Hotelaria defende “selo” para investimentos com taxa turística

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

A taxa turística, lançada num conjunto de municípios, é indiscutivelmente uma marca que pode ser aproveitada para reduzir o ‘gap’ entre residentes e turistas”, afirma Bernardo Trindade.

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) defendeu esta quarta-feira que os investimentos nos municípios financiados pela taxa turística deveriam “ter um selo” que os identifique.

“A taxa turística lançada num conjunto de municípios, que antecipo que venha a crescer, é indiscutivelmente uma marca que pode ser aproveitada para reduzir o gap entre residentes e turistas”, afirmou Bernardo Trindade, que falava na tomada de posse dos órgãos sociais da AHP para o triénio 2025-2027, em Lisboa.

A taxa municipal turística é uma contribuição paga pelos hóspedes alojados em unidade de um determinado município. Para o antigo secretário de Estado do Turismo, os investimentos nos municípios devem ter um selo que identifique que este foi financiado pela taxa turística.

Bernardo Trindade referiu ainda que, apesar da instabilidade política, o setor do turismo tem demonstrado a sua resiliência, ao apresentar bons resultados. Contudo, assinalou que ainda existe muito “preconceito, desinformação e ataque vil” ao setor, pedindo uma aproximação às pessoas para alterar esta situação.

Na sua intervenção, dirigiu ainda uma palavra aos seus familiares, que lhe permitem ter “tempo e disponibilidade” e aos associados da AHP, que são mais de 940. O presidente da AHP disse também ser intenção da associação lançar, durante este mandato, um projeto-piloto para ter um membro residente “no Porto e Norte”.

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Operação Lex nas mãos de um novo juiz do Supremo, o terceiro neste processo

Este é o terceiro coletivo de juízes que fica responsável pelo processo que envolve Rui Rangel, ex-juiz, Vaz das Neves, ex-juiz e ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa e Luís Filipe Vieira.

O juiz, a quem o processo da Operação Lex foi redistribuído em março, pediu a sua jubilação (reforma), o que resulta agora numa nova redistribuição a um novo coletivo de juízes. Este é o terceiro coletivo de juízes que fica responsável pelo processo que envolve Rui Rangel, ex-juiz, Vaz das Neves, ex-juiz e ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa e Luís Filipe Vieira, ex-líder do SLB.

O sorteio eletrónico de um novo coletivo foi realizado esta terça-feira, tendo o processo sido distribuído a um novo juiz relator, apenas dois meses da última decisão sobre a mesma questão. “A questão da idade, próxima da jubilação, com que a maioria dos juízes Conselheiros toma posse no STJ e o consequente curto tempo de permanência neste Tribunal colocam graves constrangimentos ao funcionamento do STJ, para os quais o seu Presidente tem vindo a alertar desde que tomou posse, em junho do ano passado”, explica fonte do Supremo Tribunal de Justiça, em comunicado.

“O Presidente do STJ entregou ao Governo um projeto que prevê que juízes das Relações, com idades mais baixas, possam ingressar nos quadros do Tribunal de modo a garantir estabilidade à sua composição. Esta alteração legislativa exige, no entanto, a aprovação da Assembleia da República, a qual não chegou sequer a discutir a respetiva proposta de lei antes da sua mais recente dissolução”, disse ainda o mesmo comunicado.

João Cura MarianoLusa

Em dezembro de 2022, a justiça decidiu que o ex-juiz Rui Rangel, o ex-presidente da Relação Luís Vaz das Neves, a ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo CSM, Fátima Galopante, e Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, bem como os restantes arguidos, iam a julgamento.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

O que desencadeou toda este processo da justiça portuguesa foi uma certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu José Veiga, ex-empresário de futebol e Luís Filipe Vieira, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências. Após suspeitas da prática de crimes, foi aberto um inquérito em setembro de 2016.

A investigação, liderada por Maria José Morgado, centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados citados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas podem superar os 1,5 milhões de euros.

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Lucros da Euronext sobem 18% para 164,8 milhões no primeiro trimestre

Gestora da bolsa portuguesa fechou o primeiro trimestre com receitas recorde de 458,5 milhões de euros, impulsionadas pela volatilidade que marcou a negociação no arranque do ano.

A dona da bolsa de Lisboa fechou o primeiro trimestre do ano com lucros de 164,8 milhões de euros, o que representa um crescimento de 17,9% face aos resultados apresentados no período homólogo de 2024. Já as receitas atingiram um novo recorde, suportadas pelo alargamento das receitas e pela volatilidade nos mercados nos primeiros meses do ano, que sustentou os volumes de negociação.

“No primeiro trimestre de 2025, a Euronext apresentou um desempenho notável. Alcançámos receitas e rendimentos recorde de 458,5 milhões de euros, impulsionados pelos primeiros resultados das nossas iniciativas estratégicas, pelo crescimento das receitas não dependentes de volumes [representam 57% do total] e por uma volatilidade excecional nas atividades de negociação e compensação, em particular nos segmentos de ações, dívida, FX, energia e commodities“, explicou o CEO Stéphane Boujnah, citado em comunicado.

Alcançámos receitas e rendimentos recorde de 458,5 milhões de euros, impulsionados pelos primeiros resultados das nossas iniciativas estratégicas, pelo crescimento das receitas não dependentes de volumes [representam 57% do total] e por uma volatilidade excecional nas atividades de negociação e compensação.

Stéphane Boujnah

CEO da Euronext

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado subiu 17% para 294,1 milhões de euros, um resultado que Stéphane Boujnah atribui ao “modelo de negócio diversificado” do grupo.

Os primeiros meses do ano ficaram marcados por uma crescente dose de incerteza nos mercados, devido ao anúncio de tarifas por parte dos EUA, com impacto – direto ou indireto – em todos os setores de atividade. Os receios de um travão na economia e de um impacto nos preços nos EUA afetaram a negociação nos mercados acionistas, cambiais e nas matérias-primas, que têm oscilado ao sabor dos anúncios feitos por Washington. Um ambiente que puxou pelas receitas do grupo.

As receitas dos serviços de titularização aumentaram 6,8% para 83,4 milhões de euros, impulsionadas por um crescimento de dois dígitos nas receitas de custódia e liquidação.

Já as receitas de mercados de capitais e soluções de dados cresceram 6,6% para 157,4 milhões de euros, “impulsionadas pela expansão comercial contínua da Euronext Corporate e Investor Solutions e ainda dos Technology Services, bem como pelo sólido desempenho da área de Advanced Data Solutions, apoiada pela aquisição da GRSS e pelo envolvimento do segmento de retalho”, detalha o grupo que gere sete bolsas europeias.

No segmento acionista, as receitas dos mercados de ações aumentaram para 108,4 milhões de euros (+18,0%), “refletindo a forte volatilidade e o impacto da composição de volumes na captação de receitas”, refere o comunicado.

Quanto às despesas operacionais subjacentes, excluindo amortizações e depreciações, estas aumentaram mais de 9% para 164,5 milhões de euros, a refletirem “investimentos no crescimento e o impacto das aquisições realizadas em 2024, combinado com uma disciplina de custos rigorosa, alinhada com o plano de investimento definido no objetivo de custos subjacentes da Euronext de 670 milhões de euros para o ano de 2025″.

O líder da Euronext, que está atualmente a pôr no terreno o seu plano estratégico para 2027, o Innovate for Growth 2027, adiantou ainda que foram lançadas “iniciativas importantes no âmbito deste programa.

“A futura consolidação da liquidação de transações de ações em Amesterdão, Bruxelas e Paris na Euronext Securities representa uma otimização significativa do ecossistema europeu de pós-negociação”, assinala o CEO do grupo que gere a bolsa de Lisboa e que detém a Euronext Securities (liquidação e custódia de títulos) e a Euronext Technologies (centro tecnológico), onde quer contratar mais 200 pessoas nos próximos três anos.

“O lançamento, no final de abril de 2025, do European Common Prospectus em inglês reforça esta ambição. Esta nova iniciativa facilita o acesso aos mercados de capitais europeus e responde à necessidade de uma União de Poupança e Investimento mais competitiva e integrada. Para além disso, temos orgulho em lançar um conjunto abrangente de medidas que apoiam as necessidades de financiamento de empresas que contribuem para a autonomia estratégica da Europa“, detalha ainda o responsável, no mesmo comunicado.

Com este forte arranque de 2025, demonstramos a nossa capacidade de inovar de forma antecipada, liderando o caminho para um mercado de capitais europeu mais forte, inovador e competitivo“, remata Stéphane Boujnah.

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Portugueses no estrangeiro ainda aguardam pelo boletim para voto postal

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

A situação é mais grave fora da Europa, conforme informação partilhada pelos conselheiros dos vários continentes.

A poucos dias das legislativas de domingo ainda existem muitos portugueses no estrangeiro que não receberam o boletim para votar por via postal, disse esta quarta-feira à Lusa o vice-presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP). Segundo Paulo Marques, existem várias situações que podem dificultar a votação dos portugueses que vivem no estrangeiro, nomeadamente a falta do boletim para voto postal e também a falta de inscrições nas listas eleitorais.

“Há quem esteja a aguardar os boletins e quem não esteja inscrito nas listas eleitorais, ou porque mudaram de morada, ou porque renovaram o seu Cartão do Cidadão em Portugal e não atualizaram o endereço”, disse Paulo Marques, que vive em França. E recomenda que, para saberem que estão inscritos e para acompanhar o seu boletim de voto, os eleitores consultem o portal das comunidades.

Se na Europa existem estes casos, a situação é mais grave fora da Europa, conforme informação partilhada pelos conselheiros dos vários continentes. O conselheiro das comunidades portuguesas em Timor-Leste, Filipe Silva, disse que na semana passada os boletins de voto enviados de Portugal para cidadãos portugueses residentes naquele país e que votam por via postal ainda não tinham chegado aos correios de Díli.

Filipe Silva referiu que, com estes atrasos, dificilmente os votos chegariam em tempo útil a Portugal. Em Angola, os envelopes com os boletins de voto não chegavam aos destinatários, mas porque se acumulavam nas prateleiras dos postos dos correios à espera dos eleitores, constatou a Lusa numa ronda em Luanda.

O voto postal e o voto presencial são as duas modalidades possíveis para os cidadãos portugueses recenseados no estrangeiro exercerem o seu direito de voto, mas para votar presencialmente essa opção teria de ser feita junto da respetiva comissão recenseadora, até à data da marcação da eleição.

Para Paulo Marques, qualquer método de voto para cidadãos nacionais no estrangeiro dificilmente será perfeito, mas uma boa resposta poderá passar por várias alternativas, incluindo o voto eletrónico. No voto postal, o Ministério da Administração Interna português envia o boletim de voto para a morada indicada no caderno de recenseamento. O eleitor recebe o boletim de voto e dois envelopes: um de cor verde e outro branco, que serão devolvidos ao Ministério da Administração Interna.

O eleitor tem de assinalar com uma cruz a opção de voto, depois dobrar o boletim de voto em quatro e colocá-lo dentro do envelope de cor verde, fechando-o. Introduz este envelope verde no envelope de cor branca, juntamente com uma cópia do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade, e, depois de fechado, deve enviá-lo pelo correio antes do dia da eleição.

Para os círculos pela emigração portuguesa (Europa e Fora da Europa), estão recenseados 1.584.499 eleitores, mais 37.752 do que nas últimas legislativas. Nas últimas eleições para a Assembleia da República, que se realizaram no ano passado, o PS e o Chega obtiveram um deputado cada pelo círculo da Europa, enquanto a Aliança Democrática (AD) e o Chega obtiveram um deputado cada pelo círculo Fora da Europa.

Para o sufrágio de 18 de maio existem 36 candidaturas – 18 para a Europa e 18 para Fora da Europa.

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Miguel Moreira afirma que “jamais lesaria o Benfica”

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

No processo 'Saco azul' está em causa um alegado esquema de pagamentos fictícios a uma empresa de informática externa ao grupo Benfica, a Questãoflexível.

O diretor financeiro e administrador da SAD do Benfica, Miguel Moreira, negou esta quarta-feira ter sido corrompido ou ter-se apropriado de qualquer valor pago pelos ‘encarnados’ por prestações de serviços, tendo afirmado que “jamais lesaria o Benfica”. As declarações de Miguel Moreira foram proferidas no decorrer do julgamento do processo ‘Saco Azul’, cuja terceira sessão integrou a segunda parte do interrogatório feito a este administrador da SAD ‘encarnada’, no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

Na ocasião, o coletivo de juízes detalhou extratos bancários do administrador, que, confrontado com esses documentos e valores, afirmou não nunca ter recebido qualquer comissão ou ter participado em esquemas de lavagem de dinheiro para seu benefício. “Obviamente que não, jamais lesaria o Benfica. Defendo a minha entidade patronal como se fosse o meu negócio, defendo-a ao máximo. É um ponto de honra, seja no Benfica ou noutra empresa”, assinalou.

O administrador benfiquista foi ouvido por mais de três horas, respondendo ao coletivo de juízes, à procuradora do Ministério Público (MP) e aos advogados presentes, tendo sido colocado perante faturas passadas pela Questãoflexível, assim como separadores e documentos excel obtidos nos discos rígidos apreendidos a José Bernardes, outro dos arguidos neste processo, através de um auto de exame da Polícia Judiciária.

Nos mesmos constam anexos como “valor deve” ou “valor a devolver”, o que, segundo os juízes, “aparenta ser o total recebido” da sigla SLB (Sport Lisboa e Benfica), encontrando-se siglas JBP – que se acredita corresponder a José Bernardes e MM, o que, segundo perspetiva da acusação, poderia indiciar que parte dos valores pagos pelo Benfica à Questãoflexível pelos serviços prestados poderá ter sido ilicitamente distribuída por Miguel Moreira, num esquema de alegada corrupção e lavagem de dinheiro.

Face à acusação, o administrador benfiquista mostrou desconhecimento e negou liminarmente que MM corresponda ao seu nome, justificando ainda com “razoabilidade e bom senso” o facto de terem sido efetuados pagamentos à Questãoflexível ainda antes de esta prestar serviços ao Benfica.

“Não há uma posição unilateral nem de uma parte, nem de outra. Nós sentávamo-nos e chegávamos a acordo. Não se podia ‘parar o comboio’, era necessário trabalhar e não era necessário pôr a colaboração em contrato. Havia razoabilidade dentro das duas posições e bom senso entre as partes”, revelou.

Miguel Moreira manteve a linha de pensamento relativamente à cessação do acordo de prestação de serviços entre as duas partes, indicando que tal se fez de forma natural, “porque as coisas estavam estabilizadas e sólidas” e também “honestidade e sinceridade” de ambas as partes em perceber “não haver necessidade de se gastar dinheiro desnecessariamente”.

Ainda assim, o administrador da SAD benfiquista assumiu que a ligação profissional entre o Benfica e José Bernardes se mantém através de um contrato entre o clube ‘encarnado’ e a Dynetic, empresa da qual o empresário e arguido neste processo é proprietário.

Questionado sobre o motivo pelo qual os documentos deste teor no Benfica eram rubricados por Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira, na altura presidente e CEO do Benfica, respetivamente, Miguel Moreira disse que também Rui Costa, José Eduardo Moniz e Nuno Gaioso Ribeiro, na altura vice-presidentes e administradores da SAD ‘encarnada’, o poderiam fazer.

Porém, apontou que “não estavam presentes com a mesma regularidade, raramente estavam”, explicando ainda que Rui Costa, hoje presidente do Benfica, se encontrava na maior parte do tempo no Benfica Futebol Campus, no Seixal, e os restantes dois administradores ausentes pelas suas atividades profissionais.

A próxima sessão está agendada para quinta-feira, pelas 09:30, estando prevista uma nova avaliação aos elementos em análise, assim como os depoimentos dos investigadores e inspetores envolvidos no processo, tendo o advogado de Miguel Moreira pedido a dispensa do seu cliente para as próximas sessões por motivos de ordem profissional, a exemplo do que havia sucedido na sessão anterior com Luís Filipe Vieira e José Bernardes.

Neste processo, que começou a ser julgado em abril no Juízo Central Criminal de Lisboa, está em causa um alegado esquema de pagamentos fictícios a uma empresa de informática externa ao grupo Benfica, a Questãoflexível, num valor que ultrapassa os 1,8 milhões de euros.

De acordo com a acusação, confirmada em junho do ano passado por um juiz de instrução, o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é suspeito de três crimes de fraude fiscal qualificada e 19 de falsificação de documento, assim como Domingos Soares de Oliveira, antigo administrador, e o ex-diretor financeiro do clube Miguel Moreira.

Os mesmos crimes são também imputados em coautoria com a empresa Questãoflexível, da qual é proprietário o empresário José Bernardes, que vai responder também pelo crime de branqueamento de capitais. Num processo no qual são também arguidos Paulo Silva e José Raposo, a Benfica SAD está acusada de dois crimes de fraude fiscal qualificada e a Benfica Estádio de um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documento.

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Joana Carravilla assume direção do grupo Elife na América Latina

  • + M
  • 14 Maio 2025

O objetivo de Joana Carravilla passa por disponibilizar serviços e software que combinam inteligência artificial, social listening e tecnologia no mercado da América Latina.

Partner e managing director da Elife e Buzzmonitor para o mercado ibérico desde 2007, Joana Carravilla expande as suas funções para a América Latina, reforçando a presença do grupo Elife nestes mercados.

A profissional tem-se focado na “implementação de soluções inovadoras que combinam inteligência artificial, social listening e tecnologia para otimizar o relacionamento entre marcas e consumidores”, refere-se em nota de imprensa. O objetivo agora, com o alargamento das suas funções à América Latina, passa por disponibilizar serviços e software que combinam inteligência artificial, social listening e tecnologia no mercado daquela região.

Licenciada em Ciências de Comunicação, pela Universidade de Pessoa, Joana Carravilla concluiu também o Curso Geral de Gestão, pela Escola de Gestão do Porto. Foi professora convidada na Universidade Católica do Porto para lecionar no MBA Executivo de Comunicação Digital e assumiu, em 2016, a função de country manager da agência criativa SA365, iniciando a sua incursão no grupo Elife.

O seu percurso profissional conta também com passagens pela associação Selectiva Moda e pela empresa digital Seara.com, tendo ainda criado o projeto MUUDA, uma concept store no Porto que promoveu produtos e criações de designers nacionais.

Fundado no Brasil em 2004, o grupo Elife está atualmente presente em mais de uma dezena de mercados, incluindo Portugal, Brasil, Espanha, México, Colômbia, Chile, Argentina e Peru. Oferece serviços de social listening, atendimento multicanal e soluções de customer experience. Em Portugal está representado por duas empresas, a Elife Portugal e a agência criativa SA365.

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BBC propõe plano para combater desconfiança na informação e nas instituições

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

O diretor-geral da estação pública de rádio e televisão britânica delineou uma série de medidas para enfrentar "a crise de confiança" que assola o Reino Unido, assim como outros países.

O diretor-geral da BBC, Tim Davie, propôs esta quarta-feira um plano através do qual a emissora pública britânica quer ajudar a combater a desconfiança dos cidadãos “na informação e nas instituições”.

Num discurso perante representantes da comunidade local em Salford (norte da Inglaterra), onde a emissora tem uma das suas sedes, Davie disse que a BBC pode ajudar a fazer do Reino Unido “um líder global em informações confiáveis”.

O diretor-geral da estação pública de rádio e televisão delineou uma série de medidas para enfrentar “a crise de confiança” que assola o Reino Unido, assim como outros países, onde algumas pessoas questionam os meios de comunicação social profissionais ou as fontes oficiais em favor de narrativas construídas nas redes sociais.

Neste contexto, afirmou, e como parte da sua estratégia de modernização, a BBC vai “redobrar o seu compromisso com a imparcialidade, promover a informação livre e justa e o jornalismo de investigação pioneiro”.

Pretende também aumentar o investimento no seu departamento de verificação de factos, o BBC Verify, e no departamento de análise aprofundada, o InDepth.

A emissora planeia ainda “aumentar drasticamente” a sua presença em plataformas como o YouTube e o TikTok, para combater o ruído digital, para além de combinar a tecnologia de inteligência artificial com o seu jornalismo para “criar uma nova ferramenta de verificação de factos de referência”.

Segundo Tim Davie, a estação pública vai expandir o seu programa de bolsas para repórteres que cubram informação municipal, lançar novos programas de debate político e oferecer formação para crianças contra a desinformação, incluindo o desenvolvimento de cursos com qualificações.

Outra iniciativa prevista é proporcionar às famílias com crianças pequenas uma conta própria, através da qual encontrarão ferramentas para as ajudar na educação e desenvolvimento dos seus filhos em todas as fases.

A BBC está pronta a desempenhar o seu papel, não apenas como defensora da tradição, mas também na construção do futuro“, afirmou Davie. “Um futuro em que — acrescentou – a informação fiável reforça a democracia, em que todas as crianças têm um começo equitativo, em que a criatividade impulsiona o crescimento e o capital social e em que ninguém é deixado para trás na era digital”.

Tendo em vista a renovação do estatuto da BBC em 2027, atualmente a ser negociado com o Governo, Tim Davie defendeu a manutenção de uma forma de financiamento universal, semelhante à atual “taxa de licença”, que é paga anualmente por todos os proprietários de televisão do Reino Unido.

Tendo em conta as alterações no consumo, Davie disse estar aberto a variar o modelo, mas advertiu que um sistema de financiamento “por publicidade ou subscrição não passaria o teste de construção de um serviço público universal e fiável”.

O diretor-geral apelou ainda às autoridades para que elaborem um plano que permita abandonar as transmissões tradicionais na década de 2030 e garantir uma boa transmissão exclusivamente pela internet.

Pediu também ajuda ao executivo para financiar melhor o Serviço Mundial – que emite para fora do Reino Unido -, que descreveu como “um ativo nacional inestimável”.

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Gouveia e Melo anuncia candidatura a Belém

  • ECO e Lusa
  • 14 Maio 2025

"Não há dúvidas. Vou ser mesmo candidato”, disse Henrique Gouveia e Melo. A candidatura será anunciada formalmente no dia 29 de maio.

Henrique Gouveia e Melo confirmou que é candidato à Presidência da República, avança a Renascença. “Não há dúvidas. Vou ser mesmo candidato”, disse o almirante. A candidatura será anunciada formalmente no dia 29 de maio.

Caso seja eleito, Gouveia e Melo acredita que “pode contribuir de forma muito decisiva para a estruturação da política de médio e longo prazo, com uma visão estratégica, e para as reformas estruturais que há muitos anos estão por fazer na sociedade portuguesa”.

O candidato admitiu que é muito diferente de Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado sobre se as posições assumidas pelo atual chefe de Estado.

Não vou comentar as posições do atual Presidente da República. No entanto, somos pessoas muito diferentes e, caso os portugueses considerem que eu tenho condições para ser Presidente da República, a minha forma de atuar será muito diferente do atual Presidente”, disse Gouveia e Melo.

Da esquerda à direita, partidos reagem à candidatura de Gouveia e Melo

O líder do PS recusou-se a comentar o anúncio da candidatura presidencial de Gouveia e Melo. “Não tenho nenhum cometário a fazer a esse anúncio. Estamos numa campanha para as legislativas e é nisso que estou focado”, respondeu o líder do PS, apesar da insistência dos jornalistas.

A poucos dias das legislativas, Rui Rocha critica o momento escolhido por Gouveia e Melo para anunciar candidatura à Presidência, avança a SIC Notícias. “Creio que houve uma referência do Almirante Gouveia e Melo ao facto de não querer ser protagonista, mas parece-me um mau princípio que alguém que se candidata a uma outra eleição espere por três dias antes da eleição legislativa para se apresentar”, disse o líder dos liberais.

“Anunciar a candidatura em plena campanha eleitoral não deixa de ser curioso. É para desviar atenções quer do PS quer do PSD, que têm líderes tão fraquinhos que estão totalmente fora dela”, atirou Pedro Pinto, que rendeu André Ventura durante uma arruada do Chega em Vila Nova de Milfontes.

À esquerda, Bloco e CDU evitaram ‘morder o isco’ da candidatura presidencial. Mariana Mortágua recusou-se mesmo a comentar o tema, apesar da insistência dos jornalistas; Paulo Raimundo disse apenas que “anunciar agora é uma opção dele”, ironizando que “notícia seria se não fosse candidato” a Belém.

A porta-voz do PAN considerou que a candidatura de Gouveia e Melo “faz parte da democracia”, mas ressalvou que as legislativas “são demasiado importantes” para se desviar agora o foco do debate político com as eleições presidenciais.

(Notícia atualizada às 19h09 com mais informação)

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“A Europa perdeu tempo” na guerra comercial, critica Marcelo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Maio 2025

Ao lado do Presidente italiano e do Rei espanhol, Marcelo falou de uma Europa com um problema “político” que precisa de reconstruir a base de apoio interno "Estado-membro a Estado-membro”.

O Presidente da República considerou esta quarta-feira que “não pode haver instituições fortes na União Europeia com sistemas nacionais fracos”, apontando que o “problema da Europa não é económico ou tecnocrático, é político”. Marcelo Rebelo de Sousa defendeu, durante uma intervenção na XVIII Cimeira da COTEC Europa, que o atual cenário de guerra comercial mostra como “a Europa perdeu tempo”.

“Ao perder tempo, perdeu iniciativa e atrasou o futuro. Perdeu tempo para agir, antecipar e construir o futuro, quando estamos agora perante um tempo mais acelerado”, completou. “Os sistemas estão obsoletos, porque a base de apoio do projeto europeu tem vindo a enfraquecer. A Europa tem os valores certos, não tem é os instrumentos para, politicamente, aplicar com eficácia, agora e no futuro, os valores certos“, sublinhou.

Como “a base de apoio – que nas democracias é sempre dos moderados – enfraqueceu”, enquanto “a base dos radicalismos aumentou – por si, com as crises, com a perda de tempo, com a falta de eficácia, e pela pressão externa daqueles que beneficiam com a fraqueza da Europa –”, o chefe de Estado português defende que a solução é reconstruir a base de apoio interno “Estado-membro a Estado-membro, antes que se tornem grupos de Estados-membros”.

Outro problema que identifica é ao nível da liderança, quer europeia, quer nos Estados-membros: “Há um novo estilo de liderança, que é de utilização de meios mais rápidos, mais diretos e que ultrapassam ou criam problemas ao funcionamento normal das instituições representativas. E os sistemas nacionais e o sistema europeu não estão preparados para isso”.

Rei de Espanha defende conhecimento como “garantia de progresso”

Também presente no evento da COTEC, o Rei Filipe VI de Espanha destacou a necessidade de conhecimento. “Não só para desenvolver tecnologia, novas formas de nos organizarmos e outras formas de inovação, mas também, e sobretudo, para proteger tudo o que alcançámos juntos nas últimas décadas: uma paz duradoura, uma economia aberta e diversificada, um espaço de democracia e liberdades e uma parceria forte para enfrentar os grandes desafios económicos, sociais e ambientais”, detalhou o monarca.

Segundo o rei espanhol, o conhecimento é também um “princípio-chave da nova ordem geoestratégica”, sendo “a melhor garantia de progresso”, como também “um fator decisivo de defesa e segurança“.

Já o Presidente italiano, Sergio Mattarella, sublinhou a importância dos relatórios elaborados pelos seus compatriotas Mario Draghi e Enrico Letta sobre o futuro do mercado interno europeu, destacando uma das suas medidas, designadamente a criação de uma Defesa Comum Europeia, para exemplificar “as consequências da inação e da relutância injustificada em avançar na via da integração”.

“Os Estados-membros debatem-na há mais de setenta anos. Desde que o Tratado que institui a Comunidade Europeia de Defesa foi assinado em Paris, em maio de 1952. Esta foi relançada, sob formas diferentes e menos ambiciosas, entre 1998 e 2000”, lembrou.

Se, na altura, a UE tivesse optado por “dar esse salto político no processo de integração”, “não é difícil imaginar qual seria a situação da União hoje, face à mudança do contexto geopolítico”, acrescentou, apelando para que o bloco comunitário sinta a “urgência” perante o “atraso” em relação aos acontecimentos.

Sergio Mattarella frisou ainda a “capacidade de adaptação” da UE, que “foi sempre a [sua] força motriz”. “Seria míope olhar para a União como uma construção nascida “no vácuo”: pelo contrário, desde a sua criação, os Estados-membros têm prestado atenção à adaptação da União a um ambiente político e económico em constante mudança, com o objetivo de preservar um espaço e um papel entre as forças concorrentes na economia global”, concluiu.

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Franceses são os mais fiéis às seguradoras

  • ECO Seguros
  • 14 Maio 2025

A Guidewire revela que há cada vez mais clientes a valorizarem seguros que recorrem a tecnologias de IA para antecipar um sinistro ou calcular prémio. Mas persiste desconfiança na recolha de dados.

A maioria dos segurados franceses são mais leais às seguradoras que os clientes na Alemanha, Espanha e Reino Unido, de acordo com os resultados do inquérito Guidewire European Insurance Consumer Survey 2025

Os clientes franceses dizem que valorizam os produtos das seguradoras, acreditando que compreendem a suas necessidades. Em 2024, 40% dos inquiridos em França afirmaram que era provável mudarem de seguradora, mas em 2025 esta percentagem desceu para 31%. Já os clientes espanhóis são os mais abertos a mudar de seguradora (45%). No Reino Unido e na Alemanha, os valores ficam em 43% e 42%, respetivamente.

 

“É inevitável que haja alguma rotatividade de clientes, mas a combinação do aumento dos pedidos de indemnização e do custo de aquisição de clientes significa que a promoção de uma maior lealdade à marca deve ser um objetivo fundamental”, indica a Guidewire.

O interesse dos consumidores por novos produtos e serviços impulsionados pela inovação tecnológica tem aumentado nos últimos cinco anos. O interesse por serviços com tecnologia, que alertam para potenciais danos antes de estes acontecerem, aumentou 9% em 2025 face ao ano anterior para 80%.

Os seguros que calculam o prémio com base no uso e comportamento do segurado e os seguros embebidos na compra de produto têm-se tornado mais apelativo para os consumidores. Segundo o Guidewire, a inovação nos seguros “convidam a uma nova concorrência, mais virada para o digital, a entrar no mercado.”

O entusiasmo em torno da inovação tecnológica também se estende à confiança na Inteligência Artificial. Os clientes recorrem cada vez mais a esta tecnologia no quotidiano, confiando cada vez mais nas seguradoras para fazer o mesmo nas suas operações.

“O número de clientes que se sentem confortáveis com o facto de as seguradoras utilizarem a IA para decidir o preço de uma apólice de seguro, sem intervenção humana, aumentou de 31% em 2024 para 37% em 2025”, lê-se no relatório.

Do outro lado da moeda, há quem não entenda porque os grupos seguradores recolhem dados para calcular o risco e o número de inquiridos que veem em tal ato uma invasão da privacidade aumentou de 19% em 2024 para 24%. De notar variações entre países.

Em França e Espanha há mais consumidores a considerar uma invasão da privacidade tendo subido 8 pontos e 5 pontos, respetivamente, para 28% e 21%. Já na Alemanha, as pessoas que consideram que a recolha de dados é positiva cresceu de 32% para 38% e no Reino Unido subiu de 28% para 32%.

Para chegar a estas conclusões a Guidewire encomendou à Censuswide, membro do British Polling Council, um inquérito a 4.010 consumidores, com idade igual ou superior a 18 anos, que compraram ou renovaram um produto de seguro geral ou fizeram um sinistro nos últimos 12 meses. Foram inquiridos em março deste ano. A Guidewire é uma empresa de software americana que cria plataformas de gestão para seguradoras.

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PT2030 com taxa de execução de 7,3% até abril. Já foi aprovado um terço do fundo programado

O PT2030 tem 7,11 mil milhões de euros de fundos aprovados, ou seja, um terço do fundo programado e 1,66 mil milhões de euros de fundos executados.

Portugal 2030 (PT2030) terminou o mês de abril com uma taxa de execução de 7,3%, mais 0,5 pontos percentuais face ao mês anterior. O Pessoas 2030 lidera com uma execução de 19,2%, sendo o único com mais de mil milhões de euros executados. O pior desempenho continua a ser o do Compete: apenas 1,1%.

O novo quadro comunitário de apoio tem 7,11 mil milhões de euros de fundos aprovados, ou seja, um terço do fundo programado e 1,66 mil milhões de euros de fundos executados, sendo que a maior parte deste desempenho é da responsabilidade do programa Pessoas 2030, com uma taxa de execução 19,2% (1,26 mil milhões de euros).

O segundo e terceiro lugares do pódio são ocupados, respetivamente, pelo Programa de Assistência Técnica (19%, que correspondem a 31,9 milhões de euros), e pelo Mar2030, com uma taxa de execução de 11,7% (45,79 milhões de euros um valor ainda provisório). Mas estes dois programas são muito pequenos em dimensão.

o Compete, também conhecido como o programa das empresas, é o terceiro com maior volume de fundos aprovados (913,9 milhões), mas cai para último na execução, com 41,01 milhões de euros (1,1%, uma subida mensal de 0,3 pontos percentuais).

Em termos percentuais, os programas que conseguiram acelerar mais a execução foram o programa de assistência técnica (+1,8 pontos percentuais), o Açores2030 (+2,2 pp) e o Pessoas 2030 (+1,2 pp), sendo que o primeiro já tem quase metade da dotação aprovada.

O Sustentável2030 já tem 1,12 mil milhões de euros aprovados, mas apenas 168,61 milhões executados (5,3%), o que o colocaria em risco de ter de devolver verbas a Bruxelas por não cumprir a regra da guilhotina. Mas com a reprogramação do Portugal 2030, que já foi submetida a Bruxelas, esse risco está sanado, já que será este programa temático que vai assumir parte do financiamento da barragem do Pisão, da Tomada de Água do Pomarão e da dessalinizadora do Algarve, projetos que caíram do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) por não conseguirem cumprir o cronograma da ‘bazuca’.

A taxa de execução de 7,3% do PT2030 compara com os 24% em março de 2018. Mas é preciso ter em conta que, no PT2020, a agricultura estava incluída e, nessa altura, já contava com uma taxa de execução de 42% (em março de 2018), ajudando muito positivamente os dados globais.

A influenciar negativamente o desempenho do PT2030 está a sua entrada em vigor ainda mais tarde do que é habitual e a simultaneidade no tempo com o encerramento do PT2020 e a execução do PRR, que acabou por ter uma dotação idêntica a um quadro comunitário (22,2 mil milhões de euros), mas que tem de estar integralmente executado até 2026.

Em fevereiro de 2025 (ainda não há dados mais recentes), o PT2020, que ainda não encerrou, contava com uma taxa de execução de 99,6% e de 112% de taxa de compromisso.

A monitorização mensal do PT2030 revela ainda que, no final de março, em termos de taxas de aprovação a liderança vai também para o Pessoas 2030 que tem 3,01 mil milhões aprovados, num total de 4.205 operações. Seguem-se o Sustentável2030 (1,12 mil milhões num total de 58 operações, mais duas face ao mês anterior) e o Compete2030 (913,99 milhões distribuídos por 994 operações, ou seja mais 19 face ao mês anterior e que contrasta com o aumento de 141 de fevereiro para março).

No extremo oposto está o Programa de Assistência Técnica com apenas 88,87 milhões (31 operações). Em termos globais, 29% do PT2030 já foi aprovado, num total de 7,11 mil milhões de euros, ou seja “um terço do fundo programado já foi aprovado”, sublinha a AD&C em comunicado.

“Até 30 de abril, foram aprovados 7.120 milhões de euros de fundos europeus, o que corresponde a 31% dos 22.995 milhões de fundos programados para 2021-2027″, acrescenta a mesma nota.

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Dos 22.995 milhões de euros do fundo programado, 13.365 milhões foram colocados a concurso. “Destes, 47% pertencem ao FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, 33% ao Fundo Social Europeu+ e 16% ao Fundo de Coesão”, detalha a AD&C. Os 701 avisos já encerrados lançaram a concurso mais de 8,6 mil milhões de fundo.

Bruxelas já transferiu, a título de pagamentos intermédios, 18,45 mil milhões para os 27 Estados-membros, até 30 de abril. “No conjunto dos 14 Estados-membros com envelopes financeiros acima dos seis mil milhões, Portugal recebeu 760 milhões de fundo, situando-se em 10º lugar em termos de proporção de pagamentos intermédios recebidos face ao programado, com 3,3%, seguindo-se Itália, Alemanha, Croácia e Espanha, com inferiores proporções de pagamentos face aos respetivos envelopes financeiros”, lê-se na monitorização mensal. Portugal desceu uma posição face ao reporte anterior.

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TikTok anuncia funcionalidade de IA que transforma fotos em vídeos

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

O TikTok AI Alive permite, independentemente da experiência em edição do utilizador, transformar imagens fixas em pequenos vídeos, incorporando movimento e até "efeitos atmosféricos e criativos".

O TikTok anunciou esta quarta-feira uma nova funcionalidade baseada em inteligência artificial (IA), TikTok AI Alive, que permite transformar uma imagem fixa num vídeo.

O TikTok AI Alive utiliza ferramentas de edição inteligentes que permitem a qualquer pessoa, independentemente da sua experiência em edição, transformar imagens fixas em pequenos vídeos, incorporando movimento e até “efeitos atmosféricos e criativos”.

Em matéria de verificação de confiança e segurança, a empresa afirmou que a sua tecnologia de moderação irá rever a fotografia carregada e a mensagem escrita, bem como o vídeo AI Alive, antes de ser mostrado ao utilizador.

O resultado será também submetido a uma verificação de segurança final quando o utilizador decidir publicá-lo no seu perfil, tal como acontece com outros conteúdos na plataforma, sendo que os próprios utilizadores poderão denunciar conteúdos que consideram violar as regras do TikTok.

O TikTok salienta ainda que o conteúdo gerado por IA aparece com uma etiqueta que indica a presença da tecnologia na publicação.

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