Processo de insolvência da Inapa já foi atribuído. Bruno Costa Pereira é o administrador do processo

Credores têm 30 dias para reclamar créditos. Cabe ao administrador da insolvência, que tem ainda em mãos o PER da Trust in News, preparar uma lista com o nome de todos os credores

Declarada insolvente pelo Tribunal de Sintra, a Inapa já tem um administrador encarregue de ficar com o processo da empresa. Bruno Costa Pereira foi nomeado administrador de insolvência da distribuidora de papel, que conta com uma dívida superior a 200 milhões de euros e tem como credores entidades como o BCP e o Novobanco. O responsável terá agora que elaborador uma lista de credores, que dispõem de 30 dias para reclamar os créditos junto do administrador.

“No Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra – Juiz 4 de Sintra, no dia 01-08-2024, ao meio dia, foi proferida sentença de declaração de insolvência do(s) devedor(es): Inapa – Investimentos, Participaçoes e Gestao”, pode ler-se no documento divulgado no portal Citius com a insolvência da entidade, que submeteu no passado dia 29 de julho o pedido de insolvência.

O despacho adianta ainda que o “prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias“, sendo que os credores devem “enviar o requerimento de reclamação de créditos ao administrador da insolvência nomeado e apresentado por transmissão eletrónica de dados”, juntamente com os documentos probatórios.

É ainda “designado o dia 27-09-2024, pelas 14:00 horas, para a realização da reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório“, refere o mesmo documento, que atribuiu o processo a Bruno Costa Pereira, um dos mais conceituados administradores de insolvência do país. Nos últimos anos ficou com casos como o processo de insolvência da Groundforce, a Sousacamp (chamado”rei dos cogumelos”), tendo ainda em mãos o Processo Especial de Revitalização (PER) da Trust in News, a dona da Visão e da Exame.

A Inapa apresentou esta segunda-feira o seu pedido de insolvência, com a empresa a adiantar que a apresentação da Inapa Deutschland à insolvência no dia 22 de julho, após não ter encontrado uma solução para resolver uma carência de liquidez, no montante de 12 milhões de euros, “teve impactos imediatos na Inapa IPG, tendo o Conselho de Administração da Inapa IPG concluído pela consequente e iminente insolvência da Inapa IPG”.

A companhia detalha ainda que não conseguiu cumprir as suas obrigações em relação a um financiamento de 17,7 milhões de euros junto de um consórcio de bancos alemães, citando ainda créditos no valor de 34,7 milhões contraídos junto do BCP. “A declaração de insolvência da sociedade Inapa Deutschland Holding implicava o vencimento antecipado dos referidos financiamentos contraídos pela Inapa IPG junto do Millennium BCP, não tendo a Inapa IPG capacidade para liquidar tal dívida“.

Estes são apenas alguns dos credores da Inapa, que tem ainda créditos junto do Novobanco ou da CGD. O Estado, através da Parpública, é o maior acionista da Inapa com uma participação de cerca de 45%, sendo ainda acionistas a Nova Expressão (10,85%) e o Novobanco (6,55%). Já os pequenos investidores controlam mais de 37,7% do capital.

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“É a primeira vez que há uma politização do mandato da Aicep”, diz ex-presidente

  • ECO
  • 2 Agosto 2024

Filipe Santos Costa não acredita que recaia sobre a sua administração qualquer suspeita na Operação Maestro. Alertas internos são de 2013 a 2016, diz, e foi feita uma reestruturação interna.

“Nunca tinha havido até agora uma politização ao nível de interromper o mandato dos conselhos de administração da Aicep“, lamentou o ex-presidente da agência responsável pela atração de investimento em entrevista ao Expresso. Filipe Santos Costa, afastado pouco antes de fazer um ano de mandato reconhece que não ficou surpreendido porque “há uma orientação geral de substituição dos dirigentes da Administração Pública que estejam há menos de um ano em funções”, mas considera: “Uma orientação geral baseada no tempo do mandato não me parece um critério muito científico”.

“Seria mais normal haver apreciações qualitativas”, defende Filipe Santos Costa, coisa que considera que o Governo não fez. E apesar de não encarar a demissão como “uma questão pessoal nem como uma avaliação qualitativa” do seu trabalho, alerta que “se já não é fácil recrutar pessoas de fora do circuito da Administração Pública para exercer cargos de gestor público, mais difícil fica se se introduzir esta instabilidade na vida das pessoas e das instituições”.

O ECO pediu uma reação a estas declarações ao ministro da Economia, mas este não quis comentar.

Na mesma entrevista ao Expresso, Filipe Santos Costa revela que deixou um pipeline de investimentos na lógica do “Portugal Sustentável”, para “alavancar a dupla transição energética e digital”, que “perfaz 60 mil milhões de euros potenciais”. “Na energia, se fizermos as contas aos objetivos do PNEC 2030 [Plano Nacional de Energia e Clima], são necessários 32 mil milhões a 35 mil milhões de euros. No pipeline potencial das duas resoluções do Conselho de Ministros que lançaram o RCI estavam em andamento 62 projetos correspondentes a 18,7 mil milhões. E na transição digital falamos de cerca de dez mil milhões”, elenca o responsável.

Quanto à Operação Maestro, que investiga uma alegada fraude de 39 milhões de euros com fundos europeus levada a cabo por Manuel Serrão, Filipe Santos Costa não acredita que recaia sobre a sua administração qualquer suspeita. “Os alertas internos são de 2013 a 2016, se não me engano. Fizemos a nossa reestruturação interna para reforçar a auditoria antes da Operação Maestro”, sublinhou.

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EasyJet cancela mais de metade dos voos nos dias de greve de tripulantes

  • Lusa
  • 2 Agosto 2024

A easyJet "já cancelou 164 de 308 voos que estavam agendados para os dias 15,16 e 17 de agosto", segundo o sindicato. Easyjet classifica a greve de "desnecessária".

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse esta sexta-feira que a easyJet cancelou mais de metade dos voos agendados para os dias da greve de tripulantes, de 15 a 17 deste mês. “Lamentavelmente, e apesar de ainda não constar das escalas dos Tripulantes, vemos que à data de hoje a easyJet já cancelou 164 de 308 voos que estavam agendados para os dias 15, 16 e 17 de agosto”, denunciou o sindicato, em comunicado aos associados, a que a Lusa teve acesso.

O SNPVAC convocou três dias greve de tripulantes de cabine na easyJet, entre 15 e 17 de agosto, após aprovação em assembleia-geral, com 99% de votos a favor, acusando a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais, entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de horas de trabalho.

A paralisação tem início às 00:01 do dia 15 de agosto e fim às 24:00 de dia 17, para “todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, em território nacional. Na nota, o sindicato realçou que “as partes não estão amarradas a uma posição definitiva e poderão dialogar até ao dia da greve”.

“Pode ser árduo assumir culpas próprias, mas apenas assumir fatores externos como as causas dos problemas na operação não pode ser a resposta”, apontou o SNPVAC, adiantando que a classe dos pilotos “pondera avançar também para a greve”.

No pré-aviso de greve, o sindicato refere que as últimas reuniões com a empresa foram “inócuas em soluções” para os problemas de falta de estabilidade de escalas, de tratamento discriminatório relativamente aos pilotos nas compensações dadas no âmbito da disrupção de verão, de insuficiência de pessoal em todos os departamentos relevantes, ou de pressão para realização de horas extraordinárias para fins comerciais.

O SNPVAC denuncia também o “contínuo e penalizante aumento do número de horas de trabalho”, o recurso a instrumentos excecionais/de emergência de extensão de horário de trabalho como regra, para colmatar a falta de pessoal e também o “cálculo ilegal do subsídio de Natal nos contratos de trabalho intermitente”.

Já a companhia aérea manifestou-se desapontada com a “greve desnecessária” dos tripulantes de cabine, após ter instado o sindicato a retomar o diálogo, prometendo fazer de tudo para minimizar o impacto. “Estamos extremamente desapontados com esta ação de greve desnecessária, especialmente nesta altura importante do ano, uma vez que já apresentámos soluções para abordar todas as preocupações levantadas pelo sindicato”, lê-se numa declaração oficial da companhia aérea, enviada à Lusa.

A companhia adiantou que os clientes dos voos cancelados já foram contactados e que estes terão direito a um reembolso ou à transferência gratuita para um novo voo. A easyJet aconselhou ainda os clientes que viajam de e para Portugal no período da greve a verificar o estado dos seus voos. Por outro lado, destacou que, no ano passado, contava com 764 trabalhadores em Portugal, número que ascende agora a 806.

(Notícia atualizada às 17h52 com a reação da Easyjet)

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Media Consulting assume comunicação corporativa do Oney Bank

  • + M
  • 2 Agosto 2024

A agência do GCI Media Group pretende "aumentar a visibilidade mediática da marca Oney e contribuir para uma gestão ainda mais eficaz de stakeholders no mercado português".

O Oney Bank escolheu a Media Consulting – Consultores de Comunicação como parceiro para a comunicação corporativa no mercado português.

A Media Consulting, que integra o GCI Media Group, passa a ser responsável por contribuir para o desenvolvimento da abordagem integrada de comunicação corporativa da instituição financeira que celebra este ano o seu 30º aniversário em Portugal.

A agência pretende ainda “aumentar a visibilidade mediática da marca Oney e contribuir para uma gestão ainda mais eficaz de stakeholders no mercado português“, refere-se em nota de imprensa.

“A integração do Oney no nosso portfólio de clientes sublinha a robustez da nossa capacidade em desenvolver estratégias integradas no âmbito da comunicação corporativa e financeira, trabalhando o propósito e a reputação, ao mesmo tempo que nos permite tomar contacto com uma estrutura tão sustentável, inovadora e há 30 anos em Portugal como é o Oney Bank”, diz André Gerson, CEO do GCI Media Group, citado em comunicado.

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Sindicato dos enfermeiros anuncia novas greves para este mês

  • Lusa
  • 2 Agosto 2024

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afirma que em agosto vão decorrer dez greves parciais que passarão "a greves nacionais e mais prolongadas" em setembro.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) anunciou esta sexta-feira 12 novas ações de luta para este mês, incluindo dez greves parciais com início já na segunda-feira.

O anúncio surge no dia em que decorre uma greve nacional que segundo esta estrutura sindical está a ter uma adesão que ronda os 80%.

“Temos um plano de lutas continuadas. Não há bombas atómicas neste processo, portanto, é uma luta persistente, continuada, organizada de forma sistemática que vai acontecer em agosto, já com dez greves” parciais que passarão “a greves nacionais e mais prolongadas” em setembro, disse o presidente do SEP, José Carlos Martins, em conferência de imprensa junto ao Hospital São José, em Lisboa.

Estas novas formas de luta avançarão caso o Ministério da Saúde não evolua para “posições sensatas, justas e razoáveis”, acrescentou.

Segundo o dirigente sindical, os protestos têm início “já segunda-feira” com uma concentração na Unidade Local de Saúde da Guarda e no dia seguinte com uma greve em Viseu.

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Ex-presidente da CAP assume presidência da Companhia das Lezírias

  • Lusa
  • 2 Agosto 2024

O novo conselho de administração da Companhia das Lezírias, encabeçado pelo antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal tomou posse na quinta-feira.

O novo conselho de administração da Companhia das Lezírias, encabeçado pelo antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e deputado eleito pela Aliança Democrática, Eduardo Oliveira e Sousa, tomou posse na quinta-feira.

O novo conselho de administração é presidido por Eduardo Oliveira e Sousa, que foi presidente da CAP entre 2017 e 2023 e eleito deputado pela Aliança Democrática (AD) pelo círculo eleitoral de Santarém nas eleições de março deste ano, refere um comunicado.

Na sua carreira, Eduardo Oliveira e Sousa passou ainda pela Direção Agrícola da Estação Zootécnica Nacional, pela Escola Superior Agrária de Santarém, pela Direção Agrícola da SUCRAL e pela Direção Executiva e Representante do Estado na Associação de Regantes do Vale do Sorraia.

Como vogais, o novo conselho de administração da Companhia das Lezírias conta com a também ex-deputada Sónia Ferreira e com o empresário Rui Veríssimo Batista como vogais.

A primeira, licenciada em Relações Internacionais e com mestrado em Gestão, é vereadora na Câmara Municipal de Benavente, tendo experiência profissional nos setores das energias renováveis, da comunicação e formação e experiência na secretaria de Estado do Desporto e Juventude.

Rui Veríssimo Batista é agricultor, gestor da Conqueiros Invest e presidente da Associação de Regantes de Campilhas e Alto Sado, sendo vogal da FENAREG da direção da Associação de Desenvolvimento Local Terras Dentro.

A Companhia das Lezírias é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, sendo a maior exploração agropecuária e florestal em Portugal. A empresa gere também, desde agosto de 2013, a Coudelaria de Alter e a Coudelaria Nacional.

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Saint-Gobain passa a produzir argamassa com subproduto da Navigator

As empresas unem-se numa parceria através da qual pretendem promover a economia circular.

A Navigator e a Saint-Gobain celebraram uma parceria estratégica focada na promoção da economia circular e na descarbonização da indústria de produção de argamassas. O acordo celebrado visa o fornecimento por parte da Navigator de um subproduto que será integrado na composição das soluções da marca Weber, da Saint-Gobain, que se move na indústria das argamassas.

A parceria agora estabelecida é fundamental para os objetivos a médio e longo prazo traçados pela Saint-Gobain“, indica um comunicado. A Saint-Gobain tem como meta atingir a neutralidade carbónica até 2050 e reduzir cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2030. Para cumprir estes objetivos, trabalha no sentido de disponibilizar materiais de construção alternativos, através de produtos que incorporem matérias-primas revalorizadas.

Na foto, José Martos, CEO da Saint-Gobain em Portugal, e António Redondo, CEO da Navigator

“A nossa estratégia em Portugal passa por sermos líderes em construção sustentável. Para isso, estamos a trabalhar em diversas áreas, sendo uma delas no desenvolvimento de soluções que contribuam, por um lado, para uma economia circular na indústria, por outro lado, para a eficiência energética do edificado” sublinha o CEO da Saint-Gobain Portugal, José Martos.

Já do lado da Navigator, a maior eficiência na utilização dos recursos das fábricas incide também no aproveitamento e valorização de resíduos do processo industrial, numa lógica de reintegração daquilo que em tempos eram resíduos como materiais valorizados na cadeia de produção de outros tipos de produtos.

De acordo com o ESG Risk Rating da Sustainalytics, a Navigator está no topo da lista das 85 empresas globais do cluster de indústrias de Paper & Forestry e ocupa o primeiro lugar entre 63 empresas que integram o subconjunto Paper & Pulp, estando no top 5% entre mais de 16.200 empresas mundiais em todos os segmentos de atividade.

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Bolsas mundiais atacadas por “sell-off” de empresas tecnológicas

Após Tóquio ter registado a pior sessão desde 2016, a Europa está novamente em queda e com alta volatilidade, por conta da forte pressão vendedora sobre as tecnológicas. Nasdaq em correção.

Os principais mercados de capitais estão a ter uma sexta-feira com elevada volatilidade e a serem tomados de assalto por uma onda vermelha, com o setor tecnológico a ser particularmente afetado.

A bolsa de Tóquio encerrou esta sexta-feira a cair 6%, registando com isso a pior queda desde 2016, à boleia de um ambiente de fortes dúvidas relativamente à economia norte-americana por parte dos investidores que desencadearam um “sell-off” de ações de empresas de semicondutores.

Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 cai atualmente 1,75% por conta de uma forte pressão do setor tecnológico que contabiliza perdas acima dos 3%. Destaque para as ações da ASM International e da BE Semiconductor Industries, duas das maiores empresas de semicondutores na Europa, que acumulam perdas de 11% e 9%, respetivamente.

Este movimento surge depois de na quinta-feira o índice Euro Stoxx 50, que agrega as 50 maiores empresas da Zona Euro, ter resvalado 2,2% — a pior sessão desde meados de 6 de julho do ano passado — por pressão do setor financeiro, após o banco francês Société Générale ter revisto em baixa as suas perspetivas e de o Banco de Inglaterra (BoE) ter surpreendido o mercado ao cortar em 25 pontos base a taxa de juro da libra esterlina de 5,25% para 5%, após uma votação apertada de 5-4 entre os responsáveis pela política monetária. Atualmente, o Euro Stoxx 50 está a cair 1,56%.

O índice VSTOXX, que reflete a volatilidade do Euro Stoxx 50, acumula atualmente uma subida de 16,3%, depois de na sessão de quinta-feira ter também subido 15%.

Em Portugal, o PSI não foge à onda vermelha global, estando atualmente a negociar com uma queda de 0,43%, contando com apenas três empresas acima da linha de água: REN, EDP e EDP Renováveis.

Nas bolsas norte-americanas, o S&P 500 abriu esta sexta-feira a cair 1,44% e o Dow Jones a perder cerca de 1%. O tecnológico Nasdaq deslizava 2,38%, entrando em território de correção, acumulando perdas de 10% face ao último máximo histórico de fecho.

A onda vendedora dos investidores é visível pela queda superior a 21% das ações da Intel no pré-mercado, depois de na quinta-feira ter apresentado resultados abaixo do esperado pelo mercado e anunciado o corte de 15 mil postos de trabalho, e também das ações da Amazon, que esta sexta-feira já estiveram a cair 9%, após a administração da empresa ter apresentado perspetivas de lucro inferiores às estimativas de Wall Street.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A correção atual nos mercados está a ser impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo dados económicos fracos dos EUA, preocupações com a política monetária global e resultados dececionantes de grandes empresas tecnológicas.

A recente decisão do Banco do Japão de aumentar as taxas de juro, juntamente com sinais de possíveis cortes de taxas pela Reserva Federal dos EUA (Fed) por parte de Jerome Powell na última reunião do comité de política monetária e o mais recente corte das taxas de juro do Banco de Inglaterra, adicionou incerteza ao panorama económico global.

Neil Birrell, diretor de investimentos da Premier Miton Investors, citado pelo Financial Times, descreve esta situação como um “ponto de inflexão”, sublinhando que a volatilidade será um fator importante nos próximos meses, com os investidores a reposicionarem as suas carteiras em função do novo ciclo das taxas de juro, com implicações diretas também no mercado obrigacionista.

Isso já é bem visível esta sexta-feira pelo aumento da volatilidade dos mercados. O índice VIX, conhecido como o “índice do medo” de Wall Street, ultrapassou os 20 pontos pela primeira vez desde abril, refletindo a crescente incerteza entre os investidores.

O mesmo se passa com o índice VSTOXX, que reflete a volatilidade do Euro Stoxx 50, e que hoje acumula uma subida de 16,3%, depois de na sessão de quinta-feira ter também subido 15%.

(Notícia atualizada às 14h34 com abertura das bolsas em Wall Street)

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⛽ Diesel desce 0,5 cêntimos na próxima semana, mas gasolina sobe 0,5 cêntimos

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,548 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão ter um comportamento diferenciados na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer 0,5 cêntimos, enquanto a gasolina deverá subir 0,5 cêntimos cêntimos, avançou ao ECO fonte do mercado.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,548 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram 1,2 cêntimos e os da gasolina 1,3 cêntimos.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir 0,38% esta sexta-feira, para os 79,82 dólares por barril, mas caminham para a quarta queda semanal, à boleia dos sinais dececionantes da procura global de combustíveis que superam os receios de perturbações na oferta devido às crescentes tensões no Médio Oriente.

Ambos os índices de referência (brent e WTI) caíram mais de 7% nas últimas quatro semanas, na mais longa sequência de perdas semanais consecutivas este ano.

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Família Correia de Lacerda abre “wine hotel” de dois milhões no Douro

Localizada junto à aldeia de Numão, a Quinta da Vineadouro, gerida por uma professora do ISEG, planeia construir mais 6 suítes e 12 bungalows, acrescentando três milhões ao investimento.

Quatro anos depois de lançar os primeiros vinhos, a Quinta da Vineadouro vai abrir um wine hotel a partir do dia 12 de setembro. Numa primeira fase, o projeto será composto por duas casas rústicas localizadas na quinta deste produtor duriense, o que representa um investimento de dois milhões de euros e a criação de seis postos de trabalho. No prazo máximo de três anos, está prevista a construção de mais seis suítes e 12 bungalows.

“Desde a recuperação das casas, os acessos e as infraestruturas necessárias, investimos cerca de dois milhões de euros neste projeto“, contabiliza ao ECO/Local Online Teresa Correia de Lacerda, diretora geral da Vineadouro Enoturismo, sociedade que pertence à família Correia de Lacerda.

Construída no século XIX e usada anteriormente como celeiro, a Casa da Vinha foi reconvertida num alojamento com duas suítes. A casa conta ainda com uma sala de jantar e de estar e cozinha totalmente equipada.

Usado em tempos como chalé de caça pelo tio-avô dos atuais proprietários, a Casa Romântica é um refúgio no meio da natureza com uma vista para o Castelo de Numão e para a barragem do Catapereiro. Além da suíte deluxe, a casa tem uma sala com lareira suspensa, kitchenette equipada e outras comodidades.

A empresa realça que este é “o primeiro EcoTech Resort sustentável dedicado ao enoturismo no Douro Superior”. O espaço conta com sistema de aproveitamento das águas pluviais e residuais, sistema integrado de climatização, painéis fotovoltaicos para autoconsumo, posto de carregamento de viaturas elétricas e central de compostagem.

Nos planos está a construção de mais seis suítes junto às casas rústicas e de 12 bungalows com vista para a albufeira da barragem do Catapereiro, a concretizar dentro de dois a três anos. Teresa Correia de Lacerda, proprietária da Vineadouro Boutique Wines, que é também professora no lisboeta ISEG, revela ao ECO/Local Online que esta segunda fase representa um investimento adicional de três milhões de euros.

Localizada junto à história aldeia de Numão, em pleno Douro Superior, a Quinta da Vineadouro, com 140 hectares, está nas mãos da mesma família há mais de 250 anos. Começou por produzir vinho do Porto para consumo próprio no século XIX e, a partir de 2020, começou a produzir vinhos tranquilos com a marca própria Vineadouro a partir dos hectares de vinha plantados.

Carlos e Teresa Correia de LacerdaRicardo Palma Veiga

No ano passado, a Quinta da Vineadouro produziu 10 mil garrafas, essencialmente para o mercado nacional, que corresponde a 90% das vendas, num total de sete referências de vinho.

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Sport TV lança novo canal focado nas modalidades

  • + M
  • 2 Agosto 2024

A sporttv7, que conta com uma "programação 100% dedicada ao desporto em português", encontra-se imediatamente a seguir à sporttv6 na grelha de canais dos operadores.

A Sport TV lançou o sporttv7, um novo canal de televisão desportivo por cabo que quer dar mais espaço a outras modalidades para lá do futebol, como andebol, basquetebol, golfe, rugby, surf, skate, padel ou ténis.

O lançamento do canal visa “permitir que os espectadores tenham uma ainda maior opção de escolha entre as múltiplas transmissões em direto – em média cerca 300 por semana – e consequentemente enriquecer a oferta da Sport TV”, refere-se em nota de imprensa.

“Com uma programação 100% dedicada ao desporto em português, a sporttv7 proporcionará às famílias portuguesas uma opção adicional de conteúdos das diversas modalidades que, por imperativos dos agendamentos alheios à Sport TV, ficavam muitas vezes impossibilitadas de transmissão em direto, e em alguns casos no passado em diferido nos canais Sport TV já existentes”, diz Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV, citado em comunicado.

“Desde modo, os nossos telespetadores terão um canal específico que privilegia as modalidades e sempre em direto. Achamos assim que estamos uma vez mais a contribuir para a dignificação das modalidades em geral e a aumentar o interesse dos portugueses pelo desporto“, acrescenta.

A sporttv7, que se encontra imediatamente a seguir à sporttv6 na grelha de canais dos operadores, iniciou a sua transmissão com o Torneio de ténis ATP 500 de Washington. O canal recorda que, “fruto das alterações da grelha de canais”, o Pack Motores Sport TV mudou para os canais sporttv4 e sporttv6.

Atualmente, e de forma geral, a subscrição mensal da Sport TV varia entre os 24,99 euros/mês e os 34,99 euros/mês. Os preços e ofertas apresentam ligeiras diferenças entre os operadores.

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Quota de carros elétricos em Portugal acima da média da UE

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Agosto 2024

Em Portugal, a percentagem de carros 100% movidos a eletricidade era de 1,87% no ano passado, ligeiramente acima da média europeia (1,7%). Quota de carros elétricos supera os 2% em dez países da UE.

Mais de 256,5 milhões de veículos de passageiros circulavam nas estradas da União Europeia (UE) em 2023, mas apenas 4,48 milhões (1,7%) eram 100% elétricos, segundo o Eurostat. Em Portugal, existia nesse ano um parque automóvel de 5,9 milhões de carros, dos quais 111 mil eram movidos exclusivamente a bateria. Uma quota de 1,87%, acima da média comunitária.

Os dados do serviço estatístico europeu, publicados esta sexta-feira, mostram que, no último ano, a Dinamarca (7,1%) tinha a maior quota de viaturas de passageiros 100% elétricas no conjunto dos 27 Estados-membros da UE, com a Suécia (5,9%) e o Luxemburgo (5,1%) a completarem o top 3.

O peso (1,87%) deste tipo de veículos no parque automóvel nacional coloca Portugal na 11.ª posição entre os 27 países do bloco comunitário.

Em contrapartida, 16 Estados-membros registaram quotas inferiores à média da UE, 14 das quais abaixo de 1%. As quotas mais baixas observaram-se em Chipre, na Grécia e na Polónia, em cada um na ordem dos 0,2%.

Percentagem de carros 100% elétricos nos países da UE em 2023

Fonte: Eurostat

Novos registos de elétricos sobem quase 50%

O Eurostat revela também que foram registados 1,5 milhões de novos automóveis de passageiros elétricos na União Europeia em 2023, um aumento de 48,5% face ao ano anterior, quando o número deste tipo de carros em circulação nos 27 Estados-membros era de pouco mais de 3 milhões.

A percentagem de novos registos de veículos 100% elétricos estava abaixo de 1% até 2018, mas desde então tem vindo a crescer: de 5,3% em 2020, a 9,0% em 2021, 12,1% em 2022 e, por fim, 14,6% no ano passado — um valor que, segundo o gabinete estatístico, “assinala a continuação do rápido aumento da adoção de veículos elétricos na UE”.

Evolução da percentagem de novos registos de veículos elétricos na UE

Fonte: Eurostat

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