Pagamentos na rede Multibanco caíram 40% com o apagão. Foi “em linha com o domingo de Páscoa”

O apagão reduziu para quase metade o número de transações na rede da SIBS. Números recuperaram entretanto para níveis normais.

Apesar da rede da SIBS não ter sido afetada pelo apagão, o encerramento de estabelecimentos comerciais e de acesso às máquinas de multibanco levou a uma queda de 40% nas transações na segunda-feira.

“O número de transações processadas na Rede Multibanco foi aproximadamente de 8 milhões de operações, em linha com o domingo de Pascoa, e 40% inferior ao expectável num dia normal“, afirma a SIBS em resposta ao ECO.

O gráfico partilhado pela empresa de sistemas de pagamentos mostra uma quebra significativa após o apagão, que ocorreu às 11h33. Seguiu-se uma ligeira recuperação, voltando depois o número de transações a cair progressivamente até ao final do dia.

“Com os constrangimentos provocados pela falha geral de energia, verificou-se um decréscimo gradual da atividade económica e de utilização dos serviços, a par do encerramento da atividade comercial e dos locais de instalação/ serviço dos equipamentos”, informa a SIBS.

A atividade regressou, entretanto, aos níveis habituais. “Hoje às 14:40, já tinha sido atingido o mesmo número de operações, em linha com o expectável num dia normal comparável“, afirma a empresa liderada por Madalena Cascais Tomé.

A SIBS salienta ainda que “os serviços prestados estiveram sempre operacionais e a funcionar durante todo o dia” de segunda-feira, tal como acontece esta terça-feira: “O dia de hoje recomeçou com os serviços da SIBS integralmente disponíveis e, com a retoma da falha de energia e da atividade comercial, também com os terminais da Rede Multibanco com atividade na quase totalidade das localizações”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 60 mil crianças inscritas no Portal das Matrículas para o pré-escolar e 1.º ciclo

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

As matrículas das crianças que em setembro vão para o pré-escolar ou para o 1.º ano de escolaridade começaram há exatamente uma semana e terminam no final de maio.

Os encarregados de educação realizaram mais de 60 mil inscrições de crianças para o pré-escolar e 1.º ano de escolaridade na primeira semana de funcionamento do Portal de Matrículas, segundo dados do Ministério da Educação.

Até ao momento, já foram submetidas 62.048 matrículas/renovações relativas à Educação Pré-Escolar e ao 1.ºano do Ensino Básico, cujo prazo se prolonga até 31 de maio”, avançou o gabinete de comunicação do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), esta terça-feira.

Alguns encarregados de educação revelaram estar com dificuldades no acesso ao portal, mas segundo a tutela o problema existe apenas quando se tenta a autenticação via Autoridade Tributária, que “está indisponível temporariamente, uma vez que o Portal das Finanças se encontra em baixo”. No entanto, “o acesso ao Portal das Matrículas continua operacional via Gov.Pt”, acrescentou o ministério.

As matrículas das crianças que em setembro vão para o pré-escolar ou para o 1.º ano de escolaridade começaram há exatamente uma semana e terminam no final de maio, sendo as colocações conhecidas a 1 de julho. As famílias que não consigam um lugar na rede pública poderão candidatar-se às vagas que venham a surgir na sequência dos concursos que estão a decorrer para a abertura de mais vagas em estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos e instituições de solidariedade social.

As famílias mais carenciadas terão prioridade e a ideia é reforçar a oferta nos concelhos com mais procura, que se situam maioritariamente na zona de Lisboa, como é o caso de Sintra, Seixal, Amadora, Odivelas, Lisboa e Barreiro. O plano do ministério prevê a abertura de novas salas com o mínimo de 20 crianças e um máximo de 25 ou então adaptar as existentes para receber mais crianças.

Entretanto, a associação representativa do ensino privado alertou para o facto de o valor apresentado pelo Governo para suportar o custo de cada aluno (pouco mais de 200 euros) não ser suficiente para cobrir os custos. Segundo a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), as escolas de pré-escolar privado deverão optar por abrir apenas vagas para lotar as turmas já existentes, sendo financeiramente difícil abrir novas salas.

A matrícula deve ser feita online no Portal das Matrículas, mas continua a ser possível fazê-lo presencialmente nas escolas. Antes do pré-escolar, as crianças podem beneficiar de creche gratuita, que abrange todas as crianças nascidas a partir de setembro de 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Capital de risco cria cinco vezes mais emprego que a média europeia

Mais de 300 mil empregos foram criados por empresas financiadas por capital de risco em 2023. Mais de 28 mil empresas, em vários setores e regiões, foram apoiadas, aponta a Invest Europe.

Em 2023 a indústria de private equity e de venture capital criou 339.149 novos postos de trabalho, mais 5% em relação ao ano anterior e acima do 1% de crescimento registado em toda a economia europeia no mesmo ano, aponta o relatório anual “Private Equity at Work”, da Invest Europe. Energia e ambiente, seguido das tecnologias de informação e comunicação (TIC) foram os setores que mais cresceram.

“Este desempenho prova que o setor é decisivo para a reindustrialização da Europa e para garantir a sua independência e autonomia económica”, afirma Stephan de Moraes, presidente da Associação Portuguesa De Capital De Risco (APCRI), citado em comunicado.

Mais de 500 mil milhões de euros (576 mil milhões) foram investidos, entre 2019 e 2023, por private equity localizadas na Europa. Tendo 213 mil milhões sido injetados diretamente por fundos de pensões e seguradoras nas private equity no mesmo período.

Capital que foi injetado na economia europeia. Mais de 28 mil empresas (28.610), em vários setores e regiões, foram apoiadas, das quais 21.536, estima o estudo da Invest Europe, são PME que empregam 1.042.013 pessoas.

Investimento com impacto na criação de emprego. Um total de 11,2 milhões de pessoas trabalhavam em empresas financiadas por private equity, o que representa 5% da força de trabalho na Europa, aponta o relatório. “Outros três milhões de pessoas estão empregadas nos setores dos produtos e serviços às empresas e dos produtos e serviços ao consumidor. Mais de 1,6 milhões de profissionais trabalham nas TIC e quase 1,4 milhões na biotecnologia e nos cuidados de saúde, elenca.

O setor da Energia e do Ambiente foi o que cresceu mais, 9,5% (mais 21.397 trabalhadores, para um total de 402.039 trabalhadores), seguido das TIC (+5,8%). O setor da biotecnologia e dos cuidados de saúde registou um crescimento de 5,5%, o equivalente a quase 49 mil novos trabalhadores.

Desde 2017, as TIC têm sido o setor mais dinâmico em termos de emprego, crescendo a uma taxa média anual de 11,2%, aponta o relatório.

Fonte: “Private Equity at Work”, da Invest Europe.

 

“O desempenho da indústria de capital de risco vem provar, mais uma vez, que este é um setor decisivo para promover a reindustrialização da Europa e garantir a sua independência e autonomia económica face à China e aos Estados Unidos da América”, diz Stephan de Moraes, presidente da APCRI. “As empresas investidas por fundos de private equity e de venture capital têm desempenhos muito acima dos respetivos setores e criam mais e melhor emprego, contribuindo para a competitividade europeia no mercado global”, defende.

“Tendo em conta os desafios que a economia europeia enfrenta e a necessidade imperiosa do aprofundamento do Mercado Único, é importante que as associações de capital de risco dos vários países europeus se coordenem de forma a possibilitar o crescimento da indústria na Europa”, defendeu Stephan de Moraes na abertura da conferência que a Luxembourg Private Equity & Venture Capital Association – LPEA, que se realizou esta terça-feira em Lisboa.

“Só assim o continente europeu será independente, tanto em termos financeiros e industriais, como em termos de inovação, realizando o potencial da força da economia deste continente”, argumenta o presidente da APCRI.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguradora Aspen lança IPO vendendo ações da Apollo

A resseguradora e seguradora com sede nas Bermudas vai cotar ações na NYSE e começa a operação vendendo ações da Apollo esperando arrecadar 392 milhões de dólares.

A seguradora e resseguradora Aspen Insurance Holdings anunciou esta terça-feira o lançamento de uma oferta pública inicial (IPO) de 11 milhões de ações a serem vendidas por entidades geridas por filiadas da Apollo Global Management. Esta gestora de fundos tinha comprado a totalidade da Aspen em 2019 num negócio em dinheiro, avaliando a empresa em 2,6 mil milhões de dólares e retirando-a das bolsas de Nova Yorque (NYSE) e das Bermudas.

Agora a Aspen vai voltar à NYSE com venda de um bloco de ações representativas de 13,5% do capital, que poderão render 392 milhões de dólares à Apollo, avaliando o conjunto da empresa em 2,9 mil milhões de dólares. Os acionistas vendedores concederam ainda aos subscritores do IPO uma opção de 30 dias para adquirir até 1.650.000 ações adicionais, o que dará, a concretizar-se, um total de 15% das ações da Aspen nas mãos dos novos proprietários.

A Aspen Insurance é uma holding sediada nas Bermudas, com atividades de comercialização e subscrição de seguros e resseguros especializados. Tem subsidiárias integrais na Austrália, Bermudas, Canadá, Singapura, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

A holding opera através de dois segmentos, tem a Aspen Re que fornece resseguro a companhias cedentes, incluindo resseguro de catástrofes patrimoniais, responsabilidade civil e resseguros especializados. No outro segmento, a Aspen Insurance, oferece produtos de seguros de primeira linha e especializados, seguros de responsabilidade civil e seguros financeiros e profissionais.

Enquanto grupo, a Aspen obteve um volume de prémios emitidos de 4,6 mil milhões de dólares em 2024, mais 16% que um antes, com 381 milhões de resultados técnicos, correspondente a um rácio combinado de 86% (acima de 100% é considerado prejuízo no negócio segurador).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eclipse no Algarve: quatro chefs Michelin iluminam o Solalua

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 29 Abril 2025

Pedro Pinto junta-se a nomes como Vasco Coelho Santos, Henrique Sá Pessoa, Alexandre Silva e Louise Bourrat para criar jantares únicos no Viceroy at Ombria Algarve.

Há lugares que pedem silêncio. Outros, memória. O Solalua, restaurante gastronómico do novo Viceroy at Ombria Algarve, convida a ambos — e acrescenta algo mais: tempo para sentir. Entre maio e novembro, este refúgio entre colinas será palco de Eclipse, um ciclo de jantares a quatro mãos que junta o chef residente Pedro Pinto a quatro nomes maiores da cozinha portuguesa contemporânea: Vasco Coelho Santos, Henrique Sá Pessoa, Alexandre Silva e Louise Bourrat.

Cada noite de Eclipse será uma celebração de criatividade e respeito pelo território, com dois universos gastronómicos a tocarem-se como num eclipse — o nome não foi escolhido ao acaso. Cada dupla propõe um menu de 10 momentos, onde cinco pratos nascem das mãos de Pedro Pinto, e cinco do chef convidado. A experiência é íntima, para apenas 25 pessoas, e inclui harmonização vínica (por 225 euros por pessoa).

O primeiro encontro está marcado já para este fim-de-semana, 2 e 3 de maio, com Vasco Coelho Santos (Euskalduna Studio, 1 estrela Michelin). Seguem-se Henrique Sá Pessoa (Alma, 2 estrelas) a 11 e 12 de julho, Alexandre Silva (Loco, 1 estrela) a 12 e 13 de setembro, e Louise Bourrat (BouBou’s) a 7 e 8 de novembro.

A curadoria é de Nelson Marques, autor da coleção Chefs Sem Reservas, e o conceito reflete a alma do próprio restaurante: Solalua — sol e lua — dois astros que raramente se encontram, mas quando o fazem, geram magia.

Pedro Pinto é o chef residente do Solalua.

 

A cozinha de Pedro Pinto é feita dessa mesma matéria rara. Poética, sensorial e profundamente ancorada no território. A “bola de Berlim” recheada com creme de caranguejo, o beignet com sorvete de leite de cabra e mel ou o cocktail de ostra, Pêra Rocha e hortelã-do-rio (uma planta selvagem descoberta nas redondezas), são alguns exemplos dessa narrativa comestível, desenhada em conjunto com a chef residente Diana Nunes e o barman João Felicidade.

O cenário não podia ser mais inspirador. O Viceroy at Ombria Algarve, inaugurado em outubro de 2024, é o primeiro hotel da marca norte-americana em Portugal. Aqui, a arquitetura funde-se com a natureza, os materiais respiram autenticidade e o luxo veste-se de calma. Rodeado por colinas verdes, olivais e caminhos de xisto, o hotel é uma ode ao sul secreto do país, onde o tempo corre devagar e cada detalhe tem alma. No Solalua, janta-se sob as estrelas. E até outubro, também com elas.

Jantares Eclipse no Solalua
Viceroy at Ombria Algarve
Reservas: +351 289 078 300
E-mail: [email protected]

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

INE adia publicação do crescimento da economia e da taxa de inflação devido ao apagão

Publicações previstas para quarta-feira foi adiada para sexta-feira. Organismo de estatística justifica com a "falha de energia que impediu a conclusão dos trabalhos".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) adiou a publicação do crescimento da economia no primeiro trimestre e a taxa de inflação em abril, devido ao apagão que paralisou na segunda-feira o país. A divulgação prevista inicialmente para quarta-feira foi adiada para sexta-feira.

No calendário do organismo de estatística surge a indicação de que a publicação foi adiada “devido à falha de energia que impediu a conclusão dos trabalhos“.

No quarto trimestre do ano passado, a atividade acelerou 1,5% face ao trimestre anterior e 2,8% na comparação homóloga. Na globalidade, em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% em 2024, após a subida de 2,6% em 2023.

De acordo com o INE, na comparação face ao trimestre anterior, a evolução no final do ano deveu-se à aceleração da procura interna, com o consumo privado (crescimento de 5% face a 3,8% no trimestre anterior) a compensar a queda de 0,9% do investimento (face a um crescimento de 1,9%).

Por seu lado, o consumo público desacelerou ligeiramente para uma variação de 0,9% (1,0% no trimestre precedente). Por sua vez, o contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi menos negativo, devido a um crescimento de 4,1% das exportações de bens e serviços e de 4,7% das importações de bens e serviços.

Comparando com o trimestre anterior, o PIB avançou 1,5%, após uma taxa de 0,2% no trimestre anterior. O contributo da procura externa líquida para a taxa de variação em cadeia do PIB passou a positivo, tendo as importações de bens e serviços registado uma diminuição no quarto trimestre.

Já o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB diminuiu para 0,6 pp. devido à redução do investimento, refletindo “sobretudo o contributo negativo da variação de existências associado em grande medida ao comportamento dos fluxos de comércio internacional”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já abriu o concurso para criar rede de fornecedores para acelerar produtos inovadores na indústria

As empresas interessadas podem apresentar a candidatura, “submetendo um plano estratégico detalhado que demonstre o impacto positivo esperado na economia regional e nacional”.

O concurso para criar redes de fornecedores inovadores foi lançado esta terça-feira. Em causa está uma manifestação de interesse de empresas para integrar a Rede de Fornecedores Inovadores, uma medida que integra o programa Acelerar a Economia. O objetivo é apoiar a criação de consórcios de inovação para desenvolver e fornecer bens e serviços inovadores de média e alta tecnologia a polos de produção industrial.

Os consórcios serão liderados por empresas nucleares de maior dimensão, em colaboração com os seus fornecedores, nomeadamente PME, Small Mid Caps e/ou Entidades Não Empresariais do Sistema de Investigação e Inovação (ENESII).

“Nesta fase inicial, as empresas nucleares são convidadas a manifestar interesse em liderar os consórcios, que poderão, numa etapa subsequente, beneficiar de financiamento através de avisos específicos no âmbito do Portugal 2030”, explica o comunicado do Compete 2030, complementando o despacho publicado a 17 de abril que explicava que as empresas nucleares, que atuem em polos de especialização, inseridas em cadeias de valor internacionais e com forte vocação exportadora, serão selecionadas através de um processo aberto e competitivo.

Assim, as despesas efetuadas a partir da aprovação desta manifestação de interesse já são elegíveis para apoio do Portugal 2030, ou seja, muito antes do momento em que a candidatura do consórcio propriamente dito será aprovada.

As empresas interessadas podem apresentar a candidatura, “submetendo um plano estratégico detalhado que demonstre o impacto positivo esperado na economia regional e nacional”, explica o comunicado do Compete 2030. A candidatura é efetuada através de formulário eletrónico, disponível na página dos avisos do Compete, sendo o prazo limite 30 de setembro.

As propostas serão avaliadas com base em critérios objetivos como: grau de inovação, incorporação de bens e serviços nacionais na cadeia de produção visada, potencial de aumento das exportações ou capacidade de criação de emprego qualificado.

Após o processo de seleção, numa segunda fase, serão lançados avisos específicos para apresentação de projetos, no âmbito das diversas tipologias dos sistemas de incentivos do Portugal 2030 (PT2030), para financiar as empresas que irão integrar os consórcios e desenvolver os projetos, acrescentava o mesmo despacho.

Os apoios poderão incidir em áreas como a formação, qualificação ou inovação, permitindo aos fornecedores dar um salto qualitativo e alinhar-se com os padrões de exigência das empresas nucleares.

O objetivo central deste concurso é “capacitar estes fornecedores para que se afirmem como parceiros estratégicos nas cadeias de valor nacionais” nos fabricantes de equipamento original, “facilitando a sua integração nas cadeias de fornecimento globais e tirando partido do efeito de arrastamento gerado por estas empresas”.

Veja os seis objetivos da medida:

  • Promover a colaboração entre PME e a densificação dos seus níveis de competitividade, de inovação nos seus processos produtivos e de internacionalização;
  • Promover a adaptação aos requisitos tecnológicos dos processos e produtos que proporcionem know-how especializado, recursos e conhecimento crítico, maior produtividade, mais flexibilidade e maior qualidade dos produtos;
  • Substituir importações, aumentando o valor acrescentado nacional e as exportações de bens e serviços;
  • Criação de novas empresas (corporate ventures, por exemplo) e criação de novos postos de trabalho;
  • Capacitar as PME para integrar redes de fornecedores globais, inovadores e internacionalmente competitivos e
  • Potenciar a atividade das nucleares instaladas em Portugal e inseridas em cadeias globais de produção, enquanto catalisadores da economia nacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump suaviza tarifas sobre importações automóveis

  • ECO
  • 29 Abril 2025

A administração Trump vai oferecer aos fabricantes, que finalizam a produção automóvel nos EUA, um desconto de 15% este ano, compensando uma parte do custo das tarifas.

Donald Trump vai assinar, esta terça-feira, uma ordem executiva que permitirá aos fabricantes de automóveis nos Estados Unidos um alívio nas novas tarifas de 25% sobre carros e componentes automóveis, avança a Reuters. O objetivo é dar às empresas nos EUA, com produção em outros países, mais tempo para trazerem o negócio “de volta a casa”.

A administração Trump vai oferecer aos fabricantes, que finalizam a produção nos EUA, um desconto de 15% este ano, compensando uma parte do custo das tarifas. Esse desconto será reduzido para 10% no segundo ano, dando aos fabricantes tempo para transferirem a produção de peças de fora do país para os Estados Unidos. Os descontos incluem fabricantes norte-americanos e estrangeiros, desde que tenham produção no mercado dos EUA.

“Queremos dar aos fabricantes de automóveis um caminho para o fazerem de forma rápida, eficiente e criar o máximo de empregos possível”, avançou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, esta terça-feira.

Os fabricantes de automóveis já tinham garantido que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos poderiam aumentar os preços, reduzir as vendas e tornar a produção norte-americana menos competitiva a nível mundial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agência Europeia do Ambiente alerta para contaminação generalizada por químicos eternos

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Os "químicos eternos" são compostos sintéticos do grupo das substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (PFAS), que resistem à degradação e são prejudiciais para a saúde e ambiente.

O uso generalizado de polímeros PFAS (compostos químicos sintéticos) pode levar à contaminação da água, ar, solo, alimentos e até pessoas, alerta a Agência Europeia do Ambiente (AEA) num documento publicado esta terça-feira. A AEA diz ainda que esses produtos químicos, também chamados “químicos eternos”, podem também contribuir para o aquecimento global e para a destruição da camada do ozono.

Os “químicos eternos” são compostos sintéticos do grupo das substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (PFAS), que resistem à degradação e são prejudiciais para a saúde e ambiente.

Por esse motivo têm estado no centro das atenções, especialmente alguns compostos como o perfluorooctanossulfonato (PFOS), substância que já é considerada como poluente global, ou o ácido perfluorooctanóico (PFOA, usado nos utensílios de cozinha antiaderentes). Os “polímeros PFAS” têm sido considerados como tendo menos impactos na saúde e no ambiente.

No entanto, segundo a análise hoje divulgada pela AEA, “PFAS polymers in focus: supporting Europe’s zero pollution, low-carbon and circular economy ambitions”, os polímeros PFAS podem causar “vários tipos de impactos durante o seu ciclo de vida”.

Os polímeros PFAS representam atualmente uma parte significativa, 24-40%, do volume total de PFAS colocado no mercado da UE, e são amplamente utilizados numa vasta gama de produtos e tecnologias.

Embora seja geralmente aceite que os polímeros PFAS são menos tóxicos do que os PFAS não poliméricos, por terem dimensão molecular maior o que limita a sua absorção pelas células vivas, segundo a AEA há preocupações sobre potenciais impactos que incluem efeitos tóxicos para trabalhadores, ambiente e comunidades que rodeiam as fábricas desses produtos.

“Além disso, existem preocupações ambientais e de saúde humana provocadas pela degradação ao longo do tempo de certos polímeros PFAS em compostos mais pequenos e persistentes, que podem ter uma toxicidade mais elevada do que os seus compostos de origem”, acrescenta a AEA.

Depois, assinala-se ainda na análise, durante a produção de polímeros PFAS podem ser libertados gases com um efeito de estufa muito potente, como o trifluorometano – HFC-23, e substâncias que podem degradar a camada de ozono, como o diclorofluorometano – HCFC-22. A Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Noruega e Suécia apresentaram recentemente uma proposta de restrição universal dos PFAS, incluindo os polímeros PFAS.

Em dezembro do ano passado a AEA já tinha alertado que a maioria dos rios, lagos, águas de transição e costeiras da Europa está poluída com pelo menos um dos muitos compostos químicos persistentes do grupo PFAS, uma “família” de até 10.000 compostos. Os polímeros PFAS são usados em diversos produtos pelas suas propriedades antiaderentes, impermeáveis e resistentes a manchas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dona da Parmalat compra Queijos Tavares com duas fábricas e 120 trabalhadores

Com a aquisição do grupo português Queijos Tavares, a gigante francesa que detém marcas como a Parmalat, Ucal ou Santal passa a contar com mais duas fábricas em Portugal.

A multinacional francesa Lactalis comprou o grupo português Queijos Tavares, proprietário dos queijos Seia do Tavares, Serras de Penela, Damar e Monte da Soalheira. O negócio, do qual não foi adiantado o valor, contempla a integração dos 120 trabalhadores das duas fábricas localizada em Seia e no Fundão, que se juntarão aos atuais 700 da Lactalis em Portugal.

O ano passado, a multinacional francesa Lactalis comprou o grupo português Sequeira & Sequeira, proprietário do Queijo Paiva. Com estas duas aquisições, a Lactalis passará a ter quatro unidades de produção em Portugal.

“Após a integração do Sequeira & Sequeira em 2024, a integração da Queijos Tavares permitirá à Lactalis em Portugal consolidar a produção e a comercialização de queijos locais e complementar a sua oferta de produtos em Portugal”, lê-se no comunicado da Lactalis Portugal.

Como lembra em comunicado, enviado às redações, esta transação está ainda sujeita à condição de ser emitida uma decisão de não oposição por parte das entidades competentes, no que se refere ao controlo de operações de concentração.

Fundado em 1996, o Grupo Queijos Tavares é um dos maiores produtores regionais de queijos e também o “principal fabricante em Portugal de queijos de especialidade de ovelha, incluindo ainda no seu portefólio três queijos de denominação de origem protegida (DOP)”.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Ikea estreia-se no mundo da moda e lança a sua primeira coleção de roupa

  • + M
  • 29 Abril 2025

A coleção inclui hoodies com o logótipo da marca sueca, mas também t-shirts em tons de preto, branco e rosa e uma seleção de acessórios, como chapéus, garrafas reutilizáveis ou guarda-chuvas.

Já conhecida pelos seus móveis, a Ikea aposta agora no lançamento de uma coleção de roupa que replica o design e a estética dos seus produtos.

A Aurtiende, uma coleção limitada e “criada para quem adota o estilo de vida Ikea, dentro e fora de portas”, apresenta uma série de peças de roupa de estilo urbano e prático, que “une design funcional e conforto”.

“Ao longo de 20 anos em Portugal, a Ikea tornou-se numa love brand. Uma marca de todos e para todos, em quem as pessoas depositaram confiança para fazer da sua casa um lugar melhor para estar. Achámos que esta relação com a marca vai muito além do que acontece dentro de portas, e esta divertida coleção Aurtiende leva essa paixão para as ruas. Com o mesmo estilo, a mesma praticidade e a mesma boa disposição” diz Jacqueline Annan, commercial activity leader da Ikea Portugal, citada em comunicado.

Criada pelos designers de interiores da Ikea, a coleção inclui hoodies com o logótipo da marca sueca, em preto, branco e verde, mas também t-shirts em tons de preto, branco e rosa. A gama conta ainda com uma seleção de acessórios, desde chapéus a garrafas reutilizáveis, sacos e tote bags até guarda-chuvas com as cores da bandeira sueca (azul e amarelo).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sofia Tenreiro é a nova CEO da Siemens Portugal

A nova CEO da Siemens Portugal, Sofia Tenreiro, assumirá as novas funções a partir de sexta-feira, dia 1 de maio.

A Siemens Portugal elegeu uma nova presidente executiva, Sofia Tenreiro. A nova CEO, que irá suceder a Fernando Silva, assumirá as novas funções a partir de sexta-feira, dia 1 de maio. “Estarei focada em dar continuidade ao trabalho que tem sido realizado, com especial foco nos clientes, na inovação e no desenvolvimento de tecnologia com propósito para dar resposta aos desafios mais prementes da atualidade e no trabalho em ecossistema, contribuindo para o estabelecimento de pontes entre o mundo empresarial e industrial, o Governo e a Academia”, refere em comunicado a nova CEO.

Com mais de 25 anos de experiência, Sofia Tenreiro transita da Deloitte Portugal onde liderava o setor Energy, Resources & Industrials. O seu percurso conta ainda com a passagem pela Galp, Microsoft e Cisco Portugal.

Foi um enorme privilégio liderar a Siemens Portugal nos últimos anos, e ter testemunhado o impacto extremamente positivo que esta tem na sociedade, bem como o importante contributo que tem dado na concretização dos planos de descarbonização e de transformação digital dos seus clientes e parceiros”, sublinha Fernando Silva, que ocupou o cargo entre janeiro de 2023 e abril deste ano, mantendo-se agora como presidente do Conselho de Administração.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.