Descida dos juros nos EUA beneficia gigantes do PSI e pensões dos portugueses

Com uma forte exposição ao mercado dos EUA, o grupo EDP e o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social são dos grandes beneficiados com o recente corte de 50 pontos base das Fed Funds.

A Reserva Federal dos EUA (Fed) anunciou na quarta-feira um corte de 50 pontos base na taxa dos fundos federais (Fed Funds), reduzindo-a para o intervalo entre 4,75% e 5%. Foi a primeira redução desde 2020 e marca o início de um novo ciclo de política monetária nos EUA.

Esta decisão, que foi conhecida às 14 horas locais (19 horas em Lisboa), teve um efeito imediato nos mercados norte-americanos, com o índice de ações norte-americano S&P 500 a subir 0,7% e fechando na quinta-feira em novos máximos históricos.

Mas tal como sucede com a política norte-americana, também a política monetária promovida pelo Tesouro dos EUA tem efeitos globais. E isso foi espelhado esta quinta-feira também na Europa, com os principais índices a encerrarem o dia com ganhos.

Em Portugal, o corte “jumbo” de 50 pontos da Fed terá também um impacto direto e positivo nas suas contas, particularmente junto das empresas com forte exposição ao mercado norte-americano e ao dólar, como sucede com os dois maiores pesos-pesados do PSI: EDP e EDP Renováveis.

No caso da EDP, que no final do ano passado contava com ativos de 3,7 mil milhões de euros em parques eólicos e solares na América do Norte, o corte da Fed é de grande relevância. Desde logo porque a elétrica nacional tem a intenção de investir cerca de 8,5 mil milhões de euros no mercado norte-americano até 2026, segundo o seu plano estratégico 2023-2026 que engloba um investimento global de 25 mil milhões de euros.

Para a maioria das empresas do PSI, o impacto direto do corte de juros da Fed deverá ser mais limitado, dado que têm uma exposição menor ao mercado norte-americano. No entanto, todas serão impactadas indiretamente pela decisão da Fed.

A EDP Renováveis é outra das empresas do PSI que recebeu com bom agrado o corte das Fed Funds dada a forte exposição do seu negócio ao mercado dos EUA. Segundo o relatório e contas da empresa de 2023, 51% da capacidade instalada no final do ano passado estava localizada nos EUA.

Assim, o corte de juros anunciado por Jerome Powell, presidente da Fed, poderá beneficiar estas empresas de várias formas:

  • Redução dos custos de financiamento para novos projetos de energia renovável nos EUA.
  • Potencial estímulo à economia norte-americana, aumentando a procura de energia no país.
  • A possível desvalorização do dólar face ao euro poderá afetar os resultados quando convertidos para euros (embora ambas as empresas tenham mecanismos de cobertura cambial), com efeito direto também sobre os ativos nesses países.

Desta forma, Miguel Stilwell, CEO da EDP e da EDP Renováveis, terá motivos para sorrir com o corte das Fed Funds. Em 2023, o EBITDA recorrente da EDP superou os 5 mil milhões de euros (crescimento homólogo de 11%) e o resultado líquido recorrente alcançou um recorde de 1,29 mil milhões de euros. Com ventos mais favoráveis a soprarem dos EUA, estes números poderão melhorar ainda mais em 2024.

Investimentos e vendas nos EUA com potencial de escalar

Além do binómio EDP, a Corticeira Amorim é outra das empresas do PSI com forte exposição ao mercado norte-americano. Os EUA são inclusive o segundo maior destino das vendas da empresa liderada por António Rios de Amorim, logo após França, com uma quota de mercado de 16,4%, segundo o relatório e contas de 2023 da empresa.

É também nos EUA que a Corticeira Amorim tem localizado uma das suas duas unidades industriais da Amorim Cork Composites (líder mundial no desenvolvimento de novos materiais compósitos de cortiça) que fabricam produtos para empresas como a NASA, a Mazda e a Siemens — a outra fábrica está localizada em Portugal.

António Rios Amorim e os acionistas da Corticeira Amorim poderão ver no corte da Fed uma oportunidade para recuperar terreno, após um 2023 não tão positivo — em que a empresa recuou da mítica cifra dos mil milhões de euros de faturação –, dado que o corte das taxas de juro poderá beneficiar o negócio de várias formas:

  • Ao baixar o preço do dólar, a Fed concede um estímulo à economia dos EUA, potenciando o consumo, nomeadamente de vinho e, consequentemente, a procura por rolhas de cortiça.
  • A possível desvalorização do dólar, como é previsto pelos analistas do Morgan Stanley que anteveem que a moeda norte-americana possa alcançar a paridade face ao euro nos próximos meses, tornará os produtos da empresa portuguesa mais competitivos no mercado norte-americano.
  • Ao cortar as taxas de juro, o crédito em dólares ficará mais barato, provocando assim uma redução nos custos de financiamento para as operações da empresa nos EUA, onde a empresa contava no final do ano passado com uma unidade industrial e sete joint-ventures.

Destaque ainda para a Navigator, que embora o relatório e contas de 2023 não especifique a percentagem de receitas provenientes dos EUA, menciona que as vendas para mercados fora da Europa são importantes para a empresa e que as flutuações cambiais tiveram um impacto negativo líquido de cerca de 16 milhões de euros no EBITDA da empresa em 2023.

O FEFSS, excluindo o investimento em dívida pública portuguesa, tem uma carteira maioritariamente exposta aos EUA (51,1%), seguida pela Zona Euro (24,2%), Japão (8,0%) e Reino Unido (6,4%). Só em obrigações dos EUA, o fundo tinha 3,31 mil milhões de euros aplicados no final do ano passado.

Para a maioria das empresas do PSI, o impacto direto do corte de juros da Fed deverá ser mais limitado, dado que têm uma exposição menor ao mercado norte-americano.

No entanto, todas serão impactadas indiretamente pela decisão da Fed, desde logo pelo estímulo que o corte do preço do dólar gera na economia dos EUA, nomeadamente no plano do consumo, que em função da dimensão do mercado norte-americano, poderá repercutir-se globalmente através, por exemplo, do aumento da procura pelos produtos e serviços das empresas nacionais.

Efeitos colaterais do corte dos juros

Ao cortar o preço do dólar, a Fed também produz um “efeito borboleta” na política monetária dos restantes bancos centrais, pressionando as autoridades monetárias como o Banco Central Europeu a também cortarem as taxas de juro, gerando com isso uma redução nos custos de financiamento.

O corte de 50 pontos base das Fed Funds representa assim uma mudança significativa no panorama económico global, com repercussões potencialmente positivas para várias empresas portuguesas cotadas na Euronext Lisboa e outras que exportem para o mercado norte-americano.

Além disso, há ainda um beneficiário do corte da Fed frequentemente esquecido, mas de extrema importância para Portugal, que é o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). Com uma exposição significativa ao mercado dos EUA, o FEFSS poderá colher frutos substanciais desta mudança na política monetária norte-americana.

Segundo o relatório e contas de 2023 recentemente publicado, o FEFSS, excluindo o investimento em dívida pública portuguesa, tem uma carteira maioritariamente exposta aos EUA (51,1%), seguida pela Zona Euro (24,2%), Japão (8,0%) e Reino Unido (6,4%). Só em obrigações dos EUA, o fundo tinha 3,31 mil milhões de euros aplicados no final do ano passado, um aumento de 12% em relação a 2022.

Desta forma, o FEFSS poderá beneficiar da queda dos juros nos EUA, essencialmente, de duas formas:

  • Valorização das obrigações: Com a queda das taxas de juro, o valor das obrigações existentes tende a aumentar, pois os seus cupões tornam-se mais atrativos em comparação com as novas emissões a taxas mais baixas.
  • Estímulo ao mercado de ações: A redução das taxas de juro geralmente estimula o mercado de ações, o que pode beneficiar a parcela da carteira do FEFSS investida em ações americanas, que no final do ano passado era também substancial.

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Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX apresenta o Programa em Gestão Empresarial e Negócios Desportivos destinado a desportistas

  • Servimedia
  • 20 Setembro 2024

A flexibilidade do curso permite que os atletas ativos ajustem a formação aos seus horários, com uma abordagem prática e acessível.

O novo curso oferece uma aprendizagem intensiva e combinada e centra-se nas competências-chave mais procuradas no setor, como a gestão desportiva, a liderança e o empreendedorismo.

A Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX inicia o ano letivo 2024/2025 com a incorporação do Programa Avançado em Gestão Empresarial e Negócios Desportivos, destinado a atletas e ex-atletas que procuram alargar os seus horizontes profissionais para além dos campos de jogo.

Esta nova qualificação, concebida em colaboração com a equipa da Rafa Nadal Academy, terá início em novembro e oferecerá uma formação intensiva de 100 horas em formato blended learning. A flexibilidade do curso permite que os atletas ativos ajustem a formação aos seus horários, com uma abordagem prática e acessível.

A escola de desporto da Universidad Alfonso X el Sabio (UAX) desenvolveu este programa, ministrado em espanhol, para responder às necessidades do desportista do século XXI com a formação e a especialização mais procuradas no mercado de trabalho atual, com o objetivo de aumentar a empregabilidade dos seus alunos.

A primeira edição do Advanced Programme in Business Management & Sports Business tem 30 vagas disponíveis e está aberta a todos os desportistas que desejem tornar-se profissionais da indústria do desporto, sem necessidade de um diploma universitário prévio.

Ao longo de quatro semanas, lecionadas 100% online, os alunos irão adquirir as ferramentas necessárias para gerir a sua carreira desportiva e económica, ao mesmo tempo que desenvolvem competências essenciais em áreas como finanças, direito desportivo, liderança, marketing e empreendedorismo.

Durante este período, terão acesso a 5 Business Cases, onde analisarão casos reais com intervenientes do sector. Para além disso, viverão 2 experiências presenciais na Rafa Nadal Academy (Maiorca) e no campus da UAX Madrid Chamberí, onde participarão em palestras, mesas redondas e actividades de networking com profissionais de referência como Rafa Nadal, David Villa, Luis de la Fuente, José Manuel Calderón, Feliciano López, Mercedes Coghen e Jennifer Pareja, entre outros.

O programa foi concebido em torno de cinco módulos temáticos: legislação e finanças, competências de gestão, negócios e indústria desportiva, marketing e vendas, e transformação e empreendedorismo.

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Decisão ordena à Google que desative uma das principais plataformas de pirataria do mundo, a Magis TV, no Android

  • Servimedia
  • 20 Setembro 2024

A justiça argentina emite uma decisão histórica contra a fraude audiovisual, na qual a Magis TV, o maior serviço ilegal de IPTV da América Latina, deve ser bloqueada.

A justiça argentina decretou uma decisão judicial sem precedentes na América Latina ao ordenar o bloqueio de todos os domínios relacionados com o serviço ilegal de televisão por Internet Magis TV e, sobretudo, ao ordenar à Google que impeça a utilização da aplicação no seu sistema operativo Android.

Trata-se de uma decisão muito importante porque, uma vez bloqueada a infraestrutura da Magis TV, proíbe que a aplicação volte a ser carregada no ambiente Android e porque também será desactivada em dispositivos que já tenham descarregado a aplicação antes desta decisão, algo que nunca tinha acontecido antes em nenhuma decisão final a nível mundial.

A Google desempenha um papel fundamental como intermediário em toda a cadeia operacional da fraude audiovisual, obtendo receitas significativas com a mesma. Estima-se que, se a Google colaborasse, a pirataria poderia ser reduzida em até 80%, como o próprio presidente da LALIGA, Javier Tebas, denunciou publicamente em várias ocasiões.

O processo foi motivado por uma queixa da Aliança contra a Pirataria Audiovisual (Alianza), em conformidade com os seus objectivos para a Operação 404. Na sequência da decisão, a LALIGA comprometeu-se a apoiar com relatórios técnicos a investigação levada a cabo pela UFEIC e pela Alianza, uma vez que os seus conteúdos estavam a ser roubados pela Magis TV de diferentes distribuidores. A equipa de Fraude Anti-Audiovisual em Espanha e a representação na Argentina elaboraram relatórios e provas para colaborar no caso, que já foram entregues ao Ministério Público.

“Esta resolução da justiça argentina na sequência da investigação do Procurador Musso, com base nas provas apresentadas pela Alianza, representa um exemplo mundial na luta contra a pirataria e a fraude de conteúdos audiovisuais. Não só foram bloqueados todos os domínios associados ao serviço ilegal e à sua infraestrutura tecnológica, como também foi decidido que a Google deve impedir a utilização de aplicações ilegais já instaladas em dispositivos Android através dos mecanismos de segurança de que dispõe, algo que solicitámos em numerosas ocasiões”, afirmou Javier Tebas, presidente da LALIGA.

De facto, em 2022, um juiz de primeira instância em Espanha já emitiu uma ordem a solicitar uma medida semelhante à Google a pedido da LALIGA, num processo que ainda está em curso. A decisão do tribunal surge no âmbito de um processo em Buenos Aires e Misiones que investiga as redes de comercialização de TV Boxes, dispositivos utilizados ilegalmente para transmitir sinais de operadores de televisão por cabo, que nestes casos já tinham instalada a aplicação Magis TV.

A sentença proferida por Esteban Rossignoli, responsável pelo Tribunal 4 de San Isidro, em Buenos Aires, ocorreu após uma extensa investigação da Promotoria de Crimes Cibernéticos da Unidade Especializada em Crimes Cibernéticos (UFEIC) para derrubar a maior rede unificada de pirataria audiovisual da região e também confiscar as TV Boxes com aplicativos piratas que são comercializados na internet e nas redes sociais. No total, entre a Argentina e o Brasil, cinco pessoas foram presas e estão respondendo a processos criminais, e 675 sites e 14 aplicativos de streaming foram desmantelados, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil.

O Magis TV é o maior serviço ilegal de IPTV (Internet Protocol Television) da América Latina em volume de visitas mensais, com 55 milhões de visitas nos últimos seis meses na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Uruguai e Venezuela. Este serviço transmite televisão em direto através da Internet de forma ilegal, uma vez que não possui os direitos de transmissão. Trata-se de uma aplicação que rouba conteúdos audiovisuais a vários programadores e distribuidores para os oferecer diretamente aos utilizadores.

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Icaire é classificado como Centro de Categoria 2 da Unesco durante a Cimeira Mundial sobre IA

  • Servimedia
  • 20 Setembro 2024

A classificação sublinha o papel fundamental da Arábia Saudita “na promoção da cooperação internacional e regional em matéria de política, ética e investigação no domínio da IA”.

A Autoridade Saudita para os Dados e a Inteligência Artificial, em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), anunciou na sexta-feira a classificação do Centro Internacional de Investigação e Ética em Inteligência Artificial (Icaire) como centro de Categoria 2 (C2) sob os auspícios da organização internacional.

Este anúncio teve lugar durante a terceira edição da Cimeira Mundial sobre IA, realizada no Centro Internacional de Conferências Rei Abdulaziz, em Riade. A classificação sublinha o papel fundamental da Arábia Saudita “na promoção da cooperação internacional e regional em matéria de política, ética e investigação no domínio da IA”.

Também reforça o compromisso do Reino de apoiar e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030, disse em um comunicado à imprensa. Este reconhecimento também reafirma a dedicação da Arábia Saudita em apoiar a missão global de aproveitar a IA para o benefício da humanidade, com um foco especial nos países em desenvolvimento.

Desde a sua criação há dois anos, a Icaire tem estado ativamente envolvida em iniciativas regionais e globais de IA. Isto inclui o apoio à investigação e ao desenvolvimento da IA, a promoção da sensibilização para a ética da IA, a coordenação do desenvolvimento de políticas conexas e o apoio aos esforços de reforço das capacidades neste domínio.

A decisão de classificar o Icaire como um Centro de Categoria 2 (C2C) seguiu-se a uma decisão do Conselho de Ministros de 25 de julho de 2023 que aprovou a criação do Centro Internacional de Investigação e Ética em Inteligência Artificial com sede em Riade, onde funcionará com personalidade jurídica e independência financeira e administrativa.

Na Cimeira Mundial da IA, o Icaire organizou uma sessão interactiva em colaboração com o Centro Internacional de Investigação em Inteligência Artificial (IRCAI) e o Centro Internacional de Inteligência Artificial (Movimento IA).

Representantes dos três Centros de Categoria 2 da Unesco (C2C) e da própria Unesco participaram em debates sobre o reforço do papel da IA no apoio aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, a revisão das normas éticas e os esforços da organização internacional neste domínio.

A Arábia Saudita foi um dos primeiros países a adotar as recomendações da Unesco sobre a ética da IA, aprovadas por 193 países em novembro de 2021. O SDAIA apresentou os princípios éticos da IA na segunda edição da Cimeira Mundial da IA, em setembro de 2022.

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Sabseg junta-se à Cobee para atacar benefícios flexíveis

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2024

A corretora quer ir além dos seguros e adiciona a gestão de benefícios flexíveis nos seus serviços às empresas, utilizando uma parceria com a Cobee e a sua plataforma.

A plataforma de benefícios flexíveis Cobee e a corretora Sabseg lançaram em parceria uma solução para disponibilizar planos de benefícios. As empresas passam a ter a possibilidade de oferecer aos seus colaboradores a gestão de reembolsos, descontos e benefícios sociais, numa única plataforma “muito fácil de utilizar pelas equipas de Recursos Humanos”, diz a empresa.

Filipa Almeida, diretora das áreas de Saúde, Vida e Benefícios da Sabseg: “Queremos chegar às empresas, aos seus colaboradores e às suas famílias”,

“Este serviço integra o trabalho de especialistas de IT como a Cobee e de seguros como a Sabseg”, diz Filipa Almeida, diretora das áreas de Saúde, Vida e Benefícios da Sabseg que resume o que se pretende mudar: “A Cobee é uma plataforma all-in-one que tem como principal objetivo centralizar numa única app e cartão visa, todos os aspetos relacionados com a gestão de benefícios corporativos, isto é, simplificar tanto o processo de gestão para as empresas como melhorar a experiência dos colaboradores”, explica.

O plano de benefícios que começou a ser proposto às empresas pela Sabseg inclui a disponibilização de um cartão VISA, Subsídio de Refeição, Creche, Seguros de Saúde, PPR´s, Seguros de Vida, Seguros de Acidentes Pessoais, Formação Profissional, Despesas sénior, Saúde e Bem-estar, Infância, Ensino, Estacionamento, Ginásios, Transportes Públicos e Descontos em parceiros. “De todos eles, as empresas poderão escolher quais os benefícios oferecer aos seus colaboradores. Por sua vez, estes terão somente um cartão – digital e físico -, uma única plataforma para gerir e utilizar seus benefícios, o que simplifica seu uso e multiplica o envolvimento com a sua empresa”, afirma a responsável.

A parceira tecnológica Cobee, cuja plataforma vai gerir os planos de benefícios, foi criada em 2019 e anuncia já ter como clientes a seguradora Linea Directa para além de empresas como Ogilvy, Booking, Michelin e Glovo em Espanha. Em janeiro de 2021 expandiu os seus serviços para Portugal.

O serviço vai ser apresentado a empresas de todas as dimensões e segundo os seus promotores tem a rapidez como uma das principais virtudes: “Cada colaborador pode começar a utilizar o serviço desde o primeiro dia através do cartão virtual”, refere Filipa Almeida, e com ele “queremos chegar às empresas, aos seus colaboradores e às suas famílias”, acreditando que esta é uma resposta atual à vontade das organizações em atrair e reter talento, conclui.

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Apoios às vítimas dos incêndios no terreno em duas a três semanas

Apoios europeus, do Orçamento do Estado e linhas de crédito do Banco de Fomento vão ser usados "para apoiar a reativação da atividade económica das empresas”, revela Castro Almeida.

O Governo garante que os apoios à reconstrução de casas e recuperação de empresas afetadas pelos incêndios dos últimos dias no centro e norte do país vão estar no terreno dentro de duas a três semanas. Em causa estão fundos europeus verbas do Orçamento do Estado e linhas de crédito do Banco Português de Fomento, revelou o ministro Adjunto e da Coesão Territorial em entrevista à Sic Notícias esta quinta-feira.

A primeira prioridade dos apoios são as pessoas e as suas necessidades mais prementes que estão a ser supridas pelas autarquias, mas depois é preciso reconstruir casas e empresas, sem esquecer os agricultores. “Fala-se pouco dos agricultores. Tiveram imensos prejuízos e precisam de apoios à sobrevivência, além de apoios para a compra de equipamentos e para alimentar os animais”, disse Manuel Castro Almeida.

Agora está a ser feito o levantamento dos prejuízos e só depois desse exercício será possível definir os montantes a alocar aos apoios. Mas a sua natureza já está definida diz: “apoios europeus, do Orçamento do Estado e linhas de crédito do Banco Português de Fomento, para apoiar a reativação da atividade económica das empresas”.

Foi combinado com os autarcas a forma como o levantamento dos prejuízos deve ser feito, em coordenação com as CCDR, explicou. “Há um guião para que as câmaras façam a descrição e quantificação dos prejuízos”, disse, reconhecendo que este exercício “vai demorar um bocadinho”. “Há casos muito exigentes”, frisa.

Mas assim que o “levantamento estiver concluído, em três a quatro dias teremos condições de definir os apoios e começar a metê-los no terreno”. O ministro acredita que serão necessárias “duas a três semanas”.

Castro Almeida diz que vão repetir o que correu bem na atribuição de apoios nos incêndios de 2017 e corrigir o que correu mal.

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António Mexia teve 6 milhões de dólares em empresa offshore

  • ECO
  • 19 Setembro 2024

A empresa offshore Miamex Ventures foi liquidada em 2020 antes do ex-gestor da EDP ter sido ouvido pelo Ministério Público.

O antigo presidente executivo da EDP acumulou seis milhões de dólares, entre 2014 e 2019, na companhia offshore Miamex Ventures, nas Ilhas Virgens Britânicas, noticia esta quinta-feira o Expresso, com base em documentos consultados pelo projeto de investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ).

Segundo o jornal, a conta de António Mexia era gerida pelo português Bernardo d’Orey, vice-presidente da EFG Capital, uma corretora com escritório no mesmo edifício que foi sede do Banco Espírito Santo (BES) em Miami, nos Estados Unidos da América.

Em junho de 2017 a Miamex Ventures tinha 5,9 milhões de dólares em ativos financeiros, o equivalente a 5,17 milhões de euros ao câmbio da época. Desse bolo, 1,4 milhões de dólares estavam aplicados em fundos de investimento, 2,7 milhões em obrigações de empresas e 1,7 milhões em depósitos bancários.

Mexia é arguido desde 2017 numa investigação do Ministério Público sobre suspeitas de corrupção e outros crimes financeiros relacionados com a função enquanto presidente executivo da EDP. A empresa offshore começou a ser liquidada em 2020 dias antes de Mexia ter sido ouvido pelo Ministério Público.

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Banco de Fomento ainda está a avaliar linha para apoiar afetados pelos fogos

“Neste momento ainda está a ser tudo analisado e avaliado”, disse fonte oficial do Banco de Fomento. É prática comum lançar linhas de tesouraria para ajudar as empresas afetadas.

O Banco de Fomento ainda está a avaliar se vai lançar alguma linha específica para apoiar a reconstrução de empresas ou casas ardidas nos fogos que assolaram o Centro e Norte do país nos últimos dias.

O ECO questionou o Banco de Fomento se iria propor ao Ministério da Economia alguma linha para a componente não comparticipada da reconstrução das casas e das empresas ardidas nestes fogos, isto porque, regra geral, neste tipo de situações os programas regionais são alvo de uma reprogramação para responder às exigências de reconstrução. Mas os fundos não cobrem 100% e podem não ser totalmente atribuídos a fundo perdido, ou seja, há uma componente que os beneficiários têm de devolver.

Neste momento ainda está a ser tudo analisado e avaliado”, respondeu fonte oficial da instituição liderada por Ana Carvalho.

Nos incêndios de agosto de 2023 nos concelhos de Odemira, Aljezur, Monchique, Proença‐A‐Nova e Castelo Branco, o Turismo de Portugal criou uma linha específica de apoio à tesouraria de micro, pequenas e médias empresas com atividade turística nestes concelhos. Com uma dotação de três milhões de euros, cada empresa podia receber um apoio máximo de 200 mil euros para fazer face a uma maior necessidade de fundo de maneio inerente ao condicionamento da atividade causado pelos incêndios e promover o investimento de requalificação de espaços e ativos atingidos.

Também aquando dos gigantescos incêndios de 2017, em outubro, o IAPMEI lançou uma linha de crédito para apoiar a tesouraria das empresas afetadas. Gerida pela PME Investimentos tinha uma dotação de 100 milhões de euros, mas cada empresa tinha acesso a um montante máximo de 750 mil euros, com prazos até quatro anos.

Tal como um ano antes, foi criada uma linha de crédito de 10 milhões de euros para apoiar as empresas que sofreram prejuízos decorrentes de incêndios que afetaram a Região Autónoma da Madeira.

O Governo tem prometido celeridade nos apoios estando a ser feito um “levantamento urgente” dos danos, que também poderá servir de base para avaliar “a possibilidade de recurso ao Fundo de Solidariedade da União Europeia”, pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em articulação com as autarquias locais e com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Além disso já foram decididas medidas de recuperação e apoio às populações, empresas, associações, infraestruturas e património agrícola e natural afetados pelos fogos.

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Sul-africana Fly Modern Ark deixa gestão da Linhas Aéreas de Moçambique

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

O contrato entre a FMA e a LAM terminou em 12 de setembro e vigorava desde abril de 2023, quando a sul-africana foi chamada para implementar uma estratégia de revitalização da empresa.

O acordo entre as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e a Fly Modern Ark (FMA), empresa sul-africana que liderou a restruturação da companhia de bandeira moçambicana, terminou, avançou esta quinta-feira à Lusa fonte oficial.

“Nós tínhamos um contrato com a LAM e o contrato terminou. Fizemos o que fomos contratados para fazer”, explicou à Lusa Theunis Christian de Klerk Crous, um sócio da FMA que ocupou interinamente a direção da LAM entre fevereiro e julho deste ano, no âmbito do plano de reestruturação da companhia de bandeira moçambicana que começou em 2023.

O contrato entre a FMA e a LAM terminou em 12 de setembro e vigorava desde abril de 2023, quando a sul-africana foi chamada para implementar uma estratégia de revitalização da empresa após anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

“Nós encontramos a companhia quase na bancarrota, mais de 720 pessoas iriam perder os seus empregos. Conseguimos manter a companhia a voar e hoje estamos felizes porque conseguimos manter a companhia a funcionar durante este período”, frisou Theunis Crous, destacando “boas relações” com a nova direção da LAM e manifestando a abertura da Fly Modern Ark para cooperar com a companhia moçambicana sempre que for necessário.

O fim do contrato com a FMA ocorre meses após a chegada, em julho, de um novo presidente da LAM: Américo Muchanga, que substituiu Theunis Christian de Klerk Crous. Quando a FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal reconheceu que a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de dólares (269 milhões de euros, no câmbio atual).

Durante o período de gestão da FMA, a empresa sul-africana também denunciou esquemas de desvio de dinheiro na LAM, com prejuízos de quase três milhões de euros, em lojas de venda de bilhetes, através de máquinas dos terminais de pagamento automático (TPA/POS) que não são da companhia.

O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de Moçambique instaurou um processo para investigar alegados esquemas de corrupção na venda de bilhetes da transportadora aérea moçambicana e sobre a gestão da frota da companhia, tendo apreendido diversos materiais. Em 26 de agosto deste ano, o novo presidente da empresa anunciou que a LAM faturou, no primeiro semestre deste ano, um total de 52 milhões de euros, prevendo adquirir mais quatro aeronaves este ano.

A LAM opera 12 destinos no mercado doméstico, a nível regional voa regularmente para Joanesburgo, Dar-Es-Salaam, Harare, Lusaca, e Cidade do Cabo, e Lisboa é o único destino intercontinental.

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Margarida Blasco quebra o silêncio sobre incêndios. “Há um tempo para prevenir, agir e falar”

A ministra anunciou que haverá uma reunião para criar a "equipa especializada em investigação criminal" na segunda com a presença de Montenegro, da MAI, da ministra da Justiça, PGR, PSP, PJ e PSP.

A ministra da Administração Interna quebrou o silêncio ao quinto dia dos incêndios e disse que “há um tempo para prevenir, agir e falar”. Durante uma conferência de imprensa esta quinta-feira, Margarida Blasco refugiu-se nos conselhos das autoridades – para evitar “intervenções desadequadas e desnecessárias” no teatro de operações – para justificar ter estado nos bastidores das operações desde o início dos fogos, no domingo, que já consumiram mais de 94 mil hectares.

“Aconselham a que não haja intervenções e presenças desadequadas nos teatros de operações, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação ou recomendações necessárias. Foi o que fizemos”, frisou a ministra na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa).

Depois do “tempo para prevenir”, “para agir”, “para acompanhar funerais”, Margarida Blasco entende que chegou agora “o momento, como este, para falar ao país”. A ministra disse ainda que não se sente fragilizada pela liderança de Luís Montenegro neste processo. “Todo o Governo esteve informado desde a primeira hora e quando o primeiro-ministro fala, fala pelo Governo”, disse.

“Neste momento, em que a situação não estando ainda resolvida, mas em que se regista alguma acalmia, dirijo-me ao país através da comunicação social para vos dizer o que aconteceu, o que foi feito e porquê”, começou por explicar, antes e avançar para uma fita do tempo detalhada sobre os pedidos de reforços e operações no terreno.

Questionada sobre se houve falhas no combate aos fogos, a ministra da Administração Interna adiantou que será feito um relatório quando a situação se normalizar. “Ainda temos fogos neste momento; portanto, no final, quando estivermos a fazer o rescaldo, quando se fizer o ponto da situação, faremos o relatório e como sempre, estaremos à vossa disposição para esclarecer se houve ou não houve falhas”, disse.

Aconselham a que não haja intervenções e presenças desadequadas nos teatros de operações, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação ou recomendações necessárias. Foi o que fizemos.

Margarida Blasco

Ministra da Administração Interna

Blasco anunciou para criar a “equipa especializada em investigação criminal”, que o primeiro-ministro tinha anunciado na passada terça-feira para apurar os fogos postos, haverá uma reunião na segunda-feira com a presença de Luís Montenegro, da Procuradora-Geral da República, da ministra da justiça e da ministra da Administração Interna, do diretor nacional da PJ, do comandante-geral da GNR e do diretor nacional da PSP.

Importa aqui referir que, havendo a convicção de que muitos destes incêndios têm origem criminosa, há que destrinçar entre aqueles que eventualmente sejam negligentes dos outros que possam configurar a existência de uma associação criminosa. E esta investigação tem que ser feita com a colaboração entre todas as autoridades judiciárias e órgãos de polícia e de investigação criminal”, detalhou Margarida Blasco.

“A atuação que vivemos, nestes dias, é de elevada criticidade, pelo que se exigiu um significativo esforço e empenho do maior dispositivo de combate de incêndios alguma vez mobilizado no nosso país”, referiu. Entre 14 a 18 de setembro estiveram no teatro das operações 37.772 operacionais, 10.639 meios terrestres, assim como foram “efetuadas 827 missões aéreas de combate a que correspondem 8.757 descargas“, contabiliza.

Nesse mesmo período foram registadas 1.044 ignições, incluindo 416 em período noturno, completa a ministra, apoiada nos dados do Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). O país tem mais de 94 mil hectares de área ardida desde domingo, contabilizou a ministra.

A governante assegurou que o Governo está a acompanhar a “tragédia” que está a assolar o país. “Quero reafirmar, perante todos os portugueses e perante vós, que o Governo acompanha de perto e desde a primeira hora a evolução das condições meteorológicas e de risco de incêndios rurais”, garantiu. Mais, reiterou, que o Governo “tem vindo a adequar as medidas suscetíveis e a aumentar a prevenção e a vigilância numa primeira fase, bem como a potenciar os meios de combate aos incêndios e ainda a imediata resposta económica, social e humana à catástrofe dos grandes incêndios rurais que se têm verificado, com particular incidência no Centro e no Norte do Continente”.

Por fim, apelou à “resiliência e a força” do “rico do povo” português. “Não podemos baixar os braços”, disse, antes de deixar uma “palavra de alento a todos os que continuam a combater as chamas, um agradecimento aos nossos parceiros internacionais que ajudaram”.

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Kamala Harris alarga vantagem sobre Trump para 6 pontos após debate

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

Ainda assim Donald Trump melhorou os seus números: Biden liderava 51% contra 43% em 2020 e agora Harris lidera 51% contra 45%. 

A candidata democrata Kamala Harris alargou a sua vantagem sobre Donald Trump para seis pontos no rescaldo do debate presidencial norte-americano, alcançando a maior diferença nas sondagens da Morning Consult desde o início do ciclo eleitoral.

“É um recorde desde que começámos a monitorizar em novembro de 2022”, disse o analista Eli Yokley numa sessão da Morning Consult sobre o estado da corrida presidencial. Harris tem agora 51% das intenções de voto contra 45% para Donald Trump, numa amostra de 10 mil eleitores com margem de erro “bastante baixa”.

A atenção mediática que se seguiu ao debate permitiu a Kamala Harris melhorar de forma significativa o seu nível de popularidade junto do eleitorado. A candidata passou de um para 7 pontos no saldo de favorabilidade, enquanto Donald Trump manteve dez pontos negativos. “A nossa sondagem mais recente mostra que cerca de metade dos eleitores ouviram algo positivo sobre Harris após o debate”, disse Eli Yokley, referindo que o ‘buzz’ atual é positivo para a democrata (+18) e negativo para o republicano (-22).

O analista frisou que “este é o melhor ambiente para os democratas” desde novembro de 2022, quando começou o ciclo eleitoral para a presidência, após as intercalares. Outras sondagens pós-debate confirmam um cenário favorável aos democratas. O algoritmo da plataforma agregadora FiveThirtyEight tem Kamala Harris como favorita a vencer (64 em 100) e a nova sondagem Quinnipiac mostra a democrata à frente 5 pontos no Michigan e na Pensilvânia, com um ponto a mais que Trump no Wisconsin.

Segundo a análise Morning Consult, a economia é o tema mais importante, sendo que Harris está quase empatada com Trump na perceção dos eleitores – algo em que Biden estava bastante atrás antes de sair da corrida. A analista Sofia Baig explicou que os eleitores “confiam mais em Harris”, em especial nos temas de igualdade económica, habitação acessível e custos com creches.

“Os eleitores indecisos favorecem ligeiramente as políticas propostas pela campanha de Harris”, indicou ainda Baig, salientando que boa parte do eleitorado ouviu os planos económicos e consegue identificar a que candidato se associam. A imposição de taxas aduaneiras, por exemplo, é associada a Trump e vista como negativa (-2), enquanto a legislação para impedir aumento excessivo dos preços é associada a Harris com uma visão muito positiva (+56).

Em comparação com 2020, Harris está a recuperar terreno em relação ao desempenho de Joe Biden há quatro anos. Neste ponto da corrida, Biden tinha 8 pontos de vantagem para Trump, enquanto Harris tem agora seis. A grande diferença, disse o analista Cameron Easley, é que Donald Trump melhorou os seus números: Biden liderava 51% contra 43% em 2020 e agora Harris lidera 51% contra 45%.

“Estamos a registar mais apoio a Trump agora do que em 2020”, notou Easley, salientando que os eleitores tendem a vê-lo como menos extremo que Harris na ideologia política.

Essa é a “fraqueza número um” de Harris junto do eleitorado independente, onde a democrata está atrás do que Biden conseguiu. A candidata também tem menor apoio que Biden no eleitorado jovem, negro e hispânico. Easley revelou que o apoio a Trump entre eleitores negros conservadores subiu dois dígitos, de 25% para 35%.

Sem um segundo debate presidencial, as atenções estarão agora viradas para o frente a frente entre os candidatos a vice-presidente Tim Walz e JD Vance, que vai decorrer a 01 de outubro em Nova Iorque.

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Câmara da Amadora aprova 14 milhões para reabilitar Casal da Mira e construir 48 fogos

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

As duas intervenções devem começar ainda durante este ano e estar concluídas até 2026. Autarquia aprovou a construção de 48 fogos de tipologia T1, num valor de 6,6 milhões de euros.

A Câmara da Amadora aprovou a adjudicação de uma empreitada de reabilitação energética do Bairro do Casal da Mira e a construção de 48 fogos, num investimento de mais de 14 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o município. A concretização destas duas adjudicações foi aprovada na última reunião do executivo municipal da Amadora, do distrito de Lisboa, presidido pelo socialista Vítor Ferreira.

Segundo adiantou à agência Lusa fonte da Câmara da Amadora, as intervenções deverão começar ainda durante este ano e estar concluídas até 2026, uma vez que nesta data termina o prazo para a execução de projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com um investimento global de 8,7 milhões de euros (ao qual acresce o valor do IVA), está prevista a reabilitação e melhoria energética de 39 edifícios do Bairro do Casal da Mira, correspondendo a um total de 760 fogos. “Esta reabilitação visa a redução da pobreza energética e melhorar as condições de habitabilidade, nomeadamente ao nível da segurança, saúde e bem-estar dos residentes”, explica a Câmara da Amadora, em comunicado.

Paralelamente, também junto ao Bairro do Casal da Mira, foi aprovada a construção de 48 fogos de tipologia T1, num valor global de 6,6 milhões de euros (ao qual acresce o valor do IVA), para arrendamento apoiado, “com edificação ecológica e sustentável”.

“Este procedimento, que está enquadrado na Estratégia Local de Habitação, visa dar resposta às necessidades de habitação existentes no município, proporcionando, preferencialmente, um alojamento adequado para pessoas idosas”, refere a autarquia.

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