Câmara de Leiria cria programa anticorrupção para reforçar transparência com munícipes

Câmara de Leiria cria canal de denúncias e avança com formações especializadas para os funcionários municipais, inquéritos de satisfação aos munícipes e cliente mistério.

A Câmara Municipal de Leiria aprovou, em reunião do Executivo desta terça-feira, o programa municipal para a ética e prevenção da corrupção que, entre outras medidas, inclui a criação de Comissão de Transparência e Integridade para “investigar com rigor e imparcialidade todas as denúncias recebidas“. Com esta decisão, o município pretende reforçar “o seu compromisso com a transparência, integridade e boa administração“, assinala o autarca Gonçalo Lopes.

“A transparência e a integridade são pilares fundamentais de uma boa governação e, em Leiria, queremos ser um exemplo nesse campo”, sublinha o presidente de câmara.

Uma das premissas passa por “simplificar a comunicação de infrações como corrupção, violações de direitos e outras práticas antiéticas, contribuindo para a criação de um ambiente de confiança na relação dos cidadãos com o município”, completa.

A transparência e a integridade são pilares fundamentais de uma boa governação e, em Leiria, queremos ser um exemplo nesse campo.

Gonçalo Lopes

Presidente da Câmara Municipal de Leiria

Os munícipes passam, assim, a ter um canal para denúncias, na página da internet da autarquia, para reportarem irregularidades de forma confidencial e segura.

Entre as várias medidas deste novo programa consta ainda um rol de formações especializadas para os funcionários municipais, inquéritos de satisfação aos munícipes e recurso ao cliente mistério.

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Desmarcada audição de Passos Coelho como testemunha no caso BES

O ex-primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, será ouvido noutra data pela juíza presidente do coletivo que julga Ricardo Salgado por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

A audição do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, prevista para esta quarta-feira, no julgamento do caso BES foi desmarcada. Não está ainda definida nova data para essa mesma audição.

O ex-primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, será ouvido pela juíza presidente do coletivo que julga Ricardo Salgado por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2015, a defesa de Salgado sublinhava que o BES “não faliu”. Mas sim, “foi obrigado a desaparecer pelo Banco de Portugal [BdP]. Hoje sabemos que com o apoio do governo de Portugal, liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho.”

“O conselho de administração do Banco de Portugal deliberou aplicar ao Banco Espírito Santo, SA uma medida de resolução. A generalidade da atividade e do património do Banco Espírito Santo é transferida para um banco novo, denominado de Novo Banco, devidamente capitalizado e expurgado de ativos problemáticos”, afirmou Carlos Costa, numa declaração, no dia 3 de agosto de 2014, transmitida em direto pela televisão.

No final de 2023, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho assegurou que nunca houve favorecimento ou tratamento preferencial ao ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES) Ricardo Salgado, nem enquanto liderou o Governo, nem enquanto foi administrador da Fomentinvest.

“Nunca o doutor Ricardo Salgado usou a relação comigo para obter vantagens”, frisou Passos Coelho, que foi ouvido como testemunha no julgamento do Caso EDP, numa sessão realizada no Juízo Central Criminal de Lisboa.

Passos Coelho recordou também a sua experiência enquanto administrador financeiro da Fomentinvest entre 2004 e 2010, reiterando a ausência de favorecimentos ao BES por o banco então liderado por Ricardo salgado ser também acionista dessa sociedade.

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Holiday Inn Express Évora acrescenta 76 quartos à cidade

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

Investimento de 16,8 milhões de euros da Mercan Properties traz um hotel com 76 quartos, piscina e restaurante. Grupo Mercan passa a deter dois hotéis na cidade alentejana.

O grupo Mercan Properties inaugurou nesta terça-feira o seu segundo hotel em Évora, um ativo gerido sob a marca Holiday Inn, insígnia da IHG Hotels & Resorts.

O Holiday Inn Express Évora dispõe de 76 quartos, piscina, restaurante e sala de reuniões, sendo resultado de um investimento de 16,8 milhões de euros. A abertura gera 35 postos de trabalho dedicados à operação.

Depois do Hilton Garden Inn Évora, o novo hotel da Mercan Properties “promove a riqueza cultural e histórica da cidade de Évora”, diz o presidente do grupo Mercan Properties em Portugal, Jordi Vilanova, destacando este projeto como parte da dedicação do grupo à reabilitação urbana.

A gestão fica a cargo da AHM – Ace Hospitality Management, especializada na operação de hotéis sob marcas como a Marriott, Hilton e Hard Rock, entre outras.

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Empresários portugueses querem investir mais na IA independentemente da economia

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

A maioria dos CEO portugueses investir mais na IA independentemente da situação económica, segundo estudo da consultora KPMG. No entanto a confiança na economia reduziu 14% no último ano.

A maioria dos CEO portugueses consultados num estudo da consultora KPMG, 54%, quer investir na inteligência artificial (IA) independentemente das condições económicas. No entanto, a confiança dos empresários no crescimento da economia nos próximos três anos diminuiu 14% entre o ano passado e este.

“As visões dos CEO inquiridos em Portugal são muito convergentes com a visão global, mas em algumas matérias é possível verificar que alguns dos desafios ainda estão num nível de desenvolvimento diferente. Assim, se no caso do talento a perspetiva nacional é muito alinhada, já nos temas do ESG e da IA generativa ainda existem algumas diferenças relevantes entre a visão de Portugal e a visão global” explica Vitor Ribeirinho CEO da KPMG Portugal em comunicado.

O estudo CEO Outlook consultou mais de 1.300 gestores globais entre os quais 50 gestores portugueses, dos quais a maior parte (58%) acredita no crescimento económico das suas empresas nos próximos três anos e identifica como objetivos de crescimento a implementação da IA generativa, a execução de estratégias ESG e a gestão de riscos inflacionistas.

Em contraste, o risco reputacional é apontada pelos CEO portugueses como a principal ameaça ao crescimento empresarial. Globalmente, 72% dos empresários internacionais analisados confia no crescimento da economia e aponta o risco da cadeia de fornecimento como a sua principal preocupação sendo que, ao contrário do cenário nacional, a preocupação reputacional aparece em oitavo lugar no ranking.

Apesar da IA ser apontada como a principal prioridade de investimento nos negócios, 46% dos empresários nacionais acredita que os desafios éticos que esta tecnologia traz é uma questão difícil na implementação da mesma. Os gestores globais também apontam a IA como uma das prioridades de investimento para os próximos três anos, mas é a digitalização que assume o primeiro lugar.

Este investimento na IA não irá reduzir postos de trabalho, garantem 56% dos empresários. No entanto, afirmam que é necessário investir em novas competências e que a retenção de talento continua a ser uma prioridade para as empresas com 42% dos CEO portugueses a investir em mais formação para os seus colaboradores. Outra preocupação é o número elevado de trabalhadores em idade de reforma.

A neutralidade carbónica é outro destaque nas empresas portuguesas que, como o ECO/Capital Verde já tinha noticiado, apenas 24% dos CEO portugueses esperam atingir metas ambientais de 2030 com 60% dos empresários a admitir que “as expetativas dos stakeholders relativamente ao ESG (Environmental, Social and Governance) mudam mais rapidamente que a sua capacidade de adaptar a estratégia”, como indica o comunicado da consultora KPMG.

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Gonçalo Castro Ribeiro é o novo sócio da DLA Piper

Gonçalo Castro Ribeiro conta com mais de 20 anos de experiência em operações transnacionais e em questões regulamentares envolvendo instituições financeiras.

A sociedade de advogados DLA Piper reforça a sua equipa no escritório de Lisboa, com o regresso do sócio Gonçalo Castro Ribeiro ao departamento de Corporate & Finance, o qual já tinha integrado entre 2017 e 2023.

Gonçalo Castro Ribeiro conta com mais de 20 anos de experiência em operações transnacionais e em questões regulamentares envolvendo instituições financeiras, bem como em operações de project finance e de mercados de capitais. A sua atividade incide principalmente na assessoria a instituições financeiras e a empresas de private equity, tendo atuado em muitos dos negócios mais relevantes em Portugal nas últimas décadas.

Reconhecido nos principais diretórios jurídicos, nos domínios de Corporate & Finance, Fintech e Corporate Law, Gonçalo tem sido autor de diversos artigos e capítulos em publicações especializadas, assim como uma presença assídua em iniciativas e eventos relacionados com a sua área de atuação.

Nuno Azevedo Neves, managing partner da DLA Piper Portugal destaca: “Estamos muito entusiasmados com o regresso do Gonçalo à nossa sociedade. O Gonçalo vem fortalecer a nossa prática global de Corporate & Finance, com especial enfoque em Financeiro. A sua vasta experiência e visão estratégica serão ativos muito importantes no apoio aos nossos clientes globais neste setor, reforçando a capacidade, já hoje consolidada, da DLA Piper em Portugal.”

Gonçalo Castro Ribeiro sublinha: “Estou muito satisfeito com a oportunidade de contribuir novamente para a consolidação do sucesso internacional da DLA Piper, em cujos valores, visão e ambição me revejo plenamente.”

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Fuga dos certificados provoca tombo de 22% no lucro dos CTT

Alteração das regras do Certificados de Aforro em junho de 2023 levou a uma queda abrupta na colocação de títulos e nos lucros dos CTT. Receitas do Expresso & Encomendas dispararam 44% nos nove meses.

O lucro líquido dos CTT CTT 0,87% desceu 21,9%, em termos homólogos, para 27,8 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, pressionado pela queda abrupta nas receitas com a subscrição de títulos da dívida pública, informou a empresa esta terça-feira.

“Os rendimentos operacionais dos serviços financeiros atingiram 17,4 milhões de euros nos nove meses, (-37,3 milhões de euros, uma queda homóloga de 68,2%“, referiu a empresa liderada por João Bento, em comunicado divulgado no site da CMVM.

Sublinhou que este desempenho é explicado pela menor colocação de dívida pública, nomeadamente certificados de aforro e certificados do tesouro poupança crescimento, apresentaram rendimentos de 7,2 milhões entre janeiro e setembro, menos 33,6 milhões que no mesmo período de 2023, um tombo de 82,4%.

As subscrições de Certificados de Aforro via CTT atingiram máximos históricos na primeira metade de 2023, num ambiente de taxas de juro elevadas, um feito muito difícil de replicar pelos Correios este ano, depois de o anterior Governo ter cortado a remuneração deste produto de dívida pública.

Os CTT sublinharam esta segunda-feira que, no entanto, “os volumes de colocação de dívida pública aumentaram significativamente a partir de outubro, graças à mudança no limite máximo de aplicação em Certificados de Aforro por subscritor (de 50 mil euros para 100 mil euros).

Em entrevista ao ECO no dia em que as alterações entraram em vigor, a 7 de outubro, João Bento disse que os CTT esperam o retorno da “grande afluência aos Certificados de Aforro“.

Os CTT recordaram que realizaram campanhas de marketing ao longo dos últimos meses, destacando a atratividade dos Certificados de Aforro quando comparados com outras alternativas.

Lançaram também em julho, a plataforma online de subscrição de títulos de dívida pública através da app CTT, “que tem crescido significativamente no número de utilizadores, dada a sua elevada conveniência para os aforristas”.

Expresso & Encomendas batem recorde

O EBITDA – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – caiu 4,3% para 110,6 milhões de euros, adiantou a empresa liderada por João Bento.

Nos primeiros 9 meses de 2024 os rendimentos operacionais atingiram 792,3 milhões de euros, uma subida de 76,8 milhões (10,7%), “uma evolução que reflete um desempenho recorde de Expresso e Encomendas e crescimento sustentado no Banco CTT“.

A Logística atingiu 678,6 milhões de euros tendo representado 86% dos rendimentos totais dos CTT. O Expresso e Encomendas alcançou 330,5 milhões de euros, registando um aumento de 44,%.

Os rendimentos do Correio e Outros aumentaram 3,2% em termos homólogos fruto do bom desempenho do correio endereçado (+2,1%), das soluções empresariais (+13%) e pagamentos (+9,1%).

As receitas do Banco CTT atingiram 96,3 milhões nos nove meses, um aumento de 2,5%. Excluindo o impacto da saída da parceria do cartão Universo, o crescimento dos rendimentos operacionais teria sido 14,5%, explicou a empresa.

O terceiro trimestre foi de recordes a nível de volumes, receita e margem, “antecipando-se assim um forte desempenho na peak season, no quarto trimestre“, vincou.

No período entre julho e setembro as receitas subiram 14% para 267,9 milhões de euros, com o EBITDA a avançar 12,2% para 39,8 milhões.

Antes da divulgação dos resultados, as ações dos CTT fecharam a subir 1,20% para 4,225 euros cada, numa sessão em que o índice PSI recuou 0,27%.

(Notícia atualizada às 17h55)

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Requalificação do Bom Jesus em Braga vai custar 2,2 milhões de euros

A requalificação da Casa dos Correios e a reabilitação e valorização do apeadeiro inferior do elevador são algumas das obras da terceira fase da intervenção no Santuário do Bom Jesus.

A Câmara Municipal de Braga e a Confraria do Bom Jesus assinaram, esta terça-feira, um protocolo de colaboração com vista ao arranque, em 2025, da terceira fase de requalificação do Santuário do Bom Jesus. A intervenção representa um investimento de 2,2 milhões de euros, custeado em 25% pela Confraria, que terá de apresentar, até final deste ano, uma candidatura ao Norte 2030 para arrecadar o remanescente desse valor.

A intervenção, que deverá prolongar-se durante um ano, contempla a requalificação da Casa dos Correios e a reabilitação e valorização do apeadeiro inferior do elevador. Acrescem a criação de centros interpretativos, nova sinalética e a implementação de ferramentas digitais no Santuário do Bom Jesus, o qual está, desde 2019, classificado pela Unesco como património cultural mundial.

O Bom Jesus é um dos grandes ativos do país e do mundo, e queremos contribuir para a sua preservação e divulgação.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

Para o autarca de Braga, “este é mais um projeto de enorme importância para o desenvolvimento do Bom Jesus, ao qual o município se associa através do estímulo das dimensões cultural, patrimonial e turística”. Mais, sustentou Ricardo Rio: “O Bom Jesus é um dos grandes ativos do país e do mundo, e queremos contribuir para a sua preservação e divulgação”.

Por isso mesmo, a câmara disponibiliza-se, desde a primeira hora, a contribuir para a concretização da qualificação da estrada e da zona junto ao pórtico do Bom Jesus. “Estamos alinhados com os objetivos da Confraria, de dotar este local de mais condições de segurança para os cidadãos, proporcionando uma utilização mais qualificada daquela zona”, garantiu.

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Governo dá como “próximo de estar concluído” um terço do programa Acelerar a Economia

Execução do pacote de 60 medidas apresentado em julho está "em velocidade de cruzeiro”. Secretário de Estado confia que aprovação do Orçamento do Estado “vai fazer descolar economia portuguesa".

Pouco mais de três meses depois de apresentar o programa Acelerar a Economia, composto por 60 medidas em áreas como fiscalidade, investimento, turismo ou ambiente, o secretário de Estado da Economia garantiu esta terça-feira que “a execução de grande parte das medidas já está em velocidade de cruzeiro e um terço delas já estão próximas de estarem concluídas”.

Da regulamentação do incentivo fiscal à investigação científica e inovação​​, passando pela alteração dos benefícios fiscais para investir em I&D, entre as medidas mais emblemáticas para ganhar escala, consolidar e promover a capitalização incluem-se a revisão do regime de dedutibilidade fiscal do goodwill, o alargamento do acesso ao regime de participation exemption e a dedução fiscal para mais-valias e dividendos obtidos por pessoas singulares na capitalização de empresas.

Dando o exemplo do novo regime do IVA de caixa, aprovado recentemente no Parlamento, mas sem explicitar as restantes medidas já dadas como concluídas, João Rui Ferreira sublinhou que este programa “é um pontapé de saída e não um ponto de chegada”. “É apenas o primeiro passo para construir uma estratégia económica, (…) para criar as condições necessárias para que as nossas empresas possam competir numa escala global”, indicou.

Na abertura do II Congresso Portugal Empresarial, organizado pela AEP com o tema “Escalar as Empresas, Fazer Crescer o País”, que está a decorrer esta tarde na Exponor (Matosinhos), o governante sublinhou que esta matéria é “amplamente reconhecida como um fator de competitividade” e um “ponto de partida consensual”, embora reconheça que há “caminhos diferentes” para lá chegar. Perante uma plateia de empresários, prometeu ainda “não onerar as empresas com mais custos de contexto”, a começar pelos processos de licenciamento.

João Rui Ferreira, secretário de Estado da EconomiaRicardo Castelo/ECO

Numa “semana decisiva para o país” com a primeira votação parlamentar do Orçamento do Estado para 2025, João Rui Ferreira falou num “momento importante para a economia nacional e para a estabilidade necessária à vida das empresas e dos cidadãos”. Confiante que com esta proposta, a primeira do Executivo liderado por Luís Montenegro, “vai ser possível fazer descolar a economia portuguesa”, insistiu que “este contexto de previsibilidade e estabilidade é importante para implementar as políticas públicas para fazer crescer a economia”.

“É uma oportunidade de ouro. Não vamos perder tempo. Entraremos agora no tempo da execução”, completou o secretário de Estado da Economia. Sublinhou que a aprovação do OE2025 confere igualmente “estabilidade para [conseguir] executar o quadro de investimento no âmbito dos fundos europeus”, tanto do Portugal 2030 como do PRR, e um contexto “muito mais favorável” para a captação de investimento direto estrangeiro e para o avanço de “reformas duradouras” na economia.

Durante a mesma intervenção, o secretário de Estado apresentou mesmo o Ministério da Economia como “um embaixador das empresas dentro do Governo e que vocaliza os problemas junto dos colegas” do Executivo, notando que muitos dos dossiês que envolvem o mundo empresarial abarcam decisões de outras tutelas, nomeadamente, exemplificou, nas componentes ambiental, fiscal, laboral ou da digitalização.

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Sindicato dos Jornalista teme que fim de publicidade na RTP possa ser “forte abalo”

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

"Não nos parece que enfraquecer o serviço público num momento de grande crise da comunicação social possa ser o caminho", sublinhou o responsável sindical.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) voltou a mostrar-se preocupado com os efeitos do Plano de Ação para a Comunicação Social na RTP, temendo “um forte abalo” no serviço público de televisão e rádio.

“Acredito que tirar uma verba tão importante como 20 milhões de euros, não havendo a perspetiva de se aumentar a comparticipação audiovisual, e nem sequer havendo a perspetiva de se aumentar a compensação indemnizatória à RTP, nós não vemos que o serviço público possa continuar a ser prestado igual ao que está“, disse o presidente do SJ, Luís Simões, numa audição no parlamento.

Luís Simões falava numa audição na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, na Assembleia da República, após ter sido chamado pelos grupos parlamentares do Partido Socialista (PS) e do Livre.

No entender do sindicato, a substituição de 250 trabalhadores por outros 125 vai “enfraquecer ainda mais o serviço público”. No entender de Luís Simões, o serviço público “foi, durante muitos anos, e continua a ser, um farol para a profissão”.

“Não nos parece que enfraquecer o serviço público num momento de grande crise da comunicação social possa ser o caminho”, sublinhou o responsável sindical.

O SJ foi ouvido no parlamento no seguimento do Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado este mês pelo Governo para o setor e que contém 30 medidas. Uma destas medidas compreende a eliminação gradual da publicidade da RTP ao longo de vários anos, que se traduzirá numa perda de receita anual de cerca de 20 milhões de euros.

No entender do presidente do sindicato, retirar este rendimento sem uma compensação garantida poderá tornar a RTP “num problema”. “Temo que esse problema possa, à tentação, ser resolvido com despedimentos”, lamentou, referindo que tal ocorrerá num momento em que a União Europeia se mostra “muito preocupada” com a desinformação. Sobre a redução de trabalhadores, o vice-presidente do sindicato, Augusto Correia, disse que há que acreditar nos políticos quando o Governo diz que não vai ser o fim da RTP.

O sindicato referiu que se reuniu por três vezes com o Governo, através do ministro dos Assuntos Parlamentares e do seu secretário de Estado, com vista a debater algumas medidas que poderiam integrar o plano — tendo sido apresentadas várias que acabaram por não ser incluídas.

“Soube da intenção de colocar um ponto final à publicidade na RTP no exato momento em que todos ficámos a saber”, apontou Luís Simões, referindo-se a uma conferência organizada por uma plataforma de órgãos de comunicação social. Luís Simões sublinhou que não está em cima da mesa que os privados substituam a RTP no serviço público.

Durante a sua intervenção, e remetendo para o plano de ação para o setor, a vogal do SJ Susana Venceslau registou que falta clareza para a agência Lusa.

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“Temos de voltar à atitude reformista e estar insatisfeitos”. Santos Pereira aponta prioridades

Álvaro Santos Pereira aponta vários constrangimentos na economia nacional e realça a importância de fazer reformas em várias áreas, desde a Administração Pública à Justiça, passando pela fiscalidade.

Portugal precisa de uma nova vaga de reformas estruturais para acelerar o crescimento e melhorar a competitividade da economia nacional, defende o economista-chefe da OCDE. “Se queremos ter um país mais dinâmico, mais inovador, temos de nos saber renovar, saber reformar“, destaca o antigo ministro da Economia Álvaro Santos Pereira.

“Estando a atravessar um período em que economia está a crescer de forma razoável é importante pensar o que podemos fazer para economia crescer 3 ou 4%. E a forma [de o fazer] é fazer reformas“, destaca Álvaro Santos Pereira, no II Congresso Portugal Empresarial, que está a decorrer esta terça-feira na Exponor no âmbito dos 175 anos da AEP.

Numa análise àquilo que são os principais constrangimentos e desafios futuros da economia nacional, o ex-governante destaca que “reformas é algo que está a faltar a Portugal“, lembrando que, nos últimos 50 anos, houve três vagas de reformas no país: nos anos 80, pela mão de Miguel Cadilhe; na área da concorrência com Carlos Tavares; e, em 2011, importantes reformas laborais, por altura da troika.

Não tivemos mais ondas de reformas“, refere o economista-chefe, apontando que os países mais bem-sucedidos da OCDE são aqueles que fazem mais reformas. “Temos de voltar à atitude reformista e voltar a ser insatisfeitos connosco próprios”, sentencia.

Álvaro Santos Pereira traça um cenário mais otimista para a economia portuguesa face há 10 anos, quando a economia estava estagnada ou em recessão. Ainda assim, há vários aspetos em que Portugal continua a comparar mal a nível europeu, ou entre os países da OCDE.

A produtividade “muito baixa”, um setor industrial “reduzido para o seu potencial”, a falta de escala – 99% das empresas são PME –, qualificações abaixo da média, ou baixo investimento são alguns dos problemas apontados por Álvaro Santos Pereira, que considera que apenas com reformas se poderá responder com medidas reformistas.

Ao nível da exportação, o país exporta hoje cerca de 50% do PIB, uma percentagem significativamente superior aos 30% em 2010. Portugal “está a exportar muito mais”. “É bom mas ainda não é fantástico. Países da nossa dimensão que exportar, 70%, 80% do PIB”, destaca o economista-chefe da OCDE.

Reformas na Administração Pública e na Justiça

No que diz respeito às áreas onde considera “fundamental” uma reforma, o economista-chefe da OCDE alerta para a necessidade de reduzir os procedimentos burocráticos para as empresas e diz que “a Justiça tem quer ser reformada urgentemente. Se falamos em reformas estruturais, se há algum setor que tem que ser reformado é o setor da justiça.”

O ex-governante diz que esta é uma reforma que “politicamente é difícil”, mas “tem que haver vontade política para fazer esta reforma”. “A prioridade total devia ser a reforma da Administração Pública e da Justiça. É fundamental para ter um Estado mais ágil e uma economia mais competitiva“, reforça.

Outra das reformas apontadas por Álvaro Santos Pereira é ao nível da fiscalidade, notando que Portugal é um dos países onde o IRC cobrado às empresas é mais elevado. “A competitividade fiscal é absolutamente fundamental” e esta reforma “devia ser um desígnio nacional”.

Quanto ao futuro, o economista-chefe da OCDE realça três grandes áreas para as quais os países vão ter que se preparar: IA e digitalização, transição verde e envelhecimento da população.

A Inteligência Artificial, diz, “é uma tecnologia que vai conseguir ter impacto praticamente em todas as áreas da economia e todas as tarefas que vamos fazer” e, por isso, “os países vão ter que estar preparados para IA e criar condições para adotar estas tecnologias”.

Quanto ao envelhecimento da população, o responsável nota que Portugal está a envelhecer mais rapidamente que outras economias e “vai ter que haver mais imigração”. A questão é a forma como se abre as portas, recomendando exemplos como os do Canadá, que procura ir buscar os melhores para as diferentes áreas. “O problema só agora está a começar”.

A transição verde é outra das áreas incontornáveis, mas que é também uma oportunidade. “São necessários “4 biliões de dólares todos os anos em termos de investimento verde. É uma grande oportunidade”.

 

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UE adota novas tarifas de até 35% em 5 anos para carros elétricos chineses

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

A UE e a China continuam a trabalhar "arduamente" para encontrar uma solução alternativa e mutuamente aceitável, informou o executivo europeu.

A Comissão Europeia adotou esta terça-feira novas tarifas a aplicar às fabricantes de carros elétricos chineses que operam na União Europeia (UE), de até 35% por cinco anos, para evitar concorrência desleal face às subvenções da China.

“A Comissão Europeia adotou hoje direitos de compensação definitivos sobre as importações de veículos elétricos a bateria provenientes da China por um período de cinco anos”, anunciou o porta-voz da instituição para a tutela do Comércio, Olof Gill, em Bruxelas.

Ao mesmo tempo, “a UE e a China continuam a trabalhar arduamente para encontrar uma solução alternativa e mutuamente aceitável”, acrescentou o responsável, referindo que “qualquer solução deste tipo terá de ser eficaz para resolver o problema identificado durante a investigação, bem como compatível com as regras da Organização Mundial do Comércio”.

Fonte europeia ligada ao processo explicou que a medida comunitária deve ser publicada no Jornal Oficial da UE ainda esta terça-feira ou, o mais tardar, na quarta-feira de manhã, sendo que, no dia seguinte a tal publicação, as tarifas entram em vigor.

A adoção surge depois de, no início de outubro e após uma investigação às subvenções estatais chinesas a fabricantes de automóveis elétricos, a Comissão Europeia ter alcançado apoio da maioria dos Estados-membros da UE, menos da Alemanha, para aplicar estas tarifas. Portugal absteve-se nessa votação, na qual 10 países votaram a favor, cinco contra e 12 abstiveram-se.

Nessa investigação, Bruxelas concluiu terem existido, de facto, apoios ilegais por parte de Pequim, o que terá possibilitado que estes veículos entrassem rapidamente no mercado da UE a um preço bastante menor do que os dos concorrentes comunitários. Isto significa que o executivo comunitário vai, com vista a nivelar a concorrência na UE, aplicar tarifas de 35,3% à SAIC, de 18,8% à Geely e de 17% à BYD, bem como de 20,7% (média ponderada) a outras empresas que colaboraram no inquérito e de 35,3% às que não o fizeram. Além disso, a instituição irá conceder uma taxa individual do direito à Tesla enquanto exportador da China, fixada em 7,8%, sendo que a ‘gigante’ norte-americana de carros elétricos tem em Xangai a sua maior fábrica do mundo.

Acrescem a estas novas tarifas a já existente taxa de 10% aplicada à importação de veículos elétricos de qualquer proveniência, o que perfaz um máximo de até 45% no pior cenário para as fabricantes destes veículos que queiram operar na UE, tendo em contas as novas tarifas. Isto significa, por exemplo, que um MG elétrico (marca que pertence à SAIC) pagava até agora apenas estes 10% de tarifa aduaneira, mas após a investigação e a aplicação das tarifas vai passar a pagar 45,3%.

Em causa está a investigação iniciada pela Comissão Europeia em outubro passado às subvenções estatais chinesas a fabricantes de automóveis elétricos, que entraram rapidamente no mercado da UE e hoje representam cerca de 8% e que são vendidos a um preço bastante menor, em cerca de 20%, do que os dos concorrentes comunitários. É o executivo comunitário que representa a UE no domínio da política comercial.

 

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Governo deixa o aviso: alterações às defesas oficiosas não estão a ser negociadas com a Ordem dos Advogados

O Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça vai analisar esses contributos, mas apenas isso, estando uma segunda reunião já agendada para 15 de novembro.

O Ministério da Justiça (MJ) e a Ordem dos Advogados (OA) reuniram-se na passada sexta-feira para discutir o tema das alterações ao regime das defesas oficiosas. Mas o gabinete de Rita Júdice esclarece: “o Ministério da Justiça recebeu os contributos da Ordem dos Advogados, clarificando que este processo não tem caráter de negociação”. Ou seja, o Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça vai analisar esses contributos, mas apenas isso, estando uma segunda reunião já agendada para 15 de novembro.

Questionada pelo ECO, fonte oficial da bastonária não quis responder ao teor das questões. Já do lado do Ministério da Justiça, foi avançado que, na reunião, estiveram presentes os especialistas do Grupo de trabalho e, do lado da Ordem dos Advogados estiveram presentes três Vogais do Conselho Geral e uma Assessora Jurídica.

“O Governo quis e quer apenas defender o interesse público e esse é o nosso propósito exclusivo”, disse a secretária de Estado adjunta, Maria Clara Figueiredo, no programa Justiça Cega, do Observador. “A portaria não resultou do protesto, não visou responder ao protesto mas para se alertar que as normas vigentes não cumpriam os requisitos necessários”. A secretária de Estado garantiu ainda que, até ao final do ano, esse processo estará concluído.

A ministra da Justiça e a bastonária da Ordem dos Advogados não marcaram presença na reunião de trabalho relativa à Reforma do Sistema de Remuneração dos Advogados Oficiosos, realizada no dia 9 de outubro. Apesar do tema da revisão da tabela de remuneração dos advogados do Estado ser uma das bandeiras da líder dos 35 mil advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro fez-se representar por um vogal do Conselho Geral, Alberto Barreiros e, da parte do Governo, tal como a reunião anterior, esteve presente a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo. Assim, estiveram presentes em representação da Ordem, na apresentação do Relatório do Grupo de Trabalho, o vogal do Conselho Geral, Alberto Barreiros, o Chefe de Serviços do Gabinete Jurídico, Pedro Benodis Silva e Cláudia Pincho.

O Grupo de Trabalho criado pelo Governo para o que chama de Reforma do Sistema de Remuneração dos Advogados Oficiosos propõe a revisão dos honorários fixados há 20 anos, uma nova classificação e listagem dos atos praticados por advogados oficiosos, para efeitos de fixação de honorários e alargar os atos praticados a processos de arbitragem, processos em Julgados de Paz e em processos de mediação extrajudicial concluídos com acordo entre as partes. Mais: a remuneração atribuída a cada ato passa a depender da complexidade jurídica e do volume presumido das horas trabalhadas, valorizando-se igualmente os atos mais solicitados. O Ministério da Justiça espera tomar uma decisão “a breve prazo, depois de ouvida a Ordem dos Advogados e recolhidos contributos de outros interessados”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

(Arquivo) Justiça: Campus de Justiça de Lisboa, 22 Julho 2009, em Lisboa. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSAJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O relatório apresenta ainda a criação de um “sistema de controlo de qualidade do serviço prestado pelos advogados oficiosos”, a realização de inquéritos de satisfação aos beneficiários, uma revisão ampla do sistema de registo e pagamento de despesas e ainda a exigência de certidão de não dívidas ao Estado (Fisco e Segurança Social) como condição de inscrição nas escalas das defesas oficiosas.

O GT propõe um aumento de 4,75% na Unidade de Referência (medida de cálculo dos honorários) e admite que, à luz da nova tabela, estima-se um aumento na despesa com os honorários dos advogados oficiosos de cerca de 7 milhões de euros. Este novo modelo da tabela de honorários acomoda um duplo aumento: no valor e no número de Unidades de Referência fixadas para cada ato.

Em setembro que a Ordem dos Advogados (OA) apelou à não inscrição de advogados nas escalas do SADT. O SADT é o sistema que permite que os cidadãos com menor poder económico tenham acesso aos tribunais para defender os seus direitos, uma vez que a justiça não pode ser negada a ninguém. Desta forma, foi criado um sistema sustentado pelo Estado que paga a advogados, os chamados advogados oficiosos, para defender estes tipos de casos. Ao contrário do que sucede atualmente, em que as nomeações dos Advogados e a nomeação dos Advogados em escala, por uma questão de organização, transparência e justiça, são realizadas pela Ordem dos Advogados, o Governo pretende passar a permitir que tais nomeações possam ser feitas por outras entidades como a PJ, Ministério Público, tribunais ou Segurança Social.

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