadeia de valor da tecnologia, representa mais de 90% da atividade do setor em Espanha e reúne praticamente todos eles: produtores, instaladores, empresas de engenharia, fabricantes de matérias-primas, módulos e componentes, distribuidores e consultores.

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#11 As férias de Vasco Pedro. Uma mala cheia de livros e ‘insights’

  • ECO
  • 19 Agosto 2024

O CEO da Unbabel admite que nem sempre é possível desligar do trabalho mesmo em férias, mas impõe regras: tem horários específicos para responder a emergências.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “As férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

A vida de CEO de uma scaleup em crescimento nem sempre permite desligar do trabalho durante as férias, mas em nome do equilíbrio vida-trabalho Vasco Pedro, da Unbabel, impõe regras. “Estabeleço horários específicos para responder a emergências. Acima de tudo, confio na competência da minha equipa e delego responsabilidades para minimizar a necessidade de intervenções frequentes”, diz.

Férias é também oportunidade para uma reflexão sobre “o meu próprio desenvolvimento e crescimento e perceber se estou alinhado com as minhas metas profissionais e pessoais. Este momento frequentemente traduz-se em insights inovadores que podem não surgir no dia a dia.”

Que livros, séries e podcasts vai “levar na bagagem de férias” e porquê?

Entre os livros, “The Age of AI: And Our Human Future” de Henry A. Kissinger, Eric Schmidt e Daniel Huttenlocher, que oferece uma análise profunda sobre o impacto da inteligência artificial na humanidade e o seu futuro. Outro livro essencial é “How Leaders Learn: Master the Habits of the World’s Most Successful People” de George Hallenbeck, uma leitura indispensável para compreender os hábitos que definem líderes bem-sucedidos, e “CEO Excellence: The Six Mindsets That Distinguish the Best Leaders From the Rest”, de Carolyn Dewar, Scott Keller e Vikram Malhotra, para entender as mentalidades que diferenciam os melhores líderes. Por fim, “Lifespan: Why We Age – and Why We Don’t Have To” de David A. Sinclair, que explora as possibilidades de aumentar a longevidade humana.

Em termos de séries, “Black Mirror” é uma escolha óbvia, já que explora as consequências éticas e sociais das tecnologias emergentes. Vou também levar “Silicon Valley”, que, apesar do tom humorístico, oferece uma visão perspicaz do ecossistema das startups tecnológicas. Nos podcasts, “The Knowledge Project” de Shane Parrish e “How I Built This”, de Guy Raz, que traz inspiração com histórias de empreendedores bem-sucedidos.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Embora a importância de um verdadeiro descanso seja indiscutível, nem sempre é viável desligar completamente, especialmente em posições de liderança. Durante as férias, adoto uma abordagem equilibrada e estabeleço horários específicos para responder a emergências. Acima de tudo, confio na competência da minha equipa e delego responsabilidades para minimizar a necessidade de intervenções frequentes.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Definitivamente. Afastado da rotina diária, é possível obter uma perspetiva mais clara e abrangente sobre os desafios e oportunidades e, durante este período, gosto de reavaliar os objetivos a longo prazo da empresa e considerar novas estratégias para os alcançar. Além disso, é uma oportunidade para refletir sobre o meu próprio desenvolvimento e crescimento e perceber se estou alinhado com as minhas metas profissionais e pessoais. Este momento frequentemente traduz-se em insights inovadores que podem não surgir no dia a dia.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Para o futuro próximo, vários temas emergem como cruciais para o setor da tecnologia e da inteligência artificial. A evolução contínua da IA e da aprendizagem de máquinas vai trazer avanços significativos na precisão e eficiência das soluções automatizadas. A ética e a transparência no uso da IA serão fundamentais, à medida que a sociedade exige maior responsabilidade das empresas tecnológicas.

Além disso, a integração da IA com outras tecnologias emergentes, como blockchain, e a realidade aumentada vão, sem dúvida, transformar o setor. Também a globalização e a crescente necessidade de comunicação multilingue em ambientes corporativos e sociais exigirão soluções mais sofisticadas e personalizadas. Resumidamente, acredito que o cruzamento entre inovação tecnológica, responsabilidade ética e procura global vai delinear o rumo do setor na próxima temporada.

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Despedimentos coletivos aumentam mais de 30% nos primeiros seis meses do ano

Em seis meses deram entrada 250 processos de despedimento coletivo. São mais 60 do que há um ano, o equivalente a um aumento de quase 32%. Abrandamento das economias ajuda a explicar este disparo.

O primeiro semestre do ano foi sinónimo de um aumento dos despedimentos coletivos, tanto em comparação com os seis meses anteriores, como face ao registado há um ano. De janeiro a junho, deram entrada 250 processos deste tipo, sendo que há quatro anos que não se registavam tantos despedimentos coletivos num primeiro semestre.

De acordo com os dados disponibilizados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), só em junho foram comunicados 41 despedimentos coletivos, o que levou o total registado nos primeiros seis meses do ano a chegar aos 250 processos.

Destes, a maioria diz respeito a pequenas empresas (112) e a microempresas (79), como já vem sendo “tradição” no mercado de trabalho português. Já entre as médias empresas, foram comunicados 39 processos deste tipo. E entre as grandes empresas, 24.

Em comparação, há um ano tinham sido registados 190 despedimentos coletivos entre janeiro e junho, como mostra o gráfico abaixo.

Há quatro anos que um primeiro semestre não trazia tantos despedimentos coletivos

Fonte: DGERT

Resultado: a primeira metade de 2024 ficou marcada por um disparo homólogo de quase 32% destes processos, de acordo com as contas do ECO.

É mesmo preciso recuar a 2020 para encontrar um primeiro semestre com mais despedimentos coletivos, sendo que esse ano ficou marcado por um enquadramento muito excecional: a pandemia.

E também em cadeia houve um aumento dos despedimentos coletivos, ainda que bem menos significativo. Na segunda metade de 2023, tinham sido comunicados 241 despedimentos coletivos. Ou seja, o primeiro semestre de 2024 trouxe um agravamento em cadeia de 3,7% destes processos.

Quanto aos setores mais afetados, a DGERT não analisa os dados semestrais, mas os relatórios trimestrais permitem perceber que as indústrias transformadoras e o comércio (por grosso e a retalho) têm sido as atividades mais afetadas.

Tal não é de estranhar já que os economistas têm argumentado que este aumento dos despedimentos coletivos está ligado ao abrandamento das economias e ao consequente impacto nas exportações e no consumo.

Os especialistas acreditam, por isso, que a aceleração económica esperada para o segundo semestre trará consigo uma melhoria deste cenário, que consideram não ser um sinal de alerta (pelo menos, para já).

2.906 já despedidos

Photographer: Udit Kulshrestha/Bloomberg

Os relatórios publicados pela DGERT permitem também perceber, em concreto, quantos trabalhadores estão a ser prejudicados por este aumento dos despedimentos coletivos. Até junho, 2.906 tinham sido já despedidos. E 3.123 trabalhadores a despedir, no âmbito destes processos. Face há um ano, estão em causa aumentos, respetivamente, de 55% e 56%.

Só em junho, foram despedidos 254 trabalhadores, dos quais 151 eram mulheres. Mais uma vez, as indústrias transformadoras estão em destaque, com 153 desses trabalhadores despedidos.

Já quanto aos motivos que levaram a esses despedimentos no sexto mês do ano, a redução de pessoal é a causa mais frequente (206 dos 254 trabalhadores despedidos, o correspondente a 81%), seguindo-se o encerramento de uma ou várias secções (10%) e o encerramento definitivo (9%).

Convém explicar que o trabalhador que seja abrangido por um processo de despedimento coletivo tem direito a uma compensação que é equivalente a 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade.

No entanto, na primavera do ano passado, entraram em vigor alterações ao Código do Trabalho que elevaram para 14 dias essas compensações, ainda que com efeitos apenas a partir de 1 de maio de 2023.

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As empresas são atualmente responsáveis por dois em cada três euros de investimento em I&D na Catalunha

  • Servimedia
  • 19 Agosto 2024

As empresas catalãs ultrapassaram os 3.000 milhões de euros de investimento em I&D pela primeira vez, liderando o aumento do investimento nesta área na Catalunha para mais de 4.800 milhões de euros.

Assim, quase dois em cada três euros investidos em I&D na região (63%) provêm do setor empresarial, o valor mais elevado desde 2006 e mais de 4 pontos percentuais acima dos níveis de cinco anos antes, de acordo com dados de 2022, o último ano com dados disponíveis.

Dentro do mundo empresarial, as grandes empresas são as que concentram os maiores investimentos no domínio da I&D, o que coloca alguns dos seus centros de inovação de referência na Catalunha.

Dois dos exemplos mais recentes são a IAG e a Sony, que anunciaram recentemente a abertura de centros de desenvolvimento na região, em ambos os casos ligados à Inteligência Artificial (IA). A companhia aérea anunciou em junho que vai abrir um laboratório de IA em Barcelona com 150 trabalhadores. Este centro já está operacional em Viladecans, começará com 70 trabalhadores e trabalhará para todo o grupo, desenvolvendo soluções e ferramentas para melhorar a eficiência das operações da empresa.

A Sony vai também abrir um novo centro de desenvolvimento de IA em Barcelona, o segundo na Europa, anunciou o departamento empresarial do governo catalão. O novo centro funcionará como o centro de IA da Sony na região e centrar-se-á no desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial que apoiem os cientistas em investigações complexas para acelerar novas descobertas.

Para além dos centros centrados na IA, várias empresas com capacidade industrial redobraram o seu empenho na investigação na Catalunha nos últimos anos.

A Europastry anunciou no início deste ano que investiu 6,5 milhões de euros num novo centro em Barberà, com uma área total de 2 500 metros quadrados e quatro linhas de produção para desenvolver produtos em pequena escala que podem ser extrapolados para linhas de produção maiores, se forem bem sucedidos.

O espaço emprega 90 pessoas, incluindo profissionais de I&D, engenheiros e padeiros, que projectam e concebem futuros produtos utilizando os últimos avanços tecnológicos e matérias-primas da mais alta qualidade. Este é o segundo centro aberto pela empresa em Barcelona, juntamente com o que foi inaugurado em 2016 em Sant Joan Despí, que se tornou o primeiro do género no setor a nível mundial.

Outra empresa líder neste domínio na região é a Fluidra, líder mundial em equipamentos de piscina e bem-estar e soluções conectadas. A empresa lançou a primeira fase do seu novo centro de I&D&I para a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) em Polinyà, cujo projeto de construção teve início no último trimestre de 2021.

A empresa explicou em comunicado que concentrar a I&D num único local é uma vantagem em termos de eficiência de recursos, comunicação mais fluida, um foco estratégico mais claro, melhor controlo de qualidade e uma resposta mais rápida às mudanças, entre outras vantagens.

Outro exemplo é o da Danone, que anunciou a abertura de um novo centro tecnológico em Barcelona, em 2022, para desenvolver projetos de inovação e digitalização dos processos operacionais de negócio do grupo, com um total de 35 funcionários. A empresa afirmou que este centro permitirá à empresa “coordenar projetos digitais que serão escalados globalmente”.

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Modelo de financiamento da Aicep não vai contar com reembolsos de fundos europeus

Modelo de financiamento da Aicep já não faz sentido. Receitas próprias não cobrem custos de financiamento. Todos os anos há a discussão de como dotar a Aicep de verbas, dizem os especialistas ao ECO.

Desde que entrou em funções, a nova administração da Aicep tem duas tarefas atribuídas: rever os estatutos da agência e definir um novo modelo de financiamento. Cerca de dois meses depois, o Ministério da Economia considera que é prematuro avançar com detalhes sobre a forma de colmatar a ausência crónica de fontes de financiamento da agência, mas o ECO sabe que estará fora de questão recorrer aos reembolsos dos fundos europeus.

“Relativamente ao modelo de financiamento da Aicep estão atualmente em curso os trabalhos de preparação do Orçamento da Aicep para 2025, e neste momento é prematuro avançar com qualquer informação adicional”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia.

Este novo modelo de financiamento visa “dar sustentabilidade, estabilidade e previsibilidade à gestão da Agência, bem como assegurar os recursos necessários à reorganização e reforço da sua rede externa e do regime contratual de investimento”, lê-se na Resolução de Conselho de Ministros publicada em Diário da República a 4 de junho.

Relativamente ao modelo de financiamento da Aicep estão atualmente em curso os trabalhos de preparação do Orçamento da Aicep para 2025, e neste momento é prematuro avançar com qualquer informação adicional.

Fonte oficial do Ministério da Economia

Presentemente, a Aicep é financiada pela comissão de gestão que recebe do Estado pelos serviços prestados: captação de investimento; aumento das exportações e promoção externa da economia. Assim, a comissão é calculada em função do “saldo do investimento acompanhado” pela agência, ou seja, “o somatório dos valores efetivamente investidos que hajam sido objeto de apoios e incentivos de qualquer natureza contratados, e que estejam em acompanhamento pela Aicep”, em função do aumento das exportações e dos custos de manutenção da rede externa.

As receitas da Aicep são ainda constituídas por juros, dividendos e remunerações de capital, dotações do Orçamento do Estado para projetos especiais a cargo da Aicep e remunerações por serviços especiais prestados às empresas e ainda rendimentos decorrentes da gestão do seu património (mobiliário e imobiliário), venda de publicações e empréstimos que seja autorizada a contrair.

Até hoje, estas receitas têm-se revelado insuficientes para assegurar a atividade da Aicep e por isso a nova administração foi incumbida de apresentar um novo modelo. O ECO falou com vários especialistas nesta área para tentar perceber que tipo de receitas adicionais poderia alimentar o orçamento da agência. Uma das possibilidades seria recorrer aos reembolsos dos fundos dos quadros comunitários anteriores, mas essa parece ser uma hipótese que o atual Executivo parece ter descartado à partida, ao que o ECO apurou.

Os reembolsos dos fundos também foram uma opção excluída para financiar o novo sistema de incentivos a “investimentos em setores estratégicos”, no âmbito do Regime Contratual de Investimento (RCI) e ao abrigo do Quadro Temporário de Crise e Transição, criado em março, com um “orçamento estimado de mil milhões de euros”. Um montante que será suportado pelo Orçamento do Estado, receitas próprias da Aicep e saldos de receitas próprias dos organismos da área governativa da economia, “exceto os provenientes de saldos de reembolsos de beneficiários de fundos europeus, bem como em fundos europeus, em função da sua elegibilidade e da natureza dos investimentos”.

Há um problema de sustentabilidade financeira. As receitas próprias não cobrem os custos de financiamento e todos os anos há a discussão de como dotar a Aicep de receitas”, contou ao ECO uma fonte conhecedora do dossier. No passado já foi o IAPMEI o organismo que tinha por responsabilidade suprir a Aicep, mas desde que deixou de ter acesso às verbas dos reembolsos do QREN passaria a ser a Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), mas isso, devido às regras contabilísticas, tornava a Aicep deficitária.

Uma das soluções poderia passar por usar o fundo de modernização do comércio que está constituído e tem receita ou criar um novo fundo que, para não ter problemas de sustentabilidade, tem de ter fontes de receita que o alimente, caso contrário esgotar-se-á rapidamente. Mas este fundo teria de ter uma dotação de milhões de euros, explicou o especialista.

O modelo de financiamento da Aicep já não faz sentido tendo em conta que foi desenhado num contexto muito distinto”, sublinhou outra fonte. “Os recursos são insuficientes para captar investimento estrangeiro e promover as exportações, um esforço que é muito diferente face há 20 anos”, acrescentou. Por isso, o primeiro passo é “clarificar o papel da Aicep”, depois “clarificar os seus recursos para que seja mais forte e introduza previsibilidade”, recursos que, no entender deste especialista, devem ser assegurados pelo Orçamento do Estado.

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Fogo mantém três frentes ativas na Madeira

  • Lusa
  • 18 Agosto 2024

O incêndio rural que lavra na Madeira desde quarta-feira mantém três frentes ativas, anunciou o presidente do Governo Regional, referindo que há 160 pessoas retiradas das suas casas por precaução.

O incêndio rural que lavra na Madeira desde quarta-feira mantém ao final da tarde de domingo três frentes ativas, anunciou o presidente do Governo Regional, referindo que há 160 pessoas em equipamentos públicos após terem sido retiradas das suas casas por precaução. Numa conferência de imprensa para balanço da situação pelas 19h00, Miguel Albuquerque disse que em causa estão as frentes da Serra de Água e Encumeada, no concelho da Ribeira Brava, e no Paul da Serra, já no município da Calheta.

As 160 pessoas retiradas das residências têm todas “condições mínimas de conforto e estão acompanhadas do ponto de vista médico e social“. “Foram retiradas tendo em vista razões de precaução, sobretudo para evitar a inalação de fumos”, afirmou o governante, sublinhando que “até agora não houve qualquer vítima a lamentar, não há qualquer habitação consumida pelo fogo, não houve qualquer destruição de infraestruturas essenciais”, inclusive a central elétrica da Serra de Água.

A prioridade no combate às chamas é “a salvaguarda de pessoas e bens”, tendo a situação mais grave sido registada à noite, no Curral das Freiras, concelho de Câmara de Lobos. Depois de deflagrar na quarta-feira na Serra de Água, na Ribeira Brava, foi a este município que as chamas alastraram primeiro.

Segundo Miguel Albuquerque, estão a ser feitas faixas e contenção do fogo no Paul da Serra e junto à Estalagem da Encumeada, sendo a previsão meteorológica para as próximas horas “mais favorável” às operações.

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Fogo perto de habitações na Serra de Água e estão a ser retirados moradores

  • Lusa
  • 18 Agosto 2024

O incêndio que atinge a Madeira desde quarta-feira está "próximo de habitações" na freguesia da Serra de Água, concelho da Ribeira Brava, indicou o presidente da Câmara. Há zonas evacuadas.

O incêndio que atinge a Madeira desde quarta-feira está “próximo de habitações” na freguesia da Serra de Água, concelho da Ribeira Brava, indicou este domingo o presidente da Câmara, referindo que algumas zonas já foram evacuadas. Em declarações à agência Lusa, Ricardo Nascimento disse que a situação mais preocupante neste momento no município é a registada na Serra de Água e que o fogo “está mesmo próximo das habitações”.

Estamos também apreensivos porque dá a sensação de que o lume se dirige para a zona da Furna, na freguesia da Ribeira Brava, a oeste da Serra de Água“, afirmou. “A ideia é mesmo evacuar, tentar resolver os incêndios e a seguir, se tiver as condições normais, as pessoas voltarem às habitações“, reforçou.

A presidente da Junta de Freguesia da Serra da Água disse que as pessoas estão a ser retiradas das casas “por precaução”. Albertina Ferreira, que tem estado no terreno e estava atarefada nesta ação, adiantou que esta tarde foram retiradas das suas habitações cerca de 20 pessoas, “sobretudo idosos e acamados” de diversos sítios da freguesia, nomeadamente do Pinheiro, Eira da Moura, Fajã dos Vinháticos.

A autarca realçou que a situação “piorou porque as montanhas estão ligadas umas às outras, o que permite a propagação do fogo” e o vento continua um fator que dificulta o combate ao incêndio. A responsável indicou, contudo, que o fogo ainda não estava a ameaçar casas”.

Até à manhã deste domingo não havia registo de habitações atingidas pelo incêndio, apenas palheiros ou “algum imóvel devoluto”, segundo o presidente da Câmara da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento.

À Lusa, o autarca deu também conta de um outro incêndio que está ativo na zona do Lugar da Serra, na freguesia do Campanário, em área florestal, longe de habitações. Ricardo Nascimento diz que deverá tratar-se de um caso de fogo posto, independente do incêndio que lavra desde quarta-feira.

A Madeira está a ser atingida por um incêndio que deflagrou na manhã de quarta-feira na Serra de Água, numa zona de difícil acesso, e alastrou depois ao município vizinho de Câmara de Lobos.

Pelo menos 160 pessoas foram retiradas das suas habitações devido ao incêndio, nos dois concelhos, disse hoje à Lusa fonte da Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira.

De acordo com o mais recente balanço divulgado pelo Serviço Regional de Proteção Civil, às 08h30, estavam ativas três frentes, nas áreas do Curral das Freiras e Fajã das Galinhas, no concelho de Câmara de Lobos, e na Serra de Água, no município contíguo a oeste, Ribeira Brava. A Proteção Civil voltará a fazer um balanço oficial às 19h00.

As chamas estavam de manhã a ser combatidas por 120 operacionais de todos os corpos de bombeiros da região, apoiados por 43 veículos e o meio aéreo que já iniciou as operações, sendo que o arquipélago conta a partir de hoje com o apoio dos 76 elementos da força conjunta da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

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Filhos de nº dois do BES tentam desbloquear fundos congelados

  • ECO
  • 18 Agosto 2024

Amílcar Morais Pires doou 8,9 milhões de euros aos filhos já depois da queda do BES. Fundos foram arrestados e agora os dois filhos do braço direito de Salgado tentam libertar esses fundos.

Os dois filhos de Amílcar Morais Pires estão a tentar descongelar 8,9 milhões de euros de fundos doados pelo pai já depois da falência do BES, em agosto de 2014, revela o jornal Público (acesso pago). O juiz Carlos Alexandre mandou congelar aqueles fundos em março de 2019, no âmbito do processo principal do BES e agora está pendente no Tribunal da Relação de Lisboa um recurso par libertar os 8,9 milhões de euros.

Segundo as informações apuradas pelo Público, o arresto daqueles fundos resultou das informações obtidas pela Autoridade Tributária junto das autoridades suíças e percebeu que o antigo administrador financeiro do BES e número dois de Salgado tinha realizado um conjunto de transferências das suas contas para contas correntes, também na Suíça, em nome dos dois filhos. Foram transferências entre setembro de 2014 e maio de 2015.

Primeiro, Carlos Alexandre considerou que teria havido uma tentativa de dissipação de património por parte de Morais Pires. Depois, em junho de 2020, o Ministério Público autonomizou o caso das transferências, considerando que poderiam constituir crime, os filhos foram constituídos arguidos, mas o processo viria depois a ser arquivado. E agora, após várias intervenções judiciais, desde logo a consideração de que o arresto deveria manter-se afeto ao processo principal do BEs, os dois filhos pedem a libertação daqueles fundos

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Convenção democrata vai coroar Kamala Harris

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Agosto 2024

A menos de três meses das eleições, os democratas estão em ligeira vantagem após “renovarem” os candidatos. Com Biden, a derrota era certa, agora, sabem apenas que podem ganhar uma corrida renhida.

Até há quatro semanas, a Convenção Nacional Democrata deveria terminar com a confirmação de Joe Biden como (re)candidato à Casa Branca, apesar das sondagens o apontarem como o derrotado nas urnas em 5 de novembro. Mas um mês imprevisível, em que o republicano Donald Trump foi atingido a tiro num comício e, dias depois, o Presidente em exercício dos EUA desistiu da corrida, faz com que Biden, na noite desta segunda-feira, suba ao palco do United Center de Chicago apenas para fazer o discurso de abertura da cerimónia que irá oficializar Kamala Harris e o seu running mate Tim Walz como a dupla do ticket dos democratas às presidenciais. E, agora, os democratas sabem que podem ganhar.

Pelo menos, é isso que indicam as sondagens nacionais. “Kamala Harris está a ter melhores percentagens do que Joe Biden até desistir da corrida no mês passado“, assinala James M. Lindsay, analista do Council on Foreign Relations (CFR), ao ECO. A plataforma RealClear, que calcula a média de 11 empresas de sondagens, mostra neste momento a atual vice-presidente à frente de Trump por um ponto percentual (47,9% versus 46,9%). Antes de Biden “passar a pasta” à sua número dois, o candidato republicano liderava por pouco mais de três pontos percentuais.

A candidata democrata à presidência, Kamala Harris, acena à multidão enquanto sobe ao palco durante um comício com o seu parceiro de corrida, o governador do Minnesota, Tim Walz, no Thomas and Mack Center da Universidade de Nevada Las Vegas, em 10 de agosto de 2024.EPA/BIZUAYEHU TESFAYE

A percentagem de Kamala Harris está, no entanto, muito abaixo dos números de Joe Biden há quatro anos, quando este encabeçava as sondagens contra Trump por quase sete pontos percentuais nesta fase da corrida. Apesar do momento favorável aos democratas e de a candidatura do partido estar a ter um bom desempenho nos swing states, “o facto de Harris estar atrás da posição de Biden em 2020 sugere que ainda precisa de recuperar terreno”, escreveu o também vice-presidente sénior do think tank, numa análise publicada no site do CFR na semana passada.

Com a convenção que arranca amanhã em Chicago, o ímpeto em torno de Harris e Walz nas sondagens deverá manter-se. É costume, aliás, ver uma subida nas intenções de voto no partido que acabou de realizar a sua cerimónia de “coroação” dos candidatos à Casa Branca – um cenário que se verificou após a Convenção Nacional Republicana, em meados de julho, e que beneficiava também do ataque contra Trump, ocorrido dois dias antes.

Mas, “neste momento, as sondagens não significam grande coisa“, aponta Vasco Rato. Em declarações ao ECO, o ex-presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) entre 2014 e 2020 considera que, com Joe Biden, a corrida estava perdida para os democratas – inclusive, provavelmente, no Senado e na Câmara dos Representantes. A sua desistência significa apenas que “uma derrota certa passou a ser uma possibilidade de vitória“. Ou seja, o Partido Democrata “não sabe se ganha, mas sabe que pode ganhar”.

Um partido preocupado e desmobilizado transformou-se, assim, em eleitorado tendencialmente democrata unido e entusiasmado no apoio a Kamala Harris – incluindo afro-americanos e latinos junto de quem, segundo algumas sondagens, Trump recolhia até 20% das intenções de votos. “O facto de ser mais jovem e de ser vista como mais enérgica ajuda-a junto dos democratas e dos norte-americanos que não quiseram votar em Biden ou no antigo presidente Donald Trump”, além de também beneficiar da “suposição que alguns, ou talvez muitos, eleitores democratas e independentes possam ter de que ela não fará as coisas de que não gostaram no mandato de Biden”, justifica James M. Lindsay.

O que está a acontecer agora é que o Partido Democrata não sabe se ganha, mas sabe que pode ganhar. Portanto, uma derrota certa passou a ser uma possibilidade de uma vitória.

Vasco Rato

Ex-presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD)

Isto evidencia, segundo Vasco Rato, que o aumento das intenções de voto na dupla Harris/Walz “não se deve necessariamente à conquista de novos eleitores, mas de eleitores do Partido Democrata que mais uma vez estão mobilizados e que dizem, nos inquéritos, que vão votar, enquanto antigamente diziam ‘não estou para isso'”. Acresce que o que conta são os votos dos 538 grandes eleitores do Colégio Eleitoral e não os votos a nível nacional – Donald Trump venceu Hillary Clinton em 2016 por ter conquistado a maioria dos votos no Colégio Eleitoral, embora não tenha recebido o maior número de votos da população.

As eleições norte-americanas jogam-se, essencialmente, nos seis swing states, assim chamados por serem estados que tendem a mudar de partido a cada eleição, tidos por isso como determinantes para o resultado eleitoral. São eles o Wisconsin, o Michigan e a Pensilvânia, no norte do Estados Unidos, e a Georgia, o Nevada e o Arizona, no sul do país, onde Kamala Harris e Donald Trump têm surgido empatados nas sondagens e, em alguns casos, com a democrata ligeiramente à frente do republicano, mas sempre dentro da margem de erro. No seu conjunto, os seis estados têm 77 grandes eleitores no Colégio Eleitoral.

Para Vasco Rato, que é também doutorado em Ciência Política pela Universidade de Georgetown, em Washington, só vale a pena olhar para as sondagens a partir do debate entre os dois candidatos à Casa Branca, agendado para 10 de setembro. Por agora, e mesmo no início do próximo mês, ainda se viverá “uma espécie de bolha em volta do entusiasmo” com a candidatura dos democratas. Contudo, Kamala Harris ainda não deu qualquer entrevista, pelo que “o escrutínio vai começar após o debate”, acrescenta.

Numa altura em que a campanha continua a ser dominada pelas personalidades que estão na corrida e não pelas suas propostas políticas, “Trump, obviamente, vai tentar encostar Kamala Harris à parede” no primeiro frente a frente entre ambos, antecipa o ex-presidente da FLAD ao ECO, notando também que os democratas ainda não apresentaram qualquer medida e as que estão a ser avançadas informalmente são “contraditórias” com o que a atual vice-presidente dos EUA advogou no passado.

Quer Vasco Rato, quer James M. Lindsay concordam que a única certeza, neste momento, é que as eleições de 5 de novembro serão renhidas, à semelhança do passado recente. “Quem ganhar, ganhará por pouco”, resume o professor português.

Democratas temem repetição de violência de 1968

A 7 de agosto, Kamala Harris foi interrompida por manifestantes pró-palestinianos quando falava num comício em Detroit, no estado de Michigan. Um cenário que se repetiu dias depois, desta vez num comício em Glendale, no Arizona. Agora, os democratas receiam que a convenção que arranca amanhã na cidade mais populosa do Illinois “possa ser perturbada por protestos, na rua ou no interior, sobre o apoio dos EUA” a Israel, explica o analista do CFR.

Localizada no centro do Midwest, Chicago tem sido vista como um oásis democrata numa região de zonas rurais, com população mais conservadora e menos instruída em relação ao resto do país, e que em 2016 foi crucial para a vitória de Donald Trump. Sob a Convenção Nacional Democrata que ali decorre até quinta-feira, 22 de agosto, pairam os protestos da convenção de 1968, que culminaram em dias de violência num ano marcado pelo assassinato de Martin Luther King Jr..

Vasco Rato antevê que, na “encenação” em que os democratas vão tentar transmitir a ideia de união em torno da candidatura de Kamala Harris, “a única questão que pode criar alguma perturbação é o que a ala esquerda do partido vai fazer, nomeadamente, aquelas pessoas que se têm manifestado em prol dos palestinianos”. “Teme-se o sintoma de 1968 (…), é o pior que pode acontecer“, sublinha.

Os democratas receiam que a convenção possa ser perturbada por protestos, na rua ou na sala de convenções, sobre o apoio dos EUA a Gaza.

James M. Lindsay

Analista e vice-presidente sénior do Council on Foreign Relations

Além do discurso inaugural de Joe Biden, estão programados discursar a ex-secretária de Estado e antiga candidata presidencial Hillary Clinton e os ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama. A noite de quarta-feira será dedicada à escolha do candidato a vice-presidente, o governador do Minnesota, Tim Walz. A convenção culminará com o discurso de aceitação de Harris, na quinta-feira.

A atual vice-presidente dos Estados Unidos já garantiu a nomeação oficial pelos democratas, após uma votação virtual que decorreu no início de agosto e reuniu o voto da quase totalidade dos delegados. A antecipação desta “consagração” foi por forma a garantir que Kamala Harris cumpria os requisitos necessários em todos os 50 estados norte-americanos para aparecer no boletim de voto.

Por isso, independentemente do que aconteça no exterior do United Center de Chicago, a votação nominal na Convenção Nacional Democrata será mais simbólica do que substantiva.

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📹 Ajudas de Estado e Mercado Único europeu

A regulamentação das ajudas de Estado garante que os governos nacionais não concedem subsídios indevidos às empresas. A apoio público deve ser para áreas em que o mercado não dá resposta.

Um mercado único dinâmico da União Europeia é assegurado pela política de auxílios de Estado. A regulamentação das ajudas de Estado garante que os governos nacionais não concedem subsídios indevidos a determinadas empresas, o que poderia prejudicar o Mercado Único.

As empresas concorrem, assim, com base no mérito e o dinheiro dos contribuintes é gasto apenas onde e quando é necessário. O apoio financeiro público deve ser direcionado para áreas a que o mercado não possa ou não consiga dar resposta.

Veja como funciona.

http://videos.sapo.pt/sTaeEGhs5WZUzbYpClUg

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Rede social X fecha sede no Brasil

  • ECO
  • 17 Agosto 2024

O juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ameaçou prender os representantes da rede social X. Em resposta, o X decidiu fechar a sede no país.

A rede social X, antigo Twitter, anunciou este domingo que vai fechar o escritório no Brasil após acusar o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de “ameaçar” prender os seus representantes legais, caso não cumpram decisões judiciais. A plataforma, propriedade do empresário Elon Musk, divulgou, em comunicado publicado na mesma rede social, que De Moraes “não respeita a lei nem o devido processo legal”, ao emitir ordens de “censura” para remover os respetivos conteúdos.

Por essa razão a rede social X disse que encerrou o escritório para “proteger” os seus funcionários, embora tenha esclarecido que a plataforma continuará a funcionar no Brasil. “As decisões dele [De Morais] são incompatíveis com um governo democrático”, disse a plataforma, que publicou parte de uma decisão judicial emitida na sexta-feira, na qual a X foi obrigada a remover vários perfis.

No documento, o magistrado diz que a empresa não aceitou as ordens judiciais emitidas anteriormente e insiste que, se não forem cumpridas, a sua representante no Brasil enfrentará uma multa diária de 20 mil reais – cerca de 3.300 euros – e prisão por desobediência.

O próprio Musk acrescentou, noutra mensagem, que o magistrado “tem de sair” do cargo, e apoiou os apelos da extrema-direita brasileira para que fosse instaurado um processo de destituição contra De Moraes.

Alexandre de Moraes está à frente de uma investigação sobre a disseminação de notícias falsas e, quando presidiu ao Tribunal Superior Eleitoral, determinou a retirada de centenas de publicações na rede social X que questionavam a solidez do sistema eleitoral brasileiro no período que antecedeu as eleições de 2022.

Além disso, o magistrado lidera outra investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) por suposto envolvimento numa tentativa de golpe, após perder a eleição para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Estas investigações valeram-lhe a antipatia dos apoiantes do antigo presidente Bolsonaro, e o magistrado tornou-se alvo frequente de ataques durante manifestações de extrema-direita no Brasil.

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Mais de 100 bombeiros apoiados por 37 veículos combatem fogo na Madeira

  • Lusa
  • 17 Agosto 2024

Mais de 100 operacionais de todas as corporações de bombeiros da Madeira, apoiados por 37 veículos, estão a combater as três frentes ativas do incêndio que deflagrou na quarta-feira.

Mais de 100 operacionais de todas as corporações de bombeiros da Madeira, apoiados por 37 veículos, estão a combater as três frentes ativas do incêndio que deflagrou na quarta-feira, indicou o secretário regional da Proteção Civil. Pedro Ramos indicou ainda que o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil foi ativado.

Em conferência de imprensa nas instalações do Serviço Regional de Proteção Civil, no Funchal, Pedro Ramos adiantou que estão também no terreno, além dos bombeiros, 21 elementos do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, quatro operacionais da GNR e oito viaturas, assim como 11 agentes da PSP apoiados por oito viaturas.

Fazendo um ponto de situação do incêndio, que começou na quarta-feira de manhã no concelho da Ribeira Brava e alastrou no dia seguinte ao município vizinho de Câmara de Lobos, o governante informou que atualmente estão três frentes ativas: Jardim da Serra, Curral das Freiras e Encumeada.

O fogo está a lavrar na zona da Encumeada (Ribeira Brava), onde já foram retiradas ao final da tarde de hoje cerca de 60 moradores das suas habitações, incluindo pessoas com mobilidade reduzida e acamadas que serão acolhidas no centro de saúde daquele município, disse.

No concelho de Câmara de Lobos também foram retiradas cerca de 50 famílias das suas casas, na freguesia do Curral das Freiras, na madrugada de hoje, e numa localidade da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos cerca de 60, durante a tarde.

Albuquerque diz que combinou com Lisboa envio de meios da Proteção Civil

O presidente do Governo da Madeira disse que já tinha combinado na sexta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o envio de meios da Proteção Civil do continente para a região. “Já ontem [sexta-feira] tinha combinado com o Governo […] para mandar a força”, afirmou Miguel Albuquerque, no sábado à noite, em declarações aos jornalistas no posto de Comando da Proteção Civil da freguesia do Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos, onde se deslocou depois de ter interrompido as férias na ilha do Porto Santo.

Fonte do Governo Regional disse à Lusa, na sexta-feira à noite, que o Governo da República disponibilizou apoio para o combate ao incêndio, mas o executivo madeirense considerou não ser necessário, argumentando que lavrava sobretudo em zonas de difícil acesso.

No sábado, às 13h00, o secretário regional da Proteção Civil, Pedro Ramos, reiterava, em declarações aos jornalistas, não ser necessária a ajuda do continente, apontando que a região não tinha esgotado a capacidade operacional. Cerca de duas horas depois, a Proteção Civil Regional anunciou que a região ia receber elementos da Força Operacional Conjunta da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

No sábado, às 13h00, o secretário regional da Proteção Civil, Pedro Ramos, reiterava, em declarações aos jornalistas, não ser necessária a ajuda do continente, apontando que a região não tinha esgotado a capacidade operacional. Cerca de duas horas depois, a Proteção Civil Regional anunciou que a região ia receber elementos da Força Operacional Conjunta da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

O Ministério da Administração Interna indicou que chegariam à região 76 operacionais para apoiar no combate ao incêndio. “São 76 pessoas, de diversas partes do país, é preciso logística, é preciso ter o transporte, não é feito de forma instantânea”, acrescentou Miguel Albuquerque. O governante considerou que as críticas de não ter aceitado de imediato a ajuda do continente partiram de “falhados políticos que se aproveitam desta situação”.

De acordo com o chefe do executivo insular, o incêndio, que deflagrou na quarta-feira no concelho da Ribeira Brava e alastrou para o município vizinho de Câmara de Lobos, continua com três frentes ativas na Serra de Água, Curral das Freiras e Encumeada.

Estão também mobilizados no combate às chamas 108 bombeiros, além de elementos da GNR, da PSP e do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza. “Nós, neste momento, temos todas as forças no terreno, temos os homens, todos os veículos e a tecnologia adequada”, assegurou Miguel Albuquerque.

O presidente do Governo Regional realçou que os focos de incêndio estão a ser acompanhados pelos ‘drones’ do Serviço Regional de Proteção Civil, notando que esta tecnologia dá “uma grande ajuda”.

Albuquerque referiu que caso o vento continue orientado para norte, poderá ser possível “ter uma noite mais calma em termos de eficácia do combate”. “Se houver variação, temos de intervir, nada está solucionado neste momento. Não há nenhuma solução, tudo depende da evolução das condições meteorológicas”, salientou. “O que posso dizer é que estamos preparados, não é o primeiro incêndio que temos, é recorrente esta situação do fogo posto, não se consegue controlar”, reforçou.

O presidente do executivo madeirense afirmou que, neste caso, o incêndio teve origem em zonas de difícil acesso e, devido às condições meteorológicas, o helicóptero do Serviço Regional de Proteção Civil nem sempre conseguiu atuar.

Relativamente à disponibilidade dos Açores de enviar entre 15 e 20 operacionais, Miguel Albuquerque indicou que essa situação está a ser combinada e que a região está disponível para os receber.

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