Estudo revela que 63% dos pacientes com cancro da próstata metastático têm a sua vida diária limitada

  • Servimedia
  • 12 Junho 2025

63% dos pacientes com cancro da próstata metastático têm a sua vida diária limitada, de acordo com o estudo «Protagonista».

O cancro da próstata é o tumor mais frequentemente diagnosticado em homens na Espanha, com mais de 32.000 novos casos anuais, e a terceira causa de morte oncológica masculina. Com o objetivo de conhecer o impacto da doença e as necessidades identificadas, esta pesquisa recolhe a opinião direta de pacientes com cancro da próstata em progressão.

O estudo revela o profundo impacto da doença na vida dos pacientes, tanto no plano físico como no social e emocional, que é especialmente pronunciado em pacientes com cancro da próstata resistente à castração metastática (CPRCm). A qualidade de vida não é afetada apenas pela evolução do tumor, mas também pelos efeitos adversos dos tratamentos.

De acordo com o estudo, 57% dos pacientes com cancro da próstata afirmam que a doença os impediu de levar uma vida normal, percentagem que sobe para 63% naqueles com metástases. Três em cada quatro sentiram-se cansados e 57% sofreram de problemas urinários. Entre aqueles que convivem com a doença metastática e recebem quimioterapia, os efeitos físicos intensificam-se: 80% consideram que os efeitos secundários do tratamento afetaram significativamente a sua condição física, 90% sentiram-se cansados e 37% sofreram de náuseas.

O impacto do cancro da próstata em progressão sobre a saúde mental também é especialmente significativo. Mais de 90% dos pacientes percebem a doença como uma preocupação constante, mais da metade sentiu-se deprimida e 27% foram formalmente diagnosticados com depressão. No entanto, 45% afirmam não ter recebido o apoio psicológico necessário. Além disso, 70% dos pacientes afirmam que a doença afetou todos os aspetos da sua sexualidade, apesar de este continuar a ser um tema silenciado: mais de 20% preferem não falar sobre isso.

Embora a maioria dos casos de cancro da próstata seja diagnosticada em fases iniciais, aproximadamente 10% dos pacientes com cancro da próstata apresentam metástases à distância no momento do diagnóstico e 20% dos pacientes tratados com cirurgia ou radioterapia desenvolverão metástases ao longo da sua evolução.

«Atualmente, um dos principais desafios em Espanha é a implementação de uma abordagem multidisciplinar do cancro da próstata desde as fases iniciais, com a participação ativa e coordenada dos principais especialistas envolvidos — urologistas, oncologistas médicos e oncologistas radioterapeutas — juntamente com radiologistas, patologistas, médicos nucleares ou geriatras, entre outros. Esta abordagem contribui para uma assistência mais eficaz e humana», explica a Dra. Aránzazu González del Alba, presidente da Sogug e coordenadora da Unidade de Tumores Geniturinários do Serviço de Oncologia Médica do Hospital Universitário Puerta de Hierro de Madrid.

Nos últimos anos, o tratamento do cancro da próstata avançou com a incorporação de estratégias terapêuticas inovadoras. Garantir o acesso a esses avanços é fundamental para avançar em direção a um sistema de saúde mais personalizado e centrado no paciente. “É essencial garantir a equidade no acesso às terapias disponíveis, promover tratamentos cada vez mais personalizados e manter uma busca constante por novas alternativas terapêuticas”, afirma César Comuñas, vice-presidente da Ancap e paciente com cancro da próstata.

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Montiba consolida o seu modelo educativo com a ampliação da sua oferta para o ensino secundário e o bacharelato

  • Servimedia
  • 12 Junho 2025

A escola Montiba anuncia a ampliação do seu projeto educativo com a abertura do ensino secundário em setembro de 2025 e do bacharelato em 2026.

Após o início do seu primeiro ano letivo na torre modernista de Puig i Cadafalch, no cume do Tibidabo, a escola Montiba anuncia a ampliação do seu projeto educativo com a abertura do ensino secundário em setembro de 2025 e do bacharelato em 2026.

Segundo informou, a consolidação da sua abordagem pedagógica inovadora incentivou a equipa a dar este novo passo, respondendo à procura das famílias e à vocação de oferecer uma formação integral e contínua desde a infância até à maioridade. «O nosso objetivo é acompanhar cada aluno no seu processo de crescimento pessoal e académico, respeitando a sua individualidade e promovendo a autonomia, a curiosidade, o pensamento crítico e a capacidade de relacionar conceitos», explicou Ana Escoda, cofundadora e diretora do centro.

Para Escoda, prescindir dos livros didáticos não implica menos exigência, mas sim promover uma aprendizagem mais ativa e profunda. Potencia-se a capacidade crítica do aluno, a escrita à mão, a memória, a organização e o companheirismo, com uma avaliação contínua centrada em que o aluno compreenda, progrida e desenvolva todo o seu potencial.

Etapas-chave

A Montiba oferecerá as três modalidades do ensino secundário espanhol (Científico-Tecnológico, Humanístico-Social e Artístico), bem como o Bachillerato Internacional, permitindo aos alunos traçar um percurso académico de acordo com os seus interesses e aspirações. O ensino secundário, que já conta com professores especializados em disciplinas como Física, Biologia, Matemática, História, Tecnologia ou Artes, será desenvolvido sob os mesmos princípios que têm guiado o projeto desde o seu início: aprendizagem experiencial, interdisciplinaridade, trabalho sem livros didáticos, uso ativo da natureza como sala de aula e um acompanhamento humano profundo.

Segundo ele, a equipa docente de Montiba está envolvida no desenvolvimento académico e pessoal de cada aluno. «A paixão pelo ensino reflete-se no tratamento próximo, na inovação pedagógica e na atenção individualizada que as famílias recebem», indica o centro.

Localizada em plena natureza, num dos enclaves mais singulares de Barcelona, a Montiba explica que transforma o ambiente numa extensão da sala de aula: a floresta, os jardins e as vistas do Tibidabo fazem parte ativa do processo de aprendizagem, de brincadeira e de bem-estar. Para facilitar a acessibilidade, a escola conta com serviço de transporte em autocarro e conexão por funicular, o que permite que os alunos cheguem confortavelmente de diferentes pontos da cidade.

A ampliação das etapas não altera a essência da Montiba, que se define como «um projeto laico, misto e privado, com uma visão científica, humanista e criativa, inspirado em modelos educativos de referência como a Institución Libre de Enseñanza ou o Instituto Escuela. O desporto diário, a arte como ferramenta de expressão e a centralidade da biblioteca continuarão a fazer parte do dia a dia dos alunos, agora também nas etapas mais avançadas». «Queremos que os alunos saiam de Montiba com a confiança necessária para construir o seu futuro e melhorar o mundo que os rodeia», acrescenta Ana Escoda.

Fundadoras

Elena Flórez, com uma trajetória de mais de 37 anos no Colegio Estudio de Madrid, onde atuou como diretora durante 19 anos, fundou em 2017 o Colegio Madrid, hoje considerado um dos centros educativos de referência da capital. A sua visão humanista, exigente e criativa inspirou gerações de professores e famílias.

Ana Escoda, professora de Barcelona com formação em educação, gestão empresarial e direção de centros educativos, trabalhou em diversos projetos pedagógicos e conhece em primeira mão o modelo desenvolvido por Elena. Convencida da necessidade de uma proposta semelhante em Barcelona, decidiu, juntamente com Elena, abrir o Montiba, trazendo para a capital catalã um projeto que combina o melhor da abordagem clássica e moderna.

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Venda do Novobanco entra na reta final com tudo em aberto

Lone Star tem duas ofertas em cima da mesa do BPCE e Caixabank. Franceses estão na frente, mas americanos mantêm a opção da bolsa em aberto. Venda do Novobanco está por dias.

A Lone Star prepara-se para decidir o futuro do Novobanco nos próximos dias. O processo de venda da instituição financeira entrou na reta final e, neste momento, está tudo ainda em aberto. Os franceses do Groupe BPCE parecem estar na frente da corrida. Mas os americanos vão manter todas as cartas em cima da mesa, incluindo a bolsa, antes de tomarem uma decisão final.

Além do banco francês, o fundo de private equity tem outra proposta do Caixabank. Desde o início do processo que o grupo catalão era tido como um dos principais candidatos na aquisição do Novobanco, por conta das sinergias que podiam resultar de uma fusão com o BPI.

A oposição do Governo português, que não quer que os bancos espanhóis aumentem o seu peso e influência no mercado nacional, poderá ter constrangido o banco liderado por Gonzalo Gortázar na oferta que apresentou à Lone Star pelo banco português. E, consequentemente, ter deixado os franceses na pole position, ainda que, apesar da forte presença em Portugal, através do centro de desenvolvimento tecnológico do Natixis no Porto, tenham menos a beneficiar em termos de sinergias do que o Caixabank.

Para trás ficaram outros candidatos, incluindo a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP. O CEO do banco público, Paulo Macedo, admitiu publicamente que podia ter interesse no negócio de empresas do Novobanco, mas assumiu que seria “complexo” fazer uma separação do banco. Miguel Maya, CEO do BCP, também mostrou muitas dúvidas relativamente ao valor que podia extrair para os seus acionistas com a aquisição do Novobanco.

Maior IPO em 10 anos à espreita

A Lone Star mantém ainda em aberto a venda da instituição portuguesa em bolsa. O ECO avançou na semana passada que o banco liderado por Mark Bourke estava a trabalhar com os assessores no sentido de ter tudo pronto para lançar a oferta pública de aquisição (IPO, na sigla em inglês) na segunda quinzena deste mês, caso a Lone Star veja esta solução como aquela que permite maximizar o retorno do investimento de mil milhões de euros feito em 2017.

A janela do IPO foi aberta no início do mês pelos acionistas. E o prospeto – documento obrigatório para poder avançar com a operação — encontra-se numa fase adiantada de avaliação na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em cima da mesa está a perspetiva de se avançar com a dispersão de 25% a 30% do capital do Novobanco, em função da participação de cada acionista: Lone Star (75%), Fundo de Resolução (13,54%) e Direção-Geral do Tesouro e Finanças (11,46%).

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir a tabela.

Em março, a casa de investimento espanhola JB Capital avaliou o Novobanco entre 5,5 mil milhões de euros e 7,5 mil milhões. A agência de rating Standard & Poor’s notou que o Novobanco poderá protagonizar o maior IPO de um banco europeu em mais de uma década.

Para o mercado de capitais português seria uma boa notícia. A bolsa tem vindo a perder cotadas nas últimas décadas. De resto, em termos de bancos, apenas o BCP resiste nos altos e baixos do PSI, depois de uma razia autêntica na última década, com as saídas do BES e Banif (por falência) e do BPI (após a OPA do Caixabank).

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Metro de Lisboa anuncia fecho às 20:00 na quinta-feira

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

Organizações sindicais e trabalhadores marcaram um plenário na noite de 12 para 13 de junho, uma decisão que a empresa diz ser “inédita e inusitada”, com "impactos desproporcionados".

O Metropolitano de Lisboa vai suspender a circulação e encerrar todas as estações a partir das 20:00 de quinta-feira devido à realização de um plenário de trabalhadores, revelou a empresa, considerando a iniciativa dos sindicatos “inédita e inusitada”.

A empresa destacou, em comunicado, que a convocatória das organizações sindicais para o plenário, que decorre na noite de 12 para 13 de junho, apela “expressamente à participação de todos os trabalhadores, não considerando a necessidade de assegurar serviços de natureza urgente e essencial”, devido às festas dos Santos Populares de Lisboa.

De acordo com a Metropolitano de Lisboa, essa posição “foi mantida pelas organizações sindicais em reunião com a empresa no final da tarde de hoje”.

A empresa concluiu “não estarem reunidas as condições operacionais mínimas e as necessárias condições de segurança para a manutenção da rede em funcionamento”, tendo em conta o expectável “aumento exponencial da procura” e “as comunicações de ausência já apresentadas pelos trabalhadores”.

Apelou também, no comunicado, às organizações sindicais e aos trabalhadores para que reagendem a realização do plenário, tendo em conta “os impactos desproporcionados causados e não havendo urgência ou tema que implique a realização do plenário nesta ocasião”.

“O Metropolitano de Lisboa continuará empenhado na resolução célere e eficaz das matérias objeto do processo negocial em curso e reitera o seu firme compromisso com uma postura de diálogo aberto, transparente e institucionalmente responsável com todas as estruturas representativas dos trabalhadores”, garantiu.

A empresa lamentou “os transtornos que a situação causará a todas as pessoas que escolhem o transporte público como opção de mobilidade para celebrar, com tranquilidade e segurança, as festas da cidade”.

E adiantou ainda que a informação sobre o serviço a realizar nos dias 12 e 13 de junho será atualizada em permanência nos seus canais de comunicação. O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e as 01h00.

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Compra do Novobanco “fora da equação”, mas Caixa tem interesse em carteira de crédito das empresas, reforça Paulo Macedo

O presidente do banco público português reafirmou que a Caixa não está interessada na compra do Novobanco mas que poderá ter interesse em alguns ativos, como carteiras de crédito das empresas.

A compra do Novobanco por parte da Caixa Geral de Depósitos (CGD) está “fora de equação” – até porque haveria uma “grande sobreposição” –, mas Paulo Macedo disse, esta quarta-feira, que o banco público poderá ter interesse nas carteiras de crédito das empresas.

“O que já dissemos e continuamos a dizer é que um portefólio que seja uma carteira de crédito a empresas e o negócio de empresas é algo em que estamos interessados. Aliás, estamos a fazer isso organicamente. Estamos a crescer no crédito em todos os setores, sem qualquer exceção, e estamos a crescer acima do mercado. Neste momento o que estamos empenhados é em conseguir um crescimento orgânico“, disse o presidente da Caixa em entrevista ao canal Now.

Paulo Macedo voltou ainda a criticar uma eventual compra do Novobanco pelo Caixabank, mostrando-se preocupado com a eventualidade de o banco português ir parar a mãos espanholas. “Não é normal um país estrangeiro ter 50% do sistema bancário de outro país“, disse, reiterando a ideia que já tinha defendido em entrevista ao ECO.

Obviamente preocupa-nos questões de sustentabilidade, de apoio continuado ou não às empresas, de solidez do sistema e vale a pena lembrar que se hoje o sistema financeiro é muito sólido – e a Caixa deu um contributo enorme para isso, da mesma maneira que o Governo possibilitou que a Caixa ganhasse essa solidez – nem sempre foi assim”, disse o líder da CGD.

Sem prejuízo de haver espaço para consolidação, é algo em que devemos ver se temos interesse em que as posições mudem radicalmente, como seja um outro país passar a dominar metade do mercado bancário português”, acrescentou.

Recorde-se que o fundo norte-americano Lone Star, que controla 75% do Novobanco, deverá tomar uma decisão nos próximos dias em relação ao futuro da instituição financeira portuguesa. Esta quarta-feira a Bloomberg avançou que os franceses do BPCE lideram a corrida pela compra do Novobanco.

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Seguradoras pagam mil milhões de dólares por aviões retidos na Rússia

  • ECO Seguros
  • 11 Junho 2025

As seguradoras AIG, Lloyd’s of London e a Chubb vão cobrir os prejuízos por mais de 147 aviões que ficaram presos na Rússia após a invasão da Ucrânia.

O maior proprietário de aviões comerciais do mundo, a AerCap, vai receber uma indemnização de mais de mil milhões de dólares, por decisão de juiz do Supremo Tribunal de Inglaterra que concluiu que as seguradoras tinham de cobrir os prejuízos dos aviões retidos na Rússia. Segundo avançou o Financial Times (acesso pago), as seguradoras AIG, Lloyd’s of London e a Chubb vão cobrir os prejuízos por mais de 147 aviões que ficaram presos na Rússia após a invasão da Ucrânia.

É uma das quantias mais elevadas alguma vez atribuídas pelos tribunais britânicos. Ainda assim, o montante é inferior ao que a empresa pretendia. Uma vez que o juiz considerou que o avião estava coberto pela apólice de “riscos de guerra” e não contra “todos os riscos” – o tribunal justificou pelo facto da perda ter ocorrido quando entrou em vigor parte da legislação russa que “proibiu a exportação de aeronaves e equipamentos de aeronaves da Rússia”. Se fosse acionada a cobertura multirriscos a indemnização seria ainda maior.

Acrescentou que as sanções da União Europeia e dos Estados Unidos não impediam as seguradoras de indemnizar os requerentes pela perda de aviões alugados a companhias aéreas russas.

O escritório de advogados Herbert Smith Freehills Kramer, que representa a AerCap, afirmou que a empresa tinha garantido um pagamento de 1,035 mil milhões de dólares, além dos montantes acordados anteriormente.

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Ministério Público confirma abertura de inquérito sobre agressão a ator

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

A Procuradoria-Geral da República referiu que "confirma-se a existência de inquérito" para investigar a agressão contra o ator Adérito Lopes, da companhia de teatro A Barraca.

O Ministério Público confirmou esta quarta-feira a abertura de um inquérito para investigar a agressão contra o ator Adérito Lopes, da companhia de teatro A Barraca, na terça-feira. Em resposta escrita enviada à Lusa, a Procuradoria-Geral da República referiu que “confirma-se a existência de inquérito”.

Na terça-feira, Dia de Portugal, Adérito Lopes foi agredido por um grupo de extrema-direita, em Lisboa, quando entrava para o teatro para se preparar para o espetáculo com entrada livre “Amor é fogo que arde sem se ver”, de homenagem a Camões.

Em declarações à Lusa, a também atriz Maria do Céu Guerra contou que foi por volta das 20:00, estavam os atores a chegar ao Cinearte, no Largo de Santos, quando se cruzaram à porta “com um grupo de neonazis com cartazes”, com várias frases xenófobas, que começaram por provocar uma das atrizes.

“Entretanto, os outros atores estavam a chegar. Dois foram provocados e um terceiro foi agredido violentamente, ficou com um olho ferido, um grande corte na cara”, afirmou a também encenadora, de 82 anos, que disse que o ator em causa, Adérito Lopes, teve de receber tratamento hospitalar.

Fonte da PSP adiantou à Lusa que a Polícia foi chamada pelas 20:15 ao Largo de Santos por “haver notícia de agressões”, onde foi contactada por um homem de 45 anos, que “informou que, ao sair da sua viatura pessoal, foi agredido por um indivíduo”.

A PSP, com as características do eventual suspeito fornecidas pelo ofendido e por um seu amigo, fez várias diligências nas ruas adjacentes ao Largo de Santos, tendo sido possível localizar um homem com 20 anos, suspeito de ser o autor da agressão, adiantou a mesma fonte.

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Avenida da Liberdade em Lisboa fecha ao trânsito a partir das 18:00 de quinta-feira devido às marchas

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

Também a partir das 18:00 serão cortadas as ruas Braamcamp e Duque de Palmela, bem como o Marquês de Pombal e as avenidas António Augusto de Aguiar e Fontes Pereira de Melo.

A Avenida da Liberdade, em Lisboa, vai estar encerrada ao trânsito a partir das 18:00 de quinta-feira devido ao desfile das Marchas Populares, com a zona da Sé e da Baixa a registarem condicionamentos de manhã, anunciou a PSP.

O Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP realçou esta quarta-feira, em comunicado, que terá diversas subunidades nas festas dos Santos Populares de Lisboa, especialmente “celebradas nos bairros mais tradicionais da cidade, para garantir todas as condições de segurança”.

“O policiamento será composto por diversas valências, designadamente de visibilidade, de intervenção, de trânsito, de fiscalização, de investigação e de ordem pública, em que se inclui a Unidade Especial de Polícia”, vincou ainda.

Os acessos ao centro da cidade e locais de arraial vão ser condicionados no início da noite de quinta-feira (véspera do feriado municipal, Dia de Santo António), visando “permitir a circulação de pessoas nos mais diversos locais de festividades e diversão em segurança”, destacou o Cometlis.

Também a partir das 18:00, serão cortadas as ruas Braamcamp e Duque de Palmela, bem como o Marquês de Pombal e as avenidas António Augusto de Aguiar e Fontes Pereira de Melo, ficando assegurada a circulação para transportes públicos (lateral norte interna e externa entre a Avenida Fontes Pereira de Melo e a Rua Joaquim António de Aguiar).

O acesso ao Rossio também não vai ser permitido, pode ler-se na nota da PSP. Já entre as 12:00 e as 20:00 de quinta-feira a circulação na zona da Sé estará condicionada devido aos Casamentos de Santo António. De acordo com a PSP, serão implementados condicionamentos à circulação automóvel, de forma sequencial, a partir das 18:00 de quinta-feira e até às 08:00 de sexta-feira, entre várias artérias de Lisboa.

Podem ainda ser implementados outros condicionamentos de trânsito em áreas em que tal se venha a justificar, sublinhou esta força policial. Também a circulação de transportes públicos será fortemente condicionada. No entanto, será facilitada a sua circulação.

A PSP aconselhou ainda a população, perante os milhares de visitantes esperados nos arraiais, à utilização dos transportes públicos para deslocação, a não estacionar a viatura particular em locais proibidos, como zonas que possam dificultar a passagem de meios de socorro, ou a não ter objetivos valiosos ou elevadas quantias de dinheiro na sua posse.

“O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP apela às pessoas que se desloquem às festas da cidade, que adotem um comportamento cívico e responsável, contando com a sua colaboração para comunicar à Polícia qualquer situação que possa perturbar a segurança e ordem públicas”, apontou também.

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CP reforça oferta em mais de 50 mil lugares para os Santos Populares

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

A operadora “vai realizar comboios especiais e reforçar a oferta regular" nas cidades de Lisboa, Porto, Gaia e Braga.

A CP – Comboios de Portugal vai reforçar a sua oferta em 50 mil lugares, para fazer face à procura esperada nos Santos Populares, nas cidades de Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia e Braga, adiantou, num comunicado divulgado esta quarta-feira.

A transportadora lembrou que os santos, nomeadamente o Santo António e o São João, “atraem milhares de pessoas às cidades de Lisboa, Porto, Gaia e Braga”.

Por isso, e “para permitir deslocações de forma sustentável, prática e segura para as típicas festas e arraiais” a operadora “vai realizar comboios especiais e reforçar a oferta regular para estas quatro localidades”, sendo que “ao todo, serão disponibilizados mais de 50 mil lugares extra”.

A CP detalhou que, para dar resposta a quem vai às festas de Santo António, “que atingem o ponto alto na noite de 12 de junho, com o desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade”, em Lisboa, irá reforçar a oferta regular da Linha de Sintra, a partir das 19:00 e durante toda a madrugada.

Segundo a transportadora, “haverá ainda 14 comboios especiais, durante a madrugada de 13 de junho, nas Linhas de Azambuja (Santa Apolónia-Azambuja), Cascais (Cais do Sodré-Cascais) e Linha de Sintra (Rossio-Sintra)”, sendo que “no total, este reforço corresponde a mais 21.000 lugares extra face à oferta regular”.

Por outro lado, indicou, quem quiser ir às Festas de São João, “cujas noite de 23 e madrugada de 24 de junho arrastam milhares às cidades do Porto, Gaia e Braga para os concertos e fogos de artifício, terá acesso a mais lugares nos serviços regulares dos Urbanos do Porto”, bem como comboios especiais, “somando-se mais 31.000 lugares face à oferta normal”.

A CP assegurou que, com esta oferta, “mantém o compromisso com a promoção da mobilidade sustentável”, permitindo, ainda, “maior facilidade de acesso a estes eventos, com mais horários e possibilidades de regresso a casa, com segurança

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Gibraltar. Acordo da UE com Reino Unido “salvaguarda Schengen”, diz von der Leyen

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

Pedro Sánchez também elogiou o "acordo global em benefício dos cidadãos" ainda que não renuncie "às reivindicações espanholas sobre o istmo e a retrocessão de Gibraltar".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, congratulou-se esta quarta-feira com o acordo alcançado entre Bruxelas e o Reino Unido em relação a Gibraltar, sublinhando que salvaguarda “a integridade” do espaço Schengen e do mercado único europeu.

“Congratulo-me com a conclusão das conversações sobre o futuro acordo entre a UE e o Reino Unido relativo a Gibraltar. Este acordo salvaguarda a integridade de Schengen e do mercado único, garantindo simultaneamente a estabilidade, a segurança jurídica e a prosperidade da região”, escreveu von der Leyen na rede social X.

Também o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, se congratulou com o acordo anunciado em Bruxelas. “A UE, o Reino Unido e Espanha fecharam um acordo global em benefício dos cidadãos e da nossa relação bilateral com o Reino Unido. Tudo sem renunciar às reivindicações espanholas sobre o istmo e a retrocessão de Gibraltar”, escreveu Sánchez no X.

O Reino Unido e a União Europeia (UE) alcançaram um “acordo político definitivo” em relação ao território de Gibraltar, na sequência da saída britânica do bloco comunitário (Brexit), segundo um comunicado oficial. O acordo fi atingido em mais uma reunião de negociações em que também esteve o Governo espanhol e o executivo local de Gibraltar, um enclave britânico no sul de Espanha.

No encontro foi alcançado “um acordo político definitivo sobre os aspetos fundamentais do futuro Acordo entre a União Europeia e o Reino Unido em relação a Gibraltar”, segundo uma “declaração conjunta” divulgada por todas as partes. “O futuro acordo salvaguarda as respetivas posições jurídicas de Espanha e do Reino Unido em matéria de soberania e jurisdição”, lê-se no mesmo texto.

Segundo a informação, ao abrigo do acordo fica garantida a livre circulação de pessoas e bens entre o território britânico e Espanha e será eliminada a barreira física (conhecida como “a vedação”) em redor de Gibraltar, “o último muro na Europa continental”.

Em relação às pessoas, o controlo de entradas e saídas no espaço Schengen, a que Gibraltar ficará ligado, será feito no porto e no aeroporto do território britânico, eliminando-se assim os controlos na passagem fronteiriça. Cerca de 15 mil pessoas cruzam diariamente a fronteira entre Espanha e Gibraltar. Pelo lado da União Europeia (UE), “Espanha realizará os controlos Schengen”.

Quanto às mercadorias, foram acordados “os princípios que sustentam a futura união aduaneira entre a UE e Gibraltar”, entre eles, mecanismos de conversão fiscal. As equipas de negociação vão ainda finalizar o “texto jurídico completo” do acordo, que terá depois de ser assinado e ratificado pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros.

O comissário Maroš Šefčovič disse, em Bruxelas, ter certeza de que o acordo será ratificado sem obstáculos, por resultar de uma negociação longa e detalhada, em que foram abordados e salvaguardados em detalhe todos os aspetos levantados por todas as partes. O acordo resultou de mais de 20 reuniões de negociação e é o único que está pendente entre as duas partes na sequência da saída do Reino Unido da União Europeia, aprovada num referendo britânico realizado em 2016.

Gibraltar não foi incluído no pacto de comércio e cooperação que Londres e Bruxelas alcançaram no final de 2020 na sequência do ‘brexit’, pelo que foi necessário chegar a um acordo separado. Em dezembro de 2020, ficou estabelecido que se negociaria um acordo para Gibraltar, que envolveria União Europeia (UE), Reino Unido, Espanha e as autoridades da própria colónia inglesa.

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Das vinhas velhas para a primeira garrafa de vinho com rótulo em burel

Das vinhas velhas nasce um blend branco feito a seis mãos -- Carlos Raposo, Sara Matos e Ana Sofia Oliveira --, de edição limitada, em garrafas com rótulo feito de burel.

O enólogo Carlos Raposo e as mentoras da Defio, Ana Sofia Oliveira e Sara Matos.11 junho, 2025

Proveniente de uma vinha com mais de 70 anos, situada na sub-região de Terras de Senhorim, na região do Dão, o vinho “Defio x Carlos Raposo Branco Vinhas Velhas” é apresentado — surpreenda-se — numa garrafa com um rótulo feito de burel, que os mentores do projeto garantem ser a primeira no país manufaturada a partir deste tecido.

O rótulo da garrafa, uma espécie de roseta, do vinho “Defio x Carlos Raposo Branco Vinhas Velhas” foi feito à mão com tecido burel, criado a partir da lã de ovelhas de raças autóctones da Serra da Estrela, “com um design personalizado pensado pela empresa portuguesa de design Burel Factory”, começa por descrever Ana Sofia Oliveira que, juntamente com Sara Matos, criou em 2000 a marca independente de vinhos portugueses Defio. E que significa “desafio” em Esperanto. Neste propriamente dito, as empresárias contam com a mestria do enólogo Carlos Raposo, que “produz vinhos puros, autênticos, precisos e únicos que querem mostrar o melhor que se faz em Portugal”, sublinham.

Feito a seis mãos, por assim dizer (Carlos Raposo, Sara Matos e Ana Sofia Oliveira), o blend “Defio x Carlos Raposo Branco Vinhas Velhas” é um vinho branco, feito a partir de uvas brancas de uma vinha com mais de 70 anos. “Este vinho é um lote de mais de 15 castas brancas portuguesas, vinificadas em conjunto, sem desengace“, detalha Sara Matos.

Foi produzida uma edição limitada de 1.200 garrafas de 0,75 litros, a 47 euros cada uma. Este vinho esteve em fermentação e estagiou numa cuba de betão de 1.000 litros da empresa portuguesa WiseShape, durante oito e quatro meses, respetivamente, sem agitação das borras. “O resultado é um vinho delicado, floral e salino, com uma acidez vibrante e fruta concentrada”, assinala, por sua vez, o enólogo Carlos Raposo.

“O objetivo sempre foi fazermos os vinhos que gostamos com as pessoas que gostamos”, salienta Sara Matos. “Além disso, tínhamos esta visão de pertencer ao movimento Nat’Cool, criado pela Niepoort”, nota.

O primeiro vinho da dupla da Defio foi um Clarete de Baga na Quinta de Baixo, na Bairrada, a que se seguiu o Película Branco na região de Lisboa com Rodrigo Martins dos Vinhos Espera.

“Como gostamos de dar atenção aos detalhes, cada vinho que lançamos exige muito tempo, pelo que o processo tem sido gradual. Mas isto também nos permite desfrutar de cada passo do processo criativo, da adega ao embalamento e à comercialização”, frisa Ana Sofia Oliveira.

Sara Rodrigues Matos trabalhou na região da Bairrada com o conceituado produtor Luís Pato e atualmente gere a sua própria escola de vinhos, em Coimbra, a The Wine House (WSET). Já Ana Sofia Oliveira trabalhou, durante muitos anos, para a Wines of Portugal, promovendo os vinhos portugueses em todo o mundo, e atualmente está à frente da sua própria agência de comunicação e marketing de vinhos The Wine Agency.

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Governo dos EUA admite “ir mais longe” contra protestos

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

"Não temos medo de ir mais longe. Não temos medo de fazer algo diferente, se necessário", disse a procuradora-geral norte-americana.

A procuradora-geral norte-americana advertiu esta quarta-feira que a administração Trump não receia “ir mais longe” para conter os protestos contra as políticas migratórias, enquanto o governador da Califórnia avisou que o Presidente “não vai parar” neste estado.

“Estamos num bom momento. Não temos medo de ir mais longe. Não temos medo de fazer algo diferente, se necessário”, afirmou Pam Bondi, citada pela CNN, numa altura em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou invocar a Lei de Insurreição, que permite o envio de militares para as ruas.

Nas últimas horas, o Presidente Trump afirmou que está disposto a invocar esta legislação, o que não acontece desde 1807, e classificou como “insurrectos” financiados para protestar contra as rusgas e detenções levadas a cabo pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).

“Faremos tudo o que estiver dentro da nossa autoridade legal para proteger os nossos agentes da lei e todo o povo da Califórnia neste momento”, insistiu Bondi, que confia que o recente recolher obrigatório decretado no centro de Los Angeles sirva para conter a violência dos protestos nos últimos dias e que levaram Trump a enviar a Guarda Nacional para a cidade, à revelia do governador democrata da Califórnia.

O governador, Gavin Newsom, acusou o Presidente dos Estados Unidos de colocar em risco a democracia. Diante da possibilidade de distúrbios dessa magnitude, outro estado com um alto índice de população migrante, como o Texas, governado pelo republicano Greg Abbott, ordenou o destacamento da Guarda Nacional.

Gavin Newsom, o influente governador democrata da Califórnia, já advertiu contra a intervenção de Donald Trump, considerando que poderia muito bem espalhar-se por todo o país. Considerado um dos favoritos para a candidatura democrata nas próximas eleições presidenciais, em 2028, Gavin Newsom acredita que o presidente republicano excedeu amplamente a sua autoridade ao enviar o exército para enfrentar os manifestantes em Los Angeles.

“A Califórnia pode ser a primeira, mas está claro que não vai parar por aí”, alertou Gavin Newsom na terça-feira, num discurso transmitido pela televisão. Donald Trump, acrescentou, é um “Presidente que não quer ser limitado por nenhuma lei ou Constituição, perpetuando um ataque à tradição americana”.

O líder democrata mostrou-se preocupado com as detenções realizadas pela polícia de imigração, que acusa de ter detido uma cidadã norte-americana grávida e a filha de 4 anos. “Se alguns de nós podem ser arrancados da rua sem mandado, apenas com base em suspeitas ou na cor da pele, então nenhum de nós está seguro”, afirmou.

“Os regimes autoritários começam por visar as pessoas menos capazes de se defender. Mas não vão parar por aí”, acrescentou Gavin Newsom. Diante da falta de contrapoder ao Presidente e de um “Congresso inexistente”, Gavin Newsom exortou os norte-americanos a “se defenderem e exigirem responsabilidades”, ao mesmo tempo que convidou os manifestantes a fazê-lo de forma pacífica.

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