Real Oviedo e Real Sporting apostam no continente americano para impulsionar o crescimento internacional

  • Servimedia
  • 10 Março 2025

Real Oviedo e Real Sporting que atualmente jogam na LALIGA HYPERMOTION, estão a concentrar os seus esforços na expansão da sua marca a nível mundial, especialmente no mercado mexicano.

Há algumas semanas, realizou-se no PortAventura World a IV Conferência de Clubes, liderada pelo Gabinete de Clubes da LALIGA, que reuniu as equipas da competição para partilhar histórias de sucesso e continuar a aprofundar a transformação das estruturas do futebol profissional espanhol em diferentes áreas.

Estela Caicoya, diretora comercial do Real Oviedo, assinalou que os principais mercados do clube de Oviedo são “o México, o Reino Unido e os Estados Unidos”. No entanto, acrescentou que “estamos principalmente no México por razões óbvias, uma vez que o clube é propriedade desse país”. No caso específico do México, Caicoya refere que têm “um patrocinador mexicano, o estado de Guanajuato, que está no equipamento desta época” e que têm um campo de futebol no México. Uma ação que também é replicada nos Estados Unidos.

Além disso, para o mercado norte-americano também lançaram “ativações com adeptos vindos dos Estados Unidos, principalmente para o Supporters Weekend, que é o fim de semana em que celebramos a comemoração do movimento que ocorreu em 2012 para salvar o clube”.

Na Europa, o clube de Oviedo está a aproveitar a popularidade da sua estrela, Santi Cazorla, em solo britânico, com vista a ganhar presença nesse mercado. “Fizemos várias viagens com ele, com destaque para a visita ao Arsenal, um dos seus antigos clubes, que serviu para produzirmos vários conteúdos para as nossas plataformas sociais”, diz Caicoya.

Uma das grandes ações para reforçar a marca Real Oviedo a nível internacional foi a viagem de imprensa que o seu departamento de comunicação organizou a Oviedo para meios de comunicação do México, Estados Unidos e Reino Unido. “The Times, The New York Times, Reforma e Grupo Excelsior estiveram connosco e puderam viver a semana do dérbi asturiano a partir do coração do clube e da cidade. Nessa visita de imprensa, aproveitámos também para lhes dar a conhecer todos os nossos patrocinadores e lugares emblemáticos das Astúrias, com uma jornada gastronómica de pratos asturianos e uma aula de sidra para lhes dar a conhecer em primeira mão a cultura da região.

O diretor comercial do Oviedo referiu ainda que a estratégia internacional do clube tem como objetivo posicionar o Real Oviedo como o “clube das Astúrias”, uma vez que “há muita cultura histórica dos imigrantes asturianos que é muito importante reter e continuamos a trabalhar nesse sentido para aumentar a presença do clube e para que sejamos tomados como a referência das Astúrias por todos eles”.

Para o Real Sporting, o mercado mexicano também é prioritário, uma vez que os proprietários do clube de Gijón também são oriundos do país da América Central. “Os nossos mercados mais estratégicos estão ligados à estratégia do Grupo (Orlegi Sports). No México, com os clubes que temos – Club Santos Laguna e Atlas Fútbol Club – há um mercado natural e sinergias em ambas as direções que estamos a tentar reforçar. A partir daí, o mercado expande-se para os Estados Unidos, com uma ligação muito forte à comunidade latina e à sua ligação cultural e emocional ao futebol”, afirma David Guerra, Presidente Executivo do Real Sporting de Gijón.

O clube de Gijón também aproveita o seu processo de internacionalização para criar laços no mundo do desporto. Guerra afirma que “projetos como o Mareo Campus, que se realiza nas nossas instalações da Escola de Futebol de Mareo durante os meses de verão, num espaço recentemente renovado, é também um impulso para a marca Sporting a nível internacional, porque recebemos grupos de diferentes regiões do mundo (Ásia, Médio Oriente, América Latina ou América do Norte) que vieram a Mareo para desfrutar das nossas instalações ou para receber formação técnica no seu condicionamento futebolístico com os nossos especialistas”.

O clube realizou ainda “diferentes Campus nos Estados Unidos e na Argentina, uma área em que vamos tentar crescer em conjunto com o Grupo na área das Academias e da presença internacional que podemos ter noutras regiões”, acrescenta Guerra.

Em termos de patrocinadores, Guerra refere o acordo que o clube tem com a SIROKO, “uma marca local com uma grande componente digital e que chega a diferentes mercados através do ecommerce, sobretudo na Europa, é algo que vamos continuar a promover no futuro”.

Por fim, a estratégia do Real Sporting passa também por aumentar a sua presença nos media estrangeiros. “Temos tido entrevistas e presença em diferentes meios de comunicação social no México, EUA e América Latina, crescendo ao mesmo ritmo que os nossos jogadores e as suas nacionalidades”, refere Guerra.

 

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Inditex, Logista e Indra, as únicas empresas do Ibex-35 sem dívida líquida

  • Servimedia
  • 10 Março 2025

Num contexto de taxas de juro elevadas e endividamento de muitas empresas do Ibex-35 três empresas fecharam o último exercício com uma situação líquida de tesouraria positiva: Inditex, Logista, Indra.

A empresa-mãe da Zara, presidida por Marta Ortega, conseguiu aumentar a sua posição de tesouraria para 11.824 milhões de euros, mais 418 milhões do que no ano anterior. A força da sua atividade, impulsionada pela sua liderança mundial no setor têxtil e pela sua estratégia de otimização de stocks, permite-lhe operar sem recorrer a dívidas financeiras, um facto excecional no seu setor.

A Logista, sob a presidência de Luis Isasi e com Íñigo Meirás como CEO, manteve uma posição de tesouraria líquida de 2 464 milhões de euros, consolidando o seu papel de líder na distribuição e logística. A sua disciplina financeira e a estabilidade do seu modelo de negócio foram fundamentais para evitar o endividamento.

Por último, a Indra, a empresa tecnológica presidida por Angel Escribano, fechou o ano com 87 milhões de euros de tesouraria líquida. Num setor marcado por um forte investimento em I&D e aquisições estratégicas, a empresa conseguiu equilibrar o seu crescimento com uma estrutura financeira saudável.

Para estas três empresas, a solidez financeira é fundamental para a sua expansão global, especialmente em mercados estratégicos como a Ásia. A Inditex continua a reforçar a sua presença na China, Coreia do Sul e Japão, enquanto a Logista explora novas oportunidades no comércio eletrónico e na distribuição. A Indra, por seu lado, procura consolidar o seu negócio de defesa e tecnologia num mercado em plena procura na Europa, com força em nichos muito estratégicos. Uma gestão financeira prudente confere-lhes uma vantagem competitiva e reforça o seu atrativo para os investidores que procuram estabilidade em tempos de incerteza.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 10 de março

  • ECO
  • 10 Março 2025

Ao longo desta segunda-feira, 10 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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À procura de momentos chave para comunicar de forma “muito direcionada”, Sandra Andrade, da Xerox, na primeira pessoa

Com a Xerox a assinalar 60 anos em Portugal, Sandra Andrade ajuda a marca a apostar numa comunicação "muito direcionada". O apelo de viver perto do mar levou-a a trocar Lisboa por Cascais.

Este é um ano de números redondos para Sandra Andrade. Com 50 anos de idade, a marketing & communication manager trabalha há 20 anos na Xerox, marca que em 2025 celebra 60 anos em Portugal e que aposta em “momentos-chave” para comunicar de uma forma “muito direcionada”.

Com um trabalho e comunicação B2B (business-to-business), existe “necessidade de manter uma comunicação sempre muito ativa e de grande visibilidade”, pelo que a marca procura “momentos-chave para comunicar com mais intensidade”, e de forma “muito direcionada” para o seu público-alvo, que são os decisores das empresas.

“Isso também nos traz alguns desafios, ao nível do reconhecimento ou notoriedade da marca junto de gerações mais jovens que entretanto vão chegando aos lugares de decisão das empresas. Mas a verdade é que, para os decisores, a Xerox continua a ser uma marca reconhecida, e sempre que se pensa em projetos ligados às soluções de impressão ou serviços relacionados com a gestão de processamento documental, a Xerox tem uma grande notoriedade, também graças a esta comunicação muito específica e para um target muito delineado. Procuramos estar visíveis junto de quem é o nosso público-alvo e que precisamos que tenha a referência da marca“, explica ao +M.

Para alcançar esse seu público-alvo, a Xerox aposta tanto numa via direta como em parcerias com algumas organizações. Além de comunicar, de forma mais ou menos pontual (duas ou três vezes por ano) através de alguns canais mais diretos, a marca trabalha com os seus parceiros de negócios e concessionários autorizados — quer “monobrands, que comercializam exclusivamente as soluções Xerox, quer parceiros que também comercializam outras marcas.

“E é aí que trabalhamos mais especificamente o nosso canal indireto, junto dos nossos revendedores, onde fazemos essa comunicação muito específica, até porque a nossa rede de parceiros nunca está fechada, estamos sempre a crescer e esse crescimento é um dos nossos objetivos. Trabalhamos a comunicação para aumentar a nossa capacidade de cobertura, a nossa rede de parceiros, bem como para ajudar os parceiros a manter a marca viva e visível junto dos seus clientes finais, apresentando aquilo que é a nossa proposta de valor“, explica.

A marca tenta também estar presente, pelo menos uma vez por ano, num grande evento da área das TIC (tecnologias da informação e comunicação), em nome próprio ou enquanto patrocinadora. Além disso, trabalha “muito em parceria” com a IDC, “um dos grandes analistas de mercado” desta área, procurando estar presente nos seus eventos para contactar com o mercado e falar daquilo que é a evolução das suas soluções tecnológicas.

Em termos de eventos, e também a propósito das celebrações dos 60 anos da marca em Portugal, a Xerox realiza no dia 8 de abril, em Lisboa, um evento em torno da inteligência artificial (IA). “Aproveitando o facto de a marca celebrar os 60 em Portugal, vamos associar estes dois temas: assinalar este marco da Xerox celebrando, mais do que a sua história, a sua visão de futuro, que passa também por olhar para a forma como IA ajuda e pode vir a ajudar as empresas nesta transformação digital”, explica.

O evento contará com Ricardo Parreira, ex-CEO da PHC, como orador convidado para falar sobre a IA e a forma como esta tecnologia impacta as empresas. Em conjunto com parceiros, a marca realiza esta celebração com uma “perspetiva de muito orgulho no percurso de 60 anos em Portugal, mas com os olhos postos mais à frente“.

Naturalmente que o que está para trás é o que nos faz estar na posição em que estamos hoje mas, mais do que olhar para trás, queremos celebrar o que ainda está por vir, o futuro e a capacidade que temos tido de nos reinventar. 60 anos é um marco já bastante grande, que nos deixa num grupo relativamente restrito de empresas, e num mercado tão dinâmico e onde as mudanças acontecem cada vez mais rapidamente, temos tido a capacidade de nos reinventarmos a cada momento e de continuarmos a estar na liderança de mercado. Isso deixa-nos muito orgulhosos e é isso que vamos estar a celebrar no dia 8 de abril”, diz a marketing & communication manager.

Em maio, numa ação mais informal, a marca vai também juntar todos os colaboradores para uma celebração em conjunto, fazendo alguns reconhecimentos de antiguidade, mas também “celebrando quem chegou há menos tempo e quem está agora a dar corpo a esta que é a nossa visão e os nossos valores”, diz Sandra Andrade.

Já em setembro ou outubro, a marca vai promover um evento “muito direcionado” para os seus parceiros de negócio, altura em que “gostamos de envolver as equipas dos nossos parceiros”. “Nós ao longo do ano temos reuniões mais formais com os nossos parceiros, mas vamos fazer um evento onde vamos envolver todas as equipas dos nossos parceiros, porque de facto eles são também a nossa face visível junto de todo o mercado“, refere Sandra Andrade.

Para comunicar o seu 60º aniversário em Portugal, a Xerox apostou nas agências Hub Media, em termos de comunicação estratégica e assessoria mediática, e a Besides the Obvious (BTO), para ações de marketing, eventos e design.

Com formação base em gestão de marketing e prestes a iniciar uma pós-graduação em ferramentas de IA aplicadas ao marketing, Sandra Andrade entrou no mercado de trabalho em 1997, tendo a “felicidade” de trabalhar sempre na área do marketing e comunicação. O termo “felicidade” é empregue uma vez que viu muitos dos seus colegas irem trabalhar para outras áreas ou emigrarem. “Esta é uma área e um mercado que vão estando muito cheios e nem sempre há a oportunidade certa no momento certo“, diz.

Foi aproveitando algumas dessas oportunidades que foram surgindo ao longo do seu percurso profissional que Sandra Andrade desempenhou funções no IPAM, na Prooptica, Mercal Consulting Group, CIMP e AmecSpie.

Entretanto descobriu também um “gosto particular” pelo ensino, tendo dado aulas de publicidade e comunicação na Escola Profissional de Comunicação e Imagem, no início dos anos 2000. Começou novamente a lecionar no ano passado num curso profissional da Escola Técnica Psicossocial de Lisboa, na área de marketing social.

Há cerca de três anos a viver em Cascais com a mulher e a filha de 14 anos – uma “adolescente em potência, com todos os desafios [associados]” — Sandra Andrade morou durante alguns anos em Lisboa, perto da sede da Xerox, mas “o apelo de viver perto do mar” foi mais forte.

A possibilidade de poder usufruir, “mesmo que só aos fins do dia ou em pleno inverno, de um passeio pela praia, de molhar os pés e de ver o por do sol ao fim do dia” fez assim com que decidisse mudar para mais perto do mar. Mas ainda antes de morar em Lisboa, viveu “grande parte” da sua vida na Linha de Sintra, entre Queluz e São Marcos, pelo que viveu “as dores de ir trabalhar para Lisboa todos os dias, quando os modelos de trabalho híbrido ainda não eram tão flexíveis”.

A decisão de trocar a capital por Cascais deveu-se também precisamente à facilidade permitida pela adoção de um modelo híbrido, que lhe permite trabalhar alguns dias por semana a partir de casa e ter um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal e familiar. Mas também “muito importante” é o contacto com os colegas, pelo que não prescinde de ir cerca de duas vezes por semana ao escritório. “Um modelo híbrido é o ideal“, remata.

Em termos de hobbies, o desporto é responsável por ocupar grande parte do seu tempo livre. Tendo sempre praticado desporto — nomeadamente basquetebol, quando era mais nova — Sandra Andrade viu o início da sua atividade profissional restringir-lhe o tempo disponível para o desporto, o que não a impede de ir fazendo atualmente, de “forma mais ou menos amadora”, running e padel.

Gosta também de tudo o que sejam atividades ao ar livre, como caminhar e passear, bem como viajar, algo que às vezes pode consistir em apenas ir passar um fim de semana fora para conhecer uma nova cidade e região.

O “resto do pouco tempo livre que sobra no meio disto tudo” é preenchido com algumas séries e filmes. Nos últimos tempos tem descoberto um “gosto particular” por tudo o que são biografias e histórias reais, pelo que vai navegando e procurando ver alguma televisão e cinema nesse âmbito mais autobiográfico e de histórias de vida que marcaram a história.

Também ouve muito podcasts, nomeadamente nas deslocações que faz de carro, procurando encontrar conteúdos que a possam enriquecer ao nível de conhecimento geral. A leitura, na verdade, não é algo que a cative particularmente, pelo que tenta compensar a obtenção de conhecimento que os livros lhe poderiam proporcionar com o consumo de podcasts, séries e “todos os streamings que há por aí” e que são “uma forma muito fácil de nos enriquecermos de conhecimento, de uma forma relativamente simples e fácil”.

Sandra Andrade em discurso direto

1- Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível Internacional, a Coca-Cola continua a ser uma marca que ousa procurar novos caminhos para nos desafiar a ver além do óbvio. Na memória retenho o anúncio “Sensação de Viver” dos finais da década de 80, ou os anúncios de Natal, onde relembro em especial o de 2020, que nos lembrava que “Este Natal, o melhor presente és tu”. Agora, gostava mesmo de ter feito parte da equipa que desenhou a ideia para a campanha de 2017. Apesar de ter sido realizada especificamente para o mercado brasileiro, teve a capacidade de envolver todas as variáveis do marketing e culminar numa campanha viral de enorme impacto social. É um excelente exemplo do que atualmente se designa Marketing 3.0, onde as marcas procuram criar familiaridade com os consumidores, colocando em prática os seus valores. “Essa Coca é Fanta”, parte de uma expressão carregada de preconceito e torna-se numa ação arrojada e que não deixa ninguém indiferente.

A nível nacional, olho com especial atenção o trabalho que as empresas de telecomunicações desenvolvem nesta área, e o ano de 2020 foi particularmente especial nesse sentido. Ficou-me na memória a campanha da Vodafone que reforçava a homenagem aos profissionais de saúde.

2- Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

A decisão mais difícil é sempre a de conseguir avaliar se a decisão ou a ação mais desafiante e criativa é aquela que cumprirá os objetivos definidos.

3- No (seu) top of mind está sempre?

Tendências e inovação.

4- O briefing ideal deve…

Ser concreto e realista.

5 – E a agência ideal é aquela que…

É proativa e antecipa necessidades.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Jogar pelo seguro. A notoriedade e credibilidade de uma marca leva anos a ser construída e segundos a perder valor.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Se pensar especificamente na Xerox, procuraria colocar a marca como major sponsor de um grande evento nacional para reforçar o seu posicionamento junto dos diferentes públicos. Sendo o foco do negócio o B2B, direi que estamos no top of mind dos decisores atuais, mas a marca tem baixa notoriedade junto dos públicos mais jovens, que em breve estarão nos lugares de decisão nas empresas.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

A publicidade em Portugal tem sabido aliar a criatividade à necessária adaptação às tendências digitais, enquanto mantém um forte vínculo com a cultura e identidade locais.

9 – Construção de marca é?

Construir uma marca é como escalar as montanhas mais altas do mundo. Há que saber que o planeamento é chave, mas entender que o plano tem de ser flexível para responder de forma rápida e assertiva aos imprevistos que sempre irão acontecer. E, quando começamos a escalar uma montanha, sabemos que iremos continuar a planear e a executar ao mesmo tempo. Rever, corrigir, ajustar e executar. Avançar e recuar. Dar passos seguros e consistentes. E saber que atrás do topo de uma montanha existirá sempre outra para escalar, com novos desafios.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Talvez tivesse tentado seguir por uma área ligada ao treino de equipas profissionais e de alta competição.

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Novas regras de transparência dos negócios geram receio de mais burocracia e custos para empresas

Projeto de norma contabilística internacional para aumentar transparência financeira das operações é positivo, mas pode aumentar litígios e dificultar auditorias, dizem especialistas.

As empresas têm de ser mais transparentes com os investidores sobre os objetivos das suas fusões e aquisições e as sinergias e mais-valias que esperam obter. É o que pretende a International Accounting Standards Board (IASB) com um projeto que tem em cima da mesa para exigir mais transparência sobre a evolução financeira dos negócios de M&A feitos por cotadas. Os especialistas ouvidos pelo ECO dão nota verde ao aumento da clareza da informação, mas pedem ‘remédios’ para que a burocracia não se torne insustentável, sobretudo para as PME.

“Do ponto de vista estritamente conceptual, estou de acordo com iniciativas que beneficiem a confiança e a transparência do mercado face aos investidores. Todavia, essa maior exigência de transparência – neste caso em concreto, exigir às empresas que informem os investidores dos benefícios ou sinergias que esperam obter quando realizam uma compra – não pode em si mesmo vir criar distorções ao mercado”, explica Paulo Soares de Oliveira, fundador da corporate boutique Soares de Oliveira & Associados (SOA).

Em causa está uma proposta de norma contabilística do IASB cujo objetivo é exigir que as empresas informem os investidores, quando vão às compras, dos benefícios que preveem conseguir com essa transação e que os mantenham atualizados sobre o nível de alcance desses objetivos. Com que intuito? Para que o mercado possa antecipar as necessidades de provisão para goodwill (diferença entre o preço pago por uma empresa que se compra e o valor patrimonial/capital próprio da mesma).

Multinacionais como BP, Telefónica, Siemens, Unilever e Volkswagen estão numa verdadeira “rebelião” perante o apertar do cerco das regras contabilísticas, como conta o jornal espanhol Expansión. É que, segundo Paulo Soares de Oliveira, vai ser complexo auditar estes dados, o que resultará em incerteza, “um efeito mais devastador para o mercado”, e poderão gerar-se mais litígios ao publicar informação sensível ou até quebra de acordos de confidencialidade (NDA – Non Disclosure Agreements).

“Pode ser um bocadinho um tiro no pé. Há aquisições em que as sinergias são completamente irrelevantes, como integrações verticais. Outro exemplo é um processo de build-up, em que há várias aquisições de empresas ao longo do tempo. O que iria implicar? É preciso discutir muito bem a aplicação da norma”, adverte o líder da SOA, que pertence à rede internacional One to One Corporate Finance. O assessor sugere ainda que a gestão preste informação qualitativa sobre as suas expectativas a propósito dessa consolidação, em vez de quantitativa. “Ir mais além do que isso seria introduzir demasiada incerteza na norma”, defende Paulo Soares de Oliveira.

"Pode ser um tiro no pé, porque há aquisições em que as sinergias são completamente irrelevantes, como integrações verticais. É preciso discutir muito bem a aplicação da norma”

Paulo Soares de Oliveira

Sócio da One to One Corporate Finance

Contabilistas “favoráveis” a mais informação sem comprometer segredo de negócio

Contactada pelo ECO, a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) explicou que este processo ainda está em discussão no IASB, que publica as International Financial Reporting Standards (IFRS), e lembra que as cotadas portuguesas estão obrigadas à aplicação das normas internacionais de contabilidade adotadas pela União Europeia, “cujo processo de adoção carece de extensa análise e verificação das implicações pelo EFRAG (órgão consultivo da Comissão Europeia nas áreas contabilísticas)”.

Paula Franco defende que “é favorável” à divulgação de informação financeira das empresas para o mercado para permitir a tomada de decisão “apropriada” nas decisões de investimento e financiamento das organizações. Porém, considera que a comunicação não pode pôr em causa “o segredo do negócio das empresas, nem aumentar desproporcionalmente os custos associados de recolha e disponibilização de tais informações, tendo em conta que se trata de informações com base em estimativas futuras com um grau elevado de incerteza”.

Em relação aos privados, a bastonária da OCC acredita que as normas contabilísticas e de relato financeiro do Sistema de Normalização Contabilística em vigor em Portugal já permitem “a apresentação e divulgação necessária e apropriada para os utilizadores e outros interessados nas informações das demonstrações financeiras das empresas portuguesas não cotadas e que não aplicam as normas internacionais de contabilidade quanto às operações de fusão e aquisição” no país.

A associação Transparência Internacional Portugal (TI Portugal) tem vindo a aplaudir iniciativas para o setor privado, inclusive a colaboração com o Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) para implementação generalizada do Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC) e a criação do Business Integrity Forum, que está prevista ainda para este ano. Logo, esta é mais uma proposta que merece elogios da TI, até porque a “correta” avaliação do goodwill e a “clareza” sobre acordos parassociais são “fundamentais para evitar assimetrias de informação” que corram o risco de prejudicar investidores minoritários.

“Por princípio, acompanhamos todas as iniciativas da IASB que visem o aumento da transparência financeira, especialmente quando estas respondem a necessidades por ela identificadas como essenciais para reforçar o level playing field do mercado e a melhoria da tomada de decisão dos diversos stakeholders”, diz Jorge Máximo. Ainda assim, a TI Portugal apela à atenção às pequenas e médias empresas, que representam a maioria do tecido empresarial do país, e sugere que se estudem “adaptações” às normas para organizações de menor dimensão, e com volumes de negócios também mais baixos, para que haja equilíbrio entre transparência e proporcionalidade na divulgação de informação.

“Embora o nosso mercado de fusões e aquisições seja relativamente pequeno, a existência de regras claras e comparáveis com os restantes países europeus é essencial para garantir um ambiente de negócios estável e atrativo para investidores. A falta de transparência pode criar riscos significativos, nomeadamente para investidores minoritários e reguladores que dependem de informação fiável para avaliar o impacto destas operações”, sublinha Jorge Máximo.

"A falta de transparência pode criar riscos significativos, nomeadamente para investidores minoritários e reguladores que dependem de informação fiável para avaliar o impacto destas operações”

Jorge Máximo

Membro do 'board' da Transparência Internacional PT

Lufada de ar fresco em 2025?

No ano passado, as transações de M&A puro e duro, bem como o investimento em capital de risco, private equity e compra de ativos, movimentaram no total 12,6 mil milhões de euros em Portugal, de acordo com a TTR Data. Apesar de 2025 ter começado com quedas – em janeiro, estas operações diminuíram 40% face ao ano anterior -, os especialistas antecipam que haja uma retoma da atividade, fruto da liquidez nas mãos de grandes empresas e fundos de capital privado, bem como o surgimento de um tipo de investidor até então com pouca expressão, os family offices, segundo a consultora PwC.

“De destacar ainda uma tendência evidente para a prossecução de estratégias de crescimento assentes em fusões e aquisições, o foco na revisão dos portefólios por parte dos grandes grupos económicos, bem como o crescente apetite por transações cujo principal racional é a sustentabilidade. Em termos de setores de atividade, é esperado que a tecnologia, imobiliário, utilities e energia, indústria transformadora, saúde e serviços continuem a ser os setores mais dinâmicos”, antecipa a PwC Portugal, num documento consultado pelo ECO e assinado por António Rodrigues, sócio responsável pela prática de Corporate Finance.

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Após acordo sobre investimento em defesa é agora tempo dos detalhes. Ministros das Finanças reúnem-se em Bruxelas

Após o acordo do Conselho, Eurogrupo reúne-se esta segunda-feira e ECOFIN na terça. Do período da flexibilização das regras orçamentais à repartição dos empréstimos, entra-se agora nos detalhes.

O Diabo está nos pormenores, diz o ditado popular que esta semana poderá aplicar-se às discussões técnicas que arrancam agora sobre o financiamento da defesa europeia. Após os líderes europeus terem dado ‘luz verde’ ao plano “Rearmar a Europa”, os ministros das Finanças irão começar a posicionar-se sobre os detalhes da flexibilização das regras, bem como o programa de 150 mil milhões de euros em empréstimos a taxas mais favoráveis, propostas encaradas nas instituições europeias como um “virar de página” na defesa.

Esta segunda-feira, o Eurogrupo reúne-se para o encontro informal mensal de ministros das Finanças da Zona Euro. Com o Governo português em véspera de apresentação da moção de confiança, que deverá ditar a sua queda, e com a realização de um Conselho de Ministros, o país far-se-á representar pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão Brito.

Da agenda fazem parte questões como a evolução macroeconómica do euro e a coordenação das políticas orçamentais, estando previsto que os responsáveis pelas pastas das Finanças troquem “pontos de vista sobre a coordenação da política orçamental”, “avaliando as experiências passadas de formulação e execução dos planos orçamentais”, bem como debatam “os desafios orçamentais emergentes e o seu potencial impacto na orientação orçamental da Zona Euro“.

O programa oficial foi, contudo, desenhado antes do Conselho Europeu extraordinário, que teve lugar na quinta-feira passada, 6 de março, em Bruxelas, no qual os 27 líderes europeus apoiaram as propostas da Comissão Europeia para aumentar o investimento em defesa.

Este ponto ganha assim outra relevância com o acordo alcançado e após o anúncio de que a Alemanha se preparar para uma revolução na política orçamental, com um acordo nacional para reformar o chamado “travão da dívida”.

Segundo fontes europeias ouvidas pelo ECO, Berlim quer ir mais longe também nas regras comunitárias e tem-se mostrado favorável nas reuniões à porta fechada a uma reforma das mesmas.

Em Bruxelas, vai-se ouvindo que neste momento está tudo em cima da mesa e que a discussão poderá servir como teste para medir qual a elasticidade da discussão sobre alteração às regras orçamentais europeias e ao framework que guia nomeadamente os planos orçamentais nacionais de médio prazo.

Não se vislumbra que esta discussão seja curta, mas para o menu do jantar prevê servir-se um debate mais político sobre as conclusões do Conselho, que poderá servir como ensaio para o ECOFIN, reunião mais alargada de ministros, de 11 de abril em Varsóvia, que deverá ser dedicado exclusivamente ao financiamento da defesa e para o qual já se esperam posicionamentos mais sólidos.

No dia seguinte, a flexibilização das regras orçamentais deverá ser abordado numa troca de pontos de vista entre todos os representantes das Finanças da União Europeia. Embora exista um apoio unânime à proposta do executivo comunitário para ativação da cláusula de derrogação nacional prevista no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) é preciso definir detalhes, como a duração da sua ativação (três ou quatro anos são até ao momento os períodos mais ouvidos) ou o que será classificado como despesa militar.

O objetivo desta regra é que os países mobilizem 650 mil milhões de euros em defesa, com um aumento do investimento de 1,5% em quatro anos. Entre as questões em aberto estão, por exemplo, qual será considerado o ano de referência nesta comparação ou se os Estados que já investem acima de 2% serão beneficiados ou não.

A medida pretende evitar a abertura de Procedimentos por Défices Excessivos aos Estados com défices acima de 3%, pelo que excluirá da contabilização para o défice a despesa com defesa. No entanto, esta despesa continuará a contar para a dívida pública.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, salientou que Portugal não precisaria da aplicação da cláusula, uma vez que regista excedentes orçamentais. No entanto, o ECO sabe que nas instâncias europeias existe alguma pressão para que todos os países ativem este instrumento para evitar estigmatizações.

Embora não faça parte do programa, os ministros ou os seus representantes deverão debater também o novo instrumento temporário para conceder aos Estados-Membros empréstimos caucionados pelo orçamento da União Europeia no valor de 150 mil milhões de euros. Inspirado no programa SURE, o objetivo passa por conceder empréstimos aos países para investimento em defesa a taxas mais favoráveis.

Contudo, também aqui há vários detalhes sobre os quais se espera que os ministros troquem ideias, como qual a modalidade de acesso ou como é feita a repartição do dinheiro. Da parte de Portugal, Montenegro já defendeu que o país deverá recorrer a esta possibilidade.

“Evidentemente que Portugal deve aproveitar a oportunidade de poder ter empréstimos e poder ter um mecanismo de flexibilidade para utilizar, sem colocar em causa a trajetória” das finanças públicas, afirmou, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Fontes europeias assinalavam horas antes do arranque do Conselho Europeu que este era apenas o primeiro passo numa longa caminhada, agora os próximos encontros definirão o tamanho dos passos seguintes.

*Em Bruxelas. A jornalista viajou a convite do Conselho da União Europeia.

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CCOO junta-se à Telefónica para apelar a uma Europa “forte” no setor das telecomunicações

  • Servimedia
  • 10 Março 2025

O CCOO emitiu um comunicado no qual se posiciona a favor de uma “Europa forte em tecnologia, em comunicações, que nos dê liberdade” e não dependa de “terceiros” como os Estados Unidos ou a China.

Desta forma, o principal sindicato do país junta-se às exigências da Telefónica que, nas palavras do seu presidente Marc Murtra, pediu às autoridades europeias, na sessão de abertura do MWC, “que adaptem os seus regulamentos e objetivos para permitir a consolidação tecnológica e das telecomunicações”.

Na mesma linha, o sindicato apelou à UE para “simplificar o quadro regulamentar digital, favorecer a consolidação e dar autonomia a um serviço essencial que abrange domínios tão comprometidos como a defesa das liberdades ou a segurança dos próprios Estados”.

Em Barcelona, Murtra defendeu o papel de liderança que o setor das telecomunicações tem historicamente desempenhado no progresso tecnológico da Europa e sublinhou o potencial das novas redes de ultra banda larga e as novas oportunidades oferecidas pelas arquiteturas baseadas na nuvem.

No entanto, para concretizar esse potencial e aproveitar essas oportunidades, é preciso partir do princípio de que só os ganhos de escala e de capacidade permitirão “alcançar melhorias dramáticas na Europa”.

Por seu lado, o sindicato considera que a Europa “deve tornar-se uma potência” no setor, uma vez que “disso podem depender os riscos para as nossas empresas, não só de telecomunicações, mas também para os governos da UE e, por conseguinte, para os cidadãos do nosso continente”.

Da mesma forma, o CCOO assegurou que espera que as mudanças na cúpula da Telefónica “fortaleçam a empresa e, ao mesmo tempo, reforcem as relações com a representação dos trabalhadores do Grupo” e pediu ao governo e ao patronato que sejam “corajosos” e “deem prioridade a investimentos importantes” no setor.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 10 Março 2025

O INE divulga o índice de custos de construção de habitação nova e o Eurostat os dados sobre os voos comerciais na UE. Serão retomadas as reuniões entre os sindicatos e o Ministério das Finanças.

Esta segunda-feira, o INE divulga o índice de custos de construção de habitação nova referentes a janeiro e o Eurostat os dados sobre os voos comerciais na União Europeia. Serão ainda retomadas as reuniões com os sindicatos dos funcionários públicos no Ministério das Finanças. A marcar o dia está ainda o fim do prazo para os trabalhadores e credores da Tupperware reclamar os créditos e a descida dos combustíveis.

Como evoluíram os custos de construção de habitação?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga o índice de custos de construção de habitação nova referentes a janeiro. Em dezembro de 2024, os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,3% face ao mês homólogo. A subida do indicador, num valor nove décimas acima do observado em novembro, é influenciada principalmente pelo aumento do custo da mão-de-obra, sendo a maior desde março de 2023.

Ministério da Finanças reúne com sindicatos

Esta segunda-feira serão retomadas as reuniões com os sindicatos no Ministério das Finanças. As negociações com as estruturas sindicais representativas dos funcionários públicos têm como objetivo estabelecer uma série de acordos, entre eles a valorização extraordinária de duas carreiras já existentes: a de técnico superior especialista em orçamento e finanças públicas; e a de técnico superior especialista em estatística, do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Como evolui o setor da aviação?

O Eurostat vai divulgar os dados sobre os voos comerciais na União Europeia (UE) referentes a fevereiro deste ano. No ano passado, foram registados 6,7 milhões de voos comerciais na UE, mais 5,8% em comparação com 2023 (6,3 milhões). Apesar deste aumento, o número de voos manteve-se abaixo dos níveis pré-pandémicos em 2019 (7 milhões).

Termina o prazo para os trabalhadores da Tupperware reclamarem créditos

Os trabalhadores e credores da Tupperware têm até esta segunda-feira para reclamar os créditos, ou seja, as indemnizações por cada ano de trabalho. A empresa detentora da fábrica da Tupperware em Montalvo, Constância, foi declarada insolvente em fevereiro pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, desfecho que colocou 200 pessoas no desemprego.

Combustíveis descem até 4 cêntimos

Esta semana, encher o depósito do carro vai ficar mais barato para veículos a gasóleo e gasolina. O litro de diesel, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá descer 3,5 cêntimos a partir desta segunda-feira, enquanto a gasolina deve baixar 4 cêntimos. Quando for abastecer, passa a pagar 1,602 euros por litro de gasóleo simples e passará a pagar 1,696 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira.

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Fraude nos seguros: Da simulação de acidentes à manipulação de dados

Manuel Castro, presidente do Colégio Automóvel da CNPR explica as fraudes nos seguros e como a IA pode ser tanto uma aliada na deteção como uma ferramenta para sofisticar esquemas fraudulentos.

A fraude em seguros assume contornos complexos e sofisticados. Do furto de veículos ao empolamento de danos, passando pela manipulação digital de provas, os métodos utilizados pelos defraudadores estão em constante evolução, explicou Manuel da Silva Castro, presidente do Colégio Automóvel da Câmara Nacional de Peritos Reguladores (CNPR) e ex-diretor de sinistros da Companhia de Seguros Tranquilidade (atual Generali Tranquilidade).

Manuel Castro, presidente do Colégio Automóvel da Câmara Nacional de Peritos Reguladores: “Num futuro próximo iremos ter casos de tentativa de fraude em carros elétricos quando as baterias, que são extremamente caras, chegarem ao fim do seu tempo útil de vida”.Ricardo Castelo/ECO

Fraudes mais comuns: Acidentes e roubos simulados

O especialista explica que existem dois principais tipos de fraude em seguros: a ocasional e a organizada. A primeira ocorre de forma esporádica, como meio de resolver uma situação pontual. A segunda envolve grupos que lucram com esquemas sistemáticos.

No ramo automóvel, a tipologia de fraudes esporádicas mais comum é “a inversão da responsabilidade através de participações onde são deturpadas as circunstâncias em que ocorreram os sinistros”. Estes casos são comuns nos despistes em “apólices que não contemplam a cobertura de danos próprios”. Nestas situações, há quem peça a amigos ou até familiares que participem o sinistro assumindo a responsabilidade para “conseguir a reparação por conta do segurador”, explica o especialista.

A assunção de responsabilidades por terceiros também acontece quando um veículo embate noutro que é envelhecido e de baixo valor, assumindo o último a responsabilidade do acidente para a seguradora pagar pelos danos ao outro automóvel, mais caros. O “carro velho” é geralmente compensado pelos prejuízos que teve no seu veículo e pelo agravamento dos prémios de seguro.

Outra prática recorrente é o agravamento de prejuízos. Com a colaboração de reparadores, os danos preexistentes são incluídos nos pedidos de indemnização e deste modo “o lesado consegue um valor substancialmente superior ao devido”, refere Manuel Castro.

Na fraude organizada, os casos mais comuns são os de furtos de veículos normalmente da gama alta que são depois desmantelados, sendo as peças postas à venda no mercado ou então utilizadas para repararem veículos muito danificados – os salvados – que, curiosamente, a maior parte deles são comprados, direta ou indiretamente, às próprias seguradoras”, explica o presidente do Colégio Automóvel da CNPR.

“Num futuro próximo iremos ter casos de tentativa de fraude em carros elétricos quando as baterias, que são extremamente caras, chegarem ao fim do seu tempo útil de vida”, prevê Manuel Castro.

Manuel Castro, presidente do Colégio Automóvel da Câmara Nacional de Peritos Reguladores: “No caso da fraude em seguros, a IA pode ser de uma ajuda enorme às seguradoras, mas também pode ser usada pelos defraudadores para aprimorar a forma como praticam as fraudes”.Ricardo Castelo/ECO

Como se detetam as fraudes?

A deteção de fraudes ocorre, principalmente, em três frentes. A primeira acontece no momento da participação do sinistro. As seguradoras usam sistemas automáticos para analisar o histórico do segurado, o tipo de ocorrência e outros indicadores. “Após a triagem, os casos selecionados como sendo potencialmente suspeitos seguem para verificação por especialistas e, confirmando-se o grau de suspeita, os sinistros seguem para averiguação”, explica.

A segunda frente envolve os peritos avaliadores. Estes são os primeiros a observar os danos e identificar possíveis irregularidades. Se houver suspeitas, “o perito pode gerar um alerta e o caso segue para análise e eventual investigação”

A terceira etapa consiste na averiguação direta. Um perito investiga documentos, analisa o local do acidente e cruza informações. “Ao detetar contradições ou incongruências, realiza diligências no sentido de apurar a verdade dos factos, aprofundando a averiguação.”

Não há almoços grátis

“No caso da fraude em seguros, a IA pode ser de uma ajuda enorme às seguradoras, mas também pode ser usada pelos defraudadores para aprimorar a forma como praticam as fraudes” afirma Manuel da Silva Castro.

As seguradoras utilizam algoritmos avançados para identificar padrões suspeitos e prever fraudes. Com isso, os processos tornam-se mais rápidos e eficientes.

“Com IA, será possível, usar algoritmos mais apurados, que analisarão as participações de sinistros e verificarão elementos importantes constantes nas mesmas, de tal forma que poderão ser extraídos elementos que permitirão analisar o grau de probabilidade de fraude a partir do documento digital”, declara Manuel Castro.

“Com base nesta pesquisa automática, chatbots poderão fazer entrevistas telefónicas, que serão baseadas em perguntas tipificadas e, de acordo com as respostas obtidas junto dos intervenientes, será feito um relatório de análise prévia, onde constará uma decisão relativa à necessidade, ou não, de se continuar a averiguar.”.

O especialista acredita que a IA tornará mais fácil a resolução sinistros mais simples “tornando a vida útil dos processos mais curta, proporcionando às seguradoras a redução de custos e a afetação dos seus recursos humanos, nomeadamente peritos e averiguadores aos grandes sinistros ou aos casos mais complicados”.

Por outro lado, os defraudadores também recorrem à tecnologia. Redes organizadas podem IA para otimizar esquemas (gerir melhor as tipologias, os intervenientes e as formas de operar).

“Um dos elementos a que as seguradoras devem estar mais atentas é à matéria probatória que é facultada. Com técnicas de IA é hoje possível forjar documentos com um realismo incrível, que nem um especialista conseguirá detetar, pelo menos na maioria dos casos”. A manipulação de fotografias é uma das maiores preocupações para as seguradoras – com ferramentas avançadas, é possível alterar imagens de acidentes de forma quase indetetável.

“A manipulação de imagens através IA leva uma dúzia de segundos nalguns programas e o resultado é absolutamente fantástico, devido ao realismo. Realismo este que torna quase impossível definir, com certeza, se uma imagem foi ou não manipulada. Por este motivo, as seguradoras deverão prestar cada vez mais atenção à documentação que recebem.“, alerta o especialista.

Nem tudo o que parece é

Distinguir fraude de um simples desacordo pode ser um desafio. Nem sempre há intenção dolosa. Muitas vezes, os sinistrados desconhecem exclusões nas suas apólices e tentam obter indemnizações indevidas sem o saber.

“Neste caso, deverá ser feita uma investigação, na qual o perito deverá apurar com o maior rigor as condições que envolvem o sinistro, para que, nem a seguradora, nem o lesado sejam vistos como litigantes de má-fé devido à divergência de opiniões, e de responsabilidades, sobre o sinistro. Havendo dúvidas, a parcimónia será a melhor forma de resolver a contenda entre as partes”, conclui Manuel Castro.

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Biometano em Portugal: Oportunidades, desafios e estratégias em debate

  • ECO
  • 10 Março 2025

O evento Qualificar Portugal para uma Economia do Biometano, promovido pela Goldenergy e a Axpo, vai reunir especialistas da área no dia 25 de março, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

A transição energética em Portugal tem um novo protagonista: o biometano. No dia 25 de março, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, irá acontecer o evento Qualificar Portugal para uma economia do Biometano, onde especialistas, reguladores e empresas reúnem-se para debater desafios, oportunidades e estratégias essenciais para impulsionar esta fonte de energia sustentável no país.

Com um programa abrangente e oradores de referência no setor, esta será́ uma oportunidade para profissionais da energia, indústria e sustentabilidade conhecerem as mais recentes perspetivas sobre o papel do biometano na descarbonização da economia.

O evento é gratuito, mas sujeito a inscrição aqui.

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“Conto com o turismo, porque preciso que o meu país seja visto pelo mundo”

  • BRANDS' ECO
  • 10 Março 2025

O artista musical Toy refere-se aos portugueses como bons anfitriões e explica, na campanha da Confederação do Turismo de Portugal, o porquê do turismo ser positivo para o país.

Toy, artista natural de Setúbal, destaca a importância do turismo para o crescimento e dinamismo económico da sua cidade. Os restaurantes locais prosperam graças ao fluxo de turistas que vêm saborear a gastronomia típica, enquanto os serviços de turismo rural atraem visitantes em busca de experiências autênticas. É essencial que Setúbal continue a ser vista pelo mundo, pois o turismo não só promove a cultura e as tradições locais, mas também gera mais capital e oportunidades para os portugueses, fortalecendo a região e o país.

O que é o projeto Eu conto com o Turismo?

Um empresário do têxtil, uma varina da Nazaré, um vendedor de bolas de Berlim, a proprietária de uma loja de produtos dos Açores, um piloto de voos de recreio, uma empresária do setor vinícola… e tantos, tantos outros. Todos nós, na verdade. Todos somos beneficiários do turismo e contamos com o turismo para melhorar as nossas vidas.

O turismo tem vindo a assumir um papel crescente na economia portuguesa e é o principal responsável pela maioria dos indicadores positivos dos últimos anos. Cria emprego, anima o tecido empresarial, revitaliza as cidades.

O projeto Eu conto com o Turismo tem como objetivo dar voz a pessoas, mais e menos conhecidas, das mais variadas atividades e regiões, que, de alguma forma, beneficiam do turismo.

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Inscrições Abertas para os Prémios Lusófonos da Criatividade: A Oportunidade de Brilhar

  • BRANDS' ECO
  • 10 Março 2025

Os Prémios Lusófonos da Criatividade surgiram com o objetivo de preencher uma lacuna no mercado publicitário dos países de língua portuguesa. As inscrições estão abertas até ao dia 26 de março.

O mundo da criatividade lusófona tem um palco privilegiado de reconhecimento e celebração: os Prémios Lusófonos da Criatividade. Desde a sua criação, estes prémios têm sido um reflexo da excelência e inovação na publicidade, no design, no marketing e na comunicação, destacando os melhores profissionais e agências do universo lusófono.

Criados em 2013, os Prémios Lusófonos da Criatividade surgiram com o objetivo de preencher uma lacuna no mercado publicitário dos países de língua portuguesa. Até então, não existia um festival dedicado exclusivamente a premiar e discutir a criatividade das nações lusófonas, apesar da riqueza cultural e do impacto que a publicidade e a comunicação têm nesses mercados.

Ao longo dos anos, os prémios consolidaram-se como uma referência, atraindo agências de renome e talentos emergentes de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Além da competição em si, o evento promove debates, masterclasses e networking, proporcionando um espaço de troca de experiências entre profissionais do setor.

Se quer ver o seu trabalho avaliado por um painel de jurados de renome e competir lado a lado com os mais brilhantes talentos da indústria, esta é a sua oportunidade. As inscrições estão abertas até ao dia 26 de março!

Participar nos Prémios Lusófonos da Criatividade é muito mais do que conquistar um troféu. É afirmar-se num ecossistema onde a criatividade transforma negócios, desafia convenções e inspira futuras gerações. Ao inscrever-se, estará a abrir portas para o reconhecimento de um painel de especialistas, a projetar o seu talento para um palco internacional e a criar pontes com profissionais influentes e potenciais clientes.

Continue na Corrida pelo Reconhecimento Supremo

Mais do que o prestígio e a visibilidade, os participantes continuam na corrida para alcançar os títulos de Agência do Ano, Produtora do Ano e Cliente do Ano. Estes são os galardões mais cobiçados do festival, celebrando as equipas e marcas que não só surpreendem pelo seu talento, mas também pela sua consistência e impacto no mercado lusófono.

A Criatividade Lusófona Merece o Seu Brilho

Os Prémios Lusófonos da Criatividade são um tributo às mentes inquietas, às ideias disruptivas e às histórias que transformam realidades. Esta é a sua oportunidade de fazer parte desta comunidade de visionários, de colocar o seu nome entre os melhores e de deixar uma marca no panorama criativo internacional.

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