Euribor cai a 3 meses para novo mínimo desde dezembro de 2022

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Esta terça-feira, a Euribor a três meses caiu para 2,060%. Em sentido inverso, as taxas a seis e a 12 meses subiram para 2,121% e 2,095%, respetivamente.

A Euribor desceu esta terça-feira a três meses para um novo mínimo desde dezembro de 2022 e subiu a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,060%, ficou abaixo da taxa a seis (2,121%) e a 12 meses (2,095%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 2,121%, mais 0,001 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, ao ser fixada em 2,095%, mais 0,001 pontos do que na segunda-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, voltou a recuar, para 2,060%, menos 0,015 pontos e um novo mínimo desde 16 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses): desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%. A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que a instituição liderada por Christine Lagarde iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 5 e 6 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Médis compra as 18 clínicas de fisioterapia da Esfera Saúde

  • ECO Seguros
  • 20 Maio 2025

A estratégia da Médis de avançar com operações diretas na saúde avança mais com a compra das 18 clínicas de fisioterapia da Esfera Saúde cujos 200 colaboradores serão integrados na Ageas Portugal.

A Médis Serviços de Saúde, empresa do Grupo Ageas Portugal, firmou um acordo para a aquisição da Fisio Share, um grupo líder em medicina física e de reabilitação e noutras áreas da prestação de cuidados de saúde, que opera sob a marca Esfera Saúde.

Acordo assinado: Pedro Aguiar (Fisio Share), Eduardo Consiglieri Pedroso (Grupo Ageas Portugal), Sofia Feria (Grupo Ageas Portugal), António Miguel, Manuel Ribeiro e Filipe Baldaque, todos da Fisio Share, Luís Menezes e André Rufino ambos do Grupo Ageas Portugal.

Esta aquisição acontece após a aquisição do Grupo One Clinics em 2024 “consolidando o compromisso do Grupo Ageas Portugal em fortalecer a sua presença no setor da saúde, através da marca Médis, e oferecer uma gama abrangente de serviços aos seus Clientes”, afirma a seguradora em comunicado, “a área da saúde é um pilar estratégico para o Grupo segurador, e esta compra demonstra o seu empenho em inovar e oferecer soluções de saúde mais completas e integradas”, acrescenta.

“A aquisição da Esfera Saúde representa um passo importante na nossa estratégia de crescimento no setor da saúde, “, afirma Eduardo Consiglieri Pedroso, Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal. “Com a sua vasta rede de clínicas de proximidade e presença particularmente forte na região Norte, a Esfera Saúde irá complementar a oferta do ecossistema de saúde Médis na prestação de cuidados de saúde, contribuindo para a nossa missão de fazer bem à saúde de todos.”

Fundada em 2008, a Esfera Saúde opera uma rede de 19 clínicas, incluindo 18 unidades especializadas em Medicina Física e de Reabilitação e uma unidade especializada em Gastroenterologia. Inicialmente focada no norte do país, expandiu-se, entretanto, para a área de Lisboa, impulsionada pela otimização de clínicas e consolidação de mercado.

A Esfera Saúde possui uma equipa de mais de 200 Colaboradores que se juntarão ao Grupo Ageas Portugal após a conclusão da aquisição. O processo de integração das clínicas Esfera Saúde no Grupo Ageas Portugal será progressivo e sem interrupções, garantindo que, além da integração dos Colaboradores, “os clientes continuarão a receber o mesmo nível de atenção e cuidado, e a operação manter-se-á em curso com pacientes e parceiros comerciais”.

A conclusão da transação está sujeita à aprovação prévia da Autoridade da Concorrência.

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Mais de um quarto dos europeus estão a mudar para subscrições de streaming com publicidade

Uma tendência crescente por serviços de streaming com anúncios sugere que os consumidores procuram um equilíbrio entre preço acessível e acesso a conteúdo pago, aponta um estudo do grupo alemão RTL.

Mais de um quarto (29%) dos europeus estão a mudar as suas subscrições de serviços de streaming para planos a preços mais baixos e com publicidade. Este dado representa um aumento de seis pontos percentuais em relação ao ano passado.

A conclusão é do estudo “The New Life of The Living Room 2025“, do grupo alemão RTL, que inquiriu cerca de 12.500 pessoas, distribuídos entre 14 países europeus, onde não se inclui Portugal (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido) e também os Estados Unidos.

O estudo aponta que os principais serviços de streaming — em especial a Netflix –- são populares entre os consumidores europeus, mas observa que estes se estão a adaptar e a optar por gerir custos, escolhendo modelos com publicidade.

Uma tendência crescente por serviços de streaming com anúncios sugere que os consumidores procuram um equilíbrio entre preço acessível e acesso a conteúdo pago“, refere-se no estudo, que avança ainda que, em média, os europeus dizem ter duas assinaturas pagas por domicílio.

Países nórdicos, como a Suécia, Finlândia, Dinamarca ou Noruega, estão entre os países onde os consumidores menos optam por pacotes de assinatura com publicidade e, por isso, mais baratos. Por outro lado, Espanha é o país do estudo em que mais se aposta neste tipo de subscrições, com números que comparam com os dos EUA, país “campeão” no uso deste tipo de assinaturas. Itália, Reino Unido e França estão também entre os países onde os espectadores assinam mais subscrições de streaming com anúncios.

O estudo mostra também que, desde a sua primeira edição, em 2022, a televisão linear se tem mantido como a plataforma preferida dos telespectadores para o consumo diário, com Espanha a destacar-se como o país onde é mais escolhida. Já os sistemas SVOD (subscription video on demand), BVOD (broadcast video on demand), YouTube e FAST (free ad-supported streaming television) continuam a ser particularmente populares nos EUA.

À questão “em que plataforma assiste conteúdos de vídeo (séries, filmes, desporto, programas) na sua televisão, smart TV ou connected TV pelo menos uma vez por dia?”, a resposta “televisão linear” obteve, portanto, a sua maior expressão (61%) em Espanha. Já os EUA lideraram nas restantes opções de SVOD (49%), BVOD (35%), YouTube (53%) e FAST (38%).

Ao ligar os seus aparelhos de televisão, 59% dos inquiridos europeus também dizem que veem primeiro televisão linear, sendo os principais motivadores dessa escolha a acessibilidade dos programas favoritos e a garantia de que, mesmo que não saibam o que assistir, têm à sua disposição géneros de conteúdos que se adequam aos seus gostos. Por outro lado, 29% acedem logo a plataformas de streaming e 10% ao YouTube.

Mas a definição sobre o que é considerado pelos telespectadores como “ver televisão” também está a mudar, ficando os limites dessa definição cada vez mais ténues. Um pouco mais de metade (52%) dos entrevistados europeus considera inclusive que assistir a conteúdos longos (séries, desporto, documentários ou filmes) do YouTube através dos seus aparelhos de televisão é “ver televisão”.

No entanto, se se tratar de conteúdos de influenciadores ou de criadores de conteúdos vistos no YouTube através de aparelhos televisivos, só 22% dos inquiridos considera que se continua a tratar de “ver televisão”.

Mais de um terço (36%) também entende que ver séries, desporto, documentários ou filmes no computador ou através de um dispositivo móvel se trata de “ver televisão”, taxa que desce para 22% caso esses conteúdos sejam vistos através de dispositivos móveis mas no YouTube.

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Caixabank contrata Deloitte para ajudar a decidir se avança para o Novobanco

  • ECO
  • 20 Maio 2025

Dono do BPI tem a consultora Deloitte a "afinar os cálculos” em relação à availação do Novobanco.

Os espanhóis do Caixabank, que detêm o BPI, contrataram a Deloitte para ajudar a decidir se avança para a aquisição do Novobanco, de acordo com o El Confidencial (acesso pago, conteúdo em inglês).

A entidade catalã contratou a consultora “para afinar os seus cálculos” em relação à avaliação do banco português, adianta o jornal espanhol.

O processo de venda do Novobanco vai a caminho da fase decisiva. A Lone Star tem duas opções em cima da mesa: ou a venda direta a um banco ou a dispersão de capital na bolsa de Lisboa. A oferta pública de aquisição (IPO) poderá acontecer até ao final de junho ou em setembro, segundo referiu o CEO do banco, Mark Bourke.

O Caixabank poderá não estar sozinho na corrida. O ECO adiantou em abril que também o grupo francês BPCE, dono do Natixis, também está a avaliar o dossiê. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) também já manifestou publicamente que está interessada.

O Novobanco poderá estar avaliado entre cinco e sete mil milhões de euros, segundo as estimativas do banco de investimento espanhol JB Capital.

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Sindicato dos Jornalistas teme que ‘chatbot’ Amália viole direitos de autor

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Direção do sindicato diz estranhar o silêncio por parte dos responsáveis pelo grande modelo de linguagem (LLM) português, Amália, que ignoram há dois meses os contactos do SJ para discutir o projeto.

A direção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) estranha o silêncio por parte dos responsáveis pelo grande modelo de linguagem (LLM) português Amália, que ignoram há dois meses os contactos do SJ para discutir o projeto.

Perante o silêncio dos responsáveis pelo ‘ChatGPT português’, o sindicato, através de uma nota informativa no seu ‘site’, refere que “no estrangeiro são conhecidas disputas judiciais entre publicações noticiosas e empresas tecnológicas privadas pelo uso indevido de trabalhos jornalísticos para treinar os modelos de inteligência artificial (IA)”.

O SJ diz ter “presente o dano causado pelas grandes empresas tecnológicas à sustentabilidade do jornalismo”, que agora estão a usar trabalhos jornalísticos para construir modelos de linguagem que alimentam os seus negócios globais.

Neste sentido, o Sindicato dos Jornalistas afirma não poder aceitar que um LLM português, com financiamento público, “cometa os mesmos pecados, ignorando a lei dos direitos de autor”.

Mediante as tentativas de contacto do SJ “para conversar sobre o chamado ‘ChatGPT português’ só chegou silêncio da parte dos responsáveis universitários”, algo que o sindicato considera estranho, pois os responsáveis já afirmaram publicamente que o modelo de IA já está em fase de testes, prevendo-se o seu lançamento para o próximo ano.

“Lamentamos que não tenham mostrado interesse em ouvir os representantes legais dos jornalistas e de se inteirarem das propostas do SJ, que pediu reuniões tanto a João Magalhães [Universidade Nova de Lisboa] como a outro responsável pelo projeto, o investigador do Instituto Superior Técnico André Martins”, refere a informação divulgada.

O sindicato menciona ser essencial entender se, para o treino da nova ferramenta de IA, a utilização do arquivo da Fundação para a Ciência e Tecnologia está a ter em conta os direitos de autor dos jornalistas, ao aceder a informação de meios de comunicação.

“Importa ainda perceber como operará este modelo no recurso e referência a conteúdos jornalísticos, que vêm sendo canibalizados sem atribuição por inteligências artificiais”, afirma o SJ.

Para o sindicato, o desenvolvimento de um LLM é uma opção que só faz sentido se aportar, mais do que uma língua, qualidade e rigor, o que só se consegue com acesso a dados de qualidade.

O chatbot Amália (assistente virtual que usa inteligência artificial e programação para comunicar por texto com utilizadores) está a ser desenvolvido por cinco instituições de ensino superior e conta com um investimento de 5,5 milhões de euros do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).

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Governo dá mais 12 meses aos projetos dos leilões solares

  • ECO
  • 20 Maio 2025

É a sétima prorrogação do prazo desde 2020, alargando o prazo máximo para a conclusão dos projetos para quase sete anos e meio.

O Governo deu mais 12 meses para a conclusão e entrada em operação dos projetos que resultaram dos leilões de energia solar realizados em Portugal em 2019, 2020 e 2021, segundo um despacho publicado na segunda-feira no site da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), avança esta terça-feira o Jornal de Negócios.

A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, justifica este novo adiamento dos prazos — que diz ser o último — com a “atual situação geopolítica e os seus impactos económicos, e os constrangimentos daí decorrentes”, a que se somam “os vários pedidos dos promotores e no sentido de garantir a igualdade entre os interessados”.

Esta é a sétima prorrogação de prazo autorizada desde 2020 para a conclusão de projetos que resultaram dos leilões solares. A primeira foi decidida em dezembro desse ano pelo então secretário de Estado da Energia, João Galamba. O prazo máximo sobe agora de 77 para 89 meses, ou seja, quase sete anos e meio, o que significa que poderá haver projetos do leilão de 2019 que só ficarão terminados em 2027.

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Podcast Advocatus. Entrevista a Paulo Saragoça da Matta e a rubrica Quid Juris

  • ADVOCATUS
  • 20 Maio 2025

No sexto episódio o sócio da DLA Piper é o grande entrevistado. Na rubrica Quid Juris falamos sobre Diretiva Europeia sobre a Transparência Salarial com a participação do advogado Tiago de Magalhães.

No sexto episódio do Podcast Advocatus, o jornalista Frederico Pedreira entrevistou Paulo Saragoça da Matta, sócio da DLA Piper. Em debate esteve um tema que está no centro do debate público e jurídico: as fake news e o seu enquadramento na lei.

Na rubrica Quid Juris, um segmento que pretende clarificar situações jurídicas, atuais e diárias, analisamos a Diretiva Europeia sobre a Transparência Salarial. Para falar sobre todos os contornos jurídicos desta lei contamos com a participação do associado sénior da CMS Portugal Tiago de Magalhães.

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Companhias aéreas avisam que viagens de curta distância podem ficar mais caras

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Em causa estão os custos relacionados com eventual aumento dos preços de matérias-primas e bens por causa da guerra de tarifas desencadeada por Trump e com o combustível de aviação sustentável.

O diretor executivo da associação que representa as companhias aéreas em Portugal (RENA) defende que face ao aumento dos custos há viagens que podem ficar mais caras, até “como desincentivo” aos trajetos de curta distância.

“Temos de estar preparados para isso, porque a equação é simples: se o custo da matéria-prima e os encargos, nomeadamente ao nível de impostos e taxas, vão subindo, alguém vai ter de suportar“, disse António Moura Portugal em entrevista à Lusa.

Em causa estão custos relacionados com o eventual aumento dos preços de matérias-primas e bens por causa da guerra de tarifas desencadeada pela Administração norte-americana e com o combustível de aviação sustentável (SAF na sigla em inglês).

Por imposição de Bruxelas, desde o início do ano que todos os voos têm de ter pelo menos 2% de incorporação deste combustível sustentável, produzido a partir de resíduos como óleo alimentar usado. Uma meta que aumentará gradualmente nos próximos anos.

O diretor executivo da associação não tem dúvidas de que “as companhias vão ter de cumprir com as metas. A questão é saber a que custo e em que medida é que depois terá ou não de ser passado para terceiros”, acrescentou.

“Olhando para o balanço das companhias aéreas, para as projeções e para os resultados que têm, vemos que é impossível que os acomodem totalmente ou de forma permanente“.

Nesse seguimento, “fazendo alguma futurologia”, o responsável diz que pode haver viagens que vão encarecer, principalmente as de curta dimensão “até como desincentivo”.

“Hoje temos [destinos] como Londres, Paris ou Madrid com um peso forte na dimensão relativa do nosso aeroporto, [que são operados] com aeronaves mais pequenas. Era desejável que houvesse um peso maior de viagens intercontinentais de aeronaves de maior dimensão, porque significa que o mesmo slot [faixa horária para aterrar e descolar] estaria a ser ocupado por uma aeronave que em vez de transportar 120 pessoas se calhar leva 240″, detalhou.

Questionado se essa subida de preços também será implementada pelas companhias low cost, referiu que “só podem ser low cost na tarifa, porque depois no resto pagam taxas e impostos na mesma, como todas as outras companhias. Portanto, o que pode acontecer também é uma maior perceção por parte do viajante daquilo que está a pagar. O que eu acho que é desejável”, comentou.

No que toca à taxa de carbono cobrada aos passageiros aéreos, pela primeira vez parte das receitas vão reverter para o setor da aviação. Os detalhes ainda não são conhecidos, mas o diretor executivo da RENA aplaude a medida aprovada no ano passado que prevê a transferência de um máximo de 40 milhões de euros em prol de atividades de descarbonização no setor da aviação civil, nomeadamente no apoio à produção de combustível sustentável.

A equação é simples: se o custo da matéria-prima e os encargos, nomeadamente ao nível de impostos e taxas, vão subindo, alguém vai ter de suportar.

António Moura Portugal

Diretor executivo da RENA

“Já que a taxa existe, e embora nós contestemos a sua existência por entendermos que não tem racionalidade de eficiência, pelo menos que parte daqueles 60 milhões que permite arrecadar possam reverter para o setor. E reverter para o setor não é para o bolso das companhias, é para políticas que possam ajudar na sustentabilidade” como tornar a produção de SAF em Portugal mais acessível e “criar condições para que Portugal possa vir a ter um papel pioneiro”, reforçou.

A taxa de carbono entrou em vigor em julho de 2021 para compensar as emissões do setor da aviação.

Companhias aéreas afastam queda de procura de turistas dos EUA por Portugal

As companhias aéreas não estão a sentir uma diminuição da procura por Portugal de norte-americanos para o verão, garantiu, por outro lado, o diretor executivo da RENA na entrevista à Lusa.

As medidas que a Administração Trump tem vindo a implementar, como a guerra de tarifas, têm suscitado preocupações em várias indústrias, entre as quais o turismo, o motor de crescimento da economia portuguesa.

Lá fora, algumas companhias aéreas têm revisto em baixa o crescimento das reservas com os receios de uma eventual diminuição do poder de compra levar os norte-americanos a cortar nas viagens de lazer. Em Portugal, pelo menos para o verão, esse efeito ainda não está a ser sentido, segundo António Moura Portugal.

“As reservas são feitas com alguma antecedência, e o que estamos a viver hoje ainda é reflexo de decisões económicas tomadas há seis ou nove meses, antes ainda desse impacto”, explicou. No entanto, não descarta que “no futuro isso possa acontecer”. “Mas, para já, ainda não”, acrescentou.

Apesar de o número de reservas não estar a ser impactado, admite que, “indiretamente, poderá haver um aumento de preços por causa de um encarecimento de matérias-primas ou de bens que são incorporados naquilo que é o produto final, que é a viagem”.

Por outro lado, “também há uma menor capacidade de compra por parte do turista norte-americano e uma menor disposição para viajar para a Europa”, destaca, lembrando o forte contributo que têm dado aos operadores turísticos em termos de receitas.

Mesmo confirmando-se o arrefecimento da procura, acredita que Portugal não estará “na linha da frente desse impacto” por não ser um dos destinos mais caros na lista de preferências do passageiro norte-americano.

Por todos estes motivos, mantém-se confiante de que as perspetivas para o verão não vão ser afetadas. “Os números deste ano apontam para um crescimento na casa dos 2 ou 3%, em termos do número total de passageiros que estão a chegar aos aeroportos portugueses. […] Para Portugal são números satisfatórios, até porque, como se sabe, temos uma capacidade de crescimento muito limitada”, disse, referindo-se ao congestionamento do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Ainda sobre o mercado norte-americano, lembrou que hoje saem de Portugal voos para “variadíssimos destinos” dos EUA servidos não só pela United Airlines, mas também por outras companhias aéreas como a TAP, que tem reforçado a aposta para este mercado.

No que toca ao processo de privatização da empresa, o porta-voz da associação que representa várias companhias aéreas, entre as quais a TAP e as potenciais interessadas Air France, Lufthansa e IAG, prefere não se pronunciar em concreto.

Para António Moura Portugal, o que é importante é ter uma TAP “ativa, forte e a funcionar como companhia líder em termos de aviação em Portugal. Se o modelo de gestão é público, privado, com acionistas nacionais ou estrangeiros, é uma questão 100% política”, referiu.

“O que eu acho que é importante é termos uma TAP com paz social, com estabilidade, com objetivos estratégicos tomados única e simplesmente preocupados com a companhia. […] O que nós temos de pôr na cabeça, de uma vez por todas, é que a TAP está a operar num mercado altamente concorrencial, num mercado global, e que para nós é importante que ela tenha e desempenhe um papel nesse mercado, porque todos nós, portugueses, beneficiamos com isso”, alertou.

Questionado se os avanços e recuos na privatização com as sucessivas mudanças de governo podem ser um obstáculo nesse caminho da estabilidade, o responsável descarta essa ideia. “Não estão propriamente a interferir no desempenho e na gestão da companhia tal como ela está a ser feita”, concluiu.

“ANA sabe que proposta de subida de taxas está votada ao insucesso”

As companhias aéreas consideram que a proposta da ANA para a construção do novo aeroporto em Alcochete foi “além do que a lei exige”, e que a proposta da subida de taxas aeroportuárias está “votada ao insucesso”.

“Neste momento, a proposta deve ser vista, metaforicamente falando, quase como uma declaração de intenção por parte da ANA – Aeroportos de que quer e está disponível [para avançar com o novo aeroporto], no âmbito do contrato de concessão e no âmbito dos diplomas que o regem”, disse o diretor executivo da associação das companhias aéreas em Portugal.

A gestora dos aeroportos nacionais propõe alargar o prazo da atual concessão por mais 30 anos e aumentar as taxas aeroportuárias progressivamente de 2026 até 2030 para financiar a nova infraestrutura aeroportuária de Lisboa com um custo estimado de 8,5 mil milhões de euros, segundo o relatório inicial entregue no final do ano passado.

O atual contrato em vigor, assinado em 2012, prevê a concessão por 50 anos. Caso esta proposta avance, o prazo seria alargado até 2092.

O responsável da RENA entende que “esta proposta da ANA foi mais além do que aquilo que o contrato de concessão exige e do que a lei exige”.

Sobre o prolongamento do contrato de concessão, prefere não se pronunciar uma vez que competirá ao concedente, ou seja, ao Estado decidir. Mas nota “com satisfação a preocupação do Estado em ter criado uma estrutura de missão, [um grupo de trabalho, específico], para lidar com a ANA neste ponto”.

Já em relação à proposta para a subida das taxas, tem “uma posição que é inequívoca e de completa e absoluta oposição. Oposição do ponto de vista de justiça e de quase de senso comum”, comentou.

“Não faz sentido nenhum estar numa fase em que nem sequer temos um projeto final a subir taxas em 2026 para financiar uma infraestrutura que ainda não se conhece […] e não se sabe quanto tempo demorará a ser implementada”, defendeu.

Para as companhias aéreas, “não faz sentido nenhum estar a pedir a um utilizador de hoje para pagar algo que não é sequer tangível, nem se sabe ainda se terá lugar no futuro. E quem vai lucrar com a exploração do futuro aeroporto [em Alcochete], incluindo as fases comerciais, é a ANA”, reforçou.

António Moura Portugal recorda que há uma decisão do Tribunal Constitucional “que veio deixar de forma clara que é preciso haver uma ligação entre a taxa, ou encargo que se paga, e a infraestrutura que se está a financiar”. “E parece-me claramente que isso não está a ser feito”, criticou.

Questionado se este caso pode vir a ser usado como jurisprudência para eventuais ações judiciais, o porta-voz da RENA referiu que não acredita sequer que a concessionária avance com a ideia. “A ANA sabe que esta é uma proposta que estará votada ao insucesso. Se insistirem em fazê-lo, cá estaremos para nos opor”, assegura o responsável, lembrando que a gestora dos aeroportos tem ainda perto de 36 meses para apresentar o projeto final.

Quanto às obras que estão a ser feitas no aeroporto Humberto Delgado e o impacto que pode ter na operação no verão, diz serem “um mal necessário”. Mas garante que não estão a ter efeitos negativos nas operações, até porque “ainda estão numa fase embrionária”.

E lembra que “viver com a Portela significa tentar ter um aeroporto eficiente, a operar bem” até ser descontinuada quando o novo aeroporto estiver operacional.

A ANA prevê a abertura da nova infraestrutura aeroportuária, batizada como aeroporto Luís de Camões, em meados de 2037, ou, com otimizações ao cronograma a negociar com o Governo, no final de 2036.

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Hoje nas notícias: Chega, leilões solares e estafetas

  • ECO
  • 20 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, e o ministro António Leitão Amaro admitem negociar com o Chega no Parlamento, excluindo-o apenas de entrar no Governo. Esta é uma das notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Hugo Soares e Leitão Amaro admitem negociações com o Chega. O “não é não” é para entrada no Governo*

O líder parlamentar e secretário-geral do PSD, Hugo Soares, acredita que existem “condições de governabilidade” perante os resultados das legislativas de domingo, porque “as oposições vão ter de deixar a AD governar”. Falando numa entrevista à SIC Notícias, o social-democrata assinalou que a votação “muito reforçada” na coligação PSD/CDS, mas, simultaneamente, reconheceu que o crescimento do Chega não pode ser ignorado. “O ‘não é não’ é o mesmo que há um ano”, afirmou, esclarecendo, porém, que esse “não é não” é para uma solução governativa e não impede negociações parlamentares. A mesma posição foi assumida pelo ministro António Leitão Amaro em entrevista à RTP, na qual admitiu dialogar com o partido de André Ventura, à exceção de uma entrada no Governo.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

*Título editado depois de o Expresso ter alterado a versão original

Governo dá mais 12 meses aos projetos dos leilões solares

O Governo deu mais 12 meses para a conclusão e entrada em operação dos projetos que resultaram dos leilões de energia solar realizados em Portugal em 2019, 2020 e 2021, segundo um despacho publicado na segunda-feira no site da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, justifica este novo adiamento dos prazos — que diz ser o último — com a “atual situação geopolítica e os seus impactos económicos, e os constrangimentos daí decorrentes”, a que se somam “os vários pedidos dos promotores e no sentido de garantir a igualdade entre os interessados”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Novas regras para reconhecer contrato aplicam-se a estafetas mais antigos

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por unanimidade que um estafeta que tenha começado a prestar serviços para plataformas digitais ainda antes da entrada em vigor da nova regra para reconhecer contratos de trabalho sem termo, a 1 de maio de 2023, não impede que o novo método, criado a pensar na especificidade deste trabalho, seja aplicado pelos tribunais, desde que a relação perdure após essa data. A decisão sobre a chamada “presunção de laboralidade”, ainda que não fixe jurisprudência, será tida em conta pelos tribunais.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

STA ‘obrigado’ a decidir impugnação à nacionalização da Efacec

O Supremo Tribunal Administrativo declarou-se “incompetente” para decidir o pedido de impugnação da nacionalização da Efacec apresentado por Isabel dos Santos. No entanto, a conferência de juízes da Secção de Contencioso Administrativo reconhece agora “a competência absoluta do STA para julgar” o processo, que volta assim à estaca zero, com apreciação da matéria de facto. Esta é uma vitória para a empresária angolana, ainda que apenas formal.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Três em cada cinco portugueses diz não ter dinheiro para as necessidades básicas

Os dados do estudo Barómetro Europeu 2025 do Observador Cetelem mostra que três em cada quatro portugueses (77%) assumem ter dificuldades financeiras e três em cada cinco (59%) diz mesmo não conseguir cobrir as suas necessidades básicas — embora consigam, nalguns casos, adotar estratégias de mitigação. Mas há ainda 18% dos inquiridos que admite não só a incapacidade de pagar os encargos essenciais, como também a ausência de qualquer alternativa para enfrentar essa situação. Numa análise levada a cabo em 10 países europeus, Portugal lidera no que respeita às intenções de poupança, com 65% dos portugueses a afirmar que pretendem poupar este ano.

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Altice France avalia venda de posição de controlo na SFR

Empresa de Patrick Drahi enviou informações sobre a operadora francesa SFR a potenciais interessados, explorando a venda de uma posição de controlo.

A Altice France está a ponderar vender uma posição de controlo na SFR. Segundo a Bloomberg, a empresa do multimilionário Patrick Drahi enviou informação sobre a operadora a potenciais compradores nas últimas semanas, sendo que um eventual negócio poderia avaliar a SFR em 30 mil milhões de euros, incluindo a dívida.

Drahi tem vindo a explorar diferentes opções para o futuro do grupo internacional, que, através da Altice International, detém a Altice Portugal, dona da Meo. A compra da SFR poderia atrair o interesse de empresas como Bouygues, Iliad, Orange e E&, segundo a agência de informação financeira.

A Bloomberg escreve também que várias empresas já contrataram consultoras para avaliar possíveis negócios. Algumas estão interessadas em apenas uma parte do negócio e poderão tentar avançar em consórcio com outra empresa ou fundo.

Contactada pela agência sobre este assunto, fonte oficial da Altice France disse que o grupo “está focado na implementação do acordo de dívida, a considerar a venda de ativos não-core e a perseguir o relançamento comercial da SFR e a melhoria da qualidade do serviço”.

Em fevereiro, a Altice France alcançou um acordo com os respetivos credores para um perdão de dívida de 8,6 mil milhões de euros, cerca de um terço do total, mantendo Drahi aos comandos. A possível venda da SFR só avançará depois de concluída esta reestruturação.

Importa recordar que, nos últimos anos, Drahi também explorou a venda da Altice Portugal. O negócio com a operadora saudita STC esteve em vias de avançar, mas o negócio acabou por cair por terra, como noticiou o ECO em julho do ano passado.

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Hafesa realizou um volume de negócios de 1,5 mil milhões em 2024 e, desde 2018, vendeu mais de 2 mil milhões de litros de combustível a retalhistas no porto de Bilbau

  • Servimedia
  • 20 Maio 2025

Encerrou o ano de 2024 com um volume de negócios de cerca de 1.500 milhões de euros, o que representa um aumento de 60% face ao ano anterior.

O plano de negócios e transformação da Hafesa já inclui a Aletteo, a sua empresa de comercialização de eletricidade, que começou a operar em dezembro de 2024, e a expansão da sua presença e oferta em novas localizações estratégicas. No passado mês de abril, iniciaram-se as obras do novo terminal de hidrocarbonetos do porto exterior de Ferrol, promovido pela Hafesa, que investirá 17 milhões de euros na construção da fábrica da DBA Ferrol Port e prevê que esteja operacional no final de 2026.

A Hafesa também manteve o seu crescimento estratégico no negócio das estações de serviço e a previsão da empresa é ter 80 estações de serviço até 2030, todas num raio de 250 quilómetros das suas instalações de armazenamento.

O maior volume de operações da empresa está centrado na DBA Bilbao Port. Durante os sete anos de atividade da fábrica, a Hafesa demonstrou um desempenho excecional no mercado de combustíveis, vendendo 2.184 milhões de litros de gasolina, gasóleo A e B e biocombustíveis ao mercado retalhista desde 2018 até abril último, apenas no porto de Bilbau.

A fábrica da DBA Bilbao Port tem exigido um investimento contínuo e estratégico por parte da Hafesa, com cerca de 8 milhões de euros destinados a obras de melhoria e expansão de capacidade. Desde o ano passado, o terminal tem um novo parque de tanques com quatro tanques para o armazenamento e distribuição de gasolina e biocombustíveis: dois tanques de 2.280 m³ para gasolina e dois tanques de 2.050 m³ para biodiesel. A instalação tem atualmente uma capacidade de 16 reservatórios e 63 500 m³ de armazenamento numa superfície de 22 000 m².

Por outro lado, foram construídos quatro novos descarregadores multiprodutos para camiões-cisterna no porto de Motril da DBA em 2024; com a inauguração da fábrica de Ocaña, a empresa aumentará a sua capacidade de armazenamento em 10 520 metros cúbicos.

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Aliança Solar Internacional nega responsabilidade das renováveis no apagão

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

O diretor-geral da Aliança Solar Internacional (ISA) afastou a possibilidade de o apagão de 28 de abril em Espanha e em Portugal ter sido causado por problemas com energias renováveis.

O diretor-geral da Aliança Solar Internacional (ISA, na sigla em inglês) afastou a possibilidade do apagão de 28 de abril em Espanha e em Portugal ter sido causado por problemas com energias renováveis. “Não acredito que esteja provado que os apagões em Espanha e em Portugal tenham sido causados sobretudo por programas de energias renováveis”, disse Ashish Khanna, que dirige a ISA desde março, à agência Efe.

O diretor-geral desta aliança de 123 países, liderada pela França e pela Índia, sublinhou que, embora a investigação esteja em curso, publicações de prestígio mostram que o apagão se deve a fatores mais técnicos, “especialmente relacionados com a transmissão e escoamento de energia”.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou a criação de um comité para investigar as causas deste apagão, que classificou como “excecional e grave”, e que deixou Portugal e Espanha às escuras no dia 28 de abril.

Este painel de peritos terá de elaborar um relatório factual que constituirá a base do relatório final até o prazo máximo de 28 de outubro deste ano. O relatório final sobre a investigação do incidente deverá ser publicado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2026.

Khanna defendeu que o armazenamento de energia e o desenvolvimento de uma infraestrutura adequada de transmissão são vitais para evitar apagões ligados aos períodos de ausência de geração de energia solar.

A Índia “implementou uma proporção muito maior [do que a Europa] de energia solar renovável, com quase 100 gigawatts já instalados. A China está a multiplicar este número, e não há apagões causados pela energia solar”, sublinhou. “É apenas um exemplo de que não é o problema principal”, acrescentou Khanna.

Na segunda-feira, a REN – Redes Energéticas Nacionais decidiu aumentar o limite das importações de eletricidade de Espanha nas horas de sol e retirar as restrições em vigor para as restantes, na sequência do apagão de abril.

Estas medidas implementadas pela gestora das redes elétricas fazem parte do processo de estabilização em curso do mercado ibérico de eletricidade (Mibel), após o corte generalizado no abastecimento elétrico em 28 de abril que deixou Portugal e Espanha praticamente sem eletricidade, bem como uma parte do território de França.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

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